Transferência de Calor
Prof. ª Eloá Suelen Ramos
Prof. ª Cândida Luiza Simonato
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. ª Eloá Suelen Ramos
Prof. ª Cândida Luiza Simonato
R175p
CDD 536.2
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Seja muito bem-vindo à disciplina de Processos de
Transferência de Calor. Nesta disciplina, você construirá conhecimento a
fim de compreender, interpretar, descrever e quantificar estes processos, de
modo que possa se tornar apto a praticar estes processos profissionalmente.
Bons estudos!
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que te levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para teu estudo.
VI
Sumário
UNIDADE 1 – OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS.......................... 1
VII
TÓPICO 3 – A NECESSIDADE DA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA............................ 47
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 47
2 CONSERVAÇÃO DA ENERGIA EM UM VOLUME DE CONTROLE (VC)............................ 48
3 O BALANÇO DE ENERGIA EM UMA SUPERFÍCIE.................................................................... 53
4 METODOLOGIA PARA ANÁLISE DOS PROBLEMAS DA
TRANSFERÊNCIA DE CALOR......................................................................................................... 58
5 RELEVÂNCIA DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR...................................................................... 62
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 64
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 65
VIII
2.4 CAMADA LIMITE ..............................................................................................................130
2.4.1 Camada limite de velocidade................................................................................................. 131
2.4.2 Camada limite térmica............................................................................................................ 132
2.4.3 Camada limite de concentração............................................................................................. 133
2.5 PARÂMETROS ADIMENSIONAIS............................................................................................... 135
2.5.1 Número de Reynolds............................................................................................................. 135
2.5.2 Número de Prandtl................................................................................................................. 135
2.5.3 Número de Nusselt................................................................................................................ 136
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 138
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 139
IX
2.5.5 Critérios adicionais.................................................................................................................. 172
2.5.6 Perda de carga.......................................................................................................................... 173
2.6 TROCADORES DO TIPO CASCO E TUBOS............................................................................... 173
2.7 TROCADORES TIPO DUPLO TUBO............................................................................................ 173
2.8 TROCADORES RESFRIADOS A AR............................................................................................. 173
2.9 TROCADORES DE PLACAS.......................................................................................................... 174
2.10 TROCADOR DE CALOR............................................................................................................... 174
2.11 TUBOS.............................................................................................................................................. 174
2.12 ESPELHOS....................................................................................................................................... 175
2.13 CASCO............................................................................................................................................. 175
2.14 CABEÇOTES.................................................................................................................................... 175
2.15 CHICANAS..................................................................................................................................... 176
3 CALDEIRAS........................................................................................................................................... 176
3.1 CALDEIRAS FLAMOTUBULARES............................................................................................... 176
3.2 CALDEIRAS AQUATUBULARES................................................................................................. 177
3.3 CALDEIRAS PARA USINAS DE FORÇA TERMOELÉTRICA................................................. 177
3.3.1 Caldeiras industriais................................................................................................................ 177
3.3.2 Caldeiras combinadas............................................................................................................. 177
4 FATORES DE INCRUSTAÇÃO.......................................................................................................... 177
5 DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA NOS TROCADORES DE CALOR............................... 178
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 180
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 181
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................... 217
X
UNIDADE 1
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
2 DEFINIÇÃO DE ENERGIA
Energia é definida basicamente como a capacidade de um corpo realizar
trabalho, ou seja, gerar força em um determinado corpo ou sistema.
Tem-se a energia sensível, que está associada à energia cinética dos átomos
e moléculas e seus componentes, relaciona o nível de transições e vibrações,
conforme ilustrado na Figura 1. Quanto maior a temperatura de um corpo, maior
será o seu nível vibracional, e, consequentemente, maior será sua energia sensível
e interna.
3
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
4
TÓPICO 1 | CONCEITOS TEÓRICOS E FUNDAMENTAIS
NOTA
a) Massa
b) Inércia
5
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
c) Peso
d) Elasticidade
e) Compressibilidade
6
TÓPICO 1 | CONCEITOS TEÓRICOS E FUNDAMENTAIS
NOTA
7
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
m (1.2)
d=
V
8
TÓPICO 1 | CONCEITOS TEÓRICOS E FUNDAMENTAIS
Pense em uma esfera com raio externo (Re) e com uma parte oca de raio
Ri. Considerando apenas a massa da parte maciça da esfera teremos:
Sabendo que:
m m
µ= =
esfera
Vesfera 4 π R3
3 esfera
m (1.3)
µesfera =
Vesfera − Voco
m (1.4)
µesfera =
4 π ( R3 − R3 )
3 esfera i
(1.5)
9
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
10
TÓPICO 1 | CONCEITOS TEÓRICOS E FUNDAMENTAIS
11
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
Por definição, uma caloria (1 cal) é a quantidade de calor que deve ser
transferida a um grama de água para variar a temperatura em 1 oC, por exemplo,
de 15,5 °C para 16,5 °C. Joule, após realizar alguns experimentos, estabeleceu
uma relação entre as duas unidades (joule e calorias):
1 cal = 4,18 J
Além disso, a British Thermal Unit (BTU) é também uma unidade técnica
usada para quantidade de calor. Geralmente é a unidade encontrada em manuais
para caracterizar equipamentos e máquinas que envolvem energia térmica:
V/T = constante
Vi V f
= (1.6)
Ti T f
Q = Cp ∆T = m c∆T (1.7)
12
TÓPICO 1 | CONCEITOS TEÓRICOS E FUNDAMENTAIS
Em que:
13
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
dQ
C= (1.8)
dT
Tem-se sempre Cᵖ > Cᵛ, mas a diferença é pequena para a maioria dos
sólidos em temperaturas iguais à ou abaixo da temperatura ambiente.
Q = m.L (1.9)
Em que:
14
TÓPICO 1 | CONCEITOS TEÓRICOS E FUNDAMENTAIS
2.8 ENTALPIA
Entalpia é uma propriedade extensiva de uma substância, que está
relacionada com o calor de reação (Qp) e permite calcular o calor absorvido ou
liberado em uma reação química. É uma função de estado:
A pressão constante:
QP = ∆H (1.11)
A + B -> C + D
15
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
∆H = H P − H R (1.12)
H P c.H C + d .H D
= (1.13)
H R a.H A + b.H B
= (1.14)
16
TÓPICO 1 | CONCEITOS TEÓRICOS E FUNDAMENTAIS
b) Forças de superfície
= .g ρ .V .g
F m= (1.15)
17
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
PM
ρ= (1.16)
RT
∆m kg
lim − = (1.17)
∆V →δ V ∆V m3
18
TÓPICO 1 | CONCEITOS TEÓRICOS E FUNDAMENTAIS
Volume m3 1
=∆ = = (1.18)
Massa kg ρ
Peso N
=γ = = ρ .g (1.19)
Volume m3
CO + H 2 → CH 3OH
Resolução:
19
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
20
TÓPICO 1 | CONCEITOS TEÓRICOS E FUNDAMENTAIS
. ³
Cv = AT (1.20)
21
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
22
TÓPICO 1 | CONCEITOS TEÓRICOS E FUNDAMENTAIS
l f − l0
= α l (T f − T0 ) (1.21)
l0
∆l
= α l ∆T (1.22)
l0
∆V
= αV ∆T (1.23)
V0
23
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
∆Q L
K= (1.24)
A.∆t ∆T
24
TÓPICO 1 | CONCEITOS TEÓRICOS E FUNDAMENTAIS
J
Material s W
=K =
m.K m.K
Prata 426
Cobre 398
Alumínio 237
Tungstênio 178
Ferro 80,3
Vidro 0,72 – 0,86
Água 0,61
Tijolo 0,4 – 0,8
Madeira (pinho) 0,11 – 0,14
Fibra de vidro 0,046
Espuma de poliestireno 0,033
Ar 0,026
Espuma de poliuretano 0,020
Polipropileno 0,25
Epoxi 0,30
Epoxi (não cargueada) 0,12 – 0,177
25
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
[...]
1- Não se deve admitir mais causas para os fenômenos naturais do que aquelas
que forem verdadeiras e suficientes para explicá-los.
2- Aos mesmos efeitos devemos, tanto quanto possível, atribuir as mesmas causas.
3- As qualidades dos corpos, obtidas a partir dos experimentos que fazemos com
eles, devem ser consideradas qualidades universais de todos os corpos, quaisquer
que sejam.
4- Na filosofia experimental nós devemos considerar corretas as proposições
obtidas por indução geral mesmo que sejam formuladas hipótese contrárias, até
que surjam fenômenos que justifiquem a revisão dessas proposições.
26
TÓPICO 1 | CONCEITOS TEÓRICOS E FUNDAMENTAIS
Nos poucos textos onde essas propriedades ainda aparecem, nessa época,
sua ênfase é drasticamente reduzida em relação às abordagens anteriores. É o
caso do Elementary Course of Physics (Aldous, 1898) que restringe a apresentação
das propriedades gerais da matéria apenas a uma tabela onde se inclui, ainda,
a impenetrabilidade. Na segunda década do século XX, o Traité Élémentaire
27
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
28
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Calor latente é o nome dado à quantidade de energia térmica utilizada para alterar
o estado físico de uma matéria.
• A entalpia se define como uma função de estado e seu cálculo foi exposto de acordo
com reações químicas.
29
AUTOATIVIDADE
1 Defina energia.
CH4(g) -74,8
CHCl3(l) - 134,5
HCl(g) - 92,3
30
8 Qual é a importância de conhecer os valores de condutividade térmica dos
materiais?
10 Qual deve ser a variação de temperatura aproximada sofrida por uma barra
de alumínio para que ela atinja uma dilatação correspondente a 0,2% de seu
tamanho inicial?
