AS ECONOMIAS AGRICOLAS DAS CIVILIZAGOES DE REGADIO luura levou os homens a trabalharem em grupo ® a procurarem locais propicios para sua nova atividade. Assim, as primeiras ‘vilizagSes nasceram em torno de grandes rios, sendo por isso chamadas do iréulicas: Mesopotémia, no vale dos rios Tigre India, no do Ganges ¢ do Indo; China, no do iizatem a terra e permitirem boas colhei- suas dguas até locais mais distantes por ontos, se construir diques para hhavia necessidade de se levar io de canais de irrigagao e de, 2 destruidoras. Desta forma era preci 5 estes trabalhos, defendesse o te rferisse junto aos deuses em prol de fertilidade para a terra ¢ ‘oram assim organizados Estados, buroc fados em maior ou menor is culturais daquelas 18 andlise dependentes de seus grandes rios. 2.1, MESOPOTAMIA na qual se destacaram quatro jue predominaya em certo mo-" dos conforme a regit ‘mento sobre toda a Mesopotimia: Suméria 100-1170 2.C.), Assicia essa diversidade © de sua amplidio, bem documentada, e c6iigo jutidico elabor ISUCUUUVULETTITTETUT OE S ico gragas 20 famoso 2.1.1. O Sistema Econémico +8 propriedade privada e o di Conse gem suméria) ger fatalismo que I. Sendo este espirito prop tende-se seu desenvolvi mesmo a mulheres © escravos, 0 lo mesmo motivo, e coerente com esta psicologia gcondmica, os bancos ¢ alguns instrumentos de crédito, como 0 antepassado de nossa letra de cimbio, surgiram na Mesopotamia, 2.1.2. A Agricultura e @ Pecuétia © solo mesopotimico devidamente umed: tas, mas como as chuvas eram raras depe de levar a égua e seu canais saindo do propiciava grandes co- © totalmente. dos rios iram-se grandes neiasse 0 dique que protegia seu campo. Como deter- Se as dguas invadissem a terra do vizini ielador devia indenizé-lo: “se um awilum * abriu seu canal de fi negligente ¢as_dguas aca ae de seu vizinhe fo correspondente a0 de seu vizinho” (cléusula 55) cas agricol tema de irrigagio, nfo cram produtividade, para os padres antigos, & fa € A quantidade de mio-deobra cmpregada. A for la era a humana ou a animal. A grande inovagio meso. otdiica foi a invengao de um aradosementeira que revolvia a terrae, a0 ‘mesmo tempo, Iangava as sementes por intermédio de um di foi 10 sero ait des ate © Homes Ine no tak de as 4FUUTUUU TUT forma de funil. As téenicas dos primeiros tempos continuaram a ser usudas bem notte aletno © especies de tri ras, damascos, ameixas, péssegos ¢ am produzidas em quantidade. A drvore mais impo: Thos que ndo exigissem muita resi fibras serviam para fazer cordas, amelos s entre o Estado, os templos ¢ os proprieté- tencentes ao Estado eram arrendadas ou tra- culares estavam divididas em pequenos familia e alguns escravos — em médis ‘Com o tempo, porém, por meio de compras sucessivas surgiram propriedades de porte Os grandes dominios, no entanto, pertenciam aos templos: por exem- na Suméria 0 templo de Bau, a segunda i cidade-Estado de Lagash, possuia 4.465 hectares; ecessidades do culto, o resto estava dividido em Como 0 rei era 0 vigirio dos deuses ago destas exploragdes rurais cabia a Coroa, plos ram unidades econdmicas completas, com granjas, oficinas e mertados. Eles empregavam ‘no de Bau), na maioria homens livres, moinhos io era de grande importincia na economia mesopotimica. © animal mais usedo no trabalho, pois o cavalo ("burro das para os mesopotémicos) sempre urro do mar” ou “burro do iportado da Ardbia 6 Seu uso-generalizado nos dois los da hist6ria da Meso- ia. Para a alimentayéo usavam-se bois, cervos, cabras, porcos, aves ipalmente ovelhes. Estas, além da carne ¢ do Ieite, forneciam a la, significativos. A pesca era impor. 