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Dinâmicos
Prof.ª Julia Grasiela Busarello Wolff
Prof. Rogério Diogne de Souza e Silva
Indaial – 2020
2a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof.ª Julia Grasiela Busarello Wolff
Prof. Rogério Diogne de Souza e Silva
W855m
ISBN 978-65-5663-877-5
ISBN Digital 978-65-5663-873-7
CDD 510
Impresso por:
Apresentação
Prezado aluno, seja bem-vindo! Esta é a disciplina Modelagem e
Sistemas Dinâmicos, cujo conteúdo é fundamental e diferencial para a sua
formação como engenheiro eletricista. A modelagem e simulação de sistemas
físicos é a base para você atuar nas áreas da engenharia relacionadas ao
controle e automação dos diversos sistemas existentes na natureza.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 182
UNIDADE 1 —
CONCEITOS BÁSICOS DE
MODELAGEM
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Iniciaremos nossa jornada até a modelagem e projetos de sistemas
dinâmicos com um tópico apenas de conceitos e classificações. Tal abordagem se
faz necessária dado o grau de abstração conceitual de sistema. Contudo, o que
pode ser considerado um sistema?
3
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
FONTE: O Autor
FONTE: O Autor
5
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
TUROS
ESTUDOS FU
DICAS
Garcia (2005) indica que modelos físicos podem ser protótipos e plantas-
piloto, enquanto os matemáticos constituem uma representação através de
equações. Ainda, Felício (2010) define modelo físico como uma organização de
peças e mecanismos reais, os quais são elaborados considerando especificações
de dimensões e com comportamento similar ao de um sistema real. Os modelos
físicos em escala representam importante metodologia para algumas áreas
da engenharia. Esse modelo é muito usado em projetos de veículos, perfis
aerodinâmicos, estruturas etc. (FELÍCIO, 2010).
6
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DINÂMICOS
9
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
Projeto de engenharia
O projeto de engenharia é a principal tarefa de um engenheiro. É um processo
complexo no qual tanto a criatividade quanto a capacidade analítica desempenham papéis
fundamentais. Projeto é o processo de concepção ou invenção de formas, partes e detalhes
de um sistema.
A atividade de projeto pode ser considerada como planejamento para o surgimento
de um produto ou sistema particular. O projeto é um ato inovador pelo qual o engenheiro,
criativamente, usa conhecimentos e materiais para especificar a forma, função e conteúdo
material de um sistema. As etapas do projeto são: 1) determinar uma necessidade originada dos
valores de vários grupos, cobrindo o espectro que vai dos responsáveis pelas políticas públicas
até o consumidor; 2) especificar, em detalhes, o que a solução para a necessidade deve ser e
incorporar esses valores; 3) desenvolver e avaliar várias soluções alternativas para contemplar
essas especificações; e 4) decidir qual delas deve ser projetada em detalhes e fabricada.
Um fator importante em projetos reais é a limitação de tempo. O projeto deve ser
realizado dentro de prazos impostos e, eventualmente, ajustado para um projeto inferior
ao ideal, mas considerado “bom o suficiente”. Em muitas situações, o tempo é a única
vantagem competitiva.
Um dos principais desafios para o projetista é escrever as especificações para o
produto técnico. Especificações são declarações que, explicitamente, expressam o que o
dispositivo ou produto deve ser e fazer. O projeto de sistemas técnicos objetiva fornecer
especificações de projeto apropriadas e se baseia em quatro características: complexidade,
soluções de compromisso, desvios de projeto e risco.
10
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DINÂMICOS
FONTE: DORF, R. C.; BISHOP, R. H. Sistemas de controle modernos. 13. ed. Rio de Janei-
ro: LTC, 2018.
11
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
12
AUTOATIVIDADE
13
14
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
MODELAGEM DE SISTEMAS
1 INTRODUÇÃO
2 MODELAGEM MATEMÁTICA
Conforme apresentado no tópico anterior, os modelos apresentam
classificação e respectivas aplicações, conforme equações que melhor representam
o sistema a ser modelado. Segundo Castrucci, Bittar e Sales (2011), os modelos
matemáticos buscam representar sistemas reais, porém, em função da complexidade
de todas as condições envolvidas, acabam como modelos aproximados, limitados
por condições específicas. “Na medida em que os limites se ampliam, cresce a
complexidade dos modelos” (CASTRUCCI; BITTAR; SALES, 2011, p. 11).
15
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
16
TÓPICO 2 — MODELAGEM DE SISTEMAS
Equação 2.1
Equação 2.2
Equação 2.3
Caso seja necessário realizar o caminho inverso, ou seja, obter f(t) a partir
de F(s), deve-se utilizar a chamada transformada inversa de Laplace, de acordo
com a equação 2.4.
FONTE: O Autor
17
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
f(t) F(s)
e⁻ᵃᵗ
sen ωt
cos ωt
tn u(t)
e-at sen ωt
e-at cos ωt
te-at
tn e-at
senh ωt
cosh ωt
18
TÓPICO 2 — MODELAGEM DE SISTEMAS
1 - cos ωt
ωt - sen ωt
sen ωt - ωtcos ωt
tcos ωt
FONTE: O Autor
Equação 2.5
19
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
Equação 2.6
Equação 2.7
20
TÓPICO 2 — MODELAGEM DE SISTEMAS
FONTE: O Autor
TUROS
ESTUDOS FU
4 FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA
Seguindo nossa trilha para aprendermos a modelar sistemas, após a
conversão das funções matemáticas para o domínio da frequência, é possível
verificar que nossas funções foram escritas de forma simplificada. No momento,
podemos apresentar o conceito da função de transferência de um sistema. Segundo
Dorf e Bishop (2018), é a relação que descreve a dinâmica do sistema considerado.