Dados: considere o coeficiente de dilatação do alumínio como 23x10 – 6 °C – 1.
31
32
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Os processos de transferência de calor são aqueles que possuem energia
em trânsito devido a uma diferença de temperatura preexistente entre materiais
ou até mesmo entre diferentes espaços do mesmo material. Este processo ocorre
porque o sistema tende a atingir o equilíbrio térmico. No Tópico 3, abordaremos
de forma básica cada um dos processos de transferência de calor. Funcionará
como uma introdução para a Unidade 2, em que estes serão apresentados com
maior profundidade e realizaremos cálculos a respeito de cada caso.
33
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
2 MECANISMO DE CONDUÇÃO
Condução é o processo de troca de energia entre uma região de maior
temperatura e outra de menor temperatura pelo movimento cinético ou impacto
entre as moléculas. Isso significa que é um processo que ocorre com maior
frequência em sólidos devido ao menor espaço interatômico.
1 - O gás ocupa o espaço entre duas superfícies (1) e (2) mantidas a diferentes
temperaturas de modo que T1 > T2.
2 - Como altas temperaturas estão associadas a energias moleculares mais elevadas,
as moléculas próximas à superfície são mais energéticas (movimentam-se mais
rápido).
34
TÓPICO 2 | VISÃO GERAL DOS PROCESSOS
Portanto, existe uma transferência líquida de energia de (1) para (2) por
condução.
35
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
36
TÓPICO 2 | VISÃO GERAL DOS PROCESSOS
37
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
∆U = Q − W (1.25)
38
TÓPICO 2 | VISÃO GERAL DOS PROCESSOS
NOTA
39
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
40
AUTOATIVIDADE
1 (UNISA-SP) Uma panela com água está sendo aquecida num fogão. O calor
das chamas se transmite através da parede do fundo da panela para a água
que está em contato com essa parede e daí para o restante da água. Na
ordem desta descrição, o calor se transmitiu predominantemente por:
a) ( ) radiação e convecção.
b) ( ) radiação e condução.
c) ( ) convecção e radiação.
d) ( ) condução e convecção.
e) ( ) condução e radiação.
a) ( ) no vácuo.
b) ( ) nos sólidos.
c) ( ) nos líquidos.
d) ( ) nos gases.
e) ( ) nos fluidos em geral.
41
manter as carnes aquecidas o dia todo, alguns utilizam uma caixa de isopor
revestida de papel alumínio. A figura a seguir mostra, em corte lateral, uma
caixa de isopor revestida de alumínio com carnes no seu interior.
Menino do Rio
Menino do Rio, calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço, calção corpo aberto no espaço
Coração de eterno flerte, adoro ver-te
Menino vadio, tensão flutuante do rio
Eu canto para Deus proteger-te
O Havaí, seja aqui, tudo o que tu sonhares
Todos os lugares, as ondas dos mares
Pois quando eu te vejo eu desejo o teu desejo
Menino do Rio, calor que provoca arrepio toma esta canção
como um beijo.
42
A música apresentada, de autoria de Caetano Veloso e interpretada por Baby
Consuelo, foi composta em 1979. Logo na primeira frase, existe um contraste
entre as palavras calor e arrepio, que é o efeito de eriçamento dos pelos do
corpo por causa da sensação de frio. Marque a alternativa correta a respeito
das trocas de calor entre os corpos:
43
7 Julgue as afirmações a seguir:
Estão corretas:
a) ( ) Apenas I.
b) ( ) Apenas I e II.
c) ( ) I, II e III.
d) ( ) I e III apenas.
e) ( ) Apenas II e III.
Reservatório
de água quente
Radiação Coletor
solar Reservatório
de água fria
Água quente
para o consumo
Vidro Placa escura
a) ( ) I.
b) ( ) I e II.
c) ( ) II.
d) ( ) I e III.
e) ( ) II e III.
45
46
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Como já citamos anteriormente, a termodinâmica e a transferência de
calor são ciências que se complementam, ou seja, a transferência de calor pode
ser vista como uma extensão da termodinâmica. Muitas vezes, em problemas
de transferência de calor, a primeira lei da termodinâmica, que diz respeito à
conservação de energia, fornece uma ferramenta muito útil. Desta maneira, a
primeira lei pode ser tratada das maneiras apresentadas a seguir.
47
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
tot
∆Eacu =Q − W (1.26)
tot
Em que ∆Eacu = Q −W
corresponde à variação de energia total acumulada no sistema,
Q é o calor transferido e W é o trabalho efetuado ou recebido pelo sistema. Pode-se
observar este mecanismo conforme a figura a seguir:
48
TÓPICO 3 | A necessidade da conservação de energia
49
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
50
TÓPICO 3 | A necessidade da conservação de energia
(
m u1 + ρ v + 1 V 2 + gz
2 ) entrada
(
− m u1 + ρ v + 1 V 2 + gz
2 ) saída
0 (1.28)
+ q −W =
Solução:
51
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
Considerações:
. . .
Eg − Esai =
Eacu
Eg = I 2 Rc' L
π D 2 dT
I R L − h (π DL )(T − T∞ ) − ε v (π DL ) T − T
2 '
e ( 4 4
viz ) ρc
= L
4 dt
52
TÓPICO 3 | A necessidade da conservação de energia
Em que:
dT I Re − π Dh (T − T∞ ) − π Dε v T − Tviz
=
2 ' 4 4
( )
dt ρc π D 4
2
( )
• A equação anterior poderia ser resolvida para fornecer o comportamento
dinâmico da temperatura da barra através de sua integração numérica. Uma
condição de regime estacionária seria no final atingida, na qual dT dt = 0 . A
temperatura da barra é, então, determinada por uma equação algébrica na
forma:
π Dh (T − T∞ ) + π Dε v (T 4 − Tviz4 ) =
I 2 Re'
• Para condições ambientais fixas ( h,T∞, ,Tviz ) bem como uma barra de
geometria (D) e propriedades (ε , Re' ) fixas, a temperatura do regime
estacionário depende da taxa de geração de energia térmica e, portanto,
do valor da corrente elétrica.
53
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
− Esaí
Eent = 0 (1.30)
Mesmo que possa ocorrer geração de energia térmica no meio, isto não
interfere no balanço de energia na superfície de controle. Essa exigência de
conservação vale para regime estacionário e para transiente.
54
TÓPICO 3 | A necessidade da conservação de energia
Exemplo 3:
T = 297 K ,
• Estando a pessoa no ar em repouso a ∞ qual é a temperatura
superficial da pele e a taxa de perda de calor para o ambiente? A
transferência de calor por convecção para o ar é caracterizada por um
( 2
coeficiente de convecção natural h = 2W / m K . )
• Estando a pessoa imersa em água a T∞ = 297 K , qual é a temperatura
superficial da pele e a taxa de perda de calor? A transferência de
calor para a água é caracterizada por um coeficiente de convecção
( )
h = 200W / m 2 K .
Solução:
Dados: Temperatura da superfície interna da camada pele/gordura, que
tem espessura, condutividade térmica, emissividade e área superfícia
conhecidas. Condições ambientais.
Achar: Temperatura superficial da pele e taxa de perda de calor da pessoa
no ar e na água.
Ilustração do problema:
55
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
Considerações:
Análise:
1- A temperatura da superfície da pele pode ser obtida fazendo-se um balanço
de energia na superfície da pele. A partir da seguinte equação:
− Esaí
Eent = 0
u n n
qcond − q conv −qrad 0
=
Ou, rearrajando:
Ti − Ts
k
L
(
= h (Ts − T∞ ) + εσ Ts4 − Tviz4 )
Ti − Ts
k = h (Ts − T∞ ) + hr (Ts − Tviz )
L
56
TÓPICO 3 | A necessidade da conservação de energia
kTi
+ ( h + hr ) T∞
Ts = L
k
+ ( h + hr )
L
Calculamos h, usando
= Ts 305
= K eT∞ 297 K , obtendo
( )
hr = 5,9W / m 2 K . Então, substituindo os valores numéricos na equação
anterior achamos:
0,3W / ( mK ) × 308 K
−3
+ ( 2 + 5,9 ) W / m² K × 297 K
Ts 3 × 10
= 307, 2 K m
0,3W / ( mK )
3 ×10−3 m
( )
+ ( 2 + 5,9 ) W / m 2 K
Com este novo valor de Ts, podemos recalcular hr e Ts, que não
mudam. Assim, a temperatura da pele é de 307, 2 K ≅ 34℃ .
qs = kA
Ti − Ts 0,3W
=
2
×1,8m ×
( 308 − 307, 2 ) K = 146W
L mK 3 ×10−3 m
0,3W
× 308 K
mK 200W
−3
+ 2 × 297 K
=Ts = 3 × 10 m m K 300, 7 K
0,3W
mK + 200W
3 ×10−3 m m 2 K
E:
qs = kA
Ti − Ts 0,3W
= ×1,8m 2 ×
( 308 − 300, 7 ) K = 1320W
L mK 3 ×10−3 m
57
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
Comentários:
1- Ao usar balanços de energia envolvendo trocas por radiação, as
temperaturas que aparecem nos termos de radição devem ser expressas em
kelvin, sendo então recomendado que se use kelvin em todos os termos para
evitar confusão.
2- Na parte 1, as perdas de calor devido à convecção e à radiação são de
37 W e 109 W, respectivamente. Assim, não teria sido razoável desprezar a
radiação. Deve-se tomar cuidado e incluir a radiação quando o coeficiente
de transferência de calor é pequeno (como é frequente na convecção natural
para um gás), mesmo se o enunciado do problema não fornecer qualquer
indicação de sua importância.
