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190 | omerroc vot. 4+teroue A limitagdo & propriedade também pode decorrer de ato volu imposicao das clausulas de inalienabilidade, impenhorabil cabilidade em doagdes ou testamentos (ver nossa obra Direi sucessbes, Capitulo 8). 8.6 NOCAODEPATRIMONIO _A ideia de patriménio foi por n6 9 AQUISICAO DA PROPRIEDADE EM GERAL. AQUISICAO DA PROPRIEDADE IMOVEL. USUCAPIAO E SUAS MODALIDADES PROPRIEDADE MOVEL EIMOVEL. PRINC(PIOS GERAIS O at. 530 do Cédigo de 1916 enumerou as modalidades de aquisigio da _propriedade: “I~ pele transcrigto do titulo de trasfréncia no registro do imsvel pela aces I~ pela usueapido; IV pelo drcito hereditrio” (0 Cédigo antigo nao descreveu de forma analitica os mocdos de aquisiglo das coisas méveis. No entanto, 0 Il do Titulo da Propriedade, da aq nda da posse, cuidava de vérios institutos sucessivamente, 0s quais nem sempre iam ser considerados de forma isolada: ocupardo, caga, pesca, invenio, tes2ire Upecficagto, confusdo, comistao e adjungao, usucapiao e tradicdo. Dessa materia ocuparemas no capitulo seguinte. (0 Cédigo de 2002 nio elenca os modos de aquisicio da propriedade imével artigo especifico, mas a partir do art. 1.238 apresenta os artigos referentes & ucapio, aquisicio por registro do titulo, aquisicio por acessio. No tocante & opriedade mével cuida, a partir do art. 1.260, da usucapido, ocupacio, achado esouro, tradicio, especificaro, confusto, comistdo e adjuncio, Emanossa obraintrodutéria (Divito civil parte ger, Capitulo 15), discorre- qué determinados bens es, nem que porgio individualizada vvivos quando, por exeraplo, pessoa juridica cede todo o seu patrimnio a out ‘Vejamos, portanto, a propriedade como porgio integrante do patriménio, 198 | pimetro cvit.voL.4-vanoea cap.9 + Aquldgto da Propcedade, Aqussto da Propiedade dre Usucapt | 195 interessado deles tomar conhecimento. Também confere pul ato registrado porquea ele atribui precipuamenteeficdcia, A realidade social. O registro absoluto em razao de nossa: paso da dogmitica positiva “Asia revindicatiris,Esrtara pablica de compra e vend, Registro, Austncis Titulo. ‘comprovagio, Pedido. Improcedéncia. Resurso impcovido. Confor sertido como dono do imével. 0 2° aduz ainda que, enquanto por aco propria a decretacao de invalidade do registro e 0 1 mento, o adquirente continua ser tido como dono do imével, ‘demonstram claramente que o registro imobilirio estabelece uma presut ‘do é absoluta, mas cujo registro somente pode ser alterado por outro r por decisio judicial Como vemos, portanto, a presunglo que se estab funda napropriedade quese prova com o titulo de dominio. Com efit, sto pressupost indispensiveis eo manzjo destaa¢io:attularidade do dominio, aindividualizacio a posse exzccida por outrem em oposiqio ao titulo de dominio. escriturepiblice de sen fo registrada no Cartrio de Registro de Iméveis ex vi do artigo 1.245, do Cédigo prora de dominio do bem vindicadoinfere-se que a improcedéncia do 530, do Cig ‘reform = ‘o magistrado se pronuncia tanto sobre pletos efetivamente dedazidos na petiio inicial ‘como sobre pedidos nio formulados, 0 que se dex no caso das autos. 2 ~ A sentenc2 deve ser proferida dentro dos parimetros requeridos na vestibular. Uma ver extrapolado ‘exe limite, « parte excedente hd ser exicpada, inclusive de ofc, sem que se considere a decisto viciada nos demals poatos. 3 ~ Consoante entendimento profigado pelo ST), 2 promesia de compra vend kretratveleircevogivel transfee 20 promitentecomprador ‘ot direitos inerentee ao demainio e confere-Ihe o direto de buscar © bem que se encontra injustemente ema poder de trceiro. Contsato de promesss de compea venda registrada em Cartério competente. 