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INTERPRETAÇÃO

DA
OHSAS 18001
VERSÃO 2007
Com base na OHSAS 18001:1999 e na ISO 14001:2004
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 1 de 65

Como utilizar este documento


A pes ar dos textos d as no rm as es tar em di spon íveis, es te do cum en to n ão subs ti tui o tex to
normativo, sendo necessário que o leitor co nsulte a OHSAS 18001:2007, a OHSA S WD 18002:2007 e
a BS 8800:1996 quando utiliz ar este documento.
O t ex to d as norm as é apr es en t ado en tr e bo rd as co nform e a s eguir :
OHSA S 18001:2007 Borda Azul sem Sombreamento
1. Cada item e subitem da OHSA S 18001:2007 são abordados em ordem seqüencial.
2. P ar a ef ei tos d est e Manu al é ut il izad a a s eguin te terminologi a:
a) I t em normat ivo (ex: 4.4 – “Implementação e operação”)
b ) Subi tem norm ati vo (ex: 4.4 .2 – “Co m pet ên ci a , t r ein am en to e cons ci en ti z a ção ” )
c) Requis ito norm ati vo (ex : “… d eve con duz ir audi tor i as in tern as em in ter valos … ” ou “D eve
s er plan eado um progr am a de aud itor i a … ”)
3. O texto apresenta as seguintes marcações:
a) O s requ is ito s d e s t a n o r m a f o r am i d e n t i f i c ad o s m ar cando as f r as es D eve o u D evem com
am ar elo s igni fi cando obr igação em at end er ao r equ isi to;
b ) O s pro cedimentos documentados exi gid os pela norm a f or am id en ti fi cado s m ar can do a
f r as e P ro ced imento com ver de;
c) O s registros exi gid os pel a norm a f or am id en ti fi cado s m ar can do a f r as e R egis tro com
verm elho ;
d ) As fr as es qu an do, qu ando n ecess ário ou qu ando apropr i ado estão mar cad os em az u l por
si gni fi car , n a m aior i a d as vezes, um r equi si to som en te s e ado t ado, por ém, é recom end ável
justificar a não adoção do r equ isi to;
4. Mudanças entre a OHSAS 18001:1999 e a OHSAS 18001 :2007
E s t e d o cum e n t o p r o cu r a diferenciar os requisitos da OHSAS 18001:2007 face aos da anterior
v e rs ão. P ara t a nt o se c o d if i cou o s r eq uisi to s e m fun ç ão d a s u a n atur ez a , r e correndo -s e à
u ti li z a ç ão de cor es d a segu in te fo rm a:
a) Requis itos No vos ou mod ifi cados: Verde
b ) R eq u i s i tos R e es cr i to s , m as cujo co nteú do não foi alterado : Laranja
c) Requis itos in alter ados: Pr eto

A des cri ç ão d e c a d a i t em o u sub it em es t á d i vid id a em 4 as p e cto s f und am en t ais :


Ob jetivo (Qu al o pro pósi to d e cada con jun to d e r equis itos agru pados n o i t em ou s ubi tem; o qu e a
norma pretende al cançar);
I n te rp retaç ã o (Qual a interpretação sobre cada conjunto d e r eq uisi to s, su por ta d a e m ex em pl o s,
qu ando aplicável);
P re ven çã o ( pro cur a ndo f az er um a p equ en a r ef er ên c i a com a h igi en e e s e gur an ç a)
E vi dê n c ia ( N e c ess ár i a/ r equ eri d a p a r a e vid enc i ar a implementação, realizaçã o e c o n tro l e d a s
at i vi d ad es /pro cessos asso ci ados ao cum prim en to do conju nto d e r equ isi tos em an ál is e; o qu e
seria importante para demonstrar o compr ometim en to com o s r equ isitos );
Nã o C on f or m id a d e s m a i s f r e q üe nte s (Ressalva às situações que, de acor do co m e xpe riên cia,
s ã o con s t a tad a s com mai s freqüênc ia e m auditor i a).
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PREFÁCIO
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
E s t a No rm a d a Sér i e de A v al i a ç ão d a Se gur an ça e S aú d e n o Tr ab a lh o - Occupational Health and
Safety Assessment Series (OHSAS) - e o documento que a acompan ha OHSA S 18002, Diretrizes
para a implementação da OHSAS 18001, f o r am d es en vo l vido s em r es po s t a à d em and a de c li en t es
por uma norma reconhecida para Sistemas de Gestã o d a S e g u r an ç a e S a ú d e n o T r ab a l h o , c o m b as e
n a qu a l s eus s is tem a s de gest ão poss am s er a va l i ad os e c er ti fi c ado s.
A OHSA S 18001 foi desenvolvi da para ser compatível com as normas par a si stemas de ges tão I S O
9001:2000 (Qualidade) e ISO 14001:2004 (Meio Ambiente), a fim de facilitar a integração dos
si st em as d e g est ão d a Qu alid ad e, Ambi en t al e d a S eg ur ança e S aúd e no Tr ab al ho, s e as sim elas o
d es ej a rem .
E s t a Norma OHSAS s erá r evis ad a ou alter ad a qu an do for cons id er ado apro pri ado . As r evisõ es
serão realizadas quando forem p u b l i c a d as n o v as e d i çõ e s d a I S O 9 0 0 1 o u d a I SO 14001, par a
assegurar a continuidade d a com patib i lid ade.
E s t a Norm a O H SA S s erá r e tir ad a d e c ir cu l a çã o q u ando d a pub l i c a çã o d e seu c o n t eúdo em, o u
como, uma norma internacional .
Es t a Norm a OHSA S fo i el abor ad a de acord o com as r egr as es t ab el ecid as n as Diret riz es IS O/I EC,
P r at e 2 .
As pr in ci pais m ud an ças em r el ação à ed i ção ant erior s ão as segui nt es :
• Foi d ad a m aio r ênfase à impo rtân cia n a “Saú de”.
• A OHSA S 18001 agora se autodenomina uma norma, e não uma especificação ou documento
como na edição an terior. Isso r e f l e t e o aum e n t o d a ado çã o d a O HS A S 1 8 0 0 1 com o b as e d e
norm a s n a cio n a is p ar a sis t em as d e g es t ão d a segu r an ç a e s aú de no tra b a l ho.
• O di agr am a do mo delo PDCA ( Plan-Do-Check-Act = P l an ejar -F az er-V eri fi car -Ag ir) s oment e é
apr es entado n a in tro dução, em su a ín tegr a, e n ã o em p a r t e s s eg m en t a d as , n o i n íci o d e c a d a
s e ç ão pri n ci p a l.
• A s pub li c açõ es de ref er ên c i a da s e ç ão 2 fo r am lim it a d as som en t e a do cum en to s
internacionais.
• F o r am a di cion a d as d e fini ç õ e s no v as e as d e fini çõ es exis t en t es for am r e vis a d as.
• Houve em toda norma melhoria significativa no alinhamento com a ISO 14001:2004 e
aumento da compat ibilidade com a I SO 9001:2000.
• O termo “r isco to ler ável” foi subs tituíd o pelo termo “r isco aceitável” (ver 3.1).
• O termo “aci dente” foi in clu ído n o termo “in cid en te” (ver 3.9 ).
• A d ef ini ç ão do t ermo “pe ri go ” n ão se r ef er e m ais a “d an o à p ropri ed ade ou d ano ao ambi en t e
do local de trab alho” (ver 3 .6).
Cons id era- se ago r a qu e t al “d ano ” n ão est á d ir et am en te r el acio n ado à g es t ão d a S egur ança e
S aú de no Tr ab a l ho, qu e é a fin al id a d e d es ta Norm a OHSA S, m a s que es t á in seri do no c ampo d a
ges t ão de ati vos . Em vês dis so, con vém qu e o ris co d e qu e tal “d ano ” ten h a um efeito n a
Segur ança e Saúd e no Tr ab alho s eja i dentifi cado atr avés do pro cesso de avaliação d e r isco s
da organização, e seja controlado at ravés da aplicação de controles de riscos apropr iados.
• As subseções 4 .3.3 e 4.3.4 foram agrupadas, alinhando-se à I S O 14001:2004 .
• Foi introduz ido um novo r equis ito par a qu e s ej a consid er ad a a hier arq ui a d os co ntr oles
como parte do plan ejamento da SST (ver 4.3.1)
• A g est ão d e mu d an ç as é a go r a tr a t ad a d e m an eir a m a is ex p li c it a ( v er 4 .3 .1 e 4 .4 .6 ).
• Foi in clu ída um a no va s eção sobr e “A vali ação d e Compliance ” o u s e j a , “Av al i ação d o
atendim ento a r equisi tos legais e outros ” (ver 4 .5.2 ).
• F or am int rodu zi dos n o vos r equi si tos p ar a a participação e consulta (ver 4 .4.4.3 .2).
• For am in cluído s no vo s requ isi tos par a a in ves ti g ação d e in ci d entes (ver 4 .5.3.1 ).
E s t a pu b l i ca ç ã o n ã o p r e t en d e in clui r to d as as cláusu las necess ári as de um con tr ato. Os usu ário s
são responsáveis por sua co rreta aplicação.
A co nform id ade com es ta Norm a d a S ér i e d e A v a l i a ção d a Seguran ç a e S aúd e no Tr aba l h o
(OHSAS), não conf er e imun id ad e em r el ação às obri g açõ es l eg ais.
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I N T RO D UÇÃ O
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
Organizações de todos os tipos estão cada vez m ai s p r e o c u p ad as em a t i n g i r e d e m o n s t r ar u m
bom d es em pen ho em Segur an ça e Saúd e no Tr abalho (SST), por m eio do contro le de s eu s r is cos d e
SST, co erente com sua política e seus obj eti vos d e SST. Agem assim d entr o d e um contexto d e
legislação cada vez mais exigente, d o d es envo l vim en to d e po l í ti cas e co n ô mic a s e de o u tr as
m edi d as d es tin ad as a promo ver bo as pr áti cas de SS T, e d e um a cres cente pr eocu pação da s
part es in t eress ad as com qu est ões de SS T.
M ui t as o rgani z a çõ es têm ef e tu ado “ an á lis es” o u “ au di to r i as ” d e SS T a fim de a v a l i ar se u
d es em p enh o n e ss a ár e a. N o en t ant o, por si só, t a is “ a nál is es ” e “ a ud it ori as ” p od em não s er
su fi ci en t es p a r a pro p o rc io n ar a uma o r g ani z a ção a g ar an ti a d e qu e seu d es em p en ho n ão a p en as
atende, mas continuará a a t e n d e r a o s r e q u i s i to s l e g ai s e a o s d e s u a p r ó pr i a po l ít i c a. P ar a q u e
s ej am e fi c az es , é n e c ess ári o qu e ess es pro c ed im en tos s ej am r e a li z ados d en tro de um s ist em a d e
g es t ão es tru tur ad o qu e es t ej a in teg r ado n a org aniz ação .
A s No r m as O H SA S p ar a a g e s t ão d a S S T t êm por obj eti vo forn ecer às or g ani z açõ es el em en tos d e
um s ist em a d e g es t ão d a SS T efi ca z , qu e p oss a s er i nt eg r ado a ou tros requis itos de g est ão, e
auxiliá-la a alcançar se us objeti vos de SST e econômi cos. N ão s e pr e te nd e que es s as norm as,
b em como ou tr as Normas I nt ern acio n ais, s ej am u ti li z ad as par a cr iar b arr eir as com er ci ais não-
tari fári as, nem par a ampli ar o u alter ar as obr igações legais d e uma organização.
Esta No rma OHSAS especifica requi si tos p ara um sis t em a d e g es tã o S ST, p ara p erm it ir a um a
or gani zação des envo l ver e impleme n t ar u m a p o l ít i c a e o b j e ti vos qu e levem em consi d eração
r equisi tos legais e inform açõ es sobr e ri s cos de S S T. P r e t en d e- s e q u e s eja aplicada a todos os
t i pos e port e s d e o r g ani z a çõ es e s e ad e qu e a d if er en t es co ndi çõ es g e o gr á fi c as, c ul tur a is e
so ci ais. A bas e d ess a abor d agem es tá r epr es en tad a n a Figur a 1 . O su cesso do sis t em a d epend e
do com promet im ent o de to dos os n íveis e fun çõ es e es peci alm en t e d a Al t a Dir eção. Um sis t em a
desse tipo permite a uma organiz aç ã o d es en vo l v er um a po l í ti c a d e SST, es tab elecer objeti vos e
pro cessos par a atin gir os com promet im ent os d a po l íti ca, ex ecu t ar açõ es con form e n ecess ári o
p a r a m e l ho ra r s eu d es em pe nho , e demons tr ar a c o n fo rmid ad e do s ist em a com o s requ isi to s des t a
Norm a OHSAS é apoi ar e prom over bo as pr áti cas d e S ST, de man eir a b al an cead a com as
n e c essi d ad es so c io e conômi c a s. D e ve-s e no t ar qu e mu ito s dos r eq uisi to s pod em s er ab o rd ado s
sim ul t an eam en te ou reapr eci ado s a qu alqu er mom en to.
A s egun d a ed i ção dest a Norm a OHSAS bu s ca o es cl ar ecim en to d a pr imeir a edi ção , par a au xi liar o
seu entendimento, e leva em consideração as disposições da I SO 9001, I SO 14001, I LO-OSH e d e
outr as norm as e publi caçõ es sobr e sis t emas d e g es tã o d a S S T, d e maneira a aumentar a
c o m p at ibi lid a de ent re e ss as norm as, em b en ef íc io d a c o muni d ad e de usu ár io s.
Ex iste um a i mportan te d is tin ção en tr e es ta No rma OHSA S, qu e d es cr eve os r equis itos do
sistema de gestão SST de uma or g an i z a ç ã o e pod e s e r u ti l i z ad a p ar a cer t i f icação/ registro/ e/ou
para autodeclaração do sistema d e g es t ão d a SS T d e um a o r g aniz a ç ão , e d ir e tri ze s não -
certificáveis a fornecer orientação genérica a uma organi z a ç ão p ara e s t ab e l e cer, im pl em en t ar
o u m e l ho r ar um sis t em a d e g es tã o d a SS T. A g es t ão d a SS T a b r an g e uma v a s t a g ama d e qu es tõe s,
i n c l u i n d o aqu e l as com i m p l i c a çõ es e str a t ég i ca s e com p e ti ti vas . A d emons tr a ç ão d e um pr o cesso
b em s u cedido d e implem entação desta Norma OHSA S pode ser utilizada por um a o r g an i z a ç ã o
p a r a ass eg ur ar às p ar t es int er ess a da s qu e e l a poss ui um s ist em a d e g est ã o d a SS T apro pri ad o em
f un cion am en to .
Organiz ações qu e n ecess itam d e m ais or i entaçõ es genéri cas so bre um a gama vari ad a d e
questões relativas a sist e m as de g e st ão d a S S T d e v e m buscá-las na OHSAS 18002. Qualque r
r ef er ên c i a a o utr a s Norm a I nt ern a cio n ais tem caráter meram en te in form a ti vo .
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Melhoria Contínua

Política de SST

Análise crítica
pela direção

Planejamento

Implementação
Verificação e e operação
ação corretiva

Nota – Esta Norma OHSAS é baseada na metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-
Verificar-Agir). O PDCA pode ser descrito resumidamente da seguinte forma:
− Planejar: Estabelecer os objetivos e processos necessários para atingir os resultados de acordo com a política
de SST da organização.
− Fazer: Implementar os processos.
− Verificar: Monitorar e medir os processos em relação à política e aos objetivos de SST, aos requisitos legais e
outros, e relatar os resultados.
− Agir: executar ações para melhorar continuamente o desempenho da SST.
Muitas organizações gerenciam suas operações através da aplicação de um sistema de processos e suas interações,
que podem ser referenciados como “abordagem de processo”. A ISO 9001 promove a utilização da abordagem de
processo. Como o PDCA pode ser aplicado a todos os processos, as duas metodologias são consideradas
compatíveis.

Figura 1 - Elementos do Sistema de Gestão de SST

Es ta Norm a OHSA S con tém r equ isi tos qu e pod em s er audi tado s d e m an eir a obj etiva; en tr etan to,
n ão es t ab elece r equi sit os abso lu tos par a o des empen ho d a SS T, al ém do s comprom etim en tos,
e x pr es s o s n a p o l í t i c a d e S S T, d e e s t ar em c o n formi dade com os requisi tos legais e outros
requis itos a pli c ávei s a os qu ais a or gani zação tenha subs cr ito, p a r a a p r e ve n ção d e l es õ es e
doenças ocupacionais e para a melhoria con t ínu a . Sendo a ssim, d u as o r gani z a çõ es qu e
d es en vo l v am a ti vi d ade s sim i l ar es, m as qu e t e nh am n ív e is dif er en t es d e d es em pe nho da S S T,
p o d em es t ar em c o nfo rmi d ad e com s eu s r equ isi to s .
E s t a Norm a d e S S T n ão i n c lui r equis it o s es p ec í f i cos d e o u tro s si ste m as d e g es t ão, t ai s como
aqu el es d a qu al id ad e, ambi en t al, s eg ur an ça patr imoni al ou g es t ão fi n an ceir a, mui to em bor a
s eus e l em ent os poss am s er a lin h ados o u in t egr ad os aos de ou tros s ist em a s d e g es t ão. É possível
a uma organização ad aptar seu(s) s is t em a(s ) d e g es t ão exi st e nt e (s ) d e m an eir a a es t ab e lec er um
si st em a d e g es t ão d a SS T qu e es t ej a em c o n fo rm id ad e com o s r eq uisi to s d es t a N o rm a O H SAS .
Deve-se notar, entretanto, que a aplicação de vários elemento s de gestão pode diferir,
d e p end end o d a f in a lid ad e pr e t endid a e d as p art e s in t er essad as en vo l vi d as.
O n í v el d e det a l h es e a c o m p lexid ad e do s ist em a d e g es t ão d a S S T, a e x t ens ão d a do cum en t açã o
e o s r e curso s a e l e des tin ad o s dep en d em d e um a s éri e d e f a tor es, t ai s como o c a mpo d e
a p l i c a ç ã o d o s i s t e m a, o por t e d a o r g an i z a ção e a natureza de suas ati vi d ade s , pro d u t o s e
s er vi ços, e a cul tur a d a org an iz ação. Ess e po de ser , em par ti cu l ar, o caso d as pequ en as e m édi as
e m p r e s as.
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Ob jetivo
A in te nç ão desta seção é a de e sc l arec er que a Nor m a OHSAS 180 01:2007 possibilita a
or g an i z aç ão op te pe la a u t od ec la r aç ão , n ão p re ci s an do n e c e s s ar ia m e n te d a c e r t ifi c aç ão p ar a
d em ons tr a r o a ten d imen to ao s re qu i si to s d a nor m a.
Indic a a me todolo gia PDCA par a co mpatib ilidade co m as nor mas ISO 900 1:2000 , a ISO
140 01:200 4 (prin cipalmen te ) ver exe mplo n a figur a 5.
F I G U R A 5 – M O DE L O D E U M SI S T E MA D E G E ST ÃO A MB I E N T A L B AS E ADO E M P R O C E S S O

M elhoria Contí nua do Sistema de Gest ão

Análise Critica
pela DIreção
A
A
P
Política Verificação
e INTERAÇÃO e
Planejamento Ação Corretiva

D
D c
Implementação
e
Entrada Saída
Operação

Id en tific a çã o Re quis ito s


do s Re qu isit os Ate ndi dos

P a r t e s I n t e r e s s a d a s
(Diret oria, Clientes , Comunidade Local, E mpregados, Fornecedores de Bens e Serviços, Sociedade e Gov erno)
Legenda: Adição de valor Fluxo de informação

FONTE: ADAPTADO DA ISO 9 000:2000


I n te rp retaç ã o
A Nor m a OHSAS 18001:20 07 especif ic a um mo de lo de Sistema de Ge stão da Segur anç a e Saúde
no T r ab alho (SST ) qu e po de se r apl ic ado a qu alq uer ti po de e mpre s a, i ndepen dente men te da s u a
d i men s ão.
É b ase ad o n um mo delo de i mp lem en t aç ão d o PDCA (P LANEJAR-EXECUTAR-VERIFICAR -AGIR) e
s e gue um a s e q üê n c i a si m pl e s e lóg i c a.
É i m por t an te qu e u m a or gan i zaç ão ado te u ma ab or dagem do ti po P DC A ao s se us pro ce sso s, e
q ue in cl u a o re torno ob t i do do con tro le de pro ces so s, a v a l i açõ es de pro d ut o e in d ic a dore s d a
s a t i sf aç ão d a s p ar te s i n ter e ss a d as , a f i m de d e ter mi n ar a n e c e ss i da d e de u m m a io r o u men o r
co ntrole.
P LA N ( p l an e j a r ) : E s t abe lec e r o s o b j e ti vo s e o s pr o c e ss o s n e c e ss ár ios p ar a a pr e s e n t ar r e s ult a d o s
d e aco r do c o m: o s r e qu i si to s d as p a r t e s in ter e ss a d a s, o s r e qu is i to s l e g ai s, a s po lí t ic a s i n ter n a s
d a or g an i z aç ão e a de fin iç ão de o bje t i vos e me t a s am bi en t a is.
Ne ce ssitando par a tanto:
− F a z e r u m a A v a l i aç ão I n ic i al : P ar a c o m pr e e n der a po s iç ão atu al da empre s a e m r e l aç ão a S S T , a s
e xigênc i as le gais i mpo stas a el a, os pe ri go s e r i s co s re le van te s, su a s p r át icas e postur as, além
d e i den t if icar o s seu s pon to s fo rt es e fr a cos ;
− O b ter um a v i s ão cl a ra d o f u turo pró x imo : C om preend er o s p rová v ei s per ig o s e r is cos ( e m
re l aç ão a S S T ) fu t uro s e s u a s imp l ic açõ es na e m pre s a, a f i m de i de nt if ic a r o s r i sco s e a s
o por tun i dades de me lhor ia; e
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− Estabelecer uma Po lítica de SST: Def in ir como a empresa ir á reagir às questões se SST atuais e
f u tur as, se an tec i p ado a e l as .
D O ( ex ec u ta r ) : É a f ase de i m plem en t ar o s p roce s sos , o u se j a, é a f ase de e xec uç ão d as ações
d ef in id a s an ter ior ment e, o nde s ão fei t a s a ed uc a ç ão e o t re in a men to p ar a c a p ac i t ar a s p ess o as a
r e a l i z are m a s a t i v i d ade s, de sen vo l v e n d o c a pac i d ade s e mec an i smos ne ce ssár io s à re alizaç ão do s
o bje ti vo s.
T odo s o s per i go s s ig ni f ic a ti vo s de ve m a go ra se r ger enc i ado s. P ar a i s so, e xis t em as o pçõe s:
pode m se r agen dados co mo pr ojeto s de me lhor ia e su bme t ido s a Obje t i vos , Me tas e Pro gr am as
d e Ge s t ão, o u p odem s er co nt ro l ad os por pro ced im en to s d e C on tro le O per a cio n al ( e m
d e ter min a da s s i tu aç õ e s , po de m e d e vem ser ap l ic a do s amb o s o s mec a n is mo s ).
A d ic ion al men te, as q ue s tõe s id en ti fi c ad as como potenc iais situaç ões de e mergênc ia
ne ces s i t ar ão ser geri das por proce s so s de p re venç ão de emer gênc ias e, possive lme nte, por
plano s e proc edimen tos de eme rgên cia.
C H E CK (v e ri f i c a r ) : Mon i tor ar e me di r os proce s so s e pro du to s e m co m p ar aç ão c om p adrõe s o u
re qu i si to s le gais, po lí tic as, o bje tivo s e re por tar o s re su l tad os ;
T a m bé m se r e a l i z a a ava l i aç ão d a e f ic á c i a d a s u a im p l a n t a ç ão e d a m a t u r id a de d o S i s te ma d e
Ge stão da SST.
Estes resultados são an alisados ju nt o à dir eç ão d a e m pre s a, q ue pro mo ve u ma a n ál i se crí t ic a e
d e ter min a m u d an ç a s de r um o , q u an do n e c e s sá r io, e /o u m e l h o r i as e a j us te s ao s i s te m a.
I nc lu i pro ced i men to s de med iç ão , m on it or amen to e c a l ibr aç ão , p ar a g a r an t ir q ue o s con trol es e
o s pr ogr amas es t ão a fu nc ion ar, co mo se pr eten de.
I nc lu i ai nd a a v er if ic aç ão do c um pr i me nt o d a le g is l aç ão.
U m ou tro pro ces so d a v er if ic aç ão é a A u di tori a I nt ern a do S S T on de o s i s tem a d es en vol v id o é
auditado em por menor, par a ver if ic ar se está implemen tan do o que se pre ten de e se tal
co nt in u a ade qu ado à "re ali d ade de s e gur an ç a e saúde no tr abalho " da or gan i zação.
A CT (agi r): Empreen der açõ es para melhor ar co ntin uamen te o de sempen ho do proce s so;
Co nsiste n a busc a da me lhor ia contínua do s pro c es so s e s er v iço s d a or g an i z aç ão no que t a n ge a
sua re laç ão co m o me io ambien te e, c onseqüente men te, o desempenho ambien tal da empre sa;
E n vol ve a b u sc a de so luç ões p ara e l imin ar o pro ble ma, a e sc olh a d a s ol uç ão mai s ef eti va e o
d es en vol v im en to des ta s ol uç ão, co m a d ev i da nor m a li z aç ão, qu a ndo in v ad e o c ic lo P do PD C A;
Q u a is que r d ef ic iênc i a s ou i mpre v is t os id en ti fi c a dos de vem ser cor r igi do s, o p l ano de aç ão d e ve
s e r r e v is a do e a d ap t ad o às n o vas c i r c u n s tâ nc i as, e os pro cedimen to s são melhor ados ou
reo rie ntados, se nece ssár io.
É a c i m a d e t u do u m a r e v is ã o do p r o c e s so, po is to do o s i s te m a é r e v is to , p ar a s e g ar an t ir q ue
e s t á f unc ion an do, fornec end o o s re su l t ad os pre ten d id os e que con t in u a a tu a li zad o e a de qu a do
à empr esa.

S e n ã o h á p rob le m a, q u an do se a t i ng e u m o bje ti vo a lé m do que t i nh a s id o p l a nej a do o u s e


i g u a l am met a s e r e s u l ta d o s , n o v as m e t a s m ai s a ud ac ios as de ve m s er e s t abe lec id a s e o c ic lo é
r e com eç ado vo l t and o a o c ic lo P do P DC A.
A c ada vo lta do ciclo PDC A se mpre aco ntece um p r o gr e ss o , m e s mo q ue p e q ue n o p o r i ss o n u nca
se volta ao mesmo ponto. Cada mudanç a dá in íc io a um no vo c ic lo que te m como base o c ic lo
an ter ior, c ar ac te ri zan do de st a form a a espir al da Me lhor ia Co ntín ua.

E s te s ele men to s, q u an do ade quad ame nt e ap l ic a dos, ir ão dar or igem a uma boa ge stão
ambien tal (SGS,20 03; APCER, 2001 ).
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 8 de 65

FIGURA 6 - FLUXOGRAMA DO PR OCESSO PARA A OHSAS 180 01

Identificar
Identificar dos Perigos e Requisitos Legais e
Avaliação de riscos Outros requisitos
PLANEJAR

4.3.1 4.3.2

Avaliar a significância
Política
dos riscos
4.2
4.3.1

MELHORIA GESTÃO DA CONTROLE


EMERGÊNCIA
EXECUTAR

Objetivos Planos de Procedimentos


e Programas Emergência de Controle
4.3.3 Operacional
4.4.7
4.4.6

Monitoramento e Medição
VERIFICAR

4.5.1

Auditoria Interna
4.5.5
AGIR

Análise crítica
pela Direção
4.6

P R OC ESS OS D E A P OI O A O SS T
4 . 4 . 1 REC URS OS, FUNÇÕES, R ESPON SABILID A D E S, PR ESTAÇ Õ ES D E C O NTA S E A U TORID A D ES
4.4 .2 COMP ETÊNCIA, TREI NA MENTO E CONSCI ENTIZAÇÃ O
4.4 .3 COMUNICAÇÃ O, PARTI CIPAÇÃ O E CONSULTA
4.4 .5 CONTROLE DE DOCUMENTOS
4.5 .2 I NV ESTI GAÇAVA LIAÇÃ O DO ATENDI MENTO A REQUISI TOS LEGAI S E OUTROS
4.5 .3 I NV ESTI GAÇÃ O DE I NCIDENTE, NÃ O CONF ORMIDADE, AÇÃO CORRETIVA E AÇÃ O PREV ENTIVA
4.5 .4 CONTROLE DE REGISTROS
FO NT E: AD AP TA D O D E SG S, 2 003
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 9 de 65

PDCA Para uso no Di a-a-Di a


S o nh a r n o s l e v a a pe n sar e m no s so s o b j e t iv o s e i s s o n o s l e v a a a çã o p a r a r e a l i zá - l o s .. . m a s n e m
s e m p r e é tão f ác i l a s sim ! Q u e t al c r i a r u m ci clo positiv o para você , capaz de ge rar me lhorias na sua
v id a e te apr ox i ma r c ada ve z m a i s do s re su l t ad os que v ocê bu sc a ?
P e n se d i fe ren t e ! Pense com Qua l idade!

E s te Cicl o Positiv o têm o no me d e PDCA e a s e g uir o a p res en t amo s p ar a us o n o seu d i a- a - d i a


t a n to no tr ab a lho qu a nt o e m c a s a !

P LA N ( P LAN EJ A R ) , o u s e j a , P E NSA R
1. I den t if iq ue s u a a tu a l sit u aç ã o e aon de q uer che g ar;
2. D ef in a seu s o bje ti vo s e p rio ri d a des ;
3. Estabeleç a suas metas e pr azos par a alcanç á-los;
4. D ef in a q u ai s ser ão o s i nd ic a dor es , ou me lhor, co mo voc ê ir á med ir se us a va nço s e
c o n q ui s t as ( e ss e s in di c a d o r e s s ã o f un d ame n tai s p ar a su a j o r n ad a );
5. Planej e (ou melhor, Pense ) as açõe s par a realizar suas me tas e ob je ti vo;
6. C o lo que t ud o po r e s c r it o , p ar a f ac il i t ar su a v i su a l i z aç ão;
7. Apre nda se ne cessár io, e en sine / tre ine / c omu ni que as pe ss o as e nvol vi d as ;
E s t e ser á seu P l a no d e A ç ão p ar a al c a nç a r o q u e d e se j a ( m e ta s e o b j e t iv o s , i nc lu s ive o s i nd ic ad or e s ).
D O (E XE CUTAR ), ou sej a , DE S EN VO LVA
1. Co lo que em p r átic a se u P l ano de Aç ão;
2. Pr oce d a conf orme o planej ado;
3. Cumpra cada meta de su a jornada;
4. Re gi st re as i nfor m açõ es p ar a que você po ss a m ed ir se us avanço s;
5. Gerencie seu te mpo com foco n as s u a s m e t a s e o bj e t iv o ;
6. Seja pró-ativo;
CHECK (VERIFICA R ), ou seja, CO NFERIR
O seg red o do PDC A e s ta aqui!
1. V e r if iq ue se a s me t a s p l ane j ad a s e s t ão sen do c u mp r i d as , a tr a vé s do s seu s in di c a dor e s.
( L e m bre -s e : s e m in f o r ma ç õ e s c o n f iáv e is, n ão é p os s ív el pro ss eg u ir );
2. An alise o s pon tos for te s de suas açõe s e as suas opo rtun idade s de me lhor ias;
3. C a so n ã o tenh a ob t ido o s re su l t a do s e spe r ado s, identifique as causas reais que ger ar am
i s so;
4. S e mpre se le mbr e q ue o f oco n ão é e m p rob lem a s, é s i m e m s ol uções !
A p li que e s t a e t ap a pe r i od ic ame n te !
A CT (AG I R ), o u s ej a , A P E RF EI Ç O A R
1. Co m a s infor m açõe s m ed i d as e a n a li s a d as . S e n ão h á p rob le m a, q u an do s e a t i ng e u m
o bje ti vo a lém do q ue tinha sido planej ado ou se igualam m e t as e r e su l t a do s , n o v a s me t as
m a i s au d ac io s as de ve m se r e s t abe lec i d as e o c ic lo r ec omeç a do. Aperf eiç oe o qu e j á er a
bom e in corpore as me lhor ias ao seu Plano de Aç ão.
2. Caso con trár io, cr ie açõe s de melhor ias c apaze s de r eso lver e, con seqüen te men te,
p re ven ir as c a us a s do s p rob le m as , p a r a q ue e le s n ão vo l te m a oco rrer;
3. Q u a is que r d e f ic iê n c i a s o u i m pre vi s to s id e n tif ic a do s de ve m ser c o r r i gi do s, o p l ano de
a ç ão de ve s e r r e v i s ado e a d ap t ad o à s n o v as c ir c un s t ânc i a s, e o s p r o c e d i me n to s s ão
melhor ados o u reor ien tados, se nece ssár io. Coloque as açõe s de melhor ia e m prátic a!
E s t a f a se e nv o lv e a b u sca d e s o luç õe s p a r a e l im in a r o p r ob lem a , a e sc o lh a d a s o luç ã o m ai s e f e ti v a e
o d e se nv o lv i m e n to d e sta s o luç ã o , c om a d e v id a n o rm a li za ç ã o , q u a nd o in v a d e o c ic l o P d o c ic l o
P DCA ;

E v ol t e n ov a m e n t e a o c o m e ç o d o c i cl o!

A c ada vo lta do c ic lo PDCA se mpre acon te ce um pro gr esso, me smo pequeno, por isso n unc a se
vo lta ao me smo pon to. C ad a mud anç a d á in íc io a um no vo ciclo que te m co mo base o c ic lo
an ter ior, c ar ac te ri zan do de st a form a a espir al da Me lhor ia Co ntín ua.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 10 de 65

1 OBJETIVO E CAMPO DE APLIC AÇÃ O - E SC OPO


Texto da Norma OHSAS 18001:2007
E s t a N o rm a d a S ér ie d e A v a li ação da Segurança e Saúde no Tr abalho (OHSAS) especifica os
r equ isi tos par a um Sistem a d e Ges t ão d a Segur an ça e Saúd e no Tr abalho (SST), par a permi tir a
um a or ganiz ação contro lar s eus ris c os d e a ci de nt es e do en ç as ocupacionais e melhorar seu
d es em p enh o d a SS T. E la n ão es t ab e l e ce c ri té rio s e sp e cí f i co s d e des empen ho d a S egur a nç a e
Saúd e no Tr ab alho, n em f orn ece e s pec i f i c a çõ e s d e t a l h ad as p ar a o p roj e to d e um s ist em a d e
g es t ão.
E s t a Norm a OHSA S se aplica a qualqu er organização que des eje:
a) Estabelecer um Sistema de Gestão da SST para elimin ar ou m inimi zar ris cos às pesso as e
ou tr as par tes i nter essad as qu e poss am estar expos tos aos ris co s d e SST asso ci ados a su as
a t i vi d ad es;
b ) Im plem en t ar, m ant er e m elho r ar con tinu am en te um Si st ema de Gest ão d a S ST;
c) A ss e gur ar -se d e su a con fo rmi d ad e c o m su a po lít i c a de S ST defin id a;
d ) D emons tr ar c o n fo rmi d ad e c o m es t a Norm a OHSAS d a seguin t e f o rm a:
1. F az endo um a au to-aval i ação e au tod ecl ar ação, ou
2. Bu s cando a con firm ação de sua co nform idad e por m eio d e partes qu e ten h am in ter ess e na
o rgan ização , tais como cli entes, ou
3. Bu s cando a con firm ação de sua au to declar ação por meio de uma parte externa à
o rgan ização , ou
4 . Buscando a certificação/r e g i s t r o d e s eu s i s t e m a d e g e s t ã o d a SST por meio de uma
or gani zação es terna.
Todos os r equ isi tos d es t a No rm a OHSA S se d est in am a s er in cor por ados em qu alqu er S ist em a d e
G e s t ão d a S S T. A ex tens ão d a apli c a ç ão d e p e n d erá de fatores como a po lítica de SST d a
or g ani z ação, a n atur ez a de su as at ivi d ad es e os ris cos e a com plexid ad e d e su as o per açõ es.
E s t a Norm a OHSA S é direcionad a à Segurança e Saúde no Trabal ho, e não a outras áreas de
s eg ur an ç a e s aúd e . T ais c o mo p ro gr am as d e b em- es t ar d e f un cion ár io s, s e gur an ça d e pr o du to s,
danos à propri edade ou impactos ambi entai s.
Ob jetivo
Mostr ar que a OHSAS 1800 1 e s pec if ic a re quisito s re lativo s a um sistema de ge stão da SST e
aplic a-se aos risc os que possam se r co ntrolados pe la or gan i zaç ão.
O S i s te m a d e G e s t ão d a S S T é par te in te gra n te de u m s i s te m a de g e s t ão de t o d a e qu a lq ue r
or gan i zaç ão, o qual pro porc ion a um c onjunto de f e r r ame n t a s q ue p o t e n c i al i za m a me lh o r i a d a
ef ic iên ci a da ge stão dos ri sc os d a SST, r el acion ados com todas as atividades da or ganizaç ão.
Co nsider a-se que os aspec to s a s e g u ir r e f e r ido s s ão al g un s dos m a is i m por t an tes , c o n s i de r an do -
s e qu e c a d a or g an i z aç ão d ev e r e fle t ir e a dequ a r o s as pec to s c it a dos , f ace às su a s c ar a ct er ís t ic a s
e e s pec if ic id a de s, co m o pro pós i to d e def in ir, t orn ar efe t iva , re ver e m a n ter a po lí t ic a de SST da
or g an i z aç ão, com b a se n a qu a l s e p ode r á de fin ir e e s t abel ecer :
− A estr utur a o per ac ion al;
− As atividades de planej amento;
− A s r e s po n s ab i li d a de s;
− As práticas ;
− O s pro c e d im e n to s;
− O s pro c e s sos ;
− O s r e c ur so s.
Definida a política de SST, a or ganizaç ão deve de senhar u m si s tem a d e ge stão qu e en gl obe
desde a estr utur a operacional até a d i s po n ib i li z a ç ão do s r e c ur so s, pas s an do pe lo p l ane j a me n to,
p el a def in ição de re sp on s ab i li d ades , pr át ic as, p roce d ime nt o s e pr oces so s, a sp ec to s d ecorr ent es
da gestão e que atr avesse hor izontalmen te toda a or gan izaç ão.
O sistema deve ser or ientado par a a gest ão dos ri sc os, deven do assegur ar:
− A i de n t if ic aç ão de p e r ig o s;
− A a v a l i aç ão d e r is c o s ;
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 11 de 65

− O c o n tr o le d e r is c o s .
I n te rp retaç ã o
Um siste ma de gestão da SST de acor do co m a OHSAS 18001 propo rc iona um sistema de
p r o c e s sos in ter l iga do s. É u m s i mp le s e e f ica z c o n j un to d e mec an is mo s p ar a g e r i r ques t õ e s
ambientais dentro de uma empr es a . A nor m a s ó é pre sc rit i v a em t erm os d e e s tip u l ar o q ue d e ve
assegur ar, deixan do à empr esa a liber d ade de e sco lher , por e l a próp ri a , co mo dev e f a ze r.
Esta abor dage m sign if ic a que a OHSAS 1800 1 pode ser aplic ada a qualquer tipo de o rganizaç ão
e m qualquer esc ala, e isso também explica p orq ue é que , d e t e mpo s a te mpo s, h á m a l -
e n ten d id o s n a s s u a s in ten ç õ e s e n as s u as a p li c a ç õ e s.
U m si s te m a d e ges t ão d e aco r do c o m a O H S AS 1 8 0 0 1 s i gn if ic a que:
− S ã o i de n t if i c a d as to d as a s m á s (e b o as ) p r á ti c as de SST que a su a e m pre sa tem sob re o
am b ien te de tr ab alh o;
− Tem conhe cime nto do que e s tá a sen do f eito par a gerenciar e melhor ar e s se s risco s;
− V a i im p le me n t ar um a b o a ge s t ão d a S S T e m to do s o s p l ano s f ut ur o s e n o se io da s u a e m pre s a;
e
− T e r á a c e r te z a q ue i de n t if ic o u e c o mpr e e n deu to do s o s r e qu i si to s le g a is r e l ac io n a do s c o m o
s eu n eg óc io e que os vai cu m pri r.
(SGS, 20 03 )

2 P UBL ICAÇ ÕE S DE REFERÊ NCIA


Texto da Norma OHSAS 18001:2007
O u t r as pu b li c a çõ es q u e f o r n e c em in form açõ es ou dir etrizes es tão listad as na Bibliografia. É
a c o n s e l h á vel q u e s e j am c o n s u l t ad as as ú l t i m as edições de cada publicação . Especifi cam ente ,
d e ve s er f eit a r ef er ên c ia à:
- OHSA S 18002, Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho - Diretrizes para a
implementação da OHSAS 18001.
- Organização Internacional do Trabalho:2001, Diretrizes para Sistemas de Gestão da Segurança
e Saúde no Trabalho (SG-SST).
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 12 de 65

3 T E RM O S E D E F I N I Ç Õ E S
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
Par a os efeitos desta Norm a OHSAS, apli cam -s e os s egu intes termos e definições:
3 .1 R i s co A ce it á v el
Ris co qu e foi reduz ido a um n ível qu e pod e ser to ler ado pela o rg ani zação (3.17 ), levando em
consideração suas obrigações legais e sua própria pol ítica de SST (3 .16 ).
3 .2 Audito ria
Pro cesso sis t emáti co, do cumentado e ind epend en t e, p ara o b t er “ ev i dên ci a d a a ud ito ri a ” e
avaliá-la objetivam ente para dete rminar a extensão na qu al os “cri téri os d e aud ito ri a” s ão
atendi dos.
[ISO 9000:2005, 3.6.4]

3 .3 M e l h o r i a con t ínu a
Pro cesso r ecorr en te d e s e a v an ç ar c o m o s ist ema d e gestão da SST (3.13 ), com o pro pósi to d e
a t in gir o aprimor am ent o do desempenho da SST (3 .15) g er al, co er en t e com a pol ít i ca de SS T
( 3 . 1 6 ) d a o rganização (3.17 ).
NOTA 1 - Não é necessário que o processo seja aplicado simultaneamente a todas as áreas de atividade.
NOTA 2 – Adaptado da ISO 14001, 3.2.