3- Uma taxa típica para a geração de calor metabólica é de 100 W. Se a pessoa
permanecesse na água por muito tempo, a sua temperatura corporal começaria
a cair. A perda de calor maior na água é devida ao maior coeficiente de
transferência de calor, que, por sua vez, é devido ao fato de a condutividade
térmica da água ser muito maior quando comparada à do ar.
4- A temperatura da pele de 34 ºC na parte 1 é confortável, mas a temperatura
da pele de 28 ºC na parte 2 é desconfortavelmente fria.
5- Com a implementação do balanço de energia em um ambiente de
programação e a inserção dos parâmetros de entrada apropriados, um
modelo do sistema pode ser desenvolvido para calcular Ts e qs ou qualquer
outro parâmetro do sistema. Com esse modelo, estudos de sensibilidade
paramétrica podem ser efetuados para explorar, por exemplo, o efeito
da mudança do h no valor de Ts. Sempre que possível, é uma boa prática
validar o seu modelo em relação a uma solução conhecida que, neste caso, é
mostrada na análise anterior.
58
TÓPICO 3 | A necessidade da conservação de energia
• Exercício resolvido
c)Esquema:
59
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
d)
• Condições de regime estacionário:
Sabendo que:
q"= h(Ts − T∞ )
E = εσ T 4 s
(
(∝ G )lâmpada − h (T − T∞ ) − εσ T 4 −T 4 vizinh =
0)
60
TÓPICO 3 | A necessidade da conservação de energia
0,8 x 2000
W
m 2 ( ) (
− 15W / m 2 K (T − 293) K − 0,5 x 5, 67.10−8W / m 2 K
4
) (T 4
)
− 3034 =
0
T = 377 K = 104 °C
61
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
62
TÓPICO 3 | A necessidade da conservação de energia
NOTA
63
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
64
AUTOATIVIDADE
65
66
UNIDADE 1
TÓPICO 4
PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
DE MASSA POR DIFUSÃO
1 INTRODUÇÃO
67
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
NOTA
68
TÓPICO 4 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
ρi = MM i . Ci (1.32)
ρ = ∆ρi (1.33)
C = ΣCi (1.34)
ρi
mi = (1.35)
ρ
Ci
xi = (1.36)
C
69
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
Pi
ρi = (1.37)
Ri .T
E:
Pi
Ci = (1.38)
ℜ.T
J A =
− ρ DAB ∇mA (1.39)
Ou:
J A* =
−CDAB ∇x A (1.40)
70
TÓPICO 4 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
• Exercício resolvido
71
UNIDADE 1 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
T 3/2
DAB ,T = DAB ,298 K x ( )
298 K
3/2
0, 41x10−4 m 2 293K 0, 40 x10−4 m 2
=DAB ,T = x
s 298 K s
W
0, 603
k mK= 0,144 x10−6 m 2 / s
=∝ =
ρ C p 998 kg x 4182 J
m3 kgK
dxA
J A* = −CDAB
dx
dC A
J A* = − DAB
dx
72
TÓPICO 4 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
m2 6m
2
kg
Espécie B ∝ x106 D
AB x10 Le J Ax106 2
s s sm
Ar 21,6 40 0,54 80
Água 0,14 6,3 x 10-3 23 13 x 10-3
Ferro 23,1 260 x 10-9 89 x 106 0,52 x 106
FONTE: Adaptado de Incropera et al. (2008)
73
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
ρi = MM i . Ci (1.32)
J A =
− ρ DAB ∇mA (1.39)
Ou:
J A* =
−CDAB ∇x A (1.40)
74
• Para soluções líquidas binárias, estes dados são exclusivos de medições
experimentais e para pequenas concentrações de A e B, DAB aumenta com o
aumento da temperatura.
CHAMADA
75
AUTOATIVIDADE
Pd
FONTE: <https://www.passeidireto.com/arquivo/42143289/pcm---resolucao-atividades-
assunto-3/2>. Acesso em: 16 abr. 2019.
76
UNIDADE 2
PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
DE CALOR E MASSA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em três tópicos. Em cada um deles você
encontrará diversas atividades que o(a) ajudarão na compreensão das
informações apresentadas.
CHAMADA
77
78
UNIDADE 2
TÓPICO 1
PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
DE CALOR POR CONDUÇÃO
1 INTRODUÇÃO
O processo de transferência de calor por condução é o processo de
transferência de energia das partículas mais energéticas para as menos energéticas
de uma substância, devido ao gradiente de temperatura e ao mecanismo por
interação molecular.
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
A seguir serão estudados os conceitos para compreensão dos processos
de transferência de calor por condução e estudo das equações fundamentais para
cálculos de distribuição de temperatura em regime estacionário e transiente.
79
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
FIGURA 1 – (A) COORDENADAS CARTESIANAS (X, Y, Z). (B) COORDENADAS CILÍNDRICAS (R, Z,
Φ) (C) COORDENADAS ESFÉRICAS (R, Φ, ϴ)
80
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
FONTE: <http://www.professor.unisinos.br/jcopetti/transcal_ppg/Conducao.pdf>.
Acesso em: 6 mar. 2019.
Equacionando (1):
81
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
∂T ( x, t )
( A.q ) x − ( A.q ) x + ∆x + V .g ( x ) =ρ CpV . (2.0)
∂t
∂T ( x, t )
− ( A.q ) x + ∆x − ( A.q ) x + V .g ( x ) =ρ CpV . (2.1)
∂t
Sabendo que:
dT
q = -K (2.2)
dx
V = Α. ∆ x (2.3)
Sendo:
q = fluxo de calor (W);
W W
k = coeficiente de condutividade térmica ( ou );
m.°C m.°K
V = volume (m³);
A = área perpendicular ao fluxo de calor q (m²);
T= temperatura (K ou °C).
∂T ( x, t )
- ( A.q ) x + ∆x - ( A.q ) x + A.∆x.=
g ( x ) ρ Cp A.∆x. (2.4)
∂t
1 ( A.q ) x + ∆x − ( A.q ) x ∂T ( x, t )
− g ( x) =
ρ Cp. (2.5)
A ∆x ∂t
82
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
1 ( A.q ) x + ∆x − ( A.q ) x d ( x, t )
− lim g ( x) =
ρ Cp. (2.6)
A ∆x →0 ∆x
dt
1 ∂ ∂T ( x, t )
− ( A.q ) + g ( x ) =
ρ Cp. (2.7)
A ∂x ∂t
1 d ∂T dT ( x, t )
− [− AK + g ( x) =
ρ Cp. (2.8)
A dx ∂x dt
1 d ∂T ∂T ( x, t )
[ AK + g ( x) =
ρ Cp. (2.9)
A dx ∂x ∂t
83
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
d ∂T ∂T ( x, t )
K + g ( x) =
ρ Cp. (2.10)
dx ∂x ∂t
Sendo K = constante:
d dT g ( x ) ρ Cp ∂T ( x, t )
+ =. (2.11)
dx dx K K ∂t
K
Em que: α = , α = difusividade térmica (m²/s).
ρ .Cp
A Equação 2.12 é a equação de transferência de calor por condução, em
coordenadas cartesianas, com K constante, com geração e no estado transiente:
d ²T g ( x ) 1 ∂T ( x, t ) (2.12)
+ = .
dx ² K α ∂t
• Coordenadas cilíndricas:
1 d dT ∂T ( r , t )
2π rHK + g (r ) =
ρ Cp. (2.13)
2π rH dr dr ∂t
Se K= constante:
1 d dT g ( r ) 1 ∂T ( r , t )
r + = . (2.14)
r dr dr K α ∂t
84
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
1 d dT ∂T ( r , t )
4π r K + g (r ) =
ρ Cp.
2
(2.15)
4π r ² dr dr ∂t
Se K= constante:
1 d 2 dT g ( r ) 1 ∂T ( r , t )
r K + = . (2.16)
r ² dr dr K α ∂t
d ²T 1 ∂T ( x, t )
= . (2.17)
dx ² α ∂t
∂T
• K uniforme e constante, .
∂t
d ²T g ( x )
+ 0
= (2.18)
dx ² K
85
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
d ²T
=0 (2.19)
dx ²
x = 0; T(0,t) = T1
x = L; T(0,t) = T2
FONTE: <http://www.professor.unisinos.br/jcopetti/transcal_ppg/Conducao.pdf>.
Acesso em: 6 mar. 2019.
86
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
dT
q0 =
−K |r =
0
dr
dT
qL =
−K |r =
L
dr
FONTE: <http://www.professor.unisinos.br/jcopetti/transcal_ppg/Conducao.pdf>.
Acesso em: 6 mar. 2019.
87
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Equação da Distribuição
Abrangência
1 d dT g ( r )
r + 0
= ≤ ≤L
r dr dr K 0 x
1ª C.C.
dT Fronteira 1
q0 = − K r=0
dr
2ª C.C.
dT Fronteira 2
qL = − K r=L
dr
FONTE: As autoras
q condução = q convecção
dT
−K = h1 (T∞1 − T ( 0, t ) )
dx
dT
− K = h2 (T ( 0, t ) − T∞ 2 )
dx
FONTE: <http://www.professor.unisinos.br/jcopetti/transcal_ppg/Conducao.pdf>.
Acesso em: 6 mar. 2019.
88
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Equação da Distribuição
Abrangência
d dT g 0 0≤ x ≤ L
+ 0
=
dx dx K
1ª C.C.
Fronteira 1
dT x=0
K + h1 (T∞1 − T ( 0, t ) ) =
0
dx
2ª C.C.
