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Eletromagnetismo
Prof. Eduardo Vinicius Galle
Prof. Guilherme de Lima Lopes
Prof. Ivan Rodrigo Kaufman
Prof.a Mariana Sacrini Ayres Ferraz
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Eduardo Vinicius Galle
Prof. Guilherme de Lima Lopes
Prof. Ivan Rodrigo Kaufman
Prof.a Mariana Sacrini Ayres Ferraz
G166p
ISBN 978-65-5663-199-8
ISBN Digital 978-65-5663-194-3
CDD 530.141
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Bem-vindo à disciplina de Práticas de
Eletromagnetismo! Esta disciplina visa desenvolver a teoria eletromagnética
das equações de Maxwell de forma prática (experimental). Em todos os
tópicos procuramos sugerir práticas simples, com materiais do cotidiano,
a fim de proporcionar a você, acadêmico, um primeiro contato com o
eletromagnetismo. O eletromagnetismo pode ser considerado como o estudo
da interação das cargas elétricas em repouso (eletrostática) e em movimento
(eletrodinâmica). Essa área da engenharia envolve a análise dos campos
elétricos e magnéticos, cujos quais constituem o conjunto das Equações de
Maxwell. Todo campo elétrico gera um campo magnético e vice-versa. Esse
é o princípio das ondas eletromagnéticas.
Bons estudos!
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
TÓPICO 3 — CAPACITORES............................................................................................................. 43
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 43
2 CAPACITÂNCIA................................................................................................................................ 43
3 CALCULANDO A CAPACITÂNCIA: CAPACITOR DE PLACAS PARALELAS................. 46
4 CAPACITORES EM PARALELO E EM SÉRIE............................................................................. 48
5 ARMAZENAMENTO DE ENERGIA EM UM CAPACITOR.................................................... 53
6 DIELÉTRICOS..................................................................................................................................... 54
7 APLICAÇÕES...................................................................................................................................... 58
8 COMO IDENTIFICAR CAPACITORES?...................................................................................... 62
LEITURA COMPLEMENTAR............................................................................................................. 70
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 71
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 72
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 189
UNIDADE 1 —
ELETROSTÁTICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 1 – CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ELETROSTÁTICA
TÓPICO 3 – CAPACITORES
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
A carga elétrica é a propriedade fundamental da matéria, disponível
em todos os corpos, tornando-os sensíveis a interações. Para iniciarmos nossos
estudos, vamos analisar as cargas elétricas em repouso. Por que as cargas elétricas
exercem forças umas sobre as outras?
3
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
FONTE: <https://blogdoenem.com.br/wp-content/uploads/2015/03/modelos-at%C3%B4micos.jpg>.
Acesso em> 2 jul. 2020.
Por isso, define-se carga elétrica como uma propriedade intrínseca das
partículas fundamentais de que é feita a matéria. Em outras palavras, é uma
propriedade associada à própria existência das partículas (HALLIDAY; RESNICK;
WALKER, 2012).
4
TÓPICO 1 — CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ELETROSTÁTICA
• Dois corpos neutros estão próximos o suficiente para haver atração ou repulsão;
não haverá interação entre eles, pois os dois corpos são eletricamente neutros.
• Dois corpos são eletrizados com cargas de sinais opostos e colocados próximos
o suficiente para haver atração ou repulsão; neste caso, haverá uma atração
mútua.
• Dois corpos eletrizados com cargas de sinais iguais e próximos o suficiente
para haver atração ou repulsão repelem-se reciprocamente.
FONTE: A autora
5
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
O próton possui uma massa quase duas mil vezes maior que a do elétron.
Apesar disso, a quantidade de carga elétrica dos dois é igual, em valor absoluto.
Este valor absoluto foi definido como carga elétrica elementar, simbolizado por
“e”, cujo valor foi encontrado de forma experimental, pela primeira vez, pelo físico
estadunidense Robert Andrews Millikan (1868-1953), por meio da experiência
que levou seu nome, a Experiência de Millikan.
E
IMPORTANT
A Experiência de Millikan
Um elétron tem uma carga que vale -e, e um próton tem carga +e, ou
seja, ambos possuem cargas iguais à carga elétrica elementar, porém com sinais
opostos.
Q = ±n ∙ e (n ∈ Z)
6
TÓPICO 1 — CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ELETROSTÁTICA
• Se o corpo tiver carga positiva (+), quer dizer que o número de prótons será
maior que o de elétrons; portanto, o corpo perdeu elétrons em relação ao estado
eletricamente neutro.
• Se o corpo tiver carga negativa (-), significa que o número de elétrons é maior
que o número de prótons; portanto, o corpo ganhou elétrons em relação ao
estado eletricamente neutro.
FONTE: A autora
7
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
EXEMPLO
Resolução:
∑Qantes = ∑Qdepois
Q1 + Q2 + Q3= Q’1 + Q’2 + Q’3
2µC + (-4µC) + 6µC = Q’1 + (-2µC) + 3µC
4µC = Q’1+ 1µC
Q’1 = 3µC
ΔQ1 = Q’1 - Q1
ΔQ1 = 3µC - 2µC
ΔQ1 = 1µC
ΔQ1 = n ∙ e
1µC = n ∙ 1,6 ∙ 10-19 C
n = 6,25 ∙ 1012 elétrons
8
TÓPICO 1 — CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ELETROSTÁTICA
9
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
FONTE: A autora
4 PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO
Um corpo é eletricamente neutro quando as quantidades de prótons e
elétrons contidas nele forem iguais. Um corpo em que há excesso de uma dessas
partículas, dizemos que está eletrizado.
FONTE: A autora
10
TÓPICO 1 — CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ELETROSTÁTICA
ATENCAO
Q’A = RA
Q’B RB
11
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
Isopor
Cobre
Borracha
Âmbar
Papel
Lã
Náilon
Vidro
Pele humana
+
FONTE: A autora
A eletrização por atrito acontece devido aos elétrons dos materiais que
estão mais fracamente ligados aos núcleos – elétrons mais afastados – serem
transferidos para o outro material. Sobre a eletrização por atrito, ainda é
importante considerar os seguintes fatos:
• Nem sempre é possível eletrizar dois corpos por atrito. Por exemplo, quando
atritamos dois corpos de mesmo material, poderá não acontecer a troca de
elétrons entre eles.
• Na eletrização por atrito de corpos não condutores ou isolantes, o excesso
de cargas permanecerá localizado na região do corpo onde ocorreu o atrito,
semelhante ao ocorrido na eletrização por contato.
• Na eletrização por atrito de materiais condutores, as cargas distribuir-se-ão
por toda a sua superfície. Tal fenômeno ocorre devido à repulsão das cargas
elétricas no interior do material, fazendo, assim, com que as cargas fiquem o
mais distante possível umas das outras.