4 ~ O artigo 22 do Decreto-ei nv 58 de 1937 disciplina que os ‘contratos sem cldusula dearrependimento de compromisso de compra vonda e cessio de Aicitos de iméreisndo lotexdos, cujo prego ten sido pogo no ato de su2 constituigio, stsibuem 20s compromissirios dceito real oponivel a terctcos eles conferem o diceto de adjadicacio compulséria nos termos dos artigo 16 desta le, 640 « 641 do Cédigo de Process Givi Requistospresenes no cntrato em aprese.5 A transiréacia da proprie- Cédigo Civil de 1916, edo ‘ransferida a0 promitente ‘comprador. Demonstrade propriedade através pelo provido. Seatenga re armada’ (TICE ~ Acéedio 0481048-74.2000.8.06.0000,10-9-2012, Rel Francisco Bezecra do dominio, Propriedade em nome da Prefeitura Mi go documento denominedo ‘tule de dominid em favor 166 | DetT0cr¥R 200. neey ap. «Neel caProptne. quo ta Ppt rte Unto | 197 ‘Até prova em contrério, é titular do direito real aquele constante do registry 4 imobildri “Art, 859. Presume-se pertencero dieito real & pessoa, em cujo no se inscreveu, ou transcrevei, © Céigo em vigor utliza-se do termo “registro” ao mencionararegra geal Aspe: °O registro éeficaz desde o momento em que se apresentar o titulo ao, do registro, e este o prenotar no protocol” Enquanto o registro néo for anulado, tem eficécia a presunga importancia fandamental do registro, O registro efetua-se no ctigio doimével. Outraimportante distingio em nosso sistema i qualquer pessoa interessada requerero registro, enquanto no sistem alemo, para 2 transcrigdo, hd necessidade do acordo de ambas as partes. e coma tradigao. Antes desses atos, pessoas, terminalogia também aceta) Desse modo, nto esté o adquirente impedido de exigir queo alienanteentregue ‘a coise decortente de contrato como a principio possa parecer. O ordenamento | pio prosbe a execuglo em espécie do contrato, Em outras palavras, 0 fato de 0 (Géaligo nao criar um diteito real nio inibe a aco pessoal para receber a coisa, Os contratos nascem para serem cumpridos: pacta sunt servanda. Entretanto, 0 _ ambito nesse nivel ¢ estritamente obrigacional. Esse liame decorrente de contrato de compra e venda ou qualquer outro de transferéncia da propriedade, enquanto rio efetivado o registro imobiliério, ou nao ocorrida a tradicio da coisa mével, € exchusivamente pessoal. Vincula credor e devedor. Nao & cogitada ainda a figura ‘ou titular de outro diteito real. A pretensio c jstem apenas direitos obrigacionais (ow 9.1.2 Ago Pessoal para Entrega de Coisa. Aspectos Processuals 108 (Capitulo 1, segl0 1.4. écomum, aplicando-se 0s prinefpios da obrigagio de dar (arts. 233 ss). O CPC de 1973 ndo regulou originalmente de forma especial o procedimen- para es obrigacBes de dar, fazer e nao fazer. Fé-lo apenas como modalidades execugdo, Destarte, o procedimento ser comum, executando-se a cbrigagao io disposto nos arts 815 ss do estatuto processual de 2015, A Lei n° 10.444, de 2002, alterow a redagdo do art. 621 do CPC de 1973, adusindo que o devedor de = obrigacdo de entrega de coisa certa,c ira, ou em ttima endlisendo mais exstindo no patiménio do alienanta inviabilizando-se de qualquer modo a entrega, a obrigagio converte-seem p « danos. Tivesse 0 contrato, entre nés, 0 condao de transferir o dominio da citado para, no prazo de gos. Com @ revogacio do ;pressamente mencionada no artigo 621, aapresentagao de embargos dependia de prévia seguranca do juizo. A + retacio do parigrafo tinico ava quea multa por dia de atraso no cui ‘mento da obrigacio deve ser fixada pelo juiz ao despachar a inicial , oadquirente de bem que ainda nio o reccbeu, seja mével ou imével, ingressard cam agdo de procedimento comum, objetivando 2 entrega. Nao havendo titulo, serd carecedor da execugao. Se a coisa jA no pode ser entregue, o bein imével também foi alienado a outrem, estando registrado em nome de terceiro. O art. “Anulagio de escritura piblica e seu reap Sell imobilisia lo artigo $301 cu correspon | “O exequente tem direito a reccber, elf de perdas e dares, 0 valor da coisa, ‘quando essa se deteriorar,ndo the for entregue, nao for encontrada ou milo for reclamada do poder de torceiro adquirents”. sequimento com 0 novo preprietiro, que se sub-rog rojeto, por retratar postula todosos direitos eobrigecdescontratuais. 