UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FACULDADE

DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA CURSO DE

LICENCIATURA EM QUÍMICA

Kaio Henrique Rodrigues

Pratica 5: Grupo 14 – CARBONO E SILÍCIO

Relatório apresentado ao curso de

química da Universidade Federal da
Grande Dourados – UFGD como
requisito parcial para obtenção de
nota na disciplina de
Química Inorgânica Experimental I
Prof.ª Dra. Cristiana da Silva.

Dourados - MS AGOSTO - 2022

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 RESUMO

O presente relatório tem por objetivo apresentar o experimento cinco

referente ao carbono. As propriedades químicas do grupo 14 são diversas,
porém o carbono é o que constitui uma química abrangente se comparado com
os demais elementos do grupo.

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 Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4
2. OBJETIVOS................................................................................................... 5
3. METÓDO EXPERIMENTAL .......................................................................... 6
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................. 7
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................. 10
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 15
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................ 16

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 1. INTRODUÇÃO

A tabela periódica vem sendo organizada aos longos dos anos e diante de
diversas as descobertas tomou forma a partir das especificidades dos elementos.
Foi sendo colocados de acordo com as propriedades físicas e químicas,
mantendo-as bem próximas, facilitando sua compreensão. Os elementos
químicos são colocados em ordem crescente de número atômico e são divididos
em grupos (ou famílias) devido às características as quais são comuns entre
eles.

O grupo 14 são compostos por cinco elementos sendo eles carbono,

silício, não-metálico, o germânio um metaloide, estanho e chumbo são metais,
esses elementos possuem uma configuração dos elétrons de valência do nível
mais externo ns2np2. Sugere que todos os elementos possam adotar
preferencialmente o estado de oxidação de +4 nos seus compostos, uma das
principais exceção é o chumbo que possui um estado de oxidação mais comum
de +2. O raio atômico dos elementos aumenta conforme descem no grupo.

O caráter oxofílico é evidenciado pela existência de uma extensa serie de

oxoânions, os carbonatos e os silicatos. O carbono e o silício são fortemente
oxofílicos com afinidade pelo ânion O2- e fluorofílicos com afinidade pelo ânion
F, o chumbo forma compostos mais estáveis com os ânions S2- e I-. A ligações
π C-C são mais fortes que as ligações π Si-Si que são ligações fracas, a partir
disso as ligações do Si tende a formar ligações α.
O carbono tem várias aplicações como na forma de carvão ou coque:
combustível redutor na obtenção de metais a partir dos seus minérios, grafite
como lubrificante e os lápis, logo o silício é usado nos circuitos integrados, como
chips de computador, células solares e vários componentes eletrônicos de
estado solido e como vidros, o germânio é utilizado na fabricação de transistores
pelo fato dele ser um semi condutor melhor que o silício, o estanho é usado para
cobrir o aço usado nas latas de folha de flandes e por último o chumbo é utilizado
nas munições, blindagens para radiações ionizantes e também pode ser
adicionado ao vidro para ter um aumento no índice de refração.

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 2. OBJETIVOS

O objetivo geral dessa pratica será observar através de várias reações

diferentes as características e propriedades físico-químicas dos elementos
carbono e silício, visando a redução, oxidação, o agente redutor e o agente
oxidante.

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 3. METÓDO EXPERIMENTAL
MATERIAS

1. Béquer

2. Funil de vidro

3. Tubo de ensaio

4. Papel indicador

5. Pó de vidro

6. Kitassato
Tabela 01. Materiais utilizados no experimento
REAGENTES

1. Hidróxido de amônio 2M

2. Nitrato de prata

3. Tartarato de potássio e sódio

4. Hidróxido de sódio

5. Sulfato de cobre

6. Permanganato de potássio

7. Ácido sulfúrico

8. Cloreto de bário

9. Fluoreto de sódio

10. Fenolftaleína

11. Ácido oxálico

12. Sulfato de hidrogênio e potássio

13. Acetato de sódio

14. Hidróxido de bário

15. Ácido clorídrico 1M

16. Carbonato de sódio sólido

Tabela 02. Reagentes utilizados no experimento

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 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Experimento 1

Com uma pequena porção de carbonato de sódio sólido, gotejar, gotas de

solução diluída de ácido clorídrico 1M. Ocorrera a formação de um gás mais
denso que o ar. Com cuidado utilizando um funil de vidro transferir o gás obtido
para um segundo tubo de ensaio, contendo algumas mL de solução de hidróxido
de bário, em seguida agitar e observar o que ocorre.

foto pessoal retirada da apostila Prof.ª Dra. Cristiana da Silva

Experimento 2

Em um gral, macerar uma parte de acetato de sódio com quatro partes de

sulfato de hidrogênio e potássio, mais para gerar menos resíduos utilizar meia
espátula de acetato de sódio com duas partes de sulfato de hidrogênio e potássio

autora - Prof.ª Dra. Cristiana da Silva

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Experimento 3

Em um béquer dissolver uma espátula de ácido oxálico com e 3 mL de

água destilada e em seguida com o papel indicador medir o valor do pH da
solução.

