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SÉRIE PEREGRINO
ÍNDICE
Peregrino 3
Os indivíduos portadores desse aspecto da vontade São aqueles
que dominam, que impõe custe o que custar. I a expressão
universal sem consciência.
É, com efeito a força bruta.
É muito comum nos homens teimosos.
Da pré-vontade nasce o trabalho técnico ( a tecnologia ).
O segundo aspecto da vontade é a auto-vontade.
É aquele princípio que reconhece sua independência, a sua
liberdade.
Desta liberdade, que quando se acentua, se transforma em rebeldia.
São os rebeldes da história das civilizações..
São seres portadores de consciência empedernida, funcionam como
verdadeiros britadores, despertam a vontade adormecida nas
pessoas.
São os revoltados e quando tem esse principio altamente
desenvolvido atingem um ponto tal, que não reconhecem nenhuma
autoridade. Fazem o que querem e, muitas vezes, provocam o
caos.
Se a pré-vontade se caracteriza, pelo domínio cego, a auto-vontade
é a idolatria, o individualismo levado ao ponto máximo..
Da auto- vontade nasce a política, a diplomacia, a democracia, as
instituições que regem os povos. O terceiro aspecto da vontade é a
super-vontade. é a que se caracteriza pelo sentimento de renúncia.
É o princípio da vontade que, depois de passar por toda essa
evolução, começa desde logo, renunciando a sua própria
individualidade, a seu próprio poder e conhecimento.
Não quer nada para si, tudo para os outros.
Este princípio é a base da moral e da ética.
A emoção em seu primeiro aspecto é a pré-emoção ou emoção
instintiva, é a que se ligam as funções humanas, quase que
vegetativas. é o que no homem é a sensibilidade orgânica, ligada
intimamente ou corpo físico.
O segundo aspecto da emoção é a auto-emoção, a emoção
criadora, que se revela, no homem como harmonia, revela a
criatura dotada de todos os aspectos da arte.
Permite A pessoa se identificar com os sete estágios da arte
sagrada.
O terceiro aspecto da emoção é a super-emoção. é o que se revela
como o princípio da religiosidade, devoção, misticismo.
Peregrino 4
No princípio, quando ainda não está bem desabrochada, gera
fanatismo a idolatria.
Isso acontece até que se transforme em amor puro, universal. é
aquele amor que compreende todas as criaturas numa só.
Esses aspectos da emoção nasce com a criatura como potencial,
como semente.
A humana criatura será algo pelo, que trás dentro de si com
possibilidade de desenvolvimento.
Eis porque encontramos artistas de vários escalões, religiosos de
varias mentalidades, realizando vários estágios..
O primeiro aspecto da emoção pode se confundir com o terceiro
produzindo o crístico religioso, o fanático, o místico, e deles tem se
servido muitos caudilhos para promoverem guerras religiosas tal
como está acontecendo na Europa e noutros lugares, coisas
próprias de fim de ciclo.
O primeiro aspecto da inteligência é a pré-inteligência..
A percepção das paixões pela inteligência incipiente. é a
inteligência emotiva, ou seja a humana inteligência a serviço das
sensações, da carência de princípios somáticos, ardilosa e
enredeira.
É pois aquilo que está diretamente ligado aos sentidos e os orienta
e de certo modo preenche as lacunas que os sentidos não revelam.
É a inteligência-sentimento que procura embelezar as ações físicas.
É a inteligência aderida aos sentidos, e por isso chama-se também
inteligência nervosa, instintiva passional.
Ela arma planos para a satisfação dos sentidos.
O segundo aspecto da inteligência, a auto-inteligência, é o tipo de
raciocínio que gera todas as ciências empíricas, especulativas,
estatísticas, estrutural.
É a inteligência criadora. é conquistada pelo esforço mental. é o
elemento do intelectual materialista.
É a inteligência do intelectual que se dedica, tão somente aos
valores da tecnologia.
É o que chamamos de erudito, lê todos os livros, recita-os mas não
entende o seu conteúdo..
Chama-se também, inteligência dedutiva conclusiva.
O terceiro aspecto da inteligência é chamado de supra-inteligência,
é o princípio inteligente que compreende as Leis que regem a
natureza e as que reagem o universo, que busca idéias no plano, da
abstração.
Peregrino 5
É pois aquilo que compreende a inteligência sutil, abstrata e que
percebe diretamente as coisas.
É a intuição que ilumina a mente e lhe revela novos aspectos da
verdade que a razão não pode descobrir nem conhecer.
É o Gênio que não precisa buscar fora o que tem a dizer, volta-se
para dentro e ai encontra a inspiração/
Na linguagem oriental se diria Budhi-taijasa, ou seja a inteligência
bafejada pela inspiração, pela intuição do Logos.
s portadores desse aspecto amplamente desenvolvido são os
"MEN-TAURUS, ou seja os portadores da mente. São os que
tiveram a inteligência desenvolvida pelo processo iniciático de
MELKI-TSEDEK, os irradiadores da luz, como suprema sabedoria,
sabedoria divina o que, no caso, seria sabedoria religiosa, no
verdadeiro sentido, a sabedoria integral, de todos os planos.
Por isso nosso Grande Senhor e Mestre Professor Henrique José de
Souza disse aos que estavam se permitindo desenvolver este
aspecto inteligente: "Glória àquele que nada possuindo ofereceu o
dom inimitável da palavra que traduz, com perfeição, com sua
supra-inteligência, a vontade de Deus...do Eterno".
Evoluir é transformar vida energia em vida consciência..
Trabalhando esses três elementos, a vontade, a emoção e a
inteligência evoluindo-os da pré até a supra, dentro de um programa
no qual se pratica o conhecimento, yogas e rituais que podemos
também classificar como escola, teatro e templo faz com que o ser
humano atinja o máximo do seu potencial.
Isso se chama iniciação ou início de ação, é quando começamos a
nossa caminhada em busca do conhecimento d3 nós mesmos, do
que somos de onde viemos e para onde vamos.
Para começar a nossa caminhada damos a yoga chamada GLOBO
AZUL.
A palavra yoga vem do radical iyj, sânscrito, que quer dizer único,
seria então ligar ou unir o nosso plano físico ao plano superior ou
espiritual.
Yoga é a único com Deus.
Essa yoga do globo azul vai promover a único entre a nossa mente
e o nosso coração(inteligência e emoção).
Ela consiste em se mentalizar um globo azul índigo, luminoso e se
imaginar dentro dele e ele nos interpenetrando. Nesse globo azul
está inserida a palavra PAX em letras amarelo dourado, também
luminosas.
Peregrino 6
Ao mesmo tempo emite o som OM na nota mi do harmônio que
estará tocando o acorde DO, MI, SOL.
Como primeiro elemento dessa yoga temos o próprio globo como
algo sólido, palpável, correspondendo ao corpo denso ou físico.
Está ligado A realização, atividade, (vontade).
Como segundo elemento temos a luminosidade e as cores que se
relaciona com o plano psíquico ou a alma. Está ligado a plasmação
(emoção).