4) Sentence anlada" (TIES ~Acordio A mpreensdo da grande massa pi ‘Civel 15070011950, 22-6 2010, Rel, Dex. lisbeth Lordes) Eque se destina, O fato & que as aches decorrentes de obrigacdes de dar, fazer aes | pushocia= wi atecs Cap.9 + Aquiso da Propridste. Aqulio a ropriedad inével Usuenpi porusucepido eacessio natural. Nessestrés modalidades, no existe relasio} doadquirente com proprietério precedente. ‘A diferenga de postura doutrinéria a respeito da aquisigZo origindria decorre daacepgio segundo a qual, nessa modilidade, a coisa nunca pertencea 2 outrem, tal como a caca e pesca, inseriz- = a qual corretamente leva em conta dessa categoria juridica,éoriginéria toda aquisigio que lacdo com titulares precedentes, ainda que estes possam geral das obrigasoes e respor ‘aquisitivo de propriedade com o: ria & a usucaplio. O bem ust spiente dele nao recebe a oi nico elemento que pars ela concorre é o préprio fato ow ato juridico que Ihe dinascimento. Ocorreaquisigéo derivada quandohé relacio juridica com o antecessor.Existe ransmissioda propriedade de um syjlto a outro,em varias modalidades. A regra al nessa A propésito, 0 art, 498 do CPC de 2015, com redaclo idéntica 20 processual anterior, procurou dirimir quaisquer divides sobre a mn: vinhamos insistentemente enfatizando, Estatui o presente dispositivo: ‘Na acto que tenha por objeto a entrega de specifica, fsard praco para o cumprimento da obriga ssa mesma disposigio processual permite que sja convertidaa condenagio ‘em perdas e danos se impossivel a condenagao em espécie. inter vivos como mortis causa, Nesta titima hiptise of ‘ fato da morte faz.com que « ptimnio do flecido transfira-se a seus erdees. ‘vonerado com servidio, por exemplo, ndo extingue esses Gnus. A aquisisio por dieito hereditario, a derivada de contrato ¢ a tradicéo sio exemplos de modali- riores. Acentuemos, porém, que naauséneia de dite ades derivadas de aquisigio. real, se existir o estado de fato da posse, sua defesa pode atingir com vantag ‘manutencio ou reintegragio da coise, que a simples controvérsia acerca do pacto contratual tornaria inécua e mais dificil, Contudo, se néo houver posse, sé rest ‘0 adquirente utilizar-se dos principios e remédios processuais obrigacioncis. Como jé expusemos,a aquisigdo atitulo singular tem por objeto bem ou bens certs ¢ individualizados. Ocorre aquisigdo a titulo universal quando a universa- lidede € transferida. Desta dltima, a transmissio hereditéria € exemplo tipico. O herdeiro continua como titular dos bens do autor da heranga; ésucessor Existetransmissdo a titulo singular na sucesséo causa mortis na hipétese do le; iro, que recebe bem individualizado da heranga por forga de testamento. Pode havertransmissio a titulo universal na relagio inter vives, como, por exemplo, na ‘tansferéncia de um estabelecimento comercial. Na aquisigdo a titulo universal, o sucessor assume todos os direitos reais © ‘brigagdes do transmitente, com relacioa este ea terceiros. Na aquisiczo singul ‘bjetivam-se exclusivamente os direitos que cercam a coisa certa e determinads ransmitida, 9.1.3 Aquisicao Originétia e Derivada; a Titulo Singular e a Titulo Unt versal dade € origindria quando desvinculada de qualquer Nela ndo existe relacio juridica de 8 ocupacio verdadeiramente modo origindrio de aquisigio. Todavia, como amioria da doutrina, entendem-se como originarias tambémas aquisi 200 | DierTO CIvIL-VOL 4-Yerosa ap.8 + Aauisso da Propedade Aqua a Propredade Imével Usuario | 201 9.2 AQUISIGAO DA PROPRIEDADE IMOVEL PELA TRANSCRICAO. Ri GISTRO DE IMOVEIS: PRINCIPIOS GERAIS. REGISTRO TORRE! Hi assentamos neste capitulo o papel da transcricéo imobilidria, piiblico desempenha varias fungdes, sendo oimobiliério apenas uma de reito Positivo regula o Registro Civil das Pessoas Naturais e das Pessoas Jari Registro de Titulos e Documentos, além do Registro de Iméveis. Como enunciamos, o Cédigo Civil de 1916 fortaleceu o sistema do regis