Experimento 4

Em um béquer adicionar 1 mL solução de fluoreto de sódio (0,5 M) e a

mesma quantidade de ácido clorídrico, 1 M, logo em seguida misturar a solução
obtida com pó de vidro e ferver fortemente durante cerca de 5 minutos. Deixar
esfriar em temperatura ambiente, filtrar e adicionar 1 mL de solução de cloreto
de bário e observar durante alguns minutos.

foto pessoal retirada da apostila Prof.ª Dra. Cristiana da Silva

Experimento 5

Esse experimento por motivos de segurança tem que ser realizado na

capela por causa do uso do ácido sulfúrico. Em um béquer adicionar 6 mL de
solução de ácido oxálico, adicionar lentamente 3 mL de ácido sulfúrico e mais 10
gotas de permanganato de potássio, dividir essa solução em duas partes.
Aquecer suavemente uma delas e a outra deixar em repouso. Observar e a notar
o ocorrido.

foto pessoal retirada da apostila Prof.ª Dra. Cristiana da Silva

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Experimento 6

Em um béquer adicionar 1 mL de solução de sulfato de cobre (0,5 M)

adicionar a mesma quantidade de solução de hidróxido de sódio (1,0 M). Logo
em seguida adicionar ao precipitado obtido uma solução de tartarato de potássio
e sódio.

foto pessoal retirada da apostila Prof.ª Dra. Cristiana da Silva

Experimento 7

Em um tubo de ensaio adicionar 1 mL de solução de nitrato de prata e

adicionar a mesma quantidade de solução de tartarato de potássio e sódio, ao
precipitado obtido adicionar 1 gota de hidróxido de amônia 2 M e por último
aquecer cuidadosamente o tubo de ensaio. (Realizar o experimento na capela)

foto pessoal retirada da apostila Prof.ª Dra. Cristiana da Silva

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 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Experimento 1

O primeiro passo para realização desse experimento é a montagem de um

sistema com função de prender o gás que é liberado na reação entre o HCl e o
Na₂CO₃. Para a montagem do sistema é necessário o uso de um kitassato
acoplado a uma mangueira para o gás passar e chegar a um béquer que já
possui uma quantia de hidróxido de bário. Após a montagem do sistema
acrescentar algumas gotas de ácido clorídrico no carbonato de sódio e o gás é
liberado.

4Na₂CO₃ (s) + 2HCl(aq) → 2Na+(aq) + 2Cl-(aq) + H2O(l) + CO2(g)

Esta é uma reação de ácido-base (neutralização): Na2CO3 é uma base, HCl é

um ácido, CO2 é o gás formado.

Na segunda parte do experimento quando o gás carbônico entra em

contato com a solução de hidróxido de bário ocorre uma reação de neutralização
com a formação do sal carbonato de bário e água.

CO2(g) + Ba(OH)2(aq) → BaCO3(aq) + H2O(l)

Tipo de reação dupla troca.

Experimento 2

Nesse segundo experimento através da maceração de dois sólidos que

possuem coloração branca e cristalinos, com a maceração desses sólidos
conseguimos sentir pelo olfato um odor característico do composto de ácido
acético que é liberado, com função orgânica ácido carboxílico.

Na(O22CCH3)(s) + KHSO4(s) → NaKSO4(s) + CH3COOH(l)

Fórmula estrutural do ácido acético.

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Experimento 3

Após a medição do pH com o papel indicador constatou que o ácido

oxálico possui um pH com valor igual a 4, ou seja, ele possui caráter ácido.

O ácido oxálico possui uma coloração branca ele é um composto solido e

higroscópico, apresentando uma formula molecular de H2C2O4 e uma estrutura:

Fórmula estrutural do ácido oxálico.