FONTE: O Autor
21
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
Equação 2.8
Equação 2.9
Equação 2.10
Equação 2.11
Equação 2.12
22
TÓPICO 2 — MODELAGEM DE SISTEMAS
O bloco somador é representado por um círculo com uma cruz no centro
e os sinais indicando as operações de soma (+) ou subtração (-).
Equação 2.13
23
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
Equação 2.14
Equação 2.15
Equação 2.16
Equação 2.17
Equação 2.18
Equação 2.19
24
TÓPICO 2 — MODELAGEM DE SISTEMAS
Equação 2.20
Rearranjando a equação 2.20, para obter C(s) com uma relação em R(s),
temos:
Equação 2.21
Finalmente:
Equação 2.22
A seguir, em (a), temos um diagrama com blocos em série, que pode ser
chamado de sistema em cascata. Através dos sentidos dos sinais e blocos, pode
haver condensação no diagrama em (b).
FONTE: O Autor
FONTE: O Autor
25
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
NOTA
FONTE: O Autor
26
TÓPICO 2 — MODELAGEM DE SISTEMAS
Mola
Amortecedor
Massa
FONTE: O Autor
27
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
Equação 4.1
Equação 4.2
28
TÓPICO 2 — MODELAGEM DE SISTEMAS
Equação 4.3
FONTE: O Autor
Mola
Amortecedor
Inércia
FONTE: O Autor
29
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
7 SISTEMA ELÉTRICO
Agora, temos equações descritivas que você já conhece de disciplinas
estudadas anteriormente, desde o início do curso. Os elementos físicos que
caracterizam os circuitos elétricos são componentes passivos, como resistor,
capacitor e indutor, e as leis físicas utilizadas são as Leis de Kirchhoff. Assim
como os demais sistemas físicos, os componentes elétricos são divididos entre os
que dissipam e os que armazenam energia. A seguir, apresentamos os elementos
e as diversas equações descritivas. O resistor é um elemento físico dissipativo e os
capacitores e indutores são elementos que armazenam energia.
Capacitor
Resistor
Indutor
FONTE: O Autor
30
TÓPICO 2 — MODELAGEM DE SISTEMAS
Considere o circuito RLC apresentado a seguir, cujo comportamento é
regido pelas Leis de Kirchhoff. Dessa forma, a somatória das tensões na malha é
igual a zero.
Equação 4.4
Equação 4.5
31
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
) Equação 4.6
Equação 4.7
Equação 4.9
FONTE: O Autor
8 SISTEMA TÉRMICO
Os sistemas térmicos também são caracterizados por elementos físicos
semelhantes aos demais sistemas apresentados nos itens anteriores. No caso, a
resistência térmica que dissipa e a capacitância térmica que armazena energia. A
seguir, são apresentados os elementos físicos e as equações descritivas em função
da diferença de temperatura ∆T(t) e do fluxo térmico q(t).
32
TÓPICO 2 — MODELAGEM DE SISTEMAS
Resistência térmica
Capacitância térmica
FONTE: O Autor
9 SISTEMA FLUÍDICO
Os principais componentes de sistemas fluídicos são a resistência fluida,
que dissipa energia, e a capacitância fluida, que armazena energia. A seguir, além
dos componentes, apresentamos as equações descritivas no domínio do tempo,
caracterizadas pelas funções da vazão volumétrica e diferença de pressão.
Capacitância fluida
FONTE: O Autor
33
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
34
TÓPICO 2 — MODELAGEM DE SISTEMAS
LEITURA COMPLEMENTAR
36
TÓPICO 2 — MODELAGEM DE SISTEMAS
37
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
38
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
39
AUTOATIVIDADE
40
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
41
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
42
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DINÂMICOS
DICAS
FONTE: O Autor
43
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
DICAS
44
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DINÂMICOS
45
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
ATENCAO
Seus estudos serão muito mais eficientes se você estudar, este capítulo,
exercitando os exemplos simultaneamente no Scilab instalado no seu computador.
46
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DINÂMICOS
FONTE: O Autor
ATENCAO
O Scilab possui uma excelente seção de Ajuda (Help). Para acessar, acione o
botão destacado no menu da janela principal.
47
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
FONTE: O Autor
FONTE: O Autor
48
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DINÂMICOS
FONTE: O Autor
FONTE: O Autor
49
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
Com relação aos nomes das variáveis, o Scilab possui algumas regras que
devem ser cumpridas, conforme citaram Urroz (2001) e Lacerda (2011).
• O Scilab adota o padrão Case Sensitive, ou seja, ele diferencia letras maiúsculas
e minúsculas para formação do nome das variáveis. Considerando nosso
exemplo, x é diferente de X, da mesma forma que y, Y e z, Z.
• As variáveis declaradas devem começar com uma letra. Caso tenham mais
de um caractere, essa letra pode ser seguida de outras letras, algarismos ou
sublinhados. Exemplo: xy, XY, Xy, x1, z2, x_y.
• Os caracteres especiais, utilizados como operadores matemáticos, não são
permitidos como variáveis, isolados ou em conjunto com outros caracteres.
Exemplo: se você tentar digitar a variável “x/”, aparecerá a seguinte mensagem
de erro “Error: syntax error, unexpected =”.
