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Antónia Campos
Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral do Porto
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All content following this page was uploaded by Antónia Campos on 10 March 2016.
NUTPED002/15
ISBN: 978-989-98285-1-3 Colaboração: Mafalda Mesquita, Joana Sampaio, Vânia Gomes
Prefácio
Eulália Calado
Presidente da Direção da FAPPC
Índice
Prefácio 05
Introdução 09
O que é a Paralisia Cerebral (PC)? 11
Quais são os tipos de Paralisia Cerebral? 13
Por se ter Paralisia Cerebral, a alimentação deverá ser diferente? 15
E quais são os princípios de uma alimentação saudável? 17
Quais os problemas nutricionais mais habituais
na Paralisia Cerebral? 19
Porque é comum o baixo peso na Paralisia Cerebral? 21
O que fazer para melhorar esta situação? 23
Porque é frequente o excesso de peso/obesidade na Paralisia Cerebral? 25
Quais as consequências do excesso de peso/obesidade
na Paralisia Cerebral? 27
O que fazer para reverter a situação de excesso
de peso/obesidade? 29
O que é o refluxo gastroesofágico? 31
Como resolver ou minimizar o problema do refluxo gastroesofágico? 33
Porque é comum a obstipação na Paralisia Cerebral? 35
Como resolver ou minimizar o problema da obstipação? 37
Porque é tão frequente a desidratação na Paralisia Cerebral? 39
Como resolver o problema da baixa ingestão hídrica? 41
O que é a disfagia? 43
Quais os sinais de alerta de disfagia? 45
Como resolver ou minimizar este problema? 47
Porque é necessário adaptar a textura dos alimentos? 49
O que é a suplementação nutricional? 51
O que é uma Gastrostomia Endoscópica Percutânea (GEP/PEG)? 53
Como é a alimentação por PEG? 55
Quais os principais cuidados a ter na alimentação por PEG? 57
Que outros obstáculos podem surgir para uma correta alimentação na PC? 59
Conclusão 61
Anexo A – Exemplo de um dia alimentar saudável 65
Anexo B – O que costumo comer… E o que deveria comer? 67
Anexo C – Exemplos de alimentos de textura mole e pastosa 69
Anexo D – Exemplo de um dia alimentar com PEG 71
Glossário 72
Referências bibliográficas 74
Introdução
09
O que é a
Paralisia Cerebral?
11
Quais são os
tipos de Paralisia
Cerebral?
13
Por se ter
Paralisia Cerebral,
a alimentação
deverá ser
diferente?
15
E quais são os
princípios de
uma alimentação
saudável?
S egundo a Roda dos Alimentos Portuguesa, os princípios de uma ali-
mentação saudável são:
2% ÓLEOS E
GORDURAS
20% 18%
FRUTOS LATICÍNIOS
5% CARNES,
PESCADO E OVOS
ÁGUA
4% LEGUMINOSAS
SECAS
23%
HORTÍCOLAS
28% CEREAIS E
TUBÉRCULOS
17
• Aumentar o consumo de hortícolas: consumindo sopa no início das
Quais os problemas
refeições, que, em alguns casos, se poderá transformar na refeição prin-
cipal com a adição de leguminosas (feijão, grão, ervilhas) e a componen- nutricionais mais
habituais na
te proteica (carne, peixe ou ovo);
• Consumir 3 peças de fruta por dia: ótima opção, prática e económi-
ca em qualquer altura do dia;
• Beber água ao longo do dia: de forma a que a urina seja incolor e
inodora, permite uma hidratação ideal, não apresentando qualquer valor
calórico;
Paralisia Cerebral?
• Incluir leite e laticínios nas pequenas refeições ao longo do dia:
importantes fornecedores de cálcio e de outras vitaminas e minerais;
• Preferir snacks saudáveis: nas pequenas refeições ao longo do dia,
substitua alimentos calóricos por alimentos mais saudáveis, nomeada-
mente, pão, iogurtes, fruta ou bolachas maria e de água e sal.
• Baixo peso/desnutrição;
• Excesso de peso/obesidade;
• Refluxo gastroesofágico;
• Obstipação;
• Desidratação;
• Disfagia;
• Dificuldades de mastigação e deglutição;
• Alimentação monótona;
• Deficiente aporte de macronutrientes e micronutrientes(9-11).
18 19
Porque é comum
o baixo peso na
Paralisia Cerebral?
