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e Po rc e n ta g e n s
JUROS
JUROS
Curso Básico de Matemática Financeira
e porc e n ta gen s
Ed. 5
JUROS SIMPLES
X
JUROS COMPOSTOS
Aprenda
A d a calcular
l l os d
dois,
i com exemplos
l
CONCEITOS BÁSICOS:
t$"1*5"-
t.0/5"/5&
t+6304
t5"9"%&+6304
Porcentagem
na prática SISTEMAS DE
Exercícios resolvidos para
AMORTIZAÇÃO
Conheça e entenda os
você entender de verdade principais: SAC e Price
Editorial
Pagar com juros, prestações sem juros, rendimento de 0,5% na
poupança... são inúmeros os exemplos do cotidiano em que usamos juros
e porcentagens, dois pontos fundamentais da Matemática Financeira e
que são bastante aplicados no dia a dia. Saber calcular quanto pagaremos
de juros ao final de um empréstimo ou financiamento, entender por
que as dívidas de cartão de crédito sobem tanto ou, ao contrário, saber
quanto ganharemos ao aplicar determinado valor por um período são
pontos essenciais para melhorarmos nossa educação financeira e,
consequentemente, planejarmos nossos gastos e investimentos. Para uma
empresa, então, esses conceitos se tornam ainda mais fundamentais, já
que sem controle financeiro nenhum negócio vai para frente. Aproveite o
conteúdo desta edição.
Boa leitura!
A redação
atendimento@caseeditorial.com.br
Sumário
6 Histórico Revista produzida por
8 Noções básicas
10 Juros simples
14 Juros compostos
18 Relações equivalente
20 Taxas de juros
23 Porcentagem
É nacional?
Êta
vinho
bão!
Sem
colarinho,
por favor. QUEM LÊ REVISTA
TEM OPINIÃO.
Histórico
HISTÓRIA
DOS JUROS
Juro é a remuneração paga pelo uso do di- de sua origem. Por exemplo, quando as sementes
nheiro emprestado ou remuneração paga pelo eram emprestadas para a semeadura de certa área,
capital aplicado em atividades produtivas. era lógico esperar o pagamento na próxima colhei-
Os juros existem desde a época dos primei- ta – no prazo de um ano. Assim, o cálculo de juros
ros registros de civilizações na Terra. O conceito numa base anual era mais razoável. Conforme a ne-
de juros surgiu naturalmente quando o homem cessidade de cada época, foram criando-se novas
percebeu existir uma estreita relação entre o formas de se trabalhar com a relação tempo-juros
dinheiro e o tempo. Processos de acumulação (juros semestral, bimestral, diário etc.).
de capital e a desvalorização da moeda leva-
riam normalmente à ideia de juros, pois se rea-
lizavam basicamente devido ao valor temporal OS BANCOS E OS JUROS
do dinheiro. O aparecimento dos bancos está diretamente liga-
Um dos primeiros indícios apareceu na Babilô- do ao cálculo de juros compostos e ao uso da Ma-
nia no ano de 2000 a.C. Nas citações mais anti- temática Comercial e Financeira de modo geral. Na
gas, os juros eram pagos pelo uso de sementes época em que o comércio começava a chegar ao
ou de outras conveniências emprestadas; sob a auge, uma das atividades do mercador foi também a
forma de sementes ou de outros bens. do comércio de dinheiro: com o ouro e a prata.
A História também revela que a ideia se tinha Com o passar do tempo, alguns comerciantes fica-
tornado tão bem estabelecida que já existia uma ram conhecendo muito bem as moedas estrangeiras
firma de banqueiros internacionais em 575 a.C., e passaram a acumulá-las em grandes quantidades.
com os escritórios centrais na Babilônia. Sua Dessa forma, dedicaram-se exclusivamente ao câm-
renda era proveniente das altas taxas de juros bio de dinheiro. Num espaço de tempo relativamente
cobradas pelo uso de seu dinheiro para o finan- curto, acumularam-se enormes somas de dinheiro
ciamento do comércio internacional. nas mãos dos cambistas. Com o tempo, foram se
Como em todas as instruções que têm existi- ocupando de uma nova atividade: guardar e empres-
do por milhares de anos, algumas das práticas tar dinheiro. Naquela época, e devido à deficiente or-
relativas a juros têm sido modificadas para sa- ganização das instituições responsáveis pela segu-
tisfazerem às exigências atuais, mas alguns dos rança social do indivíduo, não era recomendável que
antigos costumes ainda persistem. Devemos tivesse em sua casa muitas moedas de ouro e prata.