3 .4 Ação co rretiva
A ção para eliminar a causa de uma n ão - conf o rmid a de (3.11 ) identificada ou outra situação
in d es ej á v el .
NOTA 1 – Pode existir mais de uma causa para uma não-conformidade.
NOTA 2 – Ação corretiva é executada para prevenir a repetição, enquanto que a ação preventiva (3.18) é
executada para prevenir a ocorrência.
[ISO 9000:2005, 3.6.5]

3 .5 Do cu mento
Informação e o meio no qual el a est á con tid a.
NOTA – O meio físico pode ser papel, magnético, disco de computador de leitura ótica ou eletrônica, fotografia ou
amostra-padrão, ou uma combinação destes.
[ISO 14001:2004, 3.4]

3 .6 Perigo
F on te , s it ua ç ã o ou ato com po t en ci a l p ar a p ro vo c ar danos hum anos em t ermos d e lesão ou
do en ça (3.7) , ou um a combi n ação des t as.
3 .7 I d ent if i c a ção d e p e r i gos
Pro cesso d e r eco nhecimen to d e qu e um perigo ( 3.6 ) exi st e e d efi ni ção de suas características.
3 .8 Do en ça
Condição física ou mental advers a i d en ti fi c á vel , o riun d a d e, e /o u agravada por, uma atividade
labor al e/ou s ituação r elacionada ao trab alho.
3 .9 In cid en te
Evento(s) relacionado(s) ao tr ab alho no qu al um a les ão ou do en ça (3.7 ) (in d epend en t em ent e d a
gravidade) ou fatalidade ocorr eu ou po d eri a ter o cor rido.
NOTA 1 – Um acidente é um incidente que resultou em lesão, doença ou fatalidade.
NOTA 2 – Um incidente no qual não ocorre lesão, doença o fatalidade pode também ser denominado um “quase-
acidente”, “quase-perda”, “ocorrência anormal” ou “ocorrência perigosa”.
NOTA 3 – Uma situação de emergência (ver 4.4.7) é um tipo particular de incidente.

3 .1 0 P art e int eres s ad a


Indi víduo ou grupo, int e r n o o u ext e r n o o u local d e t rab al ho (3.18), interessado ou afetado
pelo d es e mp en ho da SST (3.15 ) d e um a o r gan iza ç ã o (3.17).
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 13 de 65

3 .1 1 N ão - con fo rmi d ad e
Não atendim en to a um r equ isi to.
[ISO 9000:2005, 3.6.2; ISO 14001, 3.15]
NOTA – Uma não-conformidade pode ser desvio de:
- normas, práticas, procedimentos, requisitos legais, etc. de trabalho pertinentes.
- requisitos do sistema de gestão da SST (3.13).

3 .1 2 Segu ran ça e Saú de no Trabalho (SST)


Con di çõ es e f a tor es que a f et am , o u p o d eri am a f e t ar, a s eg ur an ç a e a s aúd e d e fun c ion ário s o u
d e out ros t r ab al h ador es ( in cluin do tr ab al h ador es tempor ários e pesso al t er ceiri zado ),
vis itantes ou qu alqu er ou tr a pessoa n o lo cal de t rab alho (3.23)
NOTA – Organizações podem estar sujeitas a requisitos legais para a segurança e saúde das pessoas fora de seu
local de trabalho (3.23), ou que estejam expostas às atividades do local de trabalho (3.23)

3 .1 3 Si st ema d e gest ão d a SST


Parte di s istem a d e gestão d e um a o rg ani zação (3.17 ) u til i z ad a p ar a d es en vo l v er e i mp l em ent a r
su a pol ítica de SST (3.16 ) e p ar a ger en ci ar s eus ri s cos (3.22 ) de S ST.
NOTA 1 – Um sistema de gestão é um conjunto de elementos inter-relacionados utilizados para estabelecer a
política e os objetivos e para atingir tais objetivos.
NOTA 2 – Um sistema de gestão inclui a estrutura organizacional, atividades de planejamento (incluindo, por
exemplo, a avaliação de riscos e o estabelecimento de objetivos), responsabilidades, práticas, Procedimentos
(3.20), processos e recursos.
NOTA 3 – Adaptado da ISO 14001:2004, 3.8.

3 .1 4 Objetivo de SST
Met a de SS T, em termos do desempenho da SST (3 .15), que um a o rg an i zação (3.17 ) est ab elece
par a el a própri a ati ngi r.
NOTA 1 – Convém que os objetivos sejam quantificados, sempre que exeeüível.
NOTA 2 – A seção 4.3.3 requer que os objetivos de SST sejam coerentes com a política de SST (3.16).

3 .1 5 Desemp enho da SST


Resu ltados m ensur ávei s d a ges t ão d e um a o rgani zação (3.17 ) de s eus risco (s) (3.21 ) d e SS T.
NOTA 1 – Medição do desempenho da SST inclui a medição da eficácia dos controles da organização.
NOTA 2 – No contexto do sistema de gestão da SST (3.13), os resultados também podem ser medidos em relação à
política de SST (3.16) , objetivos de SST (3.14) e outros requisitos da SST da organização (3.17).

3 .1 6 Pol ítica de SST


I n t en çõ es e p r i n c íp i o s g er a i s d e u m a o rg an i zação ( 3 . 1 7 ) e m r e l a çã o a o s e u d es em p enho d a S S T
( 3 .15 ), con form e form a lm en te expresso pela A lta Di reção .
NOTA 1 – A política de SST fornece um arcabouço para a ação e para o estabelecimento dos objetivos de SST
(3.14).
NOTA 2 – Adaptado da ISO 14001:2004, 3.11.

3 .1 7 O r g an i z a ç ão
Em pr es a, cor por ação, f irm a, em pr eendimento, autoridade ou ins ti tui ção , ou par te ou um a
combinação desses, incorpor ada ou não, púb l i ca ou pr i vada, qu e t en ha fun ç õ es e a dmin ist r aç ã o
p r ó pr i as .
NOTA – Para organizações que tenham mais de uma unidade operacional, uma única unidade operacional pode ser
definida como uma organização.
[ISO 14001:2004, 3.16]

3 .1 8 A ção p rev ent iv a


A ção para eliminar a causa de uma potencial não -confo rmidade (3.11 ) ou outr a si tuação
potencialmente indesejável.
NOTA 1 – Pode existir mais de uma causa para uma não conformidade potencial.
NOTA 2 – Ação preventiva é executada para prevenir a ocorrência, enquanto que a ação corretiva (3.6.5) é
executada para prevenir a repetição.
[ISO 9000:2005, 3.6.4]
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 14 de 65

3 .1 9 P ro ced i mento
F orm a es peci fi cad a d e ex ecu t ar um a ati vid ad e ou um pro cesso .
NOTA 1 – Procedimentos podem ser documentados ou não.
[ISO 9000:2005, 3.4.5]

3 .2 0 Registro
Do cu mento ( 3.5 ) q ue apr es en t a r es ul t ad os o bt idos ou forn ece evid ên ci as d e ati vid ad es
r eali z ad as.
[ISO 14001:2004, 3.20]

3 .2 1 R i s co
Comb inação da prob abilidade de ocorr ênci a de um even to perigoso ou e xpo si ç ão (õ es ) com a
gravidade da lesão ou do en ça (3. 8 ) q u e po d e s er c a u s ad a pel o e v en t o o u e x p o s i ç ão (õ es ).
3 .2 2 Avaliação de riscos
Processo de avaliação de r i s co (s ) (3.21 ) pr o veni en t e (s) d e p er igo (s ), levando em consideração a
ad eq u ação d e qu alqu er co ntr ole exis ten t e, e decid indo s e o ris co é ou n ão acei tável.
3 .2 3 Lo cal de trabalho
Qualquer local físico no qu al at i vid ades r el acion ad as ao tr ab al ho s ão ex ecu t ad as sob o con tro l e
da organização.
NOTA – Sempre que fizer considerações sobre o que constitui um local de trabalho, convém que a organização
(3.17) leve em consideração os efeitos da SST sobre o pessoal que esteja, por exemplo, viajando ou em trânsito (p.
ex.: dirigindo, viajando de avião, ônibus ou trem), trabalhando nas instalações de um cliente, ou trabalhando em
casa.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 15 de 65

4 R E Q U I SI T O S D O S I ST EMA DE GE ST Ã O DA S S T
Ob jetivos
E s t a seç ão e s t abe lec e u m a v is ão ger a l do s i s te m a a s e r im p l an t ad o .
A e s trutur a da no rma fo i pensada par a “alinhar ” c o m o u tr a s n o r m a s d e si s te m as d e ge s t ão, j á
e xisten te s, a ISO 9001: 2000 (Sistemas de Ge stão da Qualidade ) e pr inc ipalmen te a ISO
140 01:200 4 (Sistemas de Ge stão Ambien tal). T al é c o mpr o v ad o an a l is an do al gu ns d o s
re qu i si to s nor mati vo s, q ue e s tabe lec em, por exe mp lo:
− A ap li c ab i lid ade do Ci cl o d e De min g (P l anej ar, E xec u t ar, V er if ic ar e A gir );
− A nece s si d ad e d e es t a be lece r pro ce di men to s e scr i to s;
− A i mp or t ânc i a decor ren te d a realizaç ão de auditor i as;
− A no tor ie d ad e d a d a à for m aç ão;
− O e n vol v i me n to d a Dir e ç ão ;
− O re le vo pro porc ion a do à re v is ã o d o s is te m a como momento pr ivilegiado par a a análise da
s u a e f i c ác i a.
E s t a n o r m a é s uf ic ie n t e men te abr an ge n te e p a ss í ve l de s e r u ti l i za d a por tod a e qu a lqu e r
or gan i zaç ão, in dep enden te men te d o s eu se tor de ati vi d ad e e di mens ão.
E fe t iva men te o s re qu i sit o s de s t a nor m a s ão ap l ic á ve is a q u a lq uer org a n i z aç ão qu e obj et i ve:
a) E s t a bel ecer u m si s te ma d e g es t ão d a S S T de st i n ado a e l im in a r ou mi ni m i z ar o ri s co p ar a o s
t r ab a lh a dor e s e p ar a as p ar te s in ter e s s ad a s qu e po s s am e s t ar e xp ost o s a r is co s p a r a a S ST
associados às suas atividades;
b ) I m p l e me n t ar , m an te r e m e l h o r ar de f o r m a contínua um sistema de ge stão da SST;
c ) A s se gu r ar a co nfor m idad e co m a Po lítica da SST que estabelecer;
d ) Demonstr ar e ssa conf ormidade a terc eir os;
e ) Obter a cer t if ic aç ão ou o re conhec i men to do seu sistema de ge stão da SST po r uma
or g an i z aç ão e x tern a ;
f) Fazer uma au to-avaliação e uma declar ação de c onfor midade co m esta nor ma.

4 . 1 R E Q U I SI T O S G E RAI S
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A or gani zação deve estab elecer, do cum en t ar, im p l eme nt ar, m an t er e m el hor a r con tin u ament e
um Sis t em a d e G est ão d a Segur an ç a e S aú de no Tr ab al h o ( SS T) em con formid ade com os
r equ isi tos des t a Norm a OHSA S, e det ermin ar como el a ir á at end er a esses r equis itos.
Ob jetivo
U m Si s tema de Ge s t ão d a SST p ode ser def in i do com o u m c onj un to de p roce d ime nt o s e
i ns tr uçõe s u s a do s p ara g eri r o u a d m in is tr a r u m a o rg an i z aç ão de mo do a a lc an ç ar o me lhor
re l ac ion amen to pos s íve l co m as p ar te s intere s s ad a s e m re l aç ão à S eg ur anç a e S aúd e no
Tr abalho. (Adaptado de SEBRAE, 2004 ).
I n te rp retaç ã o
A o r g an i z aç ão d e v e e s t a be lec e r e m an te r um s i s te m a d e ge s t ão d a S S T q ue c u br a to do s o s
re qu i si to s da nor m a, n ão sen do acei t á ve l a n ão a p l ic a bi l idad e d e al g um de le s.
Também prec isa def in ir o escopo do seu sistema de ges tão d a SST. O u sej a, recomenda-se que a
a l t a a d m in is t r aç ão de ter m ine o s li m i te s d a o r g an i z aç ão o n de o s is te m a de g e s t ã o d a S ST s e
ap l ic a. Um a ve z de fin id o o es copo do s is tem a de ge stão d a SST , re com e n d a -s e q ue to das a s
at i vi d ade s, p rod u to s e s er vi ços d a or gan i zaç ão, den tro do e sco po def in i do, sejam in cl u ídos no
s i s te m a de g e st ã o d a SST.
O s is te m a de ve b ase a r-s e e m do i s p rin cí p ios fu nd a men t a is :
− M el hor i a con t ínu a do sis t em a de ge s t ão d a SST ;
− Melhor ia con t ínua do de se mpen ho da SST.
C a d a o r g a n i z a ç ão te m a l i b e r d a de d e a do t ar a s fo rmas que en ten der co mo mais adequadas par a
c um pr ir o s re qu i si to s d es t a no rm a ; con t udo, quatro aspectos de ve m s e r sal i e n t a do s c o mo
r e le v an te s, p a r a q ue as f o r m a s a do tadas possam ser as mais eficazes:
− A po ss í ve l i n te gr aç ão d o s i st e m a d e g e s t ão d a S S T c o m o s r e s t an te s s ub s is tem a s d a g e st ã o
g l o b a l, c o mo o s is te m a d e ges t ão da q u a li d a de o u o s i s te m a de ge s tã o a mb ie n tal ;
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 16 de 65

− A a do ç ão de med i d as a d e q u ad a s à s c ar ac te r ís t ic a s d a o r g an i z aç ão ( d i me n s ão , c o m p le x i d ad e
d a e s tr u tura , a t ivi d ade s, p r o d u to s , ser viç o s, m e r c a do s, s e n si b i l id ad e d o me io c ir c u n d an te ,
etc. ) e à natureza das suas atividades (maior o u me nor r isco de SST);
− A s so luçõ es técn ic as enc on tr ad as p ar a os prob le mas de SST de vem p ermi t ir o cu mpri men to d a
l e gi s l aç ão e d a po l ít ic a d a or gan i zaç ão, co m custos assoc i ados equilibrados; e
− A a n ál i se per ió di c a do s i s te m a de g e st ão d a S S T, n o sen t i do de q ue a a v a l i aç ão d a í r e su l t an te
permita iden tif ic ar no vas opor tunidade s de melhor ar o sistema e /o u o de sempen ho de SST
(APCER, 2001 ).
G e ran d o e v idê n c ia
− E s copo de fin id o e do cum en t ad o con ten do re ferên ci a a o loc a l den tro d a or g an i z aç ão e m q ue o
s i s te m a de g e st ã o d a SST e s t a i m p l a n t ado ;
− D oc ume nt aç ão co mp lem en t ar: Po lí t ic a d e SST , M anu al d e SST, M at r i z de Re sponsabilidades,
Pr oce di ment o s, In st ruçõe s de Tr ab alho , P l ano s e Re gi stro s ge r ado s a p art ir do SST (SEBR A E ,
200 4 ).
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
N ão exi s tem n ão co nfor m id a de s a e s te i te m d a nor m a, pe lo f a to d a m es m a n ão i nc lu ir re qui s i to s.

4 . 2 P O L ÍT IC A DE SST
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A A l ta Direção deve definir e autorizar a po lítica de SST d a o rgan iz ação e ass egu rar qu e, dentro
do es co po def inid o d e seu s is tem a d e ges tão da SST, a políti ca deve:
a ) S er aprop riad a à n a turez a e es c a l a dos r is co s d e SS T da organização;
b ) In c lu a um com prom e tim en to com a p r e ven ç ão d e lesões e doenças e com a melhoria contínua
d a g es t ão da SS T e do des empen ho d a S ST;
c) In c lu ir um c om prom e tim en to em at e nd er, pelo m enos, aos r equ isi tos legais aplicáveis, e a
outros r equis itos subs cri tos pela or gani zação qu e s e r e l a cio nem a s eus p eri gos d e SS T;
d ) Forneça o ar cabo uço par a o es tab elecim ento e an ális e cr íti ca dos obj et i vos d a SS T;
e ) S er do cum en t ad a, im plem ent ad a e m an tid a;
f) Ser comunicada a todas as pessoas qu e tr abal h em so b o con tro l e d a or g ani z ação, com o
o b jeti v o d e qu e e l as t en h am ci ên c ia de su as o b r ig a çõ es ind i vid u ais e m r e l a ç ão à SS T;
g ) E s t ej a d i s po n í v e l p ar a a s p ar t es i n t e r e s s ad as ; e
h ) Seja periodicamente analisada cr iti cam en t e, par a ass egu rar qu e el a perm an ece per tin en t e e
apro pri ada à or gani zação.

Ob jetivo
A Po lí t ic a d e SST e s tab ele ce um a or ien t aç ão ger a l co eren te co m as c ar a c ter í s ti c as d a
or g an i z aç ão, d os se u s p ro ces so s e pro d ut os, assim co mo co m a cultur a e personalidade da
or g an i z aç ão e o s o bje ti v os e s t ab elec i do s pe l a D ir eç ão.
D e ve se r en ten d id a co mo o co nju nt o d a s g ra n de s l inh as de o rien ta ç ão, e s t abe lec i d as pel a a l t a
ad m in is tr ação (ou ge st ão de topo ou si mp le sm en te d ire tor i a) d a em pre s a, p ar a to do s os
proce s sos do ne gó cio co m po te nc ial impac to e m saúde e se gur an ç a do tr abalho.
De ve se r coere nte co m o s risc os, co m a le gislaç ão, com o pr opó s ito de me lho ria con t ín ua e de ve
p ode r se r f ac i lme nt e com pre end i d a e c om un ic ad a a t od a a or g an i z aç ão.
Ne s te sen t id o, de ve m s er or ien t açõe s de c ar át er per m anen te, ape s ar de al ter áve is em fun ção d a
l e gi s l aç ão e re gul ament aç ão apl icáve l, do merc ado, d a con corrên ci a, d a soc ie d ad e, do s c li en te s,
o u das ne cessidade s de o utr as par te s intere ssadas (SGS, 2003 E APCER, 2001 ).
I n te rp retaç ã o
“ A A l t a D ireç ão d eve def in ir e au to ri zar a po l ít ic a d e SST da o r gani zação.. .”, i s to si gni fi c a que a
p ol í ti c a d ev e ser form a l men te e s t abe lec i da e ap ro vad a pe l a ges t ão de top o (e x. D ireç ão ,
Ge rênc i a, Ad m in is tr a ç ão ).
“... Inc lua um co mprome timen to co m a pre venç ão de lesõ es e doenç as e co m a me lhor ia
co ntín ua da gestão da SST e do dese mpenho da SST...”. Os objeti vos globais da SST de vem
e s t ar r ef le tid os n a po lít i c a e e st a d e ve r ef le tir o com prom i s so de me lhor ar co nt i nu a men te o
desempenho global da or gan i zaç ão e m ter mos de SST.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 17 de 65

As exigências mater i alizadas na Pol í t ic a di vi dem - se e m doi s asp ec to s:


− O pr im eir o d e n a tur e z a o per ac ion al ;
− O se gundo re lac ion ado co m a ge stão da or ganizaç ão.
No s aspe c to s op er ac ion ais in cl uem-se:
− Ser documentada e atualizada;
− S er c om un ic a d a;
− E s t ar d is po n í ve l à s partes interessadas;
− S er per iod ic amen te r ev i s t a.
Salien ta-se que a polític a de ve e s t ar d i spon í vel às p ar te s interessadas, devendo estas ser
o bje ti v a men te def in idas .
Em termos da ge stão da or gan i zaç ão, pe lo men o s, trê s c o m p r o m i ss o s d e v e m s e r c l ar a me n te
a s s um i do s:
− C o m pr o mi ss o d e r e vi s ão e me lh o r ia c o n t ín u a d o s i s te m a S S T;
− C o m p r o mi ss o d e c u m p r i r a l e gi s l aç ão de S ST a p l ic á ve l à o r g an i z aç ão ,
− A de qu a ç ão à n a tu re z a e à e sc a l a do s r is cos d a or g an i z aç ão.
P re ven çã o
Quan do a nor ma re fere “se r apro pri a d a à n a t ure z a e e sc a la d os r i sco s d e S S T d a or g an i z aç ão ”,
t a l i n d u z a q ue sej a e f e tu a d a u m a r e l aç ã o p r o f un d a c o m a p r e venç ão. Co m e feito, quando uma
or g an i z aç ão te m co nsc iên ci a d a n a tu re z a e g r a vi da de do s seu s r is c o s e do s per i gos a s soc ia d o s
às suas atividades, concr etiza u m a d a s e t a p as m a i s i m p o r t a n t e s p ar a a c o n s o l i d a ç ão e s u p o r te
d o s pr inc íp io s b a s il ar e s d a pre ve n ç ã o .
G e ran d o e v idê n c ia
É nec es s ár io e v i denc ia r a i mp lem en t aç ão d os a s pec to s o per ac ion a i s, re l ac ion a do s co m a
p o l í ti c a, r e f e r i dos a n t e r io r men te :
− Documentad a e atualizada;
− Co munic ada;
− D i sp o n í ve l à s p a r t e s i n ter e s s adas ( d e v e ser evi denc ia d o o mod o co mo a or g an i z açã o
d i sp o n i b il i zo u a po l ít ic a à s p ar te s in ter e s s ad a s);
− Pe rio d ic amen te r evista.
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− O Pro gr a m a d e Ge s t ão d a S S T n ão i nc lu i to dos o s ob je ti vos es t a be lec id os pe l a org a n i z aç ão.
− O P r o g r am a d e G e s t ão d a S S T n ão f a z r e f e r ê n c i a a o s me ios f in an c e ir o s n e c e ss ár io s p ar a a su a
co ncre tização.
− N ão se encon tr a m e s tab ele ci do s o s p r a zos p a r a o c um pr i men to d a s a çõe s c ons t an tes d o
p r o gr am a .

4 . 3 PLANEJAM ENTO
Ob jetivo
A s a t ivi d ade s de pl an ej a men to s ão im pre sc ind í ve i s no S is t em a de Ge s t ão de S ST . E s t a n orm a
r e que r q u atro i mpor t ant e s r e q u is i to s d e p l ane j a me n to:
− Planej amento par a a iden tif ic aç ão dos per i go s , a v a l i aç ão e con t r ol e d e r is cos ;
− P l ane j a me n t o dos r e q ui s i to s le g a i s e o u tro s r e q u is i to s;
− Planej amento dos objetivo s;
− Planej amento do pr ograma de ge stão da SST.
E s te req ui s it o e x i ge q ue a s e mp res a s i den t if iq uem seus perigo s associados, deter minem quais
c aus am ri sco s si gn if ic at i vo s, as se gu r and o q ue e l a s e s t abe leç a m e tenh a m o bje ti v os e me t as d e
melhor ia, bem c omo pr oce ssos par a alc anç á-las. E s te it em e s ta d i vid i do e m t rês sub i ten s
p erfe i t am en te en c adea d os e qu e s er vem de b a se p ar a t o do o s i st e m a de ge s t ão am bien t a l
(ORTIZ; PIRERI, 2002 ).
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 18 de 65

4 . 3 . 1 I den t i fica çã o de pe r ig os , a va l ia çã o de riscos e dete rmina ção de controle s


Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A organização deve estabelecer e manter procedimentos para a identificação contínua de
p e rig o s, a ava l i a ç ão d e ri s co s e a im pl em en t a ção d as m ed id as d e co ntro l e n e c essári as .
O(s) pr ocedimento(s) para a identificação de perigos e para a a v a l i a ç ã o d e r iscos deve(m)
l evar em cons id er ação:
a) A ti vi d ad es d e rot in a e n ão rot in eira s;
b ) A ti vi d ad es d e tod as as pesso as que tem acesso aos locais de tr ab alho (in clu indo
t e r ce i r i z ad o s e visitantes);
c) Com por tam ento hum ano , capaci d ades e outros fator es hum anos ;
d ) Per igo s iden tifi cados d e o rigem exter n a ao local de trab alho, capazes de afetar
adversam ente a segurança e a saúde das pessoas sob o con tro l e d a o r g ani z a ç ão n o lo c a l d e
t r ab a lh o ;
e) P er igo s cri ado s n a vi zinh an ça do local d e tr ab al h o por at i vi d ad es r el acio n ad as ao t r ab alh o
sob o co ntro le da or gani zação;
NOTA 1 – pode ser mais apropriado que tais perigos sejam avaliados como aspectos ambientais.

f ) In fr a- es trutur a, equi pam en tos e materi ais no l o c a l d e t r ab a l h o , s e j am e l e s f o r n e c i d o s p e l a


or gani zação o u por o utros ;
g ) M ud an ç a s o u pro po s t as de mud an ç a n a o r g ani zação, em suas atividades ou materiais;
h ) Modificações no sistema de gest ão da SST, incluindo mudanças t e m po r á r i as , b e m com o s e us
im pactos n as oper açõ es, pro ces sos e ati vi d ad es;
i) Qualquer obrigação legal aplicável relacionada à avaliação de ris cos e à im pl em en t ação
do s con tro les n ecess ár ios ( ver t amb ém NOTA na s eção 3.1 );
j) O d es en ho d as ár e as d e tr aba l h o, p ro ce ssos , ins ta l a ç õ es, máqu in as /equi p am en tos,
pro cedim ent os oper acio n ais e or g ani z ação do tr ab alho, in clui ndo sua adaptação às
capacidades humanas.
A metodologia da organização para a identificação de perigos e avaliação de riscos deve:
a) S er defin ida c om r espe i to ao s eu e s co po, n at ur ez a e mom en to o por tuno p ar a a g ir, p ar a
assegurar que ela seja pró ativa ao invés de reativa;
b ) Fornecer subsídios para a identificação, prio rização e documentação d o s r i s co s , b e m com o
para a aplicação dos contro les, conforme apropriado.
Para a gestão de mudanças, a organização deve i d entificar os perigos de SST e os ris co s de
S S T as so ci ado s às mud an ças n a or g ani z ação, no sis t em a d e g est ão d a SS T, ou em suas
a t i vi d ad es, a n t es d a in tro du ç ão d e t a is m ud an ça s.
A or gani zação deve ass egur ar que os r esult ados dessas avaliaçõ es s ej am l e vados em
cons id er ação qu and o d a determi n ação dos co ntro les.
Ao d et erm in ar os cont ro l es o u cons id er ar as mud an ças nos cont ro l es exis t en t es, d eve-s e
considerar a redução dos riscos de acordo com a seguinte hierarquia:
a) Eliminação;
b ) S ubs ti tui ção;
c) Con tro les de en genhar ia;
d ) Sinali zação/alertas e/ou co ntr oles adm inis tr ativos ;
e) E qu ip am en to s d e pro t eçã o indi v idu a l ( EP I S ).
A o r g an i z aç ã o d e ve d o cum e n t ar e m an t e r at u alizados os resultados da identificação de
perigos, da avaliação de riscos e dos con tro l es d et erm in ado s.
A organização deve assegur ar que os ri s cos de S ST e o s con tro l es d etermin a do s sej am lev a do s
em con sid eração n o es tab el ecim en to, im pl em ent ação e m anu t en ção de s eu sis t em a de g es tão
d a S ST .
NOTA - Para maiores orientações sobre identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação de
controles, ver a OHSAS 18002.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 19 de 65

Ob jetivo
A or g an i z aç ão de ve id en ti fi c ar o s p eri go s a s s oc i ado s d e to d as a s a t i v id a de s ( de ro t in a e
oc a s ion a is ) , a v a l i á - lo s, c l a ss if ic á - lo s ( a v al i ação de r i sco s ) e pl a nej ar o mod o co mo ser ão
co nt rol a do s ( d e ter min aç ão de c on tro le s ).
I n te rp retaç ã o
U m a o rg a ni z a ç ão ne ce ss i t a a pl icar o pro ces so de i den t if ic aç ão d o p eri go ( v er 3 .7 ) e d a
a v a l i aç ão de r is co (ver 3.23 ) p ar a d e ter min a r o s con tro les qu e s ão nec es s ár io s p a r a red u z ir o s
r is c o s de les ã o d o e n ç as .
A f in al i d ade ger al do p roce s so da aval i aç ão d e r is co é co mpr een der qu ais os per i go s (ver 3.6 )
que pude r am ser le vantados no an damen to das at i v id ad es d a or gan i z aç ão e a s se g ur ar - se de
q ue os r is co s ( ver 3.22) l e v an t a dos s ej a m a v al i a do s, pr ior i z an do e con tro l an do n um n ív el q ue
s ej a co ns i der a do r i sco a ce i t á ve l (ver 3 .1 ).
I s to se co n se gu e pe lo:
− D es en vol ven do u m a me to do lo gi a p a r a a i dent i fi c aç ão d o p e r i go e a a v a l i aç ão d e r i s c o ;
− I den t if ic and o o s per i go s;
− E s t im a ndo o s n í ve is de ri sc o a ssoc i a do s, faz en do a a v a l i aç ã o e exp l ic an do a a d e qu aç ão d e
t o dos o s con tro le s e xi s ten te s ( po de ser nece s s ár io o bt er d a do s ad i cio n ai s e e xe cu t ar um a
análise adicional a fim c o n se g u i r u m a e s t i m at i v a r a zo á ve l d o r i s c o );
− D e ter min a n d o s e e s te s r is c o s s ão ace i t á ve is, e
− D e ter min a nd o o s con tro le s apro pri a do s do r isco , on de e ste s se encon tr am e são ne cessár ios.
O s re s ul t a do s d a s a v a liaçõe s de r isco per m it em a or g an i zaç ão com p ar ar a s o pçõe s d a red ução
d o r is co e dar pri ori d ade ao s re cur so s p ar a a ge s t ão ef ic az d o r is co.
A s s aí d as da i den t if ic aç ão de per igo s, d a aval i aç ão de r is co s e d a de ter m in aç ão dos proces so s
d e con tro le d e vem t a mb ém ser usa d a s n a e xec uç ão e no d es en vol v im en to d e ou tr a s p a rt es do
s i s te m a de g es t ão d a S S T t a is co mo o tre in a men to ( ver 4.4 .2 ), o con tro le op er ac ion a l ( v er
4.4 .6 ) e a me di ç ão e mon i tor a ment o ( ver 4. 5.1 ).
Desenvolva
a
Metodologia

Identifique
os
Perigos

Avalie

Gerencie

Determine

Implemente

Figura 2 visão geral do processo da avaliação de risco.

A ) D E S EN VO LV E N DO U MA M ET O DOL O G I A E PR O C E DI MEN T O S PARA A I D E NT I F I CA Ç Ã O DO


PERIGO E A A VA LIAÇÃO DE RISCO
Não há uma metodologia par a a i d e n t i f i c aç ão d o p e r i go e a a va l i aç ão d e r i sco q ue a pl ic á v e l
p a r a t o d a s a s o r g an i z aç õ e s.
A s me to do lo g i as d a iden t if ic aç ão d o pe ri go e d a a v a l i aç ão de r is co var i am m ui to e m f unç ão do
t i po de in dú s tr i a, var ian do d as si m pl es avali a ções às an álises quan titativas comp lexas com
u m a doc umen t aç ão exten s iva.
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O s per i gos i nd i v id u ai s p ode m r equ er q ue mét o dos d ife ren te s e s tejam u s a dos , p or e xe mpl o,
u m a a v a l i aç ão d a expo si ç ão a lon go pr a zo a p ro du to s q u ím ico s po de n ece ss it a r um mé to do
d i f e r e n te do q ue aq uel a a n ál i se f e i to p ar a a s eg ur anç a d o e qu i p am en to ou a v a l i aç ão um a
e s t aç ão de t r ab a l h o e m u m e sc r i tó r i o .
C a d a o rg a ni z a ç ão de ve es col her a s a p ro xi maçõe s qu e l he s ão a pro pri a d a s a s eu s e s p aço s,
n ature za e tamanho, e que vão de e ncon tro co m as suas ne cessidade s no s ter mo s de de talhe,
d a c o m p le xi d a de, d a é p o c a, do c u s to e d a d i sp o n i b il i da d e de d a do s de c o n f iáv e is. E x a me s
f e i to s e m c o n j un to , a s a pr o x imaç õ e s e sc o l h i d a s de ve m r e su l t ar e m u m a m e t o do log i a
detalhada par a a avaliaç ão mais correta dos r iscos da or ganizaç ão.
P ar a sere m ef ic a ze s, o s pro ced im en to s d a or g an i z aç ão p ar a a id en ti fi c aç ão d o per igo e a
a v a l i aç ão de r i sco de vem f a zer uma análise detalhada do segu inte:
− Pe rigo s;
− R i sco s;
− Co ntroles;
− G e s t ão d a m u d an ç a;
− D oc ume nt aç ão;
− R e v i s ão c o n t í n u a d as an á li se s ap l ic a d a s.

B ) I DE NT I FI CAÇ Ã O DO P ER I GO
T r ê s per g unt a s po ss i bi l it a m a i de n ti f ic aç ão de p e r i go s:
a) h á uma fonte de dano?
b ) q ue m (ou o q ue ) pod e r ia s o f r e r o dan o ?
c ) como o dano poderia ocorrer?
O s per i go s q ue, c l ar amen te, po s sue m um po ten ci al de spre zí ve l p ar a c au s ar dano s n ão de ve m
s er doc umen t ados nem re cebe r m ai or co ns i deraç ão.
P ar a aju d ar no pro ces so de i den ti fi c ar o s per ig o s, é ú ti l cat e gor i zá-lo s e m di feren te s m anei r as ,
p or e xe mp lo, por tó pi co, com o:
a) m e c ân i c o ;
b ) e lé tr ico;
c ) r adi aç ão;
d ) s u bs t ân c i a s;
e ) i ncên d io e e xp lo s ão.
Uma abor dagem complementar é desenvolver uma lista de referência com perguntas como:
Dur ante as atividades de tr ab alho os s e g u in te s pe r i go s p o de m e x ist i r ?
a) e scor re gões ou que das no piso;
b ) q ue d as de p e s so a s d e a l t ur a s;
c ) q u e d as de f e r r a me n t a s, m a t e r i a i s, e tc . , de a l tur a s;
d ) p é d ir e i to in a de q u a do;
e ) p eri go s a ssoc i a do s com o m a nu sei o ou le v an ta m en to m an u al de f e r r a m e n t as , mat e r i ai s, e t. ;
f) p e r i go s d a p l an t a e de m á q uin a s as so c i a d a s co m a mon t age m, co missio n ame nto, oper aç ão,
m anu ten ç ão, mo di fi c aç ão, rep ar o e de smo nt age m;
g) p eri go s de v e ícu lo s, c ob rin do t an to o tr an s por te no lo c al e o s p erc urs os em e s tra d a ;
h ) i ncên d io e e xp lo s ão;
i) v i olê nc i a con tr a o pe sso a l;
j) s u bs tân ci as q ue podem s er in al adas ;
k) s u bs t ân ci a s o u agen tes q ue podem c ausar dano s ao s olhos;
l) s u bs tân ci as q ue podem c aus ar dano s ao en tr ar e m con t ato o u se ndo ab sor vi d as pe l a pe le;
m ) s u bs tân ci as q ue po de m c aus ar dano s se ndo inger i das (i.e., pene tr an do no co rpo atr avé s da
b o c a );
n ) ene rg i a s prej ud ic i a is (p or e xe mp lo, e le tr ic i d ad e, r a di a ç ão, r u ído , v ib r aç ão );
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o ) d i sf unçõe s d os me mbro s s upe rio re s as soc i adas co m o tr ab alh o e re su l t an te s d e t aref as


fr eqüen te men te r epe tidas;
p ) amb ien te tér m ico in ade qu ado, c omo mu ito qu en te;
q ) n í vei s de ilu m in aç ão;
r) s u per f íc ie s d e p i so e sc o r r e g a d i as e n ão un ifo r me s;
s) g u ar d a s i n ad e q u ad a s o u c o r r i m ãos i n ad e q u ado s e m e s c ad a s;
t) a t i v i d ade s d e e mpre i te iro s.
A lista acima NÃO é exau stiva. As organizações de vem de sen vo lver a su a própr i a “lista de
re ferên ci a ” d e per ig os, l e v an do em co nt a a s c ar ac ter ís t ic a s d a s su as a t i v i d ades d e tr a b alho e
o s l oc a is o nd e o tr ab a lho é execu ta d o.