+ =
BAIXA ELEVADOS
INGESTÃO GASTOS BAIXO PESO
ALIMENTAR ENERGÉTICOS
21
O que fazer
para melhorar
esta situação?
23
Porque
é frequente
o excesso
de peso/obesidade
na Paralisia
Cerebral?
25
Quais as
consequências
do excesso de
peso/obesidade
na Paralisia
Cerebral?
27
O que fazer para
reverter a situação
de excesso de
peso/obesidade?
29
• Comer sempre fruta crua como sobremesa nas refeições principais,
O que é o refluxo
evitando fruta cozida e sobremesas doces. Em caso de dificuldade de
mastigação, a fruta deverá ser passada, podendo ser previamente aque-
cida no micro-ondas, mas tendo sempre o cuidado de esta estar crua;
gastroesofágico?
• Tornar a água a bebida de eleição, evitando o consumo de refrige-
rantes e sumos concentrados;
• Seguir os princípios da Roda dos Alimentos, para manter uma ali-
mentação saudável, equilibrada e variada que assegure uma vida sã;
• Não esquecer que é importante que a família seja um exemplo “de
alimentação saudável”;
• No momento da compra, optar sempre por alimentos saudáveis,
evitando ter em casa alimentos muito calóricos (produtos processados
e embalados, refrigerantes, bebidas açucaradas, bolachas açucaradas ou
com chocolate, fast-food, entre outros...);
• Sempre que possível incentivar a prática de exercício físico, adapta-
da às limitações, dado que este é um excelente aliado de uma alimentação
saudável.
30 31
Como resolver
ou minimizar o
problema do refluxo
gastroesofágico?
33
Porque é comum
a obstipação na
Paralisia Cerebral?
35
Como resolver
ou minimizar
o problema
da obstipação?
37
Porque é tão
frequente
a desidratação
na Paralisia
Cerebral?
39
Recomendações de Ingestão Hídrica:
Como resolver
Faixa Etária Quantidade recomendada o problema
7-12 meses 600 ml
da baixa ingestão
hídrica?
1-3 anos 900 ml
Grávidas 2,3 l
Lactantes 3,1 l S ão várias as estratégias possíveis para resolver este problema, nomea-
damente:
• Aromatizar a água com limão, laranja, cevada ou algumas gotinhas de
Dietary reference intakes for water, potassium, sodium, chloride and sulfate. National Academy of
Sciences. IOM. 2005.
groselha;
• Optar por chás (exceto os que contêm cafeína – chá verde e chá pre-
to) ou infusões de ervas;
• Preparar sumos de fruta natural com adição de água;
• Transportar diariamente uma garrafa, de forma a criar o hábito de
consumo de água ao longo do dia, sendo possível desta forma controlar
as quantidades ingeridas;
• Em situações de disfagia, espessar os líquidos usando espessantes ou
recorrer a água gelificada.
É importante relembrar que não deve ser adicionado açúcar aos líqui-
dos, como forma de promover a sua ingestão. Assim sendo, não se deve
recorrer a sumos demasiado açucarados ou industriais para contornar
este problema.
Muitos cuidadores não têm a noção da gravidade desta situação pois
os próprios apresentam uma ingestão hídrica bastante baixa.
40 41
O que
é a disfagia?
43
Quais os sinais
de alerta
de disfagia?
45
Como resolver
ou minimizar este
problema?
47
Porque é
necessário
adaptar a textura
dos alimentos?
49
Em muitas situações, quando não é possível fazer uma refeição com-
O que é a
pleta (sopa e prato principal), recorre-se, habitualmente, à sopa. Nestes
casos, esta deverá ser sempre enriquecida com uma componente protei- suplementação
nutricional?
ca. A base de legumes poderá ser feita para várias refeições, no entanto
a componente proteica (carne, peixe ou ovo) só deverá ser adicionada a
essa mesma base no momento da refeição. Desta forma, consegue-se di-
versificar muito mais a proteína e controlar a quantidade real adicionada,
assegurando as necessidades nutricionais da pessoa. As quantidades in-
geridas dependem de diversos fatores, nomeadamente, da idade e ativi-
dade física, razão pela qual deverá aconselhar-se junto de um nutricionis-
ta. Em muitas situações, o que acontece é que os cuidadores preparam
esta sopa para várias refeições, levando, normalmente, a uma ingestão
repetitiva e insuficiente de proteína (por exemplo, ao fazer uma sopa já
enriquecida com carne para 6 refeições, não há variedade alimentar).
