VIDENTE
Resumo
Introdução
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Domínio do Conhecimento
O conhecimento do S.E. Vidente está dividido em duas grandes partes: óleos isolantes e
lubrificantes. Este conhecimento é obtido através de reuniões periódicas com especialistas na área
de óleos. Há um especialista na área de óleos isolantes e outro na área de óleos lubrificantes.
- Óleos Isolantes:
- Ensaios fisico-químicos :
Dão ênfase no diagnóstico do estado do óleo. Podemos destacar cinco exames fisico-
químicos, que são realizados para qualquer estado do óleo: Rigidez Dielétrica, Teor de Água,
Tensão Interfacial, Índice de Neutralização e Fator de Perda.
Tem-se ainda um conjunto de ensaios fisico-químicos que são realizados apenas quando o
óleo é novo e indicam a natureza do óleo (naftênico ou parafinico). São eles : Densidade, Ponto de
Fluidez, Ponto de Fulgor, Viscosidade, Cloretos e Sulfatos, Ponto de Anilina e Índice de
Refração .
- Ensaios cromatográficos:
A cromatografia é um processo complexo de determinação da presença de partículas no
óleo. Este ensaio oferece como resultado a composição do óleo, indicando a presença e
quantidade de elementos estranhos, por exemplo como metais.
Estes valores permitem determinar a situação do equipamento. Caso seja detectada a
presença de metais e/ou outros contaminantes dissolvidos no óleo, pode-se dizer que o óleo e o
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- Óleos Lubrificantes:
Os óleos lubrificantes, tem uma vasta gama de atuação : são utilizados em motores em
geral, turbinas, mancais, geradores, etc. Esta diversidade de aplicações torna complexo o
conhecimento utilizado para este tipo de óleo .
A natureza dos ensaios realizados em óleos lubrificantes é semelhante a realizada em óleos
isolantes, porém os limites aceitáveis e o tratamento dado é distinto para cada equipamento.
Portanto, como o tipo do equipamento é fundamental neste caso, a base de conhecimento é
particionada por equipamento .
Por ser esta parte da base de conhecimento particionada por equipamentos, estes tem
muita importância na obtenção de um laudo, e por isso tem atenção especial.
VIDENTE
Usuário Inferência
Rotinas
Laudo
deB . D.
B. D.
Figura 1
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2 - Há também uma parte do banco de dados que refere-se a informações gerais dos
clientes, tais como: nome do cliente, endereço, equipamentos, características de cada um dos
equipamentos, etc. Estes dados são operados pelo usuário corrente do sistema.
Como resposta o Vidente gera um laudo contendo as conclusões tiradas sobre a situação
do óleo/equipamento. Neste laudo tem-se uma indicação da próxima análise a se realizar para o
equipamento. Há também uma justificativa das conclusões geradas, valores utilizados, grau de
certeza das conclusões e outras informações relevantes . Os dados importantes do laudo são
armazenados no histórico do equipamento para serem utilizados na próxima análise.
A seguir tem-se uma descrição dos módulos referentes ao sistema especialista Vidente.
Este pode ser definido como sendo um sistema monotônico, revogável, com busca em
profundidade e encadeamento para trás .
- Base de conhecimento:
A base de conhecimento foi modelada utilizando-se regras de produção (no Vidente são
regras do tipo E/OU - SE/ENTÃO), por ser este um formato de fácil compreensão. Este formato
mostra as regras com simplicidade, sem apresentar formas e caracteres que só o computador
entenderia. Assim há a necessidade de uma compilação das regras para um formato
computacional, transferindo as premissas e conclusões das regras para estruturas de dados
específicas.
A vantagem disso é que o especialista da área modelada pela base de conhecimento,
mesmo sendo leigo em computação, poderá facilmente compreender o conteúdo da base de
conhecimentos.
As regras foram divididas em segmentos de atuação distintas; cada grupo está armazenado
em um arquivo e objetiva a geração de um laudo. Para uma mesma entrada de dados, o
mecanismo da inferência pode manter a memória de trabalho, de forma a permitir que a conclusão
de um laudo seja utilizada como premissa em outro laudo.
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Exemplo simplificado:
Se no Arquivo 1 a regra indicada foi aprovada, isto poderá ser utilizado para inferência da
segunda parte do laudo (Arquivo 2) para concluir que a nova análise deverá ser feita em um ano .
