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1 Introdução
Os problemas quânticos para os quais conhecemos soluções exatas, como o átomo de hidro-
gênio, o oscilador harmônico quântico e uma partícula livre em uma caixa, são situações idealizadas para
descrição de sistemas reais. Já para os problemas quânticos reais é mais difícil encontra soluções exatas,
pois esses sistemas reais encontram-se em uma situação não idealizada (o sistema encontra -se perturbado).
A pertubação pode ser entendida como um estado que sofreu algum distúrbio físico devido a alguma inte-
ração, mudança de volume e potencial. Dessa forma para sistemas perturbados conseguimos obter soluções
aproximadas para problemas complexos partindo de soluções de problemas simples.
A teoria de pertubação é um procedimento sistemático usando na obtenção de soluções apro-
ximadas para o problema perturbado com base nas soluções exatas conhecidas para o caso não perturbado.
A primeira etapa e escrever uma noma Hamiltoniana H = H 0 + λH 0 em termos da Hamiltoniana não pertur-
bada H 0 somada ao termo com termo referente a pertubação λH 0 , onde λ é o parametro de pertubação que
varia de 0 a 1 e H 0 e Hamiltoniana perturbada. Em seguida escrevemos as funções de onda ψn e as energias
En como serie de potencia em λ e assim construímos os termos de correção (aproximação) de n ordens.
A teria de pertubação independente do tempo é formulada para o caso não degenerado onde
os estados perturbados não possuem degenerescência, onde dois ou mais estados não compartilham a mesma
energia. E o caso degenerado onde os estados perturbados possuem degenerescência, ou seja dois ou mais
estados compartilham a mesma energia. A pertubação representada pela Hamiltoniana perturbada H’ de
maneira geram quebra a a degenerescência do sistema, onde a energia não perturbada no caso perturbado se
divide em demais níveis. Ou seja , a pertubação levara ou aumentara a degenerescência do sistema.
O átomo de Hidrogênio e um dos problemas mais importante no desenvolvimento da mecânica
quântica onde em uma primeira analise o resultado teórico para um primeira situação idealizado o resultado
experimental do espectro de energia do Hidrogênio bate com teoria. Mas quando começamos a observar o
espectro de energia do Hidrogênio com espectroscopios com resoluções maiores percebemos que as linhas
espectrais são ainda mais divididas. Ou seja ainda falta elementos no modelo para descrever toda a situação.
Esses elementos que influenciam nessa quebra de degenerescência das linhas espectrais são o que trataremos
aqui como pertubações. Assim aplicaremos a teoria de pertubação independente do tempo para descrever as
correções para a energia de Bohr no átomo de Hidrogênio. quebra de degenerescência falar disso e importante.
Neste trabalho abordaremos a aplicação da teoria de pertubação independente do tempo ao
átomo de hidrogênio na situação de pertubação devido a um campo magnético externo (efeito Zeeman) e a
interação magnética entre os momentos de dipolo do elétron e do próton (Estrutura Hiperfina). Na seção 2
apresentaremos a aplicação da teoria de pertubação independente do tempo para o átomo de Hidrogênio de
forma geral, e o especificamente ao caso de correção relativística e acoplamento Spin-órbita (estrutura fina).
E por fina seção 3 apresentaremos aplicação as situações ao efeito Zeemam e Estrutura Hiperfina.
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2 Teoria de pertubação independente do tempo para o átomo de
Hidrogênio
Um dos problema mais importantes da mecânica quântico é o átomo de hidrogênio, esse
problema é de grande importância para o desenvolvimento da mecânica quântica, pois o início da formulação
quântica se inicia com a descrição do átomo de Hidrogênio, com Bohr que descreve os espectros do hidrogênio
no inicio do século XX. Posteriormente veio um grupo de novos físicos e desenvolveu a teoria quântica que
descreve os fenômenos quânticos em geral assim como o espectros de hidrogênio.