• Para manter um corpo eletrizado, é necessário isolá-lo, utilizando, por exemplo,
um material dielétrico como apoio.
12
TÓPICO 1 — CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ELETROSTÁTICA
FONTE: A autora
O solo, por ser um corpo muito extenso, geralmente pode ser tratado
como um corpo infinito em relação à maioria dos objetos, o que significa que
a distribuição não altera em nada as propriedades dele, e, portanto, pode
comportar-se doando ou recebendo elétrons. Sendo assim, a carga no induzido
depende somente do indutor e tem sinal contrário à sua carga.
13
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
FONTE: A autora
NTE
INTERESSA
14
TÓPICO 1 — CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ELETROSTÁTICA
EXPERIMENTO 1
Eletrização
(1)
Objetivo
Materiais utilizados
Explicações
O princípio básico é que ao atritar a bexiga com o cabelo, esta irá se
eletrizar pelo atrito. As cargas presentes na bexiga são capazes de atrair a
latinha pela força elétrica descrita pela Lei de Coulomb.
Outras informações
Montagem e procedimentos
1. Dois participantes ficam em lados opostos da mesa, com uma latinha vazia
na posição média entre eles.
2. Cada um atrita vigorosamente a bexiga inflada no cabelo.
3. Ao dar início, cada competidor aproxima sua bexiga da latinha, sem
encostar, buscando atraí-la para o seu lado
15
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
FIGURA - DEPOIS DE ATRITADA, A LATA (a) SOFRE ATRAÇÃO PELA BEXIGA, DEVIDO À
FORÇA ELETROSTÁTICA QUE GERA MOVIMENTO NA MESMA (b)
E
IMPORTANT
16
TÓPICO 1 — CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ELETROSTÁTICA
NTE
INTERESSA
FONTE: <https://www.stoodi.com.br/resumos/fisica/eletrostatica/>.
Acesso em: 19 mar. de 2020.
17
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A eletrização por indução ocorre quando a carga elétrica final do condutor que
estava neutro sempre possui sinal oposto à do indutor.
18
AUTOATIVIDADE
2 O que é eletrização?
19
20
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
O que faz uma partícula carregada perceber outra partícula sem entrar
diretamente em contato? Como acontece o movimento ordenado de cargas dentro
de um fio condutor? Esses são exemplos em que o campo elétrico é o agente
responsável por proporcionar a interação entre cargas eletricamente carregadas.
Neste tópico, você vai aprender a calcular o campo elétrico para cargas
pontuais e para um sistema de cargas homogeneamente distribuídas.
Para esse último caso, você saberá resolver problemas utilizando a Lei
de Gauss, que facilita muito a resolução de problemas para certas geometrias de
cargas.
21
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
22
TÓPICO 2 — CÁLCULO DE CAMPO ELÉTRICO
FONTE: A autora
24
TÓPICO 2 — CÁLCULO DE CAMPO ELÉTRICO
FONTE: A autora
4 LEI DE GAUSS
Até agora tratamos das situações de uma carga pontual gerando um campo
elétrico e uma partícula carregada imersa em um campo elétrico homogêneo.
Mas, quando queremos determinar o campo elétrico de uma distribuição de
cargas, como procedemos? A Lei de Gauss é uma ferramenta abstrata que nos
auxilia no cálculo do campo elétrico para uma distribuição de cargas pontuais.
Do contrário, teríamos que calcular o campo elétrico em uma determinada região
do espaço referente a cada uma das cargas pontuais da distribuição de cargas. A
Figura 13 ilustra essa situação, em que uma fita linear carregada de comprimento
L gera um campo elétrico em um ponto P, a uma distância d da fita. Nesse caso,
25
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
o campo elétrico no ponto P é calculado para cada uma das cargas, gerando os
campos elétricos E1, E2, E3... Ex. O campo elétrico resultante é a soma vetorial de
cada um dos campos elétricos em separado. Se o número de cargas da fita é muito
grande, teríamos que calcular trabalhosamente cada um dos campos elétricos e
depois realizar a soma vetorial. Caso a distribuição de cargas seja homogênea, a
nossa álgebra pode ser facilitada tornando o somatório em uma integral que varia
seus limites de integração do início da fita até o seu final.
FONTE: A autora
Sendo Φ o fluxo das linhas de campo elétrico, dada pela seguinte integral:
26
TÓPICO 2 — CÁLCULO DE CAMPO ELÉTRICO
Ou seja, o fluxo das linhas de campo pode ser calculado pela integral de
linha do campo elétrico multiplicado de forma escalar por um elemento de área
dA. Quando obtemos um fluxo negativo, é porque as linhas de campo que entram
na superfície são em maior número do que aquelas que saem da superfície. Isso
só é possível se a carga resultante interna à superfície Gaussiana é negativa. Deste
modo, o vetor E está direcionado para dentro da superfície. O vetor dA sempre
estará direcionado perpendicularmente para fora da superfície. Como o fluxo é
dado pelo produto escalar entre os dois vetores, sabemos que E ∙ dA = E ∙ dA ∙
cosθ, sendo θ o ângulo formado pelos vetores E e dA.
27
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
28
TÓPICO 2 — CÁLCULO DE CAMPO ELÉTRICO
29
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
FONTE: A autora
30
TÓPICO 2 — CÁLCULO DE CAMPO ELÉTRICO
elétricos, gerados por cada uma das infinitesimais cargas distribuídas na casca,
anula-se. Pense agora que a carga de prova se mova para bem próximo do lado
esquerdo da casca metálica. As cargas positivas da casca esférica redistribuem-se,
de modo que a maioria das cargas positivas se mova para o lado direito. Por sua
vez, as cargas negativas da casca esférica são transferidas para o lado esquerdo.
Um condutor carregado majoritariamente com um tipo de carga não quer dizer
que a carga oposta também não exista. Ela existe, porém, em minoria. Dessa
forma, o campo elétrico entre as cargas negativas na esquerda e a carga positiva
da carga de prova são contrabalanceados pelo campo elétrico gerado pelas cargas
positivas do lado direito da casca com as cargas negativas do lado esquerdo. Por
fim, o campo elétrico resultante é nulo.
31
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
FONTE: A autora
6 RUPTURA DIELÉTRICA
Para falar sobre a ruptura dielétrica, precisamos entender, primeiramente,
o que são materiais isolantes e materiais condutores. Um material isolante é um
tipo de material que não conduz cargas pelo seu meio. Isso porque esse tipo de
material não possui muitos elétrons livres e, portanto, o campo elétrico não faz
fluir nenhuma carga sobre ele. Já um material condutor possui muitos elétrons
livres em sua estrutura, permitindo, assim, que um campo elétrico aplicado no
material faça fluir corrente elétrica (cargas em movimento).
