A pesar da vida agitada, vários homens estão cuidando mais da aparência
física. Segundo a AECB - Associação de Esteticistas e Cabeleireiros do Brasil - os homens atualmente já correspondem cerca de 30% de clientes em clínicas de estética, salões de beleza e consultórios dermatológicos. O termo metrossexual tornou-se clichê na mídia; se refere ao homem heterossexual que está em contato com o seu lado feminino ou ainda um indivíduo narcisista apaixonado por si e pelo estilo de vida urbano.
A longa jornada de trabalho e estudo não afasta o empresário Pedro
Campos, 36 anos, dos salões e das clínicas de estética. Uma vez por semana ele faz esfoliação e aplicação de máscara facial. “Você percebe o assédio das mulheres cada vez maior. Então me pergunto, por que não me cuidar ainda mais?”, comenta o empresário.
Para a esteticista Maria do Carmo Souza, a competitividade no mercado de
trabalho e a busca por uma melhor aparência também têm levado os metrossexuais a trocarem os barbeiros da esquina de casa por salões de beleza e clínicas especializadas, locais onde encontraram a disposição tratamentos para o corpo com maior qualidade. O advogado Luís Henrique Sodré, 48 anos, é um exemplo. Ele freqüenta regularmente o consultório dermatológico, no qual faz um tratamento de manchas de pele, ocasionadas por acne no período da adolescência. As sessões a laser podem chegar a até mil e oitocentos reais. “O tratamento é um pouco caro, mas a nossa beleza não tem preço. Aderi com muito gosto a moda dos metrossexuais”, comentou o advogado. “O homem está se cuidando, se amando mais. As mulheres sempre foram muito vaidosas, já os homens tinham vergonha de admitir suas vaidades”, diz a cabeleireira Roseane Alves. Mais que mera estética, cuidados também implicam em uma melhor qualidade de vida.