• Outros caracteres especiais utilizados como partes de funções ou teclas de
atalho para funções também não são permitidos. Exemplo: @, %, [ , ] etc.
FONTE: O Autor
50
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DINÂMICOS
ATENCAO
FONTE: O Autor
51
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
--> %pi
%pi =
3.1415927
--> format(5)
--> %pi
%pi =
3.14
--> format(10)
--> %pi
%pi =
3.1415927
--> format('e')
--> %pi
%pi =
3.142D+00
52
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DINÂMICOS
Comando Significado
%pi Número referente ao , ou seja, 3.1415927
Refere-se ao epsilon (floating-point relative accuracy). Em português,
significa precisão relativa do ponto flutuante. Constante que
%eps
representa a precisão numérica da máquina. O Scilab usa o
padrão IEEE 754.
%inf Retorna a representação dupla IEEE para infinito positivo.
Retorna a representação dupla IEEE para Not-a-Number (NaN)
%nan
Não Numérico
É uma unidade imaginária, usada para inserir um número
%i
complexo.
É o número de Euler, solução da equação ln (x)=1, ou seja, a base
%e
do logaritmo natural.
53
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
Comando em
Função Matemática
Scilab
abs(x) Valor absoluto
acos(x) Arco cosseno
acosh(x) Arco cosseno hiperbólico
asin(x) Arco seno
asinh(x) Arco seno hiperbólico
atan(x) Arco tangente
atanh(x) Arco tangente hiperbólico
conj(x) Conjugado
cos(x) Cosseno
cosh(x) Cosseno hiperbólico
exp(x) Exponencial: ex
imag(x) Parte imaginária de um número complexo
log(x) Logaritmo natural
log10(x) Logaritmo na base 10
real(x) Parte real de um número complexo
modulo(x,y) Resto da divisão de x por y
Função sinal: retorna o valor -1, +1 ou zero, conforme o
sign(x)
argumento x ser negativo, positivo ou nulo, respectivamente
sin(x) Seno
sinh(x) Seno hiperbólico
sqrt(x) Raiz quadrada
tan(x) Tangente
tanh(x) Tangente hiperbólica
FONTE: Adaptado de Lacerda (2011)
54
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DINÂMICOS
FONTE: O Autor
55
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
Cor Código
Azul b
Vermelho r
Verde g
Ciano c
Magenta m
Amarelo y
Branco w
Preto k
FONTE: Adaptado de Scilab (2013)
56
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DINÂMICOS
FONTE: O Autor
Para funções em três dimensões, temos outros comandos que precisam ser
utilizados para obtermos um gráfico, como o surf e o feval. A função de surf pode
ser usada para traçar superfícies.
FONTE: O Autor
57
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
FONTE: O Autor
FONTE: O Autor
58
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DINÂMICOS
FONTE: O Autor
59
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
FONTE: O Autor
60
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DINÂMICOS
FONTE: O Autor
61
UNIDADE 1 — CONCEITOS BÁSICOS DE MODELAGEM
FONTE: O Autor
FONTE: O Autor
62
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DINÂMICOS
-Ymin= 0
-Ymax= 2
-Refresh period=100
-Period = 0.1
-Initialisation time = 0.1
FONTE: O Autor
FONTE: O Autor
63
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
64
AUTOATIVIDADE
z = x3 + y2 + xy
65
66
UNIDADE 2 —
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO
DE MODELOS DE SISTEMAS
DINÂMICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
67
68
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
69
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
Equação 1
Equação 2
Essa função não possui zeros, e seu polo é s= -5. Para obter a função no
tempo equivalente dessa transformada de Laplace, é preciso utilizar f(t)=e⁻ᵃᵗ,
dessa forma, para nosso exemplo, teremos:
Equação 3
Equação 4
70
TÓPICO 1 — MODELAGEM NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
Equação 5
Os polos e zeros podem ser determinados e, assim, a função F(s) pode ser
encontrada. No caso, os polos são -3, -1 e -1+j e, os zeros, -1 e 2, correspondendo
à equação 6 a seguir:
Equação 6
71
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
NOTA
NOTA
Sistemas de fase mínima são aqueles que não possuem polos nem zeros no
semiplano direito do plano s. Já os sistemas com zeros no semiplano direito são denominados
de sistemas de fase não mínima (DISTEFANO III; STUBBERUD; WILLIAMS, 2014).
TUROS
ESTUDOS FU
72
TÓPICO 1 — MODELAGEM NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
Equação 7
73
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
Equação 9
Equação 10
Observe que as raízes do denominador são distintas, uma vez que cada
fator é elevado apenas à primeira potência. Podemos escrever a expansão em
frações parciais como uma soma de termos, em que cada fator do denominador
original forma o denominador de cada termo, e constantes, chamadas de resíduos,
formam os numeradores.
Equação 11
74
TÓPICO 1 — MODELAGEM NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
Resultando em:
Agora, para uma F(s) com raízes do denominador reais e repetidas, a ex-
pansão pode ser efetuada caso a ordem de N(s) for menor do que a ordem de
D(s), e as raízes repetidas forem de multiplicidade r em –p₁ (NISE, 2017).