32
TÓPICO 2 — CÁLCULO DE CAMPO ELÉTRICO
E
IMPORTANT
Quando um campo elétrico é alto demais, pode acontecer o processo de ruptura dielétrica.
Esse é o caso típico da descarga elétrica de um raio em meio a uma tempestade. As nuvens
ficam tão carregadas que criam um campo elétrico muito intenso capaz de romper a rigidez
dielétrica do ar. Nesse processo, o campo elétrico remove elétrons dos átomos do ar. O
ar começa a conduzir esses átomos ionizados e elétrons removidos. Estes começam um
processo chamado “efeito cascata”, no qual a ionização do ar acontece muito rapidamente,
pois os íons acabam colidindo com outros átomos, ionizando-os, que, por sua vez,
também acabam ionizando outros átomos. Em alguns milésimos de segundos, todo um
caminho no ar, das nuvens até o solo, é ionizado. Por meio desse caminho é que acontece
a descarga de corrente elétrica, gerando o raio. O processo de ionização também emite luz,
que é o “clarão” que um raio produz.
Você pode obter mais informações sobre o assunto acessando o seguinte link: https://goo.
gl/pNhwFQ.
NOTA
33
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
EXPERIMENTO 2
Linhas equipotenciais
Objetivo
Material
Fundamentação Teórica
∫ 𝐸⃗. 𝑑𝑙 = 0,
34
TÓPICO 2 — CÁLCULO DE CAMPO ELÉTRICO
𝑖 = 𝑈. 𝑅
Tais que,
𝑉 (𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑘 𝑞 𝑟
35
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
EXPERIMENTO
36
TÓPICO 2 — CÁLCULO DE CAMPO ELÉTRICO
37
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
FONTE: CAVALCANTE, E. S.; SANTOS, E. S. dos; MENEZES Jr., R. dos S. Roteiros de atividade
experimental de Física: eletricidade e magnetismo. Salvador: IFB, 2014. Disponível em:
https://www.passeidireto.com/arquivo/74509404/roteiros-ifba-fis-3. Acesso em: 15 jul. 2020.
NTE
INTERESSA
38
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Uma partícula percebe a outra por meio do campo elétrico estabelecido sobre
ela.
• A lei que nos permite calcular o módulo da força elétrica exercida entre duas
cargas é a Lei de Coulomb, apresentada pela expressão a seguir:
39
• O campo elétrico gerado por uma carga elétrica Q1 pode ser calculado por
meio da expressão a seguir:
• A lei de Gauss é a lei que estabelece a relação entre o fluxo do campo elétrico
através de uma superfície fechada com a carga elétrica que existe dentro do
volume limitado por esta superfície.
• A lei de Gauss é geral, mas a sua utilidade no cálculo do campo elétrico criado
por uma distribuição de cargas depende da simetria desta distribuição.
40
AUTOATIVIDADE
41
42
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
CAPACITORES
1 INTRODUÇÃO
Capacitores são altamente usados em circuitos eletrônicos e suas principais
funções são armazenar cargas e energia potencial elétrica, opor-se a mudanças
de tensão e discriminar frequências, útil em circuitos de corrente alternada
(ALEXANDER; SADIKU, 2013). Muitos equipamentos utilizam capacitores,
como desfibriladores, nobreaks e estabilizadores de tensão, sendo essenciais para
seu funcionamento.
2 CAPACITÂNCIA
A capacitância é uma propriedade dos condutores (BAUER; WESTFALL;
DIAS, 2012). Os capacitores são basicamente formados por dois condutores
isolados, que, independentemente de sua forma, são chamados de placas. A
Figura 18a mostra um exemplo genérico de capacitor, e a Figura 18b mostra
alguns tipos de capacitores encontrados, com diversos tamanhos e formas.
FONTE: Halliday, Resnick e Walker (1996, p. 92); Bauer, Westfall e Dias (2012, p. 98)
43
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
q = CV
1F=C/V
E
IMPORTANT
GARRAFA DE LEYDEN
FONTE: <https://miro.medium.com/max/184/1*kulQO1ZPZ0rjxCjwUCnK5w.jpeg>.
Acesso em: 2 jul. 2020.
44
TÓPICO 3 — CAPACITORES
1) uma garrafa de vidro com dois eletrodos, que podem ser lâminas tipo papel alumínio,
uma forrando o interior da garrafa e outra o exterior;
2) o vidro é o dielétrico que separa as duas placas metálicas;
3) haste metálica com contato com o eletrodo interno, com rolha ou borracha isolante;
4) esfera na haste.
A garrafa é carregada por contato, via esfera na haste. Esse tipo de garrafa alcança
altas tensões, sendo visíveis faíscas ao se descarregarem.
Metal Metal
Vidro
Água
45
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
Legenda: a) capacitor com placas de área A e carregado com carga +q e –q. Pode-se notar que as
linhas de campo centrais são uniformes, e as da borda destorcem-se; b) representação ignorando
a distorção das bordas, com as placas separadas por uma distância d. A região pontilhada
em vermelho representa a superfície Gaussiana e a flecha em azul representa o caminho de
integração, usados para o cálculo da capacitância.
FONTE: Adaptado de Halliday, Resnick e Walker (1996, p. 92); Bauer, Westfall e Dias (2012, p. 101)
46
TÓPICO 3 — CAPACITORES
Portanto:
Tínhamos que:
q = CV
Ou seja:
47
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
ATENCAO
48
TÓPICO 3 — CAPACITORES
q1 = C1V
q2 = C2V
q3 = C3V
q = q1 + q2 + q3
Ceq = C1 + C2 + C3
n
Ceq = ∑ Ci
i=1
49
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
V=V1+V2+V3
50
TÓPICO 3 — CAPACITORES
Ou seja, , então:
EXEMPLO
51
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
C123 = 1 μF
52
TÓPICO 3 — CAPACITORES
Suponha que uma carga q’ tenha sido transferida de uma placa para a
outra. Neste momento, a diferença de potencial é igual a V’ = q’/C. O trabalho
infinitesimal dW necessário para transferir mais carga infinitesimal dq’ será:
53
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
EXEMPLO
FONTE: A autora
6 DIELÉTRICOS
Os capacitores que foram mostrados e discutidos até esta seção teriam
ar ou vácuo entre as suas placas. Mas os capacitores usados na prática são
preenchidos por um tipo de material chamado dielétrico. Dielétricos são materiais
isolantes, como, por exemplo, o plástico. Há várias finalidades para a presença
dos dielétricos em capacitores, dentre elas: garantir a separação entre as placas e
isolá-las eletricamente, manter uma diferença de potencial maior do que quando
preenchido por ar ou vácuo, e aumentar a capacitância do capacitor (BAUER;
WESTFALL; DIAS, 2012).