O átomo de Hidrogênio para uma situação idealizada de um elétron interagindo com um
próton e descrito pela energia cinética do elétron somado à energia potencial columbina, pela seguinte Ha-
miltoniana:
~2 2 e2 1
H=− ∇ − (1)
2m 4π0 r
Vamos chamar essa Hamiltoniana de H’0 não perturbada essa abordagem nos da como resultado os espectros
do hidrogênio, os níveis de energia de Bohr En , dada por
−13, 6eV
En = (2)
n2
Onde -13,6 eV é o nível de energia do estado fundamental E1 . Mas existem outras divisões no especto de
energia do átomo de Hidrogênio, observadas em espectrômetros de altas resoluções. Logo essa descrição
idealizada não toda a historia do átomo de Hidrogênio, em uma situação não idealizada existem correções e
pertubações a serem consideradas.
A primeira correção a ser observada é estrutura fina do Hidrogênio, onde resultado experi-
mental com espectrômetros de resolução mais alta mostram divisões nas linhas espectrais dos níveis de Bohr,
ou seja, e observado a quebra da degenerescência, a divisão dos níveis de energia. Logo se faz necessário
introduzir um termo de pertubação, Hamiltoniana perturbada H 0 na Equação 1. As duas pertubações que
originam a correção de estrutura fina e o efeito relativístico e o acoplamento Spin-órbita. A correção re-
lativística e feita escrevendo o termo de energia cinética na forma relativística onde a hamiltoniana na se
torna:
p e2 1
H= p2 c2 + m2 c4 − mc2 − (3)
4π0 r
no limite relativístico p mc podemos reduzir o termo de energia cinética relativista ao resultados clássico,
p
pois o elétron se move com sessenta por cento da velocidade da luz, expandindo o termo em série de
mc
Taylor, assim a Hamiltoniana se torna
p2 p4 e2 1
H=− − 3 2
− (4)
2m 8m c 4π0 r
3
p4
ou seja hamiltoniana perturbada de primeira ordem é Hr0 = − , que leva a correção de primeira ordem
8m3 c2
para a energia ser:
2
(En ) 4n
Er1 = − − 3 (5)
2mc2
1
l+
2
O acoplamento spin-órbita leva em consideração o movimento do próton em torno do elétron
(referencial do elétron) que gera um campo magnético B no elétron, resultando em torque sobre os elétrons
que alinha seu momento magnético µ com campo magnético B de forma que a Hamiltoniana de pertubação
é
0
Hso = −µ.B (6)
Escrevendo o campo magnético em termos momento angular orbital L do elétron e o momento de dipolo
magnético do elétron em termos do momento angular de Spin S temos:
e2
0 1
Hso = S.L (7)
8π0 m2 c2 r3
Combinando essa equação com fórmula de Bohr, obtemos o resultados geral para os níveis de energia do
hidrogênio com a estrutura fina incluída:
2
13, 6eV α n 3
Enj = − 1 + 2 − (10)
n2 n 1 4
j+
2
e2 1
α= = (11)
4π0 ~c 137, 036
A constante de estrutura α e a grandeza utilizada para comparar as energias das pertubações, onde temos :
4
Energias de Bohr da ordem de α2
Estrutura fina da ordem de α4
Desvio de Lamb da ordem de α5
Separação Hiperfina da ordem de α4
onde µS é o momento de dipolo magnético associado ao spin do elétron e µl é o momento de diplo associado
ao movimento orbital, expressos por
e
µS = − S (13)
m
e
µl = − L (14)
2m
Agora que construímos a nossa pertubação devido a presença de um campo magnético externo
Bext , podemos avaliar o deslocamento dos níveis de energia devido a intensidade do campo externo. Neste
analise vamos também considerar a estrutura do fina do Hidrogênio, onde temos o campo magnético interno
Bint gerado pelo movimento do próton em torno do elétron (acoplamento spin-órbita). O efeito Zeeman
essencial depende da comparação da força do campo externo Bext e o campo interno Bint .
