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maternos e fetoplacentário
Pré-eclâmpsia: maior causa de
o Estágio 0: incompatibilidade entre
mortalidade materna e perinatal no BR
tecido materno e sêmen paterno
Incidência:
o Estágio 1: resposta parcial da
o Pré-eclâmpsia: 1,2-4,2%
tolerância materno ao trofoblasto
o Eclâmpsia: 0,1-2,7%
placentação defeituosa
Pré-eclâmpsia é um processo diagnóstico
o Estágio 2: placentação defeituosa
dinâmica, aplica-se apenas ao momento
leva ao estresse oxidativo e
do diagnóstico pois a paciente pode estar
liberação de fatores inflamatórios
evoluindo para eclampsia ou síndrome
na circulação
hellp
o Estágio 3: reação inflamatória
Hipertensão arterial: PAS é = ou > que
sistêmica + disfunção endotelial
140mmHg e/ou a PAD é = ou > a 90mmHg
manifestações clínicas com
Alguns conceitos: comprometimento de órgãos
alvos, sendo as alterações
Pré-eclâmpsia: doença multissistêmica e glomerulares as amis
multifatorial que costuma ocorrer na características e responsáveis pela
segunda metade da gestação (20ª proteinúria. Representa a resposta
semana). Caracterizada por hipertensão e sistêmica materna à placentação
proteinúria, sendo a proteinuria não defeituosa
mandatória Má-adaptação às alterações
Hipertensão gestacional (DHEG): é a cardiovasculares ou inflamatórias da
elevação da pressão sanguínea após 20 gestação
semanas, na ausência de proteinúria ou Anormalidades genéticas
manifestações sistêmicas.
Hipertensão crônica: é aquela que Remodelação vascular uteroplacentária:
antecede a gravidez ou é anterior a 20
Na placenta tem-se as artérias espiraladas (tecido
semanas e que se mantém após o
elástico e muscular) que com o passar da
puerpério.
gestação (6-10ª semana) tornam-se
Hipertensão crônica com pré-eclâmpsia
complacentes, devido aumento do fluxo
sobreposta: paciente já tinha hipertensão
sanguíneo local. A partir da 16ª-20ª semana esses
crônica anterior a gestação e evolui com
vasos precisam ter uma baixa resistência para
proteinúria na gestação
fornecer mais aporte líquido ao útero.
Hipertensão transitória: Elevação dos níveis
pressóricos no final da gestação ou no Na placentação normal, o citotrofoblasto
início do puerpério (24 horas de pós parto), endovascular destrói a camada muscular das
sem proteinúria e que retoma aos valores artérias espiraladas deixando-as mais
normais em até 10 dias após o parto. complacentes. Na placentação anormal não há
Eclâmpsia: refere-se à ocorrência de crise citotrofoblasto, poucas artérias espiraladas
convulsiva tônico-clonica generalizada OU apresenta segunda onda de invasão trofoblástica
coma em gestante com pré-eclampsia e a resistência é maior. Essas artérias espiraladas
Síndrome HELLP: forma grave de pré- miometrais não transformadas exibem lesões
eclampsia caracterizada por hemólise + obstrutivas por placas de ateroma, levando a
elevação de enzimas hepáticas + infartos de áreas placentárias e diminuindo aporte
plaquetopenia sanguíneo ao bebê.
Prevenção
Complicações
Deve ser feita em gestantes com fatores de risco
Eclâmpsia:
AAS 100-150 mg/dia à noite, de 12-16
Sinais de iminência de convulsão: cefaleia semanas até o parto
com escotoma ou alteração visual, o Mecanismo de ação:
epigastralgia, náusea, dor em hipocôndrio remodelação endotelial
direito Se pré-eclâmpsia em gestação anterior:
Em casos graves com lesão de órgãos heparina de baixo peso molecular + AAS
após convulsão pode surgir icterícia, (para favorecer a passagem de sangue
anúria, hematúria e hemoglobinúria para o bebê)
Síndrome HELLP: Em regiões com baixa ingesta de cálcio
suplementação com cálcio 1,5-2g/dia
Tríade: hemólise (LDH > 600 UI),
disfunção/dano hepático (enzimas Tratamento
hepáticas 2x o valor normal) e Objetivos do tratamento: Prevenção das
trombocitopenia (< 100.000/mm3) morbimortalidades materna e perinatal,
Mortalidade materna chega a 20% e identificação precoce de alterações laboratoriais,
perinatal 35% controle pressórico, encaminhamento e
Principais causas de óbito: hemorragia assistência em serviços terciários, assistência
cerebral, falência cardiopulmonar, CIVD, neonatal qualificada (local de referência) e
injúria renal aguda, sepse, rotura de prevenção da eclâmpsia.