54
TÓPICO 3 — CAPACITORES
55
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
EXEMPLO
56
TÓPICO 3 — CAPACITORES
Sabemos que:
Assim,
FONTE: BAUER, W.; WESTFALL, G.; DIAS, H. Física para universitários. Porto Alegre: AMGH,
2012. (Eletricidade e Magnetismo, v. 3). p. 114.
57
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
DICAS
Para saber mais sobre correntes elétricas de raios, acesse o link a seguir: https://
goo.gl/FJkQzb.
7 APLICAÇÕES
Os capacitores são muito utilizados em circuitos eletrônicos. Eles têm três
características relevantes que os fazem tão úteis (ALEXANDER; SADIKU, 2013):
EXPERIMENTO 3
Capacímetro
Fundamentação Teórica:
58
TÓPICO 3 — CAPACITORES
59
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
60
TÓPICO 3 — CAPACITORES
Capacitores eletrolíticos
Capacitores cerâmicos
61
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
FONTE: <https://1.bp.blogspot.com/-58RSK1_pjRE/XFnD_Jbk6XI/
AAAAAAAAT_A/58Dp3EBsJC4Xqs4PnV5IDHlnI6qEiOPIgCLcBGAs/s320/Capacitores.JPG>.
Acesso em: 2 jul. 2020.
E
IMPORTANT
62
TÓPICO 3 — CAPACITORES
FONTE: <http://labvirtual.gaveta.net/imagens/Applets/Codigo_de_Cores/Tabela_Condensador_
Polyester.png>. Acesso em: 2 jul. 2020.
EXEMPLO
• 1a Banda – Azul,
• 2a Banda – Verde,
• Multiplicador – Vermelho,
• Tolerância – Verde.
Resultando em:
Tolerância = ±5%.
Cmin = C – (C x tolerância) = 6500 x 10-12 – (6500 x 10-12 x 0,05) = (6500 – 325) pF = 6175 pF.
Cmax = C + (C x tolerância) = 6500 x 10-12 + (6500 x 10-12 x 0,05) = (6500 + 325) pF = 6825 pF.
FONTE: <http://labvirtual.gaveta.net/imagens/Applets/Codigo_de_Cores/Tabela_
Condensador_Polyester.png>. Acesso em: 2 jul. 2020.
63
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
• µF,
• nF,
• kF ou,
• pF.
64
TÓPICO 3 — CAPACITORES
FONTE: <https://www.mundodaeletrica.com.br/i/1088/leitura-de-capacitores-leitura-1-600.webp>.
Acesso em: 2 jul. 2020.
Associação de capacitores
65
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
Objetivos:
Materiais:
• 1 protoboard;
• capacitores;
• 1 voltímetro;
Procedimentos Experimentais:
66
TÓPICO 3 — CAPACITORES
67
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
68
TÓPICO 3 — CAPACITORES
ATENCAO
FONTE: <http://web.archive.org/web/20180925084347/http://www.feiradeciencias.com.br/
sala13/13_43.asp>. Acesso em: 18 mar. de 2020.
69
UNIDADE 1 — ELETROSTÁTICA
LEITURA COMPLEMENTAR
A GARRAFA DE LEYDEN
[...]
70
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Para que haja um campo elétrico uniforme é necessário que haja uma interação
específica, limitando os possíveis formatos geométricos de um capacitor.
CHAMADA
71
AUTOATIVIDADE
5 O que é capacitância?
72
UNIDADE 2 —
CAMPOS MAGNÉTICOS EM
REPOUSO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 1 – CAMPOS MAGNETOSTÁTICOS
CHAMADA
73
74
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
CAMPOS MAGNETOSTÁTICOS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, você vai estudar a magnetostática, ciência que investiga o
magnetismo criado devido a correntes estacionárias, isto é, correntes que são
constantes. A magnetostática tem aplicações tecnológicas tais como espectrômetro
de massa e aceleradores de partículas, estruturas que precisam controlar a
direção das partículas... e não há nada mais útil para essa tarefa do que campos
magnéticos estáveis.
2 CAMPOS EM REPOUSO
Deve-se ao físico dinamarquês Oesterd, no início do século XIX, a descoberta
de que uma corrente estacionária consegue alterar a direção da ponteira de uma
bússola. Foi uma descoberta fantástica, pois se pensava, até então, que fenômenos
puramente elétricos não tinham relação alguma com fenômenos magnéticos, tais
como os observados na bússola.
75
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
76
TÓPICO 1 — CAMPOS MAGNETOSTÁTICOS
(2)
(3) (vácuo)
Então, para acertar o exercício e explicá-lo aos alunos, tive que adaptar
as fórmulas que estávamos usando para trabalhar com a densidade de fluxo
magnético.
4 AS FACILIDADES MATEMÁTICAS
As fórmulas apresentadas até aqui são de caráter mais generalistas.
Funcionam, mas são difíceis. Por isso, vamos analisar as adaptações e fórmulas
que podem facilitar nossas vidas em alguns casos.
77
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
EXEMPLO
FIGURA – TORROIDE
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/toroidal-solenoid-600w-317006063.jpg>.
Acesso em: 17 jul. 2020.
Vamos achar o campo magnético H no seu centro. Para fazer isso, vamos
criar uma circunferência que tenha o mesmo centro do torroide, conforme a
circunferência da Figura 2.
Logo:
78
TÓPICO 1 — CAMPOS MAGNETOSTÁTICOS
ATENCAO
79
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
5 CONDUTORES E MEIOS
O campo elétrico polariza os meios em que está presente, isto é, produz
cargas polarizadas. Será que acontece o mesmo com o campo magnético?
DICAS
(8) magnetização
DICAS
80
TÓPICO 1 — CAMPOS MAGNETOSTÁTICOS
Em síntese:
6 CONDIÇÕES DE FRONTEIRA
Suponha que você tenha um material paramagnético e o vácuo, como é
a relação dos campos nesta transição? Podemos responder utilizando a lei de
Gauss e a lei de Ampère! Vejamos a Figura 2.
81
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
(9)
H1 ∫ab dl1 + H3 ∫cd dl3 = H1 ∫ab dl1 – H3 ∫cd dl1 = (H1 – H3) ∫cd dl1 = (H1 – H3) Δ (10)
H1–H3=K
HT1–HT2=K (11)
Na qual T, indica componente tangencial à superfície e o índice indica o
meio, sendo 1 fora e 2 dentro.