Como terceiro elemento temos o som, a música que se relaciona
com o espírito, a sabedoria, a ideação cósmica (inteligência).
Teatralizando a yoga temos:
Físico - postura
Psíquico - cores
Espiritual - som
No aspecto escola temos:
A yoga como um todo, é única.
A mentalização se faz por três elementos: forma, luz (cor) som
(música).
E a sua realização se da nas sete tônicas do conhecimento.
Temos então o número 137 que lido ao contrario da a palavra Lei
(731).
A iniciação se faz através do caráter e da cultura portanto, devemos
estar sempre atentos, vigiando os sentidos para que a nossa
transformação interna se realize com o mínimo de esforço e o
máximo de proveito.
AULA N.02
O QUE é RELIGIÃO
Peregrino 7
O avatara se manifesta ciclicamente e de cada vez relembra o que
disse anteriormente e acrescenta algo
Por trazer algo novo, alguma coisa que mexe com o mental, que
obriga o homem a pensar, quebra a rotina os conceitos já
estabelecidos, é sempre combatido, pois aqueles que se dizem
doutores da lei não admitem nada que os venham contradizer ou
inovar.
Após a retirada do mundo físico do avatara, os seus seguidores
começam a trabalhar no sentido de divulgar a nova doutrina.
Passado algum tempo aparecem aqueles que querem tirar proveito
material e modificam os conceitos deixados pela boca da verdade
para adequa-lo às suas necessidades deturpando tudo de bem, bom
e belo, foi dito pelo precursor da doutrina.
Para outros o bem material não é importante, mas sim sua
satisfação de glória e de poder e mais uma vez fazem
modificações nos conceitos originais.
Surgem dessa maneira, as diversas religiões, criadas pelos
seguidores do Avatara que nada tem a ver com o original. Cada um
querendo ser a dona da verdade, cada querendo ser melhor que a
outra, levando seus fiéis ao fanatismo a ponta de promoverem
guerras religiosas.
Como podemos observar, os Avataras não fundaram nenhuma das
religiões existentes. Elas surgiram da ganância de alguns homens,
da sede de poder de outros, firmando a doutrina religiosa através de
suas personalidades, daquilo de mais grosseiro que possui, dando
uma visão toda sua particular dos conceitos emitidos pela boca do
Avatara quando de sua passagem pela face da terra, colocando na
doutrina suas mazelas, seus conflitos interiores, tornando tudo muito
dogmático para esconder seus próprios defeitos.
Os homens, com sua cegueira, perdem a oportunidade de ouvir
diretamente da boca do Deus feito Homem tudo aquilo que de
verdade Ele possa transmitir, dirimindo as dúvidas diretamente na
fonte, atrasando com isso a sua evolução, ele sempre será o que se
diz em linguagem popular "Maria vai com as outras", por não estar
acostumado a ouvir a sua voz interior, a sua intuição, mas sempre
seguir com a fé cega aqueles que lhes falam coisas já estabelecidas
e já trabalhadas, desobrigando-o de pensar.
Os Avataras sempre deixam marcada fortemente a sua passagem
pela Face da Terra e seus nomes são lembrados através dos
milênios, tais como Krishna, a mais bela manifestação da divindade,
Peregrino 8
Mahomé, Gautama o Budha, Jesus o Cristo e tantos outros de que
nos fala a história.
O mais recente Avatara foi o iniciado baiano, Prof. Henrique José
de Souza que veio fazer a tônica da Era de Aquários, a tão
propalada era de paz e tranqüilidade para a humanidade. Legou-nos
Ele um conhecimento fabuloso e tudo por escrito para que não
fosse possível a deturpação que faz os seus seguidores. Para
aqueles que buscam com sinceridade a verdade, é um manancial
de conhecimento e sabedoria inesgotável..
Após a passagem de um Ser dessa hierarquia entre os homens, o
conhecimento puro, aquilo que Ele falou integralmente é
conservado em escolas que se organizam nas chamadas
"Sociedades Secretas" que promovem, em seus seguidores, a
iniciação, fazendo com que o seu caminhar seja mais rápido e seus
membros se coloquem A frente do caminhar da humanidade
podendo auxiliar aqueles que querem seguir o caminho da verdade
dando-lhes os ensinamentos da verdadeira religião, da religião
sabedoria.
Aqueles que são detentores de tal conhecimento têm grandes
chances de se colocarem acima do karma, pois, conhecendo a Lei,
não mais errarão.
Aqueles que seguem as chamadas religiões do mundo profano
vivem na ignorância das leis divinas, pois, é necessário que assim
se faça para maior facilidade de seus dirigentes moverem o seu
rebanho como gado que é dirigido para onde manda seu dono e não
a sua consciência.
Pergunta-se porque a Lei que tudo rege permite esse estado de
coisas.
Tem uma explicação muito simples.
Como a humanidade é dotada de um poder que se chama livre
arbítrio ela faz de sua consciência o que bem entende.
Pois bem, nem sempre o resultado de sua ação é proveitoso e vai
ocorrendo atraso em sua evolução.
O ciclo avança mas a humanidade não, e então surge a
necessidade de existirem instituições adequadas ao mental de cada
estágio evolucional dos homens, por isso são mantidas as religiões
nas suas mais diversas formas até que surja a necessidade, dentro
do Ser Humano, de procurar algo mais adequado ao seu novo
estado de consciência.
Peregrino 9
Assim ela vai pulando de degrau em degrau até que seus passos a
conduzam a um colégio de iniciação aos mistérios maiores.
O erro das religiões está em não propiciarem a seus membros
condições de retirar o atraso evolucional, pelo contrario, fazendo-o
ser maior ainda.
A maioria da humanidade segue alguma religião, não por convicção
mas por comodismo, já que a família onde nasceu professa essa ou
aquela, para ele tanto faz pois considera a fé religiosa uma maneira
de se redimir de seus pecados diários..
Comete uma série de inconveniências durante todo o dia, faz as
orações determinadas pela religião que professa e está livre de
todos os pecados cometidos.
Uma vez por semana ou com maior intervalo, segundo a sua
conveniência, vai ao culto. A missa ou qualquer outro ritual e ali se
acha em comunhão com Deus sem nada ter feito, nem em atos,
nem em pensamentos, para que isso ocorra.
Quando a consciência incipiente que ele tem o acusa de ter
exorbitado, da uma esmola generosa, ou A igreja ou a algum
mendigo, e com isso acha que comprou o reino dos Céus para si.
O temor de fazer oposição A crença da família onde nasceu, de
falar algo novo com os amigos ou em seu ambiente de trabalho,
com medo de ser ridicularizado, faz com que continue naquela
mesma religião. Não encontra força para romper com os lagos de
família em favor da sua evolução e assim continuando cada vez
mais enredado nos dogmas e praticas religiosas arcaicas.
Ele prefere se guiar pela fé que pela intuição.
A fé é aquilo que é imposto, que é falado de fora para dentro. E
tudo aquilo que faz parte do conhecimento externo, por isso
chamado de exotérico, isto é, de fora.
