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TRABALHO FINAL DE CONCLUSÃO DE CURSO

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA


AO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E DESENVOLVIMENTO ATÍPICO

TELAS COM CAUTELA: EVIDÊNCIAS DO


IMPACTO DO USO ABUSIVO DE TELAS NO
TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO E
CONTRIBUIÇÕES DA ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO APLICADA PARA O USO
ADEQUADO

AUTOR: WINNY GONÇALVES RIBEIRO SILVA


ORIENTADOR: MÔNICA A. A. SCATTOLIN

NOTA FINAL:

_________________________________________
Docente responsável pela correção:

SÃO PAULO, 2021


WINNY GONÇALVES RIBEIRO SILVA

TELAS COM CAUTELA: EVIDÊNCIAS DO IMPACTO DO USO ABUSIVO DE


TELAS NO TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO E
CONTRIBUIÇÕES DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA PARA
O USO ADEQUADO

Monografia apresentada como requisito para a


conclusão do curso de Pós-graduação Lato sensu
em Análise do Comportamento Aplicada ao TEA e
Desenvolvimento Atípico do Paradigma – Centro de
Ciências e Tecnologia do Comportamento,
certificado pela FACESF – Faculdade de Ciências
Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco e
coordenado pelas professoras Dra Cláudia S. F. N.
Coimbra, Dra Anna Beatriz M. Queiroz e Dra Cássia
Leal da Hora.

PARADIGMA
São Paulo, 2021.
SUMÁRIO

Introdução e revisão teórica..........................................................................................6


Objetivos.....................................................................................................................10
Método........................................................................................................................11
Resultados..................................................................................................................12
Discussão...................................................................................................................12
Conclusão...................................................................................................................25
RESUMO

Introdução: Devido ao aumento da exposição das crianças à tecnologia,


principalmente situação mundial pós pandêmica, crianças tem tido prejuízos na
saúde resultantes da hiperestimulação de uso exacerbado de telas (celulares,
tablets, televisão). Objetivo: descrever o impacto do uso de telas em crianças e
adolescentes com autismo. Método: revisão integrativa com a seleção de 16
artigos em português e inglês, publicados entre 2008 e 2021, nas bases de
dados “Wiley”, “Scielo” e “Pubmed”. Resultados: Crianças com TEA passam
mais tempo em frente as telas e os principais prejuízos no desenvolvimento
infantil são dificuldade de atenção, concentração e aprendizagem, aumento de
peso, problemas para dormir, irritabilidade e ansiedade, agressividade e
aumento de estereotipias. Discussão: É importante que as crianças sejam
supervisionadas e acompanhadas em seu uso de telas, respeitando a
classificação etária indicativa e limitação de tempo para uso. Crianças menores
de 2 anos devem evitar o uso e maiores usarem de 1 á 2 horas por dia com
recomendações de interação no momento de uso (perguntas e comentários). A
promoção de outras atividades sem telas deve ser indicada prioritariamente.
Conclusão: A parceria da família para conduta de modificação dos
comportamentos e inserção de um novo repertório é essencial.

Palavras-chave: “autismo”, “transtorno do espectro do autismo”, e Tempo de


tela”.
ABSTRACT
Introduction: Due to the increased exposure of children to technology, especially
in the post-pandemic world situation, children have had health losses resulting
from hyperstimulation of the exacerbated use of screens (mobile phones, tablets,
television). Objective: to describe the impact of using screens on children and
adolescents with autism. Method: integrative review with the selection of 16
articles in Portuguese and English, published between 2008 and 2021, in the
“Wiley”, “Scielo” and “Pubmed” databases. Results: Children with ASD spend
more time in front of the screens and the main impairments in child development
are attention, concentration and learning difficulties, weight gain, sleep problems,
irritability and anxiety, aggression and increased stereotypies. Discussion: It is
important that children are supervised and accompanied in their use of screens,
respecting the age rating and limited time for use. Children under 2 years old
should avoid using and over 1 to 2 hours a day with recommendations for
interaction at the time of use (questions and comments). The promotion of other
activities without screens should be indicated as a priority. Conclusion: The
family partnership for behavior modification and insertion of a new repertoire is
essential.

Keywords: “autism”, “autism spectrum disorder” and “screen time”.


6

INTRODUÇÃO

Atualmente as crianças têm apresentado acesso à telas de forma


precoce. O smartphone tornou-se um dos instrumentos indispensáveis para
muitos pais assim como de valor equivalente ao da mamadeira. Os vídeos
infantis nas telas têm função de distração e entretenimento em diversos
contextos, como por exemplo para parar de chorar, na hora da alimentação ou
até mesmo cortar a unha dos pequenos.