lembrar que todas as antigas práticas que ainda Essas pessoas entregavam seu dinheiro à custódia
persistem foram inteiramente lógicas no tempo do cambista rico, que o guardava e devolvia ao dono
NOÇÕES BÁSICAS
Fatores que determinam a existência dos juros:
t*/'-"±°0diminuição do poder aquisitivo da moeda exige que o investimento produza retorno maior que o
capital investido.
t65*-*%"%& investir significa deixar de consumir hoje para consumir amanhã, o que só é atraente quando o
capital recebe remuneração adequada.
Conceitos básicos
$"1*5"-é o valor aplicado através de alguma operação financeira.Também conhecido como: Principal, Valor
Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se Present Value (indicado pela tecla PV nas calculadoras
financeiras).
+6304representam a remuneração do Capital empregado em alguma atividade produtiva. Os juros podem
ser capitalizados segundo dois regimes: simples ou compostos.
+63044*.1-&4o juro de cada intervalo de tempo sempre é calculado sobre o capital inicial emprestado
ou aplicado.
+6304$0.104504o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir do saldo no início de correspondente
intervalo. Ou seja: o juro de cada intervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e passa a render juros também.
.0/5"/5&é a somatória do capital mais os juros.
5"9"%&+6304 indica qual remuneração será paga ao dinheiro emprestado, para um determinado período. Ela
vem normalmente expressa na forma percentual, em seguida da especificação do período de tempo a que se refere:
"
8 % a.a. - (a.a. significa ao ano).
#
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).
Outra forma de apresentação da taxa de juros é a unitária, que é igual à taxa percentual dividida por 100, sem
o símbolo %:
"
0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês).
#
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre).
JUROS
SIMPLES
É o juro calculado unicamente sobre o capital inicial; não incidindo sobre os juros acumulados. A taxa de
juros varia unicamente em função do tempo. É um aluguel pelo uso do dinheiro.
J=C.I.N.
J= JUROS
C= CAPITAL
/PERÍODO DE TEMPO
*TAXA DE JUROS CENTESIMAL (R/100)
3TAXA DE JUROS PERCENTUAL
Forma percentual: nesse caso a taxa diz-se aplicada a centos de capital, ou seja, é aquela que se
obtém dividindo o capital por 100 (diz-se taxa centesimal).
10
10%= =0,10
100
1. Uma dívida de R$ 1.000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime de juros simples
e em dois meses. Os juros serão:
M=C+J
Montante = Principal + Juros
Montante = Principal + (Principal x Taxa de juros x Número de períodos)
M = P . (1 + (i . n))
M= MONTANTE
J = JUROS
1 PRINCIPAL (CAPITAL)
* TAXA DE JUROS
/ NÚMERO DE PERÍODOS
2. Calcule o montante resultante da aplicação de R$ 35.000,00 à taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias.
M = P . (1 + (i.n))
M = 35000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = R$ 36.480,21
Observe que a taxa i e o período n foram expressas na mesma unidade de tempo, ou seja, anos. Daí ter dividido
145 dias por 360, para obter o valor equivalente em anos, já que um ano comercial possui 360 dias.
Valor presente e valor futuro O dinheiro ao longo do tempo valoriza, portanto o valor presente
é o valor do dinheiro hoje. Um exemplo: se você faz um empréstimo de R$ 10.000,00 a uma taxa anual
de 12%, um ano depois o valor que era de R$ 10.000,00 se torna R$ 11.200,00. Então no momento em
que se realiza o empréstimo o valor de R$ 11.200,00 é o valor futuro e o valor de R$ 10.000,00 é o
valor presente.
Normalmente, o que ocorre é que em um empréstimo o tomador (quem pediu tal empréstimo) resolve quitar
antecipadamente, assim terá que trazer o valor futuro (com os juros) para o valor presente.