(12)
82
TÓPICO 1 — CAMPOS MAGNETOSTÁTICOS
7 A FORÇA MAGNÉTICA
Uma partícula imersa num campo magnético pode sofrer uma força, desde
que sua velocidade não seja paralela ao campo magnético. A força é expressa por:
(13)
Já que o produto sempre será nulo. Observe que estamos falando de uma
partícula. Vejamos a fórmula da força sobre um fio com corrente estacionária.
Temos que a corrente num fio é estacionária, usando a seguinte fórmula:
Que sai direto das definições de comprimento do fio (L), tempo (t), corrente
(i) e velocidade de deslocamento dos elétrons (vd).
83
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
EXPERIMENTO 4
Objetivo
Contexto
Experimento
84
TÓPICO 1 — CAMPOS MAGNETOSTÁTICOS
85
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
86
TÓPICO 1 — CAMPOS MAGNETOSTÁTICOS
FIGURA – BÚSSOLA
Ao ligar o fio a uma pilha, uma corrente elétrica será estabelecida. Então
a agulha da bússola vai tender a assumir uma direção ortogonal à direção do
fio, acompanhando o campo do fio. Esta deflexão pode ser para um lado ou
outro do fio, dependendo da direção em que está fluindo a corrente elétrica
(regra da mão direita). Veja figura a seguir.
87
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
Material:
QUADRO – MATERIAIS
Item Observações
Aproximadamente 10 cm de fio elétrico comum. Pode ser encontrado
Um pedaço de fio em casa de materiais elétricos ou eletrônicos ou então retirados de
condutor enrolamentos elétricos velhos. Ou retirados de aparelhos elétricos ou
eletrônicos fora de uso.
Pilha 1 pilha comum de 1,5 volts será suficiente.
Verifique o funcionamento da bússola antes de usá-la ou faça uma
Bússola
(veja a seção de comentários).
Porta Pilhas e Fios Estes equipamentos são opcionais. O funcionamento do experimento
de Conexão (jacaré) não será prejudicado, na falta destes.
88
TÓPICO 1 — CAMPOS MAGNETOSTÁTICOS
Montagem:
Comentários:
• Tome cuidado com os alto-falantes, pois eles contêm ímãs bastantes fortes
e o campo gerado por eles atrapalhará o experimento, caso haja algum por
perto.
• Inverta a polaridade da pilha e veja a deflexão da agulha para o outro lado.
• O consumo de pilha é alto, pois, a corrente elétrica não tem resistência no
percurso, ou seja, o circuito está em curto. Por isso, é aconselhável não deixar
o circuito fechado por muito tempo desligando-o a cada demonstração. Outra
maneira de resolver este problema é colocar uma resistência no circuito. Uma
lâmpada de lanterna seria um bom resistor, mas daí serão necessárias duas
pilhas, visto que uma lâmpada necessita de no mínimo 1,5 volts.
• Caso você não consiga uma bússola para a realização do experimento, é
possível construir uma. Para isso você vai precisar de um copo comum com
água, uma agulha de costura fina, uma rolha e um ímã natural.
89
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
FONTE: <http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/ele09.htm#:~:text=Esta%20
regra%20%C3%A9%20conhecida%20com,sentido%20de%20fechar%20a%20m%C3%A3o.>.
Acesso em: 13 jul. 2020.
90
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
91
• As substâncias diamagnéticas têm valores da permeabilidade relativa
ligeiramente inferiores a 1. Para a água é 0,999 991 e para o cobre é 0,999 990.
• O campo elétrico polariza os meios em que está presente, isto é, produz cargas
polarizadas. Os campos magnéticos magnetizam os materiais, segundo a
equação: .
• Uma partícula imersa num campo magnético pode sofrer uma força, desde que
sua velocidade não seja paralela ao campo magnético.
92
AUTOATIVIDADE
1 O que é magnetostática?
93
94
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Muitos equipamentos empregados na área da física experimental
utilizam os conhecimentos acerca da força magnética sobre uma partícula
carregada. Como exemplo, podemos citar um espectrômetro de massa, usado
para determinar a razão entre a massa e a carga de uma partícula. Outro exemplo
são os aceleradores de partículas, que têm seus feixes iônicos defletidos em uma
direção ou outra, utilizando campos magnéticos uniformes, ou, em algumas
situações, campos cruzados, formados por um campo magnético perpendicular a
um campo elétrico. Em particular, campos cruzados eram usados para guiar um
feixe de elétrons em uma televisão antiga de tubos de raios catódicos.
Neste tópico, você vai aprender como uma força magnética surge sobre
uma partícula carregada movimentando-se sobre um campo magnético. Também,
verá que campos cruzados são importantes para guiar um feixe de íons, quando,
então, a força de Lorentz é a resultante, atuando sobre uma partícula. O movimento
circular de um íon, quando se movimenta sobre um campo magnético, também
será estudado.
2 FORÇA MAGNÉTICA
Você, com certeza, já deve ter brincado com algum imã de geladeira.
Esses imãs são objetos que possuem um campo magnético intrínseco, ou seja,
um campo magnético permanente. A origem deste campo magnético é devido à
estrutura da matéria que compõe o imã. Aqui, não vamos entrar em detalhes sobre
a estrutura atômica da matéria, mas vale lembrar que um campo magnético tem
origem no movimento dos elétrons em átomos. Mais precisamente, uma carga em
movimento gera um campo magnético em sua volta. Você já deve saber que um
átomo é composto por um núcleo positivo (de prótons e neutros ligados por uma
força nuclear) e elétrons (carregados negativamente) orbitando o núcleo. Esses
elétrons são partículas elementares em movimento.
95
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
(1)
FB = |q|vBsenθ (2)
96
TÓPICO 2 — FORÇA MAGNÉTICA SOBRE PARTÍCULA
3 FORÇA DE LORENTZ
Você, agora, já sabe determinar a força magnética. A princípio, também
deve saber determinar a força eletrostática atuando sobre uma partícula. A
primeira é oriunda de um campo magnético no espaço, que atua sobre a partícula
carregada e muda a sua direção. Já a força eletrostática é resultado de um campo
elétrico atuando no espaço, de modo a acelerar a partícula carregada em uma
das direções do campo. E o que acontece quando temos uma partícula carregada
movendo-se no espaço, que contenha os dois campos? Que tipo de força resultante
atua sobre essa partícula?
(3)
98
TÓPICO 2 — FORÇA MAGNÉTICA SOBRE PARTÍCULA
FONTE: A autora
4 CAMPOS CRUZADOS
Como vimos anteriormente, uma partícula carregada pode estar inserida
em um campo magnético e, ao mesmo tempo, em um campo elétrico. Quando
esses campos estão direcionados de modo a formar um ângulo de 90° entre si,
dizemos que temos um campo cruzado. Esse tipo de configuração eletromagnética
é a base de funcionamento das televisões antigas de tubos de raios catódicos.