piblico ao introduzir a transcri¢io como forma de aquisicéo da propried imobiligria estebelecendo sua presunsio iuris tanturn. Atualmente, a matéria registriria€ regulada pela Lei n° 6.015, de 31-1 com virias alterag6es. O Cédigo Civil apenas traga lineamentos gerais do regis imobilidrio. A escrituracdo e ordenacio dos assentos 6 ordenada pela ei especifica © art. 856 do Cédigo anterior dispunha que o Registro de Iméveis compreendi “I~ a transergao dos ttuos de transmiso da propriedade; 1a transergdo dos ttulos enumerados no ar. 532; I~ transcrigdo des ttulosconsitutives de rus reats sobre cosas alhias, 1V ~ ainscrigao das hipotecas” A leitegistréia vigente refere-se apenas a registro eaverbagio, que sdo feitos ‘na matricula do imével, em que deve ser inserida toda a vida juridica do bem. minagdo que foi adotada pelo presente Cédigo Civil, inscrigdo referidas pelas leis civis, na verdade pelo orde- 168 da Le dos Registros Pablicos). No entanto, a doutrina, Oart. 532, por sua ver, referia-se 0 registro de sentengas deagbes divisér de inventérios e partilhas e de adjudicacio e arrematacéo em hasta publica. ulo entendeu desnecessirio enunciar essas particularidades, que ci especifica dos registros pablicos. Nio éestaa oportunidade de maior aprofundamento sobre a matéria. Ad tramos apenas no aspecto referente & aquisigio da propriedade. 0s principios fundamentais que regem o Registro Imobilidrio sio os d cidade, conservario e responsabilidade dos oficiais de registro. Pelos ato ros, seus assentos sio de acesso a qualquer interessado. A conservagio arquivo permanente do histérico imobiliro, Pelo principio da respons 08 oficiais respondem pelos prejuizos causados por culpa ou doto, ou por seus prepostos. Veja 0 que expusemos sobre a responsabilidac registradores e assemelhados no volume 2 desta obra. Acrescentemos ainda a fundamental forga probante de fé piblica em todos os registros. OCédigo de 1916 refere-sea transrigaomopimeiahipctes dam a propriedade i tual tum nimero em que deveré estar descrito o imével, uma primeira alienacdo serd registrada sob o mimero R-1, 2 segunda sob R-2, e assim sucessivamente. Se for caso de everbacio, de uma convencéo antenupcial, por exemplo, receberi a denominagdo AV-L, e assim por diante, Dessa maneira, seré estampada a certi- dio atual do imével, dela fazendo-se constar a continuidade e cadeia de registros averbagies sobre a matricula. Dispds o art. 228 da Lei dos Regi bi. licas: “A matrfcula serdefetuada por ocasido do primeiro registro a ser langado na vigéncia desta Lei, mediante os elementos constantes da titulo apresentado e do le mencionadto” A respeito do registro, menciona o art. 236: “Nenthum registro poderd ser tito sers que 0 imbvel a que se referir estefa matriculado”. A matricula &0 miicleo do registro imobiliério “adescrigdo dos imbveis ainda vem sendo eitads mado asindtricoe desuniforme, variand tegralmente o titulo no registro, isto é no ocorria sua transpo: pura e simples, como ainda hoje sucede, 206 | pinero cv -vot.4-Yeroxo A matéria dos registros publicos é verdadeira especializacio dentro do ram, urbanos, do registro imol abastado, como pressupée o provecto C6 forma de delegagio a mios privadas, mercé Estado democritico cumpre fomentar a iniciati iblicos, porém, como tantos outros servigos tiva privada e de livre concorréncia e paradoxalmente manteve 0 registro, plblico, de certa forma, fora de seu direto controle, sendo que muitos Esta nio realizam concursos piblicos para as delegagées, contra o ditame co: ional. crescente o niimero de contratos e promessas de venda nao registra tea posse. Semo registro, peri trabalho consciente da nova geracdo de repistradores de alto nivel profssioi nosso Pais, ndo mais ligados &s mazelas do nepotismo do passado. O vocébulo acesso pode ter virias compreens6es. No sentido mais aml significa eumento da coisa i elo principio, passa a pertencer ao dono da coisa principal o que se adere ala. ‘Obedece-se & regra