Equação 12
Para obter K₁ até Kr para as raízes com multiplicidade maior, deve-se de-
terminar, inicialmente, F₁ (s), conforme 13:
Equação 13
Equação 14
Equação 15
75
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
Equação 16
Equação 17
Equação 18
Equação 19
Equação 21
Nise (2017) observa que a equação 21 pode ser utilizada apenas se a ordem
de N(s) for menor do que a ordem de D(s), p1 for real e o polinômio (s² + as + b)
tiver raízes complexas ou puramente imaginárias. Atente para equação 21 e veja
que as raízes complexas ou imaginárias são expandidas através dos termos (K₂s +
K₃) no numerador.
Equação 22
76
TÓPICO 1 — MODELAGEM NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
Equação 23
Equação 25
Vamos utilizar o comando poly() para a tarefa, que representa uma função
polinomial de raízes e coeficientes, através da sintaxe e argumentos a seguir:
Sintaxe
• p = poly(vec, vname)
• p = poly(vec, vname, "roots"|"coeff")
• Pc = poly(matNN, vname)
77
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
Argumentos
• Vname – É uma string, o nome da variável simbólica do polinômio. Os
caracteres permitidos são iguais aos nomes de variáveis (consulte regras de
nomenclatura).
• Vec – Matriz escalar, vetorial ou não quadrada de números reais ou complexos.
Sinalizar "roots" (padrão) | "coeff" (ou "r" | "c"). Indica o que os números em
Vec representam. "Roots" é o valor padrão. Os atalhos podem ser usados: "r"
para "roots" e "c" para "coeff".
• p – Polinômio com raízes ou coeficientes indicados e nome da variável
simbólica.
• matNN- Matriz quadrada de números reais ou complexos.
• Pc – Polinômio característico da matriz quadrada fornecida, = det (x * eye () -
matNN), com a variável simbólica x = poly (0, vname).
• // – Utilizando essas duas barras inclinadas, é possível escrever um comentário
de texto.
FONTE: O autor
78
TÓPICO 1 — MODELAGEM NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
FONTE: O autor
FONTE: O autor
79
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
FONTE: O autor
80
TÓPICO 1 — MODELAGEM NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
FONTE: O autor
81
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
FONTE: O autor
82
TÓPICO 1 — MODELAGEM NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
FONTE: O autor
83
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
FONTE: O autor
84
TÓPICO 1 — MODELAGEM NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
FONTE: O autor
FONTE: O autor
85
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
86
TÓPICO 1 — MODELAGEM NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
FONTE: O autor
FONTE: O autor
87
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
88
AUTOATIVIDADE
a)
b)
89
90
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
91
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
Equação 26
Equação 27
Equação 28
92
TÓPICO 2 — RESPOSTA DO DOMÍNIO DO TEMPO
Equação 29
Equação 30
Equação 31
NOTA
93
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
Equação 32
Equação 33
TUROS
ESTUDOS FU
94
TÓPICO 2 — RESPOSTA DO DOMÍNIO DO TEMPO
Equação 34
Equação 35
Equação 36
Equação 37
95
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
Equação 39
96
TÓPICO 2 — RESPOSTA DO DOMÍNIO DO TEMPO
Equação 40
97
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
98
TÓPICO 2 — RESPOSTA DO DOMÍNIO DO TEMPO
E
IMPORTANT
99
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
Sistemas de controle são usados para alcançar (1) maior produtividade e (2)
melhor desempenho de um dispositivo ou sistema. A automação é usada para melhorar a
produtividade e obter produtos de alta qualidade. A automação é a operação ou controle
automático de um processo, dispositivo ou sistema. Utiliza-se o controle automático de
máquinas e processos para produzir um produto confiável e com alta precisão. Com a
demanda por produção flexível personalizada, a necessidade por automação e robótica
flexível está crescendo.
FONTE: DORF, R. C.; BISHOP, R. H. Sistemas de controle modernos. 13. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2018.
100
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
101
AUTOATIVIDADE
102
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, continuaremos com a apresentação de aplicações da
representação de sistemas, determinando a resposta transitória a partir do modelo
do sistema.
103
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
Para inserir linhas de grade nos gráficos, na janela gráfica, insira as linhas
no menu Editar -> Propriedade dos eixos x e y. Selecione a janela do eixo x e, no
item grid color, selecione a cor que você deseja. Repita a operação para o eixo y.
Equação 41
FONTE: O autor
104
TÓPICO 3 — MODELAGEM COMPUTACIONAL UTILIZANDO FUNÇÕES DE TRANSFERÊNCIA
FONTE: O autor
s=poly(0,’s’);
num=4;
den=s+4;
C=syslin([],num,den);
figure(0);
clf;
plzr(C);
trzeros(C)
Pss=tf2ss(C);
spec(Pss.A)
105
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
FONTE: O autor
s=poly(0,’s’);
num=4;
den=s+4;
C=syslin([],num,den);
figure(0);
clf;
plzr(C);
FONTE: O autor
106
TÓPICO 3 — MODELAGEM COMPUTACIONAL UTILIZANDO FUNÇÕES DE TRANSFERÊNCIA
Equação 42
FONTE: O autor
FONTE: O autor
107
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
s=poly(0,’s’);
num=9;
den=s^2+9;
C=syslin([],num,den);
figure(0);
clf;
plzr(C);
FONTE: O autor
s=poly(0,’s’);
num=9;
den=s^2+9;
C=syslin([],num,den);
figure(0);
clf;
plzr(C);
trzeros(C)
Pss=tf2ss(C);
spec(Pss.A)
108
TÓPICO 3 — MODELAGEM COMPUTACIONAL UTILIZANDO FUNÇÕES DE TRANSFERÊNCIA
FONTE: O autor
Equação 43
FONTE: O autor
109
UNIDADE 2 — FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DE MODELOS DE SISTEMAS DINÂMICOS
FONTE: O autor
s=poly(0,’s’);
num=9;
den=s^2+2*s+9;
C=syslin([],num,den);
figure(0);
clf;
plzr(C);
FONTE: O autor
110
A sintaxe utilizada para calcular os polos da função gera dois polos
complexos –1±2.8284271i.