Fronteira 2
dT x=L
K + h2 (T ( 0, t ) − T∞ 2 ) =
0
dx
FONTE: As autoras
Equação da Distribuição
Abrangência
1 d dT g (r )
r + 0
= 0≤ x ≤ L
r dr dr K
1ª C.C.
dT Fronteira 1
h1 (T∞1 − T ( 0, t ) ) + K 0
= r=0
dx
2ª C.C.
dT Fronteira 2
h2 (T ( 0, t ) − T∞ 2 ) + K 0
= r=L
dx
FONTE: As autoras
89
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
FONTE: As autoras
d ²T d ²T d ²T g ( x ) 1 ∂T ( x, t )
+ + + = .
dx ² dy ² dz ² K α ∂t
Simplificando:
g ( x)
a) Sem geração interna de calor: =0
K
b) Regime permanente: ∂T ( x, t ) = 0
∂t
c)Unidimensional: d ²T d ²T d ²T d ²T
+ + =
dx ² dy ² dz ² dx ²
∫ dθ =
C1; C1 = 0
90
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
dT
Como definido θ = dT , então: = C1 , e integrando novamente, obtém-
dx dx
se a equação da reta:
T (=
x ) C1 x + C2 (2.20)
Para x=0:
C2 = T1 (2.23)
Para x=L:
T2 C1 L + T1
= (2.24)
T2 − T1 (2.25)
C1 =
L
Assim:
x
T ( x) =(T2 − T1 ) + T1 (2.26)
L
dT
q∝ (2.27)
dx
91
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
dT
q = −K (2.28)
dx
(2.29)
dT
Q = q. A ou Q = − KA
dx
d x − KA
Q=
− KA (T2 − T1 ) + T1 = . (T2 − T1 ) (2.30)
dx L L
Ou:
Q −K
q
= = . (T2 − T1 ) (2.31)
A L
92
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
1 d dT 1 d ²T d ²T g ( r ) 1 ∂T ( r , t ) (2.14)
r + + + = .
r dr dr r ² d Φ ² dz ² K α ∂t
Simplificando:
g (r )
a) Sem geração interna de calor: = 0.
K
∂T ( r , t )
b) Regime permanente: =0.
∂t
c) Unidimensional: d ²T = 0 , pois para tubo longo, T é independente de z.
dz ²
d) Simetria radial, d ²T
= 0 , pois T é independente de Φ .
d Φ²
dT dT
∫d r ∫ 0dr + C1 =
dr = r C1
= (2.32)
dr dr
dr
∫ dT =
∫ C1 + C2 (2.33)
r
T ( r ) C1 ln ( r ) + C2
= (2.34)
Para r=r1:
=T 1 C1 ln ( r1) + C2 (2.37)
93
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Para r=r2:
=T 2 C1 ln ( r 2 ) + C2 (2.38)
T1 − T2 r
T (r )
= ln + T2
r1 r2 (2.39)
ln
r2
dT
Q = − KA (2.29)
dx
dT
− K 2π rL
Q=
dr
( C1 ln ( r ) + C2 ) , ou derivando: Q = − K 2π LC1
T2 − T1
Substituindo Ci : Q = 2π KL (W)
r1
ln
r2
Q 2π KL T2 − T1 K T2 − T1
" =
q= = (2.40)
A 2π rL ln r1 r ln r1
r2 r2
• Exercício resolvido
94
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Dados:
0,14Kcal
k=
hm°C
=L 25
=cm 0, 25 m
Sala : 6 x15 x3 m
A= 2 x (6 x 3) + 2 x (15 x 3) = 126m²
kcal 2
0,14 x126m
kA hm °C kcal
Q
= . (T1 −=
T2 ) x ( 40 − 22 )=
°C 1270
L 0, 25m h
1270kcal 1 HP
=Q = x 1,979 HP
h kcal
641, 2
h
95
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
FONTE: <https://www.passeidireto.com/arquivo/5794508/lista-de-exercicios_3-
conducao_2014>. Acesso em: 20 jan. 2019.
• Coordenadas cartesianas:
dT
Q = − KA (2.29)
dx
x=L T2
Q ∫
X =0
dx = − KA ∫dT
T1
(2.41)
− KA(T2 − T1 )
Q= (2.42)
KA
=Q (T1 − T2 )
L (2.43)
Definindo:
L m m.m.°C °C
R= == = (2.44)
KA W .m² W .m² W
m.°C
Q=
(T1 − T2 ) (2.45)
R
96
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Se K ↓, R ↑, Q ↓
Se L ↑, R ↑, Q ↓
Se K ↑, R ↓, Q ↑
Se L ↓, R ↓, Q ↑
FONTE: <http://www.usp.br/sisea/wp-content/uploads/2014/11/apostila.pdf>.
Acesso em: 7 mar. 2019.
Q=
(T1 − T2 ) (T2 − T3 ) = (T3 − T4 )
= (2.46)
R1 R2 R3
Somando:
Q=
(T1 − T4 )
(2.47)
R1 + R2 + R3
Fazendo:
RT = R1 + R2 + R3
Assim:
Q=
(T1 − T4 )
(2.48)
RT
L1 L2 L3
=R1 = ; R2 = ; R3 (2.49)
K1 A K2 A K3 A
97
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Q=
(TA − TB )
(2.50)
RT
RT = R1 + Rb + R5 para Rb = R2 + R3 + R4 (2.51)
L1 L5
=R1 = ; R5 (2.52)
K1 A K5 A
1 1 1 1
Em paralelo: = + +
Rb R2 R3 R4
L2 L3 L4
=R2 = ; R3 = ; R4 (2.53)
K2 A K3 A K4 A
1 K 2 A K3 A K 4 A
= + + (2.54)
Rb L2 L3 L4
Assim:
L2 L3 L4
Rb = (2.55)
K 2 AL3 L4 + K 3 AL2 L4 + K 4 AL2 L3
98
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
FONTE: <http://www.usp.br/sisea/wp-content/uploads/2014/11/apostila.pdf>.
Acesso em: 7 mar. 2019.
∆T Ti − T∞ Ti − T∞
q
= = =
ΣR Rüüüüüüüü + R r
ln e (2.56)
ri + 1
2π KL 2π re Lhe
Para um valor fixo de ri, L, K, Ti, T∞, o calor transferido é uma função
dq
apenas do re, = 0, condição necessária para que seja ponto de máximo, mas
dre
não suficiente. Verifica-se que na Equação 2.56 há uma contribuição de um termo
de condução e outro de convecção, desta forma, se o raio externo do isolamento
aumentar, ele diminui uma das resistências térmicas (condução), e, no outro lado,
a resistência térmica de convecção aumenta.
99
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
dq −2π L (Ti − T∞ ) 1 1
= 0= 2
− 2
dre re Kre re h
ln
ri + 1 (2.57)
K re h
1 1
Assim: =
Kre hre ²
K
rcrítico= re= (2.58)
h
ATENCAO
• Exercício resolvido
100
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Dados:
=d 0,=
015 m; r 0, 0075 m
kcal kcal
=k 0,134
= ; he 7,32 2 a 20 °C
hm°C hm °C
kcal
0,134
k hm°C= 0, 018 m
re =
=
he 7,32 kcal
hm 2 °C
∆T Ti − T∞ Ti − T∞ kcal
q
= = = ≅ 20
ΣR Rcondução + Rconvecção r hm
ln e
ri + 1
2π KL 2π re Lhe
Sem isolamento:
re → ri
πT Ti − T∞ kcal
q= = =≅ 15
ΣR 1 hm
2π re Lhe
FONTE: <https://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/8/8e/TCL_Vol_II_-_Isolamento_Termico.
doc>. Acesso em: 7 mar. 2019.
101
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
102
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
• Balanço de energia:
103
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
(Calor transmitido
(Calor transmitido por (Calor transmitido por
por condução para
condução para dentro = + convecção de superfície
fora do elemento de
do elemento de volume) para o meio)
volume)
(q condução |x ) (qcondução |x + ∆x ) ( qconvecção )
dT
(q condução |x ) = − KAx
dx
dQx
(qcondução |x + ∆x ) : qx + dx =
QX +
dx
( )
dx + 0 dx 2 ; expansão em série de Taylor
qconvecção : qC hA (T − T∞ )
=
104
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
(qcondução |x )
= (q
condução |x + ∆x ) +
( qconvecção )
(2.59)
QX = dQ + (2.60)
QX + x dx hP (T − T∞ )
dx
dQx
dx + hP (T − T∞ ) (2.61)
dx
Substituindo Qx:
d dT
−k Ax + hP (T − T∞ ) = 0 (2.62)
dx dx
d dθ hP
A − θ=0 (2.63)
dx dx K
ϴ= ϴ(x)
A=A(x)
105
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
kA
L
(Ts,1 − Ts,2 )= hA(Ts,2 − T∞ ) (2.64)
Rearranjando, obtém-se:
LC
Ts ,1 − Ts ,2 kA resistência condutiva
= = = Bi (2.65)
T − T 1 resistência convectiva
s ,2 ∞
hA
LC hA hLC
=Bi = . (2.66)
kA 1 k
106
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
dT ( t )
ρ CpV
hA(T∞ − T( t ) = (2.67)
dt
dT ( t )
ρ CpV
dt
(
−hA T( t ) − T∞
= ) (2.68)
dT ( t )
ρ CpV
dt
( 0
+ hA T( t ) − T∞ = ) (2.69)
Simplificações:
dθ ( t ) dT ( t ) dT ∞
{ = −
dt dt dt
dθ ( t ) dT ( t )
{ =
dt dt
hA
{m =
ρ CpV
107
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
dT ( t ) hA
dt
+ T −T =
ρ CpV ( t ) ∞
(
0 ) (2.70)
dθ ( t )
+ mθ ( t ) =
0 (2.71)
dt
( t ) e− mt + c
ln θ = (2.72)
Assim:
θ ( t ) = c.e − mt (2.73)
ϴ(t)= (T( ) − T )
t ∞
(2.74)
ϴ(0)= (T( ) − T ) = θ 0 = T − T ∞
0 ∞ 0 (2.75)
θ (t )
=
(=
T( ) − T )
t ∞
e − mt (2.76)
θ0 (T( ) − T )
0 ∞
• Exercício resolvido
108
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
J W
ρ = 8954 kg / m3=
, Cp 383 .°C
= , k 386 .°C ) inicialmente a uma
kg m
Ti 250 °C é repentinamente imersa em um fluido agitado
temperatura =
W
=
∞ 50 °C com
mantido a T = h 200 .°C .
m2
a) Verificar se é possível a análise global.
b) Se for possível, determine o tempo necessário para que a temperatura da
esfera atinja 150 ºC.
c) Determine a temperatura do bloco a 5 e 10 minutos depois da imersão.
