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Sistemas Lógicos Programáveis I

Aula #3
Mapas de Entradas e Saídas
Módulos ou Interfaces de Entrada
 São circuitos utilizados para adequar eletricamente
os sinais de entrada para que possa ser processado
pela CPU (ou microprocessador) do CLP.
 Temos dois tipos básicos de entrada : as digitais e
as analógicas.
 Entradas Digitais
 São aquelas que possuem apenas dois estados
possíveis, ligado ou desligado, e alguns dos exemplos
de dispositivos que podem ser ligados a elas são:
- Botoeiras;
- Chaves (ou micro) fim de curso;
- Sensores de proximidade indutivos ou capacitivos;
- Chaves comutadoras;
- Termostatos;
- Pressostato;
- Controle de nível (boia);
- Etc.
 As entradas digitais podem ser construídas para
operarem em corrente contínua (24 VCC) ou em
corrente alternada (127 ou 220 VCA).

 Podem ser também do tipo N (NPN) ou do tipo P


(PNP).
 No caso do tipo N, é necessário fornecer o
potencial negativo (terra ou neutro) da fonte de
alimentação ao borne de entrada para que a mesma
seja ativada.

 No caso do tipo P é necessário fornecer o potencial


positivo (fase) ao borne de entrada.
 Em qualquer dos tipos é de praxe existir uma
isolação galvânica entre o circuito de entrada e a CPU.
 O que é Isolação Galvânica?
 Ocorre a isolação galvânica quando uma parte do
circuito eletrônico é totalmente isolado de outra, sem
nenhum ponto comum, nem mesmo o terra.
 Ela é necessária quando os terras de diferentes

partes de um circuito ou planta industrial não estão

em comum, gerando tensões e correntes parasitas, as

vezes muito altas.


 Também é utilizado quando um ponto de medição
possui tensões muito elevadas e portanto perigosas.
 Isso pode ser realizado com o emprego de
transformador ou acoplamento óptico, sendo o
transformador utilizado para os sinais alternados e os
acopladores para os digitais.
 Esta isolação é feita normalmente através de
optoacopladores.
 Acopladores ópticos são componentes que
possibilitam a transferência de um sinal de controle
ou mesmo de um sinal que carrega uma informação,
de um circuito para outro, sem a necessidade de
acoplamento elétrico.
 O sinal é transferido por um feixe de luz produzido
por um emissor LED e recebido por um sensor, que
pode ir desde um foto-diodo até um foto-transistor.
 Como não existe contato entre os dois
componentes, o isolamento entre os dois
componentes é teoricamente infinito.
 Exemplo de circuito de entrada digital 24 VCC :
 Exemplo de circuito de entrada digital 127/220
VCA:
 As entradas de 24 VCC são utilizadas quando a
distância entre os dispositivos de entrada e o CLP não
excedam 50 m.

 Caso contrário, o nível de ruído pode provocar


disparos acidentais
 Entradas Analógicas
 As Interfaces de Entrada Analógica, permitem que
o CLP possa manipular grandezas analógicas, enviadas
normalmente por sensores eletrônicos.
 As grandezas analógicas elétricas tratadas por estes
módulos são normalmente tensão e corrente.
 No caso de tensão as faixas de utilização são:
 0 à 10 VCC;
 0 à 5 VCC;
 1 à 5 VCC;
 -5 à +5 VCC;
 -10 à +10 VCC
 No caso as interfaces que permitem entradas
positivas e negativas são chamadas de Entradas
Diferenciais).
 Os principais dispositivos utilizados com as
entradas analógicas são:
- Sensores de pressão manométrica;
- Sensores de pressão mecânica;
- Taco - geradores para medição rotação de eixos;
- Transmissores de temperatura;
- Transmissores de umidade relativa;
- Etc.
 Uma informação importante a respeito das
entradas analógicas é a sua resolução.

 Esta é normalmente medida em Bits.


 Uma entrada analógica com um maior número de
bits permite uma melhor representação da grandeza
analógica.
 Por exemplo: Uma placa de entrada analógica de 0
à 10 VCC com uma resolução de 8 bits permite uma
sensibilidade de 39,2 mV, enquanto que a mesma
faixa em uma entrada de 12 bits permite uma
sensibilidade de 2,4 mV e uma de 16 bits permite
uma sensibilidade de 0,2 mV.
 Exemplo de um circuito de entrada analógico:
 Módulos ou Interfaces de Saída:
 Os Módulos ou Interfaces de Saída adéquam
eletricamente os sinais vindos do microprocessador
para que possamos atuar nos circuitos controlados.

 Existem dois tipos básicos de interfaces de saída: as


digitais e as analógicas .
 Saídas Digitais
 As saídas digitais admitem apenas dois estados:
ligado e desligado.

 Podemos com elas controlar dispositivos do tipo:


- Reles;
- Contatores;
- Solenóides;
- Válvulas;
- Inversores de frequência;
- Etc.
 As saídas digitais podem ser construídas de três
formas básicas:

 Saída digital à Relê;


 Saída digital 24 VCC;
 Saída digital à Triac.
 Nos três casos, também é de praxe , prover o
circuito de um isolamento galvânico, normalmente
opto - acoplado.
 Exemplo de saída digital à relê:
 Exemplo de saída digital à transistor:
 Exemplo de saída digital à Triac:
 Saídas Analógicas
 Os módulos ou interfaces de saída analógica
converte valores numéricos, em sinais de saída em
tensão ou corrente.