O celular é usado como produto de valor reforçador, como facilitador nos


estudos, entretenimento através de vídeos e jogos e um potencial item de
diversão. Mas, até que ponto a exposição de telas é saudável? Qual o limiar para
que seja necessário barrar a exposição da criança a este contato?

A introdução do uso do celular na primeira infância pode gerar


dificuldades, modificando o desenvolvimento infantil integral. Quando atraída
pelos vídeos e jogos virtuais a criança deixa de fazer buscas no ambiente e
desenvolver a exploração e a curiosidade que são fatores essenciais nas
diversas fases do desenvolvimento infantil (SAHU et al.; 2019).

Um estudo realizado com crianças americanas pré-escolares demonstrou


que as crianças estão sendo expostas as telas de celular e televisão antes do
recomendado. Muitas delas, antes mesmo dos dois anos de idade. Muitas vezes
os próprios pais, nestes casos, foram os responsáveis por mediar a inserção da
tecnologia na rotina dos filhos. A intenção dos responsáveis era gerar mais
autonomia e independência dos filhos para mantê-los ocupados e distraídos
enquanto os adultos estavam envolvidos em tarefas domésticas ou trabalho
(HERMAWATI et al.; 2018).

É importante alertar os pais e responsáveis sobre o uso excessivo e


precoce das telas, afirmam os autores em conformidade Solecki et al. (2020),
Sahu et al. (2019) e Nobre et al. (2021).

Segundo a Academia Americana de Pediatria as crianças não devem ser


expostas as telas antes de 1 ano e meio de idade (SLOBODIN et al., 2019).
7

Já a Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda qualquer


exposição a mídias para crianças menores de dois anos de idade, salvo por
videochamadas, com a mediação de um responsável (ARAÚJO et al., 2019).

O uso adequado dos aparelhos eletrônicos deve ser ensinado, pois há


possibilidades de malefícios, gerando prejuízos a saúde das crianças (SOLECKI
et al., 2020).

Dentre os prejuízos do uso ininterrupto do celular tem-se a perda de


contato social, diminuição do brincar físico e simbólico ao fazer a substituição de
brincadeiras naturalísticas para os jogos e vídeos no telefone, dependência
emocional do aparelho, diminuição na exploração do ambiente, agressividade e
insegurança. Os impactos físicos e psicológicos começam de maneiras sutis e
quase imperceptíveis mas, por longa exposição podem expandir interferindo em
outras áreas da saúde como alimentar, postura corporal, problemas de sono,
dificuldades na visão e até mesmo, em alguns casos excesso de peso (NOBRE
et al., 2021).

Estudo realizado com um grupo de nove crianças na Indonésia (seis


meninos e três meninas), de classe social distintas, com idade entre 3 e 6 anos
encontrou que as crianças pesquisadas passavam aproximadamente cerca de
três horas por dia no smartphone e 66% delas ficavam sem interação com outras
pessoas no momento de uso. Neste grupo, os indivíduos apresentaram maior
comprometimento no desenvolvimento quanto à atraso na comunicação e
linguagem, baixa no tempo de concentração e até hiperatividade (HERMAWATI
et al., 2019).

As crianças têm apresentado uso das telas antes dos 2 anos de idade.
Um estudo realizado nos Estados Unidos com famílias de 350 crianças de 6
meses a 4 anos mostrou que, referente obtenção de telas nestas residências
americanas foram 97% são expostas á telas de televisores, 83% tablets e 77%
celulares. Metade das crianças do estudo tinham televisão no próprio quarto e ¾
possuíam celular próprio (KABALI et al., 2015).

Em ambos os estudos são encontradas informações acerca de orientação


para que as crianças não sejam expostas precocemente as telas e que sejam
estimuladas socialmente ou acompanhadas, promovendo socialização durante
8

o uso. Nos trabalhos apresentados, as crianças fizeram uso dos aparelhos de


forma independente, desacompanhadas e sem supervisão.

Em um estudo na Bélgica, foram avaliadas 1.656 crianças e adolescentes


e mais de 55% delas faziam ligações, olhavam redes sociais e mandavam
mensagens de textos durante a noite, sendo que a principal consequência desse
comportamento foi a sonolência diurna e consequente queda no rendimento
escolar (BALBANI; KRAWCZYK, 2011).

Em 2002, uma amostra de 13.159 crianças da Holanda, com até 7 anos


de idade, tinham acesso ao celular mais de duas horas por dia, segundo seus
responsáveis. De acordo com os pais destas crianças, relatam que o
comportamento dos filhos mudou em relação sua conduta, hiperatividade e
interação social, ou seja, apresentam comportamento de agitação física,
agressividade e menor sociabilidade (BALBANI; KRAWCZYK, 2011).

