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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA: HIDRÁULICA EXPERIMENTAL I

PROFESSORA: MARIA JOSÉ DE SOUSA CORDÃO

ALUNO: VINYCIUS RUFINO DOS SANTOS SILVA

MATRÍCULA: 131670123

EXPERIMENTO 4: MEDIDORES DE VAZÃO

Araruna, 18 de abril de 2016


Sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 2
2. OBJETIVO .......................................................................................................................... 2
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 2
3.1. Perda de carga variável .............................................................................................. 3
3.2. Tubo Venturi ............................................................................................................... 3
3.3. Placa de orifício (Diafragma) ..................................................................................... 4
3.4. Rotâmetro .................................................................................................................... 5
4. METODOLOGIA ............................................................................................................... 6
4.1. Materiais ...................................................................................................................... 6
4.2. Métodos ........................................................................................................................ 6
6. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 10
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................. 11

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1. INTRODUÇÃO

Fluido é uma substância sem forma própria bem definida que se deforma
continuamente quando submetida a uma tensão de cisalhamento (força tangencial
distribuída em uma área). Quanto ao movimento, trabalhasse com vazões e suas
respectivas velocidades. A vazão, em termos práticos, é definida como a rapidez com a
qual um volume escoa. Sendo ela uma das grandezas mais medidas nos processos
industriais. Existem diversos métodos para ser feita a medição em condutos forçados,
onde deverá ser levada em consideração a exatidão desejada para a medição, o tipo de
fluido, a condutividade elétrica, as condições termodinâmicas, o espaço físico
disponível, o custo entre outros para a escolha do melhor método.
Medidores de vazão são todos dispositivos que permitem, de forma indireta
medir vazão, ou seja, determinar o volume de fluido que passa através de uma dada
secção de escoamento por uma unidade de tempo. São considerados alguns princípios
fundamentais para a medição de vazão, como pesagem, efeito da força de arrasto,
equação de energia.
Em hidráulica de condutos forçados podem-se utilizar, para a medição de
vazões, os chamados medidores deprimogêneos ou diferenciais, em que a vazão é obtida
à custa de uma diferença localizada de pressões causada por uma singularidade
introduzida no escoamento. Exemplos destes medidores são o Venturi e o Diafragma.

2. OBJETIVO

Entender o funcionamento e aferir três diferentes medidores de vazão em


condutos forçados.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A vazão pode ser definida de duas maneiras. A vazão volumétrica, sendo essa a
quantidade volumétrica do fluido que passa por uma sessão durante certa quantidade de
tempo representada na . E a vazão mássica, a qual é definida como sendo a

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quantidade em massa de um fluido que escoa através de certa secção em um intervalo
de tempo considerado, representada na .

Onde:

Onde:

3.1. Perda de carga variável

Esses métodos baseiam-se na criação de uma diferença de pressão no


escoamento do fluido que possa ser relacionada à vazão. Seu funcionamento pode ser
entendido a partir da aplicação da equação de Bernoulli, porém uma equação típica para
esses medidores tem a forma de:

Onde:

3.2. Tubo Venturi

O Tubo de Venturi é um elemento deprimogênio ou medidor de vazão de


diferencial de pressão, também chamado de medidor de vazão por obstrução de área. A
diferença de pressão entre duas seções distintas do medidor é proporcional à vazão que
escoa por ele. A diferença de pressão é produzida por efeitos inerciais – aceleração do

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escoamento devido à obstrução do mesmo (redução de área na garganta) – e viscosos,
isto é, a perda de carga. Assim, o Tubo Venturi é um elemento primário gerador de
depressão, uma vez que interage com o fluido com fundamentos físicos diretos, sem
mecanismos intermediários (daí estar classificado entre os elementos deprimogênios).
Sua função é criar uma diferença de pressão Δp que seja relacionada à vazão Q através
de uma equação.
As principais partes que constituem o Tubo de Venturi são o cilindro de entrada,
onde se faz a medida de alta pressão; o cone (convergente) de entrada, destinado a
aumentar progressivamente a velocidade do fluido; a garganta cilíndrica, onde se faz a
tomada de baixa pressão; e o cone de saída, que diminui progressivamente a velocidade
até ser igual à de entrada.

