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hiátória do deáign
Pedro Luiz Pereira de Souza
i '11(091)
N.Cham.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
655.11(091) S729n 4. ed.
Autor: Souza, Pedro Luiz Pereira de
Título: Notas para uma história do desig
(f séri e d e si g n )
Perrin de Souza, ozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Pedrão,
ou iia Ksdi (liscola Superior
|>c8cnh() Industrial) em 1968, Notas para uma
io se ctn 1971. E professor de hiálória do deáign
Inicnto de projeto de produto zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
I desde 1972 e foi seu diretor de
1988 a 1992.
coordenador associado do IDI~
MAM (lir.iiiiii" (Ir lirscnhoIndustrial
vloderna do Rio
. ilc 19/5 a 1986, no qual zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
, 1Veu c publicou pesquisas,
11 111 /ou cursos e projetou produtos na
arc.i de eiiihnlagem e mobiliário escolar,
ii' n. ,1. .1zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
MHiu'diversas mostras sobre
design e artes plásticas.
()lveu projetos para empresas
como Unibanco, Brasilpar, Brazil
Wnrriint, Fscriba e Companhia Brasileira
de Metalurgia e Mineração.
Tem artigos publicados em revistas
académicas e de divulgação sobre design.
V. Hitor de Fsdí: Biografia de iima ideia
• ^ (Eduerj, 1996).
SEKAC-AR-GO
Capa: Vítor Barreto
;!iilur: Silvia Steinberg
Foto da capa: lorsteii Schun - FotoUa.com L zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
UTO - N ^ ^ ^ o i - ^ S S S 5
Pedro Luiz Pereira de Souza
sér i e Design
Rio de Janeiro
2008
Faculdade de Tecnologia Senac Goiás/Bibi
Notas para uma história do design. A ^ AB Ed i t o r a
Ac. 3028 - R. 105125 Ex. 4 Pat: 010985
A ;' AB f oi a p r i m ei r a ed i t ora d o p a ís a p u b l i ca r si st em a t i ca m en t e
Compra - Livraria Curitiba ias Ltda.
l i vi oi i de aut ores brasileiros sobre d e si gn , or i gi n a n d o a part ir d e 1 9 9 7
IS.
Nf.: 26276 R$ 19,67 - 08/05/2009 i i i t i n ovo se g m e n t o ed i t ori a l . Se u s t ít u l o s, n a m a i or i a , se t o r n a r a m
Superior de Tecnologia em Design Gráfico . i i c o s n a b i b l i o g r a f i a so b r e o a s s u n t o , t a n t o p el a r e l e vâ n c i a zyxwvutsrqponmlkjihgf
M i zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
'1 1 1 l o m a s q u a n t o p el a c o n si st ê n c i a d a s a b o r d a ge n s. Por i sso, a
maior contribuição que você pode dar para que nós, brasileiros,
deixemos novamente de ter uma bibliografia sobre design. I iM )| 11 ia 2 AB se con sol i d ou co m o r e f e r ê n ci a i n d i sp e n sá ve l no est u d o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcb
I n n n oq íj en t e so b r e d esi gn no Br a si l .
' n i i i u m a d é c a d a d e a t u a çã o , a 2 A B se f u n d a m e n t a n u m p roj et o
Editor Vítor Barreto m l ' l oct ual c o n f i g u r a d o n u m p r o g r a m a e d i t o r i a l q u e se vi a b i l i za
jKjr m ei o d e u m a a t i vi d a d e c o m e r c i a l . Tal p r oj et o é o d e con t r i b u i r
Revisão Celina Karam
Projeto gráfico (miolo) Vítor Barreto e André ViUas-Boas i i i i t i i a a u t o n o m i a d o ca m p o d o d e si g n e n t r e n ó s, cruci al p a r a o
Projeto gráfico (capa) Vítor Barreto ' i n .c n vo i vi m e n t o e c o n ó m i c o d o p a ís e p a r a a e m a n c i p a ç ã o d a
Produção Sylvio de Oliveira
Klade b r a si l ei r a .
Assessoria de p r o d u ç ã o Regina Barcellos
I .1 a u t o n o m i a é co n ce b i d a c o m o d e c o r r ê n c i a d a d e l i m i t a çã o
ii I iplinar, d a f u n d a m e n t a ç ã o t e ó r i c o -c r ít i c a e d a c o n s o l i d a ç ã o
wvsrw.2ab.com.br l u u l i s s i o n a l . Po r i sso , o p r o g r a m a e d i t o r i a l d a 2 AB d á d u p l a
wvvw.novasideias.com.br p i i o r i d a d e a o b r a s d e f o r m a ç ã o t é c n i c a (r e u n i d a s n a s s é r i e s
I t iicina e b a se Oe si gn ) e de a n á l i se cr ít i ca (n a sé r i e Desi gn e, e m
ii M i i d a gen s l ú d i c a s, n a sér i e Pr o j ect o ).
Impresso no Brasil.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Printed in Brazil.
I i 'i ! ci a l i za d a e m d esi gn e d i r i gi d a p o r d e si gn e r s, a 2 AB t e m u m
I' 1 1 1 ' c o m p r o m i sso c o m o a v a n ç o d o c a m p o . Da í seu p e r m a n e n t e
Catalogação na fonte do Departamento Nacional do Livro p i o n ei r i sm o , p r ó p r i o d e u m a l i n h a e d i t o r i a l p a u t a d a pel o f i m d e
S731n i n j u st i f i cá vei s l a cu n a s b i b l i o gr á f i ca s e p o r co n t r i b u i çõ e s t e ó r i c o -
Souza, Pedro Luiz Pereira de.
Notas para uma história do design / Pedro Luiz Pereira de Souza. - Rio • ri t i cas ef et i va s e i n ova d or a s.
de Janeiro: 2AB, 2008 (4* edição).
128 p. : 14 cm X 20 cm. - (série Design)
I S B N 978-85-86695-44-5
> r i íi H o c i o n ^ ^ Design, da 2AB Editora, se propõe a ser um
Inclui bibliografia e índice.
TIG Qc SI g n J fórum para a discussão académ ica sobre design, em
1. Design - história. 2. Desenho industrial - história. 3. Desenho abordagens interdisciplinares que o enfoquem como
(projetos). 1. Título. 11. Série. manifestação da cultura contem porânea.
CDD-745.20981
Sumário
C:apítulo 2 41
As revoluções e o protofuncionalismo
Capítulo 3 47
As bases teóricas do deáign moderno
Capítulo 4 55
A criação da Bauhaus
Capítulo 5 63
o discurso da vanguarda
Capítulo 6 79 Nota para a quarta edição
A diááJDora da ideia Bauiiaus e o eátilo Bauhaus
Capítulo 7 87
O deáign após a II Guerra Mundial
Capítulo 8 95
A Escola de Ulm e a eálética científica
Capítulo 9 103
O queálionamento do novo
Perderam sentido maior as discussões relativas iieeita a noção de processo, j á trazida por Max Bense,
a identidade entre forma e função, sobre obsolescên- ineorporada a suas propostas e seus programas como
cias planejadas ou não, sobre valor de uso e valor de I 0 1 licito, mas transformada em ideia clássica, algo que
troca dos produtos e outras oposições que, segundo HC considera impossível praticar, mas sempre servirá
umbilical com o que mais criticava, foi uma tentativa (I proximidade de outro tempo, de conjugação como o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
de se referenciar na história o que comprova sua su- 1 h.iiliava, atitude ainda moderna de nomear e classi-
bordinação original. Efémera e incipiente, serviu como I leal' algo que se percebia como intangível a uma com-
chave para a constatação de que u m nome significa a pireiísão precisa. Na verdade o moderno teve seu nome
tentativa de uma inserção histórica. Se o proclamado pi'(')|)rio e seus problemas residiram em sua não deseja-
f i m da história, trazido por meio da coonestação aca- (ln rinitude. A previsão de Octávio Paz serviu t a m b é m
démica da política neoliberal do triunvirato Reagan- pura o tempo depois do moderno.