geral segundo a qual o acess6rio segue o principal an. « hast de Poveda Aqui da Prope dvel. Unico | 267 cessidade de que se distingam o bem principal e 0 acessério. Nem sempre :.omaior valor econdmico que preponders: a construcio pode ser maisvaliosa jque oslo, mas este é considerado bem principal. Pela acessio imobiliria ocorre um acréscimoao solo deoutrem, aumentando ‘Essa incorporacéo, aderéncia de umacoisa a outra, pode decorrer de causanatural ou de atividade humana. A lei entende por bem deixar a propriedade ao titular da coisa principal para evitar o condominio, permitindo sempre que possivel 0 ressarcimento impeditivo do injusto enriquecimento. Nosso ordenamento regulou a acessio como modalidade de aquisigio da ies: formagio de ithas, aluvido, avulsio, abandono de ‘bes em terreno alhcio. ‘meio das construgées e plantaySes \6vel decorte, pelo ordenamento civil emterreno alheio. A acessio de iméve brasileiro, unicamente de atividades ft 93.1 AcessioporFormacao dellhas A formagio de ilha no leito derios nao navegiveis dé ori nascer @ ilha ou pelo rebaixamento de éguas que coloca o solo & mostra no Fe 5 : a ilha em duas parte: Oart. 1.249 estabeleceu regra thores dessas novas porgoes eguladas pelo Cédigo de Aguas (Decreto n° 24.643/34) 4 superficie que as dguas cobrem sern transbordar para Prossegue 2 mesma lei: “As ithas ow ithotas, que se formarem no dlveo de uma corre dominio piiblico, no caso de éguas pilblcas e ao dominio part Aguas comune ow particulares. § 19Seacorrente sorvir de diva entre diversos propritirios eas esiverem no meio da corrente, periencem a todos esses proprietrio, na propor de suas lividiro leo em ducs partes igus. as entre esta Inka e uma das margens, pertencem, ropretdrios desta manger (an. «Anos Proptkdada, Aqui th Popredaelmdve Uscpto | 208 208 | pierro.civt.-vol.4-Venoso sda piblica e nlo terreno privado, vvegiveis sdo considerados Aguas publicas (art. 2° do Cédigo 7, pardgrafo tinico, do Cédigo de principal Se, no entanto, a 4gua marge de propriedade aplicam. imo passa a ser piblico dominial istingue-se a aluviéo prépria, decorrente de acréscimo & porclo de terra, daaluvido imprépria, decorrente de afastamento das éguas. Seaaluviéo se formar diante de prédios pertencentes a proprietérios diversos, pertencerd a eles, em proporgao a testada que possuiam na antiga margem (art. 18 do Cédigo de Aguas). A aluvido tratada nalei é sempre decorrentede forcas naturais. Néo éconside- io o acréscimo decorrente de atividade humana. Nem sempre, contudo, 3e mostrard clara, requerendo exame técnico-pericial para apucacao de denizagio. O art. 539 do Cédigo Civil antigo dispunha: art. 24 do Cédigo de Aguas estabelece que ilhas ou ilhotas formadas desdobramento de um novo braco de corrente fluvial pertencem aos proprietér dos terrenos custa dos quais se formaram. O parigrafo tinico desse artigo in sduzin acréscimo importante Silvio Rodrigues (1984, v. 5:97), 0 disposi Aguas deu sentido. Aisposigao do Cédigo Civil que parecia indcua, pois apenas dizia que o titular terreno continuava proprietdrio da ilha formada pelo desvio de corrente em s terreno. Acrescenta o autor que a dic¢io do Cédigo de Aguas regula modalidade, desapropriagio, independentemente de utilidade, ne "Os donos de terrenos que confinemt com dguas dormentes, como as de lages € sangues,ndo adguirem 0 solo descoberto pela retragao delas, mem perdem 0 que las invader. . 