Considere-se o exemplo citado acima, quem pegou o empréstimo resolve no sétimo mês quitar a dívida.
Se isso ocorrer, terá que ser calculado o valor presente, que seria a seguinte conta:
Se em um ano, o juros é de 12%, em sete meses, o juros terá que ser menor e para encontrarmos temos
que transformar o ano em meses:
1 ano = 12 meses
Queremos saber em sete meses qual é a rentabilidade, então dividimos sete meses por 12 meses e te-
remos o valor de 0,5833.
Após acharmos esse número, o multiplicamos pela taxa de 12 meses, que é 12%, e teremos como resul-
tado a taxa de juros de 7%.
"5&/±°0- Para explicar o valor presente e o valor futuro foram utilizados juros simples, para facilitar
a compreensão, mas os bancos utilizam juros compostos.
5BYBTQSPQPSDJPOBJT duas (ou mais) taxas de juro simples são consideradas proporcionais quando
seus valores e seus respectivos períodos de tempo, reduzidos a uma mesma unidade, forem uma propor-
ção. &YFNQMP
*
$BMDVMBSBUBYBBOVBMQSPQPSDJPOBMB B
BPNÐT C
BPCJNFTUSF
4PMVÎÍP
a) i = 6% . 12 = 72% ao ano
b) i = 10% . 6 = 60% ao ano
**
&ODPOUSBSBTUBYBTEFKVSPTJNQMFTNFOTBM
USJNFTUSBMFBOVBM
QSPQPSDJPOBJTBBPEJB
4PMVÎÍP
1 mês = 30 dias : 2% a.d. = (2 . 30)% a.m. = 60% a.m.
1 trimestre = 90 dias : 2% a.d. = (2 . 90)% a.m. = 180% a.t.
1 ano: 360 dias: 2% a.d. = (2 . 360)% a.m. = 720% a.a.
5BYBTFRVJWBMFOUFT são taxas que quando aplicadas ao mesmo capital, num mesmo intervalo de
tempo, produzem montantes iguais. Essas taxas devem ser observadas com muita atenção, em alguns
financiamentos de longo prazo, somos apenas informados da taxa mensal de juros e não tomamos
conhecimento da taxa anual ou dentro do período estabelecido, trimestre, semestre entre outros. Uma
expressão matemática básica e de fácil manuseio que nos fornece a equivalência de duas taxas é:
1 + ia = (1 + ip)n, sendo:
ia = taxa anual
ip = taxa período
n: número de períodos
/JN
%
JO
Agora acompanhe a relação entre " e /:
/%/
"
1 + in
Portanto:
/" */
JUROS COMPOSTOS
O juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir do saldo no início de correspondente intervalo. Ou seja: o
juro de cada intervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e passa a render juros também.
A maioria das operações envolvendo dinheiro utiliza juros compostos. Estão incluídas: compras a médio e longo
prazo, compras com cartão de crédito, empréstimos bancários, as aplicações financeiras usuais como Caderneta
de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa etc. Raramente encontramos uso para o regime de juros
simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo e do processo de desconto simples de duplicatas.
1 100+0,1(100)=110 100+0,1(100)=110,00
2 110+0,1(100)=120 110+0,1(110)=121,00
3 120+0,1(100)=130 121+0,1(121)=133,10
4 130+0,1(100)=140 133,1+0,1(133,1)=146,41
5 140+0,1(100)=150 146,41+0,1(146,41)=161,05
Note que o crescimento do valor principal aplicando-se os juros simples é LINEAR enquanto que o crescimento
aplicando-se os juros compostos é EXPONENCIAL e, portanto, tem uma elevação rápida.
Graficamente fica da seguinte forma:
C juros compostos
juros simples
110
1 t
&YFNQMPEFBQMJDBÎÍPEFKVSPDPNQPTUP
João empresta o capital inicial de R$ 2.000,00 (dois mil reais) para Mauro cobrando juros compostos de 4% ao
mês. Mauro prometeu pagar tudo após cinco meses. Qual o valor que ele terá que pagar? Para resolvermos esse
problema de juros compostos podemos usar a seguinte fórmula:
.$ i
t
M = Montante
C = Capital inicial
i5BYBEFKVSPT
t5FNQP
Portanto, Mauro terá que devolver o valor de R$ 2.433,00 (dois mil, quatrocentos e trinta e três reais) para João,
sendo R$ 433,00 de juros.