Thatcher-Wojtyla, questionava esse comportamento, A noção de consciência histórica foi a âncora do
seria mais fácil aceitar a abolição de nomenclaturas e moderno e o design moderno incorporou-a por meio
de denominações, atitude confortável para a variabi- (lo conceito de projeto e da valorização da técnica e da
lidade conceituai de uma economia baseada em pla- líidiistria, do industrialismo. A política conduziu todo
nilhas de custos, e n ã o em projetos, gerenciada por cNMe arcabouço a uma pergunta sobre o sentido da his-
contadores sofisticados, e não mais por economistas. l('MÍ;i e a técnica daquele tempo não foi suficiente para
Octávio Paz escreveu em 1967: "Muitos povos e civi- nina resposta. Se o fosse, traria uma carga negativa,
lizações chamaram a si mesmos com o nome de u m poÍH, mais do que as armas de destruição em massa
deus, uma virtude, u m destino, uma fraternidade: is- I riadas, ressaltou a dúvida sobre as supostas razões
inerentes aos movimentos e lutas de povos e classes. • < iiirlozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
(ia técnica que o homem se encontrou, depois zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
I -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
O pensamento técnico nunca revela muito sobre o f u - iilha irs de anos de filosofias e religiões, a si mes-
turo e deve-se lembrar, outra vez, a supracitada preo- cxposto a céu aberto. Mas, a consciência da his-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
cupação de Hanna Arendt. Esse pensamento pode ser 1 II.IO se revelou o que dela se esperava. O problema
considerado como o último sobrevivente das filosofias MIC c a d a momento n ã o mais projetou u m futuro e
do passado. Mas, diferentemente do que se pensava em i i i i l i i iic transformou em u m sempre instantâneo.
seu tempo, pouco antecipa sobre o futuro. A técnica A indústria incorporou essa questão com maior zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
pode prever m u d a n ç a s e, dentro de limites, construir I idade do que o design, estabelecido por determina-
realidades futuras. Foi assim com a exploração inter- I ígidas em suas diversas instâncias de pensamento
planetária. Mas a técnica n ã o poderá responder o por- IO. Uma das últimas manifestações do moderno, o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR
quê e o para que dessas m u d a n ç a s . Todos os dias a t é c - '.11 (ói (e é) uma atividade para a qual a pedagogia
nica inventa alguma coisa nova, mas pouco pode dizer • eii um papel fundamental. Desde o estabelecimen-
sobre o futuro. Sua ação consiste hoje em u m perma- . Ir s e u s pressupostos pedagógicos iniciais até o ques-
nente questionamento do futuro. À medida que cons- iliiiuimento d o s conceitos modernos, ocorreram sua
trói esse futuro nebuloso e questionado, para muitos iti«n'çflo e absorção dentro de u m cenário académico
até desprovido de sentido, ele cessa de ser futuro: "é o iM iiiia i, diferente de suas propostas de escolas isoladas,
desconhecido que irrompe sobre nós. Cessamos de nos liiiniadas como grupos criativos, como disse Domênico
I tr Masi. Vale pensar que as instituições universitárias,
reconhecer no futuro". (Paz, Octávio,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Signos em rota-
ção. 1970). A dissolução de uma imagem do futuro i m - litn>;uesas e seculares, são objeto de todos esses ques-
plica em interferências no passado e tudo o que parecia I lona mentos, até por se constituírem, em primeira ins-
pensado, estruturado, aparece como u m conjunto de ullicia, em organismos geradores das ideias postas em
ideias e esforços sem sentido. i|iieHtão. A mudança e s u a aceitação dificilmente viriam
Ac dentro d a s escolas e do conceito de design estabeleci-
Nesse instante problemático o design moderno
dii d e s d e o f i m do século XIX. Desde então até seu ques-
pagou sua dívida intelectual contraída na origem pela
I loiíamento, o design moderno trouxe em seu discurso,
adesão a u m pensamento praticista. Mas isso não é des-
mais do que ideias formais ou funcionais, argumentos
graça nem se está isolado nessa situação incómoda. Foi
sobre a ordem, a padronização e a classificação, pensa- iiPiios por sua exterioridade. Novos conceitos de pa-
mento clássico em seu sentido mais etimológico. liniilzação surgiram e muitos dos critérios formais zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
Na i n d ú s t r i a de automóveis a m u d a n ç a se t o r - iHTHctitados pelo design moderno das décadas de
nou nítida e mais interessante. A transição ou a con- '(i()/7() ressurgiram, atualizados, conjugados nova-
j u g a ç ã o da mecânica com a eletroeletrônica trouxe- • ifiilc, como diria Octávio Paz. A adoção de critérios
ram algo que n ã o poderia ser antevisto nas críticas de icloiiais e funcionais em setores da i n d ú s t r i a n ã o
Tomas Maldonado a esse setor produtivo (El disefio II vr Hcr interpretada como u m tipo de vitória final
y las nuevas perspectivas industriales, 1958, Confe- I um design moderno, revitalizado apenas em parte
rência na Grande Exposição Universal de Bruxelas ciii Hctores nos quais nunca foi questionado como os
e El automóvil: Mercancia reina, 1972, intervenção M id 111 os para a saúde e para uso público de u m modo
em mesa-redonda sobre os problemas de tráfego em • vu\. Mas houve o deslocamento do foco da i n d ú s t r i a zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
Bolonha, i n Vanguardia y racionalidad, 1977). A fa- III l)ciis de consumo duráveis para setores de com-
bricação de automóveis tomou u m novo rumo duran- Miiiciilcs que entram em todos os produtos e geram
te a década de 1990. A introdução e a interferência, • iVDH conceitos de qualidade. Talvez o que se esteja zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
em todos os seus setores, das técnicas de computação INIHIÍIKÍO seja à transferência do conceito de mer-
foram básicas para essa m u d a n ç a . Outros aspectos ulori.i lainha para novos produtos, chips e demais
t a m b é m colaboraram para essa alteração de rumos, iciiinilos de computação, e a passagem sensível do
entre eles a emergência e a visibilidade dos problemas lio de projeto, produtos finitos desenvolvidos
ambientais, trazidos à tona menos pelos órgãos ad- III ro de u m prazo, para o de processo, produtos n ã o
ministrativos de controle e pelas universidades b u r - .iilloH, portanto, sem prazo, em permanente atuali-
guesas e mais pelas organizações paralelas e alterna- iVAo, Assim como ocorreu com o automóvel, existem
tivas que usaram a mesma i n t r o d u ç ã o de elementos iilliaH críticas de designers à entrada do computa-
de informação e comunicação para suas pressões p ú - • no cotidiano das pessoas, apesar de se constituir
blicas. Os produtos da i n d ú s t r i a automobilística pas- III u m fenómeno muito mais amplo e abrangente. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
saram a ser valorizados por aspectos de segurança, 1 computador modificou a vida das pessoas em d i -
de rendimento e de controle de impacto ambiental e ,10 maior do que o automóvel em vários aspectos.