Acredita-se naquilo que é dito por outra pessoa igual a nós,
gerando, dessa maneira, os dogmas, os tabus, as crendices, as
simpatias e toda sorte de coisas sem explicação do porque, apenas
mandando que se faça..
Já a intuição é tudo aquilo que brota de dentro do Ser Humano,
fazendo com que ele tenha o conhecimento de dentro para fora,
com que ele questione todas as informações que lhe são dadas e as
sinta em sua mente e no seu coração antes de pô-las em pratica
como sendo verdadeiras.
A intuição é o chamado conhecimento esotérico pois ele vem de
dentro, internamente.
Peregrino 10
É o hálito divino que nos faz sentir como o próprio Deus. E a
centelha divina manifestada no homem, é o seu próprio Deus
interna, é o farol que nos guia nos labirintos da vida sem nunca
perdermos o caminho reto.
Enquanto a fé é o instinto que nos leva a agir a partir de
conhecimentos e experiências dos outros, levando-nos a seguir
informações que nos fornecem os sentidos, que são ilusórios,
causando sofrimento e dor, gerando karma, a intuição é o instinto
divino que nos leva a agir baseado em nossos próprios
conhecimentos, no conhecimento da verdade das Leis que regem a
natureza e o universo.
Diz o teósofo Franu Hartmann: "O verdadeiro fim de um sistema
religioso, deve ser, como pode uma pessoa desenvolver a potência
de perceber a Verdade. Pedir a alguém que acredite na opinião
expressa por outro e que fique satisfeito com semelhante crença, é
o mesmo que desejar que ele continue na ignorância, confiante
mais em outro do que em si mesmo".
É aí que enquadramos os falsos profetas, os falsos messias,
aqueles que fundam seitas, ou cultos de adoração a eles próprios
como deuses absolutos.
A verdadeira religião é a religião sabedoria, aquela que permite ao
homem falar ao Cristo no seu Deus interno.
Religião é não só entender a verdade mas percebê-la em sua mente
e em seu coração.
A verdadeira religião está em todos os ramos do conhecimento
humano, seja nas artes, nas ciências exatas, na medicina, na
filosofia, e muito mais.
O erro da humanidade está em dissociar a ciência da religião pois
só a integração das duas é que faz se chegar ao conhecimento da
verdade com maior rapidez e eficiência e com menor esforço.
Tenhamos sempre em mente que a verdadeira religião, aquela que
faz o homem se reintegrar na sua origem , que faz o homem ser um
com o universo, é a religião sabedoria, aquela que explica a causa
das causas e não pede somente que acredite por que sim.
É a que faz o homem acreditar em si mesmo sem precisar de
informação externa, é o homem se basta a si mesmo como o
próprio Deus que lhe deu origem.
AULA N.03
PITÁGORAS
Peregrino 11
Pitágoras era filho de Inesarco, rico comerciante de Samos e sua
esposa Parthemis.
Quando recém-casados estavam viajando, consultaram a pitonisa
de Delfos que lhes prometeu "Um filho que seria útil a todos os
homens em todos os tempos".
Quando essa criança tinha um ano de idade, sua mãe, a conselho
dos sacerdotes, o leva ao templo de Adonai no vale do Líbano para
ser abençoada pelo Hierofante.
Em tudo que fazia sempre se mostrou precoce.
Certa vez estava meditando profundamente na varanda de sua casa
de fronte ao templo quando, num relâmpago viu os três mundos
(natural, humano, e divino) moverem-se na harmonia dos números
sagrados 1, 3 e 7, mas levou uma vida para provar tal coisa pela
razão.
Compreendeu que só alcançaria o conhecimento no Egito. Para lá
se dirigiu e submeteu-se a provas de paciência, coragem e
determinação, durante 22 anos.
Ao final de sua iniciação o Egito foi invadido pelo rei babilônico
Cambises que transferiu todo o sacerdócio egípcio inclusive
Pitágoras para a sua pátria onde se praticava três religiões: a dos
antigos sacerdotes caldeus, a dos sobreviventes do magismo persa,
e a elite do cativeiro judeu, que se mantinham harmônicos. Isso
alargou ainda mais os horizontes de Pitágoras.
Zoroastro disse: não devemos mudar os nomes bárbaros da
evocação, pois que eles são os nomes bárbaros da evocação, pois
que eles são os nomes panteísticos de Deus e, estando
magnetizados pelas adorações de multidões, o seu poder é
inefável..
Após 12 anos volta a Agracia..
Ele era tido como morto mas sua mãe sabia que estava vivo.
Sua terra, Samos, está dominada por um tirano e ele se vê obrigado
a fugir para o exílio..
Percorre os templos da Grécia onde é recebido como mestre e só
depois disso se dirige ao templo de Delfos.
Ali conheceu a sacerdotisa Teocléia e a transforma em pitonisa de
Delfos, tornando-o um centro de vida e ação.
Após cumprida sua missão em Delfos, Pitágoras vai a Crotona,
colônia Dórica no sul da Itália, onde se estabelece e funda o
Instituto Hipotecários onde os jovens teriam educação sem sair da
Peregrino 12
família, diferenciada para homens e mulheres, o que deu origem A
Escola Itália..
Pitágoras era, então, possuidor de toda ciência profana e sagrada.
Era um eminente matemático, autor de importantíssimas
descobertas astronômicas e criador da acústica. Conhecia toda a
filosofia, toda a teoria da música, todos os cânones da poesia.
Por outro lado, iniciando-se nos mistérios antigos, conhecia todos os
arcanos que ele zelosamente guardam. Entretanto, como relata
Cícero, chamava-se a si próprio de "filósofo" (amigo da sabedoria)
repudiando o termo sábio..
Os aspirantes A iniciação Pitagórica passavam por um estágio de
preparação. O discípulo devia render culto aos deuses e espíritos
superiores, aprendendo a amar uma Lei Divina que a todos regia.
Durante esse período, devia o discípulo, observar um silêncio
absoluto, para que os turbilhões mentais serenassem e para que ele
pudesse, então, ver refletida em sua mente a luz puríssima da
Verdade.
O aspirante devia possuir as dez virtudes pitagóricas e que
correspondem às que o Manu prescrevera na índia e também às
PARAMITAS BUDISTAS.
O segundo estagio era o da purificação.
O discípulo devia praticar uma higiene muito rigorosa e uma
ginástica racional para que pudesse desenvolver-se
harmonicamente, pois a Taça Sagrada que contém o Espírito deve
ser absolutamente pura, para que este não seja maculado, e
suficientemente rijo, para que o possa conter todo o tempo
necessário A evolução.
"O corpo é uma tumba" diziam os pitagóricos; "deve ser superado,
mas não deve ser perdido".
A alimentação devia constar apenas de comidas puras e, por isso, a
carne, saturada de animalidade, deve ser rejeitada. Aprendia a ser
tolerante, sincero, nobre de sentimento e de aspirações..
A música e a matemática ocupavam, também, um papel
preponderante.
Pitágoras cultivava ardorosamente a música e dizia ter a
propriedade de excitar ou acalmar as paixões. Descobriu que a
altura dos sons obedecia a regras numéricas. A essência do mundo
- concluiu - não era, pois, nenhum elemento mas, um Número, uma
Lei.