50 51
O que é uma
Gastrostomia
Endoscópica
Percutânea?
53
Como é a
alimentação
por PEG?
55
Quais os principais
cuidados a ter na
alimentação por
PEG?
57
Que outros
obstáculos podem
surgir para uma
correta alimentação
na PC?
DIFICULDADES NA COMUNICAÇÃO
As dificuldades em ter uma ingestão nutricional suficiente, que permita
um crescimento normal, devem-se muito a problemas na comunicação
que impedem ou distorcem os pedidos de alimentos, tais como a difi-
culdade em expressar fome, sede ou preferências alimentares. Por esta
razão é importante que os cuidadores se mantenham sempre atentos a
estas situações.
59
Conclusão
VIVER EM INSTITUIÇÕES
Existem situações em que uma pessoa com PC, por viver numa institui-
ção com outras pessoas que também necessitam de cuidados especiais,
poderá ter uma menor atenção individualizada por parte dos cuidadores.
É importante assegurar nestes locais a existência de profissionais: A s dificuldades alimentares, tão frequentes na Paralisia Cerebral, são
um importante fator preditor de um inadequado estado de saúde e
nutrição e de uma má qualidade de vida. Todos estes aspetos provocam
• Em número suficiente;
• Com a disponibilidade necessária para administrar refeições calma- preocupação e angústia nos cuidadores de pessoas com PC.
mente, em segurança e num ambiente tranquilo; Uma alimentação adequada e adaptada a cada caso em particular é im-
• Com formação em diversas áreas, nomeadamente na capacidade de prescindível e deverá constituir um momento de prazer para o indivíduo
comunicar e perceber as necessidades desta população tão específica. e cuidadores. Dar orientações que ajudem os cuidadores a lidar melhor
com todos os desafios relacionados com os problemas alimentares na PC
levaram à criação deste manual.
Esperamos que este seja uma mais-valia para todos os que dele usu-
fruam e que a alimentação possa ser um momento de diversão e celebra-
ção, apesar de todas as dificuldades comuns nesta população.
60 61
Anexos
Anexo A Exemplo de um dia
alimentar saudável
PEQUENO-ALMOÇO
1 chávena almoçadeira de leite meio gordo com 1 colher de chá
de mel + 1 pão com queijo/fiambre/manteiga ou 6 bolachas Maria/
Torrada ou 4 tostas ou 8 bolachas redondas de água e sal
ou 2 “mãos” de cereais não açucarados (tipo Corn Flakes).
MERENDA DA MANHÃ
1 iogurte de aromas + 1 peça de fruta ou 3 bolachas Maria/Torrada
ou 2 tostas ou 4 bolachas redondas de água e sal ou 1 “mão”
de cereais não açucarados (tipo Corn Flakes).
ALMOÇO
Sopa de legumes [(quantidade por pessoa para duas refeições):
3 chávenas almoçadeiras de legumes e hortaliças (300 g) em cru
+ 1 batata média ou 1 mão de arroz ou massa ou feijão ou grão
em cru + 2 colheres de chá de azeite em cru] + Prato Principal (carne
ou peixe ou 1 ovo + arroz ou massa ou batata + legumes/hortaliças)
+ Sobremesa: 1 peça de fruta.
JANTAR
Idêntico ao almoço, seguindo uma alimentação variada.
CEIA
1 chávena almoçadeira de leite meio gordo
+ 1 colher de sobremesa de leite em pó.
65
Anexo B O que costumo
comer… E o que
deveria comer?
Pequeno-almoço Pequeno-almoço
1 chávena de leite meio gordo 1 chávena de leite meio
+ 50 g de cereais tipo açucarados gordo + 30 g de cereais
e/ou com chocolate; tipo Corn flakes;
Merenda da manhã Merenda da manhã
1 bolo 1 peça de fruta;
+ 1 sumo tipo “Ice Tea”;
Almoço
Almoço Sopa de legumes + bife de peru
Bife com batatas fritas grelhado com arroz de cenoura
e arroz + 1 fatia de e salada de alface e tomate + 1 peça
pudim + refrigerante; de fruta + água;
Primeira merenda da tarde Primeira merenda da tarde
1 pão de leite + 1 sumo 1 pão com queijo/fiambre/manteiga
tipo “Ice Tea”; + 1 sumo natural de laranja;
Segunda merenda da tarde Segunda merenda da tarde
4 bolachas de chocolate; 4 bolachas tipo Maria/Torradas;
Jantar Jantar
Lasanha + 1 gelatina Sopa de legumes + robalo
+ refrigerante; assado com batatas “a murro”
e legumes salteados + 1 peça
Ceia
de fruta + água;
1 chávena de leite meio gordo com
chocolate + açúcar. Ceia
1 chávena de leite meio gordo.