Para você entender melhor como campos magnético e elétrico sobrepõem-se e
influenciam na trajetória de uma partícula carregada, vamos examinar dois
experimentos físicos que utilizam o princípio de campos cruzados. O primeiro
que abordaremos é a televisão de tubos de raios catódicos e o segundo é o efeito
Hall, importante em experimentos em que se busca determinar a concentração
volumétrica de portadores de carga em um metal ou semicondutor.
99
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
existe outro campo cruzado, que não está desenhado para evitar uma poluição
visual muito grande na imagem. Esse segundo campo cruzado está localizado
na mesma região do tubo e possui um campo elétrico direcionado para dentro
do plano da página e um campo magnético direcionado para cima do plano da
página.
(4)
(6)
100
TÓPICO 2 — FORÇA MAGNÉTICA SOBRE PARTÍCULA
NOTA
101
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
(8)
(9)
102
TÓPICO 2 — FORÇA MAGNÉTICA SOBRE PARTÍCULA
(10)
(11)
103
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
(12)
F = ma = |q|vBsen90°
(13)
(14)
(15)
104
TÓPICO 2 — FORÇA MAGNÉTICA SOBRE PARTÍCULA
(16)
(17)
105
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
(18)
(19)
6 TRAJETÓRIAS HELICOIDAIS
Até aqui consideramos os casos em que a velocidade era perpendicular ao
campo magnético. Mas que tipo de trajetória uma partícula carregada descreve
quando existe uma componente da velocidade na direção do campo magnético?
Neste caso, a partícula ainda continua realizando um movimento circular, porém
se deslocando na direção do campo magnético com uma velocidade constante,
definida pela componente da velocidade da partícula na direção do campo
magnético.
106
TÓPICO 2 — FORÇA MAGNÉTICA SOBRE PARTÍCULA
FONTE: A autora
EXPERIMENTO 5
Apresentação
107
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
Qual a melhor orientação geográfica a ser dada para a fita para bem
visualizar seu deslocamento durante a passagem da corrente?
FONTE: <http://web.archive.org/web/20180924214300/http://www.feiradeciencias.com.br/
sala13/13_07.asp>. Acesso em: 18 mar. de 2020.
108
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
109
AUTOATIVIDADE
110
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
O magnetismo está presente em muitas situações cotidianas, seja de forma
explicita – como no caso dos ímãs de geladeira, no uso de bússolas, etc. – seja de
forma menos evidente – como no funcionamento de aparelhos de alto-falantes,
televisões, telefones, entre outras (VÁLIO, 2016).
2 CAMPO MAGNÉTICO
Em uma região da Magnésia (na Grécia central), os gregos antigos
encontraram diversos tipos de minerais naturais capazes de atrair e repelir uns aos
outros e certos tipos de metal, como o ferro (BAUER; WESTFALL; DIAS, 2012).
111
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
FONTE: A autora
FIGURA 10 – (a) POLOS OPOSTOS ATRAEM-SE; (B) POLOS IGUAIS REPELEM-SE; E (C)
QUALQUER POLO DE UM ÍMÃ ATRAI UM OBJETO NÃO IMANTADO
FONTE: A autora
112
TÓPICO 3 — CAMPO MAGNÉTICO E FONTES DE CAMPO MAGNÉTICO
Mas foi somente o físico francês André-Marie Ampère que propôs que
toda partícula carregada em movimento gera um campo magnético próprio. Ou
seja, cargas elétricas em movimento geram campos magnéticos.
NOTA
FONTE: A autora
113
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
NTE
INTERESSA
114
TÓPICO 3 — CAMPO MAGNÉTICO E FONTES DE CAMPO MAGNÉTICO
FONTE: BAUER, W.; WESTFALL, G. D.; DIAS, H. Física para universitários: eletricidade e
magnetismo. São Paulo: AMGH, 2012. p. 190-191.
115
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
EXEMPLO
FONTE: A autora
116
TÓPICO 3 — CAMPO MAGNÉTICO E FONTES DE CAMPO MAGNÉTICO
FONTE: A autora
FONTE: A autora
117
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
FONTE: A autora
FONTE: A autora
118
TÓPICO 3 — CAMPO MAGNÉTICO E FONTES DE CAMPO MAGNÉTICO
FONTE: A autora
FONTE: A autora
119
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
FONTE: A autora
ATENCAO
120
TÓPICO 3 — CAMPO MAGNÉTICO E FONTES DE CAMPO MAGNÉTICO
EXPERIMENTO 6
121
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
122
TÓPICO 3 — CAMPO MAGNÉTICO E FONTES DE CAMPO MAGNÉTICO
Conclusão
Você aprendeu, com este estudo, de que modo a Terra age como um
imenso ímã. Você aprendeu onde estão localizados seus polos. Você aprendeu
porque a bússola se desvia do norte verdadeiro em quase todos os pontos da
Terra e aprendeu também o significado de inclinação magnética.
NOTA
123
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
LEITURA COMPLEMENTAR
124
TÓPICO 3 — CAMPO MAGNÉTICO E FONTES DE CAMPO MAGNÉTICO
Mecanismos Biológicos
125
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
[...]
Método
Avaliação da exposição
126
TÓPICO 3 — CAMPO MAGNÉTICO E FONTES DE CAMPO MAGNÉTICO
Exposição residencial
• Sistema wire code: Mais comumente usado nos EUA, o sistema wire code,
classifica a exposição a partir da inspeção visual das linhas e equipamentos
de transmissão próximos às casas, levando em consideração características
como a provável carga nas linhas de transmissão (LT), a espessura dos fios,
a localização de transformadores, além da proximidade das casas às linhas.
A primeira classificação categorizava as residências como high current
configurations (HCC) ou low current configurations (LCC). Posteriormente, a
categorização foi refinada, e foram criadas 5 faixas de exposição.
127
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
Exposição Ocupacional
128
TÓPICO 3 — CAMPO MAGNÉTICO E FONTES DE CAMPO MAGNÉTICO
[...]
Câncer de mama
129
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
Outros cânceres
Doenças neurodegenerativas
130
TÓPICO 3 — CAMPO MAGNÉTICO E FONTES DE CAMPO MAGNÉTICO
[...]
Mal de Alzheimer
Mal de Parkinson
131
UNIDADE 2 — CAMPOS MAGNÉTICOS EM REPOUSO
Suicídio e depressão
[...]