C) A VALIAÇÃO DE RISCOS
S ã o de re a lç ar o s se gu in te s con ce it o s:
“ P e rig o” – fo nt e o u si tu a ç ão c om p ot enc i al par a o d ano, e m t erm os d e le sõe s o u f eri men to s
p a r a o cor po h um an o o u d ano s par a a s a ú de, p ar a o patr imônio, par a o ambien te do lo c al de
t r ab a l h o ,
“ Ri sco ” – combinaç ão da probabilidade e da(s) con seqüên cia(s) da ocorrê nc ia de um
d e ter min a do ac on tec im en to p erig o so.
R= P x S
R – Ri sco
P – Pr obabi lid ad e
S – Se ver i dad e (co n s e qüência, gravidade).
D ef in ido de s t a for m a, o Ri sco , var i a n a prop orç ão d iret a d a pro ba b i li d a de e d a s ev eri dad e.
Q u an to m ai or a pr obab i li d ade e a se ver id ade , m aior é o r i sco, qu an to m enor f or a
p r o b a b i l id ad e e a se ver i d a de, men o r o r i sco .
Na pr ática a probabilidade e a sever i dade têm cu rva s de d es en vol v im en to in ver s as :

À medida que a pr obab ilidade aumenta a sever id a de d i m i n u i , as s i m c o mo, c o m o au men t o d a


s e ver id a de a p r o b a b i l id a de d im in u i.
Po der - se - á d ef in ir “R i sco Ace i t ável ” d a se gu in te for m a: R i sco q ue fo i red u zi do a um n ível q ue
possa ser ace i te pe la or gan i zaç ão, to mando em atenç ão as suas obrigaç ões legais e a sua
própria política da SST.
A ges t ão d os ri sc os é um dos as pec to s f un d am ent ai s de tod a a f unção se gu r anç a. O
co nhec i men to dos r is co s s upo rt a a su a ava l i aç ão e o es t a be lec i men to d a s me di das de
pre venç ão mais adequadas.
A distinç ão teór ic a dos con ceito s de “risco pote n c i al ” e “r is c o e f e t i vo ” r e ve l a- s e i g u al me n te
i m por t an te p ar a o e st ud o e an áli se d e r is cos .
O ri sc o po ten ci a l e s t á a s so ci a do ao f at o d e a resistên cia do co rpo, even tualmente atin gido, ser
infer ior a uma determinada ener gia (causadora do ac idente).
O ri sco efe ti v o é a pr oba b i li d a de do H ome m, es t a r e xpo s to a um r i sco po tenc i a l.
T al co mo def in i mos no in íc io, “ R = P x S” em q ue a s ever id ade e st á r el acio nad a c om r is co
p o t e n c i al , e o r i sco e f e ti v o é u m a f u n ç ão d a pro b ab il i d ad e e d a s everid ade .
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O pro ces so d e a v al i aç ão de r is co é co ns t i tu ído pel a s se gu in te s f a se s:

Classificar as atividades de trabalho



Identificar os perigos

Determinar o risco

Decidir se o risco é aceitável

Preparar o plano de ação para controle de risco
(se necessário)

Revisar a adequacidade do plano de ação

E m r es umo p ode r-se -á co nc lu ir q ue é r ele van te:


- I de n t if ic ar o s pe r i go s;
- E s t im ar o r is co, a p ar t ir de c ad a pe ri go i de nt if ic ado, em term os de pro b ab il i d ad e e
s e ver id a de;
- D ec id ir se o r is co é to ler áve l.
O s c r i té r io s a s e gu ir p o d e r ão ser ut i l i z ad o s pel as o r g a n i zaç õ e s, p ar a e xe c u t are m u m a a v a li aç ão
d e r is c o e f ic a z:
a) Car acter izar as atividades de trabalho, sug er in do -se q ue s ej a prepar ada uma lista das
a t i v i d ade s d e tr a b alh o c on te mp l an do o s rec in to s, a f áb ri c a, a s pe sso a s e pro ced i men to s, e
r e c o l h e r inf o r m açõ e s a s e u r e s pe ito;
b ) I de n t if ic ar o s pe r i go s, o u sej a , de ve m s e r id e n ti f i c ad o s t o do s o s p e r i go s sig n if ic a ti vo s
re lac ion ados com c ada ativid ade de tr abalho, devendo ser iden tific ado quem po de ser
p r e j u d ic a do e c o mo ;
c) D e ter min ar o r i sco, ou se j a, f azer u m a es ti m at i v a d o r i sco ass oc i ado co m c ad a per igo,
a s s um in do q ue o s con tro le s p l ane ja d os ou exis t en tes es tão a po s tos. Os a v a l i adore s de ve m
também consider ar a eficácia dos controles e as conseqüências de suas falhas;
d ) D ec id ir se o r is co é tol er á ve l, ju lga n do se as pre c auçõe s e xi s ten te s ou pl an ej a d as de S ST
( s e ho u ver ) s ã o su fi ci en te s p ar a m a n ter o s p eri go s so b c on tro le e s e a ten de m a r eq ui s i tos
l e g ai s;
e) Pr ep ar ar um p l ano de aç ão de c on tro le de r is co (se ne ce ss ário ), ou s ej a, prep ar ar um p l ano
p a r a l i d ar c o m q u a is quer a s sun to s i d e n ti f i c ados n a a v a liaç ão qu e req ue ir a m e m p a r ti cu l ar
m o n i t o r amen to ;
f ) Rever a adequabilidade do plano d e aç ã o, re a v a li an do o s r i sco s co m b ase no s c on tro les
re v is to s e ver if ic ar se os ri sc os s ão t o ler áve is.
NOTA: A palavra “tolerável” significa, neste caso, que o risco foi reduzido ao nível mais baixo que é
razoavelmente praticável.

D ) M ETO DO LOGIA D E A VA LIAÇÃO DE R IS CO S


A me to do lo gi a mais apr opr i ada d eve ser se lec ion ada pe la or gan i zaç ão, sendo a sua
p r o f u n d i d ad e e de t alhe e m f u n ç ão d a n at u r ez a, e scal a e co mp le x id a de d os ri sc os d a
or gan i zaç ão. Con tudo, e s ta de ve :
- Ser def in ida co m re s pei t o ao s eu cam po de a pl i c aç ão e n at ur e z a;
- S e r pro gr am a d a a f r e qü ê n c i a d e su a r e al i z aç ão;
- S er m a is pro a t iv a ( de ve m p rece der a in tro d uçã o de a t i vi da d es ou de p roce d ime nt o s no vo s ou
alter ados) que reativa;
- C l ass if ic ar o s r is cos em aceitáveis e n ão ac eit á v ei s;
- I den t if ic ar o s r is cos que de ve m se r e li m in ados;
- I de n t if ic ar o s r is c o s que s ão c o n t r o l ad o s pe los o bj e t i vo s e pro gr a m a d e ges t ão (4. 3 . 3 );
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- S e r c o n s i sten te c o m a e xp e r i ê n c i a o p e r a ti v a e c o m as po ten c i a l id a des d a s me d idas u ti l i z ad as


p ar a con trol e d os r i scos ;
- F o r n e c e r d ad o s p ar a:
a) R e qu i si to s d a s in s t al açõ e s;
b ) P ar a i de n t if i c aç ão d a s n e c e s s id a de s d e f o r m aç ão;
c) E/ou de senvo lvimen to de con tr oles ope r ac ionais;
- Estipular a monitoramen to d a s açõe s re que ri d a s p a ra as se g ur ar q ue a im pl emen t aç ão sej a
ef ic az e em te mpo s pré-determin ados.
E s te mé to do de ve t amb ém:
- Incluir as atividades de r otin a e oc a si on ais ( a t iv i d ade s o c asionais são e xec utadas se m
q u a lq uer per io di c i d a de def in id a , t a i s c o mo limpezas, cargas e descar gas, ... );
- Incluir as atividad es de todos os trabalhadores e todas as pesso as q u e t ê m a c e s so a o l o c a l de
trab alho (em particular su bcontr at ados, mas tam bé m vi si t a nt es, forne ced ore s, c l ien te s, ... );
- Incluir as instalações (riscos associados às estr u t ur as tai s co mo pi so, e sc adas , p are de s, ... ).
A o rg a ni z aç ão de ve co nse rv a r e m a nt er a t u a l i z ado s a doc um en t aç ão, d ad os e re g is t ros
re feren te s à iden tific aç ão de pe rig o s, a v a li aç ã o e c o n t r o l e de r i sco s r e l a t i vos à s a t i v i d ade s e m
c ur so.
Compara ção de ferram en ta s p a ra ava li aç ã o d e r i sco

FERRAMENTA PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

Listas de − Fácil de usar; − Limitado freqüentemente às


v e rif i ca ç ã o/ q u e s ti on á r i o s respostas de sim/não;
− O uso pode impedir que “falte algo”
nas avaliações iniciais. − Somente será boa a lista de
verificação se já a utilizou – não se
podem fazer análises em situações
iniciais.

M a t ri z d e ri s c o s − Relativamente fácil de usar; − Somente análises dimensionais -


não se pode fazer um exame nos
− Fornece uma representação visual;
fatores múltiplos da organização
− Não requer o uso de números. que impactam o risco;
− A resposta pré-determinada pode
não ser apropriada à situação real
encontrada.

R an k i n g /T ab el a s d e − Relativamente fácil de usar; − Requer o uso de números;


v ota ç ã o (ch uv a d e idé i a s) − Bom para capturar a opinião de − Se a qualidade dos dados não for
pessoas com boa, os resultados serão pobres;
experiência/conhecimento;
− Pode resultar na comparação de
− Permite a consideração de fatores de riscos incomparáveis.
risco múltiplos (por exemplo.
severidade, probabilidade, detecção,
incerteza dos dados).

FMEA (Failure Mod e s and − Bom para a análise detalhada dos − Necessita de experiência no uso;
E f fe ct s A nal ysi s – An áli se processos;
− Necessita de dados numéricos na
d o s M od o s e Ef ei t o s d e − Permite a entrada de dados técnicos. entrado de dados;
F al ha s ) − Gasto de recursos (tempo e
dinheiro);
(HA ZOP) (Hazard and
o p e ra b i l i ty S t udi e s - − Melhor para os riscos associados
com o equipamento do que para os
E st ud o s d o pe rig o e da riscos associados com os fatores
operacionalidade) humanos.

E s t r a t égi a d e ava l i aç ão Bom para a análise dos dados − Necessita de experiência no uso;
associados com os materiais e
d a exp o si çã o ambientes perigosos. − Necessita de dados numéricos na
entrado de dados;

M od el ag em − Se você tiver os dados, modelar no − Necessita de tempo e dinheiro


c o m p u ta ci o n al computador pode dar boas significativos para validação;
respostas;
− Potencial para o superestimar os
− Geralmente usa dados de entrada resultados, sem questionar sua
numéricos e é menos subjetivo. validade.
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E ) EXEMPLO DE METO DOLOGIA QUE PO DE SER APLI CA DA BA SEADA NA BS 8800


P ar a o en ten di men to de s t a at i vid ad e d evemo s l em br ar o s s e gu in te s ter mo s:
a) Pe rigo é uma fo nte de dano ou prejuízo pote n c i a l, o u u m a s i tu açã o c o m p o ten c i a l p ar a
pro voc ar dano o u prejuízo (e la é iner ente à instalaç ão, tarefa, aç ão, etc. )
b ) Risco é uma combinação da probabilidade de ocorr ênc ia e das co nse qüências de um
e ven to pe rig o so e s peci f ic a do ( a cid en te ou inc i den te ). U m ri sc o, en t ão, t em s e mpr e do is
e le men to s:
1. A pro b ab i lidade de um p eri go ocorre r
2. As con seq üên ci as de um e ven to per i go so
N e s t a e t apa t o d as a s t a r e f a s de ve m s e r ver if ic a d a s q u an to ao s p e r i g os e n v o l vi do s, de vem o s
e s ti m ar o ri s co de c a da p er ig o qu a nt o à pro b ab i l i d ad e e a gr a v i d a d e e dec id ir se o r isco é
to ler áve l.
Este tr abalho de levantamento deve ser organizado de m o d o a n ão e xc l u i r nenhuma atividade
ou ins t al ação e as pe s s o as e nv o lv id as .
O le v an t a men to de ve co nt em pl a r o s tr ab a lho s ro t ine iro s e n ão ro t ine iro s e p a r a po tenc i a is
co ndiçõe s de e mer gênc ia e xe cutados po r f unc ion ár io s, at i v i d ade s exec u t ad as por fu nc ion ár io s
fo r a do l imi t e geo gr áf ico d a e mpre s a, ass i m co mo o s terc eir i zado s, p res t adores de ser viço e
v i s i t an te s e t a m bé m a s i n st a l açõ e s pe r t e n c e n t e s a ter c e ir o s que e s tão sen do ut i l i z ad o s p ar a
p res t ar ser vi ço à e mpr es a.
U m for mu l ár io com c am po s def in id os q u an to à s informações necessár ias par a a avaliaç ão dos
r is co s de ve s er pr evi am en te e l abor a do e c hec k - li s t po de ser p rep ar a do p ar a au x i li ar a e qu i pe
d ur an te o le v an t a men to.
O f orm u l ári o de ve con te mp l ar um c am po p a r a o re gi s tro do s re qu is i to s le g a is e out ro s
r e qu i si to s su b sc r i to s pe l a o r g an i zaç ão r e l a c io n a do s á a ti v i d ad e / t ar e f a le v an t ad o s .
C o mo s is te m á t ic a p ar a a a v a l i aç ã o d o s r is c o s e n c o n tr a dos t r an scr e ve mo s o s e xe mp lo s c i t ad o s
n a no rma BS 8800 – Siste m as de Ge st ão de Saúde e Se guranç a In dustr i al.
G ravid ad e d o d an o
A s i n f o r m açõ e s o b t id as sob r e a s a t i v i d ade s d e tr a b al ho s ão d a do s fun damen tais de en trada
par a a avaliaç ão de r i scos. Quan do se pr ocur a estabelecer a gr avidade po tenc ial do dano, deve
s er le v ado e m con t a o s e gu in te:
a) P ar te s do cor po q ue pro v a ve lme nte ser ão a fe ta d a s;
b ) N at ure za do d ano, var ian do do m ai s le ve ao extre m ame nte p reju d ic ial :
1. L e ve men te p r e j u d ic i al , p o r e xe mp lo :
- Le sõe s su per fi ci a i s; peq ueno s c or te s e co nt u sõe s; irr i t açõe s d os o lhos co m po eira;
- I ncô mo do e ir ri taç ão (p or e xe mpl o, dor de c abeç a); doenç a oc up ac ion al que l e ve a
d es conf or to te mpo r ário.
2. P r e j u d ic i al, p o r e xe mp lo :
- L a cer açõe s; q ue im a d ur a s; co ncus s ão ; t orção/ deslocamentos sér io s; p equ en as
fr atur as;
- S ur de z; d erm a t i te s; a sm a ; le sõe s d os m em bro s su per iore s r el ac ionad a s a o tr ab a lho ;
doenç as q ue pro voq uem in c ap acidade per m anen te men or.
3. Extr emamen te prej udic ial, po r e xe mplo:
- A m pu t açõ es ; gr an des fr atu r as; en vene n ame nto s; les ões m ú l ti pl as; le sõe s f at ais;
- C ân cer ocup a ci on al ; ou tr a s doe nças q ue enc ur te m se ver am en te a v i da; doe nç as fat a i s
agudas.
A tabela seguinte apresenta uma c l a s s if ic aç ão d a pro b ab il i d a de :

D e s c ri ç ã o E s p ec i a l i d ad e
Ocorre freqüentemente (já
Provável
experimentado)
Pode ocorrer alguma vez
Improvável
durante a vida útil do item
Pode ocorrer, mas nunca
Altamente Improvável
experimentado
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T a be l a D .1 – U m e s ti mad or si mp les do ní ve l de r i sco


Levemente E x t rem am en t e
Prej udi cial
p r ej udi ci al p r ej udi ci al
Altamente improvável RISCO TRIVIAL RISCO ACEITÁVEL RISCO MODERADO

Improvável RISCO ACEITÁVEL RISCO MODERADO RISCO SUBSTANCIAL

Provável RISCO MODERADO RISCO SUBSTANCIAL RISCO INACEITÁVEL

T a be l a D .2 – U m pl an o d e con tr ole s i mp le s b as e ad o em ris co s


N Í V EL D E
AÇÃO E CRON OGRAMA
R I SCO
TRIVIAL Nenhuma ação é requerida e nenhum registro documental precisa ser mantido
Nenhum controle adicional é necessário. Pode-se considerar uma solução mais
ACEITÁVEL econômica ou a aperfeiçoamento que não imponham custos extras. A monitoração é
necessária para assegurar que os controles são mantidos.
Devem ser feitos esforços para reduzir o risco, mas os custos de prevenção devem ser
cuidadosamente medidos e limitados. As medidas de redução de risco devem ser
MODERADO implementadas dentro de um período de tempo definido.
Quando o risco moderado é associado a conseqüências extremamente prejudiciais, uma
avaliação ulterior pode ser necessária, a fim de estabelecer, mais precisamente, a
probabilidade de dano, como uma base para determinar a necessidade de medidas de
controle aperfeiçoadas.
O trabalho não deve ser iniciado até que o risco tenha sido reduzido. Recursos
SUBSTANCIAL consideráveis poderão ter de ser alocados para reduzir o risco. Quando o risco envolver
trabalho em execução, ação urgente deve ser tomada.
O trabalho não deve ser iniciado nem continuar até que o risco tenha sido reduzido.
INACEITÁVEL Se não for possível reduzir o risco, nem com recursos ilimitados, o trabalho tem de
permanecer proibido.

O resultado desta etapa d e ter mina q u al o tr at am en to a or gan i z aç ão ir á di s pen s ar e m re laç ão


a o s r isc o s e n c o n tr ad o s. A l g um a s das a ç õ e s dec orren te s de s te le v an ta m en to e ava l i aç ão pod e m
ser:
1. M ed i d as de m on it or amen to e con tro le do s ri sco s
2. D ef in iç ão de o bje t iv os e açõ es p ara d i m inu ir o s r is cos i den t if ic a do s
3. D ef in iç ão do s tre in am en to s e co mp et ênc i as nec es s ár i as
4. D ef in iç ão de c on tro les o per ac ion a is nece s s ár io s
Apó s a implemen taç ão das açõe s propo s tas é n ece ssário avaliar se os r i scos residuais estão
ab ai xo do limi te de to ler ân ci a.
O s proc es so s de ide nti f ic aç ão de p er ig o, a va l i aç ã o e con tro le de r is co s d ev em s er re v isad os
d en tro de u m de ter m in a do te mpo pré -e s t abe lec i do pela a d m in i s traç ão p ar a as se g ur ar que o
S i s te m a de G e s t ão de S e gur a n ç a e S a ú de O c u p ac io n a l a t e n de c o m e f i c i ê n c i a à s m u d an ç as e
e s t á co mpro me ti do com o m elh oria co nt ín u a.

F ) G E STÃO DA MU DA NÇA
A ge s t ão d as m ud an ç as, dos loc a i s d a m ud an ça q ue a or gan i z aç ão int ro du z a si p rópr io, do s eu
s i s te m a de g e st ã o d a S S T, o u d as suas atividades. As mudanç as c riad as o u in tro du zi d as por
f ator es extern os pre cis am ser aval i ad as p ar a a i d e n t i f i c aç ão d o p e r ig o e a a v a l i a ç ão c o n t í n u a
d e r is c o .
A or g an i z aç ão de ve con s ide r ar os per i go s e o po tenc ial ri sc o as soc i a do co m p roce s sos o u
o per açõe s no v a s a in da n a f a se de pro je to e t a m bé m n as m u d anç a s d a o r g an i zaç ão, o per açõe s
e x is ten te s, p rod u to s, ser v iço s o u forn ece dores . S ão exemp lo s a s se gu in te s cir cun s t ânc i as qu e
de vem pro voc ar uma gerê nc ia do proce s so da mudanç a:
− No va tecnolo gia ou mo dific ada (inc luin do sof t ware ), e quipame nto, f ac ilidade s, ou ambien te
do tr abalho;
− Pr oce dimento s, pr áticas de tr abalho, e spec if ic aç ão do proje to o u padrões no vo s ou
re visado s;
− D i f e r e n te s ti po s o u c l ass e s de m a tér i a -pr i m a;
− M u d an ç a s si g n i f i c at i v as à e s tr u tura or g an i z aci on a l e s t a ff d o l oc a l, i nc lu in do o s co nt r at a do s;
− M od if ic a çõe s d e d i spos i t i vos de saú de e de se gu r anç a e d e eq u ip a men to o u de co nt rol es.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 26 de 65

A ge s t ão do pr ocesso d a mu danç a d e v e le v ar e m con s id er aç ão d as se guin te s pe rgun t as p ara


asse gur ar - se de que todos os r i scos no vo s ou modif ic ados se j am aceitáveis:
− N o vo s per igo s f o r a m c r iad o s ?
− Quais são os riscos associado s com os no vos perigo s?
− O s r i sco s d e o ut ros per ig o s m ud ar am ?
− Pode m estas mudanças adversamente af etar os con tro le s e xis ten te s d o r is co?
− O s con tr oles mais ap rop ri ado s foram e sc olh id os , e m re laç ão à u s ab i li d ade, ace i tab il i d ad e e
o s c us to s im ed i a to s e a l on go p r azo?

G ) D ET ER MI NA NDO A NECE S SI DAD E D E CO NTRO LES


T e r m i n an d o u m a a v a l i a ç ão d e r is c o e f a zen do um a a n á li se dos r e qu i si to s e c o n tr o l e s
e x is ten te s n a or g an i zaç ão, de ve- s e de te rmi n ar se est e s con tro le s s ã o a de qu a do s ou
n e c e s s i t am d e m e l h o r i a, o u s e n o vo s c o n tr o les s ão n e c e ss á r i o s.
Se os no vos c on tro les o u me lhorados fo rem n ece ssários, e s te s deve m ser deter min ado s de
aco rdo c om o pr inc íp io de e l im in aç ão dos peri gos on de p r at ic áve l se gu i do, po r s u a ve z pel a
re du ç ão do ri sc o (r ed uzi nd o a p ro b a b il i d ade d a se ver i d ad e d a o co rrên ci a o u do po te nc i al de
fe rimen to ou do dano ), c o m a adoç ão de e quipamen to d e pro te ç ão i nd i v id u al ( E PI ) co mo u m
ú l t imo r e c ur so .
A se g ui r, s ão f ornec i dos a l g uns exe mp lo s p ara p ro gr am ar a h ier ar qui a do s c on tro le s:
a) Elim in ação – mo di f i c aç ão de u m p r o j e to p ar a e l i mi n ar o pe r i go, por e xe mp lo . m e c an i z ar
e m ve z d e em p ac ot ar man u al men te;
b ) S u b s ti t ui ção - s ub s t itu a u m m a ter i a l m a i s p e r i go so por u m me n o s p e r i go so o u r e du z a a
ene rg i a do s i s te m a ( por e xem p lo. abaixe a forç a, a amper age m, a pressão, a temper atur a,
e tc. ) ;
c ) C o n t r ol e s d e eng en h a ri a - ins t a le s is te m a s d a ven t il a ç ão, p r o te ç ão n a m á q ui n a,
b lo que io s, re du tor es de r uí do, e t c.;
d ) Si n alização, a l e rt a s , av i s os , e / ou c on tr o l es admi n i s t ra t i vos - ins t ale al ar me s ,
proce d ime nto s de se gur anç a, in speç ão do e quipame nto, co ntroles de ac esso;
e ) E q uipam en to de prote çã o i ndi v i dua l (E P I ) - ó cu lo s de s e g ur anç a, p ro te tor es d e ou v i do,
p ro te tore s d e ro s to, res p ir a dore s e lu v a s.
A o a pl ic ar e s t a h ier arq u i a, de ve -s e le v ar e m c on si der açã o os cu s tos , o s benef íc io s d a re du ç ão
do r isco, e à co nf iabilidade re lativa às opç ões disponíve is.
U m a or g an iz a ç ão de ve t a m bé m f a zer um a a n áli se do s r e qu i si to s p ar a:
− A ne ces s idad e p ar a u m a co mbi n aç ão do s c on tro le s d e engenh ar i a e d os con tr ol es
a d m in is tr a ti v o s ( que c o mb in a m e le me nto s d a h ie r ar qu i a a c i m a de sc r i t o s );
− E s tabel ecendo bo as pr áti c as no con tro le do per i go e m con si der aç ão;
− Adaptando o tr abalho ao indivíduo ( po r e x e m p lo . p ar a f a ze r u m a a n á li se do s r e q ui s it o s d e
p o t e n c i al i da d e s men t ai s e f í s ic a s in di v i du a is ) ;
− F a z en do aná l i se d a v ant a g em do pro gre s so técn ic o p ar a m el hor ar c on tro le s;
− U s an do e qu i p ame n t o s d e pro te ç ã o c o le t i v a (EPC) que pr otegem a to do s (por e xemplo.
s el ec ion an do os co nt rol es d a en genh ar i a q ue p ro te gem a t o do s n a ao re dor de u m per i go n a
prefer ênc i a ao uso de EPI);
− C o m p o r t amen to h u m an o e se u m a m e di d a d e c on tr o l e p ar ti c u l ar v a i se r ace i t a e pod e
ef ic a z men te ser e xe cut a d a ;
− T i pos b á s ic o s t íp ic o s d e f al h a h u m an a ( p o r e xe mp lo . f a lh a s i m pl e s d e um a aç ão
fr eq üen te men te re pe tid a , l ap so s d a m e mór i a o u a a t enção, f a l t a d a c o mpre ensão ou o erro
de ju l gamen to, e ru ptur a das ré guas ou o s proc edimen tos) e as maneir as de impedi-las;
− A n e c e s s idad e de in tro du z ir p l ano s p ar a manuten ç ão de, por e xe mplo, pro teçõe s da
m a q u i n a s;
− A possível ne cessidade par a arr anjo s n a e mer gên cia/con tin gênc i a on de os con tro le s do risco
f a lh a m;
− A po ten c i a l f a lt a de f am i l i ar i d a de c o m o loc a l de tr ab al h o e o s c o n tr o le s e x i st e n te s p ar a
a q ue le s que n ão s ão e mpr ega dos o u ter ce iri z a do s d a or g an i z aç ão p or e xe m plo: vi s it a nt es ,
pesso al do co ntr atante.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 27 de 65

U m a ve z que o s co nt rol es for am de ter m in ad os , a o r g an i zaç ão po de n e c e s s i t ar p r io r i z ar a s u a s


a ç õ e s p ar a e xe c u t á - l as . N a pr ior iz a ç ão d a s a çõ e s a o r g a n i z aç ão d e v e f a z e r u m a a n ál i s e d o
potenc ial par a a redução do r i sco do s con troles de planej amen to. Po de ser pref eríve l que as
aç ões qu e s e d ir i gem a u ma ati v id a de de e le v a do ri sc o ou ou tr a q ue of erece u m a re duç ão
s u bs tan ci al do r is co, s er i a po s síve l f azer uma an ál i se da pr ior i dade sobre as açõe s qu e
l i m it a r am so men te o bene fí ci o d a re du ç ão d o r is co.
E m a lg un s c a s o s , po de s e r n e c e s s ár io mo d if ic a r a ti v id a de s do tr ab a lh o a té q ue o s c o n tr o les do
r is co es te j am n o lu gar ou p ar a ap l ic ar co ntro le s pro visór io s do r isco até q ue as açõe s mai s
ef ic azes sejam f in alizadas. Po r exe mplo, o uso de prote tor de ouvido como uma medida
p ro vi sór i a a t é a fon te d o r uí do s er e l im in ad o, o u o loc a l de tr ab a lho se r se gre g a do par a
re du zir o s ní vei s de ru íd o.
O s con tro les t em por ár io s (p ro vi sór io s ) n ão de ve m ser con s ide r ados co mo um s u bs t i tu to no
l on go p r a zo p a r a me d idas de con tro le m ai s ef ic a ze s do r isco .
O s r e q u is i to s le g a is, a s n o r m a s v o l un t ári as e o s c ó d i go s de c o n du t a pod e m e spe c if ic ar
c o n t r o l e s ap r o pr i a do s p a r a per i gos e s pec íf ic o s .
E m algun s c aso s, os con tro le s prec i s am ser c ap aze s de al c anç ar ní vei s de ALA RP (t ão bai xo
q u an to r a zoa v e lme nt e p r at ic á ve l ) d o r is co.
A or g an i z aç ão de ve co nd u zi r um m oni to ram en to c on t ínuo p ara a s s eg ur ar - se de q ue o s
co nt rol es são adeq u ado s.
No ta: O termo “r i sco re si du al ” é us ado f req üen te men te par a des cre ver o r is co qu e per m anece
d epo i s q ue o s con tr oles for a m e xec u t ado s.

F ) P E RIO DI CI D A D E DO PR O C E SS O DE I DE NT I F I C A Ç Ã O , A VA LI A Ç Ã O E C O NTRO L E D E RI S CO S
De ve ser def in i da tendo em con ta os r isco s, da e sc a l a e co mp le x id a de d as sit u aç ões ( um an o
p o de ser r az o á ve l ). Dev e ser ap l ic a d a q u an do h o u ve r a lt e r aç õ e s (no v a s m á qu in a s, p r o d u to s,
p r o c e s so, e t c . ) e ser r e a v a l i a d a apó s u m ac i de n te.

G ) R E LAÇ Ã O EN T R E I D E NT I F I CAÇ Ã O D E P ER I G O S , A VA LI A Ç Ã O E CO NTRO L E D E RIS CO S E


OB JETI VO S / PROGRAMA DE G ESTÃO DA S ST
O s r i sco s e o s ob je ti vos es t ão rel ac ion a do s, po is :
- A l guns ri sco s po de m ser con tro l ad os pe lo s ob je ti vo s;
- A o e st a be lece r os obje ti v os a o rg an i z aç ão de ve ter e m a tenç ã o os seu s r i sco s.

H ) D O CU ME NTA NDO E GUAR DA ND O O S RE SU LTA DOS


A or g an i z aç ão de ve doc u men t ar e m an ter os re su l t ados d a id en tif ic aç ã o do s p eri go s, das
aval i açõ es d e r is co e de de ter mi naç ão de c ont ro le s.
O s se gu in tes t i pos de inf orm aç ão d e vem ser gu ar d ado s:
− I de n t if ic aç ão de p e r i gos ;
− Deter minação dos ri sc os as soc i ados co m o s per i gos i den t if ic ado s;
− I nd ic aç ã o do n í ve l do s r is co s re l ac ion a do s a c ad a per i go;
− Descr iç ão, o u refe rência, às me didas a se rem fe i t as n a s aná l i se s p ar a c o n t r o l a r o s r i sc o s;
− Iden tif ic aç ão das exigênc i as de compe tên cia par a e xec utar o s co ntroles (ve r 4.4.2 ).
Q u an do o s c o n t r o l e s e x i s ten te s o u p r e te n d i do s s ão u s ado s e m de term in a r r is cos d e S ST , e st a s
m e d i d as de ve m ser c l ar a me n te d o c u m e n ta d a s de mo do que a b ase d a aval i aç ão es t ej a
d es ob s tru í da q u an do for re v i s ad a em ou tr a o c as i ão .
A d e scr iç ão d as m e di das d e con tro le e do con tro le do s r is co s pod e s er i nc lu í da d en tr o dos
proce d ime nto s oper acion ais do co ntrole (ver 4. 4.6 ). A iden tif icaç ão de exigê nc i as de
co mpe tênc ia pode ser inc l uída dentro do s proce d imen tos do tre in amen to (ver 4.4.2 ).
P ar a id en tif ic aç ão do per i go, aval i aç ões de ri sc o e proc es so s de con tro le d o ri sco mai s
complexo s pode m requer uma doc um e n t aç ão a di c i o n al .

I) R E VI SÃO CO NTÍ NUA


Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 28 de 65

É u m a e x i gên ci a que a i den t if ic ação de per i go s e a v a l i ação de ri sco s s ej a con t ínu a . I st o r equ er
q ue a or g an i z aç ão con si der e o si ncro ni s mo e a freq üên ci a de t ai s re v is ões , se ndo af et a d a
p elo s se gu in te s ti po s:
− A nece ssidade de de te rmin ar se os co ntroles ex i s ten te s do r i sco s ão ef ic a z es e ad eq u ad os;
− A nece ssidade de re spon der a e mergênc ias de no vo s perigo s;
− A nece ssidade re spo nder às mudanç as que a p rópr i a or gan i z aç ão pró pri a i mp l an to u;
− A nec es s id ad e de re spon der ao gab ari to de m on it or ar at i vi d ade s, in ve s ti gaç ão d e inc id ent e
(ver 4.5.3 ), situaçõe s de eme rgê ncia o u o s re s u l t ado s de t e s te per ió d i c o de pro c e d im e n tos
de e mer gênc ia (ver 4. 4.7 );
− M u d anç a n a l e gi s l aç ão;
− Fatore s e xtern os, por exe mplo: novas exigên cias de SST;
− A v a n ç o s e m t e c n o lo g i as de c o n tr o le;
− Mudanç as diversas no local de tr abalho, inc luin do n as do co ntr atante;
− M u d anç a s pro po st a s por açõ es corre t iva s e preven t iv a s.
A s r e v i sõe s p e r i ó d ic a s p o de m aj udar a as segu r ar a consistência destas atr avés das avaliações
d e ri sco rea l i z a d a s por pe s so a s d i feren te s e m hor ár ios difere ntes. On de as c irc unstânc i as
m u d ar am e/ ou as te cno lo gi as me lhore s d a ge s t ão de r i sco se torn ar am d is pon í ve is , as
m e l h o r i as de ve m s e r f e i t a s qu an do n e c e s s ár io .
N ão é nece ss á rio exec u t ar no v as a v a l i ações de ri sco q u an do u ma re v is ã o m os tr a r q ue o s
co ntroles existen te s ou de planejamen to permanece m válido s.
As auditor ias internas (ver 4.5.5) podem fornec e r u m a o p o r tun i d ade p ar a c e r tif ic ar - se de q ue a
identificaç ão de perigos, as avaliaçõe s de r isco e os c ontro le s estejam corr eto s. As auditorias
i n ter n a s p o d e m t a m b é m s e r u m a o p o r tu n i dad e ú ti l p ar a ver if ic ar s e a avaliaç ão reflete as
co ndiçõe s e as pr át icas reais do lo cal de tr abalho.
P re ven çã o
A I den t if ic aç ão de Per ig o s, Ava l i ação e Con trol e de R i sco s é u m d os ob je ti vo s f und a me nt a i s d a
p r e ve n ç ão .
E vi dê n c ia
- Pr oce di ment o s do cu men t a do s par a id en ti fi c aç ão de p eri go s; d e ter min a çã o do s ri sco s
associados aos perigo s;
- I nd ic aç ã o do n í ve l de cad a ri sc o, ref eri ndo - se s ere m tol eráv e is o u n ão;
- D es cr iç ão ou refer ênc i a às me d id as a m on it or ar e con tro l ar o s r is co s;
- I de n t if ic aç ão do s r i sc o s c o n t r o l a dos pe lo s o b j e t i vo s /p r o gr a m a de ge st ã o ;
- I den t if ic aç ão do s re qu is i to s de c om pe tên ci a e de for m aç ão p ar a i mp le men t ar as m ed i d as d e
co ntrole.
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− Co ns t a t ar am - se di ver so s per i go s q ue n ão s e en con tr a v am i den ti fi cad os no S ist e m a de Ges t ã o
da Se gur anç a e Saúde no Tr abalho (SGSST) e, e m cons eq üênc i a, n ão f or am d e ter min a do s e
avaliado s os risc os que lhes estão associados.
− Co ns tato u-se q ue fo r am es que cidas as s i tu aç õe s em q ue o s tra b a lh a dores de sen vo lv e m
a t i v i d ade s fo r a d as i ns t a l açõ es da e m pre s a ( p or e xe mpl o, nas in st a l a çõe s do c lien te , n a s
i n s t a l açõ e s d e u m f o r n e c e do r, n as vi as pú bl icas , e tc. ).
− A m etodo l ogi a para ide nt if ic aç ão de per i gos e aval i aç ão de r i scos não per mite a sua aplicaç ão
s i s te m át ic a , d e vi do ao e le v ad o g r au de su bje t ivi d a de de al g un s d os cr i tér ios u ti l iz a d os .
− A s a t i v id a de s o c as ion ai s t a i s c o mo a m a n u tenç ão d a s ins t a l açõ es e e qu ip a men to s, n ã o fo ram
o bje to de id en ti fi c aç ão de p eri gos e a v al i aç ão de r is co s.
− P ar a a i d ent i fi c aç ão do per i go for am apen as t id a s e m c o n t a a s s i tu a ç õ e s que r e s u lt a r am e m
a c i den te, não co ns i der an do a def in iç ão de pe ri go: “ Fon te o u s it u aç ã o po ten ci a l p ar a o
d a no... ". Os in ci den tes ou q u a se ac i den tes s ão um a fon te i mpor t an te p ara con s id era r a
p re venç ão e e l im in aç ão /o u m in imi z a ç ão do r is co.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 29 de 65