Resolução:
L h. A
Bi
= ×
k.A 1
h.L
Bi =
k
4.π . ( 0, 05 )
3
Volume 4.π .r 3
Ls
= = = = 1, 66 ×10−2 m
4.π . ( 0, 05 )
2
Área 3.4.π .r 2
200.1, 66 ×10−2
Bi
= = 8, 63 ×10−3
386
T ( t ) − T∞
= e − m.t
T0 − T∞
200.4.π . ( 0, 005 )
2
h. A
Sendo =
m = = 3,5 ×10−3
ρ .Cp.V 8954.383. 4 .π . ( 0, 05 )3
3
150 − 50
= e − m.t
250 − 50
109
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
0,5 = e
( )
− 3,5×10−3 .t
t = 198 segundos
T ( 300 ) = 119,99℃
Para parede plana infinitamente longa (de espessura 2L), segue equação:
T( x ,t ) − T∞ ∞
4 sinλn − λn t ∝
λx
= ∑[ e L ² cos n (2.77)
Ti − T∞ n =0 2λn + sin 2λn L
110
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Em que:
Q
de calor total antes de T= T∞ e sobre o eixo horizontal, o Bi²Fo, uma variável
, Q
de tempo adimensional. 0
111
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
112
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
FIGURA 17 – PERDA DE CALOR ADIMENSIONAL Q/Q0, PARA UMA PLACA PLANA INFINITA, DE
ESPESSURA 2L, COM O TEMPO
• Cilindro:
113
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
114
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
115
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
• Esfera:
116
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
117
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
• Exercício resolvido
θ T − T∞
= = 0, 7
θ0 T0 − T∞
Desta maneira:
θ 0 T0 − T∞ 871 − 1300
Bi
= = = = 0,929 ~ 1
θi Ti − T∞ 300 − 1300
118
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
k 50
=
∝ = = 1, 28 ×10−5
ρ .c 7800.50
α .t 1, 28 ×10−5
t*
= = = 3,90 segundos
( 0, 01)
2
r02
FONTE: Adaptado de Incropera et al. (2008)
119
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Aletas são empregadas para aumentar a troca térmica entre um sólido e um meio
fluido, seus tipos e a dedução do balanço de energia para obtenção da equação
geral da aleta.
120
AUTOATIVIDADE
Dados:
• Condutividade térmica da placa (K): 50 w/m°C
• Calor específico do objeto (c): 432 J/kg°C
• Coeficiente de dilatação linear(α): 1,6.10–5 ºC–1
• Área da placa (A): 0,6 m2
FONTE: <http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-fisica/exercicios-sobre-lei-
fourier.htm#questao-1>. Acesso em: 16 abr. 2019.
FONTE: <http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-fisica/exercicios-sobre-lei-
fourier.htm#questao-1>. Acesso em: 16 abr. 2019.
121
4 A parede de um incubador de ovos é composta por uma camada de fibra de
vidro (k=0,035W/mK) de 8 cm entre duas camadas de fórmica de 1 cm cada
uma (k=0,11W/mK). Do lado de fora a temperatura é TC = 10 ºC e o coeficiente de
troca de calor do lado externo do incubador é hc = 5W / m ² K . Do lado interno,
a temperatura é Th = 40 °C e devido um ventilador forçar o ar internamente
2
sobre os ovos, o coeficiente de troca convectiva é hh = 20W / m K .
122
UNIDADE 2 TÓPICO 2
PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
DE CALOR POR CONVECÇÃO
1 INTRODUÇÃO
O processo de transferência de calor por convecção ocorre pelo escoamento
de um fluido. Diferente da condução de calor, na convecção a propagação de
calor acontece através do transporte de matéria devido à diferença de densidade
e ação da gravidade.
FONTE: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/radiacao-conducao-conveccao.htm>.
Acesso em: 7 mar. 2019.
123
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
124
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
125
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
126
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
127
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
O fluxo de calor pode ser calculado com base na equação proposta por
Lewis:
Quando a taxa:
= = hA (Tw − T∞ )
Q Aq (2.80)
Q=
(Tw − T∞ )
1 (2.81)
hA
Em que, R = 1 .
hA
Assim, a equação passa a ser escrita como:
Q=
(Tw − T∞ ) (2.82)
R
• Exercício resolvido
128
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Resolução:
= hA (Tw − T∞ )
Q Aq
=
W
=Q 200 2
.1m 2 . ( 80 − 20 ) °C
m °C
1J / s 12000 J
=Q 12000
= W =
1W s
3600 s
t = 5 horas. = t = 18000 s
1h
J
=Q 12000
= .18000 s 216 MJ
s
FONTE: As autoras
129
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Dados:
A= 1 m²
T1= 400 °C
T2= 50 °C
k1= 20 W/m°C, L1= 5 cm
k2= 50 W/m°C, L2= 10 cm
k3= 100 W/m°C, L3= 15 cm
Resolução:
RT =R1 + R2 + R3 + R4
=R1
(=
T1−T2 )
;R
(=
T2−T3 )
;R
(=
T3−T4 )
;R
(=
T4−T5 )
;R
(T5−T6 )
1 2
L1 3
L2 4
L3 5
1
hA k1 A k2 A k3 A hA
1 L L L 1
RT = + 1 + 2 + 3 +
hA k1 A k2 A k3 A hA
=Q =
(T1−T6 ) ( 400 − 50 )=
°C
5,8.10⁴W
L1 L2 L3 0, 05 m 0,10 m 0,15 m
+ + + +
k1 k2 k3 20 W 50
W
100
W
m°C m°C m°C
FONTE: As autoras
130
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
131
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
τs
Cf = (2.83)
ρu ²∞ / 2
∂u
τs = µ para y=0 (2.84)
∂y
µ = viscosidade dinâmica.
132
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
∂T
qs = − k para y=0 (2.85)
∂y
qs h (Ts − T∞ )
= (2.86)
k ∂T
− | y =0|
∂y (2.87)
h=
Ts − T∞
133
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
∂C A
N A = − DAB | y =0| (2.88)
∂y
N A, s hm ( C A, S − C A,∞ )
= (2.89)
∂C A
− DAB | y =0|
∂y (2.90)
hm =
C A, S − C A,∞
134
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Em que:
ρ= massa específica do fluido;
µ = viscosidade dinâmica do fluido;
V= velocidade de escoamento;
x= ponto de transição do escoamento.
ρVxc
Rec
= = 5.105 (2.92)
µ
135
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Cρ µ µ/ρ v
Pr
= = = (2.93)
kf k f / ( ρC p ) ∝
Em que:
v = viscosidade cinemática (m²/s);
C = capacidade térmica à pressão constante (J/kg K);
ᵖ
α = difusividade térmica (m²/s);
k f = condutividade térmica do fluido (W/(mK).
hL
Nu
= = f ( Re, Pr ) (2.94)
kf
Em que:
h= coeficiente convectivo (W/m²K);
L= dimensão característica (m);
k f = condutividade térmica do fluido (W/mK).
• Exercício resolvido
136
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Resolução:
Viscosidade dinâmica da água:
Ns
µ = 1, 0030.10−3
m2
ρVD 1000 x 0, 05 x 0, 04
Re
= = = 1994
µ 1, 0030.10−3
137
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
138
AUTOATIVIDADE
FONTE: <http://pessoal.educacional.com.br/up/4660001/6249852/lista_5_etapa_3_IGL_
fisica_GABARITO.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2019.
FONTE: <https://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-fisica/exercicios-
sobre conveccao.htm#resposta-4826>. Acesso em: 16 abr. 2019.
139
5 Um fluido escoa sobre uma placa plana isotérmica. O comprimento da placa é
ajustado de forma que o número de Reynolds na extremidade final seja 5x10³
e a velocidade do fluido 1 m/s. Determine a espessura das camadas limites
hidrodinâmica e térmica se o fluido for:
a) Ar a 20 ºC.
b) Água a 50 ºC.
c) Óleo a 140 ºC.
FONTE: <http://www.fem.unicamp.br/~em524/Textos_Transparencias/CAP_6/AULA-20.pdf>.
Acesso em: 16 abr. 2019.
140
UNIDADE 2 TÓPICO 3
PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
DE CALOR POR RADIAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A radiação térmica geralmente é a terceira forma de transferência de calor
estudada. Além disso, é geralmente a mais interessante devido ao fenômeno
de aquecimento da Terra pelo Sol se dar a partir deste mecanismo, e é isto que
proporciona a vida em nosso planeta.
Além de o Sol emitir radiação para a Terra, todo corpo que possui matéria
também emite. Este tipo de transferência de calor ocorre em decorrência da
temperatura absoluta dos corpos, ou seja, não necessita de um meio material para
se propagar (diferentemente dos outros dois mecanismos vistos até agora).
2 CONCEITO FUNDAMENTAIS
A seguir serão estudados os conceitos para compreensão dos processos de
transferência de calor por radiação e estudo do corpo negro e lei de Stefan-Boltzmann.