CHAMADA
132
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A força de atração magnética entre os polos do ímã ocorre quando eles são
diferentes, por exemplo: polo sul do ímã 1 e polo norte do ímã 2, quando
colocados em proximidade, se atraem.
133
AUTOATIVIDADE
a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )
134
3 Um fio condutor reto e horizontal está abaixo de uma mesa. Sobre a mesa,
está uma bússola. Observe a representação do esquema. Quando uma
corrente, suficientemente grande para criar um campo magnético de mesma
intensidade que o campo da Terra, no ponto, percorre o condutor, qual será
a posição da agulha da bússola?
FONTE: A autora
FONTE: A autora
FONTE: A autora
135
136
UNIDADE 3 —
MAGNETODINÂMICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 1 – MAGNETODINÂMICA I
TÓPICO 2 – MAGNETODINÂMICA II
CHAMADA
137
138
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
MAGNETODINÂMICA I
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, você vai estudar os potenciais, seja o vetor, seja o escalar,
que iremos relacionar aos campos dinâmicos, especialmente à magneto-dinâmica.
Iniciaremos com um princípio conceitual, depois estudaremos os potenciais e, em
seguida, seus tratamentos matemáticos.
139
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
140
TÓPICO 1 — MAGNETODINÂMICA I
4 OS POTENCIAIS
Dizem que os jovens são o futuro do Brasil, o que significa que podem
se tornar algo muito importante e fazer coisas maravilhosas. A mesma ideia se
aplica aos potenciais do eletromagnetismo. Podemos transformá-los nos campos
eletromagnéticos. Mas de fato, eles existem?
DICAS
Não é o nível matemático do nosso curso, porém, caso tenha interesse maior
em saber, veja este artigo. Não se preocupe com os passos matemáticos. No texto, eles
explicam as ideias por meio de discussões e mostram um pouco da física do potencial vetor.
https://goo.gl/XMeikh
Mesmo assim, é muito útil trabalhar com eles, pois reduzem as equações
de 6 para 4 e podemos trabalhar melhor com o denominador com módulo, do que
com o módulo ao quadrado. É interessante essa observação, pois, na física, isso
é situação corriqueira. Afinal, as forças e campos não dependem da distância ao
quadrado no denominador?
141
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
EXEMPLO
Vamos supor uma esfera com carga “Q” e raio “a”, uniformemente
distribuída, com a esfera parada. Então, procuramos seu potencial escalar
numa posição “r” longe da esfera. Isto é, , temos que:
Se uma densidade de carga for do tipo pv = e–r cos(wt) → e–r cos (w (t – R/v)),
em que R é a distância da carga ao ponto analisado num instante. Essa correção
ajusta o fato de termos variações temporais nas cargas e correntes. Já v é a
velocidade de propagação do potencial que, no vácuo, equivale à velocidade da
luz, mas, dependendo do meio, sofre variações, c ≈ 3 ∙ 108m/s e nos demais meios
.
142
TÓPICO 1 — MAGNETODINÂMICA I
(5)
(6)
ATENCAO
As fórmulas (5) e (6) são obtidas das identidades matemáticas vetoriais e das
equações de Maxwell. Temos:
∇ . (∇ x vetor qualquer) = 0
∇ . (∇ x função escalar) = 0
EXEMPLO
uma vez que as variáveis espaciais estão na mesma direção que apontam
o vetor. Assim, o ∇ é paralelo ao potencial vetor.
143
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
(7) (escalar)
(8) (vetor)
Não precisamos fixar essas equações, pois elas são relações que devem ser
satisfeitas. Para isso, no entanto, podemos escolher mais de um potencial vetor e
mais de um potencial escalar. Afinal, eles não têm significado físico e podemos
achar outro que também satisfaça o problema.
7 TRANSFORMAÇÃO DE CALIBRE
Há duas transformações importantes, a de Coulomb e a de Lorentz.
Por consequência,
(10)
Este é muito importante para nosso curso, uma vez que reduz as equações
(7) e (8) a:
(11)
144
TÓPICO 1 — MAGNETODINÂMICA I
(12)
Essas equações são importantes, uma vez que são equações de onda com
fonte usadas em ondas.
EXEMPLO
Logo,
145
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
EXEMPLO
Logo, estamos sim. Para achar a corrente, temos que usar a equação de
Ampère-Maxwell? Na verdade, a adaptação de Maxwell é desnecessária, por
estarmos na magnetostática.
Assim:
146
TÓPICO 1 — MAGNETODINÂMICA I
ATENCAO
E
IMPORTANT
ATENCAO
147
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
EXPERIMENTO 7
148
TÓPICO 1 — MAGNETODINÂMICA I
imantado com uma fina camada de vaselina, ele flutuará melhor. Agora segure
o ímã em baixo da forma e note os movimentos do objeto flutuante quando
você inverte as posições dos polos do ímã, ao mover o mesmo para cá e para
lá. Um barquinho com uma agulha magnética colada em seu casco pode ser
movimentado à sua vontade por este processo.
FONTE: <http://web.archive.org/web/20180923192707/http://www.feiradeciencias.com.br/
sala13/13_magn_06.asp>. Acesso em: 14 jul. 2020.
149
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
NTE
INTERESSA
Um controle remoto para emitir o sinal de luz para o detector de uma tv,
tem um emissor pelo qual passa uma corrente elétrica, não constante no tempo. Devido
a geometria do problema, é enviado um sinal com características específicas. Em casos
como esse, a magnetodinâmica é utilizada para projetar controles remotos, aviões, sonares,
radares etc.
150
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
151
• Com relação ao potencial elétrico, outra diferença é que não é um campo
conservativo.
• Este potencial será usado para calcular os campos irradiados por antenas.
152
AUTOATIVIDADE
153
154
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
MAGNETODINÂMICA II
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, você estudará os aspectos da lei de Faraday relacionados
à tensão induzida devido à variação da área, e não somente a campos
magnéticos dinâmicos. Conhecerá os aspectos dos condutores em condições
magnetodinâmicas, bem com o tensor de Maxwell.
(1)
(2)
155
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
EXEMPLO
FONTE: A autora
156
TÓPICO 2 — MAGNETODINÂMICA II
ATENCAO
Por isso, é importante trabalhar com B na lei de Gauss, e H na lei de Ampère. Aliás,
H faz isto: ele engloba a resposta do meio, deixando a lei de Ampère somente em função
das correntes livres.
157
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
Tendo dito isso, sabemos que a polarização gera uma carga induzida via:
E
IMPORTANT
158
TÓPICO 2 — MAGNETODINÂMICA II
EXEMPLO
Se a área estiver entrando num campo, como na Figura 1b, temos que
considerar a velocidade da área, uma vez que a fórmula é área englobada pelo
campo, e não a área da espira como um todo.