Peregrino 13
O discípulo até então ainda não vira Pitágoras, pois este só falava
àqueles que estivessem preparados para receber seu ensinamento.
só então é que ele recebia da boca de Pitágoras a doutrina áurea da
verdade.
Pitágoras falava da causa sem causa, da qual tudo emanou, o Um e
o Todo. Dizia ele que corpo de Deus é uma substância da luz.
Afirmava que duas coisas fizera do Criador a sua imagem e
semelhança: O Sistema Cósmico com os seus inúmeros Isis, luas e
planetas e o homem em cuja natureza existia todo o universo em
miniatura.
Ensinava ainda que a vida humana era apenas um elo de uma
cadeia quase infinita de vidas através das quais vai a alma obtendo
experiências que necessita para regressar a unidade de onde
brotou.
O homem bom colhe bons frutos, o mal semeador não pode esperar
senão uma ma colheita.
Aprendia também a conhecer os Números que para Pitágoras
constituíam a própria essência das coisas. A matemática que
estudava era a geometria dos números; o Um é o ponto; o dois a
linha, o três a superfície; o quatro o corpo sólido.
O número dez, soma dos quatro primeiros, é o número chave e
constitui a famosa TETRACTIS.
Também para os cabalistas o número dez revestir-se-ia de uma
importância extraordinária, sendo para eles considerado o número
perfeito; as dez sephirotes são as dez emanações da Suprema
Deidade.
Com os números relaciona-se a teoria da música que se
fundamenta na medida dos intervalos. No Cosmo cada astro da
uma nota e o conjunto constitui a harmonia das esferas, a música
celestial que não ouvimos por ser constante.
As descobertas matemáticas eram secretíssimas e severamente
punido o discípulo que as revelasse. Muito adiantadas as suas
concepções astronômicas, conhecendo, já a rotação da Terra.
O terceiro grau do discípulo pitagórico era o da perfeição. Os mais
profundos conhecimentos ocultos eram, então, revelados aos já
discípulos aceitos e, tendo aprendido, devia agora ensinar.
Era preciso que fosse pelo mundo afora, para espalhar por toda a
humanidade, os fertilizantes raios da virtude e da justiça.
Andava Pitágoras pelos 60 anos quando encontrou sua esposa
entre seus discípulos. Era ela Teano.
Peregrino 14
Dela teve dois filhos Ainesto e Telanges e uma filha Damo.
Sua escola teve ramificações em Tarento, Heraclia, Metaponto,
Régio, Himera, Catânes, Agrigento, Sibaris e até mesmo entre os
Etruscos.
Sua eloqüência era tal que levou um tirano da Cecília a renunciar e
devolver o trono usurpado.
Com 90 anos de idade o prodigioso mestre Pitágoras e seus
discípulos sucumbiram nas chamas de um incêndio ateado pelos
seus inimigos invejosos.
Mas conservaram-se fiéis aos seus propósitos de responderem aos
impropérios deles apenas com o silêncio.
A Escola Pitagórica foi uma preparação para a fusão do Oriente
com o Ocidente.
°ALGUNS PENSAMENTOS DO MESTRE PITÁGORAS:
- Presta aos Deuses imortais o culto consagrado, guarda em
seguida tua fé.
- Venera a memória dos espíritos semi divinos..
- Tu verás que os males que devoram os homens, são o fruto de
sua escolha, e que os infelizes procuram longe deles o bem, cuja a
fonte tem em si mesmo.
AULA N.04
PLATÃO E ARISTÓTELES
Peregrino 15
ao auto envenenamento por sicuta acusado de perverter os jovens e
negar os deuses.
De a muito tempo. vinha sendo divulgada uma ante filosofia por um
grupo chamado de 'sofistas" que negavam a existência de deus e a
alma que quer dizer, a verdade e a vida suprema, e os da época de
Sócrates declaravam não existir diferença entre a verdade e o erro.
Primavam em provar qualquer idéia e o seu contrario, afirmavam
não haver outra justiça senão a opinião de cada um e, por tais
lições cobravam alto prego.
Sócrates acercava-se dos sofistas com sua doçura insinuante, como
um ignorante que pretende instruir-se.
Depois de pergunta em pergunta forçava-os a dizerem ao contrario
do que no começo pretendiam e a demonstrarem implicitamente
que não sabiam o que diziam .
Sócrates provava em seguida que os sofistas não conheciam nem o
princípio nem a causa de coisa alguma.
Depois de assim os ter reduzido ao silêncio não abusava de sua
vitória, antes agradecia aos seus adversário o haverem-no instruído,
com as suas respostas, acrescentando que "o saber a gente que
não sabe nada, é o princípio da sabedoria".
Desde que Platão entrou em contato com tão admirável Ser sua
vida se transformou.
Sua casa era ponto de reunião da mocidade da época e a sua nova
vida nada tinha a ver com tal procedimento.
Para encerrar definitivamente sua vida anterior, ele da uma grande
festa mesmo antes de ser julgado seu ensaio, e nela anuncia que
vai mudar de vida, queimar seus escritos e seus amigos serão só
aqueles que forem amigos de Sócrates.
Nessa sua nova fase ele passou a perceber a superioridade do Bem
sobre o Belo não realiza a verdade senão na miragem da arte,
enquanto que o Bem a realiza no fundo das almas. Rara e poderosa
fascinação para qual os sentidos não concorrem mas sim a intuição.
Quando da morte de Sócrates o que mais impressionou foi a
serenidade do mestre, dando conhecimento, falando sobre a
eternidade, até o último momento.
Três anos ficaram juntos e, após a morte de Sócrates, Platão
começou sua iniciação nos mistérios de Eleusis, viajou muito e
procurou beber o conhecimento em todas as fontes.
No Egito não chegou até o final com o Pitágoras, foi até o terceiro
grau, que conferia a perfeita lucidez intelectual.
Peregrino 16
Na Itália, comprou, a peso de ouro, um manuscrito de Pitágoras
para beber seu conhecimento diretamente da fonte.
Voltando A Grécia, com a idade de 50 anos, fundou uma escola
com o nome de Academia, para continuar os ensinamentos de
Sócrates.
Platão pregou "seguindo o Bem, quer dizer, o justo, a alma purifica-
se, prepara-se para o conhecimento da verdade, primeira e
indispensável condição de seu progresso. Seguindo e ampliando a
idéia do Belo, atinge o Belo intelectual, essa luz imperceptível, mãe
das coisas, animadora das formas, substância e órgão de Deus.
Mergulhando na alma humana sente dilatarem-se as asas.
Seguindo a idéia do verdadeiro, atinge a pura essência, os
princípios contidos no espírito puro".
Vemos, portanto, que ele pregava já a teoria do Bem, Bom e Belo
para se atingir o princípio da Intuição.
Dessa maneira ele criou uma forma de iniciação que possibilitou o
caminho da salvação a milhares de almas que não podem atingir,
nessa vida, a iniciação direta, mas que aspiram a Verdade.
Platão viveu 80 anos e morreu no vigor da juventude.
