A comparação entre os significados da atual crise econômica e do crash de 1929 oculta a principal diferença
entre essas duas crises, pois:
A. o crash da Bolsa em 1929 adveio do envolvimento dos EUA na I Guerra Mundial e a atual crise é o resultado
dos gastos militares desse país nas guerras do Afeganistão e Iraque.
B. a crise de 1929 ocorreu devido a um quadro de superprodução industrial nos EUA e a atual crise resultou
da especulação financeira e da expansão desmedida do crédito bancário.
C. a crise de 1929 foi o resultado da concorrência dos países europeus reconstruídos após a I Guerra e a atual
crise se associa à emergência dos BRICS como novos concorrentes econômicos.
D. o crash da Bolsa em 1929 resultou do excesso de proteções ao setor produtivo estadunidense e a atual crise
tem origem na internacionalização das empresas e no avanço da política de livre mercado.
E. a crise de 1929 decorreu da política intervencionista norte-americana sobre o sistema de comércio mundial
e a atual crise resultou do excesso de regulação do governo desse país sobre o sistema monetário.
10. (IFCE 2014) O século passado ficou conhecido como o “Breve século XX”. A afirmação é do historiador Eric
Hobsbawm (1917-2012), um dos maiores estudiosos desse momento histórico. Durante o período entre guerras, o
mundo conheceu os horrores dos regimes totalitários que dominaram a Europa e influenciaram outros governos
mundo afora. Dentre as características que marcaram os regimes fascistas, destaca(m)-se:
I. Presença do nacionalismo
II. Culto à personalidade dos líderes
III. Estado autoritário
É(são) verdadeiro(s):
a) somente I.
b) somente I e II.
c) somente I e III.
d) somente II e III.
e) I, II e III.
11. (ENEM-2019) Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira
cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo todas as formas de campos de concentração. Vistos de fora, os
campos e o que neles acontece só podem ser descritos com imagens extraterrenas, como se a vida fosse neles
separada das finalidades deste mundo.
Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível que
termina levando à aceitação do extermínio como solução perfeitamente normal.
- ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989 (adaptado).
A partir da análise da autora, no encontro das temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à naturalização
do(a):
Assinale uma das opções abaixo:
a) ideário nacional, que legitima as desigualdades sociais.
b) alienação ideológica, que justifica as ações individuais.
c) cosmologia religiosa, que sustenta as tradições hierárquicas.
d) segregação humana, que fundamenta os projetos biopolíticos.
e) enquadramento cultural, que favorece os comportamentos punitivos.
12. (ENEM-2015) A participação da África na Segunda Guerra Mundial deve ser apreciada sob a ótica da escolha
entre vários demônios. O seu engajamento não foi um processo de colaboração com o imperialismo, mas uma luta
contra uma forma de hegemonia ainda mais perigosa.
MAZRUI, A. “Procurai primeiramente o reino do político...” In: MAZRUI, A., WONDJI, C. (Org.). Historia geral da
África: África desde 1925. Brasília: Unesco, 2010.
Para o autor, a “forma de hegemonia” e uma de suas características que explicam o engajamento dos africanos no
processo analisado foram:
a) Comunismo / rejeição da democracia liberal.
b) Capitalismo / devastação do ambiente natural.
c) Fascismo / adoção do determinismo biológico.
d) Socialismo / planificação da economia nacional.
e) Colonialismo / imposição da missão civilizatória.
13. (ENEM-2009) O ataque japonês a Pearl Harbor e a consequente guerra entre americanos e japoneses no Pacífico
foi resultado de um processo de desgaste das relações entre ambos. Depois de 1934, os japoneses passaram a falar
mais desinibidamente da “Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental”, considerada como a “Doutrina
Monroe Japonesa”.
A expansão japonesa havia começado em 1895, quando venceu a China, impôs-lhe o Tratado de Shimonoseki
passando a exercer tutela sobre a Coreia.
Definida sua área de projeção, o Japão passou a ter atritos constantes com a China e a Rússia. A área de atrito
passou a incluir os Estados Unidos quando os japoneses ocuparam a Manchúria, em 1931, e a seguir, a China, em
1937.
Sobre a expansão japonesa, infere-se que:
a) o Japão tinha uma política expansionista, na Ásia, de natureza bélica, diferente da doutrina Monroe.
b) o Japão buscou promover a prosperidade da Coreia, tutelando-a à semelhança do que os EUA faziam.
c) o povo japonês propôs cooperação aos Estados Unidos ao copiarem a Doutrina Monroe e proporem o
desenvolvimento da Ásia.
d) a China aliou-se à Rússia contra o Japão, sendo que a doutrina Monroe previa a parceria entre os dois.
e) a Manchúria era território norte-americano e foi ocupado pelo Japão, originando a guerra entre os dois países.
14. (ENEM-2008) Em discurso proferido em 17 de março de 1939, o primeiro-ministro inglês à época, Neville
Chamberlain, sustentou sua posição política:
“Não necessito defender minhas visitas à Alemanha no outono passado, que alternativa existia? Nada do que
pudéssemos ter feito, nada do que a França pudesse ter feito, ou mesmo a Rússia, teria salvado a Tchecoslováquia
da destruição.
Mas eu também tinha outro propósito ao ir até Munique. Era o de prosseguir com a política por vezes chamada
de ‘apaziguamento europeu’, e Hitler repetiu o que já havia dito, ou seja, que os Sudetos, região de população
alemã na Tchecoslováquia, eram a sua última ambição territorial na Europa, e que não queria incluir na
Alemanha outros povos que não os alemães.”