FONTE: O autor
Equação 44
111
FIGURA 33 – DIAGRAMA DE BLOCOS PARA SIMULAÇÃO DE UM SISTEMA DE 2ª ORDEM –
EQUAÇÃO 44
FONTE: O autor
FONTE: O autor
S=poly(0,’s’);
num=9;
den=s^2+6*s+9;
C=syslin([],num,den);
figure(0);
clf;
plzr(C);
112
FIGURA 34 – MAPA DE POLOS E ZEROS – SISTEMA DE 2ª ORDEM, EQUAÇÃO 44
FONTE: O autor
s=poly(0,’s’);
num=9;
den=s^2+6*s+9;
C=syslin([],num,den);
figure(0);
clf;
plzr(C);
trzeros(C)
ans =
[]
Pss=tf2ss(C);
spec(Pss.A)
ans =
-3. + 0i
-3. – 0i
Equação 45
FONTE: O autor
FONTE: O autor
s=poly(0,’s’);
num=9;
den=s^2+9*s+9;
C=syslin([],num,den);
figure(0);
clf;
plzr(C);
114
FIGURA 36 – MAPA DE POLOS E ZEROS SISTEMA DE 2ª ORDEM, EQUAÇÃO 45
FONTE: O autor
--> s=poly(0,'s');
--> num=9;
--> den=s^2+9*s+9;
--> C=syslin([],num,den);
--> figure(0);
--> clf;
--> plzr(C);
--> trzeros(C)
ans =
[]
--> Pss=tf2ss(C);
--> spec(Pss.A)
ans =
-1.145898 + 0.i
-7.854102 + 0.i
115
3.5 ESTUDO DA RESPOSTA À ENTRADA DEGRAU DE SISTEMAS
SUBAMORTECIDOS
Como apresentamos nas seções anteriores, a resposta transitória agrega
informação sobre o sistema de 2ª ordem sob análise, e não se limita à frequência
natural (ωn) e ao fator de amortecimento (ζ). Outros parâmetros podem ser
utilizados para a caracterização da resposta e, consequentemente, do sistema.
Observa-se, também, que para 0 < ζ < 1, o primeiro pico é superior aos
demais, e é denominado de sobre-sinal, overshoot, em inglês. Conforme o ζ
aumenta, o sobre-sinal é reduzido e, dentro desse intervalo, a resposta tem
comportamento oscilatório amortecido, tendendo à estabilização no regime
permanente. Ao representar tais características de um sistema, outros parâmetros
podem ser especificados.
116
GRÁFICO 9 – CURVA DE RESPOSTA SUBAMORTECIDA AO DEGRAU UNITÁRIO COM AS ESPE-
CIFICAÇÕES TRANSITÓRIAS
117
O tempo necessário
para que as oscilações
amortecidas transitórias
Ts - Tempo de
alcancem e permaneçam
acomodação
dentro de uma faixa de ±2
% em torno do valor em
regime permanente.
118
LEITURA COMPLEMENTAR
119
Exemplo 2 – Um aquecedor termostaticamente controlado ou uma estufa
que regula automaticamente a temperatura de uma sala ou de um recipiente
é um sistema de controle. A entrada para o sistema é uma temperatura de
referência geralmente especificada pelo ajuste apropriado de um termostato.
A saída é a temperatura desejada da sala ou recipiente. Quando o termostato
detecta que a saída é menor do que a entrada, a estufa proporciona calor até que
a temperatura do recipiente se torne igual à entrada de referência. Então, a estufa
é automaticamente desligada.
FONTE: DISTEFANO III, J.; STUBBERUD, A. R.; WILLIAMS, I. J. Sistemas de controle. 2. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2014.
120
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Como o polo da função de transferência está em –a, é correto afirmar que este
está localizado no inverso da constante de tempo, e quanto mais afastado o
polo estiver do eixo imaginário, mais rápida será a resposta transitória.
• Quanto mais o ζ (fator de amortecimento) se aproxima de zero, mais a resposta
vibra indefinidamente, ou seja, quanto menor o valor de ζ, mais oscilatória é
a resposta.
• O tempo de subida (Tr) é o tempo necessário para que a forma de onda vá de
0,1 do valor final até 0,9 do valor final.
• O instante de pico (Tp) é o tempo necessário para alcançar o primeiro pico, ou
pico máximo.
• A máxima ultrapassagem (Mp) é o valor pelo qual a forma de onda ultrapassa
o valor em regime permanente, ou valor final, no instante de pico, expresso
como uma porcentagem do valor em regime permanente.
• O tempo de acomodação (Ts) é o tempo necessário para que as oscilações
amortecidas transitórias alcancem e permaneçam dentro de uma faixa de ±2%
em torno do valor em regime permanente.
CHAMADA
121
AUTOATIVIDADE
122
UNIDADE 3 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
123
124
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Erros de estado estacionário podem ser quantificados em sistemas de
controle com realimentação (feedback) unitária, como aqueles vistos na Unidade 2.
