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REVISÃO PARA A PROVA DE OBTENÇÃO DE BOLSAS

MODELOS DE DISSERTAÇÕES ARGUMENTATIVAS

TEMA: RECONHECIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO DAS MULHERES NAS CIÊNCIAS NO BRASIL

Segundo a filósofa Hannah Arendt, a essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos. No entanto,
não acontece o mesmo em relação ao reconhecimento das mulheres nas ciências no Brasil, já que seus feitos são
desvalorizados pela maioria do povo brasileiro. À vista disso, o não reconhecimento das cientistas ainda se mantém
no corpo social, em virtude não somente da insuficiência estatal, mas também do silenciamento midiático.
O filósofo Zygmunt Bauman criou a expressão "instituições zumbis" para se referir a fundações que não
deixaram de existir, mas não cumprem mais seu papel social originalmente proposto, como o Estado. Nesse sentido,
é notório que as mulheres responsáveis por inovações são ignoradas de sua importância, de modo que o governo se
beneficia da ausência de debate sobre o tema e dá pouco suporte para a integralidade de seus direitos nos espaços
de trabalho, favorecendo assim, o desestímulo de muitos.
Além disso, segundo o sociólogo Karl Marx em sua teoria do silenciamento midiático cita que temas
específicos são omitidos. É notória a conduta silenciadora da mídia, a qual é conhecida por influenciar diretamente as
pessoas e, ao mostrar apenas as contribuições dos homens para a ciência, ocasiona espectadores reconhecerem
apenas o trabalho masculino, levando a uma grave defasagem na mentalidade social. Portanto, há uma necessidade
urgente de que as contribuições das mulheres comecem a receber mais atenção e apareçam na mídia tanto quanto
as dos homens.
 Logo, é evidente que ainda há entraves para a visibilidade feminina no âmbito científico brasileiro. O
Ministério da Educação precisa viabilizar bolsas de estudos maiores para as mulheres, a fim de que possam investir
mais em sua profissão. Também a mídia mediante às redes sociais pode reforçar o devido reconhecimento às
cientistas brasileiras através de palestras, a fim de diminuir a desinformação nacional. Só assim, esse problema pode
ser, inicialmente, mitigado, e posteriormente, dirimido.

