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Idioma Grego
Phílos: filiação; amizade; amor.
Sophía: sabedoria.
“Os primeiros filósofos gregos não concordaram em ser chamados sábios, por terem
consciência do muito que ignoravam. Preferiram ser conhecidos como amigos da
sabedoria, ou seja — filósofos.
1
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502135444/. Acesso em: 22 jan. 2022
Por mais simpático que possa parecer a significação ou etimologia do termo
Filosofia, seu alcance é bem maior e importante do que a reportada “amizade do saber”, já que
em tempos bem distantes o homem, enquanto ser pensante e obviamente dotado de
inteligência, passou a questionar diversos aspectos de sua vida cotidiana, de modo especial os
aspectos correlatos à existência do mundo e dos sujeitos que nele viviam (inclusive dele
próprio). Até então, tudo era justificado por narrativas desprovidas de qualquer amparo
racional, especialmente porque jamais poderiam ser verificadas e comprovadas pelo sujeito; a
sociedade constituída em tempos antigos simplesmente acreditava no que acabou sendo o
contraponto da Filosofia, que é a Mitologia.
Com isso a Filosofia surge como uma atividade vinculada ao saber, cujo alicerce
são evidências e explicações racionais, comprovadas e afastadas do senso comum, dos diversos
aspectos de existência do homem e suas relações com o mundo em geral, abrangendo estudos,
questionamentos para se aproximar ao máximo de uma verdade real, ou que possa ser
devidamente comprovada com elementos e fatos concretos. Os relatos históricos indicam que
a origem temporal aproximada da Filosofia remonta aos séculos VII ao VI, a.C.2, na Grécia Antiga;
não a Grécia que hoje conhecemos, mas na verdade pequenas comunidades políticas,
conhecidas como “Pólis” ou “Cidade-Estado”, situadas no sul da península Balcânica, ilhas do
Mar Egeu e o litoral da Ásia Menor.
2
Antes de Cristo.
3
Filósofos Pré-socráticos: I. Tales de Mileto (primeiro filósofo da Grécia Antiga); II. Anaxímenes de
Mileto; III. Anaximandro de Mileto; IV. Pitágoras de Samos; V. Demócrito de Abdera; VI. Heráclito de
Éfeso; e VII. Parménides de Eleia.
do homem. Para tanto discutiam a questão da existência a partir de três premissas: physys;
arché; e logos; com isso, os filósofos entendiam que se conseguissem identificar a arché (o
elemento primeiro; a origem de tudo), seriam capazes de explicar (logos) a existência/natureza
(physys).
Idioma Grego
Physys: natureza; mundo;
Logos: razão;
Arché: origem; elemento primeiro;
Devir: fluxo constante; em
movimento constante.
“A filosofia fica responsável por tudo que passa a importar, intelectualmente, para as
camadas letradas: a explicação. (JR., Paulo. G. Introdução à Filosofia. São Paulo: Editora
Manole, 2003.)4
4
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520448168/. Acesso em: 22 jan. 2022.
3. Torná-la rotina cotidiana para se libertar de conceitos “prontos” e mitos
sociais sem qualquer amparo científico;
Idioma Latim
Culturae: cultivar a mente e o
conhecimento;
Cultus: sujeito cultivado no
contexto do conhecimento.
“cultura e civilização, tomadas em seu sentido etnológico mais vasto, são um conjunto
complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, o direito, os costumes
e as outras capacidades ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da
sociedade (1871, p.1 apud CUCHE, 1999, p. 35). (In Revista Eletrônica do Instituto de
Humanidades)
5
Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades - Volume VII Número XXVIII Jan-Mar 2009, p. 12 – Acesso
em 22/01/2022. Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/Ingles/tilio.pdf
Assim, a cultura, suas dimensões e desdobramentos podem ser compreendidos
de formas sistemática ou assistemática. A compreensão sistemática da cultura se caracterizará
pela sua imposição formal, técnica e dogmática; neste cenário, observe-se, que o sujeito
receberá os saberes culturais por atos de imposições formalmente instituídas pela sociedade;
um sistema de normas jurídicas representa, por exemplo, forma sistemática de compreensão e
absorção de cultura, pois, como sabemos, independe da aceitação individual de cada sujeito.
Lado outro, a compreensão assistemática da cultura deriva de atos e hábitos próprios do
indivíduo ou de seu meio social; neste caso a cultura passará a ser compreendida por atos
voluntários ou não impositivos; como exemplo podemos citar os diferentes costumes entre
países e regiões.
1. REALE, Miguel. Introdução à Filosofia, 4ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2002. Título I,
Capítulo I - Disponível no Sistema Minha Biblioteca.
3. TILIO, Rogério. Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades - Volume VII Número XXVIII
Jan-Mar 2009 - Reflexões Acerca do Conceito de Cultura – Disponível em :
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/Ingles/tilio.pdf
4. NADER, Paulo. Filosofia do Direito, 28ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. Capítulo 1 –
pgs. 22/40 – Disponível no Sistema Minha Biblioteca.
O deputado federal Charlles Evangelista6 apresentou no ano de 2019 o Projeto de Lei n.º 5194
com o objetivo de tornar crime qualquer estilo musical que contenha em sua letra conteúdo ou
expressões pejorativas ou ofensivas. De acordo com o projeto, incorrerá na mesma pena
aplicada ao crime previsto no art. 287 do Código Penal (Apologia ao Crime – pena: detenção, de
três a seis meses, ou multa), “aquele que através de qualquer estilo musical que contenham
expressões pejorativas ou ofensivas, que estimulem: a) O uso e o tráfico de drogas e armas; b)
A prática de pornografia, pedofilia ou estupro; c) Ofensas à imagem da mulher; d) O ódio à
polícia.” Como esse projeto de lei pode ser analisado à luz das premissas da Filosofia Geral, da
Cultura e da Filosofia do Direito?
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O Projeto de Lei 5194/19 foi retirado de apreciação pelo próprio autor em 10/10/2019.