125
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
Veremos, adiante, que, se G(s) for escrita, de modo que cada termo, no
numerador e no denominador, exceto os termos sN, aproxime-se da unidade à
medida que s se aproxima de zero, então, o ganho K de malha aberta estará,
diretamente, relacionado ao erro estacionário (OGATA, 2010).
3 ERROS ESTACIONÁRIOS
Considere o sistema mostrado a seguir:
126
TÓPICO 1 — ANÁLISE DE ERROS EM REGIME ESTACIONÁRIO
O erro estacionário é:
127
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
Para uma entrada em degrau unitário, o erro estacionário ess pode ser
resumido como segue:
O erro estacionário ess, para a entrada em rampa unitária, pode ser resumido
como segue:
129
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
É dado por:
130
TÓPICO 1 — ANÁLISE DE ERROS EM REGIME ESTACIONÁRIO
131
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
0 1/(K + 1) ∞ ∞
1 0 1/K ∞
2 0 0 1/K
FONTE: Dorf et al. (2013, p. 109)
132
TÓPICO 1 — ANÁLISE DE ERROS EM REGIME ESTACIONÁRIO
(a)
133
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
(b)
(c)
134
TÓPICO 1 — ANÁLISE DE ERROS EM REGIME ESTACIONÁRIO
135
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
136
AUTOATIVIDADE
137
3 A análise do desempenho, em regime permanente, de um sistema, consiste
no estudo do comportamento da resposta do sistema quando o tempo
tende a infinito. Podemos classificar um sistema de controle, de acordo
com a habilidade dele para seguir entradas em degrau, rampa e parábola.
O desempenho do sistema, quando s tende a zero, depende do número de
integradores n. O número de integradores é, frequentemente, chamado de
Tipo do sistema (n). Com base nesse contexto, marque V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas:
4 Para Gc(s) = Kx + K/s, no diagrama de blocos a seguir, para uma entrada Ωr(s)
degrau unitário e D(s) = 0, qual é o tipo do sistema e qual é o erro em regime
permanente? (b) E considerando Ωr(s) = 0 e uma entrada D(s) degrau unitário?
138
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
A característica básica da resposta transitória de um sistema de malha
fechada está, intimamente, relacionada à localização dos polos de malha fechada.
Se o ganho de malha do sistema for variável, então, a localização dos polos de
malha fechada dependerá do valor do ganho de malha escolhido. É importante,
então, que o projetista saiba como os polos de malha fechada se movem no plano s,
à medida que o ganho de malha varia.
Pelo fato de a geração do lugar das raízes, pelo Octave, ser muito simples,
pode-se pensar que esboçar, manualmente, seja desperdício de tempo e de esforço.
Entretanto, a experiência de fazer isso de forma manual tem muita importância
para a interpretação do próprio lugar das raízes gerado por computador, além de
servir para que se tenha, de maneira rápida, uma ideia aproximada desse lugar.
140
TÓPICO 2 — ANÁLISE DO LUGAR GEOMÉTRICO DAS RAÍZES
Ou
Aqui, vamos supor que G(s)H(s) seja uma relação dos polinômios em s.
Note que podemos estender a análise ao caso em que G(s)H(s) apresenta retardo
de transporte e–Ts. Como G(s)H(s) é uma grandeza complexa, a equação anterior
pode ser dividida em duas equações, equiparando-se os ângulos e os módulos de
ambos os lados, respectivamente, obtendo-se:
Condição angular:
Condição de módulo:
Então, o lugar das raízes do sistema é o lugar dos polos de malha fechada
quando o ganho K varia de zero a infinito.
141
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
Note que, para começar o esboço do lugar das raízes de um sistema, pelo
método do lugar das raízes, devemos conhecer a localização dos polos e dos zeros
de G(s)H(s). Lembre-se de que os ângulos dos vetores, no plano complexo
(grandezas complexas), que se originam nos polos e nos zeros de malha aberta, e
que vão até o ponto de teste s, são medidos no sentido anti-horário (OGATA,
2010, p. 248). Por exemplo, se G(s)H(s) for dado por:
–p2 e –p3 são polos complexos conjugados, então, o ângulo de G(s)H(s) será:
A₁, A₂, A₃, A₄ e B₁ são os módulos das grandezas complexas s + p₁, s + p₂, s
+ p₃, s + p₄ e s + z₁, respectivamente, como mostra o Gráfico 3 (a).
142
TÓPICO 2 — ANÁLISE DO LUGAR GEOMÉTRICO DAS RAÍZES
GRÁFICO 3 – (A) E (B) DIAGRAMAS QUE MOSTRAM MEDIDAS DOS ÂNGULOS A PARTIR DO
PONTO DE TESTES S E DOS POLOS E DOS ZEROS DE MALHA ABERTA
FONTE: O autor
143
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
A condição de módulo é:
Isso demonstra que a condição angular não pode ser satisfeita. Então, não
existe lugar das raízes no eixo real positivo. A seguir, seleciona-se um ponto de
teste no eixo real negativo, entre 0 e –1. Então,
Assim,
144
TÓPICO 2 — ANÁLISE DO LUGAR GEOMÉTRICO DAS RAÍZES
Ou
145
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
Para valores elevados de s, essa última equação pode ser aproximada, como:
Ou
Ou
Essas três equações representam três linhas retas, como mostra o gráfico
a seguir.
146
TÓPICO 2 — ANÁLISE DO LUGAR GEOMÉTRICO DAS RAÍZES
A(s) e B(s) não contêm K. Note que f(s) = 0 tem raízes múltiplas nos pontos
nos quais
147
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
Isso pode ser visto como segue. Suponha que f(s) tenha raízes múltiplas
de ordem r, r > 2.