Disponível em: www.johndclare.net. Com adaptações.
Sabendo-se que o compromisso assumido por Hitler em 1938, mencionado no texto acima, foi rompido pelo líder
alemão em 1939, infere-se que:
a) a aliança entre a Inglaterra, a França e a Rússia poderia ter salvado a Tchecoslováquia.
b) Hitler ambicionava o controle de mais territórios na Europa além da região dos Sudetos.
c) o rompimento desse compromisso inspirou a política de ‘apaziguamento europeu’.
d) a política de Chamberlain de apaziguar o líder alemão era contrária à posição assumida pelas potências aliadas.
e) a forma que Chamberlain escolheu para lidar com o problema dos Sudetos deu origem a destruição da
Tchecoslováquia.
15. (UFPR/2020) Com o fim da Segunda Guerra Mundial, foram constituídas zonas de influência geopolítica
caracterizadas pela hegemonia ostentada por duas superpotências econômicas e militares que emergiram do
conflito: Estados Unidos e União Soviética. Sobre o período que se convencionou denominar como “Guerra Fria”,
é correto afirmar:
A) Com a morte do líder soviético Stálin, ocorrida no ano de 1953, o sistema mundial de dominação bipolar foi
dissolvido, sendo criada no ano seguinte a Liga das Nações.
B) Acordos econômicos eram efetivados entre o Japão e a China, que se mantiveram neutros em relação aos
conflitos do Ocidente.
C) Nos anos cinquenta do século XX, os Estados Unidos e a União Soviética assinaram um pacto para evitar a
proliferação de armas nucleares.
D) O macarthismo, movimento político desenvolvido nos Estados Unidos durante a década de 1950, manifestou-
se pelo fim das hostilidades entre soviéticos e estadunidenses.
E) Índia, Egito e África do Sul permaneceram neutros durante a Guerra Fria, não se alinhando ao sistema bipolar.
16. (UPE/3ª fase/2021) Observe a imagem.
Napalm (Não consigo superar esse sentimento) – Banksy. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/banksy-obras/ Acesso
em: 08 ago. 2020.
A imagem ao lado representa uma crítica a duas questões fundamentais para a sociedade norte-americana
durante a Guerra Fria, sendo elas, respectivamente, a/o:
A. Guerra da Coreia e a globalização.
B. 11 de setembro e a guerra ao terror.
C. sociedade do consumo e a cultura pop.
D. desarmamento e a questão ambiental.
E. Guerra do Vietnã e o American way of Life.
17. (VUNESP-2021) Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos se viram numa situação privilegiada,
como a mais forte, coesa e próspera economia mundial. O governo americano coordenou um vasto plano de apoio
para recuperar as economias capitalistas da Europa Ocidental, já no contexto da Guerra Fria. As agitações
revolucionárias na Ásia, África e América Latina forçariam desdobramentos dos investimentos americanos
também para essas áreas. O resultado desse conjunto de medidas foi um crescimento econômico sem precedentes
das economias industriais. Entre 1953 e 1975 a taxa de produção industrial cresceu na escala extraordinária de seis
por cento ao ano. O crescimento da riqueza foi de cerca de quatro por cento per capita em todo esse período.
Mesmo com a crise do petróleo, que atingiu e abateu os mercados entre 1973 e 1980, o crescimento continuou,
embora reduzido a cerca de dois e meio por cento ao ano, o que ainda era uma escala notável.
(Nicolau Sevcenko. A corrida para o século XXI: no loop da montanha-russa, 2001. Adaptado.)
O apoio à recuperação das economias capitalistas da Europa Ocidental e os investimentos na Ásia, na África e na
América Latina, mencionados no texto, correspondem à atuação dos Estados Unidos
A. na defesa de posições políticas e ideológicas de caráter globalista e multicultural, após a onda nacionalista
trazida pela Segunda Guerra.
B. na disputa pelos mercados internos dos países do centro e oriente da Europa e dos países do Hemisfério Sul.
C. no cenário geopolítico do pós-Segunda Guerra, em meio às disputas de caráter econômico, militar e ideológico
com o bloco socialista.
D. na constituição de uma hegemonia mundial unilateral, favorecida pelo declínio econômico e militar dos países
do centro e do ocidente europeus.
E. no esforço de reconstrução dos países afetados diretamente pelos bombardeios e pelas invasões territoriais
durante a Segunda Guerra.
18. “... com a subida de Gorbatchov ao poder, em 1985, a União Soviética iniciou a renovação de seus quadros
dirigentes e pôs em prática a reformulação da legislação eleitoral, da administração popular e da economia..."
Das reformas a que o texto se refere surgiu a Glasnost:
a) um ousado plano de reestruturação da política e da economia que reduziu a participação soviética em conflitos
fora da Europa.
b) uma doutrina da "soberania limitada" que previa a existência de governos coniventes com o monopólio de
Moscou.
c) uma política de abertura, traduzida na campanha contra a corrupção e ineficácia administrativa, maior liberdade
política, econômica e cultural.
d) uma forma mais liberal de comunismo que incluía a ampliação das liberdades sindicais e individuais na Rússia
e excluía das mudanças os Estados satélites.
e) um plano quinquenal que priorizou a reforma agrária, a formação de cooperativas camponesas e adotou a
educação obrigatória para todo o povo.