67
Anexo C Exemplos de
alimentos de textura
mole e pastosa
69
Anexo D Exemplo de um dia
alimentar com PEG
PEQUENO-ALMOÇO
200 ml de leite meio gordo com 1 pão triturado;
MEIO DA MANHÃ
100 ml de sumo natural de laranja com 3 bolachas tipo Maria trituradas;
ALMOÇO
200 ml de sopa enriquecida com carne/peixe/ovo
+ 100 ml de fruta passada;
JANTAR
200 ml de sopa enriquecida com carne/peixe/ovo
+ 100 ml de fruta passada;
CEIA
100 ml de leite meio gordo.
71
Glossário Excesso de Peso: peso superior ao recomendado, para se ser saudável.
Flora Intestinal: diversidade bacteriana presente no intestino humano,
responsável principalmente pelo bom funcionamento do sistema imunitá-
rio, tais como outras funções essenciais ao nosso organismo.
Gastrostomia Endoscópica Percutânea: procedimento que consiste na
introdução de uma sonda na cavidade gástrica através da parede abdomi-
nal, permitindo a administração direta de alimentos, líquidos e medicação
através da sonda no estômago.
Hipertonia: traduz-se por uma tonicidade muscular aumentada.
Hipotonia: traduz-se por uma tonicidade muscular diminuída.
Ingestão hídrica: ingestão de água ou líquidos cuja composição principal
seja água (tisanas, chás).
Macronutrientes: nutrientes necessários ao organismo, tais como hidra-
tos de carbono, proteínas e gorduras, presentes nos alimentos. Fornecem
energia e componentes fundamentais para o crescimento e manutenção
do organismo.
Micronutrientes: nutrientes necessários ao organismo, tais como vitami-
nas e minerais, presentes nos alimentos. Embora sejam requeridos dia-
riamente em pequenas quantidades, são imprescindíveis para se ter uma
alimentação equilibrada e variada.
Obstipação: vulgarmente, designada por prisão de ventre, é caracteriza-
da pela dificuldade constante de evacuação das fezes. Sintoma ou efeito
de uma alimentação pobre em fibras e em líquidos, o que leva a que o
Alimentação saudável: padrão alimentar assente nas orientações da nova organismo responda retendo as fezes no intestino por um período maior
roda portuguesa dos alimentos, isto é, consiste numa alimentação equili- do que o normal.
brada, completa e variada. Paralisia Cerebral: grupo de perturbações no desenvolvimento do con-
Alimentação Monótona: padrão alimentar com escassa variedade ali- trolo motor e da postura, derivado de uma lesão não progressiva aquando
mentar ou pouco variado a nível organolético. do desenvolvimento do sistema nervoso central.
Baixo Peso: peso inferior ao recomendado, para se ser saudável. Refluxo Gastroesofágico: processo no qual os alimentos e ácidos presen-
Disfagia: dificuldade para deglutir (engolir) alimentos sólidos/líquidos, tes no estômago voltam para o esófago, em vez de seguir o fluxo normal
desde o seu trajeto inicial na boca até a sua transição do esófago para o da digestão. Esse refluxo pode causar irritação na parede do esófago, pro-
estômago. vocando sintomas característicos da doença do refluxo gastroesofágico.
Deglutição: ato de engolir alimentos sólidos e líquidos ou secreções. Pela Tonicidade muscular: estado de tensão elástica (contração ligeira) que
deglutição, os alimentos presentes na boca chegam ao estômago, passan- apresenta o músculo em repouso, e que lhe permite iniciar a contração
do pela faringe e pelo esófago. rapidamente após o impulso dos centros nervosos. Quando a tonicidade
Desnutrição: condição clínica decorrente de uma muito baixa ingestão ou está aumentada (musculatura rígida), denomina-se hipertonia, quando se
absorção de nutrientes essenciais ao organismo humano. apresenta diminuída (musculatura flácida), denomina-se hipotonia.
72 73
Referências
bibliográficas
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