 No caso de tensão normalmente 0 à 10 VCC ou 0 à


5 VCC, e no caso de corrente de 0 à 20 mA ou 4 à 20
mA.
 Estes sinais são utilizados para controlar
dispositivos atuadores do tipo:
- Válvulas proporcionais;
- Motores C.C.;
- Servo - Motores C.C;
- Inversores de frequência;
- Posicionadores rotativos;
-Etc.
 Exemplo de circuito de saída analógico:
 Mapeamento de Memória
 Na CPU (Unidade Central de Processamento) de
um CLP, todas a informações do processo são
armazenadas na memória.
 Essas informações são gravadas, alteradas e
acessadas à todo momento.
 A Memória é dividida por regiões (setores),
algumas dessas regiões são destinadas ao uso restrito
do “software” de gerenciamento do CLP e uma
grande parte da memória encontramos as funções
especiais e regiões para usuários.
 A memória é toda mapeada com endereços, como
se fosse um mapa de uma cidade com o uso do CEP
(Código de Endereçamento Postal).
 Cada pedacinho da memória possui um código de
endereçamento que é usado para acessar o valor
armazenado.
 A região onde temos as funções especiais e de
utilização de usuário, é dividida em dois tipos com
tamanhos diferentes.
 Exemplo:
 Imagine um condomínio de frente pra praia onde
temos apartamentos com um dormitório (quitinetes)
e apartamentos com três dormitórios.

 Pois então, cada apartamento tem o seu número


(endereçamento), mas com capacidade de ocupação
diferente.
 Estado Interno (EI)
 Estados internos, são endereços de memória que
armazenam valores do tamanho de 1 bit.

 Nesses endereços conseguimos armazenar o valor


“0” ou “1” (ligado ou desligado, ON ou OFF).
 Toda entrada e saída digital de um CLP possui valor
do tamanho de 1 bit e utiliza esse tipo de
endereçamento.
 Exemplo:
 Um botão na entrada do CLP só podemos fornecer
dois estados (ligado ou desligado).

 Essa informação é instantaneamente armazenada


em um endereço de memória, endereço esse utilizado
em nossa programação. Ex. (I0.0, I1.2, etc)
 Um contator ligado à saída de um CLP, só pode
receber sinal em dois estados (ligado ou desligado).

 Essa informação também está associada a um


endereço de memória. Ex. (Q0.2, Q2.4, etc)
OBS.: É importante lembrar que o código de
endereçamento muda de um fabricante de CLP para
outro.
 Registro
 Toda informação armazenada na memória do CLP é
digital, independente do tamanho, ou seja, tudo em
forma de uns (1) e zeros (0).
 Vamos compor o nosso Registro partindo de
numeração binária (Eletrônica Digital).

 Com um dígito, podemos variar de 0 à 9 em


decimal e de 0 à F em hexadecimal, correto?
 Para uma variação decimal de 0 à 9 ou de 0 à F em
Hexa, precisamos de 4 bits, como mostramos a seguir.
 Cada 8 bits = 1Byte = 2 dígitos

 O Registro é composto por 4 dígitos, ou seja, 2


Bytes ou 16 bits.
 Cada Byte possui um endereçamento,
consequentemente cada Registro ocupa 2 endereços.
 Resumindo, em um registro podemos armazenar
valores de 0000 à 9999 em decimal ou de 0000 à FFFF
em hexadecimal.
 Trabalhando com Registros
 Usando o que acabamos de aprender, vamos
entender como funciona o sinal analógico e sua
resolução.

 Sinal analógico, como também já comentado, são


variações de níveis de um valor mínimo ao valor
máximo.
Exemplo:
- 0 à 10V (Volts)
- - 10 à +10V
- 0 à 20mA (mili Amperes)
- 4 à 20mA
 Vamos usar o sinal de 0 à 10V para definir
resolução em bits.

 Resolução de 1bit – Significa que podemos dividir o


sinal analógico em dois (2) estados “0” e “1”.
 Exemplo:

0V = 0
10V = 1

 Nem podemos dizer que é um sinal analógico


(ainda é digital).
 Resolução de 2bit – Significa que podemos
dividir o sinal analógico em quatro (4) estados
“00”, “01”, “10” e “11”.
Exemplo:
0V = 00
3,3V = 01
6,6V = 10
10V = 11
 Resolução de 3bit – Significa que podemos dividir o
sinal analógico em oito (8) estados “000”, “001”,
“010”, “011”, “100”, “101”, “110” e “111”.
 Exemplo:
0V = 000
1,43V = 001
2,86V = 010
4,28V = 011
5,71V = 100
7,14V = 101
8,57V = 110
10V = 111
 Observamos assim que quanto mais bits de
resolução, em mais partes podemos dividir a variação
analógica.

 Imagine isso com resolução de 16 bits suportado


pelo registro.
 Já que no nosso registro podemos armazenar e
trabalhar valores de 0000 à 9999 (decimal), vamos
associar os níveis de tensão analógica à essa
capacidade do registro.

0V = 0000
10V = 9999
 Pra cada CLP existem registros associados às
entradas e saídas analógicas e o conteúdo desses
registros são alterados instantaneamente à medida
que se altera o sinal analógico.

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