Na Austrália, 317 crianças participaram de uma pesquisa que encontrou


que 77% delas tinham seu próprio aparelho celular e usavam de maneira
irrestrita. E 23% delas tiveram desempenho positivo nos testes de aprendizado
aplicados, mas tiveram pior memorização e tinham comportamentos impulsivos
(respondiam as perguntas antes do experimentador concluir a sentença)
(ABRANSON et al., 2009).

Já na América do Sul, no Brasil, de acordo com estudo realizado em 2011,


para as crianças e adolescentes brasileiros a obtenção de um aparelho
smartphone estava relacionado a autoafirmação e status social. Uma
participante adolescente do estudo afirmou que seu “celular é a sua identidade”
(em suas palavras). Isto é, o celular é como a identidade de um indivíduo, com
sua importância tal qual como um documento (BALBANI; KRAWCZYK, 2011).

Ainda no Brasil, uma pesquisa recente realizada pela Fundação Maria


Cecília Souto Vidigal descreveu um aumento do uso de celulares e tablets nas
crianças de zero a três anos de 15% para cerca de 59% (FUNDAÇÃO MARIA
CECILIA SOUTO VIDIGAL, 2021).

No caso de crianças com Transtorno do Espectro autista (TEA) esses


números podem ser ainda maiores. O uso sem supervisão, devido aos fatores
9

comportamentais pertinentes ao autismo podem ser potencializados devido aos


traços característicos de dificuldades sociais como contato visual, comunicação,
iniciativa na interação com terceiros e outros.

De acordo com a Manual de Diagnósticos e Estatístico de Transtornos


Mentais DSM-5, o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado
por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos
e restritos. (MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS
MENTAIS: DSM-5). Este pode apresentar como comorbidade a deficiência
intelectual ou estar associado a outros transtornos, podendo a criança necessitar
de maior apoio, como em casos graves e moderados, ou menor auxílio, como
em casos leves (SLOBODIN et al., 2019; DSM-5, 2018).

Nesses pacientes os riscos à exposição das telas são potencializados


pelas características do TEA e as crianças podem apresentar, por exemplo,
aumento de estereotipias (movimentos repetitivos), birras e/ou comportamentos
disruptivos, que podem por vezes comprometer a integridade física e emocional
da criança e afetar de forma direta e indireta a família e/ou envolvidos. Crianças
com TEA que usam com frequência o aparelho celular também podem ter
diminuição do contato visual, agitação motora e agressividade (GREEN, 2003).

Com relação as dificuldades com o desenvolvimento social das crianças


com autismo, uma possível problemática seria a alta exposição visual,
diminuindo o contato com outros indivíduos e possivelmente aumentando as
estereotipias. Também podem estar associados a maior frequência de
comportamentos inadequados e maior dificuldade de direcionar o olhar face a
face, restringindo ainda mais o indivíduo dessas experiências essenciais para o
convívio em sociedade (SLOBODIN et al., 2019).

Limitar o tempo é uma precaução para o aumento de comportamentos


disruptivos e estereotipias. Isso deve ser discutido com os pais para a redução
de possíveis danos (SOLECKI et al., 2020).

O objetivo deste trabalho é descrever as evidências científicas do impacto


do uso abusivo e ilimitado das telas em especial da tecnologia do smartphone
no desenvolvimento de crianças com TEA e analisar os artigos que realizam
intervenções relativas ao uso abusivo de telas em crianças com TEA tendo como
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referencial teórico a Análise do comportamento Aplicada. Com os dados


coletados, promover a comunidade familiar e profissional sobre os impactos do
uso exacerbado e suas consequências para o desenvolvimento infantil.

OBJETIVO

Investigar na literatura evidências sobre o impacto do uso abusivo de telas em


crianças com Transtorno do Espectro do Autismo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Descrever as evidências dos impactos da exposição a tecnologia no


desenvolvimento de crianças com TEA;

2. Analisar os artigos que realizaram intervenções relativas ao uso abusivo


de telas em crianças com TEA tendo como referencial teórico a análise
do comportamento aplicada.
11

METODOLOGIA

Este estudo realizou uma revisão integrativa sobre o tempo de telas a que
as crianças com autismo são expostas. Foram definidos a priori as palavras-
chave, critérios de inclusão e exclusão, tempo de busca apropriado, população-
alvo, mensuração dos desfechos de interesse, critério metodológico, idioma, tipo
de estudo.