TEMA: O COMBATE À MARGINALIZAÇÃO DOS ENFERMOS CRÔNICOS NO BRASIL

O livro “O Homem de Giz”, da escritora C.J. Tudor, aborda a falta de amor do protagonista Eddie ao seu pai,
que sofre de Alzheimer. Nesse sentido, analogamente, é plausível comparar essa narrativa com a realidade
brasileira, na qual, por vezes, enfermos crônicos são vítimas de uma lamentável marginalização, o que é
inadmissível, dado que eles merecem ser respeitados pela sociedade. Logo, visando combater esse problema, é
preciso analisar os principais motivos pela sua existência: a lacuna educacional e a negligência governamental.
Nessa lógica, é necessário falar acerca da omissão acadêmica. Sobre isso, na música “Estudo Errado”, o
Gabriel Contino afirmou que, ao não desenvolver a criticidade estudantil, o método de ensino brasileiro é, às vezes,
falho. Essa crítica do cantor é, de fato, confirmativa, dado que muitos colégios não desenvolvem o senso crítico dos
alunos em relação ao respeito e a empatia aos diferentes. Como consequência disso, vários sujeitos são formados
com uma ótica preconceituosa, o que fomenta a marginalização dos enfermos crônicos.
Além disso, a displicência estatal é uma outra fomentadora do empecilho. Segundo a obra “O Cidadão de
Papel”, do jornalista Dimenstein, as normas presentes em documentos nacionais nem sempre são efetivadas. Sob
esse raciocínio, por mais que a Constituição Federal de 1988 assegure o direito à saúde, o Estado não adota ações
que seriam capazes de acabar com a marginalização dos enfermos crônicos. Desse modo, a administração pública
colabora, mesmo que indiretamente, para o agravamento do contratempo.
É primordial, diante desses aspectos, que haja uma intervenção. Com o intuito de combater a marginalização
dos enfermos crônicos, o Ministério da Educação deve criar o projeto “Eddie e a População Brasileira: Duas
Vertentes Similares”. Essa proposta – que irá se solidificar por meio de uma alteração na Base Nacional Comum
Curricular– contará com momentos formativos sobre a importância de se respeitar os enfermos crônicos. Com essa
medida, espera-se que, diferentemente do enredo visto em “O Homem de Giz”, o Brasil se torne um país mais afável.
TEXTO 1
Nomofobia: conheça vício que será um dos temas da novela Travessia
Você já ouviu falar em nomofobia ou no-mobile? O nome pouco conhecido se refere a uma fobia que tem
crescido em todo o mundo e será um dos temas discutidos em Travessia, a próxima novela das nove de Gloria
Perez, na Globo. Prevista para estrear em março de 2023, a trama vai falar do medo irracional de ficar sem o
celular e discutir as relações entre o homem e a tecnologia.
Em seu Twitter, a autora compartilhou uma pesquisa em que cientistas listaram os países com os
maiores índices de vícios em smartphones. O Brasil ocupa o 4º lugar do ranking. Já um estudo divulgado pela
plataforma de mídia, Digital Turbine, mostra que 20% dos brasileiros não ficam mais de 30 minutos longe do
celular.
Para o psicólogo e professor do curso de psicologia da Faculdade Pitágoras, Davi Alves, o avanço
tecnológico é um dos fatores que contribuem para a dependência. “A cada dia surgem aparelhos celulares com
as mais altas tecnologias. Reforçando a necessidade em estar sempre perto de um celular, pois nele se
resolve tudo: trabalho, estudos, entretenimento e compras. Com isso, cria-se o hábito de estar no celular. A
todo tempo somos reforçados a emitir esse comportamento e quando nos percebemos distante dele é como se
deixássemos de viver ou de estar conectado com o mundo”, explica.
O estudo da plataforma de mídia também apontou que 92% dos brasileiros fazem compras pelo celular.
Além disso, 30% desse percentual passaram a comprar ainda mais pelo aparelho móvel, após o início da
pandemia.  Davi ressalta que apesar da comodidade oferecida pelos aparelhos, é preciso ficar atento aos
sinais que indicam vício.  “Quando a pessoa percebe que não está conseguindo fazer coisas que não estejam
vinculadas ao uso imediato do celular é preciso atenção. Por exemplo, a pessoa vai a um aniversário e tem a
sensação de que ali está chato por ter que conversar ou emitir outros comportamentos que não dependem do
celular. Estudando, namorando, comendo ou fazendo outra atividade e ao mesmo tempo olhando o celular e
verificando mensagens. Ou seja, quando existe um condicionamento da vida ao uso do celular.”
Consequências do uso excessivo do celular
Levantamento do Google mostra que 73% dos brasileiros não saem de casa sem os seus dispositivos. O
psicólogo explica que o uso exagerado do aparelho pode trazer consequências.  “Elas são diversas e na
maioria das vezes terríveis quando lembramos que somos uma espécie que vive em comunidade e para que
essa comunidade exista de forma sólida e saudável é importante que seus membros se relacionem. Essa
relação, em parte, pode ser até realizada via celular, mas o aparelho não responde às necessidades de
relação que o homem precisa. Com isso, percebemos relações frágeis entre amigos, familiares, entre alunos e
professores, entre relações amorosas.”
Davi ressalta que essas pessoas estão preferindo usar o celular do que a interação presencial. “Estamos
rompendo com um princípio, em que o viver em comunidade está sendo trocado para o viver uma vida mais
individualizada e com menos contato possível.” O profissional da saúde explica que é preciso analisar as
consequências do uso descontrolado e os prejuízos desse comportamento. 
“De acordo com a magnitude desse comportamento socialmente disfuncional, a ajuda de um psicólogo é
indispensável. Certamente o processo terapêutico vai ajudar esse sujeito a melhorar esse vício em um contexto de
reflexão, em que se possa compreender quais são os reforçadores desse comportamento, bem como propor ao sujeito
outras possibilidades.”
Davi pondera que o problema não é a tecnologia em si, mas a maneira como nos relacionamos com ela,
já que o celular é um item quase essencial para muitas pessoas que usam para trabalhar e estudar. O psicólogo
defende que o uso do aparelho deve ser feito de forma saudável para que ele seja um auxílio e não uma dependência. 
“Quando a função de algo é clara para o sujeito, ele consegue estabelecer uma relação baseada em clareza. Se o celular
é para trabalhar, é importante definir qual o horário de trabalho. Se for para estudar, limitar o horário de estudo. Se usado
para manter relações afetivas, definir quanto tempo do seu dia será dedicado a isso. Quando temos clareza da função,
melhor controle podemos exercer sobre esses comportamentos”, conclui.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 
(Disponível em https://www.em.com.br/app/noticia/bem-viver/2022/02/28/interna_bem_viver,1348965/nomofobia-conheca-vicio-
que-sera-um-dos-temas-da-novela-travessia.shtml)

TEXTO 2
Fonte: O tempo/Reprodução

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija, em no mínimo 15 e no máximo 20 linhas, um texto dissertativo-argumentativo, em
modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema “Caminhos para superar a nomofobia na
atualidade”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de
seu ponto de vista.

RASCUNHO
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VERSÃO DEFINITIVA (Máximo: 20 linhas)

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DESEMPENHO LINGUÍSTICO COERÊNCIA DE PRODUÇÃO


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TEMÁTICA ESTRUTURA TEXTUAL
(0 a 5 pontos) (0 a 5 pontos)
PONTUAÇÃO FINAL
(0 a 20 pontos)

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