Especificamente na área do design, ele trouxe m o d i - 11 Não se l i m i t a r á t a m b é m aos fatores estéticos zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
ficações radicais em métodos de trabalho, tempo e liiizyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
m a i s . Talvez se possa pensar em u m design que.
operacionalidade que, logicamente, influenciam seus Ih vc/ de ter como objetivo encher o mundo com uma
resultados inclusive formais. iilliidável parafernália de objetos, possa trabalhar
As m u d a n ç a s observadas decorrem do avanço Miiti m a i o r imaterialidade física, sem entrar em cho-
da pesquisa científica e de novas tecnologias que j á se | in n i i n a ideia de contemporaneidade.
encontram em aberto, anunciando uma nova aven-
tura humana, visível outra vez por meio de u m nome Pedro Luiz Pereira de Souza
conjugado e extenso: nanobiotecnologia. Se o projeto Rio, janeiro de 2008.
descrito por Hanna Arendt em 1950 significava deixar
a Terra e parecia insano, o que dizer de uma proposta
cujo interesse central é o DNA, ou seja, a genética, o
próprio homem e a vida eterna? Novamente se tenta
aqui escrever algo sobre alguma coisa no instante em
que é feita. Mas pode-se imaginar que esse caminho
conduzirá para além dos conceitos de virtualidade
trazidos pelo computador para o cotidiano das pesso-
as. Imaterialidade é uma ideia que faz designers i m a -
ginarem u m futuro problemático para uma ativida-
de que nasceu ligada ao conceito de cultura material.
Mas pode-se lembrar que designers j á lidaram, e h á
algum tempo, com a ideia de uma cultura imaterial e,
para isso, ampliaram bastante seu território de ação.
Parece claro que o design n ã o lidará somente com fa-
tores objetivos e mensuráveis, pois essas são apenas
características necessárias a u m projeto ou a u m p r o -
Apresentação
I I czyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
livro é resultado de u m curso de h i s t ó -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR
1 1 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1 iln design desenvolvido durante dois anos na Esdi
H iMil.i Superior de Desenho Industrial), no Rio.
I II deve ser entendido justamente pelo que su-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
(iie iieii titulo: u m conjunto de notas, reflexões,
.| iieNl()es que visam a suscitar discussões.
•
f
4
() design é u m a á r e a de conhecimento a u t ó n o m o .
(Icpende ou decorre da arquitetura ou da arte. A m o -
I i:i consciência social e cultural da t é c n i c a e do design
lia de u m desenvolvimento p r ó p r i o , fortemente i n -
I liii m i a d o pelo modo de p r o d u ç ã o capitalista e industrial.
M i l as origens do design incluem ideias antes formuladas zyxwvutsrqp
I I I I outras c i r c u n s t â n c i a s e é p o c a s . Três revoluções t i v e -
I^a R e v o l u ç ã o A m e r i c a n a s u r g i u u m i d e á r i o m a r -zyxwvutsrqpon
mIII por r a c i o n a l i s m o assentado n o conceito de i n d i -
viduo e de sua liberdade. S i m p l i f i c a n d o , pode-se d i z e r
l|iir a ideia dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
selfmade man, assim c o m o , b e m m a i s
adiante n o t e m p o , a de c o n s u m i d o r e de seu d i r e i t ozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
dv Imndcira r e v o l u c i o n á r i a , a cor v e r m e l h a significa essa
l i v r e escolha, s ã o c o n s e q i i ê n c i a s de ideais contidoszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
na Iralcrnidade - e serviu de s í m b o l o para o a n a r q u i s m o , zyxwvutsrqp
R e v o l u ç ã o A m e r i c a n a . O I l u m i n i s m o teve grande i m - I' zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
II .1 o socialismo e para o c o m u n i s m o .
p o r t â n c i a para a d e f i n i ç ã o desses ideais, assim como A cidadania, a f i r m a d a pela R e v o l u ç ã o Francesa,
para os da R e v o l u ç ã o Francesa. Nessa é p o c a , ainda n ã o l'H iiiii conceito t ã o b u r g u ê s q u a n t o a i n d i v i d u a l i d a d e
havia u m a s e p a r a ç ã o entre c i ê n c i a pura e aplicado. iillrniada pela R e v o l u ç ã o A m e r i c a n a . M a s seu sentido
A i n d a e x i s t i a m h e r a n ç a s dos Grandes Racionalistas III ICO e seu significado i d e o l ó g i c o f o r a m m a i s gene-
( L e i b n i z , Spinoza e Descartes). • I radicais. A m b a s as r e v o l u ç õ e s t i v e r a m como
O I l u m i n i s m o , u m a dessas h e r a n ç a s , f o i um;i III c o m u m o d i s c u r s o do progresso, da p o s s i b i l i -
c o n v i c ç ã o n o progresso do c o n h e c i m e n t o h u m a n o , na ' de se t e r "mais e m e l h o r e s " riquezas para todos.
racionalidade, na possibilidade de controle sobre a n a I I volução I n d u s t r i a l , que teve sua p r i n c i p a l força
t u r e z a e de desenvolvimento de riquezas a p a r t i r des Inglaterra, t a m b é m teve n o conceito de progres-
se c o n t r o l e . B e n j a m i n F r a n k l i n , impressor, j o r n a l i s t a , I base de seu discurso, mas a I n g l a t e r r a j á fizera a
inventor, e m p r e s á r i o , estadista e negociante, pode s c i I e v o l u ç ã o e m 1640. A C o n s t i t u i ç ã o A m e r i c a n a e a
considerado o s í m b o l o do cidadão do futuro na é p o c a , ' iiiliiição Francesa f o r a m resultado das r e v o l u ç õ e s
do selfmade man r a c i o n a l e ativo, d e n t r o dos Estados /() o 1789. O u seja: a R e v o l u ç ã o I n d u s t r i a l na I n -
U n i d o s . O u t r o s americanos n o t á v e i s c o m o i l u m i n i s t a s tra n ã o se deu p o r necessidade de a f i r m a ç ã o da
f o r a m T h o m a s Jefferson e A l e x a n d e r H a m i l t o n . lirsia como classe detentora do poder. Nessa é p o -
O p e r í o d o h i s t ó r i c o de c o n s t r u ç ã o e a f i r m a ç ã o
da sociedade burguesa, que c o m e ç o u c o m as p r i m e i r a s I)HUTSCHER W E R K B U N D ,
c o m as r e v o l u ç õ e s d e m o c r á t i c a s e burguesas de 1776 c
A d e f i n i ç ã o do que se entende p o r design m o d e r -
1789, c o m e ç o u a ser questionado a p a r t i r de 1848, com
1111 se deveu m u i t o aos problemas de a f i r m a ç ã o p o l í t i c a
a p u b l i c a ç ã o dozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Manifesto comunista e c o m a e x p a n s ã o
I' e c o n ó m i c a do Estado/Empresa a l e m ã o . N o entanto, 2;
das ferrovias. A R e v o l u ç ã o I n d u s t r i a l inglesa f o r m o u a
havia a i n d a u m aspecto i m p o r t a n t e para resolver: a ne— cfl
economia do m u n d o no s é c u l o X I X ; a R e v o l u ç ã o Fran- •a
cesa f o r m u l o u seus conceitos p o l í t i c o s e i d e o l ó g i c o s . A I i 'Hsidade de u m conceito e s t é t i c o e f o r m a l para a p r o - |
I n g l a t e r r a deu as ferrovias e as f á b r i c a s que r o m p e r a m iliição i n d u s t r i a l . M u t h e s i u s , como se v i u , p r o p u n h a |
as e s t r u t u r a s e c o n ó m i c a s t r a d i c i o n a i s do m u n d o . A lima c o n c e p ç ã o s i m p l i f i c a d a dos p r o d u t o s , m a n e i r a de ^
F r a n ç a t r a n s f o r m o u a sua r e v o l u ç ã o no c e n t r o da luta i i i n i á - l o s m a i s adequados t a n t o e m aspectos t é c n i c o s
política mundial. ' I uno de custos ao i n c r e m e n t o de seu c o n s u m o - p o r - ^
I m i o , ao desenvolvimento de u m mercado i n t e r n o . ^
M a s isso n ã o era suficiente. A f i n a l , apenas a s i m p l i c i ' Mlilos e qualquer dos esquemas propostos pelo ecle-
dade n ã o e r à u m c r i t é r i o e s t é t i c o - f o r m a l para d e f i n i r c I iMUio para a arte e a a r q u i t e t u r a do s é c u l o X I X . O p u -
caracterizar u m conceito. Por o u t r o lado, simplicidade nha se assim ao A r t Nouveau e ao J u g e n d s t i l , aos quais
aliada a requisitos de qualidade m í n i m a significaria ta IH valores e r a m t ã o caros. As ideias defendidas pelos
a a d o ç ã o de u m p r o g r a m a e s t é t i c o conciso, concreto, n e o c l á s s i c o s a l e m ã e s nessa é p o c a f i c a r a m conhecidas zyxwvutsrqp
cujo sentido e s i g n i f i c a d o pudessem estar contidos em I ou 10 Teoria da Pura V i s u a l i d a d e .