Base de dados:

As buscas foram realizadas nas bases de dados Pubmed Nic National Library of
Medicine, Wiley on-Line Library, e Scientific Eletronic Library Online - Scielo.

Limite de tempo:

Foram selecionados artigos publicados entre 2009 e outubro de 2021.

Idiomas:

A busca se limitou aos artigos escritos em português e inglês.

Descritores e estratégia de busca:

Foram utilizadas as seguintes palavras-chaves / mesh terms: “autism”, “autism


spectrum disorder” e “screen time”. Além disso, as referências dos estudos
também foram pesquisadas manualmente.

Critérios de inclusão:

Foram incluídos artigos originais indexados nas bases de dados descritas que
apresentassem delineamento experimental (ensaios clínicos) ou observacional
realizados em crianças com diagnóstico de TEA nas idades entre 0 a 12 anos de
idade e que avaliaram o impacto do uso das telas nessa população.

Todos os estudos potencialmente elegíveis foram considerados para análise e


os resumos que forneceram informações suficientes sobre os critérios de
inclusão e exclusão foram selecionados para avaliação dos textos completos
pela autora desse trabalho.

O objetivo final, após a organização dos resultados, será descrever as evidências


dos impactos da exposição a tecnologia no desenvolvimento de crianças com
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TEA e esses dados possam contribuir para a promoção de um uso adequado da


tecnologia nessa população.

Critérios de exclusão:

Foram excluídos artigos anteriores ao ano de 2009, artigos referentes ao público


adulto, que não tratem do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e em línguas
diferentes do português e inglês.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontrados inicialmente 306 artigos sendo excluídas as


duplicatas, selecionado artigos através da leitura de resumos e buscas manuais,
resultando na seleção de 16 artigos finais elegíveis para a pesquisa.

Na base de dados Pubmed foram encontrados 127 e selecionados 14


artigos, dentro dos critérios estabelecidos. Na base de dados do Wiley on-line
Library, foram encontrados 69 artigos e sendo que 2 eram diferentes aos
previamente selecionados na base Pubmed.

Segue esquema de busca através das bases de dados e plataformas


utilizadas para a buscas de resultados do presente trabalho:
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Figura1- Fluxo do processo de seleção dos estudos para a revisão


integrativa

Abaixo exibe-se tabela demonstrativa com divisão e organização em


Nome do artigo, autores, ano da publicação, faixa etária estudada e resumo dos
achados.
14

Tabela 1- Dados principais dos artigos selecionados

Nome do Artigo Autor (es) Ano Faixa etária Achados dos estudos
1 Revisão de literatura
Tempo de tela: TEA - 60,3%, típicos - 28%.
Prejuízos encontrados: Crianças com TEA são mais propensas a experimentar
Screen Time and
Carol Westby 2020 0-3 anos efeitos negativos da tela:
Children with Autism
- Maior dificuldade para dormir
Spectrum Disorder
- Déficits na autorregulação
- Comportamentos de TDAH(Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade)
- Ansiedade.
2 Screen Media and Ortal Slobodin, Karen 2019 Revisão sistemática (16 estudos).
Autism Spectrum Frankel, 0-17 anos Prejuízos encontrados:
Disorder: A Heffler , Michael - Uso de tela relacionado ao retraimento social nos TEA.
Systematic Literature Davidovitch - Segundo o artigo, crianças com TEA usam mais as mídias tecnológicas do que
Review crianças típicas.
- Crianças com TEA passam mais tempo em tela (mais de 1 hora e meia por
dia) e são colocadas mais cedo em frente as telas (antes dos 12 meses de
idade).
3 Association of Early- Karen Frankel Heffler; 2020 Estudo realizado nos Estados Unidos com 2.152 crianças.
Life Social and Danielle M. Sienko, 0- 2 anos Resultados:
15

Digital Media Keshab Subedi, - Crianças iniciaram o uso das telas com 6 meses
Experiences With Kathleen A. McCann, - Tempo de tela: até 4 horas por dia à disposição, sem supervisão.
Development of MPhil; David S. - Crianças que brincavam com os pais ou cuidadores tinham menos
Autism Spectrum Bennett. comportamentos autísticos.
Disorder–Like Prejuízos encontrados: interferência na aprendizagem social, disfunção na
Symptoms autorregulação da criança (dependência emocional do aparelho).