O principal continuador de suas idéias foi Aristóteles, que nasceu
em Estiagira no ano 384 a.C.
Seu pai, Nicômaco, era médico do rei Amintas II da Macedônia.
Ingressou, aos 18 anos, na escola de Platão, ficando junto a seu
mestre até a sua morte.
Em 348 AC foi encarregado por Felipe II de educar seu filho
Alexandre, então com 13 anos apenas.
Em 334 voltou a Atenas e fundou uma escola perto do Templo de
Apolo Lício, donde o nome de Liceu.
Com a morte de Alexandre houve um surto de sentimento anti
macedônico em Atenas, e Aristóteles exilou-se em Calcis.
Escreveu centenas de obras tanto exotéricas dirigidas ao público,
como esotéricas dirigidas a um grupo seleto.
Foi criador da lógica que ensina a bem raciocinar, a desenvolver a
inteligência, isto é, a inteligir.
Ele foi o criador da ciência como nós a conhecemos até hoje.
Faleceu no ano de 322 AC.
Comparando esses três filósofos gregos, Pitágoras, Platão e
Aristóteles vemos que:
PITÁGORAS procurou unir o pensamento mais intuitivo e místico
ao pensamento ocidental mais pratico, mais concreto; fez um tipo
Peregrino 17
de filosofia tanto objetiva quanto intuitiva ou síntese de toda a
filosofia.
PLATÃO já abordou a parte intuitiva.
ARISTÓTELES se dedicou ao pensamento intelectivo.
Resumindo temos:
Pitágoras - síntese da sabedoria deu início a polaridade ou choque
de duas culturas: a oriental e a ocidental ou uniu as tônicas da
contemplação ou do dinamismo.
PLATÃO - encarnou o ontuir", o aspecto esotérico, o transcendental,
o conhecimento absoluto.
ARISTÓTELES - encarnou o " inteligir", o aspecto acadêmico, o
conhecimento material.
SÓCRATES representou o, princípio da tônica Crística, o sétimo
princípio.
Como podemos observar, pela descrição da vida de cada um
desses grandes Seres verificamos que todos eles tiveram que
procurar fazer a sua iniciação nos moldes da face da terra.
Portanto, não e só àqueles que estão a procura do conhecimento,
ainda em sua fase inicial, mas também aqueles que já estão com o
mental desenvolvido precisão trazer para a consciência física tudo
aquilo que está em sua consciência superior através de um trabalho
de aprimoramento, interior.
AULA N.05
Para fazer sua realização se combinam dando origem aos sete auto
gerados ou sete grandes planos cósmicos que são denominados de:
ADHI ou MAHA-PARA-NIRVÂNICO
ANUPADAKA ou PARA-NIRVÂNICO
ÁTMICO ou NIRVÂNICO
BÚDICO
MENTAL
ASTRAL
FÍSICO
Temos formado o número cabalístico 137 que lido ao contrario da a
palavra LEI, a lei universal que tudo e a todos rege.
Pois bem, se no macrocosmo existe esse esquema, naquilo que ele
se reflete que é o microcosmo ou o homem como miniatura de si
mesmo, se da a mesma coisa.
O homem é constituído de uma unidade que é ele próprio como um
todo e se manifesta com três atributos que é o espírito que é a sua
parte pensante, a alma seu sentimento e o corpo físico.
As religiões consideram o homem como uma dualidade: espírito e
matéria.
O veículo intermediário, alma, representa o liame plástico entre a
parte física ou grosseira do homem e seu corpo espiritual.
Vejamos o homem com a sua constituição sétupla que é retirada
dos planos cósmicos.
Estas sete vestes denominam-se da mais sutil a mais grosseira:
7 - ATMÃ
6 - BUDHI
5 - MENTAL ABSTRATO
4 - MENTAL CONCRETO
3 - ASTRAL OU EMOCIONAL
2 - DUPLO ETÉRICO
1 - FÍSICO
Peregrino 19
Todos esses veículos são como vestes que se enterpenetram
formando um todo, não há separação entre um e outro, apenas faz-
se a divisão para finalidade de estudo.
Esses veículos se analisarmos atentamente, são como se fossem
adensamentos de uma mesma energia que gradativamente vai
diminuindo a sua vibração até tornar-se visível aos olhos humanos
que tem uma capacidade visual limitada a determinado número de
vibrações por minuto, dai, para frente se torna impossível o olho
humano captar.
Por isso que se torna difícil provar cientificamente falando qualquer
coisa que se refira a Doutrina oculta pois só temos consciência
percebendo e sentindo com a nossa sensibilidade superior.
No caminhar da humanidade conseguiu-se trazer para o consciente
até o mental concreto, o mental pensante comparativo, é essa a
tônica da humanidade atual.
Aqueles que querem estar a frente desse evoluir deverão ser
conhecedores dos veículos ainda não desenvolvidos.
Embora estejamos em pleno uso de quatro dos veículos que
possuímos, ainda não sabemos as suas funções específicas.
De todos eles a atual humanidade conhece o seu físico assim
mesmo só aqueles que se interessam por isso.
O nosso duplo etérico é constituído de matéria etérica, pouco mais
sutil que o físico e o envolve inteiramente formando como o próprio
nome indica, o seu duplo ultrapassando-o em alguns milímetros..
Possui, este corpo, duas funções principais:
a - Serve de ligação entre o corpo físico e o corpo astral.
b - Recebe e distribui a energia por todo o corpo físico.
Sem essa energia o corpo físico não teria forma, seria um
amontoado de células sem forma ela é a responsável pela
agregação e pelo formato que possui cada parte do nosso corpo
físico denso. Formando a sua anatomia.
Esse processo de pegar energia do prana e distribui-la pelo
organismo é feita através dos chacras, palavra que vem do
sânscrito e quer dizer roda. Esses chacras são semelhantes a uma
flor chamada corola e tem a parte maior voltada para o exterior e o
pedúnculo preso a coluna vertebral.
Cada um deles tem suas pétalas ,e cores específicas e giram no
sentido dos ponteiros do relógio.
O veículo astral que em sânscrito é kama, que significa desejo,
traduz justamente a parte afetiva do homem.
Peregrino 20
É sede das sensações prazer e dor.
Ao vidente se apresenta com contornos nítidos e sua coloração
varia de acordo com os pensamentos e sentimentos do seu
possuidor.
O mental concreto é quem discrimina as sensações, é o chamado
mental discursivo ou discriminativo.
Ele compara as impressões passadas com as atuais, tirando suas
conclusões. é o chamado raciocínio.
É o mental comparativo, cuja função é comparar as novas
impressões recebidas com aquelas que já estão arquivadas tirando
dai as suas conclusões.
A humanidade atual acha-se no estagio de aperfeiçoamento e
desenvolvimento deste veículo.
Do veículo mental abstrato temos poucas informações, pois ele se
acha programado para ser desenvolvido na próxima
raça-mãe.
É por seu intermédio que concebemos todas as idéias abstratas.