si mesmo. Esse p r o g r a m a i n c l u í a , a t é m e s m o p o r estar O D e u t s c h e r W e r k b u n d i n c o r p o r o u a T e o r i a da
de acordo c o m azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ideia de progresso, urna ó t i c a n ã o na- l'iira V i s u a l i d a d e ao seu i d e á r i o . I m p o r t â n c i a f u n d a -
t u r a l i s t a , a l g u m a coisa j á p r ó x i m a a u m azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
estética me iiictital t i v e r a m a l g u n s a r q u i t e t o s , c o m o A d o l f L o o s ,
cânica; i n c l u í a pedagogias. >\w escreveu u m pequeno ensaio i n t i t u l a d o Orna-
a da a d o ç ã o das teorias dos n e o c l á s s i c o s a l e m ã e s , par !• I ' I Behrens, que pode ser considerado o p r i m e i r o
A I G u e r r a M u n d i a l representou a d i s p u t a do zyxwvutsrqp
I I ado i n t e r n a c i o n a l pelas diversas burguesias n a -zyxwvutsrqpo
M .iis i n s t i t u í d a s a p a r t i r das r e v o l u ç õ e s i n d u s t r i a i s
I !• as a l i a n ç a s de p a í s e s envolvidos no c o n f l i t o , r e -zyxwvutsrqp
ii -ntar ao f i m de t u d o u m a l i b e r a ç ã o para o e x é r c i t o
I I lao poder i n t e r f e r i r e r e o r g a n i z a r a p r ó p r i a o r d e m
iiia da A l e m a n h a , a m e a ç a d a pelos m o v i m e n t o s
I (• I ii rios. A queda do r e g i m e czarista e a a s c e n s ã o ao
ii r dos bolchevistas passaram a apresentar m a i o r
M '.o do que a eventual d e r r o t a m i l i t a r a l e m ã na sua
coincidente n o p r o p ó s i t o a u t o n o m i s t a . A nova o r d e m i n s t i t u í d a p o r G r o p i u s f o i i n f l u e n -
SENAC-AR
1
t r a b a l h a m na r e e s t r u t u r a ç ã o do Curso B á s i e o , con d Capítulo 5
r i n d o - l h e u m sentido p e d a g ó g i c o n ã o m a i s centrai i
na r e l a ç ã o m e s t r e - a p r e n d i z . O Curso B á s i c o passou O discurso da vanguarda
ser o p r i n c i p a l componente do ensino, capaz de p i .
servar as d i f e r e n ç a s i n e v i t á v e i s entre os professoir
artistas e dar a esses mesmos elementos u m a unida.i
É nessa é p o c a , e m u m segundo manifesto,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
de a ç ã o .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
(|n
G r o p i u s aponta para a ideia de u m a u n i d a d e nas a i
tes p o r i n t e r m é d i o da a r q u i t e t u r a . N o entanto, n à o
pode a f i r m a r ser essa u m a ideia de sua lavra. Os conzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
-i
t r u t i v i s t a s o antecederam q u a n t o à f o r m u l a ç ã o . C m
pius agregou-a ao ensino.
mSMO, CONSTRUTIVISMO,
iip., A B C
lui.is chamadaszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM
vanguardas históricas. Dentro desse
• Ho geral, podem-se enquadrar as t e n d ê n c i a s deriva-
is construtivismo, que t i n h a importantes centros de
II I na I Iolanda (De Stijl, Theo Van Doesburg), na Suíça
de Weimar, aceitou a adoção da nova estética. No en O novo discurso da escola permaneceu estético
tanto, não incorporou nem o radicalismo formal do De brmal, ainda que enfrentasse críticas e divergên-
Stjl nem o radicalismo político dos suíços. Buscou uma internas, formuladas principalmente por Hannes
formulação própria, não necessariamente intermedi- "r. Mas, em todo o período de Gropius na direção,
ária, eventualmente adequada ao programa social de- aleceu seu compromisso com o eventual sucesso
mocrático de Weimar. Por isso mesmo, integrou Mo República de Weimar. Nessa época, desenvolveu-
m intenso debate derivado do confronto das teses
holy-Nagy, u mzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
moderado assimiíduel da Internacional
Construtivista, fechando a porta ao "radicalismo" de ico-formais com as teses produtivistas. As ideias
Van Doesburg. Não assimilou de todo o plasticisnio padronização, tipificação etc, anteriormente for-
formalista de Le Corbusier, mas aceitou parte das tese» Ifldas pelo Projeto Werkbund, foram aprofundadas,
de sua estética mecânica, sem os desvios do A r t Déco, ise debate se acrescentaram as ideia de mecani-
Não assimilou o radicalismo político dos suíços, man zo e de industrialização. No entanto, durante todo
convidou Hannes Meyer, do grupo ABC, para integiai' ríodo de Gropius, a Bauhaus permaneceu relati-
o corpo docente da escola e reformar os programas de rnte distante da realidade. Enquanto arquitetos
ensino de arquitetura. 10 Martin Wagner desenvolviam, em cargos oficiais
República de Weimar, planos urbanísticos e teses de
MM
A entrada do discurso das vanguardas históriizyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Rtrução que envolviam problemas políticos, sociais
na Bauhaus não se deu pela porta da frente. Mas, df
onômicos complexos, a Bauhaus, de fato, como c r i -
todo modo, ocorreu e, logo, a arquitetura seria trans
va Meyer, permanecia no debate da racionalidade
formada, t a m b é m na Bauhaus, no porta-voz desse
HJ do produto, limitada muitas vezes às discussões
discurso. A unidade de todas as artes no ato de projclar
rc as formas geométricas básicas (o cubo, a esfera
e construir: dessa forma deu-se a atualização da pc
tctraedro) e suas relações com as três cores funda-
dagogia da escola em relação ao discurso da esquei^dn
nlais (vermelho, amarelo e azul).
internacional, mas devidamente moderada, a ponto de
Isso significa dizer que a própria adesão dc O período de 1923 a 1928 na Bauhaus foi marca-zyxwvutsrqponm
Gropius à social-democracia apresentou nítidos con- 1 I n pela assimilação do construtivismo e pela adoção de
tornos conservadores, eventual lierança do liberalis- nina morfologia coerente com essa tendência estética.