4 Electronic Screen McLeod Frampton Revisão integrativa ( sem amostra).


Media Use in Youth Gwynette, Shawn S. 2017 12 -17 anos Resultados:
With Autism Sidhu, Tolga Atilla - Jovens com TEA assistem mais televisão (4 a 5 horas)
Spectrum Disorder Ceranoglu - Jogam em média 18% a mais videogame do que jovens típicos.
Prejuízos encontrados: Déficits na comunicação e interação social face a face,
interesses restritos e atividades individuais, dificuldades para dormir, excesso
de peso ou obesidade, desatenção, impulsividade, humor instável.
5 Children with Autism Revisão TEA (n=1397), Não TEA (n=64163) – aplicação de questionário.
Spectrum Disorder - Crianças com TEA passam mais tempo em frente as telas.
and Screen Time: Prejuízos encontrados: crianças usam tela sem supervisão, problemas de sono,
Results from a large, Guillermo Montes 2016 12meses - 14 sedentarismo, prejuízos na comunicação e sociabilidade, baixo desempenho
nationally anos acadêmico.
representative US
study
16

6 Caregiver Reports of Anja Stiller, Jan 2019 Estudo com entrevista (n= 137)
Screen Time Use of Weber, Finja 6-17 anos Resultados: - telas usadas com função de entretenimento e distração e o uso
Children with Autism Strube, Thomas deve ser supervisionado. Prejuízos encontrados: baixo desempenho
Spectrum Disorder: Mößle acadêmico, dificuldade de concentração, menor qualidade de sono. Neste
A Qualitative Study artigo retratam pontos positivos e benefícios das telas como facilitador nos
estudos, apresentação de slides, entreter as crianças com novidades
tecnológicas (vídeoaulas, programas acadêmico educativos).
7 Correlation Between Estudo realizado com: TEA (n= 101), típicas (n=51)
Screen Time and 3 meses - 15 Resultados: crianças com TEA passam mais tempo em frente as telas 3,34h X
Autistic Symptoms Han-Yu Dong , Bing 2021 anos. 2,64 das crianças típicas.
as Well as Wang , Hong-Hua Prejuízos encontrados: obesidade, problemas de sono, baixo desempenho
Development Li, Xiao-Jing acadêmico, déficits no campo social e problemas de atenção.
Quotients in Children Yue, Fei-Yong Jia
With Autism
Spectrum Disorder
8 Characterizing Robyn E Estudo: online e anônimo com responsáveis de crianças do Canadá.
Changes in Screen Cardy , Annie 5 - 17 anos - Participantes (n= 344).
Time During the Dupuis , Evdokia 2021 Resultados: crianças passam com TEA passam 3,3 horas durante a semana em
COVID-19 Pandemic Anagnostou, Justine frente as telas e nos fins de semana 4,9h.
School Closures in Ziolkowski , Elaine A Prejuízos encontrados: casos de ansiedade e depressão.
Canada and Its Biddiss , Suneeta
Perceived Impact on Monga , Jessica
17

Children With Autism Brian, Melanie


Spectrum Disorder Penner , Azadeh
Kushki
9 Intensive early Bruno Harlé 2019 Revisão de literatura.
screen exposure as 0-6 anos Resultados:
a causal factor for - Crianças com TEA podem ter mais interesse pelas telas devido aos
symptoms of autistic comportamentos estereotipados e repetitivos.
spectrum disorder: - Com intervenção precoce as crianças obtiveram melhoras comportamentais
The case for «Virtual com 2 semanas de tratamento.
autism» Prejuízos encontrados: TDAH, dificuldade de aprendizagem, déficits sociais,
dificuldade na interpretação de expressões sociais.
10 Behavioral and Saeid 2019 Estudo com crianças no Irã (n=12)
electrophysiological Sadeghi , Hamidreza 2-4 anos Resultados:
evidence for parent Pouretemad , Reza - Crianças passavam mais de 2 horas em frente as telas
training in young Khosrowabadi, Jalil - Crianças sem TEA também apresentavam comportamentos autísticos
children with autism Fathabadi, Sedighe Prejuízos encontrados: déficits em comportamentos sociais, modificação na
symptoms and Nikbakht estrutura cerebral, diminuição na comunicação pai e filho, atraso na linguagem,
excessive screen- tempo curto de atenção, hiperatividade.
time
11 Relationship Murugesan Estudo realizado com 92 crianças: TEA (n= 46) e típicas (n=46).
Between Screen Krupa , Prakash 2018 2-4 anos Resultados:
Time and Mother- Boominathan, Padma - Crianças com TEA passam mais tempo em frente a tela.
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Child Reciprocal sani Venkat Prejuízos encontrados: dificuldades de aprendizagem, déficits sociais com
Interaction in Ramanan , Swapna outras crianças e com seu próprios responsáveis, desatenção.
Typically Developing Sebastian
Children and
Children with Autism
Spectrum Disorders
12 Screen time in 36- Monique Moore Estudo realizado com 120 crianças com TEA (n=62) e TDAH (n=30), sem
month-olds at Hill , Devon 2020 2 - 4 anos histórico anterior (n=28).
increased likelihood Gangi , Meghan Resultados:
for ASD and ADHD Miller , Sabrina - Crianças com TDAH passaram mais tempo assistindo à mídia na tela
Mohamed Rafi , Sally - O aumento do tempo de tela foi associado a menores pontuações de
Ozonoff linguagem receptiva e expressiva entre os grupos
Prejuízos encontrados: comportamentos repetitivos, dificuldade de
aprendizagem, desatenção, impulsividade, déficits nas habilidades sociais.
13 Digital Media and Rebecca Lane , Jenny 2019 Revisão de literatura.
Autism Spectrum Radesky 10 - 17 anos Resultados: - Crianças com TEA apresentam maiores riscos de problemas
Disorders: Review of sociais com o uso excessivo de telas.
Evidence, Prejuízos encontrados: Déficits sociais, dificuldade de aprendizagem,
Theoretical problemas de comportamentos, agressividade, isolamento social, interesses
Concerns, and restritos, obesidade.
Opportunities for
Intervention
19