Para efeito de comparação, vejamos qual seria o valor a pagar se esses 4% fossem juros simples. O capital
inicial e o tempo continuam os mesmos.
J=C*i*t
J = 2.000 * 0,04 * 5
J = 400
M=C+j
M = 2.000 + 400
M = 2.400
Se fossem juros simples o valor a ser pago seria de R$ 2.400,00. A diferença entre o juro composto e o simples
nesse caso foi de R$ 33,00.
%FTDPOUPDPNQPTUP é aquele em que a taxa de desconto incide sobre o montante ou valor futuro, deduzi-
do dos descontos acumulados até o período imediatamente anterior. É obtido em função de cálculo exponencial
e praticamente não é utilizado em nenhum país do mundo. Tem importância apenas teórica.
No caso de desconto simples, a taxa de desconto incide somente sobre o valor futuro dos títulos, tantas vezes
quantos forem os períodos unitários. Já no caso do desconto composto, para n períodos unitários, a taxa de
desconto incide, no primeiro período, sobre o valor futuro do título; no segundo período, sobre o valor futuro do
título menos o valor do desconto correspondente ao primeiro período; no terceiro período, sobre o valor futuro
do título menos os valores dos descontos referentes ao primeiro e ao segundo período, e assim sucessivamente
até o enésimo período.
%FTDPOUPDPNQPTUPDPNFSDJBM CBODÈSJP
PVQPSGPSB caracteriza-se pela incidência sucessiva da taxa de
desconto sobre o valor nominal do título, o qual é deduzido, em cada período, dos descontos obtidos em períodos
anteriores.
%FTDPOUPDPNQPTUPSBDJPOBMPVQPSEFOUSP é aquele estabelecido segundo as conhecidas relações do regime
de juros compostos.
Desse modo, o desconto composto racional é a diferença entre o valor nominal e o valor atual de um título, qui-
tado antes do vencimento.
Dr = FV . [1-(1+i) -n]
$ÈMDVMPEPEFTDPOUPDPNQPTUPDPNFSDJBM CBODÈSJP
PVQPSGPSB
Dc = FV . [1-(1-i) n]
Cálculo do valor atual de um título a desconto por dentro
FV
PV= ou PV= FV - Dr
(1+i)n
Cálculo de valor atual de um título a desconto por fora
PV= FV . (1-i)n
PV
FV=
(1-i)n
Cálculo de valor nominal de um título a desconto por dentro
FV= PV . (1+i)n
+6304&103$&/5"(&/4t Curso Básico de Matemática Financeirat 17
RELAÇÕES DE EQUIVALÊNCIA
RELAÇÕES DE
EQUIVALÊNCIA
As relações de equivalência permitem a obtenção de fluxos de caixa que se equivalem no tempo.
tJUBYBEFKVSPTQPSQFSÓPEPEFDBQJUBMJ[BÎÍP
tOOÞNFSPEFQFSÓPEPTBTFSDBQJUBMJ[BEP
t1RVBOUJBEFEJOIFJSPOBEBUBEFIPKF
t'RVBOUJBEFEJOIFJSPOPGVUVSP
t"TÏSJFVOJGPSNFEFQBHBNFOUP
t(TÏSJFHSBEJFOUFEFQBHBNFOUP
'1 *
/
O fator J
O é chamado de fator de acumulação de capital de um pagamento simples. Este fator é
encontrado nas tabelas para diversos i e n.
Outro modo de se apresentar a forma analítica, com o objetivo de se utilizar as tabelas é a seguinte
expressão: '1 '1
J
O
.
analítica é: 1' J
O.
O fator J
O é chamado de valor atual de um pagamento simples. A forma mnemônica, para con-
sulta em tabelas é: 1' 1'
J
O
.