141
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
Certo! Porém, existe uma explicação física para este fenômeno. O que
ocorre é uma redução da energia interna deste sólido pela emissão de radiação
ocorrendo instantaneamente. Desta maneira, podemos afirmar que a taxa de
transferência de calor por radiação líquida, q(rad), que está “saindo” da superfície
do sólido é a sua temperatura (T) até atingir a temperatura da vizinhança (Tviz).
c
λ= (2.95)
ν
142
TÓPICO 3 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
dAn
dω ≡ (2.96)
r2
143
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
=d ω senθ dθ d ∅ (2.97)
. 2π π /2 π /2
=∫dω h
∫
0 0
∫ sen
= ∫ senθ dθ 2π sr
θ dθ d ∅ 2π=
0
(2.98)
144
TÓPICO 3 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
dq
I λ ,e ( λ , θ , φ ) ≡ (2.99)
dA1 cos θ .d ω.d λ
Sendo que dqλ (taxa de radiação emitida por uma superfície) possui
unidades de W / µ m . Para que seja possível o cálculo desta taxa por uma região
definida é necessário conhecer a intensidade espectral ( I λ , l ) . Essa grandeza pode
ser calculada pela Equação 2.101, e substituindo a Equação 2.100, temos que o fluxo
de radiação espectral associado a dA1 é:
• Exercício resolvido
Exemplo 8: Tendo uma superfície com área A1= 10-3m2 que emite com
intensidade total IA1= 7000 W/m2.sr:
145
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
dA
dω =
r²
A3 10−3 m²
ω3= ω4= = = 4, 00 ×10−3 sr
−1 −1
r² ( 0,5m )²
Se A1 é considerada uma superfície diferencial, pode-se expressar a taxa
como:
I × A1cosθ1 × ω j −1
q1− j =
146
TÓPICO 3 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
7000W
q1− 2 = 2 ( )
10−3 m 2 × cos 60º 3, 46 ×10−3 sr =
12,1×10−3W
(m .sr )
7000W
q1−3 = 2 ( )
10−3 m 2 × cos 0º 4, 00 ×10−3 sr =28, 0 ×10−3W
(m .sr )
7000W
q1− 4 = 2 ( )
10−3 m 2 × cos 45º 4, 00 ×10−3 sr =
19,8 ×10−3W
(m .sr )
147
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
π /2 ∞
= π ∫ cosθ senθ dθ ∫Bv (T ) dv σ T 4
F 2= ( 2.8) (2.102)
0 0
em que:
σ=
5, 67 ×10−5 ergs.cm −2 K −4 s −1 =
5, 67 ×10−8Wm −2 K −4
é a constante de Stefan-Boltzmann.
E
IMPORTANT
148
TÓPICO 3 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
149
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
150
TÓPICO 3 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
LEITURA COMPLEMENTAR
151
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA
capítulo 11, onde é feita uma introdução a trocadores de calor; capítulo 12, que trata
da transferência de massa e de calor. Nas edições subsequentes, foram introduzidas
melhorias no texto e na apresentação dos tópicos. Um ponto alto e de grande
importância na proposta de ensino-aprendizagem de transferência de calor de Kreith
(1973, 1977) são os exemplos resolvidos à medida que são apresentados os conteúdos
teóricos em cada capítulo, seguidos de vários problemas propostos, em ordem
crescente de dificuldade [...].
FONTE: <http://bit.ly/328tYWR>. Acesso em: 3 abr. 2019.
152
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• O corpo negro é aquele que absorve toda a radiação incidente sobre ele, além de
explorar como ocorre este tipo de fenômeno em corpos com tais características.
CHAMADA
153
AUTOATIVIDADE
3 Uma panela com água está sendo aquecida num fogão. O calor das chamas
se transmite através da parede do fundo da panela para a água que está
em contato com essa parede e daí para o restante da água. Na ordem desta
descrição, o calor se transmitiu predominantemente por:
a) ( ) radiação e convecção.
b) ( ) radiação e condução.
c) ( ) convecção e radiação.
d) ( ) condução e convecção.
e) ( ) condução e radiação.
FONTE: <https://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-fisica/exercicios-sobre-
transmissao-energia-termica.htm>. Acesso em: 16 abr. 2019.
4 Num dia quente, você estaciona o carro num trecho descoberto e sob um
sol causticante. Sai e fecha todos os vidros. Quando volta, nota que “o carro
parece um forno”. Esse fato se dá porque:
FONTE: <https://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-fisica/exercicios-
sobre-transmissao-energia-termica.htm>. Acesso em: 16 abr. 2019.
154
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
155
156
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Equipamentos de troca térmica consistem em dispositivos que facilitam
a transferência de calor entre dois ou mais fluidos de temperaturas diferentes.
Estes equipamentos são conhecidos como trocadores de calor e diversos tipos
já são conhecidos. Eles variam de acordo com a necessidade tecnológica, tipo de
processamento a ser empregado, condições operacionais, estrutura etc. Dentro
dos trocadores de calor ocorrem as diferentes formas anteriormente apresentadas
de transferência de calor (condução, convecção ou radiação).
157
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
2 TROCADORES DE CALOR
Trocadores de calor são equipamentos dimensionados para realizar a
troca de calor entre fluidos sem que os mesmos se misturem. Os fluidos podem
ser provenientes do processo em questão, ou então pode ocorrer de modo que o
fluido do processo troque calor com água, vapor d’água ou ar.
158
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TROCA TÉRMICA
FONTE: <https://www.mecanicaindustrial.com.br/wp-content/uploads/2012/05/Torre-de-
resfriamento-2.jpg>. Acesso em: 8 mar. 2018.
159
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
160
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TROCA TÉRMICA
161
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
Outra variação possível neste tipo são os feixes de tubos. Estes podem
ser lisos, aletados ou em U. Os tubos lisos seguem alguns padrões quanto a
diâmetros e comprimentos. Os tubos aletados possuem a superfície amplificada,
dependendo do espaço, limpeza, manutenção, corrosão e custo. A classificação
deste tipo de tubo é realizada pela orientação das aletas, podendo ser transversais
ou longitudinais em relação ao tubo-base e à altura das aletas, como tubos de
alta aleta e tubos de baixa aleta. Os tubos em U apresentam dificuldades na
determinação do comprimento efetivo dos tubos para o cálculo da área de troca
térmica.
162
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TROCA TÉRMICA
NOTA
163
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
• Pressão: as pressões máximas toleradas são de 1,5 Mpa, por valores superiores
apresentarem vazamentos nas gaxetas.
• Temperatura: temperatura máxima de operação é de 150 ºC.
• Perda de carga: possui alta perda de carga pelo atrito, o que gera alto custo
de bombeamento. Para diminuir este efeito é possível aumentar o número de
passagens por passe.
• Mudança de fase: não são recomendadas operações de condensação ou
evaporação devido ao espaço reduzido dentro dos canais e às limitações de
pressão.
• Fluidos: não compatível para materiais de alta viscosidade ou com alto teor
fibroso.
• Vazamentos nas placas: a fricção entre placas pode desgastar o metal e
formar pequenos furos de difícil localização. Como precaução, é aconselhável
pressurizar o fluido de processo para que, no caso de vazamento na placa, o
fluido de utilidade não o contamine.
164
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TROCA TÉRMICA
Cada aleta plana ou ondulada é separada por uma chapa plana. Existem
três arranjos possíveis para as correntes nestes casos: cruzadas, contracorrentes
ou paralelas. Este tipo de trocador de calor geralmente é empregado nas trocas
entre gás/gás, porém a baixas pressões, não ultrapassando 10 atm. Temperatura
máxima de operação gira em torno de 800 ºC e também são empregados em casos
de criogenia.
165
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
166
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TROCA TÉRMICA
167
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
Escoamento Escoamento
cruzado cruzado
(não misturado) (misturado)
Escoamento Escoamento
no tubo no tubo
(não misturado) (não misturado)
FONTE: <https://essel.com.br/cursos/material/03/CAP2.pdf>. Acesso em: 17 abr. 2019.
168
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TROCA TÉRMICA
169
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
2.4.1 Condensadores
Estes equipamentos são utilizados em diversas aplicações, como usinas
de força a vapor de água, plantas de processamento e usinas nucleares elétricas
de veículos espaciais. Os principais tipos de condensadores são os de superfície,
a jato e evaporativos. O de superfície é o mais comum por apresentar a vantagem
de o condensador ser devolvido à caldeira. A densidade do vapor é muito baixa,
sendo que a vazão do fluido é alta pela pressão de vapor que gira em torno de
1,0 a 2,0 polegadas de mercúrio. Como alternativa para minimizar a perda de
carga na transferência do vapor da turbina para o condensador, monta-se o
condensador ordinariamente abaixo da turbina. A água do resfriamento flui
horizontalmente pelos tubos, enquanto o vapor flui verticalmente para baixo,
passando transversalmente pelos tubos.
170
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TROCA TÉRMICA
Os tubos por onde a água aquecida passa podem ser posicionados no chão
ou no teto. Os fornos que aquecem o fluido dependem de ventiladores, enquanto
as caldeiras necessitam de bombas. Eles podem estar conectados ao sistema por
encanamentos para que a água possa ser fornecida ao sistema de aquecimento.
171
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
2.5.2 Manutenção
Este fator busca destacar a necessidade de acesso para limpeza mecânica
e química das áreas expostas a problemas. Deve também permitir a substituição
de componentes danificados ou eventuais reparos.
2.5.4 Custo
172
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TROCA TÉRMICA
173
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
FONTE: <https://docplayer.com.br/11061274-2-2-criterios-de-selecao-de-um-trocador-de-calor.
html>. Acesso em: 8 mar. 2019.
A- tubos;
B- espelhos;
C- casco;
D- cabeçotes;
E- tampas;
F- divisor;
G- chicanas.