14 Screen time and Jing-Yi Chen , Esben 2020 Estudo de campo n = 29.461 crianças na China (Pares: crianças e
autistic-like behaviors Strodl , Chuan-an Wu 0 a 5 anos cuidadores/responsáveis).
among preschool , Li-Hua Huang , Xiao- Resultados: - Crianças com TEA passam mais tempo em frente as telas.
children in China Na Yin , GuoMin Wen Prejuízos encontrados: Comportamentos de interesse restritos, dificuldade de
, Deng-Li Sun , Dan- aprendizagem, menor desenvolvimento cognitivo, déficits comportamentais,
Xia Xian , Ying-Jie baixa comunicação.
Chen , Gui-You Yang
& WeiQing Chen
15
Comparison of Weerasak 2011 0 a 4 anos Estudo na Tailândia com 138 indivíduos com TEA (n=54), típicos (n=84).
television viewing Chonchaiya, Prapasri Resultados: Há início precoce de exposição a TV das crianças com TEA.

between children with Nuntnarumit, Prejuízos encontrados: déficits sociais, interesses restritos, comportamentos
Chandhita repetitivos, problemas de sono.
autism spectrum
Pruksananonda
disorder and controls

16 Screen time Ramkumar Estudo com n=102 crianças de Cingapura com diagnóstico de alteração do
exposure and sleep Aishworiya, Jennifer desenvolvimento (incluindo autismo).
among children with SH Kiing, Yiong Huak 2018 6 a 15 anos Resultados: a exposição de tempo maior a telas está diretamente associada a
developmental Chan, Serena SW menor duração de sono.
disabilities Tung and Evelyn Law Prejuízos encontrados: Dificuldades para dormir, concentração e
aprendizagem.
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Conforme Hermawati, et al. (2019) o tempo das crianças com autismo em


frente as telas são em média de 3,5 a 5 horas por dia. Para Slobodin (2019), em
seu estudo, as crianças ultrapassam as três horas de uso diário. E a pesquisa
mais recente, de Dong et al. de 2021(fevereiro), revela que as crianças com TEA
utilizam cerca de 3,34 hora por dia versus 2,4 das crianças típicas. Em uma
pesquisa ainda mais recente realizada em agosto de 2021 por Cardy, et
al.,(2021) o uso das telas pelas crianças analisadas no estudo foi de cerca de
3,3 horas por dia, principalmente com o uso de telas interativas (celulares e
tablets). Ou seja, os resultados em comum das pesquisas revelam que as
crianças com TEA passam cerca de 1 hora a mais em frente as telas do que as
crianças típicas.

Slobodin (2019), Carneiro (2020) e Hermawati et al. (2018), trazem dados


equivalentes no que se trata de prejuízos a saúde das crianças com TEA que
abusam de telas. Os autores afirmam ainda que a capacidade de habilidade
social e de atenção e concentração dessas crianças acaba sendo comprometida
devido ao uso inadequado das telas e a dificuldade em manter-se em outras
atividades é mais custosa para elas devido os comportamentos impulsivos e de
ansiedade resultantes do uso improprio de tais aparelhos.

Para os autores Dias (et al., 2019) e Slobodin (et al., 2019) falam de
dependência emocional da tecnologia digital, podendo apresentar no
desenvolvimento da criança inabilidade social e ansiedade, intensificando as
características comportamentais do autismo.