mo de Van de Velde. Esse estado de coisas permanc I i.i gráfica, no desenho dos móveis, mesmo nos u t e n -
ceu até a constatação, feita pelo p r ó p r i o Gropius, dc • ilios gerais, foi notória a p r e s e n ç a dos princípios do
que o sucesso da economia a l e m ã j á n ã o era mais tão Ininialismo construtivista. Por outro lado, foi a p a r -
seguro. Isso se deu em 1928, quando o conflito do la iu dc 1923 que a Bauhaus iniciou u m trabalho mais
cionalismo introduzido na Bauhaus em 1923 e os re- 1 ilemático nas oficinas (metal, t a p e ç a r i a , cerâmica),
síduos da fase precedente (1919-1923) se resolveram iiKi SC limitando mais apenas aos estúdios de arte ou
em favor do primeiro. Mas o que se afigurava agoia <\ .irquitetura. Pode-se dizer que foi desde então que a
era u m confronto desse racionalismo com u m novo ' Hola definiu de forma mais direta seus interesses em
tipo de irracionalismo. Em 1923, Gropius reivindi IIIII design, tal como se conhece hoje. K. Jucker, W. W a -
cara a ordem racional, juntamente com a República I • iiCcId, M . Brandt e M . Brener foram artífices de p a r -
de Weimar, contra a desordem, o caos e o assassinalo I i. (liar i m p o r t â n c i a no desenvolvimento de projetos de
político. Os tempos da prosperidade do Plano Dawcs, iniiiinárias, louças, t a p e ç a r i a s e mobiliário - produtos
do alívio das reparações de guerra, dos créditos in MUI' determinaram definitivamente uma autonomia da
ternacionais e da racionalização industrial durariam linguagem formal do design moderno. M . Stam e Mies
até 1930. Dois anos antes, o pragmatismo político dr Hl der Rohe t a m b é m exerceram forte influência nesse
Gropius indicou-lhe n ã o ser ele a pessoa adequada |M iiccsso, por meio de seus móveis de aço tubular, sem-
à viabilização de u m ú l t i m o esforço que asseguras jMf fabricados pela firma Thonet, que desce o século
se a sobrevivência da república e da p r ó p r i a escola, r limado j á se destacava por seus excepcionais conceitos
Indicou Hannes Meyer como seu sucessor, coerenir ' I ' lofma e qualidade, antecipando muitos dos p r i n c í -
inclusive com as ideias, j á moribundas, da Interna rinii do design moderno. A Bauhaus adotava u m d i s -
cional Construtivista, de que na unidade das artes nr Mi lio que exaltava a técnica e a indústria, por meio de
encontrava o caminho para uma colaboração cotn u • HM vocabulário essencialmente baseado em conceitos
e s t r u t u r a ç ã o de uma democracia social estável. I. • nicos-esteticistas. Como disse Giulio Carlo A r g a n :
72 "O tecnicismo de Gropius pode, rigorosamente, ser in I unção do cargo de diretor. Mas, na verdade, o motivo
terpretado como uma não-política, no sentido de qm in.iior foi mesmo a percepção da fragilidade estrutural
(D
l.i própria República de Weimar. A Alemanha, nessa
§ tende a resolver, ou mesmo evitar, na lúcida funciona
• poca, j á se encaminhava novamente para u m outro
1 lidade social, todo contraste ideológico".
I ipo de caos e desordem, habilmente aproveitado pelas
g Em 1923, Gropius havia substituído o lema d.i
iiirças de extrema direita, pelo exército, que nunca es-
unidade de todas as artes pela ideia de arte e técnicn.
inecera a "punhalada pelas costas" do Tratado de Ver-
uma nova unidade. Foi uma atualização das ideias dc
dhes, e pela burguesia industrial - que via na r e p ú -
Peter Behrens, contidas no já citado texto Forma e tév
iilica uma forma política excessivamente liberal para
nica, de 1910, com uma diferença significativa: a ad
gosto, no trato das questões trabalhistas.
missão da tese de uma estética mecânica. Mas, como se
Meyer, que substituiu Gropius, levou para a zyxwvutsrqpo
viu, a Bauhaus não aderiu totalmente ao construtivis
I'. iLihaus o espírito da revista ABC, porta voz das ideias
mo: reelaborou u m formalismo neoplasticista a pari n
"• cnico-produtivistas, que contrastavam com o funcio-
do próprio formalismo construtivista; criou u m novn
nalismo técnico-formalista de 1923. Alguns de seus es-
critério de composição da forma, inspirado na técn i
• lilos ilustram suas ideias: "Sem pretensões clássicas e
ca, para substituir o anterior, inspirado no artesanalo
rin a confusão dos conceitos artísticos, sem a infiltra-
Assim, a liberação das forças criativas do indivíduu.
vista por Itten e pelo próprio Gropius como forma di • .10 das artes aplicadas, surgem os testemunhos de uma
superação da desordem contingencial do mundo, íoi nova época: feiras de amostras, silos, music-halls, ae-
substituída por uma ideia de superação da mesma d( '' iportos, mercadorias estandardizadas. Todas essa coi-
g sordem por meio da indústria. Mas, na verdade, nun( i iH são produto da fórmula: função-economia. Não são
M se abandonou u m velho conceito presente j á nas ani i liras de arte. A arte é composição, o objetivo é função.
^ Mas, em fevereiro de 1928, Gropius se demitiu d i M jiic dizer sobre a composição de um plano urbanístico
1 direção da escola. Além dos motivos j á anteriormeiih n dc um apartamento? Construir é u m processo técni-
B apontados, deve-se salientar que Gropius teve grau • I, não estético, e a idéia de funcionalidade de uma casa
de parte de sua carreira de arquiteto prejudicada cin (• opõe à de composição artística" (1926).
Mais tarde, em 1929, escreveria em sua amarga dciia gerar u m ressurgimento do programa produti-
carta de demissão ao prefeito de Dessau: "Teorias in vista de 1907. Mas não poderia ter previsto que esse
cestuosas impediam todo o acesso a uma configuração ressurgimento duraria t ã o pouco. Quando o estilo
orientada para as necessidades da vida; o cubo era o eixo Bauhaus assumiu sua face mais consistente, em 1927,
do jogo e suas faces eram amarela, vermelha, azul, bran o programa produtivista j á demonstrava sua própria
ca, cinza e negra. Este cubo da Bauhaus podia ser dado vulnerabilidade e o capitalismo alemão se orientava
para as crianças brincarem, mas t a m b é m para os snobs para uma nova estratégia, à direita - inclusive por
da Bauhaus se isolarem em suas experimentações. O causa dos compromissos sociais que deveriam ser ne-
quadrado era vermelho. O circulo era azul. O triângu cessariamente assumidos pelo produtivismo.