1.249 do mais recente Cédigo ma ‘Cédigo anterior, com redacio diversa no ca ‘compreensio da aquisiglo por acessio: s que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietarios ribeirinhos fronteirs. incisos acompanham a mesma redacio do an A razio da regra explicava-se pela frequéncia com que o fendmeno ocorre, wrente de enchentes, indices pluviométricos elevados e outros fatores climé. ‘Nessa hipétese, nlo existe aluvido, © Cédigo em vigor restringiu a um tinico artigo o fendmeno (art. 1.250)* 9.3.2 Acesséopor Formagio de Aluviso art. 538 do Cédigo de 1916 definiu aluvido e estipulou seu destino: imosformados por depésitos eaterros naturais, ox pelo desvio das dguas inda que estes sejam navegdvels, pertencemt aos donos dos terrenos ‘completou a nogdo pare incluir a aluviio tambi es modifiesgbes eto apis. assoreamenco dotrecho do do autor negada. Recursos negados” (T]SP~ Ap ncisco Giaquinto). impede saber a quem pertencem igue da avulsio, em que ocorre no termo de penhora ~ indenizacio por etragem objeto da matriculs eaquela te do fendmeno importa aquisigao para o proprieti rio do imével. Trata-se de aplicar 0 principio segundo 0 qual o acessério segue! 210 [oie crMt-¥oL tense saps como urbano. Ha que se levar em conta, ccritério da localizagao, segundo a respectiva lei municipal: “Para que seja possivel a usucepidia se encontre no perimetro urbane, urbanizagdo especfica” (Francisco, 2 Como o Estatuto da Cidade define e busca o desenvolvimento sustentvel, per! gunta-se se a usucapiao especial urbana pode ter como objeto imével que no atenda as legislagbes urbanisticas, sendo, por exemplo, de érea inferior a0 permntido pelale- sgislagio local Se deferida « propriedade nessa premisse,o usucapiente estard suje reprimendas dalegislacio do proprio Estatuto da Cidade, podendo até mesmo: dexpropriagio. Concluimos, portanto, com Caramuru Afonso Francisco (200: “Por estes motives, pois, entenclemos que nio haja possibilidade de declaragto da uusucapido quando o iraivel usucapiendo sacha os requisites urban 4 lide no polo passive sinda que mao eta gico-sistemeticae teleoligca do in Alei, dectinando sua finalidade social, enfatiza, também, que essa usucepi € concedida em beneficio da familia, ao homem ou A mulher ou a ambos, inde- pendentemente do estado civil. Por suavee, oart. 191 da Constituicio dispée sobre usucapiio especial ra, 0 denominada usucapiio especial pro labore: “Quer, nto sendo proprietrio de imérel rural ou urbana, posta como set por inca aros ininterraptos, sem oposgdo, dread tera, em zonarral,ndo superar ‘& cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua fii tendo nla sua moradia adgutir-he-da propriedade” Esse dispositiy Cédigo Civil. ‘fixada na lei anter A.contagem do tempo deve iniciar se coma vigéncia da Constituigio. Se fos admitida a contagem anterior & nova Carta, estaria prejudicado 0 propriet >nstitucional foi recepciomado pelo art. 1.239 do presente tituicio de 1988 aumentou a extenséo de terra usucapiends ap.9 « hq da Popiedae Ao da ropedaelmévelUncpio | 239 quenio houvesse interrompido a prescrisdo sob as normas da use Ribeiro, 1992, v. 2:855). Esse argumento parece-nos d ‘isprudencia mostra-se Vacilante, Ha julgad bargedor Gomes de Amorim, com voto definido pela lei municipal no caso concreto. terras produtivas permanezam em mios trabalhadoras e nio com proprietério Hi também 0 intuito de fixar a pessoa no campo. Dal a razio de essa usucapiio rural de pro labore. Para essas modalidades d 20, nao havendo regramento processual especifico, a par da Lin , © processo era sempre o mesmo da usuca- pido, ue pelo CPC de 2015 segue 0 procedimento comum, Usucapiéo coleti propriedade deimévelreivindicando art citado Estatuto da Cidade introduz na legislagao mais uma modalidade deusucapiio no art. 10: 9441 8, $49, do Cédig) cada possuidor, possuidores nao s O intuito da lei, como se nota, ¢ atingir populagdes de baixa renda, emboraa lkingo diga o que se entende por baixa renda. A lei cria, portanto, modalidade de usucapido coletiva, atendendo pressio social das ocupagées urbanas, Possibilita ques coletividade regularize a ocupago, sem os entraves ¢ o prego de uma agio individual de usucapiZo. Como jé apontamos, a ocupagio de terrenos sempre foi a modalidade mais utilizada pela populacao urbana. A lei exige que a area teaha mais de duzentos e cinquenta metros quadrados, com ocupasio coletiva, sem identificagao dos terrenos ocupados. Na pritica, até que os terrenos podem ntificados; ocorre que essa identificaco