Experimento 4

Quando adicionamos o fluoreto de sódio com o ácido clorídrico possuímos

uma reação de dupla troca onde o sal e o ácido reagem e dão origem a outro sal
e ácido como resultado da reação, ocorrendo uma troca de cátions e ânions

NaF (aq) + HCl (aq) → HF(aq) + NaCl (aq)

Com a adição do pó de vidro na solução colocamos para aquecer

fortemente, assim os compostos de flúor agridem o pó de vidro por ele ser
constituído de silício

SiO2(s)+ 4HF(aq) → SiF4(g) + 2H2O(l)

Quando a solução é resfriada a temperatura ambiente obtivemos a

seguinte reação:

3SiF4(g) + 3H2O(l) → 2H2SiF6(aq) + H2SiO3(s)

Com a solução já fria adicionamos 1 mL da solução de cloreto de bário

2H2SiF6(aq) + BaCl2(aq) → BaSiF6(s) + 2HCl(aq)

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 Abaixo mostraremos as diferentes variações das estruturas de silício, suas
ligações e formula molecular:

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Experimento 5

Podemos perceber que nesse experimento ocorreu uma mudança de

coloração, a reação acontece em meio ácido e no final da reação podemos dizer
que aconteceu uma reação redox do ácido oxálico com o permanganato de
potássio.

Quando aquecemos a solução devido à alta temperatura a mudança da

coloração da solução ocorre mais rapidamente

5C2O42-(aq) + 2MnO4-(aq)+ 16H+(aq) → 10CO2(g) + 2Mn2+(aq) + 8H2O(l)

Esta é uma reação de oxidação-redução (redox):

2 Mn + 10 e- → 2 Mn (redução)
10 C - 10 e- → 10 C (oxidação)
MnO4- é um agente oxidante, C2O42- é um agente redutor.

Experimento 6

Com a adição do hidróxido de sódio a solução de sulfato de cobre,

conseguimos notar uma mudança na coloração da solução de incolor para azul
e a formação de um precipitado, essa mudança de coloração é por causa da
formação do hidróxido de cobre II.

CuSO4(aq) + 2NaOH(aq) → Cu(OH)2(s) + 2Na+(aq) + SO42-(aq)

Logo em seguida no tubo de ensaio contendo o precipitado adicionou

gotas de tartarato de potássio e sódio e com isso o precipitado dissolveu e ouve
a formação do tartarato de cobre. O tartarato de sódio e potássio agi como um
agente complexante, encarregado de transportar íons.

Cu(OH)2(s) + 2[C4H4O6]2-(aq) → [Cu(C4H4O6)2]2-(aq) + 2OH-(aq)

Abaixo a estrutura molecular do tartarato de sódio e potássio

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Experimento 7

Após a adição do tartarato a solução de nitrato de prata, ocorre a formação

de um precipitado branco no fundo do tubo de ensaio:

2AgNO3(aq) + NaK(C4H4O6)(aq) → Ag2(C4H4O6)(s) + Na+(aq) + K+(aq) + 2NO3-(aq)

Com o precipitado que se formou, adicionou uma gota de hidróxido de

amônia e a solução foi aquecida cuidadosamente.

Ag2(C4H4O6)(s) + 4NH4OH(aq) → 2[Ag(NH3)2]+(aq) + [C4H4O6]2-(aq) + 4H2O(l)

Observou que o precipitado branco dissolveu e surgiu um espelho de prata

como corpo de fundo.

2[Ag(NH3)2]+(aq) + [C4H4O6]2- (aq) → 2Ag(s)

+2 Oxidação 0

Conseguimos observar que nessa reação o tartarato (C4H4O6) é o agente

redutor e com a prata ocorre a oxidação.

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 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observamos que ao longo dessa pratica conseguimos notar várias mudanças,

sendo elas físicas e químicas. O grupo 14 por sua vez apresenta uma reatividade
baixa se comparado com os grupos estudados nessa disciplina, porém ele possui
uma química muito versátil possibilitando a construção de alótropos, interação
com os ácidos, bases e óxidos. Reações que acontecendo em meios ácidos ou
básicos podendo formar diversos sais de complexos diferentes. Sendo o
Carbono o elemento que possui uma química mais diversa desse grupo.

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 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

LEE, J. D. Química inorgânica não tão concisa. 5. ed. São Paulo: Edgard
Blücher, 1999.

SHRIVER, D. F; ATKINS, P. W. Química inorgânica. Tradução da 4. ed.

inglesa. Porto Alegre: Bookman, 2008.

Housecrot, C.; Sharpe, A.; Química inorgânica, 4º edição, Rio de Janeiro:

LTC, 2013

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