Você está na página 1de 1

Um menino de 09 anos foi admitido na emergência com “inchaço” de face dos olhos e do tronco.

Na semana
anterior ele tinha se queixado de dor na garganta. Ao exame ele estava levemente febril (37,5 oC). Havia edema
periorbitário e escrotal. A urina mostrou hematúria e cilindros hemáticos. A criança estava anêmica (Hb 10,7g/dL),
com o número e o diferencial de leucócitos normais. O raspado da garganta desenvolveu “flora normal”. Entretanto
foram encontrados anticorpos contra antígenos estreptocócicos em altos títulos: antiestreptolisina O (1600 UI/mL);
de anti-hialuronidase (1/2048) e de antidexoxirribonuclease (1/1360). A análise complemento sérico foi feita 3 dias
após a admissão e mostrou um C3 muito baixo (0,10g/L) e C4 normal. Seu clearance (depuração) de creatinina foi de
46mL/min, a albumina sérica 29g/L e a excreção de proteína urinária 1,5g/dia. Estes achados eram típicos de
glomerulonefrite pós-estreptocócica e por isso não foi feita biópsia renal. Conforme previsto o complemento
retornou ao normal em 04 semanas, acompanhado do desaparecimento da proteinúria, embora persista uma leve
hematúria microscópica. O prognóstico foi bom.

Você também pode gostar