Budhi caracteriza-se pelo conhecimento intuitivo, direto, é o
conhecimento global, sintético sobre determinadas coisas, o que
coincide sobre o que a moderna psicologia chama de intuição.
Atmã não constitui na realidade um veículo. É a própria chispa
divina "que pende da chama pelo fio mais tênue de fohat", como diz
a Doutrina Secreta.
Atmã é o próprio Ego Divino que, como um raio de Surya, o sol,
desce aos planos da matéria para adquirir consciência e, para isso,
reveste-se de veículos, de capas originarias dos planos cósmicos.
Devemos ter sempre em mente que os veículos não são separados
como os órgãos dentro de nós. eles formam um todo,
interpenetrando uns aos outros, pois são de freqüência vibratória
diferentes, e por isso entra no outro.
Desses sete veículos podemos considerar os quatro primeiros , isto
é, físico, duplo etérico, astral e mental concreto como fazendo parte
da personalidade e os três superiores, o mental abstrato, Budhi e
atmã como fazendo parte da individualidade. O evoluir consiste em
trazer o triângulo superior para dentro do quadrado, fazendo com
que a personalidade tome consciência da sua parte superior e com
ela se identifique na mais sublime de todas as uniões que é o nosso
eu inferior com a nossa consciência Superior.
Evoluir não é sufocar os nossos desejos, a nossa personalidade
mas sim sublimar, tornar a nossa parte inferior tão limpa e
Peregrino 21
transparente que seja como um espelho da própria divindade, que é
o nosso Eu superior, a nossa individualidade.
O evoluir se baseia no conhecimento, na sabedoria, para podermos
trabalhar com as nossas diversas partes sabendo o que se está
fazendo e não mexer na parte sutil da criatura, sem saber muito
exatamente o que causando-lhe mais mal do que bem.
Por isso é que nos verdadeiros colégios iniciáticos a evolução é
feita pelo próprio ser sem interferência de quem quer que seja, ele
recebe orientação de um Mestre para seus primeiros passos e o
restante da jornada é percorrida por ele próprio pois só ele é capaz
de saber o que é necessário fazer para sublimar as suas mazelas.
AULA N 06
VEÍCULOS FÍSICOS E DUPLO ETÉRICO
ATMÃ
BÚDHICO
MENTAL ABSTRATO
MENTAL CONCRETO
ASTRAL OU EMOCIONAL
DUPLO ETÉRICO
FÍSICO
Esses veículos por sua vez são tirados dos planos cósmicos que
são:
ADI OU MAHA-PARA-NIRVÂNICO
ANUPADAKA OU PARA-NIRVÂNICO
ÁTMICO OU NIRVÂNICO
BÚDICO
MENTAL
ASTRAL
FÍSICO
ATÔMICO
SUBATÔMICO
RADIANTE
ETÉRICO
GASOSO
LIQUIDO
SÓLIDO
ESQUELETO
EPIDERME
MÚSCULOS
VEIAS
ÓRGÃOS
LÍQUIDOS
PELOS
Não entraremos em maiores detalhes pois é bastante conhecido da
ciência oficial todos os pormenores anatômicos do veículo físico..
Passemos ao estudo do duplo etérico. o duplo etérico também é
conhecido como veículo vital. A matéria do duplo etérico envolve
todas as partículas do corpo denso, sólidas, líquidas e gasosas,
tomando por isso a forma exata deste. Seu aura vai no entanto,
além alguns milímetros do corpo denso. O duplo etérico é
praticamente um prolongamento dos órgãos dos sentidos físicos
pois é por meio da matéria etérica, dos olhos dos ouvidos etc., que
o homem pode sentir as vibrações luminosas, auditivas etc vindas
dos sub-planos etéricos, sub-etérico, sub-atômico e atômico.
Em casos anormais outras regiões do duplo podem responder a
essas vibrações.. é o caso dos cegos que podem ver com a ponta
dos dedos, e alguns enxergam tão bem como o próprio olho.
Sua cor é violácea e quando ocorre a morte fica pairando sobre o
morto que aparece, aos olhos dos clarividentes, como uma luz
violácea..
Peregrino 23
O duplo do morto fica vagando nos cemitérios até que o corpo se
desfaça totalmente. Por suas características o clarividente pode
dizer se pertenceu a uma pessoa muito ou pouco evoluída, qual o
tempo aproximado de sua morte e outras coisas mais.
Por ocasião do nascimento no ato da concepção um elemental faz o
duplo a semelhança do futuro ser, parece uma boneca que fica fora
da mãe até determinada época depois se interioriza é recheado
naquele molde.
O duplo etérico tem muitas coisas relacionadas com a vida física.
Uma delas é servir de ponte de ligação entre o corpo físico e o
corpo astral, servindo de transmissor através do sistema nervoso,
de impressões vindas daquele para este. age como, transmissor
Não só dos impactos exteriores mas dos interiores também.
Sendo uma matéria moldável, fornece o ectoplasma das sessões
espíritas. A palavra ectoplasma se origina de:
ecto - externo
Plasma - substância moldável
Por isso sua grande plasticidade, tomando a forma que lhe imprima.
É a origem de certas aparições e materializaçoões. Por causa da
matéria que o constitui é possível impressionar a chapa fotográfica
que é mais sensível que a nossa retina. O duplo etérico é o fator
que perpetua os tipos orgânicos nos seres vivos determinando seus
limites e estruturas. Ele modela as formas orgânicas bem como os
caracteres da espécie e raças e até certas características de família.
também preside a evolução das formas orgânicas. a principal
função do duplo é a vitalizadora. Ele distribui a energia etérica
(prana) por todo o organismo. Com isso mantém a rigidez do corpo
físico conservando a sua forma estrutural sem o que seríamos um
amontoado disforme de carne. Modela as diferentes partes do
organismo dando-lhes a forma apropriada a cada função.
Dessa maneira pode converter a energia medicamentosa do
magnetismo, mesmerismo, que consiste em transferir energia de
um indivíduo para outro, em força medicamentosa.
Nele reside o segredo dos efeito admiráveis da medicina
homeopática com suas doses infinitesimais em seus remédios.
A distribuição de energia por todo o físico é feita através de centros
de forças chamados chacras centros, que são em número de sete.
Chacra vem do sânscrito, que quer dizer roda, girando no sentido
dos ponteiros do relógio.
Peregrino 24
O chacra visto de lado parece mais ou menos um sino mais afilado
na extremidade com um pedúnculo que se liga a coluna vertebral.
Cada um deles é constituído de um número diferente de pétalas,
com cores variadas de acordo com sua função específica.
A denominação de pétalas dada as faces do chacra deriva-se da
analogia que os orientais fazem com a flor de lotos.
O chacra muladhara ou raiz fica situado na região sacra e relaciona-
se com o plexo do mesmo nome. é formado de quatro pétalas ,
sendo a superior e a inferior de cor alaranjada e as duas laterais de
vermelho terra, ou um vermelho sujo. é nessa reação que se acha
guardado o poder de Kundalini, por isso é chamada de região sacra
ou sagrada. Quando esse poder é despertado e unido ao que desce
dos céus com o nome de fohat torna o ser um iluminado.
despertado sozinho torna o ser um idiota, pois queima o seu
cérebro. Por isso precisa-se ter muito conhecimento para despertar
esse poder.
