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Introdução
Em se tratando de redes de distribuição logística a questão do transporte de cargas de produtos "esbarra" no
fontes de alimentos, matérias-primas e insumos, do comércio aos locais para deposição de seus resíduos
faz-se mister um sistema de transporte de cargas que possa sustentá-la" (CAIXEITA-FILHO & MARTINS,
2010, p.183).
transportes e envolve um cenário muito amplo de possibilidades. Dentro da gestão de transporte de cargas
além de coordenar a entrega da mercadoria (desde à origem até o destino) mercadorias em boa parte está
entrelaçada às adequações de políticas de mobilidades nas grandes metrópoles por conta da urbanização e
congestionamento e principalmente no modal rodoviário que tem como característica a entrega door to
door, servindo de apoio aos demais modais envolvidos em uma operação logística ou em muitos casos, à
exemplo do Brasil, é o modal mais utilizado abarcando em torno de 60% dessas movimentações em
território brasileiro. É a partir desta rápida contextualização que se inicia este conteúdo abordando a
roteirização de veículos.
Segundo Ballou (1993), a problemática que as organizações enfrentam para direcionar sua frota de veículos
por redes viárias, rios ou corredores aéreos fazem parte da montagem de uma rota ou plano de viagem.
Levando em consideração a abordagem deste autor, quando uma organização pretende estar à frente de
seus concorrentes ela necessitar utilizar-se da logística como uma ferramenta estratégica, buscando sempre
a otimização de recursos, eficiência e eficácia em toda sua cadeia. Dentro da logística, por sua vez, a gestão
A roteirização pode ser definida como uma "elaboração de roteiro, de uma descrição detalhada da viagem ou
Para Novaes (2007) a roteirização de veículos é uma atividade logística que está vinculada diretamente com
a distribuição física dos produtos, uma vez que já se conhece as localizações exatas dos clientes e suas
demandas, cabe ao gestor de trafego criar um roteiro de veículos eficiente para entregar as cargas ao menor
custo e tempo operacional. Ainda segundo este autor a problemática da roteirização é composta por três
NOVAES (2007):
1 . Decisões – relacionadas aos locais que serão inseridos na rota, o emprego dos recursos
materiais e humanos incorporados no roteiro, e a ordem das visitas aos locais
2 . Objetivos – prezar pela qualidade do serviço prestado, e redução dos custos operacionais.
3 . Restrições – vinculadas as características de cada roteiro, sendo essas determinadas por
questões legais (trabalhistas, trânsito), geográficas, climáticas, dificuldades e/ou restrições no local
de entrega no que diz respeito ao tipo de estabelecimento ou residência para entrega da carga.
De acordo com Ballou (1993) os problemas da roteirização são apontados durante a programação, uma vez
que deve-se verificar as quantidades de veículos necessários, a capacidade de carga de cada veículo, o
número de paradas para realização de coletas ou entregas, e a sequencias que irão ocorrer em cada parada.
Esse autor aponta algumas regras para solucionar os problemas apontados, destacados a seguir:
2. Encontre o próximo ponto, tomando o ponto disponível que esteja mais perto do centro
(centroide) dos pontos no grupo. Agregue esse ponto ao grupo (veículo), caso a capacidade do
5. Encontre o próximo ponto, que é a parada mais distante do depósito ainda disponível, e repita os
passos, 2 a 4.
Classificação da roteirização
Para Novaes (2007) a roteirização de veículos pode ser classificada em: roteirização sem restrições e
Neste sentido, Novaes (2007) aborda que na primeira classificação com um cenário já conhecido, a questão
de tempo e de capacidade não é mais um problema, cabendo ao gestor lidar apenas com a problemática
relacionada a sequencia de visitas prezando pelo menor percurso. Na segunda classificação, as diversas
restrições englobam várias dificuldades, tornando as atividades mais complexas e, portanto, mais difíceis
Método de melhoria do roteiro
Compreende um método simples, pois utiliza um método já existente e busca o aperfeiçoamento dos
resultados obtidos. Conforme aponta Novaes (2007), as técnicas mais utilizadas são o 2-opt e o 3-opt
desenvolvidos em 1973. Observe na figura 1 os 2 pares de nós, readequados a partir da técnica (método) 2-
opt.
Nestes respectivos métodos as etapas abordadas envolvem:
Etapa 1. Começamos com um roteiro qualquer, de preferência um roteiro gerado com o auxílio de
um método de construção.
Etapa 2. Removemos dois arcos do roteiro e tentativamente reconectamos os nós que formam esses
dois arcos, alterando as ligações. Se essa nova ligação produzir um resultado melhor, isto é,
gerando um roteiro de extensão menor do que o anterior, substituímos o roteiro inicial pelo novo
roteiro e repetimos a etapa 2. Caso contrário. Continuamos com o roteiro anterior e tentamos
outros dois arcos, repetindo a etapa 2, e assim sucessivamente.