Tanto no artigo de Balan (2018), Harlé (2019) e no do autor Dias (2019) –


um referenciando ao outro, afirmam que as crianças podem desenvolver o termo
cunhado como “autismo virtual” para descrever crianças que tem traços
característicos do quadro de TEA, como menor contato visual, dificuldade na
comunicação e reciprocidade social.

Em relação a intervenção precoce, dois artigos, Hermawati et al., (2019)


e Harlé (2019) trouxeram resultados informações de evolução e modificação de
comportamento no trabalho com crianças com TEA e redução nas horas de tela.
No estudo de Bruno Harlé (2019), mostrou que em duas semanas de intervenção
com uma criança com déficits no desenvolvimento social foi possível promover
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avanços. Estes foram: maior contato visual, iniciativa e interação com outros e
identificação de expressões faciais (HARLÉ, 2019). Slobodin et al. (2020) em
sua pesquisa informou que crianças que tem tempo de interação com outras
crianças, adultos ou cuidadores, exibem menos comportamentos autísticos.
Complementando, os autores Carneiro (2020) e Hermawati et al. (2018) entram
em concordância em suas pesquisas afirmando que o uso de telas pode
provocar comportamentos autísticos e crianças típicas.

Na totalidade dos 16 artigos selecionados, os prejuízos da tela em comum


encontrados foram mensurados e expostos no gráfico abaixo:

Prejuízos encontrados em comum nos 16 artigos


Dificuldade no sono 1
4 7
Problemas de aprendizagem/desempenho
academico
Déficits na comunicação 5

Dificuldade de concentração/desatenção 7
3
Déficits sociais e isolamento
2
Dificuldades na autorregulação 2 4
Ansiedade/estresse 2
5
Irritabilidade/agressividade 7

Falta de contato visual

Na tabela 2, estão descritas as preferências encontradas nos artigos


selecionados, em relação a tipos de aparelhos de preferências disponíveis para
as crianças com TEA.

Tabela 2 –Telas de preferências de crianças com TEA (STILLER et al.,


2019; WETSBY, 2020).

Tipos de Telas Mais utilizadas Preferências de programações


- Celulares - Vídeos no Youtube
- Tablets/ Ipads
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- Videogame - Programas infantis (desenhos e


- Televisão/Smart TV filmes)
- Jogos

Em relação as escolhas realizadas pelas crianças como programação nas


telas, em primeiro lugar são os vídeos. Em segundo lugar são os desenhos e
filmes e por último, os jogos (no caso das crianças maiores). Porém, a exibição
excessiva dos vídeos para as crianças com TEA são os comportamentos
repetitivos e estereotipias reproduzidas por algumas crianças, repetindo vídeos,
avançando e retornando em trechos de sua preferência.

Acompanhando a lista de prejuízos que uma criança pode desenvolver,


para a análise do Comportamento existem três tipos de dimensões para o uso
adequado das telas. São eles: Tempo de uso, Conteúdo e Funcionalidade
(STILLER et al., 2019). O tempo de uso varia de acordo com a faixa etária mas,
tirando uma média das recomendações dos órgão de saúde conclui-se que 1
hora e 30 minutos é o mais indicado. Em relação ao Conteúdo deve-se atentar
as faixas indicativas e ter uma supervisão dos conteúdos que estão sendo
passados nas telas. O último, Funcionalidade, refere-se ao entretenimento.
Conforme Araújo (2019), a faixa dos 0 aos 3 anos ainda não tem uma maturação
cerebral para discernimento de ficção e realidade, e as programações passadas
necessitam de acompanhamento (ARAÚJO, 2019). Crianças com TEA (em
alguns casos) obtêm sensibilidade visual, que pode proporcionar repetições e
distorções visuais das telas como reforçador, aumentando as estereotipias. Por
isso, a funcionalidade dos vídeos é o entretenimento e não o sacudir da tela,
semicerrar os olhos, ou assistir de outros ângulos (comportamentos emitidos por
crianças com TEA e sensibilidades visuais).

Apenas foram localizados pontos positivos em concordância no trabalho


de dois dos artigos selecionados, dos autores Lin et al. (2018) e Stiller, et al.
(2019) referem-se a: auxílio na autorregulação da criança, reforçador em
terapias ABA, facilitador na comunicação de adolescentes, instrumento de
estudo e aprendizagem.
23

Na tabela 3, abaixo, estão descritas contribuições comportamentais nas


condutas de pais e responsáveis, na perspectiva da Análise do Comportamento
aplicada, com o objetivo de promover manejo idealizando mudanças
comportamentais no repertório de crianças com TEA.