Figura 1 - Tubo de Venturi

3.3. Placa de orifício (Diafragma)

É um disco de material metálico com um orifício de diâmetro menor que o da


tubulação. É montada entre flanges e oferece uma restrição a passagem do fluido, onde
a mesma obriga o fluido a mudar de velocidade, originando um diferencial de pressão
antes e depois, que é captado por instrumentos medidores de pressão diferencial (tubo
em U, manômetro diferencial, sensor eletrônico de pressão...). Este diferencial de
pressão é proporcional ao quadrado da vazão. Uma vez medido o mesmo, conseguimos
indicar, totalizar, programar e controlar esta vazão, seja através de instrumentos
convencionais analógicos ou sofisticados sistemas digitais. As placas de Orifício podem
ser projetadas para medir vazão de líquidos, gases e vapores e estes podem ser limpos
ou conter algum tipo de sujeira. Os líquidos também podem ser viscosos, sendo nesse
caso aplicadas placas especiais também.
As Placas de Orifício “clássicas” são as placas de orifício concêntricas. Cada
projeto de placa de orifício deve ser individual e levar em conta: Dados da tubulação,
dados e estado do fluído e condições de operação (Pressão e Temperatura). As placas de

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orifício concêntricas podem ser instaladas em tubulações horizontais, verticais ou
inclinadas.

Figura 2 - Desenho esquemático de um escoamento através de uma placa de orifício.

3.4. Rotâmetro

O rotâmetro é um medidor de vazão industrial utilizado para medir a taxa de


vazão de líquidos e gases. O rotâmetro possui um tubo e um flutuador. A resposta do
flutuador para as alterações nas taxas de vazão é linear e um intervalo ou variação de
vazão de 10 para 1 é o padrão. O rotâmetro é popular por causa de sua escala linear, do
intervalo de medição relativamente longo e da baixa perda de carga. A instalação e a
manutenção são simples.
A operação do rotâmetro é baseada no princípio de área variável: a vazão do
fluido eleva um flutuador em um tubo cônico, aumentando a área de passagem do
fluido. Quanto maior a vazão, mais alto o flutuador é elevado. A altura do flutuador é
diretamente proporcional à taxa de vazão. Com líquidos, o flutuador é elevado por uma
combinação da flutuabilidade do líquido com a altura manométrica da velocidade do
fluido. Com gases, a flutuabilidade é desprezível e o flutuador responde somente à
altura manométrica da velocidade.
O flutuador sobe ou desce no tubo proporcionalmente à taxa de vazão do fluido
e a área anular entre o flutuador e a parede do tubo. O flutuador atinge uma posição
estável no tubo quando a força para cima exercida pelo fluido em vazão é igual à força
gravitacional para baixo exercida pelo peso do flutuador. Uma alteração na taxa de
vazão perturba esse equilíbrio de forças. Com isso, o flutuador sobe ou desce, alterando
a área anular até alcançar novamente uma posição em que as forças estejam em
equilíbrio. Para satisfazer a equação de força, o flutuador do rotâmetro assume uma
posição distinta para cada taxa de vazão constante. No entanto, é importante observar
que, como a posição do flutuador depende da gravidade, os rotâmetros devem ser
orientados e montados verticalmente.

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Figura 3 - Rotâmetro de área variável

4. METODOLOGIA

4.1. Materiais
 Painel de perda de carga com tubulação de PVC, acoplado um tubo de
Venturi, uma placa de orifício e um rotâmetro.
 Cronômetro;
 Manômetro de Bourdon.

4.2.Métodos

Inicialmente foi estabelecido um escoamento no painel de carga à uma potencia


máxima da bomba, e após o mesmo estar bem estabilizado fez-se a leitura do rotâmetro
e mediu-se as diferenças pressões nos manométricos de Bourdon, imediatamente antes e
após da singularidade, inicialmente acoplados ao tubo de Venturi e posteriormente à
placa de orifício. Para encontrar a vazão utilizou-se um reservatório, cujo volume era
conhecido, usando um cronômetro para verificar o tempo necessário para que o encher o
mesmo, sendo realizado em duplicata, e a partir disso foi possível encontrar uma média
do tempo, para determinar a vazão do sistema. Posteriormente foi realizado todo
procedimento com a bomba operando em duas novas potências, um valor médio e um
valor mínimo.

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5. RESULTADOS

Os dados obtidos no laboratório estão representados na tabela 1.

Pressões antes e após


Medidores Tempos (s)
Potência o medidor (KPa)
de vazão (KPa)
P1 P2 T1 T2

Máxima 98,100 91,969 6,131 18,10 18,09


Tubo de
Média 91,969 79,706 12,263 21,79 21,13
Venturi
Mínima 49,050 36,788 12,263 32,81 32,78
Máxima 122,625 85,838 36,788 18,10 18,09
Placa de
Média 85,838 73,575 12,263 21,79 21,13
Orifício
Mínima 55,181 36,788 18,394 32,81 32,78
Posição do rotâmetro (L/h)
Máxima 7500
Rotâmetro
Média 7000
Mínima 5000
Tabela 1 – Dados obtidos em laboratório

Sabendo que o reservatório tem volume útil distinto para os diferentes tipos de
vazão, pois ocorre mudança do volume morto do mesmo. E com a determinação do
tempo médio de cada medidor, é possível calcular a vazão para cada uma média dos
tempos. Utilizando a equação (1) para o calculo da vazão e os resultados estão contidos
na tabela 2, juntamente com o volume útil do reservatório.