mostra-se geralmente confusa ou reniente nesse emaranhado habitacional. Note também que a drea deve ser is « Constituicao da Repiiblica é expressa era proibir a usucapiso de 240 | pinerrocivi-Vot.a+venos2 ap.9 + Aaubco da Proredede Agus da Propedade mel Unseapigo | 281 CCumpre notar que esse dispositivo apresenta-se soba mesma filosofia ¢ em paralelo 20 at. 1.228, § 4°, do Cédigo Civil, referido no Capftulo 8, o qual admite que o proprietario pode ser privado do imével que reivindica, quando este con. sistir em extensa rea, na posse de consideravel mimero de pes ou separadamente, obras condbminos estabelecendofracbes ideas diferenciadas (art10,6 3) Esse modalidade denquisicao da propriedadeédirigida populacio de beixarenda, como menciona ale, eqibora esta no defina o que se entende por balxa renda, A definigiofcaré por conta dojuizno cas0 concreto, O Estatutomenciona também que pode haver soma de posses, ara. o prazo ser atingdo, desde que ambas as posses sejam continuss (art. 10, $ 1°) ‘Mesmo quea.acéo dewsucapiocoletivatenha sido propostapor umaassociagio demoradores, como menciona a lei, hd necessidade de identficé-lo, poisde ontro ‘mado nao hé como se consttuir o condom{nio. Interessante apontar, como anota~ Bsa guage ncontemon baa el tide sca prop do, quea sentenga que declarar a usucapido coletiva nao identificaré adtea de cada dade, sua utilizagio coletiva. Em ambas, hi necessidade de posse possuidor, porque institui um condominio indivisivel. Quando se tratar de regio ppor cinco anos. No primeira caso de usucapiao coletiva, os habitant ‘tn ‘urbanizada, porém, éconveniente quesejam descritas.as vias pblicase| gradon adiantam-se e pedem a declaragao de propricdade. No segundo caso, ‘mandados em agio reivindicatéria pelo proprietario capresentam apossee demais | requisitos como matéria de defesa ou em reconvengéo, nesta pedindo o domini Ga drea. Na situagdo enfocada do Cédigo Civil esepropriasio, pois, de acordo com o art. 1.2: renda. Geralmente o seri. condominios de apartamentos ou assemelhados, cujes icadas no que couber. de cinco anos seré acrescido de dois anos (art. 2.030 do Cédigo Civil ‘Nao resta diivida de que, em que pese a boa intengao do legis proposta reivindicatdria sobre a Area, a solugio do art. 1.228, $4* daacio de usucapido especial urbana, referindo rusucapiso individ como &usucepido coletiva (art. 10). Nessas ssa, atribui-se egitim: 1- a0 possuidor isoladamente ou em litisconsércio origindro ou superversienies associados. insttuido pelo Estatuto da Cidade, a lei determina que @ ideal do terreno a cada possuidos independentemente dt dimensio do terreno que cada um ocupe, salvo hipétese de acordo escrito entre § 22 | pinetro cviL-voL.4-tenoe Odispositivo do art, 13 desse Estatato de grande importincia: menciona q usucapiao valerd como sob tal premissa, nao haverd necessidade de ac ser estendida a todas as formas de usucapio, com pequenas alteragées e1 procedimento. 9.4.5 Processode Usucapiéo riedade” (art. 1.241). Reconhece-se a existéncia da aquisiglo da roped ‘Nilo se constituia propriedade pela sentenca. Tenclo em vista essa declaratvida: permite-se quea usu acio reivindicatéria. O pedido de reconhecimento de usucapio perante o cartério de da comarca onde estiver situado 0 imével. Passamos a ter, portanto, a possi dade de usucapiao por vie edministrativa. Veremos alguns detalhes desse novel procedimento mais adiante. determinando sua complementacao ou substituicio, se necessério. A peri fase instrutéria poderd suprir deficiéncias. A juntada da certidio do registro imobilisrio também é necesséia, ainda q negativa, porque 0 art. 246, § 3, do CPC exige a citacio pessoal dos confinantes, Em tese o confinante € pessoa mais interessads em impugnar 0 pedilo. Nio ‘As Varas dos Registros Publicos da Capital de Sao Peulo ‘que determina a remesse do pedido de usucapiao 20 car ons » hax da opedte, Asc da oped sucpto | 242 juntari certidéo do imével, de acordo com a5 cara apresentadas. HA