lo era amarelo. Dormia-se e sentava-se na geometria Ante essa perspectiva, os representantes do
colorida dos móveis (...). Assim, encontrei-me em uma racionalismo se v i r a m diante de u m dilema que,
situação tragicômica: em minha qualidade de diretor da aparentemente, admitia apenas duas alternativas: a
Bauhaus, combatia o estilo Bauhaus" (1930). defesa intransigente dos esquemas formais elabora-
Não h á dúvida de que a demissão de Meyer resul dos pela Bauhaus de Gropius ou a sua negação como
tou de uma trama política da direita, com objetivo dc 11 tn todo, propondo como alternativa u mzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZ
produti-
neutralizar uma pretendida radicalização à esquerda, vismo para adiante. O produtivismo, visto até en-
patrocinada por seu diretor. Mas a explicação políti tão apenas como uma estratégia de p r o d u ç ã o (Ford,
ca não basta. Para u m entendimento razoável, deve-sc Kathenau), foi proposto por Meyer como estratégia
pensar t a m b é m em motivações menos contingenciais, para uma m u d a n ç a radical do cotidiano, incorpo-
p o r é m não menos significativas. É importante ana- rando os lemas do construtivismo russo. Em resumo,
lisar o titubeante caminho percorrido pelo capitalis loi proposto como uma estratégia para uma revolu-
mo industrial, particularmente o europeu, frente às ção cultural. Mas, da mesma forma que a ideologia
exigências de racionalização e de tipificação. O estilo técnico-formalista de Gropius, suas ideias t é c n i c o -
Bauhaus foi uma das tentativas mais consequentes dc produtivistas chegaram tarde. Como se viu, esse o b -
responder a esse problema. Mas chegou tarde. Gropiíi.s jetivo j á havia sido tentado na URSS, imediatamente
tinha razão em 1923 ao imaginar que a Alemanha po depois da Revolução de 1917 - ou seja, em condições
muito mais favoráveis que na Alemanlia de 1928 - c fstilo Bauhaus, alimentado pelos emigrados bauhausianos
havia fracassado. A incompatibilidade das propostas para os Estados Unidos e por u m grupo intelectualizado de
de Meyer com a situação política e económica da A l e ai'(iuitetos, críticos e historiadores daquele país. Caso típi-
manha foi total. Sua demissão, em 1930, foi justifica c o de importação cultural, a assimilação do estilo Bauhaus
da por motivos ridículos. Mas a reação posterior à sua pelos EUA apresenta aspectos curiosos. Depois da Escola
atuação (Gropius e Mies van der Rohe) dimensiona Chicago, do funcionalismo de Louis Sullivan e da per-
seu pretenso radicalismo p e q u e n o - b u r g u ê s . manência de uma arquitetura autóctone (Frank Lloyd W r i -
De 1930 até 1933, Mies van der Rohe substituiu gi 11), o Art Déco fizera uma triunfal entrada na arquitetura
Meyer. Foi u m período extremamente escasso em (las grandes cidades americanas. A elite novaiorquina não
contribuições práticas ou teóricas para a constituição Via isso como bons olhos; considerava-o uma vulgarida-
do design moderno. Com o fechamento definitivo da de, A incorporação do estilo Bauhaus serviu também como
Bauhaus, em 1933, e com o advento do nazismo, ocor inn:i forma dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
aggiomamento dessa elite com os padrões
reu a diáspora da idéia Bauhaus. Ao mesmo tempo, l'i 11 (arais da Europa, dos quais Nova York nunca conseguiu
iniciou-se seu processo de mitificação, obra de muitos tlcsviar sua atenção. Mas essa incorporação, por outro lado,
críticos e historiadores, particularmente dos ameri teve um aspecto importante: se o ensino norte-americano
canos. Surge uma lenda identificando a escola apena» i'ni arte, design e arquitetura ainda permanecia corpora-
com o período de 1923-1928, da era Gropius: a BauhauH tivo e incipiente, a inclusão das ideias bauhausianas serviu
do estilo Bauhaus. Ao resto se dá pouca ou nenhuni:i p.iia uma melhor definição de orientações mais precisas
importância. O período vitalista-expressionista de i( hrsse aprendizado.
ten é apresentado de forma confusa e parcial; o perío
do do funcionalismo produtivista de Meyer passa a ser
totalmente suprimido.
Assim, nos anos 1930, começou a definir-se um dc
sign orientado segundo dois pólos opostos: por um lado,
o styling, sustentado pelo capitalismo monopolista ame
ricano, e, por outro, uma orientação para um legendário
Capítulo 6
O deáign após
a II G uerra M undial
A Escola de Ulm e
a eátética científica
mas Maldonado, do velho conceito de gute Form, que A Escola de U l m votou sua auto-extinção em
terminou prevalecendo dentro da Escola de U l m . 1968, depois de intensos choques com a ideologia do
neocapitalismo alemão. Seu programa racionalis-
ta, indicando uma política de nova esquerda, como a
chamou Charles Jencks, gerou uma contrapartida: as
novas vanguardas, características dos movimentos das
jovens gerações do f i m da década de 1960.
Essas gerações levantaram bandeiras de luta,
muitas delas calcadas em antigos ideais das vanguar-
das históricas e dos anarquistas. Na base delas, está a
constatação de que as proposições tecnológicas racio-
nalistas, formuladas ao longo da primeira metade do
século XX, a quase nada conduziram, exceto à maior
acumulação de capital sem uma distribuição corres- uma explosão do pensamento racionalista na arte, na
pondente, considerando que em seu tempo ainda per- arquitetura e no design.
sistiam questões como a Guerra do Vietnã e a luta pelos O discurso da razão fora exclusivista. Isso quer
direitos civis nos Estados Unidos. O apelo à liberdade se dizer que fora coerente com seus princípios clássicos.
confundiu com pessimismo, como nos tempos iniciais Ao estabelecer classes, opera-se de forma exclusiva; l i -
da República de Weimar. Reforçaram essa tendência o teralmente, excluem-se determinadas formas de ação e
surgimento, ainda nos anos 1950, das ideias existen- de pensamento. Mesmo nesse processo, preservaram-
cialistas (Jean-Paul Sartre, Paul Nizan, Albert Camus) se ideias que foram recusadas ou refutadas para poste-
e de u m forte revisionismo das ideologias marxistas, rior reexame. O que se inicia em 1968 é exatamente esse
fruto do desmantelamento da estrutura stalinista na processo. Alguns optam por maior radicalização ainda
União Soviética (Maurice Merleau-Ponty). Acima de das teorias científicas, racionalistas, incluindo-se a í o
tudo, 1968 marcou u m tempo em que se começou a du- velho industrialismo ou produtivismo. Outros optaram
vidar da possibilidade real do projeto da modernida- por apelos ao irracionalismo, às tecnologias elementares
de, da ideologia do progresso e da própria democracia ou populares, a discursos sobre raízes ou características
como solução para u m desenvolvimento social h a r m ó - autenticamente nacionais etc. Aparentemente, todas
nico, baseado no avanço do conhecimento científico. essas tendências tiveram como inimigo comum o velho
Os problemas urbanos, desde a configuração fí- racionalismo, visto como u m grande equívoco histórico.
sica das grandes cidades até a impossibilidade de seu Ocorre que o problema, j á desde as formulações mais
reordenamento, evidenciaram o que u m arquiteto consequentes do racionalismo, não era formal, mas p o -
como M a r t i n Wagner j á havia antecipado na década de lítico. Assim, da mesma maneira que nas questões f o r -
1920: os problemas n ã o eram técnicos, mas essencial- mais, as questões políticas se apresentam com amplos e
mente políticos. Não havia obstáculo material para a diversos matizes ideológicos que, seguindo u m raciocí-
formulação de uma sociedade capaz de resolver os pro nio ainda enquadrado nos padrões clássicos, formariam
blemas da maioria de seus membros; em compensação uma grande frente ampla, da esquerda à direita.
havia problemas, de todos os tipos nos aspectos políti Da crítica ao racionalismo não foi difícil passar
cos e económicos. Em 1968, pode-se dizer que ocorre a uma crítica à razão. Nas questões da arquitetura.
por exemplo, Manfredo Tafuri descreve uma "arqui- lhor definição desse tempo seria dada por Andy Warhol,
tetura dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
houdoir" como uma tendência digna de nota. artista pop americano, que limitou o tempo de fama e
Exercida porjovens arquitetos americanos (Eiue archi- evidência de cada u m a 15 minutos em sua vida.
tectsfrom New York: mais uma exposição do MoMA), Do ponto de vista económico, inicia-se o desmonte
formados nas boas escolas americanas e dentro dos das concepções dirigistas ou centralizadoras, até mesmo
melhores padrões do Movimento Moderno, essa ar- respaldadas nos fracassos das economias socialistas. Ao
quitetura começa a revelar tendências inclusivistas, racionalismo clássico de John Kenneth Galbraith, um dig-
diferentes do exclusivismo modernista. Ressemanti- no herdeiro de Keynes, opõe-se o neoliberalismo da Escola
zações, neo-saudosismos, tardoclassicismos etc, são de Chicago e de Milton Friedman - que vêm no mercado,
os nomes de tendências formalistas que se enquadram e apenas nele, as soluções para todo e qualquer problema
numa denominação genérica rapidamente apropria- das sociedades. As questões da automação na indústria e
da pela mídia e pelo consumo: p ó s - m o d e r n o . A velha da rapidez na informação por intermédio do computador,
vanguarda racionalista se refugia em outra t e n d ê n - apoiam intensamente essa ideologia. Chega-se finalmente
cia, igualmente tornada vulgar pela mídia com o nome ao ponto em que se pode questionar a velha ordem da pa-
de high-tech. Vulgaridade e rapidez maior no consu- dronização na indústria por meio do conceito de varieda-
mo das tendências de estilo passam a ser o assunto de. Tudo isso, afinal, representa o conceito de industrialis-
de maior importância na discussão da arquitetura e mo levado às suas mais radicais consequências, travestido
do design. Ser moderno passa a ser u m imperativo de agora com roupagens de liberdade.