1" *
" *
" *
" *
/
1"< *
*
*
*
/>
"UFOÎÍP o termo que multiplica A é o somatório dos termos de uma PG, com número
limitado de elementos, de razão (1+ i)-1. A soma dos termos pode ser calculada pela seguinte expressão:
P = A ( P / A , i% , n)
O termo "1
*
/
é conhecido como fator de recuperação de capital de uma série uniforme de
pagamentos, muito utilizado para cálculo de prestações no comércio.
5"9"/0.*/"- - O tempo de aplicação não confere com o tempo referido. Por exemplo:
5"9"&'&5*7" nesse caso, a unidade de tempo coincide com a unidade de tempo da aplicação.
Por exemplo:
TAXAS DE JUROS
A taxa de juro é o preço ou o valor do dinheiro. Representa o custo a suportar pelo dinheiro que se pede
emprestado – taxa de juro ativa – ou o rendimento que se recebe quando se faz uma aplicação financeira
– taxa de juro passiva.
No Brasil, a taxa de juros básica é a taxa SELIC, que é definida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM)
do Banco Central, e corresponde à taxa de juros vigente no mercado interbancário, ou seja, é a taxa apli-
cada aos empréstimos entre bancos para operações de um dia (overnight) – operações estas lastreadas
por títulos públicos federais. A taxa básica de juros, estabelecida pelo governo, através do Banco Central,
para remunerar os títulos da dívida pública, é um importante instrumento de política monetária e fiscal.
".035*;"±°0
O conceito de BNPSUJ[BÎÍP é o processo de extinção de uma dívida por meio de pagamentos periódicos,
que são realizados em função de um planejamento, de modo que cada prestação corresponde à soma do
reembolso do capital ou dos juros do saldo devedor (juros sempre são calculados sobre o saldo devedor),
podendo ainda ser o reembolso de ambos.
Os principais TJTUFNBTEFBNPSUJ[BÎÍP são:
t4JTUFNBEFQBHBNFOUPÞOJDPPDPSSFVNÞOJDPQBHBNFOUP DBQJUBMKVSPT
OPGJOBMEPQFSÓPEPFTUJQVMBEP
t4JTUFNBEFQBHBNFOUPWBSJÈWFMPDPSSFNWÈSJPTQBHBNFOUPTEJGFSFODJBEPTEVSBOUFPQFSÓPEP ËTWF[FT
somente juros, outras juros + capital).
t4JTUFNBBNFSJDBOPPDPSSFVNÞOJDPQBHBNFOUPBPGJOBMEPQFSÓPEP
QPSÏNPTKVSPTTÍPDBMDVMBEPTFN
várias fases durante o período.
t4JTUFNBEFBNPSUJ[BÎÍPDPOTUBOUF 4"$
HFSBMNFOUFPNBJTVUJMJ[BEP
PTKVSPTFPDBQJUBMTÍPDBMDVMB-
dos uma única vez e divididos para o pagamento em várias parcelas durante o período.
t4JTUFNBQSJDFPVGSBODÐTHFSBMNFOUFVTBEPTFNGJOBODJBNFOUPTEFCFOTEFDPOTVNP
UPEBTBTQBSDF-
las são iguais e com os juros já embutidos.
t 4JTUFNB EF BNPSUJ[BÎÍP NJTUP DBMDVMBTF P GJOBODJBNFOUP QFMPT NÏUPEPT 4"$ F QSJDF F GB[TF VNB
média aritmética das prestações desses dois sistemas, chegando ao valor da prestação do sistema misto.
4"$4*45&."%&".035*;"±°0$0/45"/5&
É um sistema de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em
progressões aritméticas, em que o valor da prestação é composto de uma parcela de juros uniformemen-
te decrescente e a outra é de amortização que permanece constante. O sistema bancário utiliza esse
sistema, geralmente, para empréstimos de longo prazo.
Exemplo: um empréstimo de R$ 24.000,00 foi realizado através do SAC. O pagamento será realizado em
quatro anos, sendo um pagamento por ano, a uma taxa de 8% ao ano.