O chacra svadistana ou esplênico está localizado na altura do baço,
relaciona-se com o plexo hipogástrico.. Possui sete pétalas, cada
uma com uma cor diferente, que correspondem as cores do arco
íris: vermelho, azul, verde, amarelo, laranja, violeta e púrpura que
irrompe de seu centro.
O chacra manipura ou umbilical, como o próprio nome indica está
sobre o umbigo e ligado ao plexo solar. Apresenta dez pétalas,
cujas cores se alteram em verde e vermelho.
O chacra anahata ou cardíaco está localizado na região do coração
tem doze pétalas e é todo amarelo.
O chacra vishuda ou laríngeo está localizado na região da garganta
e está ligado a glândula tireóide. tem dezesseis pétalas todas de cor
azul índigo com pontos prateados.
O chacra frontal ou ajna está localizado no meio da testa e se
relaciona com a glândula pineal que é considerada pelos cientistas
como a glândula mestra pois controla as demais.
Tem 96 pétalas, sendo a sua direita violácea e a metade esquerda
rósea.
O chacra sahashara ou coronal está localizado no alto da cabeça e
indica a coroa que os iluminados trás no alto da cabeça. A igreja
copiou, não só para os santos através da auréola como para seus
sacerdotes na coroa ou tonsura. é chamado de lotos de mil pétalas
ou mais precisamente 960 pétalas, sendo que possui um miolo de
Peregrino 25
doze pétalas, na cor amarelo dourado, e em volta tem 960 de cor
púrpura.
Outra função do duplo etérico e, relativa a rede vital que é um
invólucro em redor do corpo físico. é também chamada pelos
ocultistas de rede vital, semelhantes as veias mas de cumprimento
três vezes maior por onde circula a energia vital. ela é constituída
do mais alto sub-plano que é a matéria atômica.. Forma como que
uma barreira que limita a parte físico etérica da parte astral do
homem. Se não possuíssemos essa rede vital ou armaduras, toda a
sorte de experiências astrais invadiria a nossa consciência física,
acarretando-nos graves conseqüências.. assim ela impede que
sejamos obsedados por entidades quaisquer que tentem se
apoderar do nosso veículo etérico. A rede vital pode interrompida
num acesso de cólera, com uma emoção violenta, provocando uma
loucura momentânea.
Os desdobramentos nas sessões espíritas vão gradativamente
provocando rasgos na rede vital até que ela se rompe totalmente
dando causa a loucura, ou uma saúde debilitada.
Outras causas são o uso contínuo de narcóticos, álcool, chá ou café
em excesso.
A rede vital se rompe da seguinte maneira: vejamos o caso do
alcoólatra; o álcool é uma substância volátil e a sua volatilização
determina como que uma queima deste invólucro, a continuada
ação desta substância acaba suprimindo temporariamente ação da
rede, originando o chamado "delirium tremens", cujo mecanismo
intrínseco a medicina ignora. O quadro típico são os tremores, as
confusões, as alucinações tais como, visões de animais
repugnantes, incêndios, inundações etc.
O duplo etérico pode separar-se do físico em casos de acidentes,
anestésicos, mesmerismo, saúde precária e morte.
Quando ele é separado do físico, sem o fenômeno da morte fica
ligado a este por um fio ou cordão, que escapa da região umbilical.
Quando ocorre a morte a retirada é definitiva, por se quebrar o fio
magnético que liga os dois corpos. é visto como uma nuvem
violácea, que pouco a pouco se adensa reproduzindo a forma exata
do morto. Fica flutuando em cima do cadáver constituindo o que os
ocultistas chamam de espectro..
Depois de algum tempo, que varia de acordo com a evolução do
morto, essa forma se desfaz gradualmente e volta a sua origem ou
ao plano etérico.
Peregrino 26
Uma forma de se acelerar essa desagregação é a incineração do
cadáver, pois destruindo o centro de atração o duplo não tem mais
onde se apegar e se dissolve mais rapidamente.
AULA N.07
VEÍCULO EMOCIONAL
Peregrino 28
Em primeiro lugar vejamos o veículo de um homem pouco
evoluído..
Semelhante corpo astral forma uma massa nebulosa mal
organizada, vagamente delimitada, que se estende uns 25 a 30 cms
para fora do corpo físico.
Encerra matérias(matéria astral e essência elemental) tiradas de
todas as sub-divisões do plano astral .mas predominando nele,
fortemente os elementos do astral inferior. Um ser assim é apto a
responder a todas as excitações que se relacionam com todas as
paixões e apetites sexuais .
Os matizes predominantes são o pardo escuro o vermelho
carregados e os verdes sujos. Nenhum jogo de luz, nenhuma
cintilação rápida de cores cambiantes em semelhante corpo astral.
Neste estado o homem tem necessidade para a sua evolução de
todas as espécies de sensações violentas com o fito de sacudir em
sua natureza excitando-a a atividade.
Choques violentos, tais como prazeres e dores, oriundos do mundo
exterior são necessário para desperta-lo e conduzi-lo ` ação. neste
estado pouco importa a qualidade a quantidade e intensidade são
condições sine qua non. é no embate das paixões que a moralidade
do homem nasce.. o menor gesto de a abnegação para com o
filho ou a mulher constitui um passo na vida ascendente.
Durante o sono o corpo astral desse ser flutua pouco acima do
físico, sem dele se afastar absolutamente unicamente os elementais
de natureza grosseira, afetam-no provocando vibrações de
natureza grosseira, provocando sonhos de natureza bestial
No segundo tipo, o mediano o corpo astral mostra ainda grande teor
de sensualidade. Prepondera o egoísmo, porém, já em menor grau.
Surge no aura astúcia e a adaptabilidade (finura).
A afeição, a inteligência e a devoção mística começam a despontar.
As cores do aura já estão mais nítidas, definidas e com certo brilho.
Algumas cores ainda estão em lugares invertidos, desequilibradas e
outras nos lugares certos.
Em alguns auras aparecem lampejos de tendências para as artes. O
amor passional aparece misturado com algum amor altruísta, o
indivíduo está na fase de tentar superar seus desejos inferiores e
despertar em si o amor universal.
Seu corpo astral já tem contornos definidos. A memória e a
imaginação estimulam o corpo astral e este por sua vez impele o
corpo físico, em lugar de ser exclusivamente por vibrações vindas
Peregrino 29
do exterior como no caso precedente. Durante o sono não mais se
mantém sobre o corpo, mas erra pelas regiões do astral, levados
sem direção pelas correntes astrais. Os sonhos já são de natureza
superior. No terceiro caso, um homem com alto grau de evolução,
as cores que detém tendenciosa gostas e negativas de um modo
geral estão quase totalmente ausentes.
Em torno de sua cabeça aparecem dois fachos laterais um de cor
amarela brilhante, denotando inteligência, conhecimento, sabedoria,
e outro de cor azul denotando espiritualidade, amor universal.