moda. E ser moderno, em certo sentido, passa também
As questões referem-se agora ao conceito de
a significar não ser político.
modernidade material - o que, sem dúvida, signi-
Não se deve olhar esse fenómeno como uma sim fica uma apropriação indevida e de má-fé do velho
pies decadência. Na verdade, como na passagemzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
doH projeto da modernidade. O racionalismo, visto como
Grandes Racionalismos para a época das Grandes Rc alternativa para o desenvolvimento em conjunto das
voluções, para um pensamento mais fragmentado, o que sociedades, perde seu caráter messiânico - o que po-
se verifica é uma adequação a uma nova realidade, com deria ser muito bom para todos, se significasse maior
um novo sentido de fragmentação e de totalidade. Mc consciência política. Mas o conceito de modernidade
gerado pela derivação à direita das crises do raciona- se forma a verdadeira significação da obra e seu pre- 109
lismo apontam em direção a u m outro padrão: o dos ço; pelo segundo, n ã o se leva em conta o que essa obra
telefones celulares e dos carros modernos. As noções diz, mas, o que se diz sobre ela.
de primeiro e terceiro mundos substituem outras, O que parece melancólico ou pessimista, no en-
tanto, pode ser visto com outro enfoque. De fato, passa- o
mais apropriadas, como países desenuoluidos e sub-
desenuoluidos, agregando destes algumas confusões. do, presente e futuro deixaram de ser valores em si. Ao
Como diz Octávio Paz, poeta e ensaísta mexicano, não se admitir isso, deve-se t a m b é m aceitar a idéia de que
se pode "reduzir a pluralidade de civilizações e o p r ó - não haja cidades, países ou espaços privilegiados. Se o
prio destino do homem a u m só modelo, a sociedade f i m da modernidade representar o f i m dos nacionalis-
industrial (...). A pressa por 'desenvolver-se', ademais, mos, dos grandes centros de arte e cultura, das heranças
faz-me pensar em uma desenfreada carreira para che- de u m tempo linear e retilíneo, talvez algo de novo possa
gar mais cedo que os outros ao inferno". ocorrer. Dentro desse novo talvez se encontre a possi-
O existencialismo dos anos 1950 e 1960 ensi- bilidade de que todos falem ao mesmo tempo, senão o
nou que a modernidade e o progresso eram filhos de mesmo idioma, pelo menos a mesma linguagem.
u m conceito de tempo retilíneo: o presente n ã o repe- De fato, hoje não há centro, o conceito de tempo
t i r i a o passado e cada instante seria ú n i c o , diferente perdeu a sua antiga coerência, leste e oeste, a m a n h ã e
e auto-suficiente. Derivações dessas ideias conduzi- ontem são ideias que se fundem em cada um. A arte, o
ram a uma m u d a n ç a nas noções sobre o que seriam design e a arquitetura, nessa concepção, poderão desa-
as vanguardas. O que diferenciaria a arte da moder- parecer como contemplação estética, algo afirmado ao
nidade da arte de outras épocas seria o pensamento longo dos t r ê s últimos séculos no Ocidente. Será pos-
crítico, mas as vanguardas foram esvaziadas de seu sível u m retorno a algo que esse mesmo Ocidente es-
B
conteúdo crítico. Esse esvaziamento se configura na queceu: a retomada da arte como ação e representação cr
c o n s t r u ç ã o de modelos que integrem arte, design e coletivas e a possibilidade de uma contraditória com- I3 . zyx
I
arquitetura nos circuitos de p r o d u ç ã o e consumo da plementação desse fenómeno - a meditação solitária.
sociedade industrial, seja como objeto ou como n o t í - O microcomputador pode ser indício substancial dessa
cia. Novamente, como diz Octávio Paz, pelo primeiro possibilidade. Mais do que uma arte material, pode-se
caminhar para uma idéia de arte mental que exija do
espectador a sensibilidade e habiUdade de u m autor.
A p a r t i r desse ponto de vista, a arquitetura e o
design p ó s - m o d e r n o s podem representar u m novo
elemento de ruptura e, contraditoriamente, enqua-
drar-se n u m processo de crítica. Mas essa crítica não
se pode centrar em objetos, pois, se o fizer, estará re-
gida por u m conceito de tempo linear, de sucessão. A
Bibliografia
idéia de combinação, conjunção, dispersão e reunião
de linguagens, espaços e tempos parece mais atraen
te. Ao discurso da inclusão, que rapidamente parece
perder sua "utilidade", pode-se opor u m discurso dc
conjugação, possibilidade amplamente visível na mo
derna i n d ú s t r i a , que, ao mesmo tempo, n ã o excluiria
os fenómenos antes omitidos pelo próprio Movimento
Moderno. Essa proposta n ã o deixa de ser uma reto
mada de algo perdido na afirmação da modernida
de ocidental e de algo contido t a m b é m nos Grandes
Racionalismos: a possibilidade de se estabelecerem
formas de pensamento e de criação mais livres, mais
acessíveis e menos sofisticadas, que incluam espcc
tador, u s u á r i o ou consumidor - como se queira cha
mar o cidadão - , como elemento ativo e participai)le
no projeto.
Bense, M.. Pequena estética. São Paulo: Perspectiva: 1975.
Bonsiepe, G . Teoria epratica dei disegno industriale.
Elementiperuna manualistica critica. Milano:
1975. Versão espanhola: Teoria y práctica dei diseno
industrial. Elementos para una manualistica
crítica. Barcelona: Gustavo Gilli, 1977.
Banham, Rayner 82
Barr, Raymond 80, 81
ABC 63, 68, 73
Baudelaire, Charles 35
Adenauer, Konrad 92
Bauhaus 50,55,57,58,59,60,
África 46
6L 63,65,67,68,69,
Aicher, Otl 91, 92,102
70,71,72,73,74,75,76,
Albers, Josef 61,79
77,79,80,8L 82,83,
Alemanha 36,37,38,44,45,
88,89,9L 92,93,95,96
47,48,49,50,51,52,53,
Bayer, Herbert 79
55,56,57,58,59,60,61,
Behrens, Peter 49,50,58,72,89
70,73,75,76,85,87,89,
Bense, Max 97,98,99,100,101
90,91,92,96,102,103
Berkeley, George 44
América Latina 46
Berlim 38, 57
anarquismo 43, 45,103
Bill, Max 83, 84, 91, 92, 93,
Apollinaire, Guillaume 35
Argan, Giulio Carlo 71 95, 96, 97,101,102
Art Déco 65,68,77,80 Bismarck, Príncipe Otto von
Art Nouveau 49 36,37
Arts&Crafts 59 Brandt, M. 71
Arvatov, Bóris Ignatevich 65 Brener, Mareei 71, 79
Áustria 37 Brik, Osip Maksimovich 65
c
B
Camus, Albert 104
Banham 29
120 capitalismo 31, 33, 41, 45, 121
Escola de Chicago 47, 51, Garibaldi, Giuseppe 36 ; Holanda 67
46, 65,74, 75, 76, 82, 52, 77,107 Giedion 29 Hume, David 44
o
o 85,90,91,92,102
o5
Estados Unidos 36,42, 50, Goethe 44 Hungria 61 3
-CD
E classicismo 40, 96,101,106 51,53,77, 79,82,84, Good Design 80,81,82,83, Q.
o
c
CD
colonialismo 33,36,37,46,53 87, 89,104 I
o 84, 87, 88 3
cu comunismo 43, 46, 66, 67 estética mecânica 48, 64,
I construtivismo 61,62,63,65,
Gramsci, Antonio 52, 97 Iluminismo 42
-CD 66,68,72,81,96,101 Grandes Racionalismos 42, índia 46
E zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
66,67,71,72,75,96 o
£ Estilo Internacional 82 98,106,110 industrialismo 34, 36, 82, i0).