- Memória de Trabalho:
- Memória de Regras:
Após a compilação das regras, estas são armazenadas em uma estrutura de dados com
uma lista de premissas, conclusão, complemento tipo da regra (E ou OU), etc. De forma geral
algumas regras possuem premissas que são iguais a conclusões de outras regras . É desejado que
não sejam alocadas regiões distintas de memória para estas cadeias de caracteres ("strings")
idênticas. Para evitar este problema, após a compilação das regras, as premissas e conclusões das
regras são armazenadas em uma tabela de "hashing" . Então os ponteiros contidos na estrutura de
dados que contém as regras, apontam para posições na tabela, de modo que duas "strings"
idênticas apontam para a mesma região de memória .
Utilizando este esquema, consegue-se diminuir a memória alocada para as "strings" das
regras. Consegue-se também uma considerável melhora na performance através da substituição de
comparações caracter a caracter por comparações de ponteiros.
- Máquina de Inferência:
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exemplo pode-se citar que na análise de óleos fisico-químicos, onde o especialista começa por
verificar a necessidade de regeneração; se esta não for necessária o especialista verifica se o óleo
não deve ser recondicionado, e finalmente se também não há necessidade de recondicionamento
então conclui-se que o óleo está bom.
Este encadeamento de raciocínio que o especialista usa foi traduzido em termos
computacionais para uma máquina de inferência com encadeamento para trás. Nesta, máquina
uma pilha com as hipóteses que devem ser testadas é consultada em seqüência tentando provar
cada uma das hipóteses listadas, para a determinação da conclusão.
Uma verificação empírica desta conclusão foi feita, testando as regras já obtidas com uma
máquina de inferência com encadeamento para trás e outra com encadeamento para frente . O
tempo de inferência com o encadeamento para trás foi bem menor que o com encadeamento para
frente confirmando o estudo inicial. A máquina de inferência com encadeamento para frente ainda
está disponível para eventual uso e/ou testes .
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lnfere_regra(regra)
{
CASO regra é do tipo OU:
{
sucesso.= FALSO;
ENQUANTO a regras tem premissas
Verifica se está na MT
SE premissa está na memória e sinal na MT = sinal da premissa
ENTÃO sucesso = VERDADEIRO;
SENÃO
SE há regra que tem a premissa como conclusão
ENTÃO
novaJegra = regra que tem a premissa como conclusão
lllfereJegra(nova_regra)
SENÃO
SE premissa é expressão
ENTÃO valor = avalia(premissa);
SE (valor = I e sinal da premissa = VERDADEIRO)
ou (valor = O e premissa = FALSO)
ENTÃO sucesso = VERDADEIRO;
SENÃO sucesso = FALSO;
SENÃO sucesso = FALSO;
SE sucesso = VERDADEIRO
ENTÃO Sai do ENQUANTO;
FIM_ENQUANTO;
}
CASO regra do tipo E:
{
sucesso = VERDADEIRO;
ENQUANTO a regras tem premissas, verifica se está na MT
SE premissa está na memória e sinal na MT = sinal da premissa
ENTÃO sucesso = VERDADEIRO;
SENÃO .
SE há regra que tem a premissa como conclusão
ENTÃO InfereJegra(novaJegra)
SENÃO
SE premissa é expressão
ENTÃO valor = avalia(premissa);
SE (valor = 1 e sinal da premissa = VERDADEIRO)
ou (valor = O e premissa = FALSO)
ENTÃO sucesso = VERDADEIRO;
SENÃO sucesso = FALSO;
SENÃO sucesso = FALSO;
SE sucesso = FALSO
ENTÃO Sai do ENQUANTO;
FIM_ENQUANTO;
1
Anl1azena_conclusão da regra disparada;
RETORNA VERDADEIRO;
1
Função]rincipalO
{
ENQUANTO há hipóteses
SE lnfereJegra(topo da pilha de hipóteses) retomar VERDADEIRO
ENTÃO hipótese aprovada;
FIM_ENQUANTO
Nenhuma hipótese aprovada;
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Concl usão
Este sistem a terá sua validação realizada subme tendo- se casos prático
s, obtido s junto aos
especialistas, e verific ando-s e as respos tas geradas. O Viden
te encont ra-se na fase de
desenv olvime nto e seu términ o está previsto para o final de 1994.
Algum as funçõe s como de
interfa ce e do sistem a especialista já estão sendo validadas.
[VIA 86] - Vianna, Luiz Paulo. Predit iva: A manut enção entra na era da tecnol
ogia.
Revist a Guia de Manu tenção (Álcoo l & Açuca l') - Dezem bro 1986.
pg 12-14.
[SCH 90] - Schalkoff, Rober t 1.. Artifi cialln tellige nce: An Engin eering Aproa
ch. 10 ed
Singap ure. 1990
[FAR 87]- Farren y, H. e Ghallab, M .. Éléme nts d'Intel ligenc e Artific ielle. Herme
s. Paris -
1987
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