4 . 3 . 2 R e q u is i t os l e g a i s e out r o s
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A org a niz a ção d e ve es tab e l e cer, im pl em en t ar e m an t er pro ced im ento (s ) p ar a ide n tif i c ar e t e r
acesso à legislação e a outros requisitos de S ST que lhe são aplicáveis.
A or g ani z aç ã o d e ve ass e gur ar qu e t ais r equ isi tos legais apli cáveis e outros requis itos
subscritos por ela sejam levados em conside r a ç ão n o e s t ab el e c imen to, imp l em en t a ção e
m anu t en ç ão de s eu s is te m a d e g es tã o d a S S T.
A o rg an iz a ção dev e m an t er ess a inf o rm a ç ão a tu a li z ad a.
A or g ani z ação d e ve c omun i c ar as in form a çõ es p er ti ne nt es sob re r equi si tos legais e ou tro s
r equ isi tos às pesso as qu e tr ab al h am sob seu cont ro le e às o ut r as par t es in teress adas
pertinentes.
Ob jetivo
Uma organizaç ão, para atender aos regu lamentos pertinentes a suas atividades, se j am e les
l e g ai s o u a co rdo s por e l a sub sc ri to s, pre ci s a ter m ec an i smo s d e i den t if ic aç ão d es te s
re g ul a men to s jun to aos ór g ãos com pe ten te s e cr i ar me ios p ar a q ue to do s os en vo l vi do s em s u a s
atividade s tenh am a plen a compreen são de les (SEB RAE, 2004 ).
E s te r eq ui s it o des t in a - se a pro mo ver a con sc ien t i z aç ão e a c om preen são d as res pon s ab i li d a des
l e g ai s.
I n te rp retaç ã o
U m a o rg a niz a ç ão qu e p re ten d a gar an t ir a im p le men t aç ão de s t a nor m a de ver á i den t if ic ar a s
e xigênc i as l e gais, e ou tr as que s e ap l ic am ao s as pe c t o s a m b ie n t a is das s uas atividades, prod u to s
o u se rviço s, q ue te m d e c um pr ir.
O c u mpr i men to d a nor m a e xi ge o es t a belec i men to d e u m proce d im en to q ue g ar an t a a
s i s te m at i z aç ão do s r e qu i si to s le g ai s e o u tro s q ue sej a m ap l ic á ve is à o r g an i z aç ão .
S a l ien t a - se q ue a d oc um en t aç ão le g a l pod e a p res en t ar -s e de d ife ren te s for ma s : le is , decre to s -
l e i , r e g ul am e n to s, por t ar i a s, de sp a c h o s de a plic aç ão n ac ion al, r esoluções minister iais ou
m un ic ip a i s, e tc. Os ou tr os re qu is i to s p oderão ser docu men to s do t ipo: po lí t ic a s do gr upo,
có digos de bo a con duta ambien tal, c on tr atos co m c l ien tes, e tc.
A i de nt if ic aç ão d a le g is l aç ã o ap l ic á ve l j un to à o r g an i z aç ão po der á s er fe i t a in tern a men te ou
re corren do à pre s taç ão de um ser viço e xter no. Em qualquer c aso, é ne cessár io o conhe cimen to
d os a s pec to s a mb ien tai s rel a ci onad os co m as a t i v id a de s, pro du to s e ser v iço s da or g an i z ação de
fo rm a a per mi t ir u m a an ál i se eficaz da sua aplicabilidade. De ve s e r m an t ida u m a l is t age m
a t u a l i z ad a d e tod o s o s d o c u me n t o s .
A i de n t if ic aç ão do s r e qu i si to s poder á r e al i z ar- s e t e n d o c o mo b a se as s in a tu r as d i sp o n i b il i za d a s
pelo s or ganismo s de nor malizaç ão, public açõe s es pecializadas, subscr iç ão de re vis t as, d ado s de
as so ci açõe s s e tor i ai s, pro fi s sio n ai s, o u ou tr as.
A n orm a não e xi ge ap en as a i den t if ic aç ão d a legi slaç ão. Exige ainda que a or ganizaç ão
demonstr e o se u conhe cimen to e ten h a ace s so , e m qualquer situaç ão, a e s ses mesmo s
doc ume ntos, po den do man tê-lo s e m arquivo in terno o u ace ssíve l atravé s de outro meio
(Interne t, bases de dado s, e tc. ).
Outr a questão fundamental par a a g a r an ti a d a a p li c aç ão des te r eq u is i to no f unc ion a men to
a d e q u ad o d o si s te m a d e ge st ã o d e S ST p r e n de - se a an áli se do s c on teú do s d o s do cum en tos
aplic áve is. Mais do que conhe cer a e xistên cia de um doc u men to le gal, é f undame ntal que a
or g an i z aç ão s ai b a e x at a m en te o q ue te m de c u mpr ir. A s s im, n ão s er á suf ic ien te po ss uir um a
mer a listage m de doc u men to s le gais aplic áveis, j á que a organ i zaç ão prec isa c onhe cer
e xat am en te o que tem de cu mp rir , as si m co mo aval i ar c omo p ode r á f azê - lo e dec id ir d a
ne ces s id ade de in ves t im en to s, d e al t er aç ão de pr átic as e proce d imen to s ou outr as açõe s.
P ar a t a n to, a o r g an i zaç ão d ev erá m a n ter re g is tr os ( li s t a, t a be la, b a se de d a do s, e tc. )
p e r m a n e n te men te si s te m a ti z a do s d a le g i sl aç ão a pl ic á ve l; e s tes r e gi st r o s po de m s e r o r g an i zad o s
p or te m as (ar, águ a, so lo, re sí d uo s... ) e /o u s u bt e m a s (c a p t aç ão d e á gu a, ef luen tes... ); pode m
ainda assumir a for m a de uma tabela em que, por atividade, se iden t if ic a, n ão s ó a le g i sl a ç ão,
m as també m as o b rigaç õ e s d aí re su l t an te s (re g i s tr os a ger ar, relatór ios a enviar as entidades
públic as, e tc. ) (SGS,2003; APCER, 2001 ).
P re ven çã o
O tr a t a ment o d a le g i sl a ç ão im pl ic a n ã o só o pl an ej amen to p ar a o seu cu mp ri men to, m a s
t a m b é m u m a c o n s c i e n t i z aç ão do m o do c o mo p o de afetar a SST. A legi slaç ão pode fornecer
i nd ic açõe s d o mo do de at u ar e m f ace de de termin a d a s s i tu a ç õ e s ( r i sc o s ) in d ic an d o me d id a s d e
p r e ve n ç ão .
E vi dê n c ia
- Q u a is e o n de se ap l ic am o s r e q ui si t o s le g a is (i de n t if ic a ç ão d a l e g i sl aç ão a pl ic á ve l );
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 30 de 65

- D o m odo com o é asse gu r ado o aces so à no va le gis l aç ão;


- D o m o do c o m o é c o m u n i c a d a às pe ss o as o nde e l a é per tinen te ;
- D o m odo com o a or g an iz a ç ão a s se gu r a o c um pr im en to d a l e gi s l aç ão.
- Pr oce di ment o s p ar a i den t if ic ar e a ce ss a r as le is e re g ul a men to s ap l ic áv e is;
- P r o c e di me n t o s de c o n tr o le d a a tu al i z aç ã o d a s l e i s e r e g u lam e n to s apl i c áve i s;
- Le gislaç ão Fe der al, e stadu a l e mun ic ip a l ap l ic á ve l;
- L i st a d a s l e is e r e gu l a men to s p e r tine n te s à s suas atividad es, produtos e ser viços; e
- L i st a d a s fon te s d a s le is e re gu l a men to s p er tinen te s e tc . ( S EB RA E, 2 004 ).
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− I n e f i c ác i a d a m e t o do l o g i a e st a b e l e c i d a, q u e le v a a qu e n ão sejam i den t if ic a do s to dos o s
re qu i si to s le g a is, re gu lam en t are s o u ou tro s, ap l ic á ve is .
− I n e f ic ác i a d a me to do lo g i a u ti l i z ad a p ar a c o m un ic aç ã o /d i v ul g aç ão in te r n a e e x ter n a (p ar te s
i n e te r ss a d as ) do s r e qu is i to s le g ai s e a pl ic á ve i s.
− N ão es tá e stabe le ci d a u m a me to do lo gi a p ar a man ter a legi s l aç ão apli c áve l atu ali zad a.
− N ão f o r am i de n t if ic a do s r e q ui s i to s s ub sc r i to s pela or gan i zaç ão, co mo por e xe mplo, Dir etivas
d a “ M a tr i z” o u do cl ien te.
− A s me to do lo gi as de ace ss o pr aticadas não gar antem a informa ç ão r e l e v an te e m t e m p o ú t i l .
Não for am consider adas as Nor mas re le van te s, que n este c aso s ão u m exe m plo i mpor t ante da
Nova Abordagem aplicável a algumas áreas, nomead amente Proteç ão con tr a Incê ndio s,
M o vi men t aç ão Mec â nic a de C a r g as , E sc a d a s, en tre ou tr as .
− O pro ced i men to n ã o inc l ui por meno res do p roce s so de m anu te nç ão do s d ad os - a ss i m, n ão
e xis te um pro ces so r epe titi vo ne m au di tável;
− O s " o u tr o s r e q ui s i to s " n ã o e s t ão i d e n t if ic ad o s ne m inc l uí do s, por e x.: Po líti c as d o Gru po,
C ó d i gos d e B o a P r á t ica , r e q u is i tos r e l a t iv o s a A l u g uéi s e S e g ur o s, a c o r do s lo c a i s o u s e t o r i ai s.
O u e n t ão f o r a m i de n t i f i c a do s, m as n ão e x i st e f o r m a de m antê-los atualizados;
− N ão e x i s t e a c e s s o à l e g i s l aç ão d e b a s e ; e
− A l i s t a gem co nt ém m uit o s d ad os irre le v an te s, n ã o a pl ic áv e is à or g an i z aç ão em q u es t ão, e n ã o
fo rnece por menor es ou e xplic açõe s do s requisit o s le g ai s re le v an te s. (Por vez e s encon tra- s e
u m a li s t a qu e é s ó i s so me smo e q ue n ão forne ce nenh um a in for m aç ão com preen s ív el o u ú t i l
par a a gestão) (SGS, 2003).

4 . 3 . 3 Ob jetivos e p rog ra ma s
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A o rg an iz a ção d e ve e st a b el e c er, im pl em en t ar e m a n te r ob jeti vos de S S T do cum en t ados, n as
fun çõ es e níveis per tinen tes d a organização .
Os o bj eti vos d evem s er m en sur áveis, qu an do exeqüível, e coerentes com a política de SST,
in c lu indo -se os com prom et im ent os c om a pr e ve n ç ão d e l esõ es e do enç a s, com o at e ndim en to a
r equ isi tos legais apli cáveis e ou tros r equis itos subs cri tos pela o rganização, e com a melhoria
c o n t ínu a .
Ao estabelecer e an alisar criticam ente seus objetivos, a organização d e ve c ons id er ar os
r equisi tos legais e outros r equi si tos por ela sub s cri tos e s eus ris cos de SST. Deve tamb ém
cons id er ar su a o pçõ es tecno lógi cas, s eus r equi si tos fi n an c eir o s, o pe r a cio n ais e c o mer ci ais,
b em com o a vis ão d as par t es i nt er ess ad as pert in en t es.
A org a niz aç ã o d e ve e s t ab el e c er, im p lem ent a r e m ant e r pro gr am a (s) p ar a a t ing ir seu s
objeti vos. O( s) programa(s) deve(m) incluir pelo menos:
a) A trib u i ç ão d e r es po ns ab i l id ad e e au tori d ad e par a a tin gir o s o b j et i vos n as fun çõ e s e n í v eis
pertinentes da or gani zação, e
b ) Os m ei os e o pr azo no qual os o bjeti vos devem s er atingidos .
O( s) pro gr am a(s) deve(m ) ser an al is ad o(s ) cri ti cam en t e a in t er valos regu l ar es e pl anej ados , e
ajustado(s) conforme necessário , par a ass egurar qu e os objeti vo s s ejam atingi dos.
Ob jetivo
OB JETI VO S E M ETAS
Par a a mater i alizaç ão da política de SST é nec e s s ár io e s t a be lec e r o bj e ti vo s m e n sur á ve is a o
lon go de todos os n í ve is e f unçõe s da or gan i zaç ão.
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O s o bje ti vos s ão com pro me t ime nto s g lo b ai s p a r a o de sem pen ho d a or g an i z aç ão, id en ti fi cad os
n a po l í ti c a de S ST. Par a d ef ini r s eu s obj et iv o s é im por t an te q ue a or g an i z ação con s id ere as
v er if ic açõ es f e it a s n as s u a s a n á li se s pre l imi n are s, se us p er ig os i de nt if ic a do s e o s r is co s
avaliados. Par a atingir os obj e t i vos , de ve m ser e s ti pu l a d as me t a s e s pec íf ic a s e men su r áve i s c o m
p r a zos pre de ter m in ad os .
E s te req u is it o de ve perm i t ir o s ur gi me nt o de o por tun i d ad es d e melhor i a e a def in iç ão d a s a çõe s
p rio ri t ár i a s e con s is te m t a m bém n a def in iç ão de açõe s, a tr ibu iç ão de re spo ns a bi l id a de s,
d i sp oni b il i za ç ão de recu rso s f in ance iro s ne ces s ár io s e def in iç ão de pr a z os p a ra q ue se a ti nj a m
o s obje tivos e metas ambien tais def in i dos (SEBRAE, 2004 ; APCER, 2001 ).
P ar a i m ple m e n t ar a p o l í ti c a e o bj e ti vo s a o r g a n i z aç ão de ve e s t abe lec e r u m o u m a i s
p ro gr am a ( s) d e ge s tã o S ST. Es se ( s ) p rogr a m a (s ) con te mp l a (m ) o de sen vo l vi ment o d e
e s tr a té gi a s e pl an os de a ç ão doc um en t ad os. A s u a i mp lem en t aç ão de ve ser mon i tor i z ad a e a s
e s tr a té gi a s e pl an os dev e m se r at ual i z a do s.
I n te rp retaç ã o
O s o bje t i vos e me t as d e ver ão ser c oeren te s co m a po lí ti c a de S ST d ef in id a pel a or g an i z aç ão,
t en do como b a se o s t e m a s e o s e i xo s de a çõe s p ri or it á ri a s ne l a def in idas . De ve m s er
periodic amen te de finidos e doc umen t ados, por e xe mp lo , e m c o n j un to c o m a r e v is ão d o s is t e m a
d e ges t ão d a S S T .
O s obj et i vos d e SST de ve m ser en ten d ido s co mo m ai s ge r ai s do q ue as me tas . En qu ant o os
prime iro s re sultam dire tamen te da po lítica, as s e gun d as d e c o r r e m d o s o b j e t iv o s, p o d e n d o ser
en ten d id a s co mo de sdo br am en tos d os me s mos .
U m obje t i vo é u m a in tenç ão ger al q ue , se pos s í ve l, de ve s er q u an ti fi c a d a, en quan to qu e a m e t a
é u m a e x igênc i a de d e se mpe nho po rme nor i z a d a, qu ant if ic ad a, e s empre relativa a um
d e ter min a do o bje t iv o.
A f ix a ç ão do s o b j e ti vos e m e t a s de ve ter e m c o n t a a s seg u in te s c o n s i de r aç õ e s :
− A s e x igênc ia s le g a is e ou tr a s (p ar a q ue n ão s ej am e s t ab ele ci do s ob je ti vo s q ue p onh am e m
c a us a o cum pr i men to d e l i mi te s le g a is o u o ut ro s ace i te s p el a o rg a niz a ç ão );
− O s per igos e r i sco s s i gn if ic ativos;
− A s o pçõe s tec nol ógic a s, a s e xi gê nci a s fin a nce ir a s, o per ac ion a i s e co mer ci a i s; e
− A o p in i ão das p ar te s int e r e s s ad a s.
A s s im, p ar a o e st a be lec i men to dos o bje ti vo s e met a s, e p a r a q ue n ã o sej a m f ix a d o s o bj e ti v o s e
m e t as im po ss í ve is de c um pr ir por p ar te da or g an i zação, é ne ces s ár io proce der a d iferen te s
avaliações:
− D os meio s tecn oló gicos , c om o in tu i to de se i den tif ic ar os me io s n ece ss ários ao con tro le,
re du ç ão o u e l im in aç ão d o s r is cos d a s a t i vi d ad es d a or g an i z aç ão so bre o SST, n ão e s que cend o
a u ti li zaç ã o d a me lho r t e c no lo g ia d i sp on í ve l se mpr e q ue t écn ic a e econo m ic a men te v i ável;
− D os a s pec to s f in anc eiro s as so ci a do s a e sse s m ei os te cno ló gi co s;
− D o s me io s h um an o s n e c e s s ár io s.
E m s um a, a d ef in iç ão d a s me t a s e e ve nt u a lm en te do s o bje ti vo s, im p li c a e m u m a qu an t if ic aç ão
( i n d ic a do r e s ) q ue pos s ib i li te m o se u a c o m p an h a me n to e a v al i aç ã o f in al d o r e s pe c t i vo
cumprimento.
Esta quan tificaç ão po de sign ific ar um in dicador n u mér ico (%, K g, ...) e uma data o u apen as uma
data (quando se pr eten de a in troduç ão o u e limin aç ão de q u al qu e r a s pe c t o , por e xe mp lo , “ p a ss a r
a u s ar o prod u to meno s p ol uen te X.P .T. O, n um d a do pro ces so , a p ar t ir d e ... ” ).
E s te s in d icad ore s po der ão ser aco mp an h ados e m con jun to co m o p ro gr am a de ges t ão de SST,
e v ide n c i and o a e f ic á c ia d a s aç õ e s r e a l i z ad a s e o a t in gir do s o b j e ti vos e m e t a s de S ST.
D e ve -se , no en t an to, ter e sp ec i al at enç ão n a pr ior i d ad e q ue tem qu e de ser dad a aos per i gos
s i gn if ic ati vo s e aind a aten der à segu in te li nha d e r ac ioc ín io:
U m a m et a e s t á a s s oc i a d a a um obj e tiv o , q ue , p o r sua v ez e s t á a ss o c i ado a um
ou mais perigos e, para cad a m eta, d ev e rã o ser respondid as as quatro
questões: Quem? Faz o quê? Com que meios? Em que prazos?

P ROG RA MA(S ) DE G ESTÃO D E SST


Co nsistem n a def iniç ão de aç ões, atribuiç ão de res pon sab i li d ade s, d i sp oni b il i zaç ão de recu rso s
f in an cei ros n ece s s ári os e d ef ini ção de p r azo s p ar a qu e se a t injam o s obje t iv os e me t a s
ambientais definidos.
Par a o cumprimen to da nor ma é ob ri gatór i a a e l abo r aç ão d e u m pr ogr am a de ge s t ão d e SST n ão
e xistin do, no en tan to, nenh um modelo pré - def in ido a se r cumprido. O pro gr ama po de se r
aplicado a atividades, produtos ou se r v iço s já e m e xec uç ão o u no vo s.
A a m p l it u de do p r o gr am a v a i d e pen der, e m par t icu l ar, d a s c a p ac i d ad es f in an cei r as , tec noló g ic as
e h um a n as d a or g an i z aç ão.
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O p ro gr ama d e g es t ão de S S T de ve se r c on t inu a men te a co mp anh a do qu a nto a o se u gr a u de


co ncre tização, de ven do ser per iodic amen te ree xamin ado e, e m c aso de nec essidade, re aj ustado.
A d ic ion a l me n te, e d a do q ue mu i ta s e mpr e s as n e c e ss i t am r e a l i z ar in ve s ti me n to s e i m ple m e n t ar
p roje to s de a l g u m a d im en s ão, pod e ser ú t i l o e s t ab ele ci me nt o d e p roce d ime nt o s e spe cí ficos
p a r a o que p od erí a mos ch a m ar de pl a nos / proje to s de in ve s ti men to e de sen vo l vi men to. D es te
m o d o , f ic a a s s e gur ad o que, n o s n o v o s p r o je to s, s ã o i dent i fi c ad os os p eri go s q ue ,
e ven tualmen te, e s tej am em c ausa (ver 4. 3.1 ).
O (s ) pr ogram a(s ) de ge st ão de SST po de m, ai nda, ser e l abor ado s por proje to, in stalaç ão,
produto, proc esso o u atividade elemen tar.
T al co mo os o bje ti vo s e me t as, o p ro gr am a de ge s t ão d a SST de ve ser apro vado pe l a Dir eç ão de
fo rm a a g ar an t ir que o s mei os e re cur so s nec es s ár io s à s u a concre t i z aç ão sej a m p re vi am en te
asse gur ados (SGS, 2003; APCER, 2001 ).
P re ven çã o
O con tro le e a c ons eqü en te e li m in aç ão / m in im i z aç ão d os ri sco s é u m do s pr inc i p ai s desaf io s
d o s is te m a d e ge s t ão SST. P ar a con se gu ir ob ter e sse d esi de r at o mu it o po der ão c on tr ib uir o s
o bje ti vo s, e se e st es fo r am e s tab ele ci do s co m b ase no s r is cos e req u isi t os le gai s, a
or g an i z aç ão pod er á m in im i z ar a pro b ab il i d ad e d e s ur g irem po ten ci a is a c ide nt es.
A s ide nt if icaçõe s d a s a çõe s m a i s a de qu a d a s p ar a as seg ur ar que c ad a obje t iv o é at in gid o
co nso l idam a pre venção. Co m efe i to, o conjunto de açõe s é in dire tamen te re spo nsáve l pelo
c o n t r o l e de a l g un s d o s r is c o s (Aç õ e s Ö O bj e t iv o Ö R i sco m a i s c o n t r o l a do ) .
E vi dê n c ia
Po der ão se r e xigi d as as s e gu in te s e vidê nc i as:
− P o l í ti c a e P r o gr a m a d e G e s t ão da SST c o m obj e t i v os e met a s ;
− Cr onogr ama das metas;
− A n ál i se do d e s e m pe n h o p ar a a ting i r o s o b j e ti v o s a tr a vé s d o s in d ic ad o r e s d e S ST ;
− A ç õ e s c o r r e t i v a s p a r a o s de s v ios de tec t a do s.
− O b j e t i vos e m e t as q u ant i f i c ad o s, i n d ic ado res def in i dos e m on it or ad os ; e
− Pr ogr amas de Ge stão da SST c om cron og r amas de implan taç ão (SEBRAE, 2004 ).
− D o s o bj e t i vo s d o c u men t a do s p ar a c a d a f unç ão e n í ve l da or gan i zaç ão;
− D a c om un ic aç ão do s o bje ti vo s, p elo menos ao s res pon s áve is pe l a su a ges t ão (e p art e s
i n ter e ss a d as ) ;
− Da s po siç ões das p art e s in teressadas (se existirem).
− A çõe s en unc i ad as e seu cu mp ri men to;
− R e s po n s áv e i s def in i dos;
− Pr azos fixados;
− Re cur so s iden tif ic ado s.
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− D em as i ad os O bj et i vo s o u mu i to po uco s. (De ve m ser su fic ien te s p ara q ue a SST p o ss am re su l t ar
e m m e lh o r ias r e a is, m as n ão t an to s q ue l e v e m a u m a di s pe r s ão de e sf o r ç o s ).
− Objetivos e me tas não estabelecidos para cada funç ão e níve l da or gan i zaç ão. Po r e xemplo,
n ão abr anger am u m de ter m in ad o s e tor f abril , com a j ustificativa de que a me lhor ia contínua
e s t ava a ser as se gur ad a p elo s o u tro s s et ore s.
− O b j e t i vos e M e t as sem d i men s ão su f i c i e n te p ar a sere m med i dos – pe lo m eno s, de ve ser
e s t abe lec i da u m a d a t a l i m it e pre v is t a .
− O bje t i vos qu e n ão le v am a me lhori a s - p or e x.: um a e mpre s a cu jo neg óc io é aj ud a r a me lhor ar
o de se mpenho d a SST d os s eu s c l ien te s, dec i de que o se u pr inc ip al obje t ivo é ' ter m ai s
c l ien te s '. Es ta in te nç ão n ece ss i ta c l ar amente de m ais m ed içõe s, de mo do a p er mi t ir a
m on it or amen to d as me lhor i as re le van te s - me di çõe s re lac ion ad as co m as mel hor i as re almen te
a t i n g i d as pe lo s c lie n t e s , r e l a ti v a men te ao n úm e r o to t a l d e c li e n te s .
− A pe s so a nom e ad a p ar a e xec u t ar o p ro gr am a não e s t á cons c ien te d as s u a s re spo ns a b il i d ad es.
− Os Pro gr amas n ão f ornec em dado s me nsur áveis su f ic ien te s, de modo a de mon st r ar q ue exis t e
uma me lhoria.
− Fal t a de re gi s tro s que de mon s tre m a p ro gre ss ão do p ro gr am a.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 33 de 65

− O s recu rso s s ã o in su fici en te s p ar a e xe cu t ar um p rogr ama e n ão f oram a s s in a l ad os co mo u m


p r o b le m a.
− F a l h ar u m a m e t a e n ão s e tom a r e m q u a i s q u e r m e d i d as .
− No vo s de sen vo l vi men to s e m l ar g a e sc a l a n ã o d e tec t ados pelo pr oce sso, por e x. : no va linh a de
produç ão, no vo s pr oduto s.
− ' Pr ome s s a ' fe i t a n a Po lít i c a n ão e xec u t ad a pe lo s pro gr a mas , por e x. : co m pro mi s so p a r a red uç ão
d o ab sen te ís mo .
− P r o g r am a s a s so c i a do s à s q ue s tõe s d e i mp le m e n t aç ão de u m S ST , p o r e x. : c o m pr o m is so p a r a
re duç ão do absen te í smo. (SGS, 2003 ).

4 . 4 IMPLEME NTAÇÃ O E OPE RAÇÃ O


E s te i te m proc ur a def ini r:
− A s n ece ss i da d es de r ecu rso s p ar a a e qu ipe de i m pl a nt a ç ão e o per aç ão do si s te ma ;
− Q ue m f a z o q ue ;
− A s n ece ss i da d es de tre in a men to;
− A co mun ic aç ão de mo do e fi c a z t anto interna quanto e xt ern a men te;
− A do cumentaç ão e contro le do s i s te m a d e g e st ã o .
Implica também na necessidade de um controle eficaz sobre as atividad es operacionais
r e le v an te s e s e u s r is c o s si gni f ic a ti vo s, c o n s i de r and o t a mbé m s i t u açõ e s ac i de n tai s o u
e mer gen ci ai s o c as ion ad a s por r i sco s as so ci a do s.
É prec iso ter e m men te que implantar um sistema que agregu e valor ao ne góc io, n ão agre gan do
apenas mais tr abal ho, é sempre bastante complicado. Porém, um sistema bem montad o tem su a
i m pl a nt a ç ão de m ane ir a n a tu r al e n ão tr a um á t ic a, s en do b em v i s to pe l a m aior ia d o s
f un c ion ár io s ( OR TI Z; PIR ER I, 2 0 0 2 ).

4 . 4 . 1 Re cursos, funções, responsab ilidade s, p resta ções de conta s e a utoridades


Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A A l t a D ir eção deve assumi r a r es pons abi lid ade fin al pel a SS T e pelo si st em a d e g es t ão d a SS T.
A A l ta D ir eção deve d emons tr ar s eu compr ometim en to:
a) G a r an tin do a d is po nib i li d ad e d e r ec urs o s ess en ci a is p ar a e s t ab el e c er, imp l em en tar, m a nt er
e m elh or ar o sis t em a de gest ão d a SS T.
NOTA 1 – Recursos incluem: recursos humanos e habilidades especializadas, infra-estrutura organizacional,
tecnologia e recursos financeiros.

b ) D ef inin do f un çõ es, a lo c an do r espo ns ab il id ad es e pr est a ç õ es d e c o n t as e d e l eg an d o


a u tori d ad es, a f im de f a c i li t ar a g e s tã o ef i c az d a SS T. F un çõ es, r es po ns ab i l id ad es,
prestações de contas e autoridades devem s er do cumentadas e comunicad as .
A o r g ani z a ção d e v e indi c ar r epr es en t an te (s ) da A l t a Dir e ção com respo ns ab il id ad e es p e c íf ic a
p e l a S S T, i n d e p en d en t e m en t e d e o u t r as r es po ns ab i lidad es, e c o m fun çõ es e a u tor idad e
d e fini d as par a:
a) Ass egur ar qu e o si st ema d e g es t ão d a S S T s eja es t ab el eci do, impl emen t ado e man tid o em
c o n fo rmi d ad e c o m es t a Norm a OHSAS ;
b ) A ss e gur ar qu e os r e lat os sobr e o d es em pe n ho do sis t em a d e g es t ão d a S S T sej am
apresentados à A lta Dir eção par a An ális e crít i ca e s ejam u ti li z ados como b as e par a a
m e lho ri a do s is tem a d e g es t ão d a SS T.
NOTA 2 – A pessoa indicada pela Alta Direção (por exemplo, em uma organização de grande porte, um
membro da Diretoria ou do Comitê Executivo) pode delegar algumas de suas obrigações e representante(s) da
direção subordinado(s), embora ainda retendo a responsabilidade pela prestação de contas.

A id en tid a de d a p e sso a i nd i cad a pel a A lt a Di reç ão deve es tar à dis posi ção d e tod as as pesso as
que tr ab alham s ob o contro le da organização .
T o dos aqu e les com r espo ns ab il id ad e admin is tr a ti v a d e v em d emons tra r s eu c o mprom et im ent o
c o m a m el ho ri a con t ínua do d es em pe n ho d a S ST.
A o rgan ização deve assegu r ar q ue as pesso as no lo cal d e tr ab alho assum am r espons ab ilid ad es
por as pectos d a S ST s obr e o s qu ais el as ex erçam con tro le, i n cl uindo a con form id ade com o s
r equ isi tos apli cáveis de SST d a or gani z ação.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 34 de 65

Ob jetivo
Tal co mo em to do s o s siste m as de gestão, a OHSAS 1 8001 reco nhece a ne ce ssidade de asse gur ar
que o pe ssoal e nvolvido no SST está con sc iente d as s u as re sp ons ab ili d ade s e aut or id ade (AP CE R,
200 1 ).
I n te rp retaç ã o
P ar a d ar cu m pri men to a e s te re qu is i to da nor ma, é nec essár ia uma definiç ão clara das
r e sp o n s a b ili d a de s ( as a t i v i d ade s q ue tê m de d e se m penh ar ) e d a au to ri d ade (o que as pe ss o as
p ode m dec i dir au tono m amen te) p ar a as f unçõe s dos que geren ciam (to dos os níve is
h ier ár qu icos ) , e xe cu t am ( f unçõ es m a i s rel a cion a da s c om a s á r e as p ro du t i v as e /o u e xe cu t an te s ) e
verificam (funções mais relaci on adas c om o co ntrole ambien tal ), d e s de que r e f e r e n c i a das a o
n í vel de proce d im en tos e o u tro s doc u men to s d o s i s tem a d e ges t ão da S S T.
A d e f in i ç ão d a s q u al i f i c açõ e s m ín i m as par a de se mp enh ar a de qu a d am ent e um a funç ão é
p a r t ic u l armen te i mpor ta n te qu an do a atividade desenvolvida está de alguma forma, relacionada
co m a sp ec to s a mb ien tai s s i gni fi c at i vo s o u c om o c on tro le e g es t ão a m b ien t a l. E s t a def in ição de
q u a li f i c aç õ e s n ão t e m d e se r f e i t a po r pe sso a, m as si m por f un ç ão. A f l e x ib i li da d e , po l iv a lên c i a
o u cri té rio s de su bs t i tui ç ão de ve m se r def in i do s res pe i t an do as q u a li f ic açõe s m ín im a s d ef ini d a s
par a as funçõe s.
A A l t a D ireção, e m seu m ai s al to níve l, de ve de si gn ar um re pre sen t an te co m re sp ons ab il i d ad es e
a u to r i d a de d e f in id a s p a r a a im p le me n t aç ão do s ist e m a d e ge s t ão de SST. Deve ainda
d i sp oni b il i za r o s rec ur so s nece ss á ri os p ar a q ue o me sm o se j a i m pl eme nt a d o e m an t ido
( E x em pl os: eq ui p am en to s, in s t al a çõe s, mei os tecn oló g ico s, mei os f in an cei ro s e recu rso s
h um an os ).
O Re pre sent a n te d a D ireç ã o, com re sp ons a b ili d a de s e xe cu t i v as , é um e le men to d e 1ª l inh a q u e
g ere a or gan i z aç ão na s u a a t i v id a de cor ren te, ou ou tro el eme nto qu e n ão s en do de 1ª l inh a
re por te a es t e di re t amen te, t en do f un çõe s e xec u ti v a s n a á re a d e S ST ( E x e mp lo s: g e ren te, d ire tor
g er al, dir etor de S ST, di re tor d a q ual i d ade, amb ien te e seg ur anç a).
E s te e le men to d a d ireç ão e xe cu t iva , a lém de o ut r as f unçõe s, de ve s er o p rin cip a l re sp onsá v e l
p e lo e s t ab e l e c im e n to , im p le me n t aç ão e m anut enç ão do si s te m a d e ge s t ão de S ST e por for nec er
i nfor m aç ão à A l t a D i reç ão s obr e o s eu d ese mpenho par a efe i to s d e r ev i s ão d o me sm o e p ar a
desenc ade ar as açõe s de me lhor ia.
E s te en unc ia d o n ã o si gn if ic a q ue o R ep res en t an te d a D ireç ão t enh a qu e ser u m di re tor, m a s s i m
u m “ ele men to d a di reç ão ”. I s to im p li c a qu e a or g an i z ação d ef in a os “ li m it es ” d o qu e cons i der a
s er a e qu ip e de d ireç ão (gru po de ind i vídu os co m re spo ns abi l id ade s e xecu t i vas ). O q ue é
e ssenc ial é o e ntrosamen to de ste eleme nto n a “e quipe de direç ão ” e a sua liber d ade e
auto ridade or gan i zac ion al par a poder assegurar as tarefas acima r efer idas.
Q u an do e xi s t ire m ór gão s c ole t i vo s e /o u co le gi a do s d e dec i s ão e /o u an ál i se ( E xe mp lo s:
Co missão /Con se lho de SST , Comissão /Co nselho da Qualidade, Ambien te e Se gur anç a), a
c o m po s iç ão, r e sp o n s a bi l i d ade s e m o d o s de d e c is ã o dev e m e s t ar igu a l me n te d e f in ido s (SG S,
200 3; APCER, 2001 ).
P re ven çã o
A de fi niç ão c l ar a de q ue m tem au tor i d ade e re spo ns abi l id ade p ar a as d ife ren te s at i vi d ade s d a
SST c ons ti tu i uma peça f un d ame ntal p ar a uma ef ic az promoç ão da Pre ven ç ão.
Re conhe cido e aceite que a pre venç ão de ve ab r an ger to das as esfer as da or gan i zaç ão, é
i m por t an te a co rre t a d ef in iç ão de re spo ns a bi l id a de s e a u tor i d ade a os d i ver so s n ív e is.
E vi dê n c ia
− M a t r i z de R e spo n s a bi l id a de s; e
− M em or an dos , co mu ni caçõe s in tern a s (C I’s ) , c irc u l are s e tc. qu e mo s tre m as no me açõ es d a s
pessoas, a alocaç ão dos recur so s, à d i spon ib i li z a ç ão de eq uip a men to s e in s t al a çõe s e tc .
(SEB RA E, 2 004 ).
− A d e f in iç ão d a s r e s p o n s ab i li d a des e d a a u tor id ade e m m a t é r i a d a S S T p ar a t o d o o p e s so a l
re le van te;
− O pro ces so uti li zado p ar a co mu ni c ar as responsabilidades e auto ri d ade a t o dos o s
t r ab a lh a dor e s e a o ut r as p ar te s in ter e s s ad a s;
− Da par t icipaç ão ativa e apoio da Direç ão e m m a t é r i a de S S T , a to dos o s n í ve i s;
− Do e lemen to no me ado co mo r epresen tan te da Dir eç ão;
− D o re l ato do re pre sen tan te d a gest ão do topo f ace ao dese mpe nho do si s te m a SST.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 35 de 65

N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− N ão se e ncon tr a m docu men t a d a s t o d as a s f unçõ es r ele van te s p ar a o SG S ST .
− Fal ta de e nv o lv ime nto da g e s t ão n o de s e n vol v imen to do Si st em a de Ge st ão da SST , aval iad a,
nor malmente, pela n ão disponibilizaç ão do s rec ur so s cons i der a do s nec es s ár io s.
− N ão co mun ic aç ão das re spons a b il i d ad es e a ut orid a de do s d i ver so s co l a bor ad ore s,
p a rt ic u l armen te o s que d es en vol vem a t i v id a des de m a ior ri s co ou expo s tos a m a iore s r i sco s.
− Po de n ã o ser se mpr e cl a ro q ue m é re sp ons á vel pe lo quê.
E s t a po de s er u m a f alh a co mu m n a d ocu men t aç ão d o s i s te m a que e st á ap en as b as e ado e m
f lu xo gr a m as se m def in iç ão cl ar a de re sp ons a b il i d a des ;
− Po de m n ão t er si do di s pon ib i li zados os re curso s h umano s suf ic ien te s (por e xe mplo, uma
s i t u aç ão em que o ge st or do SST fo i dem i tido e a nova pesso a incumbida não estava
a d eq u ad a men te for m ad a p a r a preen cher o pos t o, um a s i tu a ç ão o nde n ã o h á re cu rso s hu m ano s
s uf ic ien te s o u c a p a ze s p a r a g ar ant i r de ter min a d as m onit or a men to o u co nt rol e d e o per açõe s,
n ão h a ve r rec ur so s p ara a re a l i zação de au d i tor i as internas);
− N um a o ut r a o c a si ão , a ' d ir eç ão ' dec i di u n ã o f in an ci ar o pro gr a m a, qu e e s t a v a a t r a t ar co m o
as pe cto mai s si gn if icati vo d a empre s a (um es tudo p ar a es tabe lece r se o loc al estav a
contaminado);
− A s funç ões d e Re pre sen t an te d a D ir eç ão s ão p a rt i lh a d as por do i s in di v í duo s se m h a ver um a
d ef in iç ão c la r a d as resp ons abilidad es, de modo a as segur ar a cobertur a de todas as funç ões; e
− A s funç ões d e Re pre sen t an te d a D ir eç ão enc on tr am - se a tr ib uí d as a u m a pe ss o a se m o s
co nhec i men to s suficien te s par a a funç ão e se m autor idade r e conhec i da pe los elemen to s da
or gan i zaç ão (SGS, 2 003; APCER, 2001 ).