Etapa 3. O processo termina quando não se conseguir nenhuma melhoria, ao se fazerem todas as
trocas de ligações possíveis.
Como você pôde observar na figura 1, na roteirização básica os 02 pares dos arcos são representados por J-K
e I-L. Com a aplicação do método 2-opt a roteirização é readequada para J-L e I-K.
Agora observe a figura 2 uma roteirização inicial com 36 clientes perfazendo uma distância de 55,69 km.
Com a aplicação do método 3-opt esta distância diminui para 43,68 km, proporcionando uma redução de
Etapa 1. Tomando o depósito como centro, definir um eixo passando por ele. Esse eixo geralmente
coincide com a linha horizontal.
Etapa 2. Vá girando o eixo em torno do CD no sentido anti-horário (ou horário, se assim preferir)
Etapa 4. Se o novo cliente não puder ser incluído no roteiro em formação, é sinal de que as
possibilidades desse roteiro se esgotaram. Nesse caso, fechamos o roteiro e iniciamos um novo. O
processo termina quando todos os clientes tiverem sido incluídos num roteiro.
Etapa 5. Para cada roteiro, aplicar um método de melhoria (o 3-opt, por exemplo) de forma a
minimizar os percursos.
é utilizada pela maioria dos softwares de roteirização disponíveis no mercado. De acordo com Novaes
(2007) este método parte do princípio básico de ganho, o qual pode ser obtido por meio da combinação dos
pontos de entregas existentes entre dois roteiros, buscando-se ao maior aproximação possível entre os
locais de visitas existentes, gerando a obtenção do ganho desejado pela sua aplicabilidade, ou seja, redução
Softwares de roteirização
Segundo Caxito (2011) praticamente um terço dos custos logísticos está associado diretamente as
operações de transportes, podendo ainda assumir um percentual maior, quando a atividade está vinculada
Os sistemas de informações na logística desenvolve um papel muito importante criando um elo de ligação
básicos da Supply Chain (Cadeia de Suprimentos) , o qual exerce um papel essencial na cadeia logística, uma
vez que o mesmo permite que a organização entenda melhor o seu consumidor, bem como este passa a
entender melhor a empresa do qual se relaciona.
Segundo Novaes (2007) a escolha de um software de roteirização requer alguns cuidados, uma vez que cada
organização possui suas particularidades operacionais. Esse autor aconselha que antes da decisão final pela
aquisição de um software é necessário realizar testes com as opções escolhidas, assim podendo escolher o
software que melhor se adequa às necessidades da empresa. A seguir são destacadas alguns dos softwares
disponível no mercado.
NOVAES (2007)
Roadnet Transportations Suite – utilizados por empresas tais como: Pepsi, Sysco, Apria
Healthcare, etc.
Portanto, é importante entender que na sua maioria as funcionalidade e objetivos são os mesmos, ou seja, o
que vai determinar a eficiência de cada software é como se faz uso dessa ferramenta, pois cada vez mais as
organizações enfrentam novos desafios, os quais podem determinar sua permanência ou extinção no
mercado em que está inserida. Sendo assim, nenhuma empresa pode virar as costas e/ou ficar de braços
cruzados a esses desafios, e um dos mais relevantes nos últimos anos têm sido os avanços tecnológicos
(CAXITO, 2011).
A atenção tecnológica também deve estar voltada para a atividade de distribuição física dos produtos ou
cargas movimentadas pela empresa, e vemos cada vez mais, as organizações fazendo uso de softwares de
roteirização de veículos na tentativa de reduzir os custos e máximizar a qualidade dos serviços prestados.
Para finalizar este conteúdo, você pôde observar o quanto os métodos de roteirização são essenciais para o
alcance dos objetivos organizacionais, contribuindo sobremaneira no alcance das necessidades dos clientes
internos e externos de uma empresa e, portanto, devem ser perseguidos pelos gestores logísticos e suas
equipes.
Agora, para complementar seu estudo sobre o que foi abordado neste conteúdo, acesse Saiba Mais em...
ATIVIDADE
ATIVIDADE
ATIVIDADE
A. Formato perpendicular
B. Formato de gota d?água
C. Formato de triângulação.
D. Formato horizontal e vertical sem cruzamentos de pontos.
ATIVIDADE
A. 2-opt
B. 3-opt
REFERÊNCIA
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física.
CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira. Gestão Logística do Transporte de Cargas. São
Paulo: Atlas, 2010.
CAXITO, Fabiano (coord). Logística: um enfoque prático. São Paulo: Saraiva 2011.
DICIO. Dicionário on line. Significado de Roteirização. Disponível em:
FLEURY. P. F.; WANKE, P.; FIGUEIREDO, K. F. Logística empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo:
Atlas, 2009.