159
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
Em síntese, não faz sentido equiparar ddp a fem, pois fem não é medida
entre dois pontos, mas é resultado do desequilíbrio do campo elétrico.
DICAS
Para saber mais sobre a diferença conceitual entre fem e ddp, acesse o link a
seguir: https://goo.gl/C5Cvyb.
160
TÓPICO 2 — MAGNETODINÂMICA II
5 TENSOR DE MAXWELL
(componente ij do
tensor de Maxwell)
EXEMPLO
Dada uma carga q estática numa região com campo externo nulo, qual
é o tensor de Maxwell?
E o vetor de Poynting é:
161
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
Lembrando:
EXPERIMENTO 8
Tubo de Indução
(Lei de Faraday)
Objetivo
Material
• tubo de PVC de diâmetro 1/2" e comprimento 1,5 m; 5 bobinas com núcleo
de ar com 1000 espiras de fio de cobre esmaltado #28;
• 5 LEDs vermelho e 5 LEDs amarelos;
• 1 ímã cilíndrico de comprimento maior que 3 cm e diâmetro menor que 1/2".
Montagem
162
TÓPICO 2 — MAGNETODINÂMICA II
Funcionamento
163
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
Resumo teórico
Conforme o ímã desliza no tubo abaixo seu campo magnético penetra na bobina,
por cima, e sai por baixo. Para o professor, recomendamos que desenhe uma única
espira fechada, na horizontal, e o ímã reto vertical em três posições: antes de entrar
na espira; simétrico em relação à espira e depois de sair da espira --- como se ilustra
ao lado ---; em cada caso examinar o comportamento da corrente induzida na
espira, durante o movimento do ímã.
Um gráfico dessa intensidade de corrente induzida, função da posição do ímã,
será bastante ilustrativo. Nesse gráfico, destacar como o aumento da velocidade de
queda do ímã afeta a f.e.m. induzida na espira.
Φ = - N(dΦ/dt)
164
TÓPICO 2 — MAGNETODINÂMICA II
Variante do experimento
FONTE: <http://web.archive.org/web/20180924213054/http://www.feiradeciencias.
com.br/sala13/13_41.asp>. Acesso EM: 15 jul. 2020.
165
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
ATENCAO
E
IMPORTANT
166
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
167
AUTOATIVIDADE
168
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, você vai estudar como se cria eletricidade. A bem da
verdade, criar eletricidade é uma consequência, pois a física não se preocupa com
situações particulares e sim com situações gerais. Porém, a partir das ideias que
vamos apresentar a seguir, você vai adquirir o conhecimento para a geração de
eletricidade.
FONTE: A autora
169
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
Muito bem, até aqui observamos um fenômeno físico novo, mas o que
podemos tirar dele? Como o equacionamos e entendemos melhor? Com mais
testes e controlando as variáveis.
DICAS
Para visualizar a lei de Faraday, assista aos vídeos disponíveis nos links a seguir,
cujos experimentos demonstram o fenômeno descoberto pelo cientista inglês.
• https://goo.gl/BBo2wT;
• https://goo.gl/s5ff1w.
170
TÓPICO 3 —
(1)
Já a lei de Faraday, com uma adaptação de sinal devido à lei de Lenz, diz
que:
(2)
(3)
(4)
(5)
171
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
(6)
(7)
NTE
INTERESSA
Maxwell não apresentou suas leis na forma que conhecemos, mas de acordo
com um formalismo antigo. Foi Heaviside quem a atualizou para a versão que hoje
utilizamos. O trabalho de Maxwell é reconhecido mais por sua importância na criação de
uma teoria sólida e única, que ligou todos os fenômenos através de matemática.
172
TÓPICO 3 —
(10) Lei de
Ampère-Maxwell
Mas afinal, como trabalhamos com elas? Quanto encontrar uma situação-
problema no âmbito do eletromagnetismo, você terá que achar o campo elétrico
e o magnético e assim terá os dois campos para poder extrair toda informação
que quiser. Achar os campos é uma tarefa que muitas vezes envolve um bom
desenvolvimento matemático, mas sempre as leis de Maxwell permanecerão
válidas.
Vamos utilizar os teoremas (6) e (7), para achar a forma integral das
equações de Maxwell. Trabalharemos num passo a passo, pois é importante que
fique claro como se utilizam os teoremas.
(11)
(12)
173
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
(13)
(14)
(15)
(16)
(13)
(14)
(15)
(16)
174
TÓPICO 3 —
(21) Densidade de
fluxo elétrico
EXPERIMENTO 9
Objetivo
Material
Montagem
175
UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
Descrição e procedimento
Operação
FONTE: <http://web.archive.org/web/20180924220549/http://www.feiradeciencias.com.br/
sala13/13_47.asp>. Acesso em: 18 mar. de 2020.
176
TÓPICO 3 —
LEITURA COMPLEMENTAR
[...]
Desde cedo mostrou ter habilidade com matemática. Com apenas 15 anos
redigiu um trabalho apresentando um método para traçar curvas ovais. Aos 19
anos foi estudar matemática na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, mais
precisamente no Trinity College. Em 1854 graduou-se entre os melhores alunos
do seu ano e logo após apresentou um brilhante artigo à Sociedade Filosófica de
Cambridge, com o título “On the Transformation of Surfaces by Bending”.
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UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
Assim, afirmou que a luz nada mais era do que uma radiação
eletromagnética, mais ainda, que se as cargas elétricas podiam oscilar com
qualquer velocidade, poderiam dar origem a radiações de todos os comprimentos
de onda, sendo a luz apenas uma variedade específica dessas variações.
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TÓPICO 3 —
• O campo elétrico e;
• O campos magnéticos h;
• A indução magnética b;
• A indução elétrica d;
• A densidade superficial de corrente j;
• A densidade volumétrica de carga ρ;
• A permeabilidade magnética µ;
• A permissividade elétrica ε;
• A condutividade elétrica σ;
O Campo Elétrico e
O campo elétrico e (V/m, volts por metro) é uma grandeza vetorial e tem
o caráter de um campo de vetores.
O Campo Magnético h
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UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
A Condutividade Elétrica σ
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TÓPICO 3 —
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UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
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TÓPICO 3 —
Ou seja,
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UNIDADE 3 — MAGNETODINÂMICA
Relações Constitutivas
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Uma bobina com corrente passando através dela poderia desviar a agulha de
uma bússola.
• Lenz diz que a tensão induzida trabalha de forma a gerar um fluxo magnético
oposto à variação do fluxo original.
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• As coordenadas cilíndricas são:
CHAMADA
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AUTOATIVIDADE
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