íC D
Europa 53,63,66,77,79,83,90 Grandes Revoluções 33,98,106 105,107
existencialismo 104,108 Gropius, Walter 30, 50, 57, Inglaterra 36,37,43,44,46,79
Declaração Universal dos Di- Exposição de 1851, Grande 34 58, 59, 61, 62, 63, 67, Internacional Construtivista
reitos do Homem 44 expressionismo tardio 56,57 68, 69, 70, 72, 73, 74, 61, 67, 68, 70
De Fusco 29, 38 75, 76, 79, 80, 83 Internacional Socialista 67
Descartes, René 42 Guerra do Vietnã 104 irracionalismo 70,100,105
Dessau 57, 69, 74 Feininger, Lyonel 79 Guerra Fria 90, 91 Itália 36, 64, 87
De Stijl 61, 63, 67 Fiedler, Konrad 48, 60, 96 Guerra Mundial, I 50, 53, Itten,Johannes 60,61,72,76
Deutscher Werkbund 38, Ford, Henry 52, 75 55,56,59,70
39,49,50,58,85,96 Fordismo 52, 82 Guerra Mundial, II 83, 84,
Dewey,John 50 França 36,37,42,43,46,79,99 85, 87, 88, 92 JJ.R Oud 67
Dickens, Charles 35 Franklin, Benjamin 42 Gugelot, Hans 92,102 Japão 36, 53, 87,101
direitos humanos 44 Friedman, Milton 107 gute form 79,83,84,87,93,102 Jefferson, Thomas 42
discurso da forma 82,84 funcionalismo 43, 44, 50, •a
3
Jencks, Charles 92,102,103
O discurso do mercado 84 58, 73, 76, 77, 83 H
LO Johnson, Philip 81, 82
u Duchamp, Mareei 36, 64 Futurismo 63, 64, 65 B
Hamilton, Alexander 42 Jucker, K. 71
2
S Hegel, Georg Wilhelm Frie- Jugendstil 49
N
G drich 96, 97,98, 99 3.
Eames, Charles 88, 89 »
Galbraith, John Kenneth 107 high-tech 106 K p.
Emanuelle, Vittorio 36 Galilei, Galileu 98 Hilbersheimer 63 o
Kandinsky, Wassily 60,61,79 a.
Escandinávia 84 Gan, Alexei 65 Hildebrand, Adolf 48,60,96 n
Kant, Immanuel 44
Kerchensteiner 37, 50, 59 Moholy-Nagy, Lazló 61,68,7f) Palácio de Cristal 34 RepúbHca de Weimar 56,
Keynes, John Maynard 56, MoMA (Museum of Modem Paulsson, Gregor 84, 85 57, 58,61,68,69,70,
90,107 Art) 79, 80,106 Paxton, Joseph 34 73, 82, 83, 90,104
Klee, Paul 60, 61, 79 Montessori, Maria 59 Paz, Octávio 108 Revolução Americana 36,
moralismo 79, 85, 90 Peterhans, Walter 79 41,42,43
L Morris, William 30,34,44,59 Pevsner 29 Revolução Francesa 41, 42,
UEsprit Noveau 64, 65 Movimento de formação Pevsner, Nikolaus 35 43,46
Le Corbusier, Charles- artística 48, 60 Picabia, Francis 36, 64 Revolução Industrial 29,
Edouard Jeanneret Movimento Moderno 34, Plano Dawes 70 43,46
64,65,68,93 44,100,106,110 Plano Marshall 90,91 Revolução Meiji 36, 53
Leibniz 42 Mumford 29 Platão 81 Revolução Russa 53,55,61,76
Lênin, Vladimir Ilich 66 Muthesius, Hermann 38, Poe 35 Rietveld, Gerrit Thomas 67
Loos, Adolf 49 39,47,50,66,85,93 pós-modemismo 103,106,110 Ruskin,John 30, 34, 44, 59
Lunacharsky, Anatoli Vasi- positivismo 90, 96 Rússia 65, 67
levich 66 N produtivismo 39, 58, 69, 73,
nacionahsmo 46, 66,109 75, 76, 83,105 s
M nazismo 76, 90, 91 progressivismo 50 SanfEHa 64
Maiakovsky, Vladimir 65,66 Nelson, George 88, 89 Projeto Werkbund 38,39,51, São Tomás de Aquino 81
Maldonado 29 neo-racionalismo 90 53,56,57,58,69,93 Sartre, Jean-Paul 104
Maldonado, Tomás 39,59,92 neogótico 34 proto-racionalismo 40 socialismo 43, 45, 53, 61,
Manifesto Comunista 46 Neue Sachlichkeit 79, 84, 87 protofuncionalismo 41, 44 83, 91,107
Marinetti, Filippo 36, 64 Nizan, Paul 104 Prússia 36, 39 Spinoza 42
marxismo 97 Nova York 77, 79,81 stahnismo 66, 97,104
Melville, H. 35 Noyes, Elliot 88 R streamlining 81
Merleau-Ponty, Maurice 104 racionalismo 41,51,57,61,70, styling 76, 80, 81, 82, 84,
Meyer, Hannes 57, 58, 63, O 75,79,105,107,108 88,102
68, 69, 70, 73, 74, 75, Rathenau, Walther 49, 52, Suíça 58,63,67,68,79,83,87
76, 83, 93 Ozenfant, Amédée 64 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
57,75 Sullivan, Louis 51, 77
modernismo 34 Read 29
P
T w
Tafuri, Manfredo 106 W a g e n f e l d . W : 71
tardo-romantismo 34 Wagner, Martin 69,104
Teoria da Pura Visualidade 49 W^arhol, A n d y 107
Tratado de Versalhes 55, W^eimar 57, 59, 67
56,73 W e i n b r e n e r , R 44, 51
V \ r h i t m a n , Walt 35, 64, 65
u W r i g h t , Frank Lloyd 77
Ulm, Escola de 91,92,93,
95,96,97, 98,100, z
101,102,103 Z o l azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
35
União Soviética 63, 64, 65,
66, 67, 75, 89,104
V
van der Rohe, Mies 50, 58,
71, 76, 79
Van de Velde, Henry 30, 38,
59,66,70
Van Doesburg, Theo 63, 67,
68,81
vanguardas 103,108
vanguardas históricas 53,
63,64,65,66, 6 8 , 9 0 ,
96,103
Vchutemas 61
Von Marées, Hans 48, 60, 96
Livro
SENAC
zyxw
NotaszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
para uma hilária do defign é uma dac 0500at0f!8h
,,,, „ ^ lllllílllilllllllllllllll
títulos disfarçam a amplitude das rerlexot
contêm. Nela, o leitor encontra um panorama geral do deáign desde as
origens do pensamento funcionaliáta até as íhiciativas pós-moderniátas.
Mas eálá longe de ser um mero apanhado de fatos, nomes e datas - não
fosse de autoria de Pedro Luiz Pereira de Souza, o Pedrâo, uma das
personalidades mais fortes e lendárias do deáign braáileiro. Pensador
orgânico, ele reúne aqui reflexões desenvolvidas desde
seus prilneiros tempos na Esdi (Escola Superior de
Desenho Induátrial), na qual íhgressou em 1968 como aluno,
tomando-se professor e, poáleriormente, ocupando sua direção.
Neála quarta edição, foi íhcluído um capítulo extra, no qual o autor reflete
sobre as mudanças ocorridas no deáign desde o lançamento da príhiéira
edição do livro (há dez anos) e propõe novas discussões.
ISBN 978-85"B6fi95 H
Editora
7 â 6 S & b " l > 1 S ' t >t
Novas Ideias