4 . 4 . 2 C ompe tê nc i a , t re in a me n to e co n s cie nt i za çã o
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A or gani z ação d eve assegu r ar qu e qu alqu er pesso a s ob s eu con tro le qu e r eali z e taref as que
poss am caus ar im pact o n a SS T s ej a compe t e n t e com b as e e m f o r m a ç ã o a pr o p e i ad a,
t r ein am en to o u ex p eriê n ci a, d e v end o r eter os regis tro s asso ci ados .
A o rg a niz a ção d e v e id en ti fi c ar as n e c essi d ad es d e tr e in am en to a ssoc i a d as a o s s eus ri s co s d e
S S T e a s eu si st em a d e g es t ão d a SS T. E l a d e ve for ne c er tre in am en to o u tom ar o ut r a a ç ão p ar a
atender a essas necessidades, avaliar a eficácia do treinamen to ou da a ç ã o tom ad a, e r e t er os
r egis tros asso ci ados .
A or g ani z ação d eve estab el ecer, im pl em en t ar e m ant er pro ced im ento (s ) par a f az er com qu e as
pesso as qu e tr ab al h em sob s eu co nt ro l e es tej am co ns ci en tes:
a) D as cons eq üên ci as p ar a a SS T, r e a is o u po t en ci a is, d e su as at i vid a des d e tr ab a lh o , d e s eu
c o m po r t am en to , e d o s b en ef í c io s p a r a a S S T r esu l t an tes d a m e l ho ria d o s eu d es em pe nho
pesso al;
b ) D e su as f unçõ es e respo ns a b i lid a des e d a impor t ân ci a em a t ing ir a c o n fo rmi d ad e com a
p o l ít i c a e o s pro c ed im en tos d e S S T, e com o s r eq uisi to s d o sis t em a d e g es tã o d a S S T,
in clu indo os requis itos de prepar ação e respos ta a em er gên ci as (ver 4.4 .7);
c) D as po t en ciais cons eq üên ci as d a inobs er vân ci a de pro cedim en tos es peci fi cado s.
O s pro c ed ime n tos de t re in am en to d e v em l e v ar em c o nsi der a ç ão o s d ifer en te s n í veis d e:
a) R e spo ns ab i li d ad e, h ab i li d ad e, pro fici ên c i a em lín gu as e inst ru ç ão ; e
b ) R i s co .
Ob jetivo
Co ns cie nt i zar de q ue d e n a d a ser ve ter um S G S ST defi ni do se o p es so a l q ue de ver i a faz ê - lo
f unc ion ar não te m a s co mpe tê nc i as nece s s ária s , n ão es tão tre in a dos ou n ão e st ã o con sc ien te s
da po lític a da or gan i zaç ão (SGS, 2003 ).
O pe s so al d e ve ser com pe ten te par a de se mpenh ar as t are f as q ue po ss am te r im p ac to p ara a
SST.
A c om pe tênc i a de ve s er de fin i da e m t ermo s de for maç ão acadêmica e prof ission al e /o u
e xp e r i ê n c i a a d e q u ad a .
I n te rp retaç ã o
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 36 de 65

O e sse nc i al d es te re qu is i to n ão é a e l a bor aç ão d e um p l ano de for m açã o, m a s si m a i d en t if ic aç ão


d a s n e c e s s id a de s de f o r m aç ão. O p l a n o é um a conseqüênc ia das ne cessidade s e um meio par a
s a t i sf a zê - l as .
É i gu a l me n t e e ssen c i al a def in iç ão c l ar a d a s q u al if ic açõe s (por e xe mp lo, fo rm a ç ão es col a r e
p rof is s ion a l, e xper iên cia p ro fi s sio na l e t rei n am en to ) qu e a o r g an i z aç ão con s id er a co mo m ín ima
p ar a um co l abo r ado r p o der des em penh ar u m a f unção se m pôr em r is co o d e sem penh o
a m b ie n t a l e o s c o mpr o m i s so s l e g ai s e vo lu n t ár io s a ss u mid o s , me smo q u e o per f i l d e f in i do n ão
c o r r e spo n da a o p e r f i l d o a t u al d eten tor da fu nç ão. N ão s e e s que cer de q ue perf i s in adeq uados ,
p rin ci p a lmen te e m re l aç ão ao s re qu i si to s def in id os, de vem t er as so ci a do s pl an os de for m açã o e
t re in a men to.
A i den t if ic aç ão d as nece ss i d ad es de f orm aç ão p ode ser fe it a at r avés de du as fo nte s pr in ci p ais :
− A p rime i ra é a def in iç ão d as q ua l i f i c açõ e s m ín i m as e xi g i d as p ar a t o d a s a s f un ç õ e s c o m
potencial para caus ar riscos si gn if ic ativos. Como j á foi afirmado no subite m 4.4.1, a descriç ão
de f unçõe s de ve inc luir o s re quisito s mín i mos par a as funçõe s.
E s t a i den ti fi c aç ão d as ne ce ss i d ad es é d e al gu m a f o r m a , au to mát i c a. P o r e xe mp l o , se u m
f unc ion ár io v a i p a ss a r a e xe cu t ar o ut r a t a ref a p a r a a q u al e s t ão def ini d a s qu a li fic aç ões qu e e le
n ão pos s ui e n t ão e s s a é u m a n e c e s s i d ade i de n t if ic ada e de ve estar co ntemplada no plano de
fo rmaç ão.
− A seg u nda é a análise das neces sid ade s de for m aç ão nos d i vers os níve is da or gan i zaç ão que
desempenham f unçõe s c om inc i dên c i a a mb ie n t a l, q ue p o de r á se r f e i t a d as m a i s v ar i ada s
f o r m a s, m as g a r an t i n d o s e m p r e a j u s tif ic aç ão d as n ece ss idades apontadas.
A i de n t if ic aç ão de uma f o r m aç ã o e spe c í f i c a p a r a u m gru po de o pe r ár io s, p o r e xe mp lo , pe lo
s eu su per ior h ier ár qu ico, de ve e s tar de vi d a men te fun d am en t ad a , por e xe m plo , e m pro b lem a s
e x is ten te s n a á re a (n úm ero de v ez e s que v a lor e s l im i tes d e e m is são s ão u l tra p a s s ad o s ), n a
in tro duç ão de no vas tecn olo gias (por e xe mplo, e le tro filtro s), n a in tro duç ão de no vo s mé todos
de tr abalho (por e xemplo, no vo eq ui p a men to ), na in tr od uçã o de no vo s
p roce d ime nt o s/ a l ter aç ão a os exi s ten te s ( por exe mp lo, quan do d a imp le men t aç ão do s is te ma ) ,
n a a l ter ação d a imp l an t aç ão d u m a linha, n o es tab ele ci ment o / al te r aç ão de c ir cu i to s
d oc ume nt ais , n a in tro du ç ão d a in for m atizaç ão de alguma atividade, etc.
C aso as at i vi d ade s co m r i sco si gn if icat i vo sej am de sen vo l vi d as por co l aborad ore s
subcon tr atados, o levan t amen to de ne ce ssid ad es de ver á s er igu almen te ass eg urad o.
Par a o le van t amen to de ne ce ssidades po de m se r co nsider adas, além do conhec i men to dire to,
o ut r as fon te s d e in form a ç ão:
− C o n s t a t aç õ e s d e au di tor i as realizadas;
− Não conf ormidades detec t adas;
− Ocorrê nc ia de ac iden tes ou situaçõe s de emergênc ia;
− A ç õ e s c o r r e t i v a s des e n c a de a d as ;
− Re clamaçõ es;
− A n ál i se s e f e t u a d a s q u an do d a r e vis ã o d o s i st e m a de ge s tã o d a SST.
S i t u açõ e s qu e po de m igu a l me n te s e r c o n s i de r a d as s ão :
− N o vo s mé todos de tr abalho ;
− Re a lo c aç ão d e pe s so a s ( t r an sfer ênc i a s in te rn as ) ;
− A d m is s ão de n o vo s c o lab o r ad o r e s, a t ít u lo p e r m a n e n te ou t e mpor á r i o; e
− A o bri g a tori ed a de de cu m pri men to de req ui si t os es pec ífi co s sej a m e le s int erno s, con tr a tu a i s,
re g ul a men ta re s o u le gai s.
Co nsider ando o que fo i expo sto, n ão é normalmen te ace i táve l qu e o pl an o de formação sej a
e l abo r ado a p e n a s a p a r ti r do s c a t á lo go s c o me r c i a i s d is po n í ve i s, sem u m a ad e q u ad a
ide ntif ic aç ão das nece ssidades nos ter mo s j á ref erido s.
S e gun do o en unc i ad o d es te re qu i si to , os p l ano s de fo rm aç ão d e vem inc lu ir f orm as de
co ns cie nt i zaç ão do s e le men to s d a or g an i z aç ão o u s ub con tr a t a dos par a:
− O s r e qu i si to s d o s i st e m a de ge stão ambiental;
− O s imp ac tos ambi en tais s i gn if ic ativo s (atu ais o u po ten ci ai s ) d as s u as ati vi d ade s;
− O s seu s p apé is e r e spo n s ab i li d a des n as s i tu açõ e s de r e spo s t a à e m e r g ê n c i a; e
− A s con seq üên ci a s de não re s pei t ar o s pr oce dim en to s oper ac ion a i s e st a be le ci do s.
O p l ano dev e pre ver a re v is ã o de for m a a inc lu ir a s açõ es n ão pre v is tas q u and o d a e l abor açã o do
p l ano in ic i al o u p ar a r e p r o gr am a r a ç õ e s.
D e vem ser m a n ti do s r e g is tr o s apr o pr i ado s (ve r s ub i te m 4 . 5 . 3 ) d as a t i v i d ade s a f e t a s à f o r m a ç ão
( E x e m pl o s: i de n t if ic a ç ão d a s n e c e ss i d a de s de f ormaç ão, plano de formaç ão, sumár ios das ações
d e for m aç ão, l is t a de pre senç as, cer t if ic ado s d e p ar t ic ipaç ão, es colar id ade e t c.).
A f o r m aç ão d e c a d a c o lab o r ad o r de ve ser e v ide n c i á ve l ind i v id u a lmen te .
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 37 de 65

Quan do a for m aç ão inclui uma experiência pr átic a impor t an te, por e xe mplo, seis mese s no po sto
d e tr a b al ho, de ve e x is ti r um re l a tór io co mprov a n do que a p e ss o a em q ue s t ão e s t á e m con di çõe s
de de se mpenh ar as funçõe s previstas. Esta é uma forma de evidenciar que a for m ação foi
ef etuada.
Quan do a e mpr esa está implemen tan do os pr oce d imen to s de for m aç ão, na m ai or i a d as
s i t u açõe s, m u i tos func ion ár io s n ão f req üen t ar a m curs os de form a ç ão nece ss á rio s à s u a
q u a li f i c aç ão . N e s te s c a s o s , é aco n se lh á ve l qu e a empresa e fe tue a “re cuper ação ” po ssível da
q u a li f i c aç ão , n e m q ue s e j a a p ar ti r do c o n h e c imen to dos re spo ns á ve is co m m ai or an t i gu id a de
(SGS, 20 03; APCER, 2001 ).
A for m aç ão p ode ser enc ar ad a sob re o s se gu int e s pon to s d e vi s t a:
a) P e s so a l c o m pe te n te n a s t a r e f a s qu e po s s am ter i mp ac to s o br e o s r i sco s
P ar a que um a or g ani zaç ão po ss a d a r re spo s ta a e st e req u is i to é nec es s ár io def in ir q u a is
a s t a r e f a s q u e p o s s am t e r i m p ac to n a S S T e qu a is as co mpe tênc i a s nec ess á r i a s p ar a
e xec u t ar aqu el as t aref as .
A co mpe tênc i a ne ce ssár i a é def ini d a pe l a org a n i z aç ão e de ve ter e m con t a a fo rm aç ã o
acadêmica e profissional (Sab er – S a ber ) e /o u de e xp er iênc ia adequada face ao risco e
at i v i d ade ( Sab er – F azer e S aber – E s t ar / Ser ).
b ) Co m preen são e sen s ib il i z aç ã o do si s te m a e f orm a ç ão e spec íf ic a
O s tr a b alh ad ore s e m c ad a ní ve l e fu nç ão re le van te de ve m e s t ar s ens ib i li z a do s par a:
- A cre d ib il i da d e d o s i ste m a (Po l ít ica , P roce d imen to e Req ui s i to s );
- A s su as re sp ons ab il i d ad es e au tor id a de r e l a t i vam e n te à seg u r a n ç a;
- A s po tenc iai s c ons eqü ênc i as deco rren te s do n ão c u mp ri men to do s do cu men to s do
s i s te m a.
c ) F or m aç ão so bre r is co s e me di d as d e con tr ole, p ar ti cu l arm en te
- S ob re as con seq üên ci as re a is o u po ten c i a i s das s u as a t i vi d a de s;
- S o b r e pe r i go s e r is c o s d a s su a s a t ivi d a de s;
- S ob re o s bene fí cio s do s eu de se mpenh o in d i vid u a l;
- S ob re a an ál i se e con tro le de r is cos e m ed i d as d e pr evenção.
A ge st ão da f or m aç ão d e ve t er em c ons i deraç ão as responsabilidad es, as competências e os
r is co s. A form aç ão de ve, t ambé m, tr an s mi t ir pad rõe s d e co mpo rt amen to.
P re ven çã o
U m do s pr inc í pio s d a Pr evenç ão é o dir ei to à f or m aç ão. A cu l tura d a s e guranç a f a z -s e c om
m u i t a per se ver an ç a e for m aç ão . A in formaç ão, sen s ib i li zaç ão e for m aç ão d ir i gi d a ao s
t r ab a lh a dore s sobr e per i gos , r is cos e me di d a s d e pre venção é es sen ci a l p ar a a efi c a z def in ição
e implementaç ão do Sistema SST.
E vi dê n c ia
− R e qu i si to s d e c o mp e t ê n c i a p ar a f un ç õ e s in di vi d u ai s;
− A n ál i se d as n e c e s s id a de s d e f o r m aç ão;
− P l ano s de tre in a men to;
− A v a l i açõe s /at a s de r eun i ão p a r a lev a n t am en to d a s n ece ss id a de s;
− Re gi st ros de e du c aç ão (e sco l ar id ad e );
− Re gistros de tre in amento, listas de presenç a; e
− Avaliaçõe s da ef ic ác ia de tre in amen to s (SEB RAE, 2004 ).
− For m aç ão p ar a o s tr ab alh adore s t e m por ár io s e outr os (subcon tratados) de ac or do com o
n í vel de r i sco s que e s tão e x pos to s;
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− Po r ve zes uma empre sa po de "compr ar conhec i men to de SST", isto é, re correr à con sultor i a.
Isto é perfe i tame nte ace i táve l, mas, prec isa ser rec onhe cido e man t ido pe lo SST, inc luin do
qualquer for m aç ão relevan te o u registro de co mpe tê ncia, relacion ado s com esse fato. Mais, a
e mpr es a nece s si t a de id en ti fi c ar o q ue de ver á s er fei to em t er mos de for m aç ão, q u an do j á n ão
p o s su ir o ap o io do s c o n su l tor e s, c a s o s e j a e ssa a o pç ão ;
− Co mo se ver á po ster iormen te é nece ssár io h aver um conhe cimen to da OHSAS 1800 1 até c omo
b a se p ar a as a u d it o r i a s i n ter n a s. Es t a q ues t ão p od e n ão s er c ober t a e os a u di tore s in terno s
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 38 de 65

p o de m s ab e r m u i to b e m c o m o au di t ar p or form a a ver if ic ar o c um pr i men to d os


proce d ime nto s, mas, po de m n ão ser c apazes de ver if ic ar se os próprio s pr ocedimen to s e o
siste m a estão e m co ncor dânc ia c om a OHSAS 180 01;
− E m v á ri a s oc a s iõe s, des co bre -s e qu e o pe s soal n ão t e m co nhec i men to ne m e st á t re in a do p a ra
o s pr oce dim en to s de e mer gên ci a re le v an te s;
− O conhe cimen to e c on sc ien tização do s cr itér io s de n ão c onfor midade e do s proce d imen to s
p o de m ser i n su f i c i e n t e s . Es t a c irc u ns t ânc ia l e v a a q ue n ão s e j am reportados problemas e, mais
t a r de , à r e p e t i ç ão des se s m e s mo s p rob le m as , e m ve z d a su a pre ven ção;
− Ocas ionalmente, a avaliaç ão dos perigo s falha ou n ã o c a p t a q ue stõe s i mpor tan te s, de vid o à
f a l t a d e form a ç ão o u de c om pe tênc i a p or p ar te do s q ue exec u t am e st e p roce s so v i t a l; e
− P ar a a c er tif ic aç ã o é e xi g i do que t o do o p es so al ten h a c o n sc iê n c i a d a P o l í ti c a, d o s O bj e t ivo s e
dos Per i gos Sign ificativos associados às suas f unçõe s. De sco bre -s e f req üen te men te que a
l oc a li z a ç ão e o c on teúd o d a Pol í t ic a s ã o des conh ec ido s e a s pe s so as n ão t êm co ns ciê nc i a d e
q u ais o s per i gos e ri sco s s i gn if ic ati vo s re l ac ionados com a sua atividade do dia-a-dia (SGS,
200 3; APCER, 2001 ).
− E m b o r a te n h a s id o d ad a f o r m aç ão de c ar á ter ge r al acerc a do Sistema de Ge s tã o d a S ST , n ão
e x is te m re gi s tro s q ue co m pro ve m q ue o pe s so a l q ue e xec u t a t ar ef as a s soc i a d as a r i sco s não
a c e i t á ve is, p o s su i a competência adequada.
− A l g uns tr a ba l h ad ore s de scon hecem o s pro ced i men to s e o s req ui s i tos do S i s tema de Ge s t ão d a
S S T q ue lhes s ão ap li c áv e is, o q ue e v ide nc i a qu e a or g an iz a ç ão n ão a s se g ur a qu e e s te s e st ã o
co ns cie nt es d os ri sco s d as su as at ivi d ade s.
− A s f o r m a ç õ e s d a d a s aos t r ab a lh ador e s r e c e n te me nte admitidos, de uma fo rma ger al, e ao s que
l i d a m c o m s i t u açõ e s de r is c o e l e va d o , s ão r e al i z a do s p as s a do s a l gun s me se s da d a t a d a su a
admissão .

4 . 4 . 3 C om u ni caç ã o, pa rticipa ção e consulta


4 . 4 . 3. 1 C om u n i caç ã o
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
Com r e l a ç ão aos s eus p er igos de SS T e ao sis t em a de g es tã o da S ST, a org a niz a ç ão d e ve
es t ab el ecer, impl em en tar e m ant er pro cedim ent o( s) par a:
a) Comunicação interna entre os vários níveis e funções da organização;
b ) Comunicação com terceirizados e outros visitantes n o l o cal d e t r a b alh o ;
c) R e c eb im ento, d o cum ent ação e resposta a comunicações per ti nentes or iund as d e partes
i n t er es s a d as e xt er n a s .
Ob jetivo
A nor ma reco nhece a ne cessidade da or ganizaç ão se cer t if ic ar qu e a i nf orm aç ão é ef et i vam en te
co munic ada, tan to den tro da empre s a, como a en tidade s extern as, co mo por exemplo, a s
a u to r i d a des c o m pe te n t e s, a c o mu n i d a de loc a l o u " gr u po s de pre s s ão ", o u s e j a, a s par te s
in tere ssadas (SGS, 2003 ).
I n te rp retaç ã o
E s te r e q ui s it o inc lu i do is t i pos de c o m un ic aç ão n o q ue d i z r e s pe i to ao s per igo s e ao pró pr i o
s i s te m a de g e st ã o d a SS T, a comunicaç ão interna e a comunicaç ão externa.
A com un i ca çã o in t e rn a, en tre os diver so s n í veis e f unçõ es re lacion ados com o ambien te, tem
como objeti vo facilitar o entendim ento e a co o pe r a ç ão m út u a de t o do o pess o al e n vo l vi do n o
desempenho do SST. De ver á ser elabor ado um pr o ce di men to on de sej am es t abelec i do s o s me io s
de co munic aç ão inte rn as fo rmais (or den s de ser viço, memor an dos, e tc. ) e inf ormais (jorn ais
i n terno s, int r ane t, pl a ca r, e t c. ) e re spe c ti vo s re g is tr os.
É requer ido e en f atizado o e nvolvimen to, mo ti vaç ão e p ar t ic ip aç ão do s tr ab alh ad ore s.
“ O s tr ab alh ador es d e ve m:
− S er en vo l v id os no d esen vo l vi men to e n a re vi são do s pro ce di men to s d e ges t ão de r i sco s;
− S e r c o n s u ltad o s so b r e t o d as a s mudanç as que possam afetar a SSO;
− E s t ar inform a do s a r es pe i to de qu em s ão o s rep res en tan te s do s tra b a lh a dores e m m a téri a d e
S S T e que m s ã o (s ã o ) a (s ) pe s so a (s ) nomeada(s) pela ge stão de SST. “
A c om un i ca ç ã o ex t e rn a de ver á ser en ten di da e m du as v er ten te s, o tr atamento das e xigên cias
d a s p ar te s in tere s s ad a s e x tern a s e a co m uni c aç ão e x ter n a v o lun t ár i a.
No pr im eir o c aso, de verá s er d ado e spe ci al des t aqu e:
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 39 de 65

− Às co municaçõe s obrigatór i as c om os ór gão s of ic iais, pr inc i palmen te, no que diz re speito à
i nfor m aç ão d o au tocon tro le dos p eri go s (E xe m pl o r e g is tr o d e a c i de n te s e i n c iden t e s,
re l atór io s de abse nt eí sm o, e tc. );
− E m r e l aç ão à s i n f o r ma ç õ e s per ió di c as e o b r igatór i as a fornecer aos ó r g ão s o f i c i a i s, é
re com end áve l a e l abor aç ão de u m a t abe l a, ou qu adro, co m i ndi c aç ão d a b ase le gal, do
conteúdo, forma e per iodicidade da informação, bem como das responsabilidade s pelo
r ecol h i me nt o dos d ados , tr at ame nt o, en v io e co nt rol e; e
− À s for m as d e tr atar os p ed i dos de info rm aç ão pro ven ien te s d a s p ar te s i nte ress a d a s e x tern a s,
assegur ando a resposta a r eclamações e a for m alizaç ão dos processos adotados par a a sua
recepç ão, tratamento , re spo s t a e re spe c ti vo s re gis tr os.
E m p ar ti c u la r , a c o m un ic aç ão através das suas diver s as formas, de ve tr a du z ir -se, e fe ti v a men te,
n a po s si bi li d a de de o s e m pre ga d o s e as p ar te s in ter e s s ad a s p o de r e m manifestar as suas
p r e o c up aç õ e s (i n c lu in do e ve n t uai s re sp os t as a re cl am ações ).
E m to d a s as co mun ic açõe s de vem se r m an ti do s re gistro s/e vidên cias (ver subitem 4 .4.3 ) (SGS,
200 3; APCER, 2001 ).
E vi dê n c ia
− M e m o r an do s , b o l e t i n s , c ar t a s, c o m un ic aç ões i nt ern a s (C Is ) , ci rcu l are s e tc. sobre f a to s de S S T
da or gan i zaç ão;
− Panfletos, car t azes, jornais e outr as formas d e co mu ni c aç ão in tern a e ext ern a sobre o
desempenho de SST da or gan i zaç ão; e
− Re l atór io s e o u tr as for m as de infor m aç ão às p art es in tere s s ad as i nt ern as e e xt ern as (SEBR A E,
200 4 ).
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− Po r v e zes não e x is te nenh um pro ced i men to doc um en t ado q ue c ub r a es se req ui s i to;
− As co municaçõe s inte rn as, jun t amen te co m a for m aç ão, são os mecan ismo s que gar an tem a
co nscie ntizaç ão do pesso al re lat i v a m e n te ao S G S S T e à s q u e s tõ es r e l ac i o n a d as c o m a e m p r e s a
e c o m o tr ab a lh o i n d i vi d u al d e c ad a u m. O s p r o b le m as n e s t a áre a m a n i f e st a m- s e mu i t as v e ze s
n a f a l t a de co nhec i men to de a lt eraçõe s d a l e g i s l aç ão e n a s s uas conseqüênc ias;
− C o m un i c aç õ e s E xt e r n as - s ã o tes ta d a s por vez e s e m en tre vis tas co m o pe ss o al, nor malmente o s
que represen tam o primeiro con tato co m a e mpr esa (ex.: rece pc ion istas, vendedore s, pesso al
d e m arket in g ), p ar a gar an t ir q ue e le s es t ão co ns cie nt es d a n ece ssi d ade de ass e gur ar que as
que s tõe s de SST, rec lamaçõe s e e sc l arec imen to s são de vidamen te tr atado s e dire cio n ado s à
pessoa cer ta, que ir á iniciar desencadear a eve n t u al açã o n e c e ss ár i a. N ão é i n c o m u m e st a s
p e s so a s n ão ter e m c o n h e c ime n to d a s s u a s r e spo n s a bi l i d ade s n o e n c a m in h a m e n to des t e s
e sc l arec imen to s, re clamaçõe s ou pedidos, par a o r ece ptor corre to; e
− D ec is ão acer c a d a di sp oni b il i d ade de in form açõe s do SG SST - m ui t as ve zes n ão é re gi st r ad a.
A l g um a s vez e s s ão r e g is t r ad a s n a s m in u t as d a R e visão pela Direç ão, o utr as nos proce d ime nto s
da co mun icaç ão (SGS, 200 3; APCER, 2001 ).

4 . 4 . 3. 2 P a r t i c ip a çã o e c o n s u l t a
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A o rg an iz ação deve estab el ecer, impl em en t ar e m an t er procedim en to (s) par a:
a) A p ar ti ci p açã o dos tr ab a l h ador es a t r a vés d e :
− Seu envo lvimento apropriado na identificação de perigos, na avaliação de riscos e na
d e t ermin a çã o de con tro l es;
− S eu en vo l vim en to a prop ri ad o n a inv e s tig a ç ão d e in ci dente s;
− S eu en vo l vim en to no des en vo l vimen to e an ális e cr íti ca das po l íti cas e obj eti vos de S ST;
− Con su lt a quand o exi st irem q u aisq uer m ud an ç as qu e af e tem su a S ST ;
− R e pr es en t a ção n o s ass un to s d e S S T.
O s tr ab a l h ado res d e vem s er in form ado s sob re os d et al hes de su a par ti ci p a ç ão, i n c luin do
qu em é (s ão ) s eu (s ) r e pre s en t ant e (s) nos assun tos d e SS T.
b ) A co nsu lta aos ter cei riz ados qu ando exis tir em mud an ças qu e af etem su a SST.
A or gani z ação d eve ass egur ar qu e, qu ando apro pri ado , as partes in teress ad as extern as
p e rt in ent es s e j am consu l t ad as so b r e as sun to s d e SS T rel e van t es.
Ob jetivo
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 40 de 65

A o r g an i z aç ã o de ve i n c e n t i v ar a p ar t ic ip aç ão n a m e lh o r i a d a S S T, d i vu l g ar a s u a p o l í ti c a d a S S T
e o s se us ob je ti vo s d a SST, p ar a to do s o s co lab or ad ore s afe t ados , at r avé s de um proc es so de
co nsulta e co mun ic aç ão.
I n te rp retaç ã o
É requer ido e en f atizado o e nvolvimen to, mo ti vaç ão e p ar t ic ip aç ão do s tr ab alh ad ore s.
“ Os tr ab alhadores deve m:
− S er en vo l v id os no d esen vo l vi men to e n a re vi são do s pro ce di men to s d e ges t ão de r i sco s;
− S e r c o n s u ltad o s so b r e t o d as a s mudanç as que possam afetar a SST;
− Estar informado s a re speito de que m são os re presentantes dos tr abalhadores em matér i a de
S S T e q u e m é ( s ão ) a ( s ) p e s s o a ( s ) n o me a d a (s ) p e l a ge s t ão “
São co ns i der ad as d u as d i s ti nt as f ace tas de con sulta e comun ic aç ão:
I n t e rn a : que proc ur a asse gur ar que o s proce d ime nto s, ações e r esultados são
ef etivamente divulgado s e co mpr e e n d id o s p e l a o r g an i zaç ão .
E x te r n a : inc orpo r a os me s mo s p rin cí p ios , m a s r e l a t i vam e n te à c o m u n i d a de l o c a l,
i n s t i tu iç õ e s r e g ul a dor as , s in d ic a to s e r e s t an tes p ar te s in ter e s s ad a s.
A ge s t ão da co mun ic aç ão e x tern a de ve e s t ar do cu men t al me nt e e s t ab ele ci d a ass e gur an do -s e,
pelo menos, a divulgação dos ac i de n te s gr a ve s à s a u t o r i dad e s e d a s m e d i d as m ai s i m por t ant e s
q u e e s t ão a s e r i m p l e me n t a d as p ar a m e l h o r ar o si s te m a SST .
E vi dê n c ia
− Re un iõe s en tre a D ireç ão e o s tr ab a lh a dore s a t r avé s de co nse lho s ou co missões da SST e de
ór gão s si m il are s;
− P ar t ic ip a ç ão do s t r ab a lh a dore s n a i de nt if ic a ç ão de p eri gos , a v al i aç ão e c on tro le d e r is cos ;
− No me aç ão dos repr esen tan te s do s tr ab alhadores par a a SST;
− Instr uções divulgadas aos trabalhadores e outr as par tes interessadas , tais como
subcon tr atados ou visitan te s;
− M é tod os e fl u xo s co mun ic aç ão qu e fo r am i dent i fi c ad os e e s t abe lec i do s;
− C o m u n i c aç ã o c o m a s p a r te s i n t e r e s s a d a s e m situaçõe s nor mais, an ormais e de emer gênc ia.
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− O s tr a b alh ad o r e s n ão são e n vo l v ido s n o s pr o c e ss o s de ges t ã o do s r i sco s.
− E m bor a ten h a e x is t i do c o m un i c aç ão e x ter n a n ã o s ão m an t i do s r e g is tr o s des s a s at i v i d ade s.
− N ão s e enco nt r am im p le men t ad os pr oce di me nt os p ar a co mun icaç ão in ter na d as m atér i as
re le v an te s p a r a o Si s tem a de Ge stã o d a SST.
− O s tr a ba lh ad ore s n ão for a m inform a do s ace rc a de q uem s ão o s se us r epre sen t an te s p ara o s
a s s un to s r el a c ion a dos co m a S S T, e s ta comuni c aç ão é i mp or t an te p ar a po s si b il itar a qu alqu er
t r ab a lh a dor, f a zer c he g ar à D ireç ão , q u alq uer a s sunt o que con si der e re le v an te p ara a
s e gur an ç a e s a ú de .
− A s e n t id a des s u bco n tr at a d a s, n ão for am informadas dos riscos associados à sua inter venç ão na
or gan i zaç ão, de scon hece ndo os proc edimen tos in te rno s ado t ado s.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 41 de 65

4 . 4 . 4 D o c um e n t a çã o
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A do cum en ta ç ã o do s iste m a d e g es tã o d a S S T dev e in c lu ir:
a) A po líti ca e o s ob jeti vos de SST;
b ) D es cr i ção do es c opo do s is tem a d e g es t ão d a SS T;
c) D es cr i ção dos pr in ci p ais e l em en tos do sis te m a d e g es t ão d a S ST e su a int e r a ção, e
r ef er ên ci a aos do cum ent os as so ci ado s;
d ) Do cum entos, incluindo r egis tros, exigi dos por es ta Norm a OHSA S;e
e) Do cum en tos, in clui ndo r egis tros, determ in ados pela o rgani z ação como s endo necess ário s
par a ass egur ar o pl an ej am en to, oper ação e con tro l e ef i caz es dos pro cesso s qu e es t ej am
asso ci ados à gestão d e s eu s ri s cos de SST.
NOTA - É importante que a documentação seja proporcional ao nível de complexidade, aos perigos e riscos
envolvidos, e que seja mantida na quantidade mínima requerida para sua eficácia e eficiência.

Ob jetivo
Ne s te req uis i to a nor ma p re ten de q ue se forneç a u m "ro te iro " que esc l areç a co mo é q ue o SG S S T
d a s u a org an i z aç ão se en con tr a r el a c ion a do co m a OH S AS 18 001 e co mo é q ue e ss e si s te ma , ou
o ut r o s i s te m a de ge s tã o , d á r e spo s t a aos r e q u is i to s d a n o r m a ( SG S, 2 0 0 3 ).
A or g an i z ação de ve doc um en t ar e m a n ter a t ual i z a d a to da a d o cu men t aç ão nece ss á ri a p ara s e
as se gur ar q ue o se u Si st em a d e Ges t ão d a SST sej a ad eq u ad ame nt e co mpr een did o e
ef ic azmen te implementado.
I n te rp retaç ã o
A do c u men t a ç ão de ve d e s c r e ver o s e l e me n t o s e ss e n c i ai s d o s i s te m a e a su a in ter aç ão ;
U m s i s te m a de ge s t ão d e S S T po de s e r e n ten d i do c o mo o c o n j un to d a e s tr ut ura o r g an i z ac i o n a l,
d os pro ced im en to s, d os pro ce sso s e do s rec urs os nece s s ár io s p ar a imp le men t ar a ge st ão de SST.
Assim sendo, a sua doc ume ntaç ão de ve c ont emplar to das as funçõe s e atividade s que
co ntri bue m p ar a o cumpr i men to dos re qu i sito s e s pec if ic ado s, con sti tui ndo um r etr ato fi el da
realidade da empr esa.
A def in iç ão do si s te ma de ges t ão d e SST e d a s u a es tr ut ur a do cu men t al deve ade qu ar- s e às
c ar a c ter ís t ic a s de c a da or g ani z a ç ã o (es tr u tur a or g ân ic a, d i men s ão, r ec ur s os, cu l tu r a ), ao s se us
p r o c e s sos , p r o du to s, s e r v iço s, c l ien te s, mer c ado s, f o r n e c e do r e s e sen s ibi l i d ade d o m e io
en vo lven te.
A abr angência da documentação do sistema de ges t ão de SST de ve ser s uf ic ien te p ar a
co ntemplar to das as funçõe s aplic áve is da nor ma de r eferê nc i a pod en do, n o en t an to, ser m a is
a b r an ge n te e m f un ç ão d e s i tu a ç õ e s c o n tr a t u ais e s pec íf ic as .
A es tr u tur a d oc ume nt a l n ão p as s a o bri g a tor i am en te p el a e l abo r aç ão d e u m m a nu a l de ges tã o de
SST. No e ntan to, de ve ser estabelec ida de uma for m a ló gic a, h ier ar quizada, coere nte (sem
o missõe s ne m sobr eposiç ões) e per mitin do a in te gr aç ão de to dos os doc umen to s re le van te s do
s i s te m a. Por h ier a rqu i za ç ão en tend em - se com o sen do a c l a ss if ic a ção por or dem d e i mp ort â nc i a
d os do cu men to s (co m n í vei s ) e a su a in ter l i g aç ão o bje t i va.
A nor ma n ão e xige a e labor aç ão do manual da SST.
Caso a or gan i zaç ão opte pe la e labor aç ão do manu al de ge st ão de SST po der á ter e m con t a o s
se guin te s elemen tos:
− I nd ic aç ã o do o bje t iv o e c a mp o de a p l ic aç ão do si s te m a de ge s t ão d e S S T;
− D e s c r iç ão , h is tó r i a, a t ivi d a de s e l o c a i s d a o r gan i z aç ão ;
− P o l í ti c a de S S T;
− A pre sen t açã o d a s u a e s tru t ur a or g ân ic a, de fo rm a a ser perc ep t ív e l o f unc ion a men to d a
or gan i zaç ão, com par ticular ê nf ase n a funç ão de gestão de SST; e
− I n c lu s ão o u r e f e r ê n c i a a p r o c e d i me n to s do s is tem a de ge s t ão de SST , re l ac ion an do -o s co m o s
r e qu i si to s de c a d a um a d a s f un ç õ e s a p l ic á ve is d a n o r m a de r e f e r ê n c i a.
C a so n ão sej a e s t a a o pç ão, é im por t an te a e laboração de uma matriz que demonstr e o mo do
co mo às f unçõ es da nor ma são re spondidas.
B a se ad o n as e x per iênci a s d os S i s te m as d a Qu a l id a de e a p l ic an do o s me sm os p r inc íp io s d e
h ie r ar qu i a, p o de ser u ti l i z a d a a seg u in te e s tru t ur a doc um e n t al :
N í v el 1 – Doc u men to qu e de sc re ve a S S T, por e xe mp lo, o m a nu a l de S S T;
N í v el 2 – Proc edimen tos do Sistema de Ge stão da SST;
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N í v el 3 – Proc edimen tos ope r ativos e /ou In struções de trabalho documentadas;