Obtemos:
Sendo que:
Sendo:
148
TÓPICO 2 — ANÁLISE DO LUGAR GEOMÉTRICO DAS RAÍZES
Determine o LGR.
Como o ponto de partida do eixo real deve estar sobre o lugar das raízes
entre 0 e –1, está claro que s = - 0,4226 corresponde, efetivamente, ao ponto de
partida do eixo real. O ponto s = – 1,5774 não está sobre o lugar das raízes. Então,
esse ponto não é, realmente, um ponto nem de partida nem de chegada. De fato,
o cálculo dos valores de K, correspondentes a s = – 0,4226 e a s = – 1,5774, gera:
4. Determinar os pontos nos quais o lugar das raízes cruza o eixo imaginário.
Esses pontos podem ser determinados com a utilização do critério de estabilidade
de Routh, do seguinte modo: como a equação-característica para o presente
sistema é:
149
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
O valor de K, que faz com que o termo s¹, na primeira coluna, seja igual a
zero, é K = 6. Os pontos de cruzamento com o eixo imaginário podem, então, ser
determinados com a resolução da equação auxiliar obtida a partir da linha s², isto é:
Ou
A partir da qual:
FONTE: O autor
Se um ponto de teste estiver sobre o lugar das raízes, então, a soma dos
três ângulos, q₁ + q₂ + q₃, deve ser 180°. Se o ponto de teste não satisfizer à condição
angular, selecione outro ponto de teste até que a condição seja atendida. A soma
dos ângulos, no ponto de teste, indicará a direção para a qual o ponto de teste
deve ser movido. Continue com esse processo e localize um número suficiente de
pontos que satisfaçam à condição do ângulo.
6. Desenhar o lugar das raízes, com base nas informações obtidas nos
passos anteriores, como mostra o gráfico a seguir:
FONTE: O autor
151
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
Por fim, note que, se necessário, o lugar das raízes pode ser, facilmente,
graduado em termos dos valores de K, utilizando, para isso, a condição de
módulo. Simplesmente, seleciona-se um ponto sobre o lugar das raízes, mede-
se o módulo das três grandezas complexas, s, s + 1 e s + 2, e se multiplicam esses
valores; o produto é igual ao valor do ganho K naquele ponto, ou:
|s| . |s + 1| . |s + 2| = K
• PRÁTICA – SIMULAÇÃO:
O lugar das raízes pode ser obtido, facilmente, com a utilização do Octave,
utilizando os seguintes comandos:
rlocus(num,den)
Esse comando faz com que o gráfico do lugar das raízes seja desenhado na
tela. O vetor de ganho K é determinado automaticamente (O vetor K contém todos
os valores do ganho para os quais os polos de malha fechada são calculados).
152
TÓPICO 2 — ANÁLISE DO LUGAR GEOMÉTRICO DAS RAÍZES
r = rlocus(num,den)
plot(r,’o’) ou plot(r, ‘x’)
Solução: O passo a passo para traçar o gráfico do lugar das raízes (LGR) é:
Ou
153
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
Note que ambos os pontos estão sobre o lugar das raízes. Portanto, eles são,
realmente, pontos de partida e de chegada. No ponto s = – 0,634, o valor de K é:
Pelo fato de o ponto s = – 0,634 estar entre dois polos, ele é um ponto de
partida, e pelo fato de o ponto s = –2,366 estar entre dois zeros, ele é um ponto de
chegada.
154
TÓPICO 2 — ANÁLISE DO LUGAR GEOMÉTRICO DAS RAÍZES
GRÁFICO 7 – LGR
DICAS
Sugerimos que você confira o vídeo do Prof. Luís César Emanuelli, sobre LGR,
no link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=21ftr9Vt7Ho.
155
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O lugar geométrico das raízes, uma representação gráfica dos polos em malha
fechada, à medida que um parâmetro do sistema é variado, é um método
poderoso de análise e de projeto para a estabilidade e a resposta transitória.
Foi idealizado por Evans, de 1948 a 1950.
• O lugar geométrico das raízes, coberto nesta unidade, é uma técnica gráfica
que nos dá a descrição qualitativa do desempenho de um sistema de controle
que estamos buscando. Também, serve como uma ferramenta qualitativa
poderosa que fornece mais informações do que os métodos já discutidos.
• A técnica do lugar geométrico das raízes pode ser utilizada para analisar
e para projetar o efeito do ganho de malha sobre a resposta transitória e a
estabilidade do sistema.
156
• Podemos chegar ao lugar geométrico das raízes fatorando o polinômio de
segunda ordem no denominador da função de transferência. Contudo, o que
aconteceria se aquele polinômio fosse de quinta ou de décima ordem? Sem um
computador, fatorar o polinômio seria um grande problema para inúmeros
valores do ganho.
157
AUTOATIVIDADE
158
É CORRETO, apenas, o que se verifica em:
a) ( ) I.
b) ( ) II.
c) ( ) III.
d) ( ) I, II e III.
(a) Com base nisso, quais são os polos e os zeros desse sistema?
(b) Esboce o gráfico do LGR.
159
160
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
O problema mais importante relacionado aos sistemas de controle lineares
é o da estabilidade. Em teoria de controle clássico, existem alguns métodos que
podem ser utilizados para o estudo da estabilidade de sistemas lineares, como
o método do lugar das raízes, o critério de estabilidade de Nyquist e o critério
de estabilidade de Routh-Hurwitz. O critério de estabilidade de Routh-Hurwitz
é uma ferramenta simples e útil para a análise da estabilidade de sistemas de
controle.
