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O fato investigado nos exemplos estudados, são os fatores externos a situação, que
interferem a abordagem convencional de avaliação. Nesse caso, listado acima, a situação
do emprego é externa ao programa, podendo sofrer intervenção da economia, da
conjuntura política, e de mecanismos sociais, porém ao separa-los em grupos
semelhantes, limita-se a interferência de fatores externos.
Outra vantagem abordada pelos autores refere-se ao fato que esse mecanismo de
avaliação, pode ser aplicado em “partes” da política pública, o que contribui para que
possa refinar continuamente a política.
Embora existam bons exemplos da utilização dos EACs, eles ainda não são amplamente
utilizados, principalmente devido as críticas que ele recebe, que são defendidas pelos
autores, remetendo-as como mitos, e suposições incorretas.
Outra crítica aos EAC’s é o seu custo. Porém defende-se que esse valor depende de seu
planejamento. Se por exemplo, o programa já existe, e sua avaliação será baseada nos
dados contidos em seu monitoramento, se é necessário que implante um novo sistema de
coleta de dados, se haverá recursos adicionais. Porém o maior argumento se dá ao fato
de que essa avaliação pode identificar se um programa é dispendioso, ou se é excelente,
e deve ser expandido. Os resultados da avalição poderão fazer com que os gastos futuros
sejam condicionados da melhor forma.
A terceira critica refere-se a sentido da falta de ética em condicionar parte das pessoas a
não receberem o tratamento estudado. O fato é que as vezes as intervenções
consideradas eficazes se mostraram ineficazes ou até mesmo prejudiciais, logo, o que
esta sendo estudado não é a aplicação dos EACs para testar serviços comprovadamente
benéficos, até porque isso não faria sentido, mas sim para comprovar a
eficácia de uma intervenção ou identificar seus problemas. Às vezes, não oferecer um
tratamento é melhor que oferecê-lo. A quarta critica argumenta sobre sua complexidade e
difícil realização. O fato é que qualquer outra forma de avaliação exige especialização,
assim como os EACs.
O quinto passo, é o que determina a superioridade desse tipo de avaliação, que é alocar
as unidades de tratamento aleatoriamente, sendo os indivíduos parecidos. Após esse
momento, se tem a introdução das intervenções nos grupos escolhidos, e mensuração
dos resultados. Nesse sexto passo, é importante que os indivíduos sejam introduzidos na
forma na qual foi originalmente planejado, além de ser necessário um bom método de
monitoramento.
REFERÊNCIAS
Laura Haynes, Owain Service, Ben Goldacre e David Torgerson.