2.11 TUBOS
174
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TROCA TÉRMICA
Os tubos mais utilizados são lisos, porém alguns projetos são feitos com tubos
com aletas inteiriças ou baixas aletas. Pode-se observar a diferença na seguinte figura:
FIGURA 13 – TUBOS
NOTA
Estas aletas inteiriças tem como função aumentar a área de troca de calor,
compensando assim o coeficiente de película baixo em relação ao lado interior.
2.12 ESPELHOS
Os espelhos funcionam como suporte para o conjunto de tubos, que é
chamado de feixe. Consiste em uma placa perfurada, onde os tubos são inseridos
e fixados ou por mandrilagem ou por solda, dependendo do tipo de processo.
2.13 CASCO
O casco possui forma circular e é feito de tubos de aço padronizados
dependentes da pressão que a parede necessitará suportar. Diâmetros maiores
são fabricados com chapas calandradas.
2.14 CABEÇOTES
Os cabeçotes servem para distribuir o fluido que percorre o feixe tubular.
O feixe possui diversos modelos de construção, que diferencia os passes entre os
tubos e o casco.
175
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
2.15 CHICANAS
3 CALDEIRAS
As caldeiras produzem vapor d’água ou aquecimento de fluidos térmicos.
A maior parte do vapor utilizado em processos de grande porte são provenientes
de caldeiras, e apenas uma pequena parte é gerada por refervedores. A energia
pode ser obtida a partir da queima de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos. São
equipamentos de fácil utilização e automatização. A eficiência da tranformação
da energia elétrica em vapor pode atingir até 99%.
176
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TROCA TÉRMICA
Suas desvantagens são o fato de custar até 50% mais do que uma caldeira
flamotubular, complexa construção e necessidade de um tratamento de água
cuidadoso.
4 FATORES DE INCRUSTAÇÃO
Com o decorrer do tempo, as superfícies dos trocadores de calor tendem
a ficar cobertas por partículas referentes ao escoamento, o que gera um processo
de corrosão causado pelo fluido no trocador. Como consequência, é gerada certa
resistência no fluxo de calor, o que faz com que o desempenho do equipamento
seja comprometido.O efeito gerado é tratado como um fator de incrustação (Rd),
que deve ser considerado no cálculo de transferência de calor junto com as outras
resistências térmicas existentes.
177
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
1 1
Rd
= − (3.0)
U sujo U limpo
178
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TROCA TÉRMICA
179
RESUMO DO TÓPICO 1
180
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://www.mundovestibular.com.br/articles/7291/1/Exercicios-de-Calorimetria/
Paacutegina1>. Acesso em: 17 abr. 2019.
FONTE: <https://www.mundovestibular.com.br/articles/7291/1/Exercicios-de-Calorimetria/
Paacutegina1>. Acesso em: 17 abr. 2019.
Dados:
• Condutividade térmica do alumínio = 60 cal/s.m.°C.
• Calor latente de vaporização da água = 540 cal/g.
• Calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g.
• Calor específico da água = 1 cal/g.°C.
• Calor específico do gelo = 0,5 cal/g.°C.Com relação ao exposto, marque V
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
181
a) ( ) O fluxo de calor através do difusor depende da sua geometria, do material
e da diferença de temperatura entre as faces inferior e superior.
b) ( ) Supondo que a face inferior do difusor está a 105 °C e a face superior está
a 100 °C, o fluxo de calor através do difusor é 1,8 cal/s.
c) ( ) O fundo da panela aquece a água colocada no seu interior unicamente
por convecção, que envolve o transporte de matéria de uma região quente para
uma região fria e vice-versa.
d) ( ) O calor recebido por uma substância dentro da panela pode causar
mudança de temperatura, mudança de fase ou ambas.
e) ( ) Supondo um fluxo de calor através do fundo da panela de 2,0 kcal/s,
e que dentro dela foi colocado 150 g de gelo a -10 °C, serão necessários
aproximadamente 6,4 segundos para fundir 2/3 do gelo.
f) ( ) O difusor de alumínio é aquecido por radiação proveniente da chama da
boca do fogão.
182
UNIDADE 3
TÓPICO 2
CÁLCULOS DE TROCADORES DE
CALOR E SUAS PARTICULARIDADES
1 INTRODUÇÃO
Os trocadores de calor são equipamentos amplamente utilizados na
indústria de processos, pois o processo de troca de calor entre dois fluidos, que
estão a diferentes temperaturas e se encontram separados por uma parede sólida,
ocorre em muitas aplicações na engenheira. Sua utilização está relacionada à
flexibilidade de projeto, à fácil adaptação às condições de operação do processo
e construção resistente. Suas aplicações podem ocorrer desde o aquecimento de
ambientes, no condicionamento de ar, produção de potência até a recuperação de
calor em processos, entre outros.
183
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
J/s
U=A (3.2)
m 2 °C
1 1 1
= = (3.3)
UA Uf Af Uq Aq
184
TÓPICO 2 | CÁLCULOS DE TROCADORES DE
FONTE: As autoras
Ou:
QT
A= (3.5)
U ( F ∆Tml )
Em que:
Q= Taxa.
U= Coeficiente Global de Transferência de Calor.
A= Área de Troca Térmica.
F= Fator de geração da força motriz.
∆ Tml = Média apropriada de diferenças de temperaturas.
185
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
NOTA
∆T − ∆T2
∆Tml =1 ∆T
=
∆T1 (3.6)
ln
∆T2
NOTA
186
TÓPICO 2 | CÁLCULOS DE TROCADORES DE
187
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
Assim:
188
TÓPICO 2 | CÁLCULOS DE TROCADORES DE
Q trocado
ε= (3.9)
Q máx possível trocada
U .A
NUT = (3.10)
C mín
C ≡ Taxa deCapacidadeTérmica
kg J J / s
.Cp ) fluido =
C=m . = (3.11)
s kg °C °C
C mín
= ( m. Cp ) mín ≡ C máx
= ( m. Cp ) máx (3.12)
• Casos especiais
Q trocada
ε= (3.13)
( m.Cp ) frio (T f ,s − T f ,e )
No limite:
QT
ε= (3.14)
( m.Cp ) frio (Tq ,s − T f ,e )
QT
ε= (3.15)
C mín (Tq ,e − T f ,e )
189
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
FONTE: As autoras
QT
ε= (3.16)
Q máx possível
QT
ε= (3.17)
( m.Cp )quente (Tq ,e − Tq ,s )
No limite:
Tq,s Tf,e
QT
ε= (3.18)
C mín (Tq ,e − T f ,e )
190
TÓPICO 2 | CÁLCULOS DE TROCADORES DE
FONTE: As autoras
C máx mq Cpq
m f Cp f
C mín
Escoamento paralelo:
1 − exp − NUT (1 + Cr )
ε= (3.19)
1 + Cr
Escoamento contracorrente:
1 − exp − NUT (1 − Cr )
ε= (Cr<1) (3.20)
1 − Cr exp − NUT (1 + Cr )
NUT
ε= (Cr=1) (3.21)
1 + NUT
2) Casco e tubos:
191
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
−1
1 + exp − NUT (1 + Cr 2 )1/2
ε = 2 1 + Cr + (1 + Cr ) .
2 1/2
(3.22)
1 − exp − NUT (1 + Cr 2 )1/2
−1
1 − ε Cr n 1 − ε Cr n
ε=
( 1 − ε ) − 1 ( 1 − ε ) − Cr (3.23)
1
1 − exp ( NUT )0,22 exp −Cr ( NUT )0,78 − 1
ε=
Cr
{ } (3.24)
1
{
ε= (1 − exp −Cr 1 − exp ( − NUT )
Cr
} (3.25)
{
1 − exp (−Cr −1 1 − exp −Cr ( NUT )
ε= } (3.26)
1 − exp ( − NUT )
ε= (3.27)
192
TÓPICO 2 | CÁLCULOS DE TROCADORES DE
193
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
194
TÓPICO 2 | CÁLCULOS DE TROCADORES DE
• Exercício resolvido
Q= UA (F∆Tml)
F=1 (Trocador de calor contracorrente)
(T q, e − T f , e ) − (T q, s − T f , s )
∆Tml =
T q, e − T f , e
ln
T q, s − T f , s
QT , q = Q , f
T
(m Cp)q ( T q, e − T q, s ) =
(m Cp)f ( T f , s − T f , e)
Cp f ≅ Cp q ≅ 4, 20 kJ / kg .°C
mq (T q, e − T q, s ) +T f , e
T f ,s=
mf
1 kg / s ( 90 − 60 ) °C +40 °C
T f ,s=
2 kg / s
T f ,=
s 55 °C
196
TÓPICO 2 | CÁLCULOS DE TROCADORES DE
QT
= ( mCp∆T ) q ou f
QT
= ( mCp∆T ) q
QT
A=
U ( F ∆Tml )
126 kJ / s
A=
kJ / s ( 50 − 5 ) °C
1, 00 1
m² K 50
ln
5
A = 6,35 m 2
A = 6, 45 m 2
• Exercício resolvido
197
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
QT por B.E
Qq = ( mCp∆T ) q = QT
Q=
T Q
=q 126 kJ / s
F ≠1
P/ ∆Tml como F ≠ 1
∆Tml (contracorrente)
T f , s → Considerando
Qq = QT
( mCp∆T ) q = ( mCp∆T ) f
T f ,=
s 55°C
∆T1 = (90-55) °C
∆T1 = 35 °C
∆T2 = T q, s − T f , e
∆T2 = (60-40) °C
∆T2 = 20 °C
∆Tml (contracorrente) = 26,8 °C
F=? = f(Z,P) = f(R,P)
Tt , s − Tt ,e 55 − 40
P= = = 0,3
Ts ,e − Tt ,e 90 − 40
Ts ,e − Ts ,s 90 − 60
Z= = =2
Tt , s − Tt ,e 55 − 40
198
TÓPICO 2 | CÁLCULOS DE TROCADORES DE
F ≅ 0,93
QT 126000 J / s
A=
= = 5, 06 m 2
U ( F ∆Tml ) 1000 J / s 0,93.26,8 °C
( )
m2 K
FONTE: <http://www.dequi.eel.usp.br/~felix/Trocadores.pdf>. Acesso em: 17 abr. 2019.