NOTA
161
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
• Se algum dos coeficientes for zero, ou negativo, na presença de, pelo menos,
um coeficiente positivo, então, existirá uma ou várias raízes imaginárias, ou
que tenham partes reais positivas. Assim, nesse caso, o sistema não será estável.
Se estivermos interessados, somente, na estabilidade absoluta, não haverá
162
TÓPICO 3 — CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE ROUTH-HURWITZ
163
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
O cálculo dos b continua até que os elementos restantes sejam todos zeros.
O mesmo padrão de multiplicação em cruz, dos coeficientes das duas linhas
anteriores, é seguido para o cálculo de c, d etc. Ou seja:
Esse processo continua até que a n-ésima linha seja completada. A matriz
completa de coeficientes é triangular. Observe que, ao desenvolver essa matriz,
uma linha inteira pode ser dividida ou multiplicada por um número positivo, de
modo a simplificar os cálculos numéricos subsequentes, sem alterar a conclusão
da estabilidade.
164
TÓPICO 3 — CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE ROUTH-HURWITZ
Condição para que todas as raízes tenham partes reais negativas é dada por:
s³ + 2s² + s + 2 = 0
A matriz de coeficientes é:
165
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
s³ – 3s + 2 = (s – 1)²(s + 2) = 0
A matriz de coeficientes é:
Os termos na linha s³ são todos nulos. Note que esse caso ocorre, somente,
em uma linha de número ímpar. O polinômio auxiliar é, então, formado a partir
dos coeficientes da linha s⁴. O polinômio auxiliar P(s) é:
166
TÓPICO 3 — CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE ROUTH-HURWITZ
O que indica que existem dois pares de raízes de igual valor e sinais opostos
(isto é, duas raízes reais com o mesmo valor, mas sinais opostos, ou duas raízes
complexas conjugadas no eixo imaginário). Esses pares são obtidos, resolvendo-
se a equação polinomial auxiliar P(s) = 0. A derivada de P(s), em relação a s, é:
Obtemos:
Esses dois pares de raízes de P(s) fazem parte das raízes da equação
original. De fato, a equação original pode ser escrita na forma fatorada, como o
exposto a seguir:
É evidente que a equação original tem uma raiz com uma parte real
positiva.
167
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
168
TÓPICO 3 — CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE ROUTH-HURWITZ
A equação-característica é:
169
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
s⁴ + 2s³ + (4 + K)s² + 9s + 25 = 0
s⁴ + 2s³ + (4 + K)s² + 9s + 25 = 0
a₀ = 1, a₁ = 2, a₂ = 4 + K, a₃ = 9, a₄ = 25
170
TÓPICO 3 — CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE ROUTH-HURWITZ
FIGURA 7 – (A) SISTEMA COM REALIMENTAÇÃO; (B) SISTEMA EM MALHA FECHADA EQUIVALENTE
171
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
172
TÓPICO 3 — CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE ROUTH-HURWITZ
LEITURA COMPLEMENTAR
173
UNIDADE 3 — ERROS E ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES
174
TÓPICO 3 — CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE ROUTH-HURWITZ
[...]
Uma vez que o sistema faz com que a amplitude e a fase da entrada sejam
alteradas, podemos pensar no próprio sistema representado por um número
complexo, definido de modo que o produto do fasor de entrada, pela função do
sistema, gere a representação do fasor de saída.
176
TÓPICO 3 — CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE ROUTH-HURWITZ
FONTE: NISE, N. S. Engenharia de sistemas de controle. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
177
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• O método requer dois passos: (1) gerar uma tabela de dados chamada de
tabela de Routh; e (2) interpretar a tabela de Routh para dizer quantos polos
de sistema em malha fechada estão no semiplano esquerdo, no semiplano
direito e sobre o eixo jω.
178
• Se a função de transferência em malha fechada possui todos os polos na
metade esquerda do plano s, o sistema é estável. Assim, um sistema é estável
se não houver mudança de sinal na primeira coluna da tabela de Routh.
• Dois casos especiais podem ocorrer: (1) a tabela de Routh, algumas vezes, terá
um zero apenas na primeira coluna de uma linha; ou (2) a tabela de Routh,
algumas vezes, terá uma linha inteira que consiste em zeros.
• Caso o primeiro elemento de uma linha seja zero, uma divisão por zero
seria necessária para formar a próxima linha. Para evitar esse fenômeno, um
épsilon, e, é designado para substituir o zero na primeira coluna. O valor e é,
então, feito a tender a zero pelo lado positivo ou pelo lado negativo, pois os
sinais dos elementos na primeira coluna podem ser determinados.
CHAMADA
179
AUTOATIVIDADE
180
( ) A tabela de Routh básica se aplica a sistemas com zeros nos semiplanos
esquerdo e direito.
( ) Enunciado de forma simples, o critério de Routh-Hurwitz estabelece que
o número de raízes do polinômio que estão no semiplano direito é igual
ao número de mudanças de sinal na primeira coluna.
( ) O critério de Routh-Hurwitz é, frequentemente, utilizado em aplicações
limitadas, para fatorar polinômios contendo fatores pares.
É dada por:
Sendo:
181
REFERÊNCIAS
DORF, R. C.; BISHOF, R. H. Sistemas de controle modernos. 12. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2013.
182