13*$&4*45&."'3"/$³4%&".035*;"±°0
Conhecido também como Sistema de Prestações Constantes ou Tabela Price, recebeu esse nome em
homenagem ao economista inglês Richard Price, que incorporou a teoria de juro composto às amorti-
zações de empréstimo. O nome de Sistema de Amortização Francês dá-se pelo fato de que foi utilizado
pela primeira vez na França, no século XIX. Esse sistema caracteriza-se pelo pagamento do empréstimo
com prestações iguais, periódicas e sucessivas. É utilizado pelas instituições financeiras e pelo comércio
em geral. As prestações pagas são compostas por uma parcela de juros e outra de amortização. Como
as prestações são constantes, na medida em que a dívida diminui os juros também diminuem e, conse-
quentemente, as quotas de amortização aumentam.
Exemplo: André fez um empréstimo de R$ 75.000,00 para sua indústria metalúrgica para pagar em
10 bimestres com prestações iguais e consecutivas, sem entrada, à taxa de 5% ao bimestre.
Sebastian Duda/Thinkstock
PORCENTAGEM
+6304&103$&/5"(&/4t Curso Básico de Matemática Financeirat 23
PORCENTAGEM
Percentagem (ou 1PSDFOUBHFN) tem origem no latim "PER CENTUM", significando "POR CENTO" – é um
nome de uma medida de razão com base CEM.
É uma forma de expressar uma proporção ou uma relação entre dois valores (um é a parte e o outro é o
inteiro) a partir de uma fração cujo denominador é CEM, ou seja, é dividir um número por CEM. Porcen-
tagem é uma fração, cujo denominador é 100 e seu símbolo é (%).
Sua utilização é tão importante para a vida cotidiana que a encontramos nos meios de comunicação, nas
estatísticas, em máquinas de calcular etc.
A utilização da porcentagem se faz por "regra de 3 simples".
Por exemplo, o vendedor de uma loja ganha 3% de comissão sobre as vendas que faz. Se as vendas do
mês de novembro forem de R$ 4.000,00 qual será sua comissão?
4.000 100%
x 3%
Na regra de 3, quando as grandezas são diretamente proporcionais (no caso, quanto maior a venda, maior
a comissão) utilizam-se setas paralelas e multiplica-se os termos em cruz, como se demonstra abaixo:
4.000 100%
x 3%
3 x 4.000
x= =120
100
%*$"*.1035"/5&
'"503%&.6-5*1-*$"±°0 - Quando, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determinado
valor, podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de
multiplicação. Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante.
%FTDPOUP 'BUPSEFNVMUJQMJDBÎÍP
10% 0,90
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
90% 0,10
"DSÏTDJNPPVMVDSP 'BUPSEFNVMUJQMJDBÎÍP
10% 1,10
15% 1,15
20% 1,20
47% 1,47
67% 1,67
Para assimilar o conteúdo apresentado, a melhor forma é por meio de exemplos cotidianos:
&YFNQMP
Uma mercadoria é vendida em, no máximo, três prestações mensais e iguais, totalizando o valor de
R$ 900,00. Caso seja adquirida à vista, a loja oferece um desconto de 12% sobre o valor a prazo. Qual o
preço da mercadoria na compra à vista?
A utilização de qualquer procedimento fica a critério próprio, pois os dois métodos chegam ao resultado
de forma satisfatória e exata. No caso do exemplo 1, o desconto no pagamento à vista é de R$ 108,00,
portanto o preço é de R$ 792,00.
&YFNQMP
O FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) é um direito do trabalhador com carteira assinada, no qual o
empregador é obrigado por lei a depositar em uma conta na Caixa Econômica Federal o valor de 8% do salário
bruto do funcionário. Esse dinheiro deverá ser sacado pelo funcionário na ocorrência de demissão sem justa causa.
Determine o valor do depósito efetuado pelo empregador, calculado o FGTS sobre um salário bruto de R$ 1.200,00.
8% = 8/100 = 0,08
Alunos 13 52
Porcentagem x 100%
52 * x = 13*100
52 x = 1300
x = 1300/52
x = 25%
&YFNQMP
Um caderno que custava R$ 15,00 passou a custar R$ 24,00. Qual a taxa percentual de aumento?