0 préxima a9 Golfo Pérsico, onde era a base sol, 0 peixe era mofo, obtendo-se Na economia agropastoril da Mesopotimia a in uma atividade complementar, mas que envolvia boa part re @ escrava. Paréce que a mio-de-obra predor intude do_alto-prego do escravo (na época de (¢ a0 de um boi ipregar uma forg as transformadas eram principalmente de origem ve- se cerveja, de grande consus bm texto sumétio, bebida que reira fermentada ‘por dois ou trés dias ob adaptou ao clima mesopotimico no Primeito 1 palha das S pantanosas do Sul servia para fazer cadeiras, cestos, estes € objets; da somente de sésamo extrafa-se leo, usado na inagdo e na higiene pessoal; com as tum teed fino © leve, 08 usavam como t dos artesanaios mais importa da era ex retudo ovino € caprino, servia ieijos, proviso que fazia ntasio quotidiana dos mesopotAmicos, ada , depois de deixada cereais, timaras, Fidos para decoragio de palficios e temy uusado na escri de milhares destas placas, con- is etc.). A joalheria era desenvolvide, pois as jsias no eram apenas pogas mas de grande valor sim! servigo era o gravador de si ou pedra, geral compleme ico. O toda nte em forma de do na argila mole ivo sobretudo nas cidades, ode bazares existem no Oriente Préximo’ forneciam es da esravidio e seu prepa” Etase esua¥0, Da (0, por divida, por guerra ou por renegar a familia adotiva, O 21TUOOCUOT TUTE LULU U CUCU UU UU eu 22 doe o comprar recuperava seu dinero jausulas 278 c 279). A escrava que dava filhos a6 10 por divida estava li a0 credor (cldusula © primciro, de formato arredondado, era feito de junco calafetado com betume, sendo facilmente manobrivel por dois homens © servindo espe: de gado. O segundo era uma espé s de ar dando- gada feita de madeira e slhes grande capacidade d cera levada para o sul da Mesopotimia onde e que trouxera © sua madei doriase i de Hamur carregou-o com gro, barqueiro foi negligt , timaras ou qualquer outra carga e esse ‘e afundow © barco ou perdeu sua carga: 0 bar. queiro pagaré 0 barco que afundou e tudo © que se perdeu de sua carga” (eldusula 237), essencial_para suprir_as_necessi- Na época de Hamurdbi com as cidades fentcias inda que no tenham sido grandes comer- am tceidos ¢ estanho para a Capadécia, ; seu comércio de bronze era préspero, jer sido incentivado pelo Estado, tulo de imposto (Gare. ciantes como os bak obtendo em troca ouro e pr devendo dar um lucro de 106 va com 2/5 do resultado que fi 2.1.8. Moeda e Bancos Na Mesopotimia desde o Quarto . sobretudo a prata: a relagio ouro-prata cra ra dez por velta de 2100 a.C, ¢ de um para seis na epoca de erdade; as operagées eram bbancos em toda Mesop\ lamente (mas guardando-os em seguranga) ¢ etnpres- Estes cempréstimos deviam ser garantidos por bens iméveis, pessoas, escravos ou ‘animais, credor podia ser reembolsado pelo trabalho de um bem entregue ropriedade continuava_a ser do-devedor. M jamurabi proibia que bois — ani pudessem servir de gar de 165 gramas de prata tando-os em conta corn ragas. 2.1.6. Pregos e Salatios Pode-se fazer uma idéia da evolugio dos pregos levando-se em cont idade de cevada comprada com um siclo de prata (cerca de 8; 252 litros de cevada no periodo 3500-2300 a.C., 201 li 0s de leo de izowse em toro de 201 littos de cevada por siclo de prata, mas 8,756 ios por silo. O prejo de escravos.seguiu uma curva inversa: de 3500 2 2500 2.C. ielos e uma eserava dez, no reinado de Shamshi Adat girava em torno de 900 a 1.200 -om parelha de bois ¢ condu (cldusulas 242, 243, 268, 271 ¢ 272 impedir abusos, Hamural homem livre, a metade para um los de prata por cada sar (35m) escravo. Um pedreiro recebia dois éconstrufdo, um barqueiro par de capacidade recebia. dois Fins de agosto) 0s diaristas deveriam receber 8,4 litros de cereais por dia, mas aceitavam apenas a metade. 2.2. EGITO A civilizagao egipeia foi uma das mais es mudando pouca coisa em sua arte, ra ida econémica no longo periodo que f 1a como Estado, até 525 a.C. quando mente sua autonomia, Em parte es geogrificas, pois, a0 contrario da Mesopot estava isolado dos constantes contatos com outros povos pelo erraneo ao Norte, 0 deserto Libico a Oeste e 0 Mar Verme! is que 0 mundo conheceu, Mais do que qualquer outra ci dependente de seu rio, jé que sem ada pelo rio, um com razio que 0 ultava relagées constantes ¢ regulares com fas regiGes e a0 mesmo tempo sem ter necessidade destas ser auto-suficiente, o Egito forjou uma mentalidade iso © conservadora. a ¢ daquela mentalidade foi qual no ha comércio sempre (Gardiner). Apesar , segundo as is baixas. A média de vida de 36 anos ( para os padres antigos © no seria mesmo de um séeulo, lada por Aldred) era alta wrapassada sendo hd cerca 2.2.2. A Agricultura © a Pecuéria ido ao todo mais de 6.500 quilémetros de extensio, Africa ¢ s6 corre no Egito m tira do atual Cairo ele se abre em leque, for- sete bragos que desembocam no Meditert tude de sua configuragio, possui pantanos. De abril a outubro as chuvas ja aumentam viirias vezes seu volume de no Egito, ao transbordar ¢ deixa nas margens um himus de grande poder fc nnomes que of egipoios davam a seu pats em vi este elemento para a vida naquela regio antigo claborou um ealendério les cram 0 peret quando se fazia dos nilometros, que guas ¢ prever quanto de ia obterse de colheita. A largura ada pelas aguas era varidvel, atingindo apenas um wo € meio em certos locais € quase vinte em outros. 