• Exercício resolvido
ε=
( mCp
) q (T q, e − T q, s )
( mCp
) q ( T q, e − T f , e )
199
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
=ε
(=90 − 60 )
0, 60
( 90 − 40 )
NUT=
− ln [1 − 0, 6. (1 + 0,5]
1 + 0,5
NUT= 1,53
J
1,53 1 kg / s. 4200
kg °C
=A = 6, 447 m 2
J /s
1000 2
m °C
FONTE: <http://www.dequi.eel.usp.br/~felix/Trocadores.pdf>. Acesso em: 17 abr. 2019.
• Exercício resolvido
QT
A=
U ( F ∆Tml )
200
TÓPICO 2 | CÁLCULOS DE TROCADORES DE
QT
= ( mCp∆T ) f
T q, s = ?
Q=
q Q=
f QT
7, 67.108 J / h =1088, 6 kg / h
CpTe − CpTs
Cp =
2
• Estimativa
Qq = Q f
( mCp∆T ) q = ( mCp∆T ) f
2268.80
∆Tq ≅
1080, 6
∆Tq ≅166 °C
kJ
QT 1088, 6kg / h.4,36
=
kg °C
( 204, 4 − Tq , s ) °C 7, 67.105 kJ / h
T
=q,s 42,8 °C
H 2O
Cp42,8 ≅ 4,18 kJkg °C
201
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
Estimativa inicial. – ok
∆T1 = 100 °C
∆T2= 18,8 °C
100 −18,8
∆Tmlcontracorrente = = 48, 6 °C
100
ln
18,8
Tt , s − Tt ,e 24 −104, 4
P= = = 0,5
Ts ,e − T 42,8 − 204, 4
Z= ≅ t ,e
F ≅ 0,68
Cálculo da área:
QT
A=
U ( F ∆Tml )
J h
7, 67.108 .
A= h 3600 s
300 J / sm²°C ( 0, 68.48, 6 ) °C
A = 21,5 m 2
202
TÓPICO 2 | CÁLCULOS DE TROCADORES DE
• Exercício resolvido
U= 4600 W/m²K
QT = 2.106 W / m 2 K
∆Tmlcontracorrente
∆T1 = 65 °C
∆T2 = 47 °C
65 − 47
∆Tmlcontracorrente == 55,5 °C
65
ln
47
203
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
F= f(P,Z)
Tt , s − Tt ,e 38 − 20
P= = ≅ 0, 28
Ts ,e − Tt ,e 85 − 20
Ts ,e − T 85 − 85
Z= s ,s
= ≅0
F=1 Tt , s − Tt ,e 38 − 20
Cálculo da área:
QT
A=
U ( F ∆Tml )
2.106 W
A=
4600W / m 2 °C ( F .55,5 ) °C
A = 7833 m 2
FONTE: <http://www.dequi.eel.usp.br/~felix/Trocadores.pdf>. Acesso em: 17 abr. 2019.
• Exercício resolvido
2.109 W
( mCp ) f =
( 38 − 20 ) °C
Cmín = 1,1. 108W / °C
Cmín
Cr =
Cmáx
Cr =0
NUT = -ln (1- ε )
NUT = -ln (1-0,28)
NUT = 0,33
204
TÓPICO 2 | CÁLCULOS DE TROCADORES DE
QT
ε=
Qmáx
2.109 W
ε=
Cmín (Tq, e − Tf , e )
2.109 W
ε=
1,1.108W / °C ( 85 − 20 ) °C
ε = 0, 28
Cálculo da área:
UA
NUT =
Cmín
0,33.1,1.108W / °C
A=
4600W / m 2 °C
A = 7891,3 m 2
• Exercício resolvido
205
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
QT
= ( mCp
) ∆Tq
=QT ( mCp
) (Tq, e − Tq, s )
q
QT = ε . Qmáx
UA
NUT =
Cmín
kg h J
) f = 5000
Cmín = ( mCp . .=
4180 5805,55 J / s°C
h 3600 s kg °C
11600W / K
NUT = =2
5805,55 J / s°C
ε = f ( NUT )
−1
− NUT (1+ Cr 2 )
1/2
1 + e
ε1= 2 (1 + Cr + (1 + Cr ) .
2 1/2
− NUT (1+ Cr 2 )
1/2
1 − e
fmCp
5000
Cr = = = 0,5
mCp
q 10000
−1
−2 (1+ 0,52 )
1/2
1 + e
ε1= 2 (1 + 0,5 + (1 + 0,5 ) .
2 1/2
−2 (1+ 0,52 )
1/2
1− e
ε1 = 0, 69
=QT 0, 69.5805,55W / °C ( 80 − 20 ) °C
QT = 240327W
206
TÓPICO 2 | CÁLCULOS DE TROCADORES DE
kg h
240327J/s = 10000 . . 4180 J / kg °C ( 80 − Tq, s )
h 3600 s
, s 59,3 °C
Tq=
Não é possível afirmar que existe um material isolante ideal, por isso,
dentre as principais perguntas de projetistas e engenheiros estão: Qual o material
207
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
isolante a ser utilizado, que espessura deve ser usada e quais as precauções
necessárias na montagem do material selecionado? Para responder a estas
questões, é indispensável um estudo sobre o processo e cada tipo de instalação a
ser executada.
4 PROPRIEDADES TÉRMICAS
O isolante térmico é caracterizado pela baixa condutividade térmica,
com capacidade para retardar a transferência de calor, exceção feita aos isolantes
refletivos.
• calor específico;
• difusividade térmica;
• coeficiente de dilatação térmica;
• resistência à temperatura.
208
TÓPICO 2 | CÁLCULOS DE TROCADORES DE
• temperatura;
• teor de umidade;
• orientação de isolação e direção do fluxo de calor.
5 PROPRIEDADES MECÂNICAS
Alguns tipos de isolantes térmicos podem ser utilizados como apoio de
carga por possuírem suficiente resistência estrutural. Para tais aplicações, as
propriedades mecânicas avaliadas são:
• resistência à compressão;
• cisalhamento;
• tensão;
• tração;
• impacto e flexão.
209
UNIDADE 3 | OS FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA E SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Introdução
Materiais e Método
Critérios de exclusão
Variáveis analisadas
Equipamentos utilizados
Procedimento experimental
Análise estatística
Resultados
212
RESUMO DO TÓPICO 2
CHAMADA
213
AUTOATIVIDADE
2 Um trocador de calor de casco e tubo com dois passes no casco e oito passes
no tubo é utilizado para aquecer álcool etílico (Cp = 2670 J/kg°C) nos tubos
de 25 °C para 70 °C a uma taxa de 2,1 kg/s. O aquecimento deve ser feito
com água (Cp = 4190 J/kg°C), que entra no lado do casco a 95 °C e o deixa
a 45 °C. Considerando que o coeficiente global de transferência de calor é
950 W/m²°C, determine a superfície de transferência de calor do trocador de
calor.
FONTE: <https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=2215440>. Acesso em: 17 abr.
2019.
214
5 Um trocador de calor de fluxo cruzado de único passe é utilizado para
resfriar a água (Cp = 4,18 kJ/kg°C) de um motor diesel de 90 °C para 60
°C, usando ar (Cp = 1,02 kJ/kg°C) com temperatura de entrada de 30 °C.
Ambos os escoamentos (de ar e de água) não misturados. Considerando
que as taxas de vazão mássica de água e ar são 42000 kg/h e 180000 kg/h,
respectivamente, determine a diferença média logarítmica de temperatura
para esse trocador de calor.
a) O valor de NTU.
b) O valor do coeficiente global de transferência de calor.
215
9 Um trocador de calor de casco e tubos com um passe no casco e quatro
passes nos tubos deve resfriar óleo à taxa de 1kg/s (Cp = 2100J/kg°C) de 90
°C até 40 °C, com água (Cp = 4180J/kg°C) entrando a 19 °C, à taxa de 1kg/s.
O coeficiente global é U = 250 W/m²°C. Calcule a área de troca de calor
necessária, a partir do método NUT.
216
REFERÊNCIAS
ARANTES, E. J. Transferência de massa. 2018. Disponível em: http://
paginapessoal.utfpr.edu.br/eudesarantes/disciplinas/fenomenos-de-transporte/
Transferencia%20de%20Massa-1.pptx/at_download/file. Acesso em: 10 mar.
2019.
CLAUSIUS, R. Über die bewegende Kraft der Wärme - Annalen der Physik und
Chemie. V. 79. p. 368-397, 500-524.1850.
217
FILHO, G. C. K. Condução em Regime Transiente. PME 2360 – Transferência de
Calor, Capítulo 5. Disponível em: http://naccache.usuarios.rdc.puc-rio.br/Cursos/
Trans_Calor_files/Cap5.pdf. Acesso em: 8 nov. 2018.
218
MOREIRA, J. S. PME – 236.1. Processos de Transferência de Calor. Convecção
Natural ou Livre. 2011. Disponível em: http://www.usp.br/sisea/wp-content/
uploads/2014/09/Aula3-Convec%C3%A7%C3%A3o-Natural-ou-Livre.pdf.
Acesso: 3 nov. 2018.
PALZ, Wolfgang. Energia solar e fontes alternativas. São Paulo: Editora Hemus,
1981.
219
WELTY, J. R. et al. Fundamentals of momentum, heat and mass transfer. 5. ed.
New York: John Wiley &Sons, 2008.
220