N í v el 4 – R e g is tr o s d a S S T.
E n ten de -se c o mo m anu a l d a S S T, u m d oc umen to q ue de scre ve o si s te m a de S S T e a form a
co mo a o rgan i z aç ão c um pre co m os req u is i to s a p l ic á ve is , o qu a l po de co nt em pl ar:
− A Política da SST;
− O âm bi to e c amp o de ap l ic aç ão do s i s te m a de SST;
− De talh es da or gan i zaç ão, r es po n s ab i li d a de s e a u to r i d a de;
− D e s c r iç ão do s e le m e n to s f un d a me n t a is do si ste m a S S T (ex : p roce s sos ) e s u a s in ter aç ões ;
− A t i v id a de s e s t abe lec i das p ar a d ar c um p r i m e n t o ao s r e q u i s i to s n o r m at i vo s;
− I n f o r m aç ão s o br e a do c u men t aç ã o d o s i s te m a .
Co ns i der a -se q ue o s pro ced i men to s s ão u ma p a r te re le v an te do s i s te m a doc um en t al já q u e
c o n s t i tue m a doc u m e n t aç ão de b a se p a r a t o do o planej amen to , e xec uç ão e ver if ic aç ão das
ati vi d ade s re le van te s par a a ge s t ão de SST. O co njun to do s pr oce dimen to s do cu men t ado s de ve
re sponder a todas as fun çõe s/re quisito s da nor ma de refer ênc ia, e m e spe cial quando
fo rmalmen te e spec if ic ado no s pr óprio s re quisitos.
O s pro ced imen to s de ter m in am “q ue m” f az “ o quê ”, “qu ando ”, “on de ”, “po r q uê ” e “c omo” .
Po der á ser co nveni en te a de scr ição do “co mo ” nu m t ipo di feren te d e d ocu men to s ( Ex em p lo s:
i ns tr uç ão de t r ab a lho, p ro ced i men to ope r at ivo ) desde que sej a clar a a sua ligaç ão com os
an ter iore s. O s proce d im en to s pod em , i gu alm en te, re me ter p ar a doc u men to s d e or igem e xtern a
( E x em pl os: nor m a s, e spec if ic a çõe s d e c li en tes , l e gi s l aç ão ) o u in te rn a (p or e xe mp lo, i mpre s sos ) .
E s te s pro c e d i me n to s e s c r i to s de ve m te r a tual i z aç ão per m anen te, co rre spon den do de f ato às
p r át ic a s se gu i d as n a r e a l i z aç ã o d as atividades a que dizem respeito.
O con te údo, e x ten s ão e d e t alh e dos pro ce di men to s de vem t er e m atenç ã o:
− A co mp le xid ade do tr ab alho (neces s i d ade de p orm enor i zaç ão );
− A f o r m aç ão d o s u ti l i z ado r e s ( qu a li f i c aç ão n ec e s s ár i a p ar a a r e a l i z aç ão d a s t ar e f as).
A documentaç ão consider ada pode ainda incluir: in for ma ç ão so bre o pro ces so, o rg a no gr am a s,
nor mas intern as e plano s de emergênc ia das in stalaç ões (SGS, 20 03; APCER, 2001 ).
E vi dê n c ia
− D oc ume nt o o u m an u al q ue d ê um a v i s ão g l ob a l d a org a n i z aç ão e d a d ocum en t aç ão d o
S i s te m a d e G e s t ão S ST;
− Pr oce dimento s, In str uçõe s de tr abalho;
− L e i s e r e g ulam e n to s apl i c áve i s;
− Re gistros.
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− O s e le men to s e sse nc i ai s do S is tem a de Ge stã o d a SST e n c o n tr a m-s e d o c u men t a do s de f o r m a
d i sp ers a, sem u m a l i gaç ão cl ar a. Ref eri mo -nos ao mo do co mo e s t ão re l ac ion a do s o s req uis i to s
d o s i stem a e qual a d o c u me nt aç ão qu e a e mp res a dec idi u de fin ir par a s upor t ar es se s me smos
r e qu i si to s.
− Não é fe ita a ref erênc ia cr uzada co m os proce di me n to s d o Si s te m a d a Qu a l id ad e o u de o u tr o
s i s te m a de g e st ã o, q ue e xe cu t a m o u apó i a m p a rt e do S G S ST (e x. : co nt rol e de doc um ent o s,
co ntrole de re gistr os, plano s de emer gên cia);
− O s me io s p a r a a re al i z aç ã o d e p a r te dos re qu i si to s d a O H SAS 180 01 não s ão cl aro s,
n o r m a l m e n t e , o s mei o s de c o n f i r m a ç ão dos c u m pr im en to s l eg a i s e com un icaçõe s e x tern a s,
re l ac ion a d as co m o s R is co s Si gn if ic a t i vos ; e
− Pr oce dimento n ão auditável - n ão def ine c omo são fe itas as co isas (SGS, 2 003; APCER, 2001 ).
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4 . 4 . 5 C on t ro le d e d o c umen t os
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
Os do cum entos r equ erido s pelo sis t em a d e ges tão d a SST e por es ta Norm a OHSA S devem s er
c on tro l ad os. R e gis tros s ão um t ip o e s p e ci a l d e d o cum ento e d evem ser contr olados d e acor do
com os r equis itos es tabelecidos em 4 .5.4.
A o rg an iz ação deve estab el ecer, impl em en t ar e m an t er procedim en tos par a:
a) A pro var do cum en tos quan to à su a ad eq u ação an t es d e s eu uso ;
b ) Analisar criticam ente e atualizar, conform e n ecess ári o, e r eapro var do cum en tos ;
c) Assegurar que as al teraçõ es e a situação atu al d a r evi são de do cumentos s ej am
identificadas;
d ) Ass egur ar qu e as vers ões per tin entes de do cum en tos apli cáveis es tej am di spon íveis em
s eu pon to de u ti li z ação;
e) Ass egur ar qu e o s do cumen tos perm an eçam legíveis e pron tam en te id en ti fi cáveis ;
f ) Ass egur ar que os do cum entos de or igem externa determinados pela organização como
s end o n ecess ár ios ao pl an ej am en to e o per ação do sistema de ges tã o da S S T s ej am
i dentifi cados, e qu e sua dis trib ui ção s ej a contro lad a; e
g ) Prevenir a utilização não-intencional de do cumentos obsoletos, e utilizar identificação
a d eq u ad a nel e s, s e forem r e tid o s p a r a q u aisqu er fin s.
Ob jetivo
T odo s o s doc u men to s e d ad os que c on tenh am in for m açã o re le v an te p ar a a ges t ã o do S i ste m a
d e Ge st ão e p ar a o de se mpe nho das at i vi d ade s de SST da Or gan i zação d evem ser ide nt if icad os
e c on tro l ado s.
O SG SST , qu ando doc um en t ad o, ser á o gu i a p ar a a 'melhor pr ática' corr en temen te co nhec i d a d a
sua empresa. Pela sua importância, torna-se assim necessária a sua ap rovação, atualizaç ão e
disponibilizaç ão par a os que dele ne cessitam (SGS, 20 03; APCER, 2001 ).
I n te rp retaç ã o
O con tro le d os doc umen to s es t á e s tre it a ment e re l ac ion ad o co m o req u is i to an ter ior. Tr a t a-s e d e
co nt rol a r os t ip os de d oc ume nt os pre v is to s n a es tr u tur a doc umen t a l, in cl uin do o s i mpre s sos
( m á s c ar as , for m a to s ou o ut r as de sig n açõe s e qu i v a len te s ).
A p li c am - se o s pr inc í pio s b ási co s ap l ic ado s na ges t ão dos s is te m as d a qu al id ade, o u sej a, e s te
r e qu i si to r e q ue r , por e x e mp lo :
1. A d i spo n i bil i d a de d a inf o r m aç ã o n e c e s s ár i a:
- No lo c al certo
- No te m po cer to
- Na r evisão co rre ta
2. O s d ocu men to s req ueri do s p ar a o fu nc ion a men to do S ist e m a de Ges t ã o d a S S T de ve m se r
co nt rol ado s. De ve ser es t abe lec i do u m proce d im en to doc um en t ad o p ar a:
a) Apro var os doc ume ntos an tes de ser e m di s tr ib u ído s e u til i z a do s;
b) A t u a li z ar qu a ndo neces s ár io e re ap ro v ar o s doc u men to s;
c) I de n t i f i c ar o e s t ad o de re visão do s doc ume ntos;
d) A s se gu r ar q ue a s ver sõ e s r e le v an t e s do s doc u men to s a pl i c áve i s e s tão di s po n íve is n o s
l o c a is o n d e s ã o u t il i z a do s;
e ) A s se gu r ar q ue o s doc um en tos p erm anecem l e g í ve is , f a ci l me n te i de n ti f i c áv eis e
re cuper áve is;
f ) A s se gu r ar q ue o s docu men to s de or i gem ext ern a s ão i de nt if ic ado s e su a dis t ri bu iç ão
co ntrolada;
g) Prevenir a utilizaç ão inde sejada de do cum en to s obs ol et os (o s q u ai s dev e m ser
a d eq u ad a men te i den ti fi c a dos se fore m m an ti do s po r al g um pro pó si to ).
3. A lé m d os doc u men to s, de ve m t am bé m se r con s ide r ados , e a deq u ad a me nt e con tro l a dos , o s
d a do s su sce t ívei s de al t er aç ão, e xe mp lo s:
4. L i st a s de forne ce dore s d e s er viç os o u pro d utos co m i m pl ic aç ões ambi en tai s;
5. L i sta de clien te s co m e xigênc i as ambien tais;
6. L i st a de e qu i p ame nt os d e m ed iç ão e mon i toram en to a cal i br ar;
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7. L i sta de func ion ár io s qu al if ic ado s p ar a e xe rcer ati vid ade s co m po tenc i al p ar a c au s ar imp ac to
a m b ie n t a l si g n i f i c at i vo ;
8. Listagens ou extr atos dos an ter iores;
9. O s d ad o s c o m s u p o r te i n f o r m a t i z ad o ; e
10. O s d a do s r e su l t an te s d o tr a t a me n to de o u tro s c o n te mpl a do s e m r e g i s tr o s o u d o c ume n t o s e
a p res en t ado s, por e xem p lo, e m re l a tór ios ( Ex e mp lo s: p ro duç ã o m éd i a men s a l d e re s íd uos ,
co ns um o mé di o me ns al de á g u a e energia por unidade de produç ão ).
São também documento s a serem c on trolados o s que tenh am or igem no e xter ior da e mpre s a tais
co mo bo le ti ns d e an ális es ou re l atór io s de me di çõe s re al i zad as no e xter ior, in for m aç ão técn ic a
de c lie ntes o u forne cedore s, normas, r egulamen to s, le gi s l aç ão, códi gos de bo a pr át ic a, l icenç as
e parece res de en tidade s oficiais.
O s doc umen to s con s ider a do s co mo p ar te in teg r an te do si s te m a d e ge s t ão am bien t a l, têm d e s e r
o bj e ti v a men te i de n t if ic a do s, p ar a q u e se pos s am se adotadas metodologi as ad equadas par a o
s eu c on tro le. P a r a e fei t os de cont ro le, o s doc u men to s d ev em ter u m a de s i gn aç ão , po den do
ainda te r um có digo /ref erênc i a.
O s s i st em as de co di fic aç ão do s d oc ume nt os e i m pre ss os de vem ser co nceb i do s de m od o a
p ermi t ire m u m a i den tifi c aç ão f ác i l, pe lo me nos , do s ní ve is d a es tr u tu r a d a do cumen t aç ão. E s te s
s i s te m as de c o d if ic aç ã o d e v e m e s t ar do cum en t ad os d e mo do a gar an tir a s u a coerênc i a e
adoç ão por to das as f unçõ es e nvolvidas no c on tro le do s doc ume ntos e dado s.
É re com end á v el q ue a e m pre sa i d en ti fi qu e to dos o s t ipo s de do cu ment o s e to das a s
re sp ons ab ili d ade s assoc i ad as aos aspe ctos de con trole (e labor aç ão, ver if icaç ão, apr ovaç ão,
e missão, lista de distribuiç ão, or igin al, ar quivo histór ico ) sob a f or m a de uma matr iz ou outr a
e qu i v ale nt e.
A ve rific aç ão de ve se r fe ita po r quem tenh a co mpetência técnica e/ou de ge stão p elo meno s
i g u a l a quem e l abo rou o d ocu men to. E s t a ver if ic aç ã o d e ve c ons is t ir n a an á li se d a coe rên ci a
e n tre e s te e o s r e s ta n te s do m e s mo t ipo (e/o u c o m t i p o s d e d o c um en to s co m o bje t i vos
complementares), as sim como a salvaguarda da sua a de qu a b il i d ade f a c e ao s r e qu i si to s d a n o r m a
de ref erência ou o u tros.
A t en t and o p a r a o f a to d e q ue o s d o cu men to s s ão el ab or ad os com o obj et iv o de t r ans m i ti r
me tod olo gias , or ien t açõe s, in struçõe s o u in for m açõe s a al gué m, então de ve s er def in id a a s u a
fo nte emi ssor a (que m o s f az) e o s des t in atár io s p ar a qu em di stri bu ir.
A d is tr ib u ição d os d ocu men to s dev e g a r an tir q ue e st es es t ã o d is poní v ei s, n a ver s ão at u a li zad a ,
o n de s ão n e c e s s ár io s. D e vem e x i st i r e vi dê n c ia s de s t a di st r ib uiç ã o .
O s d ocu men to s u ma ve z al ter a dos (r evi s ados ) e /o u ext in to s ( ob sole to s ) de vem ser re mov i do s
d o s lo c ai s d e u t i li z aç ão e , s e m pr e que pre vi sto, a r q ui va d o u m e xe mp l ar de c a d a doc um e n to
s u bs t i tu íd o , de v i d ame n t e i de n t if ic a d o . A s r e sp o n s a b il i d ad e s por e s tas a t i vi d a de s de ve m e s t ar
e s t abe lec i das .
A s a l ter aç õe s /mo d if ic açõe s de vem re spe i t ar o s cir cu i tos e st a be leci do s p ar a to do s o s asp ec to s
d o con tr ole d os do cu men to s, an ter ior men te def in i dos .
A n atu re za d as al t er açõe s de ve s er r eg i s trad a d e f orm a a f ac il it ar o s eu en ten d im ent o e
a p l ic aç ão pe lo s u t il i z ad o r e s.
S ó s ão acei távei s alt e raç õ e s manuscr i tas no s doc ume ntos distribu ído s (po r exemplo, “de senh o
d a r e de de á gu a s r e s i du a i s i n du s tr i ai s ” ) se f or e m e f e tua d a s pel a s f un çõe s a uto r i z a das e
c um pr ir e m o s c ir c ui to s e s t ab elec i do s, a sse gu r ando que os origin ais são po ster iormen te
a l t e r ad o s, b e m c o mo a s o u t r as c ó p i a s e xi s ten te s .
O co nt rol e d e doc u men to s, d a do s e i m pre ss os g er a do s e c on tro l a dos e le tron ic am en te, obr ig a o
e s t abe lec i men to de proce d im en tos a d i cio n ai s d e v al i d aç ão e, a in d a, d e s eg ur anç a, in te gr ida d e e
a c e s so ao s m e s mo s.
O s do cu men to s de ve m t er form a s ( a s s in a tu r as d i gi t a li z a das , s ig l a s, s ím bo lo s o u o ut r as s ol uçõe s )
d e i nd ic ar ao s u t il i z a dore s, que m são o s re sp on s á vei s pelo c on tro le d os do cu men to s.
O s do cu men to s e m sup or te e le trôn ico ( E xem p lo s: di sq ue te s / ban d as m a gné t ic a s e ou tr os )
de vem estar inc luído s no s siste m as de con tro le (SGS, 2 003; APCER, 2001 ).
E vi dê n c ia
− Pr oce di ment o doc ume nt a d o q ue def in a o mod o co mo a or g an i z aç ão con tro l a o s docu men to s
e o s d ado s;
− R e g i st r o s do s d o c u men to s d i s tr i bu í do s.
− Doc ume ntos validados (em uso), co m as devi d as e v idê nc i as d e em i ssão, a pro v aç ão e
i m pl eme nt aç ão; e
− L i stas de distribuiç ão do s documen to s (SEB RAE, 2004 ).
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− O s c ol a bor ad ore s n ão tê m ace ss o a d oc umen tos do S i s te ma d e G e s t ão d a S S T r e l e v a n te s p ar a o
e xer cí cio das s u as funçõe s de mod o a n ão o corr e r e m de svi o s à p o l í t i c a e a o s o bj e t iv o s d a SST.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 45 de 65

− H á d ado s q ue s ã o r e l e v an te s par a u m a ad equada pre ven ç ão de r iscos e que n ão são


c o m un i c ado s /d i spo n i bi l i z a do s pe lo s s e r viç o s m é d ic o s.
− O s doc um en to s ob so let o s n ão s ão p ron t am en te re mo v id os / i den t if icad os .

4 . 4 . 6 C on t ro le ope ra c i ona l
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A o rg an iz a ção d e ve d e termin a r aq uel a s o p er a çõ es e a t i vi d a d e s q ue e s t e j am a s s o ci a das ao (s)
perigo(s ) i den tif i cado (s ), on de as m edi d as de con tro les f or n ecessário par a ger en ci ar o(s )
risco(s) de SST ser aplicadas . I s so d e v e in c luir a g es t ão de mu d an ç as ( v e r 4 .3 .1 ) .
P ar a t ais oper açõ es e at i vi d ad es, a o rg an iz ação d eve im plem ent ar e man t er:
a) Con tro l es o p er a cion a is, c o n forme aplicável à organização e a suas atividad es. A
or gani zação deve integr ar tais c ont ro l es o p era c io n ais ao s eu s ist ema d e gest ão d a SS T como
um to do;
b ) Con tro l es ref er en t es a p ro du to s , ser vi ço s e equi p am en to s a d quir idos ;
c) Con tro les refer en t es a ter ceiri zados e ou tros vis itantes no local de trab alho;
d ) Procedimentos documentados, para cobrir situações em que s u a aus ê n ci a pos s a a c a r r e t a r
d es vios em r el ação à po l íti ca e aos obj eti vos d e SS T;
e) C ritéri os ope r a ci on ai s estipu lados, onde sua ausência pos s a a ca r r e t ar d e s vi o s e m r e l a ç ã o
à po l ít i ca e ao s ob jeti vos d e SS T.
Ob jetivo
A or g an i zação de ve e s tab ele cer e m an ter p rogr am as de aç ão p ar a as se g ur ar a ap l ic aç ão ef ic az
d e m e d i d as de c o n tr o le, o n de q u e r q u e e s t a s sej am ne ces s ár i as p ar a cont ro l ar o s r is cos
o per ac ion ais , p ar a cu mp rir a p o lí t ic a e o s obje t iv os d a S S T e p ar a as se g ur ar a co nfor m id ad e
c o m o s r e qu i si to s le g ai s e o u tro s r e qu is i to s.
I n te rp retaç ã o
O Sis te m a de Ges t ão de SST re qu er que a or gan i zaç ão iden tif ique e implemen te o c on tro le
ne ces s ár io p ar a as se gur ar a o per ac ion al i zaç ão d a po l ít ica e mon it orar o de semp enho f ace ao s
o bje ti vo s (e ss enc i al men te no que d i z r es pei t o à le g is la ç ão e o u tro s req ui s ito s, à m elhor i a
c o n t ín u a e à p r e ve n ç ão ).
O co nt rol e o per ac ion a l e s t á es tr i ta m en te relac ion a do co m o s ri sco s ( m a is crí t ic os ) e com a
p ol í ti c a, o s o bje ti vo s e o pro gr a m a d e ges t ão S S T.
O con tro le o per ac ion a l d e ve s er p la nej a do e def in i do pe la ge st ão, de modo a as segur ar a sua
consistência e a sua contínua aplicaç ão.
D e ve se r a ss e gur a do o co nt rol e oper a cio n al não só d a s at i v i d ade s r o t i n e i r as, m as t a mb é m das
n ão r ot ine ira s .
O re qu i si to e x i ge, t a mb ém, q ue a o r g ani z a ção es t a be leça o m od o co mo con tro l a o s ri sco s
i de nt if ic á vei s e m ben s, i ns t a l açõe s e e qu ip a men to s.
O c o n t r o le i m p le me n t a d o p o d e a f e t ar a s d ifer en tes ár e as organ i zac ion ais (pr odução,
manuten ç ão, compr as,... ) e po de assumir vár ias for m as.
Po r e xemplo:
- Pr ovidenc iem pe sso al adequadamen te f ormado;
- Pr ovidenc iem pro cedimen to s oper ac ion ais, in stru çõe s de t r ab a lho ( de scre ve ndo o con tr ole a
s er ap l ic ado, qu an do ap ropr i ado );
- Pe s so a l (m ão - de -obr a ) – ide nt if ic ad o, co m pe ten te, for m ad o e di sp oní v el;
- E q ui p am en to – ide nt if ic a do, a deq u a do, e m co nd içõe s d e fu nc ion a men to, p ro te gi do e
disponíve l;
- A m bi en te de tr ab alh o / am b ien te op er ac ion al – ap ropr i ado;
- M a t e r i a l n e c e s s ár io i de n t if ic a do, ad e q u ad o e d i sp o n í ve l.
D e ve ser as se g ur a d a a co mu nicaç ão do s p roce d ime nt o s e r eq ui s i to s a os fo rnece dore s e
subcon tr atados;
O s n o vos po s to s d e tra b a lh o , m áq u in as , p r o c e s so s e ins t a l açõ e s de ve m ser c o n c e b i do s de
m od o a el im in a r os ri sco s n a o ri ge m.
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O con tr ole o per acio nal de ve ser executado em to das as oper açõe s cuj a ausên cia po de
oc asion ar:
- D a no s ao pró pri o ou o ut ro s e mprega d os;
- D a no s ao pú b li co, su bco nt r at a do s e /o u v i si t an te s;
- F o go o u e xp lo s ão c a u sa n do e s tr a go s no e qu ipam en to.
D es te mo do, a or g an i z aç ão de ve:
- I den t if ic ar a s ope r açõe s e as a t ivi d a de s que ne ce ss i t am de me did a s de co nt ro le e e s tão
associados a r iscos;
- A s se gu r ar o c o n tr o le das a t i v i d ade s /ri sc o s qu e pos s a m s e r in tro d uzi do s por pre s t ad o r e s d e
s e r vi ç o s e vi s i t an te s;
- Co ntrolar o s r i sco s que possam o correr nas atividade s re alizadas no exter ior (c asa do
c l ien te ).
Se m querer ser e xaustivos, alguns dos ele men to s que pode m ser analisados no controle
o per ac ion a l s ã o o s se gu in te s:
S i stem a e Admi ni st rat iv o
- Re gr as ger ai s de h i gi ene e se gu r anç a;
- Inspeções;
- S i s te m as de p e r m i ss ã o d e e n tr a d as.
Equipamento
- Ver if ic ações de pré - uso;
- M a n u ten ç ão;
- E q ui p am en to de m anu tenç ã o.
Pessoal
- Q u a li f i c açõ e s a e xi g ir;
- R e qu i si to s p a r a E P I ’ s;
- A u tor i zações de per m anên ci a;
- L ice nç as ou ver be tes.
S u b co n t ra ta d o s
- Pr oce di ment o s de seleç ão e aval i aç ão de for nece dore s b ase ado s em de se mpe nho s d e
h i gie ne e se gu r anç a;
- Co ntr atos e co ndiçõe s de dese mpenh o, seguro s, e tc. ;
- C ar tõ es de co nt rol e de ace s so (en tr ad as );
- P ar t ic ip aç ão e m re un iõe s e co mis sõe s;
- I n s pe ç õ e s a á r e a s de s ub c o n tr a t a do s;
- I n f o r m açõ e s ( pr o d ut o s q u ím ic o s );
- For m aç ão es pe cí fi c a (us o d e E PI’ s, re gr as b á s ica s de se g ur a n ça, . . . ).
Materi ai s
- G e s t ão do s p r o d u to s qu í mi c o s.
I n f o rma ç ã o
- D i sp oni b il id ade do So ft w are de ant i vír us;
- R e a l i z aç ão d o s B a c ku p.
P re ven çã o
O pr im eir o d os pr inc íp io s d a pre venç ã o é e li m in ar o s r is co s n a or i ge m (na fo nt e ). Es t e
p r in c í p io e s t á c l ar am e n te r e tra t a d o n o ú l t imo p ar á g r afo de st e r e qu i si to , to t a l me n te
dir ec ion ado par a a conce pç ão de no vo s po sto s /lo c ais de tr abalho, e quipamen to s, pro cesso s e
i n s t a l açõ e s d e m o do a ter e m c o n t a a e li m in aç ão do r is co na or i ge m.
Re a lc e- se tam bé m q ue o r ecu rso a pro ce di men to s co m in di c açõe s de t a lh ad a s so bre as t aref a s
i n d i v id u ai s d e ve s e r c o e r e n t e c o m a p r e ve n ç ão . A s t a r e f as m a i s c r í ti c a s e associadas ao s r i scos
s ã o al g um as d a s q u a is s ã o ob je to d o con tr ole o per ac ion al .
E vi dê n c ia
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− A i den t if ic aç ão d a s at i vi d a de s q ue ne ces s i t am d e con tr ole o per ac ion al ;


− As e vidê ncias da c omun ic aç ão do s pro ce dimen to s e r equisito s ao s forn ece dores e
subcon tr atados;
− A d i spon i bil i d ade d os p roce d ime nto s es cr itos q ue def inem os cr itério s op er ac ion ais ;
− A d is pon ib il i d a de do s p roce d ime nto s par a novo s po stos de tr abalho, máquin as, pr oce ssos e
instalaçõe s on de sej am pate ntes a e limin aç ão de r iscos n a or ige m.
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− N ão es t ão id en ti fi c ad as a s o per açõe s ( a ti v i d ad es ) a s soc ia d a s ao s r i sco s n ão a cei t á ve i s.
− A pe s ar do p o t e n c i al im p ac to n o S S T de u ma determinada máquina, não for am evidenciados
p l ano s de m anu ten ç ão adeq u ados d a me sm a.
− Verificou-se numa máquina com um s i s te m a d e p r o te ç ão ( c am p ân ul a ) , m as o o p e r ad o r e s tav a
u t i li z an do a m á q uin a c o m as por t as de proteção aber tas.
− Ver if ico u-se q ue o pe s so al da manu te nç ão des a t i vo u al gu m a s p r o te ç õ e s de m áq u in as , a pe di do
dos oper adore s, par a fac i litar as tare f as.
− N ão fo i e vid enc i a d a a co m uni c aç ão ac erc a dos pro ce di men to s re l ac ion a do s com os ri sco s p a r a
a S S T ao s forne ce dore s e su bcon tr at a d os.
− A e mp res a pro ced e a obr a s de co ns tr uç ão de e sp aço s de tr aba l ho, con tu do n ão exi s te
in ter venç ão do s técn ico s de SST, co m o o bje tivo de par tic iparem no proce s so de adaptaç ão do
tr abalho ao ho me m e na in te gr aç ão da segur anç a n a f ase de pr oje to.
− O s v i si t an te s d a e m pre s a n ão rece be m infor m aç ão a cerc a d os r isco s a q ue e s t ão e x pos t os
dur an te a sua visita, ne m acer c a do s pr oce dimen to s a realizar em c aso de emergênc ia.
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4 . 4 . 7 Pre pa ração e resp o sta a e me rgê nc ia s


Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A o rg an iz ação deve estab el ecer, impl em en t ar e m an t er procedim en to (s) par a:
a) Id en ti fi car o po t en ci al par a s itu açõ es d e em erg ên ci a;
b ) Respo nd er a tais si tu açõ es d e em ergên ci a.
A o rg a niz a ção d e v e r es po nd er às si tu a çõ es r e ais d e em erg ên c i a, e pr e v eni r o u mi ti g ar a s
cons eqü ên cias par a a S ST ad vers as asso ci ad as .
Ao pl an ej ar su a r es pos t a a em erg ên ci as, a or gani zação deve levar em cons id er ação as
n e c essi d ad es d as p a rte s in t er essad as p ert ine n tes, t ai s c o mo ser vi ço s de eme rg ên c i a e a
vi zinhança.
A o rg an iz a ção dev e t amb ém t es t ar p e riod i c am en t e s eu (s ) pro c ed im ento (s ) p ar a r es po nd er a
si tu açõ es de em erg ên cia, qu and o ex eq ü ível, envo l vendo as par t es i nt er ess ad as per tin en t es,
c o n fo rm e apro pri ad o .
Ob jetivo
A or ganização deve avaliar ativamen te as nece ssidades de respo s ta a potenciais acidentes e a
situaçõe s de emer gênc ia, planej á-las de modo que sejam ger i das de uma for m a ef ic ien te,
e s t abe lec er e m an te r o s proce d im en to s e os p roce s sos p a r a ger ir t a i s a con tec i men to s, te s t ar
as respostas planej adas e pr ocur ar mel hor ar a ef ic iên cia de ssas re spostas.
I n te rp retaç ã o
A nor m a exi ge qu e sej a m ide nt if ic a do s o s r is co s e as potenc iais situaçõe s de e mer gênc ia
associados às atividades da or ganizaç ão. Es t a id ent i fi c aç ão de ver á o correr n a f a se de
l e v an t ame nt o e a v a li aç ão de per ig o s e r is cos ( v er 4.3 .1), de ven do s er a tu a l i z ad a s em pre q ue
oc orrer a intro duç ão de um n ovo produto, alter aç ões no proce s so de f abr ic aç ão, e tc.
Devido à diver sidade da natureza d a s e me r g ê n c i a s, mu i ta s a bo rd a gen s n a el a bor aç ã o d e um
p ro gr am a de ge s t ão d e e mer gên cia p ode m ser se gu i dos .
C o n t u do o s s e gu in te s o bj e ti vo s po de m e s t ar p r e s e n tes :
- M in i mi z a ç ão do s ri sc os;
- M e l h o r i a d a c a p ac id a de d e r e spo s ta;
- Pr on tidão de re sposta;
- M in i mi z a ç ão do s i mp ac to s e e fei to s pr ovoc ad os pe lo s ac i den te s;
- Re stabele cimen to, após os acon tec i men to s.
Minimiza ção (d o risco)
A n tes de i ni c i ar o es t ab ele ci men to de u m pla no de em er gên ci a a or g an i z aç ão d e ve con s id er ar
as hipó te se s de reduzir o r isc o o u a probab il i d ade d e se de senc ade ar um a s i tu aç ão de
e mer gên ci a.
- T a l pod e inc lu ir :
- Mudanç as de lay -out;
- Re d uç ão de e s toq ue s de pro du to s i nf l am á ve i s e c om bu s tív e is;
- S e p a r aç ão d e ar m a zén s ;
- Re d u zin do p es so a l e m á re a s de r isco ;
- ...
I de n t if ic a d as a s po te n c i a i s c a us a s d e ac ide n t es e s it u açõ e s de e me r g ê n c i a, a o r g an i z aç ão d e ve
p r e p ar a r as r e sp o s t a s a d a r p ar a p r e ve n ir as c au s a s e a s s i t u aç õ e s d e r i s c o e a t u a r c a s o o s
ac i den te s e s i t u açõe s de e mer gên ci a ocor r am, m in i mi zando o s seu s efe i tos no amb ien te .
A análise an ter ior deve conduzir a um(s) plano(s) de re sposta à e mer gên cia. Os planos de
re sp os t a à e mer gên ci a d e vem ser b ase ado s n a probabilidade de oco rrênc ia das f alh as ou das
s u a s c au s as , n a g r avid a de do s e f e i to s e pro b ab il i d ad e d e de te c ç ã o d as f a lha s , o u d as s u a s
c a us a s, a n te s de l as a con te cere m, o q ue e s t á e s tre i t am en te l i g ado a o s me ios d i sp oní ve i s e sua
ef ic ácia.
Capacidade d e resp osta
A or g an i zaç ão de ve es t ar pr ep arad a p ar a re spo nde r co m mei os p rópr io s. A c ap ac i d ade de
re sp os t a deve s er as segur ad a, c om b ase, po r e xe mp lo , n o s e q ui p a men to s, acç õ e s d a s pe s so a s,
m a t e r i a i s e m e i o s a u xi l i a r e s (e x te r n o s ).
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A o n ível d a p art ic i p aç ão in tern a de ve - se (s e ad eq u ad o ):


- No me ar a s e qu ipe s de 1. ª in te rvenç ão ( bo mbei ro s ), e v ac uaç ão e pr ime iro s s ocorro s;
- D ef in ir a coor den aç ã o d e e v ac u ação;
- D ef in ir a coor den aç ã o d o s a l v a men to;
- Pr opor cionar o s prime iro s socor ros;
- A s se gu r ar o al arm e e aler t a;
- No me ar equ i pe d e apoi o técn ico ( li g ar/de s ligar en er gia, gás, e tc. ).
Deve ser providenciada a for m ação e treino adequado a cada equipe, de modo a gar antir a
m e l h o r r e spo s t a e m c ada s i t u aç ão.
O s p l ano s de re spo s t a à em er gênci a de ve m ser re vis to s, d e acor do co m cr it éri os def in i dos p el a
or g an i zaç ão. E s t a r ev is ão de ver á o corr er apó s qu a lq uer a c ide nt e, s i t u aç ão de e me rg ênc ia, ou
q u a lq uer ou tr a a l t er ação q ue o s p os s a event u a l men te a fe t ar ( p or e xe mp lo, de sen vo l vi men to s
tecn oló gicos, no vas in fr a-e s trutur as e instalaçõe s, alter açõe s de layout, no vos pro duto s, e tc.).
P ar a a ef ic ác i a do s p l ano s con tri bu i for te ment e a for m açã o e tre ino d o pe sso a l e nv ol v ido , q ue
p ode r á se r as se g ur ad a at r avé s de e xer cí cio s de si m ul aç ão, e xe cu t ados per io d ic am en te.
F i n al me n te, a s c o n se qü ê n c i as de t o d a s a s e m e r gên c i a s r e a is e de t o d o s o s te s te s de vem ser
re v is t a s p ar a s e ver if ic ar se t udo d ecorre u de aco rdo co m o p la nej a do ou se o s pl ano s e
procedimentos necessitam de se r al t er ados . E s t a s it u ação de ve ser r eg i s tr ad a, n a for m a m ai s
b ás ic a po de ser u m r egi s tro de não conf ormi d ade de vido a u m pequ eno derr am e, o u po de ser
uma investigaç ão em gr an de escala devido a uma f alh a ou a u m a gr an de s i tu aç ão d e e mer gên ci a
(SGS, 20 03; APCER, 2001 ).
D e vem ser e s t abe lec i do s pr oce dim en to s e p la no s de e mer gên ci a p ar a:
- Re por t ar a ci de nt es, s i tu a çõe s de e mer gên ci a, no ti fi c açõe s in tern a s ( e x. s irene ), n ot if ic a ções
externas (autoridades);
- Ge rir o cen tro de c om an do;
- Gerir a evacuaç ão;
- Co m uni c ar e ger ir o fim d a e mer gên ci a;
- Ge rir a in ter venç ão do m éd ic o e pri me iro s socorr os;
- ...
Prontidão
O s e qu ip a men to s de e m e r gên c i a tí p ic o s p o dem se r :
- E x t in tor de i ncên d io s (fi x os, por t á te is ) , bo toe ir a s e b o c a s d e i n c ê n d ios ;
- Sin alizaç ão e en er gia de e mer gên cia;
- E q ui p am en to de s al v a men to ( m ac a );
- E q ui p am en to mé di co;
- Equipamen to s de pr imeiro s so corros.
R e st ab el ecim en t o
D e ve s er e s t abe lec i do um pl ano de pó s -a co nt ec imen to ( pl an o d e re st a be lec i men to d o
ne gó cio ).
A s a t i vi d a de s r e f e r i d a s n e s te p l ano pod em ser as s egu in te s:
- Re cu per ar dad os e re gi st ro s;
- A c ion ar o s s e guro s;
- A n al i s ar o s d a n o s;
- Iden tif ic ar o s tr abalhos nece ssár io s;
- Mob i li zar técn ic os e esp ec i al i stas;
- Ge rir os subco ntr atos;
- A n al i s ar e dec i di r so bre a l t e r n a ti v as ;
- Re s t ab ele cer o s mei os au xi li ar es de at i vi d ade (ene rgi a, gás , águ a, e t c.);
- Re s t ab ele cer o s mei os au xi li ar es;
- Ge r ir a s c om un ic aç ões.
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P re ven çã o
O t í tu lo de st a c l áu su l a i nc lu i u m a ref erênc i a exp l íc ita à pre venç ão.
Um do s objetivos d a e me rgênc ia é m in im i z ar o s r is cos dec orren te s d a o corrênc i a ( a tr a vé s d a
ide ntif ic aç ão e r econhec i men to do s r iscos e situaçõe s cr ític as o u po ten cialmen te c rític as), o
q u a l é t am bé m p ar t i lh ad o pe l a pre v e n ç ão .
E vi dê n c ia
- P r o c e di me n t o s p ar a i de n t i f i c ar a s r e spo s t as a a c i de n te s e a s i t u açõ e s d e e me r gên c i a;
- P l ano ( s ) de e mer gên ci a;
- L i st a de e qu i p ame n t o d e e me r gên c i a;
- Re g i st ro d os t es te s e man ut enç ão a o e qu ip a men to de e mer gên ci a ;
- Re gistros de:
S i m ul a c r o s r e a l i z ado s;
A n ál i se dos s i mu l ac r o s ;
Ações recomendad as ap ós a r e alizaç ão dos simulacros;
A t i v id a de s d e f in id a s p a r a a im p lemen taç ão das açõe s reco men d adas;
- R e g i st r o s das a n á li se s e f e t u a d as e d a s a ç õ e s d esenc ade adas apó s o corr ênc ia de ac iden te s o u
s i t u açõ e s de e me r gên c i a .
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− Os pro cedimen to s para atuaç ão e m situaç ão de eme rgênc ia não f or am testados e n ão se
en con tr a fun d am en t ada j u s ti fi c açã o p ar a o f at o. Numa situaç ão de emer gênc ia é in viáve l estar
a " fo lhe ar " o pl an o de e mer gên ci a, pel o q ue de ver á ser per io di c am en te te s t ado.
− F o i ac ion a do o pr im eiro s in al de a l a rm e e a s e qu ipe s de e mer gên ci a s ó co mpa re cer a m no s
l o c a is de r e u n i ão p a ss ad o u m q u ar t o de h o r a.
− N ão es t ão def in i dos proc ed i men tos p ar a a t u aç ão e m c a so de ac i dent e de tr ab a lho.
− N ão for a m id en ti fi c ad os a t ot a l id ad e d os cen ár io s de emer gên ci a m a is pro v á ve i s.

4 . 5 VE RIF ICAÇÃ O E AÇÃ O CORRE T IVA


Ne s te i te m, a s e mpre s as s ão le v a das a: u t i li z ar m ét odo s p rec is os de me d iç ão par a as se g urar q ue
e s t ão no ru mo cer to e m dir eç ão a o s o bje tiv o s e me t as ; g ar an ti r o com pr imen to con tí nu o d a
l e gi s l aç ão; t o m ar a s a ç õ e s c o r r e s po n den t e s ao pro ble m a, i de n t if ic ar o l o c a l d a n ão
co nfor midade; re gistr ar a oper aç ão de se u sistem a de ge stão ambiental e conduzir auditor i as
p a r a co mpro v ar que e st ã o e m con for m id a de co m s eu s pro pós i to s (OR TI Z; PIR ER I, 20 02 ).
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4 . 5 . 1 M on i tora me nt o e med i çã o d o de sempe nho


Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A or g ani z ação d eve est ab el ecer, im pl em en t ar e m an t er pro cedim ent o( s) par a mon ito r ar e
m ed i r r eg u lar m en t e, o d es em p enh o d a S S T. Es se(s) pr ocedimen to(s) deve(m ) fornecer:
a) T a nt o m ed id as qu a l it at i v as como medid as qu an ti t a ti v as apr o pr i adas às n e c essi d ad es d a
or gani zação;
b ) Moni tor am en to do gr au de aten dimen to ao s objeti vos de SST da or gani zação;
c) Moni tor am en to d a ef i cáci a dos con tro les (tanto par a a s aúd e qu an to par a a seguran ça);
d ) Medi d as proati vas d e des empen ho qu e moni tor em a conformi d ad e com o (s ) pro gr am a(s ) d e
g es t ão d a SS T, e com o s co ntr ol es e cr it ér ios oper acion ais;
e) M e di d as r ea t i v as d e d es em p enh o qu e mon ito rem do en ç as o c upa c io n a is, in c id en t es
( in clui ndo aci dent es, qu as e- acid ent es, et c. ) e ou tr as evi dên ci as his tóri cas d e d efi ciên ci as
no d es empen ho d a S S T
f ) R e gis tro d e d ad o s e r esu l t ado s d o moni tor amen to e m ed iç ã o , su fi ci en t es p ar a fa c i li t ar a
s u b s e q ü en t e an á li s e d e a çõ es cor r et i v as e pr e ve n t i v as .
Se for r equ eri do equi pam en to par a o moni tor am en to e mensuração do des empen ho, a
or gani zação deve estabelecer e m anter pr o ced imentos para a calibração e manutenção de tal
e q u i p am en t o , conforme apropr iado. O s r e gis tros d as a t i vid a de s e dos resultados da calibração
e m anu ten ção devem s er reti dos.
Ob jetivo
E s te re qu i sit o d a n orma l ev a a or gan i z aç ão a re a l i z ar o mon i tor a ment o d os r i scos s i gni fi c a tivo s,
p ermi t ind o s i mu ltaneamen te a ve ri fi c aç ão d a conformidade com os objeti vo s e metas
e s tabe lec i do s e co m a re gulamen t aç ão le gal aplic áve l (APCER, 2001 ).
A or g an i z ação de ve iden t if ic ar o s p a r âme tr os f un d ame ntai s p ar a mon i tor ar o de se mpen ho d o
s e S is te m a d e G e s t ão de S S T. Es te s d e ve m inc lu ir , m a s n ão se l i m i t am a , to do s o s a sp e c t o s q u e
d e ter min am se :
- Estão sen do atingido s os obj etivo s da SST;
- F o i i mp le men t a do e é ef ic a z o cont ro le de r is co s;
- Foi tida em conta a exper i ênc i a r e su l t an te das d ef ic iênc i a s do Sis te m a de Ges t ão de SST ,
i nc lu in do os a con te ci men to s p eri go so s ( ac iden te s e doenç a s );
- São ef ic azes os pro gr amas de co nsc ien tizaç ão, de fo rm aç ão, de c om un ic aç ão e de con su lt a
aos tr ab alhadores e par tes interessadas;
- E s t á se n do p r o du z i d a e d i s po n ibi l i z a d a inf o r m aç ão q ue po s s a ser u t i l i z ad a p a r a r e ve r o u
melhor ar aspec to s do Siste m a de Ge s t ão d e SST .
I n te rp retaç ã o
A s a t i vi d a de s de mon it or a men to e me di ç ão (e qu i v ale nt es à s de in sp eç ão e ens a io pre v i stas no
s i s te m a d a q u a l id a de) e o s r e sp e c ti vo s r e g i s tr o s pod e m s e r dis c r im in a do s n u m p l ano de
m on it or amen to a mb ien t a l ou in tro du z i dos em pro ce di men to s doc um en t ad os.
No s proc edi me nt os ou n o p l ano d e mon it oram en to a mb i e n t a l de ve m ser i de n t if ic a dos , p e lo
m eno s, os p ar âme tro s a me d ir, o s mé to do s a usar, a per iodicida de d a s m e d iç õ e s, a s
r e sp o n s a b ili d a de s e o si s te m a de r e g is tr o .
O s re gi s tros g er a do s d e vem e v iden ci ar q ue a s m e d içõe s o u mon it or a men to p re vi s to s for a m
ef etu ados . E s te s re su ltad os p odem e s tar re lac ion ado s co m l i mi tes le gais e re gul amen tare s,
l i m ites de con tro le in terno s e o bjeti vo s e me tas ambi en tai s e s tab elec i dos .
MONITORAMENTO E ME DI ÇÃO
O s p ar âm etro s a def in ir p ar a m onit or ar e me di r o des em penh o po dem se r:
Pro ativ os: S u po rt a do s n o progr a m a de g e st ã o, b as e ad os no s c r it éri os o per ac ion a is e,
c o e r e n te s c o m o s r e q u is i to s le g ai s e r e g ul a men t are s.
R e a ti v o s : B a se ad os no s ac id en tes , doenç a s e o u tr a s e v idê nc i as h is tó ri c as d o dese m penh o
d ef ic ien te (co mo, por exe mp lo, aná l i se s e st a t ís t ic a s de sin a s tr al i d ade ).
O s eq ui p amen to s de me di ç ão de ve m ser c alib r ado s e a s u a m an u tenç ão d e ve ser coe ren te c o m
a s s u as c ar ac ter í s ti c as e u t i li z aç ã o.
A or g ani z ação de ve i den t if ic ar as m ed içõ es a e xec u t ar e o s eq ui p amen to s d e me di ç ão exi gi do s
p e lo S i st e ma d e G e s t ão d e SST .
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 52 de 65

O s p ar âm etro s p ode m m on it or ar q u a li t a t iv a o u q u an ti ta t i v a men te d e ven do -se, se mpr e q ue


p os s ível, qu ant if ic ar as me di d as d e de se mpenh o de mo do q ue as co mp ar açõe s po ss am s er
ef ic ien te men te re ali zad as. As med i d as qu anti t a t i v as q u e p o dem s e r de sc r i tas e m ter m o s
q u an t it a t i vo s e re g is trad a s n u m a e sc a l a.
A s me d id a s q u a l it a t i v as q ue s ão , p o r e xe mp lo , de sc riç ão de con d içõe s ou situaçõe s que n ão
p o de m ser q u an t if ic a da s , pod e m ser a v a l i ad a s e r e g is tr a das , por e xe m p lo , c o m u m c o men tá r io
s o br e as del i be r açõ e s d e u m a c o m i s s ão d e SST.
O mo n i tor am e n to pro at i vo de ve ser u ti l i z ad o p a r a ver if ic ar a c o n f o r mi d a de d as a t i v id a de s d a
SST da or gan i zaç ão. O co ntrole de r i sco s (avali aç ão e implemen taç ão) po de ser um do s ponto s
p r i o r i t ár i o s a m o n i t o r ar .