1 umedecida pela enchente era facilmente trabalhével, no exi- icas evoluidas. Os principais instrumentos usados eram’a enxada ie de madeira, a partir de cerca de 2560 a.C. de metal), a fo. Tal como na Mesopotémi virtude da necessidade de se levar a égua ‘so ‘que cortavam as plantagGes mantendo-as irrigadas. Como as chuv. raras, ari (Grios que eram abastecidos por todo o periodo de seca quando das enchentes e que forn nos locais mais afastados do{ © regime _de_propriedade_poderia ser definide_como teocritico, jé ue of tose toda a terra pertencia ao Tarad, representante dos deuscs ¢ tle préprio deus. Reconhetia-se a propriedade privada quando o faraé cedia cata exiensio de terra a alguém, mas na verdade-eilregavarse apenas sua , pois se a transmissio here ‘esiamento acontecia, ela devia —Ser tatificada pelo faraé. Os tomplos detinham grandes reas, como os do deus Amon, que no periodo chamado de Novo Império (Séculos XVIXI ppossuiam 30% das terres egipcias. A mio-de-obra agricola era na regard “vezes se disse, 0s escravos eram Sentado mais do que 2% da popi (0 tendo & sua dispo: precisavam 0. Ainda assim ha grande extensio de terras para o cultivo, sobrando pouca: bom numero de cabegas de gado bovino (cuja care era a mais apreciada), suino, ovino ¢ caprine. O animal mais usado ha lavoura e para transporte era o’asno, ja que o camelo, conhecido desde os primérdios, 6 se difundiu no comhe- cid no Século XVIII a.C., sempre foi um animal raro. Mais faceis de serem eriadas por necessitarem menos espago © de carne muito apreciada cram as aves, especialmente patos, gansos, pombos ¢ codornas; 1a era desconhecida, A pesca cra atividade secundaria, pois certos 1s eram considerades sagrados, servindo porém para complementar a imentagio dos mais pobres. 2.2.3. O Artesanato Ainda que menos urbanizada que a mesopotimi inha algumas cidades de bom porte, como Tebas, elas 0s ariesios estavam divididos por bairros seg lo suas fungdes here fou para uso da fami exercidos por estrangei que 2 fazia regularmente vel, os feriados religiosos ocorriam com fregién ide: havia marcenciros que s6 faziam carros, por diante; as eram realizadas por diferentes pessoas. res ou prisioneiros. Nas ol ibuigo de viveres © roupas, a vida dos A varias fases de uma escultura vanelas e pratos *; do sésamo, mamona, ri bem mais tarde e demorou a difundir-se) ext . ‘cio e higiene pessoal; com o papiro, abundante gens Go Nilo e principalmente no Delia, fazio-se uma espécie. de , cordas, esteiras, 8 S pequena quantidade em virtude preciados e consumidos pelos que podiam pagar seus de uva era bastante produzido ¢ consumido, principalmente © @ Século XI a. e, desde entio, o vinho branco 2.2.4, 0 Comercio ccisava, 0 antigo Egito ia grandes dife- ivava as troces. as_coisas. Em ju para uma pouco comercia fos géneros ou 0s Nos ‘ou cobre que correspondia a uma 2 de troca de base “mi iam 0 peso de ouro, prat fr do 1520 aC. gener ) subdividide em doz com 0 Poi Da_primein certas ruas repletas 08 no campo em feiras locais que acont ia de comunicagao por ser um af eos, um de madeira movido a remo ou vela, de popa all as manobras no caso de encalhe nos bancos de ateia do pequenos barcos de papiro, movidos apenas a remo, serviam para o porte de algumas cabegas de gado ou para c ior, por volta I que o ligava ao Mar Vermelho. ss isi6ria dos pregos antigo Egito e impedenos mesmo de avaliar melhor a comércio, que, porém, parece ter tido um papel menor que nna Mesopotamia, 2.3. AS AREAS PERIFERICAS dividida por grandes midade de_ gi zona de influéncia, core ‘imento de um iinico Estado, A plura- rave aquelas populagdes dependent © economicamente, 2.3.1. Os Fenicios hago grega dada a humano dos outros, ititas Inayeus, ilisteus hebreus FERErsico Medio