de deo i star registrado. \cpio. Na primeira, sumiria da posse. Para leem cujo nome estivesse Expede-se edital de citacio para conhecimento de réus ausentes,incertos € redo com as circunstincias. Cuida-se de processo em que a io se torna mais essencial no novo sistema. Os representantes da Fazenda sio cientificados pots poderao ter interesse. Tal cidncia no pode ser dispensada, tanto que no sistema de usucapido administraivo rmencionado, oficial de registro de iméveis¢ 20 Estado, 20 Dis- tritoFederale ao Munictpi acrescido pelo art. LO7L do CPC de 2015). Se 6 ado pessoalmente. do Supremo Tribunal Federal: “O confinante certo deve ser citado, pessoalmente, para ¢agdo de usucapido”. Sema citegio dos confinantese da pessoa constante do registro imobilidrio, nulo ser sso. citagdo-edital somente serd admitida nas hipdteses de essas pessoas ‘em lugar incerto e nao sabido. ‘Onovo estatuto processual nfo exige audiéncia prévia que na pritica mostrar: a ‘i t speco fico da pose. No epresentava mesmo utlldade Aintecvengéo do Ministério Péblico no processo & de fiscal dalle, embora «nova lei nao a mencione como obrigatoria. Pode contestar 0 pedido, requerer pericas e diligtncias. Como examinado, o registro dasentenga que declare a usucapiéono Registro Imobilidrio serve para regularizar o fus disponendi do prescribente, bem como alcanga a efcicia erga omnes. 286 | perro crv -voL Verse ep.» Agia de road, heii ge Popsedaelnce Usepo | 245, ‘Usucapido alegada como defesa, em contestaco, nto pode ser regis salvo a excegao do art. 7° da Lei n° 6.969/81, na mesma orientacio do Est 1.572 do Cédigo de , desde logo, aos herde Por nosso Direito, portanto, com a morte dé-se a aber ‘a transmisséo imediata, ipso fure, dos bens do morto transmissio inter vivos porque a aquisicdo € originaria. Deve ser comprovado) pagamento das taxas judicigrias. © foro competente para a propositura da agio é o da situacéo do Quando a Unido Federal demon Pelo principio da saisine, estampado no art. 1.784, tudo se transmite aos rdeiros, posse e propriedade, Nao existe intervalo na posse e propriedade dos hherdeiros que sucedem o falecido. Trata-se de ficcfo juridica. A aceitagio da he- orre geralmente de forma técita, podendo ser expressa, Como ninguém x herdeiro contra sua vontade, ea rentincia da heranga, a qual, retroage & data da morte, A rentincia deve sempre ser expressa (art. ( patriménio nao fica sem titular. Ainda que nao formalizado inventario, concluida ou no registrada a partilha no cartério imobilidri, os herd etdrios, O fato da morte € que os tornou tal. O registro do formal de sve apenas para manter sta continuidade, posibilitando o iusclsponendi, da usucapiéo. Até a partilha os herdeiros mantém a universalidade que foj transmitida. A cessio de direitos hereditétios, que pode ocorrer apenas partilha, néo pode ser registrada, Falta-Ihe o requisito de especialidade. A stio é por nds analisada no volum vil direito das sucessdes (Cap. 2). ‘Apossee a proprieda herdeiros mantém, como acentuamos, a mesma natureza € caract sda mesma forma que exercidas pelo morto. 9.46 — Reconhecimento Extrajudicial de Usucapio Como mencionado, o art 1.071 do Cédigo de Processo Civil de 2015, possibilidade de usucapiao administrativo, por via do registro imobil esente litigio por ser suprimida da pletora de Judicidrio, A experiéncia tem logrado bons resultados. Aproveitando a promulgacio de um novo CPG, o estatuto processual 2015 autorizou o procedimento em cartério para reconhecimento de usu: Esse procedimento, conquanto nisia e extraordindria, nio nos pare ‘em muito facilitard os interessa também se entrosa com limites materials da propriedade. 9.5 AQUISICAOPELO DIREITO HEREDITARIO. A quarta modalidade de equisigio da propriedade descrita no art. 530 rdigo € pelo direito hereditério. Da matéria nos ocupamos em nos civil: direito das sucessbes, em que os principios devem ser aprofundad

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