4PMVÎÍP
Aumento 24,00 – 15,00 = 9,00
Usando regra de três simples, temos:
15,00 representa 100%
9,00 representa x
15 x = 9. 100
15 x = 9000
x = 9000 / 15
x = 60%
&YFNQMP
Um acordo entre o sindicato de determinada categoria e o sindicato patronal definiu que as porcen-
tagens de reajuste salarial para o próximo biênio serão definidas pela soma (IPCA do ano anterior +
aumento real). A tabela a seguir mostra os percentuais de aumento real que foram acordados para cada
ano, bem como as projeções para o IPCA.
%BEPTQBSBPSFBKVTUFEP 1SPKFÎÍPEP*1$"QBSBPBOP
"VNFOUPSFBM
ano de anterior
2013 6,0% 2,0%
2014 7,5% 2,5%
Considerando os dados da tabela, o salário de 2014 de um trabalhador dessa categoria deverá ser x%
maior do que o seu salário de 2012. O valor de x é
"
18,0
#
18,4
$
18,8
%
19,6
&
20,0
4PMVÎÍPem questões desse tipo, torna a resolução mais simples supor um determinado valor para
o salário do trabalhador já que o aumento percentual independe do valor do salário, mas devemos
supor um valor que torne fácil os cálculos envolvidos. Vamos supor que o salário do trabalhador
em 2012 era de R$ 1000,00.
A porcentagem de aumento para cada ano (do biênio) é dada como a soma de IPCA do ano ante-
rior + aumento real. Então,
Em 2013:
IPCA = 6,0% e aumento real = 2,0%, logo a porcentagem de aumento = 8,0%.
Salário em 2013 = 1000 + 8% de 1000 = 1000 + 80 = 1080 reais.
Em 2014:
IPCA = 7,5% e aumento real = 2,5%, logo a porcentagem de aumento = 10%.
Salário em 2014 = 1080 + 10% de 1080 = 1080 + 108 = 1188 reais.
188 x x = 18,8%
4PMVÎÍP
Vamos resolver esse problema de dois modos:
NPEP
Seja P o valor a ser pago no dia 30 de março. Como Fábio conseguiu um desconto de 5% e pagou
R$ 4940,00, vamos montar a equação Matemática para essa situação:
1EF1
isto é, o preço p menos os 5% de p deve ser igual a R$
4940,00
resolvendo.
1 + 4940 0,95
1
Q 1 = 5200
0,95p= 4940
Portanto, o valor pago em 30 de março seria de R$ 5200,00.
NPEP
Nesse segundo modo, vamos resolver pela regra de três simples direta.
Observe que o valor P em 30 de março é o valor de referência, então este é equivalente a 100%. Já
o valor de R$ 49400,00 é equivalente a 95%, pois 100% – 5% = 95% (5% de desconto).
3 %
1 4940 = 100 95
1 100
1 = 5200
4940 95
&YFNQMP
Uma creperia vende, em média, 500 crepes por semana, a R$ 20,00 a unidade. O proprietário estima que,
para cada real de aumento no preço unitário de venda dos crepes, haverá redução de dez unidades na
média semanal de vendas. Com base nessas informações, julgue a afirmação abaixo em certa ou errada.
“Caso o proprietário da creperia aumente em 50% o preço de cada crepe, a média semanal de vendas
diminuirá em 50%."
4PMVÎÍP
Como o preço de um crepe é R$ 20,00, com um aumento de 50%, temos:
20 + 50% de 20 = 20 + 10 = 30, isto é, o preço do crepe passará a ser de R$ 30,00.
Então, aumento 30 – 20 = 10 reais.
Agora, como o aumento de R$ 1,00 no preço do crepe equivale a uma redução de 10 unidades
na venda (-10), logo para um aumento de R$ 10,00, teremos uma redução de 100 unidades
(10 . 10 = 100).
Vejamos:
A venda inicial era de 500 crepes por semana. Com o aumento de 50% no preço, passou a ser
400 crepes por semana (500 – 100 = 400).
Veja que a venda semanal diminuiu para 400 crepes e é fácil verificar que 400 não representa
50% de 500, logo a afirmação está errada
1"3"4"#&3."*4
Mattos, Antônio Carlos M.
O Modelo Matemático dos Juros. Uma
Abordagem Sistêmica ,
Ed Vozes – Petrópolis.
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