M on i t o ra me nto M ed i ção

− Programa de gestão da SST;


− Acompanhar os objetivos;
− Critérios operacionais;
P r ó A t i va − Controlar os riscos;
− Requisitos legais e outros regulamentos;
− Avaliar a eficácia da formação;
− Outros (1).

− Acidentes;
Reat iva − Doenças profissionais;
− Outras evidências históricas (2).

(1 ) E xem p los in d ic adore s d e mo ni tor amen to pró - at iva:


a) Q u an t id a de d e p e s so a s t r e in a d as e m S S T ;
b ) E f i c ác i a d a f o r m aç ã o e m S S T ;
c ) Q u an t id a de d e s u ge st õ e s d o p e s so a l p ar a a perfe iço a men to s d e S S T;
d ) Fre qüên ci a das aud i tor i a s de S S T ;
e ) T e m p o n e c e ss á r i o p ar a i m p l e me n t a r a s r e c o m e n d açõ e s d a s a ud i tor ia s de S S T;
f) F re qüên ci a e e fi c ác i a das reu niõ es d a s com i ssõe s de SST;
g) F r e qüên c i a e e f i c ác i a das r e u niõ es d e SST co m o pes so a l;
h ) R e l a tór io s do s e spe c i a l is t a s e m S ST;
i) Tempo necess ário para implementar açõe s r e l a t i v a s a q ue i x as o u sug e st õ e s ;
j) Q u an t id a de d e r e l a tór io s d e v i g il ân c i a d a s a ú d e ;
k) Relatór ios da amostr a so bre e xp os iç ão pe sso al;
l) Níve is de expo siç ão do loc al de tr abalho (por e xe mplo, r uído , poe ir a, vapo res);
m ) U t i li z aç ã o de e qu ip a men to s d e pro t e ç ão in di v id u a l.

E xem pl os de mé to dos q ue pod em s er u s ado s p ar a me d ir o de sem penho de SST :


a) I n s pe ç õ e s si s te m á ti c as d o l o c a l de t r ab alho, usando listas de ver ificação;
b ) V i s it a s de se gu r an ç a - p o r e xe mp lo , n u m a b as e d e “ p as san do p e lo loc a l ”;
c ) I n s pe ç õ e s a o s e qu ip am e n to s, a f i m de ver if ic ar se a s p a r tes r e l ac ion a d as c o m a
s e gur an ç a es t ã o ef ic a zm en te ins t al adas e em boas condições;
d ) Amostr agem à segur anç a - examinar a sp ec tos es pec íf ic os de S S T;
e ) Amostr agem ao ambiente de tr abalho - medir a exposição a substânc ias ou ener gias e
co mpar ar co m padrõe s ace i te s;
f) A mo s tr a gem do co mp or t ame nt o - a v a li ar o co mp or tam en to dos tr a b al h adore s p ar a
identificar as pr áticas de tr abalho inse guras que pos s am req uere r correção (po r
e xe mp lo, pe lo ap erfe iço a men to dos pro je tos de tr a b alh o o u at r av és d a for m aç ão );
g) L e v an t a me n to s d a s a t it u de s d o pes so a l f a c e à s e gur an ç a;
h ) A n ál i se d a d o c u me n t aç ão e do s r e g is tr o s;
i) Co m p ar aç ão c on tr a boas pr át ic as d e SST e m o ut r as o rgan i zaçõe s;
j) A u di to r i a s S S T .
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( 2 ) E xe m p lo s de in d ic ad o r e s d e mon i tor a men t o /m e d iç ão r e a t i v a:


a) Q u an t id a de d e a to s in se gu r o s ;
b ) Co ndiçõe s perigo sas;
c ) Q u an t id a de d o s “ q u a se a c i de n te s”;
d ) A c i de n t e s q u e só c au s am d an o s m at e r i ai s;
e ) Ocorrê ncias perigo sas inf ormadas;
f) A c ide nt es cau s a dore s d e per d a de te m po - q u an do pe lo men os um t ur no de t r a b al ho
( o u ou tr o per ío do de te mpo ) é p er di do por um a pe s so a co mo res u lta d o de u m fer i men to
e m ac id en te;
g) Ac ide ntes en vo lven do a ausên cia do tr ab alho p or m ai s de trê s di as;
h ) Ausênc ias por doenç a - ausênc ias do e m pregado em vir tude de doen ç a (re l ac ion ada
com a ocupaç ão );
i) Q ue i x as f e i ta s , po r e xe m p lo , por m e m br o s da s o c ie d ade .
CA LIBRAÇÃO
A nor m a exi g e qu e o eq u ip a men to de mo ni tor a men to e m ed iç ão sej a suj ei to à m a nu tençã o e
e s tej a c a l ibr a do.
D e vem ser i den t if ic ad os qu ai s o s eq ui p am en to s que ser ve m p ar a me d ir c ar act erí s ti c as e
p a r âme tr o s e s sen c i a i s p a r a a a d e q u ad a c o n du ç ão e c o n tr o le d o s p r o c e ss o s c o m as pe c t o s
amb ien tais s i gn if ic ati vo s.
Par a os e quipame ntos selec ion ado s é nec es sár io e s tabel ecer pro cedi men to s qu e i den tif iqu em
on de e por q ue m ser ão c al ibr ado s, q u al o in ter v alo entre calibr aç ões e ainda a for m a de gestão
dos in ter valo s de c ali braç ão que de pen de de fatore s di vers os .
Co nvém salien tar que as or gan i zaçõe s r ecorre m mu i t as v e ze s a ser v i ç o s e xt e r n o s p ar a a m e d iç ão
de par âme tro s de monitor amen to (por e xe mplo, e mi s s ão de p o l ue n te s a t mo sfé r i c o s , an ál i se s
q u ím ic as de ef luen te s l í qu i dos , aval i aç ões acú s t ic as, an ál i se s de peri gos i d ade de res í duo s, e tc. ).
E , n es te c as o, de ve m e s t abe lec er p ro ced i men to s que g a r an t a m que os for nece dore s de s te t i po
d e s er viç o e v ide nc i am o c um pr im en to des te re qu i si to , q u an to ao e s t ado de m a nu ten çã o e
c a l ibr aç ã o d o s e q u ip am e n to s usados, à adequabilid ade do s mé to do s e à co mpe tê nc i a d o s
e xec utan tes (SGS, 2003; APCER, 2001 ).
Q u an do ap li c á ve l, o s eq u ip a men to s d e me d ição de ve m:
a) S e r c al i br ad o s e aj us t a do s per i o d ic a me n te, a n tes d a s u a u ti l i z aç ão, a t r a vé s de
e qu ip a men to s r a s tre a do s a p adr ões n ac ion a i s e in tern a cion a i s. Q u and o e ss es p ad rõe s n ão
e x is t ire m, a b ase us ad a p ar a c ali braç ão de ve ser r eg i s tr ada;
b ) E s t ar pro te g i do s de aju s te s q ue po der i am in val i d ar a c a l ib r aç ão;
c ) E s t ar p rot egi do s con tra es tr a go s e d et erio r aç ão, dur an te o m an us ea m en to, m an ut enç ão e
a r m a zen a men to;
d ) O so ftware de ve ser con tro lado;
e ) O s r e s ul t a do s d e c a li bra ç ão de ve m s e r r e g is tr ad o s .
P re ven çã o
O mon i toram en to pro a t iv o é a pre ve nção n a v er d ad eir a ace pç ão d a p a l a vr a. O
a co m p anh am en to do cu m pri men to do s o bje ti v os, d a le gi s l aç ão e, so bre tu do das m ed i d as d e
co nt rol e de r i sco s “c um pre ” co m r i gor o s ent i do d a prevenç ão . Es te se gui ment o an te ci p a as
p o t e n c i ai s o c o r r ê n c ias i n d e se j á v e is e pro vide n c i a p a r a q ue t o dos o s c o n t r o l e s s e j am
i m pl eme nt ad os e m an t id os .
E vi dê n c ia
- P r o c e di me n t o s de mon i tor aç ão d o s i n d ic ad o r es do de se mpen ho am b ie nt al; r es u lt ado s d e
te stes e mediç ões, gr áfico s e re lató r io s d e aná l i se s c r í ti c a s e tc . ;
- Pr oce di ment o s de me d iç ão de gr and e zas relacionadas aos indicador es ambientais;
- P l ano s e proc ed i men tos de i den t if ic aç ã o e cont ro le dos ins t ru men to s d e m ed iç ão;
- P l ano s e proc ed i men tos de c al i br aç ão do s i ns tr ume nt os de me diç ão; e
- An álise das incer te zas dos in strumen to s e do s proce s sos de mediç ão (SEB RAE, 2004 ).
- Pr oce di ment o s de mon it or a men to e me diç ã o;
- M on it or amen to d o c um pr i men to d os o bje ti vo s e m ed ição do p ro gr a m a de g es t ã o, cri té rio s
o per ac ion a is e l eg i sl a çã o;
- Re gi st ros da me d iç ão d os ac i den te s, do enç as pro fi s si on ai s e ou tr as e vidê nc i as h is tó ri c as do
desempenho def ic ien te e m SST;
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 54 de 65

- Re gistros do s dado s e re sultados do monito ramen to;


- A n ál i se s d as a çõe s cor re t iva s e preven t iv a s;
- Re l a tór io s das n ão -con for m id a de s;
- L i st a s e progr a m as de in spe ç ão e eq u ip a men to s e loc a is a i ns pec ionar;
- Oper aç ões de manutenç ão e se us re sultados.
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− C ar a c te r í s t i c a s C h ave - e s t as i n c l u e m mu i t as v e zes v al o r e s li m it e per m it i do s o u a u tor i z a do s.
S ã o ver if ic ad a s cu i d ado s am en te na a u d i tor i a e con cl ui -s e fr eq üen te men te que a s me diçõe s
n ão for a m efe t u ad a s com a f re qüênc i a req uer id a , no l oc a l r eq uer ido , n a d a t a requ eri d a, ou n ão
fo r am me smo efe t uadas!
− A co mp an h am en to de Ob je ti vo s e M e t as - é nec es s ár io r e c o lhe r d ad o s s u f i c ie n t e s p a r a pro va r e
a co m p anh ar o s pro gres so s. Es t a é a ch a ve p ar a a ti ng ir os Ob je ti vo s e e xec ut a r o s pro gr am a s
d e ge s t ão. Co m fre qüênc i a, os d ad os n ão s ão reco lh idos , o u n ão são reco lh ido s e re vi s to s o
s uf ic ien te par a g ar ant ir q ue o o bjet i vo e st á aco mp an h ado e , se ne ce ss ári o, al ter ar a m et a p ar a
a t o r n ar m ai s r e al i st a ; e
− Calibr aç ão - a nor m a é suave nas palavr as que de sc r e vem e s te r e qu i si to , m as o s r e q ui s it o s d a
ISO 9001 são um c onj un to de cr itér ios efetivo s e de sen so -co mum re lativos à ge stão da
c a l ibr aç ã o . N ão e x i st e s e m pr e a n e c e s s id a de d e u m a c ali br aç ão no SG A, m as, on de e xis tem
v a l ore s li m it e per m it i do s o u a u tori z a do s, h á nor malmente a ne cessidade de medir e de f azê -lo
com inst rumentos que tenham um estado de calibr aç ão adequado e conhecido. Os problemas
en con tr a dos tê m s ido : co nt a dor es d e á g u a n a e x tr aç ão n ão c a li br a dos , me di dor es d e pH po uco
c l aro s, l abor atór io s d e t es te s u t il i zado s p ar a ver if ic ar n í ve is de e mi ss ão e nenh um
co nhec i men to d as s ua s c ap a ci dad es de me di ç ão ( ao n í vel de a l c anc e e d e i ncer te za s ) ,
ligaçõ es-terr a n ão te stadas (SGS, 2003 ; APCER, 200 1 ).
− Não se encon tr am implemen tado s pro ce dimen to s qu e as se gure m a veri fi c aç ão per ió d ic a d a
co nfor midade co m o s re quisito s l e g a i s id e n ti f ic a do s.
− O s e x a me s m é di cos p eri ód ico s, d a co m pet ênc i a do m éd ic o d o t r a b alh o, n ão es t ão a s er
r e a l i z ado s c o m a pe r io di c id a de e s tab e le c i d a n a l e i .
− N ão es t á sen do re a l i za d o o tr a t am en to e s t at í s t ico do s a c i den te s de tr a b alh o, d e m a nei ra a
es t abe lecer as n ec e s s árias aç õ e s .
− Não se en con tr a implemen tado um c h e c k -l i st o u me to dologi a altern ativa par a a verificação
p e r i ó d ic a do e s t ad o dos e q ui p a men to s d e pro t e ç ão e s u a u t i li z aç ã o .
− A u t il i z aç ão d e e qu ip am en to de m ed iç ão n ão su jei to s a c onf irm a ç ão me tro ló gic a. Reco rde- s e
q ue a lg un s d os e qu i p am en to s u ti li z a do s e m SST e s t ão abr an g id os pel a me tro lo gi a le g a l, com o
p or e xe mp lo: sonô me tro s, dos í me tro s e a ud iom e tro s.
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4 . 5 . 2 Ava l ia çã o d o a tend ime n to a req u is i t os lega i s e o u t ro s


Texto da Norma OHSAS 18001:2007
4 . 5 . 2. 1
D e m an eir a c o er en t e com o seu com prom et im en to d e a t end imento ( com pi l an c e ) a r equi si tos
(ver 4.2 c), a organização deve e s t ab el e c er , i m pl em ent a r e m an t e r pro c e d i m en t o ( s ) par a
aval i ar per iod i cam ent e o at end im en to ao s r equi si tos l eg ais apl i cáveis ( ver 4 .3.2 ).
A o rg an iz ação deve m an t er r egis tros dos r esu lt ados d as aval i açõ es perió di cas .
NOTA – A freqüência da avaliação periódica pode variar para requisitos legais distintos.

4 . 5 . 2. 2
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A o rg ani z a ção deve a val i ar o a te ndim en to ( com pl i an c e) a o utro s r equi si tos por e l a subs c ri tos
(ver 4.3 .2). A organização pode combinar esta a v a l i a ç ã o c o m a a v a l i a ç ã o referida em 4.5 .2.1,
o u e s t ab e l ec e r pro c ed i m en to( s ) em s e p ar ad o .
A o rg an iz ação deve m an t er r egis tros dos r esu lt ados d as aval i açõ es perió di cas .
NOTA – A freqüência da avaliação periódica pode variar para outros requisitos distintos subscritos pela
organização.

Ob jetivo
Este requisito da norma j untament e c o m o r e q u i s i t o a n t e r io r , l e v a a o r g an i z aç ão a r e a l i za r o
m on it or amen to e a ver if ic aç ã o d a conf ormi d a de co m a re gu l a men t aç ão le gal a p li c áv el ( S G S,
200 3; APCER, 2001 ).
NOTA: A avaliação de conformidade não é o mesmo que uma auditoria ainda que uma auditoria/diagnóstico de
conformidade legal cumpra com o estipulado neste requisito (SGS, 2005; APCER, 2005).
I n te rp retaç ã o
A m á x im a "N ão con se gu e g eri r o q ue n ão con se gue med ir ", a p li c a-s e t an to ao S G S ST com o a
q u a lq uer ou tr o si s te ma de ge st ão. A s si m, e xis t em al g umas e sp ec if icaçõe s so bre o que de ve s er
medido, par a gar an t ir uma atuaç ão e me l hor ias ade quadas (SGS, 2003; APCER, 200 1 ).
Uma var iedade das entr adas pode ser us ada avaliar a conform i d ade , i n c l u i n do :
− Audi to rias;
− O s r e s ul t a do s d e in s pe ç õ e s r e g ul ar e s o u de r o t i n a;
− A n ál i se de e xigênc i as le gais e ou tras ;
− R e v i sõe s dos do c u men to s e /o u r e gis t r o s do s inc i den te s e d a s a v a li a ç õ e s de r is c o ;
− F a c il i d ad e n a s i n s pe ç õ e s;
− E n tre vi s t a s;
− Re visõe s ocorr i das no proje to o u no tr abalho;
− A n ál i se de re su l t ad os de in speç ões e do mon itor amen to;
− O b ser vações d ire t as.
Uma or ganizaç ão de ve e stabe lece r uma me todo logia par a a avaliaç ão da conformidade
co nfor me se u tamanh o, tipo e co mple xidade.
U m a a v a li aç ão do a te n di men to a r e qu i si to s p o de a br an g e r e x i gê n c i a s le g a is m ú l ti pl a s o u u m a
ú n i c a e x i gê n c i a. A f r e qü ê n c i a d a s a v a l i aç õ e s p o de v ar i ar e m f u n ç ã o d e v á r i o s f at o r e s t ai s c o mo o
desempenho anterio r da c onformidade o u e xigênc i as le gais espec íf ic as. Quan do todas as
e x igê n c i as l e g a is t iv e r e m que se r a v al i a d as, a or ganizaç ão pode necessitar avaliar
i nd i v id u al men te a s e xigênc i a s em hor ár io s d ife ren te s ou co m fre qüên ci a s d if eren te s, o u co mo
j ul g ar a pr o p r i a d a s.
U m pro gr am a d a a v ali a ç ão d a con for mi d a de pode ser i n teg r ado co m o ut ras a t i vi d a des de
a v a l i aç ão . U m p r o gr am a d a a v aliaç ão d a confo rm i d ade p ode ser int e gr a do com ou tr a s a ti v i d ad es
da avaliaç ão.

S i m i l a r me n t e , u m a o r g a n i z aç ão d e ve per iò d i c ame n t e a v a l i ar su a con for mi dad e co m outr as


exigências a que subscreve (par a uma or ientaç ão adicional em outras exigências, ver 4.3.2). Uma
or gan i zaç ão po de desej ar es tabe lec er u m proce s so e m sep a r ado p ar a c o n d u z ir tai s a v a l i aç õ e s o u
p o de o p t ar p o r c o m b i n a r e s t a s a v al i aç õ e s c o m s uas avaliações da conform i d ade c o m e x i gê n c i a s
l e g ai s ( ve j a a c i m a ), seu pr o c e ss o d e a n ál i se c r í tic a pe la direç ão (4.6 ) ou outro s proc esso s de
a v a l i aç ão .
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Os resultados das avaliações per iódicas de req u is i to s le gai s o u o ut ro s d ev em ser g u ard a do s.

G e ran d o e v idê n c ia
− Pr oce di ment o s de mon it or aç ão do s i nd ic ador es do de se mp enho de SST; res u lt ado s d e t es tes e
med içõ es, gr áf ic os e relatór io s de an áli se s cr í t ic as e tc. ;
− Pr oce dimento s de me diç ão de gr ande zas relacion adas aos indic ador es de SST (SEBRAE, 2004 ).
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
A a v a l i aç ão p er iód ic a d o c um pr im en to d a le g is l aç ão re le v an te - Inf el i z men te, é m ui to co mum
v e r e s te r e qu is i to f al h ar. A int e n ç ão é q ue , u m a v e z i de n t i f i c ad a s à l e g is l aç ão e a
re g ul a men ta ç ão re le v an te p ar a o ne gó cio , com um a f reqü ênc i a de ter mi n ad a dev e se r ver if ic a do
s e e l as e s t ão a ser c ump ri d as. I s to p ode ser fei t o at r av és d u m a au d itor i a, atr avés d a ver if icaç ão
dos r egistro s de monitor amen to e mediç ão, r e v i s ão d o s r e g i s tr o s mo n i tor a d o s , por u m a
au d i tor i a de conf orm id ade ou , at r avé s du ma m i s t ur a de s tes m ec an is mo s. O id e al é que c ad a
r e qu i si to leg a l i de n ti f ic a do p o s sua o ti po de u m a "de cl a r aç ão de c um pr im ent o " apo i a d a po r
re gistr os e fe t ivos (SGS, 200 3; APCER, 2001 ).

4 . 5 . 3 Inve stigaçã o de incide nte , nã o-conformidade , ação corretiva e a çã o


p reve nt i va
4 . 5 . 3. 1 Inve stigaçã o de incide nte
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A or g ani z ação d eve es t ab el ecer, impl em ent ar e m ant er pro cedim en to( s) par a r egis trar,
in ves ti g ar e an al is ar inci dent es a fim d e:
a) D etermin ar d efi ci ên cias de SST sub j acentes e ou tros qu e poss am es tar caus an do o u
c o n tri b uin do p ar a a o co rr ên c i a d e in c id en t es;
b ) Identificar a necessidade d e açõ es co rr et i vas;
c) Id en ti fi car o por tuni d ades par a ações pr even tivas;
d ) Id en ti fi car o por tuni d ades par a a melho ri a co ntínu a;
e) Comu ni car os resu ltados de tais in ves tigações.
As in ves tigaçõ es d evem s er r e a liza d as no m om en to a prop ri ad o.
Q u ais qu er n e c essi d ad es id en ti fi cad as d e a çã o co rr et i va o u d e o p o r tuni d ad es p ar a a ç ão
pr eventi va devem s er tr atadas de acor do com a s p ar t es p er t i n en t es da seção 4.5.3.2 .
Ob jetivo
A s o r g an i z aç õ e s de ve m p o ss uir pro c e d i me n tos p ar a a n o t i f i c aç ão, a a v a l i aç ã o e in ve s ti g aç ão
d os a c iden te s /in ci den te s e das n ão con for mi d a de s. A f in a l i d a de p r i n c ip a l de t a i s
p roce d ime nt o s é a de p re ven ir a re pe ti ç ão da o corrên cia d e t a is s it u aç ões , i den t if ic an do e
e li m in an do n a o r i ge m a(s ) c au s a ( s ).
A lé m di s so, o s pro ce dim en to s de ve m per m i tir a detecç ão, a an álise e a eliminaç ão das não
co nfor midades.
I n te rp retaç ã o
Re cor d an do o conc eito de ac iden te - “Em sen t ido l a to, o ac id en te é u m acon tec i men to não
p l ane a d o n o q u al a açã o o u r e a ç ão de um obje to, substânc ia, indivíduo ou radiaç ão, resu lta
n um d ano p es so a l ou n a p rob ab ilid ad e de tal ocorrên ci a . Es te co nce i to su rge co mo u m a
g ener a l i z açã o d a noç ão c l á ss ic a de ac i den te sen do t a mbém de s i gn ado por inc iden te ”.
O i nci den te é “ s it u aç ão ger ador a d e ef ei to s in de sej ados p ar a o tr ab alho ” o q ue s igni fi c a q ue
tais situaçõe s oco rre m, pode ndo não re sultar le sõe s.
As or ganizaçõe s de vem an alisar e in ve stigar (t al co mo i n di c ado a s e gu ir ) os acidentes e as
“ si t ua çõe s ocorrida s ge rad ora s de ef ei t os i nd e sej ad os”.
D e vem ser e s t abe lec i do s pr oce dim en to s p ara d ef in ir re sp ons ab il i d ad es e au tor id ade p ar a:
- A n al i s ar e in ve s ti g ar ( ac i den te s e n ão confo rm i d a des ) ;
- E x e c u t ar a s a ç õ e s d e s ti n ad a s a m in im i z ar t o das a s c o n se q üên c i a s do s ac i de n tes o u d as n ão
co nfor midades;
- D e f in ir o iníc io e a c o n c l u s ão d as açõ e s c o r r e t iv a s e pre ve n t iv a s;
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 57 de 65

- Comprovar a eficácia das açõe s c o r r e t i v as e pre ve n t i v as .


A n al i s ar e in ve s t iga r o s ac i den te s e a s n ão confo rm i d ade s ( “ qu a lq uer d es v io a o s
p r o c e d ime n t o s do s is te m a , às pr á tic a s, ao de se mpe n h o do S is te m a de G e s t ão, e t c . , que po ss a ,
dir eta ou in dire tame nte con duzir a le sõe s ou doenç as, a danos par a a propr iedad e, a danos
p ar a o am bi en te do l oc al de tr abal ho, o u um a co mb inaç ão de s tes. ” ), e xige a ne ces s id ade de
re gis tr ar tod os ac id en te s (inc lu in do os ac ide nte s “in i te nere ”, os ac id en te s n ão p artic i p ados ao
s e guro , p equ eno s ac i den te s, et c. ), p ar a an ali s ar. A c l as s if icaç ão e an ál is e po dem ser re ali zad as ,
p o r e xe mp lo , c o m b a se n o s se gu int e s t ó p ic o s:
- Í n d ic e s de Fre qüê n c i a e G r a v i d ade ;
- L o c al i z aç ão, a t i vi d a de e n vo l vi d a, t i po e loc al d e le s ão , d i a d a se man a, h o r a, a n t ig u id a de ,
forma e agente mater i al ;
- T i po e e x ten s ão dos d an o s p a tr i mo n i ai s;
- Causas diretas e remo tas. É fundamental inve stigar as causas do s ac idente s e das não
co nfor midades. A c ausalidade dos a c i de n te s t e m s i do mo t i v o d e d i v e r so s m o de l o s, des de
He inr ic h, co m a su a t eor i a de D om inó , qu e b ase ava o se u mo de lo n a se qüên ci a de
a co nt ec imen to s e de ter mi n ava com o c a us a s “at o s i n se g ur o s ” / “ c o n di ç õ e s p e r i go s as ” a Fr an k
B ird cuj a teor ia assentava em 3 pontos:
a) Os ato s ou co ndiçõe s in se gur as são so men te a s c au s a s im ed i a t a s;
b ) A s c au s as im e d i a t a s s ão o r e s ul t a do de c a us a s b á s ic a s;
c ) A s c au s as bás i c as s ão de v id a s a p o b r e ges t ão d e c o n tr o le.
O pro pó si to d a in ves t i g aç ão é d e ter mi na r por quê o a ci dent e o corre u. Is to n ão é
ne ces s ar i am en te o me sm o qu e id en ti fi c ar a c a us a do s fer i men to s ou o u tro s d a no s. Q u an do
u m a m áq u in a se m gu ar d as de pro t e ç ão qu e c a u s a fer imento ao operador; a ausência da guar da
é a c au s a do fer i men to, m a s n ão do ac id en te. Ne s te c as o, a c au s a do ac id en te é a r a z ão pe l a
q u a l a m áq u in a e s t av a se m pro te ç ão , por e xe mp lo , m an u ten ç ã o po bre , p r e s s ão sob r e a
produç ão, falh a do oper ador, . ...
O obje tivo da an álise e in vestigaç ão é asse gurar que e s tas ocor rênc ias n ão vo lte m a acon tec er.
O s pr oce dim en to s deve m def in ir a re s pon sab i li d ade e au tor i d ade p ar a “e xec u t ar as açõe s
destinadas a minimizar as suas conseqüênc ias”.
P re ven çã o
As liçõ es a re tir ar do s aciden te s e das n ão co nfor midades, bem co mo a aplic aç ão de açõe s
co rre ti v a s e p re ven ti v as são atitudes reativas.
No en t an to o re su l t ado d a a n ál i se d a s n ão co nfor m id ad es e d a im p le men t aç ão d a s açõe s
co rre tivas po de ser en car ado co mo uma atitude pre ven tiva.
A bu sc a permanen te das c au s as vai de e ncon tro à f ilo so fi a da pre venção. As açõ es pre ven ti vas
s ã o d e se j áve is e s ão a b a se de to da a p r e ve n ç ã o .
E vi dê n c ia
- P r o c e di me n t o p a r a an ali s ar e in ve st i g ar o s a c id e n te s;
- Pr oce dimento s par a r egistr ar as não c onfor midade s;
- Re l a tór io s das n ão co nfor m id a de s;
- R e l a tór io s da i n ves t i g açã o ;
- Re l a tór io s da i de nt if ic aç ão do s pe ri g os, a v a l i aç ão e con tro le de r is cos ;
- I nfor m ações p ar a a r evi s ão pe l a d ireç ão;
- Re gistros da compro vaç ão das avaliaçõ es da e f i c ác i a d a s a ç õ e s c o r r e ti v a s e pre ve n t i vas
r e a l i z ad a s.
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− N a m a ior par te do s c as o s o s " quas e ac i de n te s " n ão s ão r e por t a do s, o qu e d i f i c u l t a a s u a
gestão.
− P ar a o s ac id en te s de tr aje to n ão são i nc lu íd as aç ões c orre t iv a s e preven t iv a s, por se ju l g ar q ue
o s f a tore s q ue o s d e ter min am s ão e x tern os à org a n i z aç ão e por i s so d i fí cei s, sen ão
i m po ss í ve is, de c o n t r o lar .
− A s a çõe s corre t i v as e pre ven t i v as d ef in id a s de ve m ser pro porc ion ais ao s r iscos par a a SST dos
p rob le m as e m c au s a (ac i den te s, i nc id en tes , n ão conf or mi d a de s ), co mo di z o d i t a do "p a r a
gr an de s mal es ... gr an de s re méd ios " , es t a vi sã o n e m s e m p r e é t i da e m c o n si d e r aç ão p e l o s
re sponsáve is pe la def iniç ão das açõe s co rre tivas e pr eventivas.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 58 de 65

− A s açõe s corre t i v as e pre ven t i v as n ão s ão s ubm e ti d a s ao p roce s so de a v a l i aç ão de r is cos , ant e s


d a s u a i m p le me n t aç ão .
− A s an ál is es d e ri sc o r ar amen te i nc lue m a i n ves t i g aç ão e le v an ta m en to a sp ec to s só ci o -
ec onô micos.
− N a gen er al id a de , n ão é ef et u a d a a a v a l i aç ão da efic ácia das ações corretivas impl ementadas.

4 . 5 . 3. 2 Nã o - c on for m ida de, aç ã o co r re t iva e a çã o p reve nt i va


Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A or g ani z ação d eve estab el ecer, im pl em en t ar e m ant er pro cedim ent o( s) par a t r at ar as não-
c o n fo rmi d ad es r e ais e p o t en c i ais, e p a r a ex e cu t ar a çõ es c o rr e ti v as e a ç õ es pr eve n ti v as. O (s )
pro cedim ent o( s) d eve(m ) d efini r requ isi tos par a:
a) Id en ti fi car e corri gir não-conformid ad e(s ) e executar ações para mitigar suas
c o ns e qü ên cias p ar a a S ST ;
b ) I n v es ti g ar n ão - conf o rmi d ad e( s), d e t ermin ar su a (s ) c ausa ( s) e ex e cu t ar a çõ es p a r a e vi t ar
su a r epeti ção;
c) A v a li ar a n ec e ssi d ad e de a ç ão (õ es ) p a r a pr e v enir n ão - confo rm id ad e (s ) e im p lem ent a r a çõ es
apro pri ad as, d es enh ad as par a evit ar su a o co rr ên ci a;
d ) R e gis tr ar e c omun i c ar os r esu l t ados d a (s ) a ç ão(õ es) cor re ti va (s ) e a ç ão (õ es ) pr e ve n ti va(s)
e x e cu t ad a (s ) ; e;
e) Analisar cr iticam ente a eficácia da(s) ação(õ es ) co rr eti va (s ) e a ção (õ es) pr even ti ca(s)
e x e cu t ad a (s ) .
Quando a ação co rreti va e a ação pr eventi va identi fiqu em peri gos novos ou mo difi cados , ou a
n e c essi d ad e d e con tro les no vos o u mod ifi c a do s, o pro c edim en to d e ve r equ er er qu e as a çõ es
pro pos tas sej am subm etid as a uma avaliação de riscos antes de su a im plem en tação.
Qu alqu er ação corr etiva ou ação preven ti va ex ecu t ad a par a elim in ar as caus as d e n ão-
c o n fo rmi d ad e (s ) r e a l (is ) o u po t en ci a l (is ) d ev e ser a dequ a d a à m ag ni tud e dos p ro b l em as e
c o m ensu rá ve l com o (s ) ri s co ( s) d e S S T en con trado (s ).
A o rg an iz aç ã o d e ve a ss e gur ar que q u ais qu er mud an ç as n e c es sá ri as r esu lt a ntes d e a çõ es
corretivas e ações preventivas sejam feitas na do cumentação do s istem a de g es t ão d a SS T.
Ob jetivo
Quan do as co isas vão mal, an tes de qualquer co isa, prec isa-se reconhe cer e s se f ato , desco brir
p orq ue é qu e corre u mal e, depo is , i den tif ic ar a c ausa do pro blema e o s seus ef eito s. Este
processo de aprendizagem a par tir dos erros come ti do s é u m ver d a de i r o ben e f íc io p ar a qu a lq ue r
s i s te m a de g e st ã o (SG S, 2 0 0 3 ).
I n te rp retaç ã o
E s te r e qu i sit o d a n o r ma e xi ge a i de n t if ic aç ão d a s n ã o- c on f o rm id ad e s , a sua eliminaç ão através
d a de fi niç ão de ações corretiv a s e o e s t abe lec i men to de ações preventivas p a r a q ue n ã o h aj a
re perc u ss ão e m o ut ros n í vei s.
Uma n ã o- con fo rm id ad e po de ser:
− U m valor de e m is s ão su per ior ao li mi te le gal;
− A n ão re t ir ad a de res í du os;
− Não conformidade detectada pelos auditores quando de uma auditor i a no s is te m a de gest ã o
ambiental; etc.
Co nsider am-se co mo ações corretivas às tomadas par a eliminar as causas de n ã o
conform idades, evi t an do q ue e s tas n ão vo lte m a oco rrer.
Em e s sênc ia são açõe s tipic amen te re ativas.
A s s im, e m c a s o d e n ão -c o n f o r m id ad e é n e c e s sá r io:
− A g ir so bre o s efe i to s pro du z i do s;
− A n al i s ar a s c a us a s e e s tab ele cer açõe s co rre ti va s p ar a e v i ta r o r es su rgi me nt o;
− Def in ir açõe s pr even tivas par a e vitar o seu aparecimento a outros níveis.
A s ações corretiv a s n ã o p o dem s e r c o n f un di d a s c o m a s imp le s c o r r e ç ã o de u ma n ã o
co nfor midade e spe cífica.
C o n s i de r a m- s e c o mo açõ e s pre ve n t iv a s, a s to m ad a s p ar a e li m in ar c a us a s po ten c i a is e v i t an do a
oc orrên ci a d e po ten ciai s n ão conf orm i d ad es , ou sej a, aplicadas a causas que nunca tenham
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 59 de 65

ger ado n ão conf ormidade s o u c ausas de n ão conf ormidades po tenc iais que possam
p re vi s ivel men te v ir a aco nt ecer. Em es sên ci a s ã o açõe s tip ic a men te p ró - at i v a s.
P ar a a d e ter mi n aç ão das a ç õ e s c o r r e t i v as e pre ve n t i v as d e vem s e r to m ad a s e m c o n si de r a ç ã o a s
co nse qüências da ocorrên cia das não conf ormidade s. O tip o e p r o f u n d i d a de d as a ç õ e s to m ad a s
d e vem e l i mi n ar o u r e du z ir o r i sco a v a l o r e s ace i t áv e i s.
Açõe s corretivas
A tomada de aç ões corretivas eficazes pressupõe u m a a de qu a d a inve s ti g aç ão e i de nt if ic a ç ão d a s
causas r aiz dos problemas. Esta é uma atividad e d etermin an te n a ef ic áci a de tod o o p roce ss o.
Uma vez identificada a causa da n ão conf ormidade, deve m ser deter min adas quais as açõe s a
d e s e n c a de ar b e m c o mo r esp o n s a b il i d a de s , mei o s e pr azos associados.
A a u tor i d ad e p e l a a p r o v aç ão d a a ç ão c o r r e ti va d e ve e star c l ar amen te def in id a. A
re sponsabilidade pela co orden aç ão das açõe s c orre tiv a s d e ve e st a r d e f in id a a n í vei s a de q u a do s,
i nc lu in do o con tro le do s eu es t a do (e m an á l is e, em implemen taç ão, atr asado, fe ch ada) e que
for am real izadas de acordo c o m o s c ir c u i tos p r e v is to s n o s pro c e di me n t o s. E st e c o n tr o l e d e ve
contemplar, não apenas a implementaç ão, mas tam bé m o s mé tod os p ar a aval i ar se as mesm as
fo r am, ou não, e fic aze s.
O s d if e r e n te s p as so s d e u m a a ç ã o c o r r e t i va d e ve m ser r e gi s tr ad o s . Es te s r e g is tr o s de ve m
p erm i t ir e vid enc i ar o es t a do e m qu e se encont r a c a d a açã o c orre t iva.
A an ál ise das aç ões corre t i vas , princ i p al men te a su a ef ic áci a, de ve se r le vad a à Di reç ão p ar a
e f e i to s de r e v is ão do s is t e m a de ge s t ão am b ie n t a l ( ve r su b it e m 4 . 6 ).
A çõe s preventiv a s
A or g an i z ação de ve e s tab ele cer um a m e to dol o gi a que per m ita identificar as causas potenciais
de n ão c onfor midade s.
A s a çõe s p re ven ti v a s d e ve m ser t om a d as , t e ndo e m c on t a a s p re v is í ve is c onse qüên ci a s
potenc iais das n ão conf ormidades, c o m p ar t ic ul a r a te n ç ã o p ar a as q ue s tõe s r e l a c io n a d as c o m o
c u m p r i m e n t o d a l e g i sla ç ão.
D e ve e s t ar de f i n i d a a r e spo n s a bi l i d ade pela c o o r den aç ão a n í vei s a de q u ado s, in c l u in d o o
co nt rol e do s eu e st a do, a re spon sab i li d a de pe lo de sen vo l vi men to e im ple ment a ç ão e aval i aç ã o
d e c a d a aç ão, inc l uin do o s c ir c ui tos de fi nidos e a autoridade par a a sua aprovação.
O s di f e r e n te s p a s so s d e u m a açã o pre ve n t iv a d e v e m s e r r e g is tr ad o s . E s te s r e g is tr o s de ve m
p erm i t ir e vid enc i ar o es t a do e m qu e se encont r a c a d a açã o pre ven t iv a .
A análise das ações preventivas, p rin ci p almen te a su a ef ic áci a, de ve ser le vada à D i reç ão p ar a
e f e i to s de r e v is ão do s is t e m a de ge s t ão am b ie n t a l (i te m 4 . 6 ) .
Re sumin do, a or gan i zaç ão de ve e labor ar proce dim e n to s o n de se def i n am r e s po n s ab i li d a des por :
− I den t if ic ar n ão confo rm i d a des ou p ot enc i ai s n ão confo rm i d a des ;
− T r at a r as n ão -co nfor m id a de s e o s s eu s ef ei to s s obr e o amb ien te ;
− I nv es t i g ar as c au s a s d as n ão -con for mi d a de s ou po ten ci a is n ão co nfor mi d a de s;
− E s t a bel ecer e im p lem en t ar a s açõe s cor re ti v as ou pre vent i v a s;
− Estabelecer um sistema de regi stro das al t er açõe s a o s pr oce di me nt os qu e ad vê m d a
impleme ntaç ão das açõe s cor re tivas e pr even tivas (SGS, 2003; APCER, 200 1 ).
G e ran d o e v idê n c ia
− E x i s tên c i a d e p r o c e d im e n to doc u men t a do q ue inc l u a a m e to dol o gi a p ar a i d e n ti f i c aç ão ,
i m pl eme nt aç ão, con tro le e r ev i s ão d e n ão confor midade s, açõe s c orretivas e pre ven tivas;
− Pr áticas documentad as no re l ati vo ao tr at amen to d a n ão- con for me;
− Re g i st ros da n a tu re z a d a s n ã o confo rm i d ade s e açõ es to mad a s;
− A u tor i zações (ace i t aç ão, per mi s s ão, d erro gaç ão);
− Re g i st ro de re s ul t a do s d e re ver if ic aç ã o q u an do o p rod u to não -co nfor me f or cor rigi do,
re p ar ado ou re toc ado;
− M ei os de segre gaç ão ou de i den ti fi c aç ão;
− Pr oce di ment o doc umen t a do q ue i nc lu a a m e tod olo g ia p a r a i de n t if ic aç ão , i m pl e me n t aç ão ,
co ntrole e re visão de açõe s c orre t ivas;
− R e g i st r o s d o s r e s ul ta d o s d as a ç õ e s c o r r e tivas e mpreen didas e outro s e ven tualmen te
re le van te s par a de monstr ar a con for midade da pr át ic a com os r e q ui si t os n or m a ti v os;
− R e g i st r o s d o s r e su l ta d o s d a s a ç õ e s pre ve nt i v as emp reen di d a s e ou tr os e ve nt u a lm en te
re le v an te s, p a r a de mon s tr ar a co nfor m id ad e d a pr át i c a com o s r eq ui s ito s n orm a t ivo s
associados à tomada, realizaç ão, contro le e r e v i s ão de açõ e s p r e ve n ti v a s;
− Evidênc i a de coleta e tr atamen to de dado s par a efe i to de açõe s pre ven tivas, me smo que a
or gan i zaç ão tenh a conc luído n ão sere m nece ssár ias açõe s (SEBRAE, 2004; SGS, 2 003; APCER,
200 1 ).
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 60 de 65