Tabela 3 - Contribuições baseadas na análise do comportamento


(GWYNETTE, et al., 2017; CURIEL, H.; POLING, A., 2019, STILLER, et al.,
2019).

Faixa Etária Contribuições da ABA


- Evitar uso do celular nesta faixa
etária
- Realizar tempo de atividade sem uso
0 a 18 meses de mídia ou tecnologias
- Inserir interação com pais e/ou
cuidadores face a face.
- Tempo máximo de uso de tela: 30
minutos á 1 hora, supervisionado por
um responsável. Nas programações,
realizar escolha de programas
18 a 24 meses educativos e interagir com a criança
no momento do uso (fazendo
comentários e perguntas simples).
- Atividades motoras (brincadeiras
com itens tangíveis).
- Uso de tela supervisionado com
duração máxima de 1 a 2 horas.
- Programação educativa com
interação entre adultos e criança
2 a 5 anos (perguntas e comentários).
- Acompanhamento da programação
de vídeo e jogos realizados pela
criança.
24

- Limitar o tempo de uso (até 2 horas)


(Normas da Academy of Pediatric -
APP, 2021 e American Academy of
Child and Adolescent Psychiatry,
2021).
- Monitoração de tempo e qualidade
6 a 12 anos do sono da criança
- Estimular brincadeiras/atividades
fora da tela de forma reforçadora para
a criança (uso de jogos de tabuleiros,
imagem e ação, seu mestre mandou,
esconde e acha, outros...)
- Modelagem de uso adequado
- Role play para pais/responsáveis

Para realização de intervenção adequada com uso de telas e indivíduos


com autismo sugere-se supervisão de um responsável e desenvolvimento de
rotina de uso, desenvolvendo autonomia e previsibilidade de uso do aparelho e
manuseio de forma adequada (WESTBY, 2020).

Nas práticas de cursos e aulas online devido pandemia do COVID-19,


utilizar de preferência um computador e destinar o celular para uso de lazer ou
reforçador, este através de trocas e combinados (para as crianças maiores) e
demarcação de limite de tempo (DONG et al.; 2021).

No caso de crianças menores, promover uma rotina de programas de


atividades manuais e motoras, e brincadeiras educativas e simbólicas é uma
estratégia para momentos de ociosidade na rotina da crianças e
desenvolvimento de novas habilidades fora de telas. Para este uso, é necessário
tempo selecionado e comunicação prévia de que o tempo vai acabar, evitando
comportamentos disruptivos e inadequados da crianças (para crianças
menores).

No desenvolvimento infantil, o brincar é vital para a aprendizagem e


construção de um repertório comportamental adequado, porém, o
25

acompanhamento da rotina da criança em frente ás telas é o diferencial para


uma modificação com êxito.

CONCLUSÃO

É sabido que não é fácil abster as crianças com TEA do uso das
tecnologias, até porque as telas podem proporcionar aprendizado para os
usuários. Porém, pode ser esta utilizada de forma mais adequada sem que
resulte em prejuízos para a saúde do indivíduo. O smartphone é um instrumento
que teve avanço em suas características e se instruído sobre qual a melhor
forma de manuseio é uma tecnologia que agrega ao desenvolvimento dos
indivíduos com TEA no que diz respeito a parte social, auxiliando no contato com
a família e amigos e promovendo autonomia na comunicação.

Para que o smartphone seja promovido a um uso efetivo para o


desenvolvimento infanto juvenil recomendasse a supervisão de um adulto,
regras quanto ao limite de tempo, análise das páginas virtuais que tem sido
visitadas pelo menor, atentar-se sobre melhores horários para o seu uso, por
exemplo diminuir o contato as telas antes do período de dormir para que o sono
não seja prejudicado e após as realização das obrigações da criança, para que
seu desempenho escolar e social com os familiares em casa não tenha regresso
e também promover responsabilidades para o estudante.

Para concluir, de acordo com os estudos e os resultados apresentados


através deste trabalho, entende-se que a exposição de crianças as telas
tecnológicas de televisão, tablets e/ou celulares pode ser prejudicial de forma
biopsicossocial, se não dosada em quantidade de horas frente as telas e se não
houver a supervisão de um adulto (LIN et al.; 2018).

É necessário que para que as crianças e adolescentes tenham um melhor


desempenho nos estudos o uso dos celulares não seja permitido nos momentos
de aula, assim como na hora da realização dos deveres de casa pois, são
potenciais distratores e prejudicam na concentração (BALBANI; KRAWCZYK,
2011).
26

As tecnologias, se usadas de maneira adequada, podem promover


habilidades na infância, como melhora na coordenação motora e cognição de
seus usuários infantis (CÂMARA, et al., 2020).
27

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