No caso onde Bext Bint a pertubação de estrutura fina devido ao campo Bint dominara e
a pertubação devido Bext pode ser tratada como uma pequena pertubação. Assim os números quânticos bons
para descrever o sistema são n,l,j e mj , porem ml e mS não pois na pertubação do acoplamento spin-órbita
L e S não são conservados separadamente. A correção de primeira ordem da energia do efeito Zeman é
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calculada como
Ez1 = hnljmj |Hz0 |nljmj i (16)
e
Ez1 = Bext . hL + 2Si (17)
2m
Repare que com o adicionamento da pertubação HZ0 os níveis de energia anteriores apenas
com estrutura fina ira se subdividir em demais níveis, ou seja o campo externo fraco elevou a degenerescência
dos níveis de energia.
No caso em que Bext Bint a pertubação do efeito Zeeman, devido ao campo Bext domina
a pertubação. Assim os números quânticos bons para descrever o sistema são n, l, mi e mS , porém j e mj
não são, pois na presença de campo externo o momento angular total não e conservado. Já Lz e Sz são
conservados, assim a Hamiltoniano Zeeman é
e
HZ0 = Bext (Lz + 2Sz ) (23)
2m
6
As energias sem pertubação de estrutura fina para essa situação é
13, 6eV
Enmi mS = − + µB Bext (ml + 2ms) (24)
n2
Agora adicionando a pertubação de estrutura fina para esse níveis, na teoria de pertubação
de primeira ordem, temos
Ef1s = hnlml ms |(Hr0 + Hso 0
)|nlml ms i (25)
13, 6eV 2 3 l(l + 1) − ml ms
Ef1s = α − (26)
n3 4n l(l + 1/2)(i + 1)
onde gpe e a razão giromagnética pra o próton, como a massa do próton e bem maior que a do elétron seu
valor esta explicita na equação, já a razão giromagnética do elétron que é 2 está implícita na equação.
O campo magnético de um dipolo µ é
µ0 2µ0 3
B= [3(µ.r)r − µ] + µδ (r) (30)
4πr3 3
A hamiltoniana perturbada pelo campo magnético causado pelo momento de dipolo magné-
tico do próton é
0 µ0 gp e2 [3(Sp .r)(Se .r) − Sp .Se ] µ0 gp e2
Hhf = + Sp .Se δ 3 (r) (31)
8πmp me r3 3mp me
µ0 gp e2 µ0 gp e2
1 3(Sp .r)(Se .r) − Sp .Se
Ehf = + hSp .Se i |ψ(0)|2 (32)
8πmp me r3 3mp me
No estado fundamental a função de onda e esfericamente simétrica, logo o primeiro valor vai
a zero. Mas sabemos que |ψ100 (0)|2 = 1/(πa3 ) assim temos que
µ0 gp e2 µ0 gp e2
1 3(Sp .r)(Se .r) − Sp .Se
Ehf = + hSp .Se i (33)
8πmp me r3 3πmp me a3
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o segundo termo da soma e a correção de primeira ordem para energia do estado fundamental. Esse termo
chamado de acoplamento Spin-Spin, pois envolve o produto escalar de dois spins. Com o acoplamento Spin-
Spin os momentos angulares individuais de Spin não se conservam, assim os bons autovalores são do Spin
total, S = Se + Sp , o produto escalar dos Spin do elétron e os Spin do próton é
1 2
S − Se2 − Sp2
Sp .Se = (34)
2
1
O spin do elétron e próton e , no estado tripleto o spin total é 1, assim
2
µ0 gp e2
1 1
Ehf = (tripleto) (35)
3πmp me a3 4
µ0 gp e2
1 −3
Ehf = (singleto) (36)
3πmp me a3 4
Referências
[1] GRIFFITHS, D. Mecânica quântica. 2. ed. Pearson, 2011.