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RELATÓRIO CUBA DE ONDAS

4 Experimento 1 – Verificação das Leis de Reflexão


4.1 Parte 1 – Reflexão de Ondas em Barreira Reta
Questão:

Medida 1 Medida 2

θi 45° 45°

45° 45°
θr
•Qual a relação entre os ângulos de incidência e de reflexão?

Tabela 1: Reflexão de pulsos retos.

Foi possível observar que os ângulos de incidência e reflexão são perpendiculares e


possuem a mesma medida, então a distância de um objeto (p) é igual à distância da sua
imagem. O que demonstra a lei de reflexão.

4.2 Parte 2 – Reflexão de Ondas em Barreira Côncava


Nessa parte, foi observado a reflexão de pulsos circulares (ondas esféricas) em uma
barreira retilínea. Em espelhos esféricos, tem-se que quando em feixe de raios paralelos
incide sobre o espelho paralelamente ao eixo principal, origina um feixe refletido
convergente, no caso do espelho côncavo, e divergente, no espelho convexo. Esses raios
refletidos ou seus prolongamentos vão se encontrar em um ponto chamado foco principal,
que se encontra no ponto médio entre o vértice e o centro de curvatura do espelho, ou seja,
e = f/2, onde f é a distância entre o ponto C e V, e e é a distância entre o ponto F e V. A
figura abaixo ilustra a reflexão dos raios de onda em espelhos côncavos e convexos.

Na cuba de
ondas, quando o obstáculo onde ocorre a reflexão é côncavo, as frentes de ondas
convergem para um ponto, o foco, analogamente à reflexão em um espelho côncavo.
Quando as ondas incidem em um obstáculo convexo, obtém-se o mesmo tipo de reflexão
observada em um espelho convexo. A figura abaixo ilustra as imagens obtidas na cuba
quando o primeiro acessório é trocado pelo segundo acessório, na mesma configuração
utilizada anteriormente com ondas retas.
5 Experimento 2 – Difração de Ondas Planas em uma Fenda
Simples
A difração é um fenômeno que acontece quando uma onda encontra um obstáculo,
ocorrendo uma flexão das ondas em torno deste obstáculo. O fenômeno de difração também
é descrito como o espalhamento das ondas após atravessar orifícios ou fendas. Esse
alargamento ocorre conforme o princípio de Huygens. Produzindo-se ondas retas na cuba e
inserindo, na água, um obstáculo qualquer, observa-se que as ondas sofrem um desvio na
direção de propagação, transpondo o obstáculo. Se a onda atinge uma fenda entre dois
obstáculos inseridos na água, se a largura desta fenda for menor ou igual ao comprimento de
onda incidente, ela transpõe o obstáculo.

Produzindo ondas retas na cuba, observou-se o fenômeno da difração, conforme


ilustrado na figura abaixo. Com o arranjo de uma fenda, pode-se observar que a difração é
mais perceptível quando a abertura da fenda é da ordem do comprimento de onda da onda
incidente.

6 Experimento 3 – Interferência
O efeito da superposição de duas ou mais ondas é denominado interferência. Quando
as ondas chegam em fase, a onda resultante é máxima, ou seja, a amplitude das ondas é
somada, fato denominado interferência construtiva. Quando as ondas chegam em oposição de
fase, os deslocamentos são de sinais opostos e a interferência é destrutiva.

Utilizando o oscilador 1 pode-se produzir duas ondas circulares, ambas com a mesma
frequência e em fase, simultaneamente na água. A Figura abaixo ilustra as ondas produzidas
utilizando este sistema da cuba e, também, uma representação da interferência de duas ondas
circulares onde as interferências construtivas e destrutivas são apontadas.
Verifica-se que entre dois máximos de interferência existe sempre um mínimo situado
exatamente no meio do caminho. As curvas obtidas unindo-se os pontos de interferência
construtiva são chamadas de curvas ventrais e, as obtidas unindo-se os pontos de interferência
destrutiva, de curvas nodais. Observe que na foto das ondas na figura acima é possível
observar as curvas nodais.

É possível estabelecer uma condição para determinar onde se encontram os pontos de


interferência construtiva e de interferência destrutiva. Nota-se que na interferência
construtiva, a diferença de caminho entre as ondas produzidas pelas fontes deverá ser sempre
um múltiplo inteiro do comprimento de onda, enquanto para interferência destrutiva, a
diferença de caminho é um semi-inteiro do comprimento de onda. Considerando P um ponto
de interferência, F1 a posição de uma das fontes de oscilação e F2 a posição da outra fonte,
tem-se que:

onde, para n inteiro par ou zero tem-se interferência construtiva e para 6 inteiro ímpar, tem-se
interferência destrutiva.

7 Experimento 4 – Interferência por Fenda Dupla


Em 1810, Young demonstrou experimentalmente que a luz ´e uma onda. Note que isso
ocorreu muito antes do estabelecimento das Equações de Maxwell, que proveram argumentos
teóricos para a natureza ondulatória da luz.

O diagrama do aparato usado por Young ´e mostrado na Fig 3.1. Um feixe de luz
coerente (com mesma fase de onda), proveniente de uma fenda S0, incide sobre duas fendas
S1 e S2, atravessando-as, difratando e atingindo uma tela de observação C. As luzes
provenientes de S1 e S2 se combinam formando um padrão de interferência na tela, com
regiões claras e escuras (intensidades máxima e mínima). A explicação ondulatória ´e que as
luzes provenientes de S1 e S2 se somam na tela, interferindo de forma construtiva ou
destrutiva, dependendo de suas diferenças de fase, como mostrado na Fig. 3.2.
8 Experimento 5 – Refração
Mudança de Velocidade:

É causada pela passagem de um feixe de luz, incidindo obliquamente, de um meio


transparente para outro transparente, que apresenta velocidade da luz diferente do primeiro
meio, ou essa mudança de velocidade pode ser causada pela mudança na profundidade do
meio liquido, assim o raio incidente sofrera uma mudança na direção ao passar de um meio
para outro ou de uma profundidade para outra.

Temos pela lei de refração que: (n2/n1) = (v1/v2)

Mudança de
direção e
velocidade.
Conclusão
Utilizar as propriedades das ondas de água em uma sala de aula pode ser uma tarefa
complexa, pois as ondas em água superficiais possuem muitas características que não triviais
como sua velocidade e o movimento das gotículas de água no interior do meio. Portanto, é
necessário tomar muito cuidado com a abordagem realizada em cada demonstração. Neste
projeto, para todas as demonstrações propostas, foi considerada apenas uma análise
simplificada do movimento das ondas em água, de modo que as demonstrações possam servir
de exemplificação para alguns fenômenos de movimento ondulatório, sem perda de
generalidade.

Alguns desafios foram enfrentados na construção da cuba de ondas, como otimizar as


oscilações produzidas para formar uma imagem satisfatória das ondas e adequar os materiais
disponíveis às necessidades do projeto, pois a ideia inicial é de reaproveitar o maior número
de componentes possível. Apesar de ter obtido bons resultados, ainda há alguns pontos a
serem trabalhados no projeto para melhorá-lo.

De modo geral, o projeto da cuba de ondas tem um grande potencial que pode ser
explorado em aulas de física, abrangendo demonstrações em uma esfera mais simples, como
demonstrado neste trabalho e, também, abrindo caminho para discussões mais complexas das
propriedades de ondas em água.

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