− D ur an te uma au d i tor i a d e cer t if ic aç ão, é m ui to c om um ou v ir f al ar de derr ame s d e q uí m icos ou


d e p e t r ó le o , de e x c e d e r o s lim i t e s d e p o l u i ç ão e o u t r a s n ão con for mi d a de s do ti po. O s
auditore s externo s verif icam, en tão, se e s tes a con tec im en to s foram r eg i s tr ad o s e s e e f e tu ou
al gu m t ipo de aç ão na t en t at i va de que e le s n ão vo l tas se m a acon te cer. In fe li zmen te , ne m
s e m pr e é o c a so;
− Não rec onhec er um acon te cimen to co mo uma 'n ão conf ormidade' é um proble ma comum.
Po rém , se fo i reco nheci do e re gi str ado, p ode -s e e n t ão int r o du z i -l o n o p r o c e s so q ue , in ve st ig a
a causa, planej a a soluç ão e cer tifica-se de que el a es ta i m p le ment a d a e é efi c a z, in cl uin do
q u a is q u e r m e d i d as p r e ve n t i v as id e n ti f i c ad as ;
− A s e mpre s as v ão d em as i a d a s ve zes d a s c a u s as p ar a a s sol u ç õ e s s e m f a ze r e m u ma i n ve s ti g aç ão
c u i d adosa pode l e v ar à r ep e t iç ão do problema, se a sua ver d ad eir a c a us a n ão fo i i den ti fi cad a e
tr atad a;
− É t amb ém im por t an te q ue as ações sej am deci d i d as e imp le me n t a d as de u m a f o r m a apr o p r iad a
( d en tro do p r a zo ). N um a oc a s i ão, f or am de tec t a do s gr and es pro b lem a s n a au d it or i a in terna e m
u m a e mp res a e fo i d a do um per íod o d e 6 mes es p ar a a c o r r e ç ão dos p r o b le m as , q u an do o m a i s
a p r o p r i a do t e r i am s i d o 2 se m an as ;
− Po r ve zes as em pre s as re age m às s i t u açõe s de n ão co nfor m id ade at r avé s d a aç ão im ed i ata d e
m i t i g aç ão ou corre ç ão ( o que, com o pr i me iro p as so, n ão é in a dequ a do ), se m co ns i der arem a s
açõe s de fundo nece ssárias par a e limin ar as c au s as qu e or igin aram aquele problema - as
v er d ad eir as açõe s c orre t ivas; e
− Outr as veze s as empresas de f ine m a ne ces s i d ade de i mp le ment ar de te rmi n ad as açõe s
co rre ti v a s ou pre ve nt i vas ( s obre po ten ci a i s pro b l e m a s ), m a s de p o i s n ão v e r i f i c a m s e f o r am d e
f ato implemen tadas e se for am e fic aze s (SGS, 200 3; APCER, 2001 ).

4 . 5 . 4 C ontrole de Re gistros
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A or g ani z ação d eve est ab el ecer e m an t er r eg is tros, con fo rm e n e cess ári o , p a ra d emon stra r
c o n fo rmi d ad e com o s requ isi to s de s eu sis t em a d e g es tã o d a S S T e d es t a N o rm a OHSAS , b em
como os r esultados ob ti dos.
A or g ani z ação d eve es tab el ecer, im pl em en t ar e m an ter pro ced im ento (s ) par a a i dent ifi cação ,
arm azen amen to, pro t eção, recuperação, retenção e d es car te d e registros.
Os registros devem ser e perman ecer legíveis, identificáveis e rastreáveis.
Ob jetivo
D e vem s e r c o n se r v a dos o s r e gi s tr o s que d e mon s tre m q u e o S i s te m a d e G e s t ão d a S S T f u n c i o n a
d e mo do ef ic az. Os re gis tr os da SST de ve m ser le gí vei s e organ i zado s, con ser vado s e
a d e q u ad a men te i de n ti f i c a dos .
I n te rp retaç ã o
D o s is te m a d e g e s t ão d a S S T f az p a r te um conj un to de re gi stros q ue permi te m con tro l ar a
e f ic iên c i a d o s is te m a ( r e gi s tro s d e f o r m aç ão, d e r e v isão do s i s te m a , d a s aud i tor i a s, e tc . ) e
v er if ic ar o c um pr im ent o do s ob je t iv os e me t a s de SST e d a le g is l aç ã o a pl ic á ve l (re gi st ro s de
m on it or amen to, do con tro le o pera c ion a l, d as s i t u açõe s de e mer gên ci a , e tc. ).
E n ten de -se po r “re g ist ro ” t od a a e vi dên ci a , e m qu a lq uer su por te ( p a pe l ou inf orm á t ico ), d as
a t i v i d ade s p re vi s t as no s i ste m a de g es t ão a m b ien t a l, inc l uin do os d e or igem e x tern a ( re la t ór io s
de c ar acterizaç ão de emissõe s gaso sas, bo le tin s de an álise s de ef luen te s líquidos, e tc. ).
O s r e g i s tr o s s ã o a p r o v a d a e f e t i v a i mp le m en t aç ão d o q ue foi p l an ej ad o e ser ve m, p or
exemplo, par a a avaliaç ão con tí n ua d o s e u des e m pe n h o .
A s s im:
- T o do s o s r e g i s tr o s de ve m s e r l e g ív e is, i de n t if i c á ve is e r as t r e á ve i s à a t i v i d ade , ao pro du to o u
s e r vi ç o ;
- O s re gi st ros de ve m ser ar qu i vado s e c ons er vad os de form a a se rem r api d ament e ace s sí ve is e
p ro te gi do s co nt r a a degr ad aç ão ou per d a;
- O pr a zo de c o n se r v a ç ão do s r e gi s tr o s de ve s e r e sp e c if ic ad o ;
- O s r e gi st r os de ve m ser g u ard ado s na f o r ma m a i s ap r opr i a d a com v i s t a a d e m on s tr a r a
co nfor midade co m o s re quisito s;
- Os re gistros de vem estar in te gr almen te pr een ch idos e adequadame nte iden tific áve is;
- O s re g i st ros de ve m e s tar pro te gi do s d e m anei r a apr opr i ad a , con tr a inc ênd io s e o ut ros d ano s
o u c o mo r e q ue r i do po r l e i .
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P re ven çã o
O s re g is tr os exi g ido s p el a le gi s l aç ão s ão o s m ín i mo s e n ão s ão s ufi c ien te s p ar a s at i sf a zer a
g e st ã o d a pre ve n ç ão . A f o r m al i zaçã o do c o n tr o le do s r e g is t r o s é um a c o n tr ib uiçã o i mpo r t an t e
p a r a a pre ve n ç ã o .
E vi dê n c ia
- P r o c e di me n t o s p ar a i de n t if ic aç ão , m a n u ten ç ão e d is po siçã o do s r e gis t r o s d a S ST ;
- O s r e g i st r o s d a S S T d e ve m s e r ad e q u a d ame n te ar m a zen ad os e f ac i lm en te co nsu l t á ve is;
- E n tre o s regi s tro s, s al ien t am -se os se gui nt es:
9 Re gistros da fo rmaç ão;
9 R e l a tór io s da i n s pe ç ão d a S S T;
9 Re l atór io s das au di to ri as ao Si s te ma d e G e s t ão d a S S T;
9 Re l a tór io s das con su l t as ;
9 Re l atór io s do s ac id en tes ;
9 Re latór io s do ac ompanh amen to de ac iden te s;
9 Atas das reuniões de SST;
9 R e l a tór io s do s tes te s mé di c o s;
9 R e l a tór io s da v i g i l ân c i a d a s a úd e ;
9 R e g i st r o s do s as s un to s r e l ac io n a do s c o m EPI ;
9 Re gistros de te stes e man utenç ão de equipamen to s de emer gênc ia;
9 Re l a tór io s do s e xerc íc ios de r es po st a a e mer gênc i a s;
9 R e g i st r o s da r e v is ã o pe l a D ir e ç ão ;
9 R e g i st r o s da i de n t if ic aç ão de per ig o s ava l i aç ã o e c o n tr o l e d e r i sc o s.
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− A s gen e r al id a de s dos r e g is tr o s do S is te m a d e G e s t ão d a S S T e s tão pre vi s tos n a le g i sla ç ão
ap l ic áve l e i nc lu s ive est ão e st abe lec i do s os re spe c ti vo s t e mpo s d e re ten ç ão, i st o ne m se mp re
é le v ad o em con s ide ra ç ão pe l as e mpr es a s.
− O te m po d e re ten ç ão do s re g is tro s n ão pre v is to s n a le gi s la ç ão n ã o est á d ef ini do.
− No s re g is tro s m an t id os so b con tro lo n ão es tão con s id era d os o s re gi s tro s or iund os do e xter ior
( o s q u ai s s ão , mu i t a s das v e zes , e sq ue c i do s ).
− Os registro s en con tram-se preen chido s de modo inco mple to sen do comum en con tr ar
s i t u açõ e s o n de a o br ig a t o r ie d a de de a s sin at ur a s por par te do s tra b a lh a dor e s , o u d a g e s t ã o ,
que pro va que este s tomar am conhe cimen to, n ão é cumpr ida.
− O s re g i str os es t ão a ces s í ve is a tod os , n ão s en do p os s íve l e vi den cia r que e s t ão sob con tro le
(e xe mp lo: re gis tr os mé di co s, q ue de ver ão s er de aces so con tro lad o e de aco rdo com a
l e gi s l aç ão ).
− O s t em po s d e r et enç ão de sc ri to s n ã o s ão r es pe i t ad os, p or e xe mp lo os re g is tro s de a v a l iaç ão
d a e xpo s iç ão di á ri a ao r uí do dur a nt e o tr a b alho f or am de st ru í do s ao fi m de 5 an os .
− O s re gi s tro s e v i denc i a do s n ã o a sseg ur a m a r a st re a bi l id a de à a t i v i d ade, pr od u to o u ser v iço q ue
l he s de u or ige m.
− N um de term in a do local , o c l ien te m an dou faz er um a ' l im pe z a ' ao s re g is tr os an t ig os an tes d a
au d i tor i a. Inf el i zmen te, os re gi s tro s e s t avam n u m re ci pi en te for a d o ar qu i vo p ar a serem
l e v ado s p ar a um a te r r o . E s ses r e g is tr o s e r a m altamente confidenciais e d ev er i am te r s i do
s uj e i to s a um a e l i mi n aç ão se gu r a;
− O s d a dos inf o r m a t i z ad o s s ão m ui t a s ve ze s o s r e g is tr o s r e le v an te s p ar a o S ST . P o r ve z e s , o s
s i s te m as info rm a t i z ado s n ão t êm có p i as de se g ur ança o u e s t a s s e encon tr a m ao l a do do
co mputador. N ão se pode con s iderar q u e e s tej a m t o t a l me n te ' p r o te gid a s ';
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 62 de 65

4 . 5 . 5 A ud i to r ia in te rn a
Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A o rg an iz a ção d e ve a ssegu r ar q ue a s a udi tor ia s in tern as d o s is tem a d e g es t ão d a S ST s ej am
conduzidas em intervalos planejados par a:
a ) d e t ermina r se o s is te m a d e g es tã o d a S S T:
1. E s t á em con fo rmi d ad e c o m o s arranj o s p l an ejados para a gestão da SST, in cluind o-s e os
r equ isi tos des t a Norm a OHSA S;
2. F oi ad equ adam en te im plem ent ado e é m an ti do; e
3. É eficaz no atendimento à po lítica e aos ob jeti vo s da organi zação;
b ) Fornecer informações à administração s obr e os resultados das audi tori as .
P rogr am a(s ) d e aud itor i a d eve(m ) s er pl an ej ado( s), es t ab el ecido (s ), impl em en t ado (s ) e
m an tid o(s ) p e l a org a niz a ç ão c om b as e nos r esu l t ados d as a va l i a ções d e ris c os d as a t i vid ad es
da organização e nos r esultados de auditori as anterior es .
P r o c edi m ent o ( s ) d e aud i to r i a d e ve(m ) s e r estab el e cid o (s) , i m p l em ent a d o (s ) e m a n ti d o (s ) par a
t r at a r :
a) D as r es pons ab il id ad es , c omp e t ênc i as e requi si tos p ara s e p l ane j ar e co ndu zir as
a ud it ori as, p a r a r e l a t ar o s r esu l t ados e r et er os regis tro s a sso c i ados ;
b ) D a d et erm ina ç ã o dos cr it é rios d e aud ito ri a, es co po, fr eqü ên ci a e m ét o do s.
A s e l eç ão d e aud it o res e a c o nd u çã o d as a ud ito ri as d e v em ass eg ur ar o b j e ti vi d ad e e
im par ci alidad e do pro cesso d e au di tor i a.
Ob jetivo
O obj et i vo é as se gurar que o SG SST i mp lem en t ado está de acordo com as suas intenções
ambien tais e c om o s requisito s da OHSAS 18 001.
É a ferr amenta chave par a gar anti r q ue o si st e m a d a sua e mpr es a e s t á a fun ci on ar de acor do
co m o p l ane ado e que co ntri bu i de f ato p ar a a m e l h o r i a d o des e m p e n h o ambiental, é a auditor ia
i n ter n a.
Q u an do abor d a do co mo mec an i smo de me lhor i a em ve z d e " c aç a às b ru x a s" , será o pro ce sso de
manuten ç ão do SGSST (SGS, 20 03 ).
As auditorias plan ej adas ao Si s te m a d e G e s tã o d a S S T d e vem s e r r e a l i z ad a s o u pel o p e s so a l
q u a li f i c ado d a p r ó pr ia o r g an i z aç ão e / o u p e s so a l e xt erno , q u ali f ic a do p a ra o efe it o e
selec ion ado pe la or gan i zaç ão, par a avaliar o gr au de co nfor midade c om os proce d imen to s
d o c ume n t ad o s d a S S T e a v al i ar a e f ic á c i a do s is te m a n o c u m p r i m e n t o do s o b j e t i vo s d a S ST d a
or gan i zaç ão. A s au di tor i as de ve m s er ef et u adas de for m a i m p arc i al e o bje ti va.
As auditorias intern as ao Sistema de Ge stão da SST devem centr ar a sua atenç ão no
d e s e m pe n h o do S i s te m a d e G e s tã o , n ão dev e n do ser c o n f u n d i d as c o m in s pe ç õ e s d a S S T o u
co m o u tr as i ns peçõ es de se gur a nç a.
I n te rp retaç ã o
E s te r e q ui si t o d a n o r m a per m i te ver if ic ar s e o s i ste m a i m ple m e n t ad o é o a de q u ad o à
or g an i z aç ão e se e s t ão a s er c um pr id os:
− Os re quisito s da nor ma OHSAS 18001 :2007;
− A s e x i gê n c ia s le g a i s;
− Os compromissos assumido s;
− Os proce d imen to s estabele cido s.
Salien te -se que se trata de ve rif ic ar at iv i d a d e s e p r oce d i men to s a s soc i ad os , inc lu in do a
re spec tiva ef ic ácia de c ada uma e do seu c onj un to, c ompre endendo pe lo meno s o s seguin te s
aspectos:
− Se as at ividades estão adequadamente documentadas ;
− S e a s in s tr uç õ e s tr an s mi t i d as pe l a d o c ume n t aç ão estão a ser entendidas e postas em pr ática;
− S e fore m efi c a ze s e pro mo ve m, de for m a si st e m át ic a , o c u mpr i men to d a po lít i c a, o bje t iv o s e
m e t as e o de sem penh o de S S T d a org a n i z aç ão ( d e acor do co m o s p roce d ime nt o s
e s t abe lec i do s ).
De ve se r elabor ado um pro cedimen to on de é des cr ito o mé todo a u s ar nas au di tor ias , a
q u a li fi c aç ão que o s a ud i tor es de ve m ter e c om o é e s t abe lec i do o p la no de a ud it or i as .
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 63 de 65

A s aud i tor ias po de m ab r an ger a to t ali d ade do si s te m a de ge s t ão d a SST o u p art e s de s te. No c aso
d a or g an i z aç ão a pen a s p re ver a ud it or i as p ar ciai s, o se u conj un to tem d e per mit i r, n um per ío d o
d e tem po ad e q u ad o , ava l i ar a to t al i d a de d o s is t e m a.
O p l ane j ame n to d a s a ud i tor i a s de ve i de n t if ic ar o s r e c ur so s a u t i l i z ar (p o r e xe m plo , n o me aç ão de
e qu ip a s aud i tor a s ), a s a t i v i d ade s a a u d i t ar e o s p erí od os de tem po e m qu e es t á pre v is t a a
realizaç ão das auditor ias.
A s e q u ipe s a u d i tor a s p o de m ut i l i z ar l is t as d e ver if ic aç ã o / c o mp r o v aç ão q ue per m i ta m a
s i s te m at i z aç ão e uni for m i z aç ão d a a b r an gênc i a e dos c ri té rio s. E s t a s de vem s er e l a bor a d a s
t en do por b as e a d oc ume nt aç ão ap li c áve l (p or exe mp lo, man u al de ge st ão d a SST ,
p roce d ime nto s, req u is ito s le gais , e tc. ), i s to é, de vem ser c o m p a t í ve i s c o m o s i st e m a de ges t ã o
i m pl e me n t ad o e c o m o s s e u s r e qu i si t o s.
A or g an i z ação de ve con s ti t uir u ma b ol s a de a u d i tore s, forn ecen do -lhe s a for maç ão necessária.
C aso as aud i tor i as se jam s ubc ont r at ad as, a or gan i zação de ve de sen vo l ver u m pr oces so de
a v a l i aç ão pré v i a d a q ua l i f i c aç ão do s a u di tor es , de ven do se r g ar an ti do que e ste s cu mp rem o s
p roce d ime nt o s d a o rg an i z aç ão e /ou ou tro s doc um en tos con tr a t u ai s.
A f o r m aç ã o d o s a u d i tor e s de ve e st a r def in i d a e documentada (ver subitem 4.4.2 ). Aten dendo à
n ature za e espec if ic i dade de sta funç ão, é re le van te que a fo rmaç ão co mpreen da uma par te
teór ica e uma pr ática:
− A c omponen te teór ic a de ve gar an t ir conhe cime ntos da n or m a de r efer ênc ia, das téc nicas
e spe c í f i c as d e au d it o r ia e d as te c n o lo gi a s e leg i s l aç ão a mb ie n t a l ap l ic á ve i s;
− A c omponen te pr átic a d e ve in clu i r a realizaç ão de auditor i as (prepar aç ão, re alizaç ão e
re l atór io ) co mo au d i tor e fe ti vo.
Se be m que n ão estej a e xplícito neste re qu i si to d a n o r m a, o s a ud i tor e s de vem ser
i n d e pen de n t e s d a s áre as /atividades a auditar .
Qualquer au ditor i a realizada deve dar or igem a u m r el atór io que indi que no mí ni mo: âmbito o u
abr angência da auditor i a data de realização, con sti tu iç ão da eq u ipe auditor a, o que f oi
ef etivamente verific ado e as con s tataçõe s ob ser v ad as . O re l atór io po de con ter t am bé m
re comendaçõe s o u apon tar áre as de me lhor ia.
A i den t if ic aç ão de c a usa s , pr opo s ta, a pr o v aç ão, se guimen to, fech amen to e avaliaç ão d a ef ic áci a
d a s a ç õ e s c o r r e ti v a s d e c o r r e n te s d a s a u d i tor ias de vem s er efe tu ad as de aco rdo com o s
proce d ime nto s estabe lec i do s par a as açõe s corre t ivas previsto s no subite m 4.5. 2.
Os re sultado s das auditorias deve m ser le vados ao conhe cimen to das áre as auditadas e da
D ir eç ão, con s ti tuin do u m a in for ma ç ão i m por t a n te p ar a e f e i to s d a r e v is ão d o si s te m a de g e s t ão
ambien tal (ver item 4.6) (SGS, 20 03; APCER, 2001 ).
P re ven çã o
A pr ocur a de potenc iais situaçõe s de “n ão se gur anç a” é, por si só, sinôn imo de pre venç ão .
S a l ien te - se q ue a s con st a t a çõe s i den t if ic a d as n as au di to r i a s s ão o b j e to de açõ e s c o r r e t i v as, o
q ue si gn if ica q ue f o r am r e p ar a d as s i t u açõ e s de po ten c i a s a c i de n te s o u d an o s.
G e ran d o e v idê n c ia
− P r o c e di me n t o doc um e n t a do p a r a d e s c r e ver as r e spo n s a bi l i d ade s e m e tod o lo g ia s p ar a r e a li z a r
au d i tor i as in tern as;
− U m a bo a me di d a de qu e o pr ogr am a de au dit or i a i nt erna e s t á ou não ten do suce s so, pod e s er
o bt i d a pe la c o mp ar aç ão d os res u l t ado s ob t i dos e m au d i tor i as i n ter n as rec en tes com as
observações da auditoria de se g und a ou ter ce ir a p ar te;
− É e ss e n c i al q ue o s pro c e s so s / áre a s c o m um h i s tór ico d e prob le mas e m au d itor i as in te rn as,
e s tej a m s uj e i to s a u m a m a i o r f r e qü ê n c i a de au di tor i as intern as, do q ue aque les co m um bo m
desempenho;
− E m al gu m as s i tu açõe s, po de ser ne ce ss ár io s u bcon tr atar to do ou par te do proce s so de
auditor i a interna se, por exemplo, não existirem re cursos apropriados n a organ i zaç ão. Este
fato pode, ainda, ser es pe ci a l ment e ú t il, por e xe mp lo, na a uditoria à Alta Direção ou à pr ópria
f unç ão de ge s t ão d a qual i d ade;
− Plano de auditor i a abr an gen do to do o e sc opo;
− Re l atór io s de aud i tor i a; e
− Re latór io s de acompanh amen to das n ão conf ormidades en con tr adas (SEBRAE, 2 004; SGS, 200 3;
APCER, 2001 ).
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− As auditor ias muitas das vezes são realizad as por pes soal n ão q u al if ic a do p a r a o efe i to, e, e m
co nse qüência o s re spec tivos re sultados n ão ga r antem uma adequada ava l i aç ão do S i s te ma d e
Ge stão da SST.
− O pl a nej a men to d as au d i tor i as não re fle te o s re su l t ado s d a a v al iaç ão do s r is co s, ou sej a, a s
a t i v i d ade s c o m r is c o s mai s gr a ve s n ã o s ão au d it a d a s c om maio r fre qüên ci a.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 64 de 65

− O planej amento das auditor i as não re fle te o s re su l t ad os d a s a ud i tori a s an ter iore s, ou sej a, a s
á re a s com m a io r n úmero de n ão con for mi d a de s e /o u n ão c onfo rm i dad es m a i s gr a ve s, n ã o são
a u d i t ad a s c o m m a i o r f r e q ü ê n c i a .
− Não existem evidências su ficientes que comprove m qu e o s re sul t a do s das auditorias são
l e v ado s ao co nhec i men to d a ges tã o de top o.
− As auditor ias são sistematicame n te a di a d a s se m h a ver j us t if ic a ç ão ace i t á ve l p ar a o e f e i to .
− O s a ud i tores i nt erno s n ão se encon tr a m de vi d a men te qu a l if ic a do s p a r a o e fei to ( a us ênc i a d e
fo rm aç ã o e t re ino a dequ a do s ).

4 . 6 ANÁLISE C RÍTICA PE LA D I REÇ Ã O


Texto da Norma OHSAS 18001:2007
A alta Direção deve an alisar cri ti cam en t e o si st em a de g es t ão da S S T d a or g ani z ação, em
in t er v a lo s p l a ne j ado s , p a r a ass eg ur ar su a con tin u ad a a d eq u a ção , p e rt in ên cia e e fi c á c ia. A s
an ális es criti cas d evem in cluir a ava l i a ç ão d e o p o rtu nid ad es p ar a m el h o ri a e a nec e ssi d ad e d e
alterações no sistema de g es t ão da S S T, in c lusi v e d a po l ít i c a d e S S T e d o s o b j eti vo s d e S ST . O s
r eg is tros d as a ná l is es cr í ti c as p e l a dir e ç ão devem s er r et ido s.
As en tr ad as par a as an ál is es cr ít i cas pel a d ir eção devem incl uir :
a) R e su lt a do s d as au di tor i as in t ern as e d as a v a l i a çõ es do a t end imen to ( c o mpl i an c e ) aos
r equ isi tos legais apli cáveis e a ou tros r equisi tos subs cr itos pela o rgani zação;
b ) Resultados da participação e consulta (ver 4.4.3 )
c) Comunicação(ões) pertinen te(s) proveniente(s) de partes interessad as exte rnas, incluindo
reclam ações;
d ) O d es em p enh o d a S ST da o rg an iz a ção ;
e) Ex tens ão n a qu al f or am atendi dos os obj eti vos ;
f ) S it u a çã o d as in v es tig a çõ es d e in c iden te s, d as açõ es corr etivas e d as açõ es pr even ti vas ;
g ) A çõ es d e acom pan h amen to d as an ál is es cr ít i cas pel a d ir eção an t eri ores;
h ) Mud an ça de cir cuns tân ci as, in clui ndo d es en vo l vim en tos em requi si tos legais e ou tros
r elacionados à SST; e
i) Recomendações para melhoria.
As saíd as das análises críticas pela direção d e vem s er c o e re nt es c om o comprom et im ent o d a
organização com a melhoria contínu a, e d e v em i n c luir qu ais qu er de cisões e ações relaci onadas a
p o ss í v eis mud a n ç as:
a) No desempen ho da SST;
b ) N a po l ít i c a e o b j et i vos d e SS T;
c) Nos recursos; e
d ) Em o utr os el emento s do s is tem a d a S S T.
A s s a íd a s per tin en t es d a an á lis e cr ítica pela direção devem ficar dis pon í veis par a comun i ca ç ã o
e con su lt a (ve r 4 .4 .3 ).
Ob jetivo
É o mo ment o e m qu e o s me m bros d a Al t a D ir eç ão d a e mpre s a an a li s a m e ref le te m s ob re o
S G S ST, ver if ic an do a s s u a s ori en ta çõe s, o seu de sem penho , os seus res ul t a dos e pon der am se o
s i s te m a a ind a ref le te n a to t al i d ad e a for ma co mo a empr esa pretende endereç ar as suas
que s tõe s de saúde e se gur anç a (SGS, 2 003; APCER, 2001 ).
A D ir e ç ão d e ve r e ver o S is te m a d e G e s t ão d a S S T p ar a a v a l i ar se e s t á a ser in te gr al men te
e xec u t ad o e per m anece a deq u a do f a ce ao s obje t i vos d a SST e s t ab elec i dos .
A revisão deve também avaliar se a política continua a ser apropr iada. De ve e st abe le cer no vo s,
o u at u a li z ad o s , o bj e t iv o s p ar a a m e l h o r i a c o n t ínu a , e a v a l i ar se são n e c e ss ári a s a l ter aç õ e s a
a l g u m do s e le me n to s d o Si s te m a d e G e s t ão da S S T.
Interpretação da OHSAS 18001:2007 Página 65 de 65

I n te rp retaç ã o
E s te re qu i sit o vi s a à def in iç ão de u m a m et od ol ogia capaz de supor t ar uma análise crítica do
mais alto níve l, global e in te gr ada, do dese mpenho, adequaç ão e e fic ác ia do sistema de ge stão
d e SST .
E s t a de ve s er e fe tu ada a i n ter val os de t emp o d ef ini do s e ter um âm b it o s uf ic ien te men te
alar gado par a avaliar :
− A ade qu aç ão de to do o s i s te m a de ge st ão de SST;
− O cu mp ri men to d a p olí t ic a e do s o bje ti vo s de S ST;
− O c u mp r i men to do s r e q u is i to s d a n o r m a de r e f e r ê n c i a; e
− A gar an ti a d a me lho ria c ontín u a d a s atis f aç ão de to do s o s intere sse s en vo l vi do s, e m e spec i al
d a so ci ed a de e do a mb ien te.
A re visão de ve base ar-se num c onj un to d e in f o r m aç ão, p r e v i ame n t e d e f in id a.
E x e m pl o s:
− Resultados de au ditorias e an á li se d e açõe s corr et i v a s e p re ven ti v a s;
− Re clamaçõ es;
− I n d ic a dor e s r e l a ti vo s a a t i v i d ade s d e m o n i to r a m e n to e me di ç ão .
A análise da infor m ação indicad a d e ver á g e r a r a ç õ e s c o n du c e ntes à melhor ia da adequação e
ef ic iên ci a do si s te m a de ge s t ão d e SST e do de se mpen ho d e SST d a or gan i zaç ão.
E s t a re vi s ão de ve perm i t ir ver if icar se a p ol ít i c a de S ST s e m an té m a d eq u ad a , s e o s o bje t iv o s e
m e t as de SST fo r am at i ngi do s e aval i ar o gr au de d ese mpe nho de SST. D eve ai nd a p er mi t ir
v e r if ic ar a n e c e s s id a de d e s e e s t ab e l e c e r e m n o vo s o b j e tiv o s e m e t a s.
No c a so de s e ver if ic ar o n ão cum pr i men to d os obj et i vo s e me t a s d e ve m s er d ef in id os no vo s
m ei os té cni co s, h um ano s e f in anc eir os p ara a t i ng i - los, o que pod er á im pl ica r a re v i são do
p r o gr am a de ge s t ão am b ie n t a l (ve r su b it e m4. 3 . 4 ).
A s re vis ões do s i st em a de gest ão de SST de ve m ser e v ide nc ia d a s atr avé s de re gis t ros
a p r o pr i a dos , q ue t o r n e m v i sí ve i s q u ai s a s inf o rmaç ões analisadas , quais as conc l usõ es sob re a
adequaç ão do siste m a de gestão de SST e, ai nda, quais as açõ es desenc ade adas (SGS, 2003 ;
APCER, 2001 ).
P re ven çã o
A ef ic ien te re v i s ão do s is te m a re a l i z ad a pe l a dir eç ão d e mon st r a o se u env o lvi men to n a
m e l h o r i a do S i s te m a d e G e s t ão d a S S T , o q u al c o n s tit u i u m a f o r te c o n tr i bu iç ão p ar a a
p r e ve n ç ão .
E vi dê n c ias
A OHSAS 1800 1:2007 n ão r equer que a or gan i zaç ão disponh a de um pro ce dimen to e scr ito par a
as análises cr íticas pela Direç ão, mas a or gani z aç ão de ve, a t r av é s da m a n ut e n ç ã o do s r e g is t r o s
a d eq u ad os, d e mon s tr ar q ue pl a nejo u es t a a t i v i d ade em i n ter v a los d ef in id os, e q ue e ste s s ão
s uf ic ien te s p ar a as seg ur ar o en qu adr amen to, ad eq uaç ão e e fic áci a con t ín uos d o SST. A
o r g an i z aç ão d e v e r á d e m o n s tr a r e vi dê n c i a d a s ações (tan to planej ad as, co mo co ncluídas)
re lac ion adas co m a melhor ia c on tín ua da e fi cá c i a do SST e seu s proce ss os.
A organização dever á eviden ciar as aç ões (tanto planej adas, como concluí d a s ) r e l a c io n a d as c o m
a melhor ia co ntín ua da ef ic ácia do SST e se us proce s sos.
De mo do a de mon s tr ar a c onfor midade co m a OHSAS 18001 , é intere ssante que a or gan i zaç ão
c o n d u z a, p e lo me n o s , u m c ic lo c o m p le to de a ud it o r i as in ter n a s e um a r e v is ão p e l a
admin istr ação do SST par a c on templar o s re quisito s da OHSAS 18001 (SGS, 20 03; APCER, 2001 ).
− Infor m aç ão recolhida e analisada na revisão do sistema;
− Pe rio d ic id ad e d a re vi são;
− Re gistros da re visão;
− A l ter a çõe s d a Po lí t ic a e do s O bje ti v os;
− A ç õ e s c o r r e t i v a s dec id id a s;
− Açõe s pr even tivas dec ididas.
− Re gistros da re visão;
−…
N ã o c o n for m ida d e s m a i s f re q üe n t e s
− O s r e gi s tr o s d a s a t i v id a de s de r e v is ão n ão e v i de n c i am d e f o r ma c l ar a q ue e le me n tos d o
Sistema de Gestão da SST for am an alisados e/ou qu ai s as de ci sõe s to m ad as e m co nfor m idade
c o m a an á l i s e e f e t u ad a.
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− N ão e x i st e u m a co nc lus ã o acer c a d a ef ic ác i a d o Sistema de Ge stão da SST e/ou acerc a d a


melhor ia con t ínua do de se mpen ho do Siste m a de Ge stão da SST.
− A re v is ã o do s is te m a fo i e fe tu a d a e m conj unt o com a re visão de outr os s i st em as de gest ão
e x is ten te s, f ic an do o pro ces so de re v is ã o do S i s te m a d e Ge s t ão d a SST inc om ple to.
− Não fo i e videnc i ada a presenç a de to do s o s in ter ven iente s indic ado s c omo re le van te s para a
r e v is ã o do S i s te m a d e G e s t ão d a SST.
− A s a ç õ e s r e s u l t an tes da r e un i ão n ã o te r e m s id o e xe c u t ad a s den tr o d a s d a t a s p r o gr a m a d as, p o r
e x.: po de m u i to bem h a ve r tr aba l ho ur gen te e im por ta n te a s er e xec u t ad o q ue n ão v ai s er
re v is to a té à p ró xi m a re uni ã o de re v is ão pe l a D ir eç ão, den tro de 6 ou 12 m ese s;
− N u m a deter mi n ad a o c as ião à r ev is ão f o i f e i t a p o r e - mai l. P e lo s r e su l t ad o s, c o n c lu i -se s e r
ace i táve l, apesar de pouco co nvenc ion al;
− A l g um a s vez e s a s m in ut a s ou a s no t a s tir a d a s n um a reu ni ã o n ão d ão um a in d ic aç ã o c l ar a d o
q ue aco nt ece u; is to é u m p rob lem a se o Rep res en t an te d a D ireç ão n ão a pre sen t a u m re lat ór io
p o r e sc r i to p a r a d i scu ss ã o ; e
− A s re uni ões r ar amen te acon te cem n a d ata pro gr a mad a , n orma l me nt e por que n ão h á
d i sp o n i b il i da d e do pe sso a l e s tr a té gi c o - po s si ve lm e n te , um i n d ic a dor d e f al t a de c o m pr o m iss o
(SGS, 20 03; APCER, 2001 ).

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