Potência Tempo médio (s) Volume útil (cm³) Vazão (L/s)

Máxima 18,095 38475 2,126

Média 21,460 40185 1,873

Mínima 32,795 43177,5 1,317

Tabela 2 - Vazões calculadas

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Com os dados obtidos na tabela 2, pode-se encontrar o valor do coeficiente
para cada um dos medidores e para as três potências utilizadas, a partir da equação (3)
encontrando posteriormente um K médio para cada medidor.

Medidores Kmédio
Potência Vazão (L/s) (KPa) K (m²/N0,5)
de vazão (m²/N0,5)

Máxima 2,126 6,131 2,715 x 10-5


Tubo de
Média 1,873 12,263 1,691 x 10-5 1,865 x 10-5
Venturi
Mínima 1,317 12,263 1,189 x 10-5

Máxima 2,126 36,788 1,108 x 10-5


Placa de
Média 1,873 12,263 1,691 x 10-5 1,257 x 10-5
Orifício
Mínima 1,317 18,394 0,971 x 10-5

Tabela 3 - Calculo K (Coeficiente do equipamento)

As equações dos equipamentos ficam definidas como:

( )

( )

Com os valores encontrados de vazão na tabela 2 e os dados obtidos de vazão


em laboratório do rotâmetro, pode-se construir a curva de calibração do rotâmetro.

7500

7000
Vazão do Rotâmetro (L/h)

6500

6000

5500

5000

1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2


Vazão Calculada (L/s)

Figura 4 – Curva de calibração do rotâmetro

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O fluido tem várias características como o calor específico, a viscosidade, o
numero de Reynolds e a distribuição de velocidade em um Duto, com isso podem
influenciar na vazão. A partir disso têm-se diversos métodos de medição de vazão, a
baixo segue os equipamentos mais utilizados.

Tubo de Pitot
Tubo de Venturi
Medidores Perda de carga variável (área constante) Tubo Dall
indiretos Annubar
Placa de orifício
Área variável (perda de carga constante) Rotâmetro
Disco Nutante
Pistão flutuante
Deslocamento positivo do fluido
Medidores Rodas ovais
diretos Roots
Tipo Hélice
Velocidade pelo impacto do fluido
Tipo turbina
Eletromagnetismo
Vórtice
Medidores Ultrassônico (efeito Doppler)
especiais Ultrassônico (tempo trânsito)
Calhas Parshall
Coriolls
Tabela 4 - Equipamentos para o cálculo da vazão em condutos forçados

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6. CONCLUSÃO

Durante o experimento foi possível um melhor contato com os medidores de


vazões que são utilizados atualmente. E com o estudo feito, foi obtido um conhecimento
sobre o funcionamento desses equipamentos, tais equipamentos são fundamentais para o
conhecimento de como se encontra o funcionamento de uma instalação. Ao se conhecer
a vazão de uma instalação, é possível determinar se essa atende ou não aos requisitos
necessários da demanda. Tendo como embasamento todo o conhecimento e resultados
expostos por esse trabalho, ver-se que os métodos estudados se mostram uma saída
simples para o cálculo das vazões em condutos forçados uma vez que se sabe as
características do equipamento.
Em relação ao rotâmetro, consegue-se aferir uma curva característica do
aparelho, visto que para cada vazão real calculada existe uma vazão correspondente,
observando a proporcionalidade de ambos, e verificando que o aparelho está bem
calibrado.

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7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

PORTO, R. M. Hidráulica Básica. São Carlos: Publicação EESC-USP, 1998.

Placa com orificio. Disponível em:< http://www.jornalforumdaindustria.com.br/cad


erno/medicao-de-vazao-por-placas-de-orificio> Acesso em: 16 de Abril de 2016.

Rotâmetro. Disponível em:< http://br.omega.com/prodinfo/rotametros.html> Acesso em:


16 de Abril de 2016.

Tubo Venturi. Disponível em:< http://www.digitrol.com.br/pdf/tubo-venturi-digitrol-


1.pdf> Acesso em: 16 de Abril de 2016.

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