hematoma subcapsular hepático
Tratamento não farmacológico:
Prognóstico
Dieta
Crise convulsiva com hemorragia cerebral Repouso hospitalar ou domiciliar
chega a 60% de mortalidade Acompanhamento laboratorial:
Edema pulmonar é a 2ª causa de morte hemograma (avaliar hematócrito,
Pré-eclâmpsia precoce (<34s) tem hemoglobina e plaquetas), DHL,
mortalidade 20x maior bilirrubinas totais, creatinina e função
A morbidade ocorre por conta da DPP, hepática
CID, IRA, edema agudo de pulmão, Acompanhamento hospitalar ou
pneumonia aspirativa e PCR ambulatorial
Prognóstico fetal: Tratamento farmacológico:
Mortalidade perinatal está elevada por Anti-hipertensivos: avaliar risco x benefício
prematuridade, DPP e CIR Cuidado com redução excessiva e/ou
brusca da P.A envia menos sangue ao
feto aumentando a chance de sofrimento o Interrupção da gestação quando
fetal a paciente estiver estabilizada
Introdução de anti-hipertensivo se PA Cesárea é mandatória em fetos com
maior igual a 150 e/ou 100 mmHg, ou níveis menos de 1500g
persistentes de 140 e/ou 90 mmHg, ou se Pós-parto:
paciente estiver sintomática o Mantém sulfato de magnésio pelo
Anti-hipertensivos recomendados na menos 24h após o nascimento e/ou
gestação: última convulsão
o Simpatolíticos de ação central (alfa o Se HAS pós parto persistente (>=
2 agonistas): metildopa 150/100 mmHg) após as 12
2000mg/dia (fármaco de escolha), semanas, manter a paciente com
clonidina terapia anti-hipertensiva
o Bloqueador de canal de cálcio:
utilizado quando metildopa sozinha
não é suficiente, utiliza-se nifedipino
ou anlodipino
o Vasodilatador periférico:
hidralazina é utilizada se ainda
persiste falha no tratamento
o Em raros casos utilizam-se beta-
bloqueadores
Crise hipertensiva ou início de eclâmpsia:
o Hidralazina IV
o Se não tiver como fazer IV pode
utilizar nifedipino comprimido
o Ainda pode-se utilizar nitroprussiato
de sódio IV (cuidado pois em altas
doses pode causar toxicidade ao
feto)
Sulfato de magnésio é o fármaco de
escolha para tratamento de iminência de
eclampsia e eclampsia
Pré-eclâmpsia leve:
o Se 37s: interruptação da gravidez
(indução ou cesariana) risco
materno-feto
o Até 37s: tratamento conservador
consultas semanais, avaliação da
sintomatologia (agravamento da
doença, movimentos fetais),
avaliar PA (2x/sem), contagem de
plaquetas e enzimas hepáticas
(semanalmente), pesquisa de
proteinuria semanal, ultrassom
seriado para avaliar restrição de
crescimento (preferência pelo
doppler da artéria umbilical)
o Se evolução desfavorável (PD >=
100 mmHg) ou sofrimento fetal
interromper gestação (se antes das
34sem fazer corticoterapia)
Pré-eclâmpsia grave/ eclampsia:
o A deterioração clínica da paciente
indica resolução da gestação
o Tratamento conservador entre 24 e
34 semanas
o Antes de 24 semanas está indicado
interrupção da gestação
o Hospitalização
o Prevenção e controle de
convulsão (sulfato de magnésio)
o Hipotensor parenteral se necessário