Da região da garganta até os pés aparecem nitidamente, em forma
de faixas luminosas, as cores dos quatro tatwas, ou forças sutis da
natureza.
Seu aura pode atingir dimensões e brilhos incompreensíveis para a
mente humana explicar ou definir. Sua forma e coloração bem
definidos, denotam auto domínio, e perfeito equilíbrio mental e
emocional ao mesmo tempo mostra um poder calmo, superior e
silencioso ou contemplativo..
É um iluminado.
AULA N.8
Peregrino 30
se uma sensação é boa ou ma se haver algo no mental que a
identifique.
Só o mental concreto pode dizer se uma sensação é boa ou ma,
agradável ou desagradável e assim por diante.
Toda informação nova que o mental concreto receba precisa estar
impressa para que ele a identifique posteriormente, por isso é difícil
para uma pessoa de pouca evolução aceitar conceitos novos, idéias
novas.
Vamos estudar o mecanismo intrínseco que rege nossa atividade
mental.
É do conhecimento de todos que as impressões do mundo exterior
só nos podem vir através dos sentidos.
Sigamos um determinado fenômeno sensorial, um raio luminoso ou
a luz de uma lâmpada, por exemplo.
Partindo de uma fonte luminosa, a luz penetra através dos
componentes do globo ocular, seus compartimentos, e vai projetar-
se na retina.
Daí a imagem passa para o sistema nervoso, no caso do nervo
ótico, e vai ao centro cerebral correspondente.
Este centro nervoso cerebral é composto de células especializadas,
as quais são impregnadas de matéria mental.
Esta matéria mental é chamada pelos indianos de CHITTA, e
podemos equalizá-la ao Manas nosso conhecido.
Ora, a vibração produzida pelas células físicas cerebrais é
transmitida a essa matéria mental Chitta que, entrando por sua vez
em vibração, toma a forma de impressão recebida, constituindo o
que chamamos de VRITIS. Os vritis representam a imagem
refletida pelo espelho que é Chitta, da imagem real que é a
impressão exterior.
O Vriti é o reflexo, no mental, da imagem do meio exterior. Ao
fenômeno do Vriti tomar a forma de impressão do meio exterior
damos o nome de Pratibimba. O Vriti é a forma tomada por manas,
e pratibimba é a propriedade que possui Manas de tomar essa
forma.
Os Vritis não são permanentes, estão em constante transformação.
Fazem e se desfazem com grande rapidez.
Acontece, porém, que mesmo após ter desaparecido o Vriti fica em
Chitta um resíduo. Uma impressão desse Vriti que podemos fazer
analogia com a imagem refletida no espelho.
Peregrino 31
Um determinado objeto em um espelho produz uma imagem. Após
a saída desta imagem fica um resíduo, uma impregnação invisível..
O ambiente do espelho fica impregnado pela imagem. Um
clarividente poderá ver esta impregnação reproduzindo a forma do
Vriti anterior. A esse resíduo damos o nome de SAMSKARA.
Estes Samskaras são de três naturezas, segundo a origem onde
provim a vibração.
Fruto das ações
Fruto dos sentimentos
Fruto dos pensamentos
Peregrino 33
Podemos destacar, ainda um atributo que se chama AHANKARA
que o atributo da egoidade no homem e não constitui um veículo
particularizado mas é a própria particularização dos veículos do ser.
é Portanto um veículo que nos particulariza como Eu-Egoista não
como Ser Universal ou cósmico..
O laço que une a parte psicomental do homem a sua pare espiritual
chama-se ANTAKARANA
Os veículos que formam a parte espiritual do homem, abstrato,
Budhi e Atmã, que por não estarem ainda desenvolvidos pouco
podemos sondar a seu respeito, pois para abarca-los perfeitamente,
necessário se faz que os tenhamos desenvolvidos plenamente.
O mental abstrato é a parte superior do mental que se caracteriza
por ter a capacidade de formular conceitos.
Tudo quanto diz respeito a idéias abstratas, idéias superiores,
abstração, aspiração de ordem universal, as grandes descobertas,
as composições de música erudita, a pintura; a ele se relaciona.
Toda e qualquer idéia abstrata, tal como a noção de infinito, a
noção de eternidade representam vislumbres desse veículo, pois
tais percepções são a ele inerente
O conhecimento abstrato é o que vem de dentro para fora, sai de
dentro do ser humano.
Budhi é o conhecimento direto intuitivo.
Quando tal princípio estiver desenvolvido plenamente seremos
dotados do conhecimento global, sintético, independente de
contraste, de exterior e interior.
Em budhi a sabedoria é a própria natureza intrínseca.
Budhi abarca o todo. Ele sabe que sabe mas não sabe porque sabe.
É o próprio Hálito Divino funcionando no homem
ATMÃ não é propriamente um veículo, é tão somente o raio da
Eterna Luz. que brilha e atravessa as trevas da matéria, quando
esta última se inclina para Ele, como diz Blavatsky na Doutrina
Secreta.
Abstratamente falando, é o particular e o geral ao mesmo tempo.
Para concluirmos esta série de estudos sobre os sete veículos
faremos uma comparação entre eles, pois os três de cima tem seus
reflexos nos quatro de baixo:
ATMÃ
BUDHI
MANAS ABSTRATO
Peregrino 34
MENTAL CONCRETO
EMOCIONAL
DUPLO ETÉRICO
FÍSICO
7+1=8
6+2=8
5+3=8
4+4=8
COSMOGÊNESE - PARTE I
ADI ou MAHA-PARA-NIRVÂNICO
ANUPADAKA ou PARA-NIRVÂNICO
NIRVÂNICO
BUDHI
MENTAL
ASTRAL
FÍSICO
É nesse mundo que o verbo se faz carne, que se nomeia as
consciências individualizando-as é onde se da nome as coisas, se
da atributos ao SER.
Peregrino 37
O homem como microcosmo que reflete o macrocosmo também
tem um nome que o caracteriza e o individualiza, tornando-o a
imagem e semelhança de Deus.
Uma pergunta que sempre paira nas nossas cabeças é o porque de
tudo isso.
Tomemos como exemplo a cor da íris.. Se nós nunca nos
olhássemos num espelho, nunca saberíamos a cor de nossa íris.
A divindade para se conhecer, se olha no espelho isto é, se reflete a
si mesma e se conhece.
Façamos o seguinte esquema para ilustrarmos o que acabamos de
falar.
Na parte de cima temos o Luzeiro que representa o subjetivo ,
fohat, luz ou cor.
Na parte de baixo o Luzeiro se reflete; sua expressão objetiva,
manifestada, é o Planetário ou a Hierarquia criadora, Kundalini,
som.
Os Luzeiros ou Ishwaras estão no primeiro trono. Os Planetários ou
hierarquias criadoras estão em função já trabalhando no terceiro
trono.
AULA N.10
COSMOGÊNESE - PARTE II
Peregrino 39
Nosso orientador o Prof. Henrique José de Souza já chamou a
atenção dos irmãos a fim de observarem que está constelação da
melhor idéia de uma pirâmide olhada de baixo para cima do que de
um cruzeiro como dizem os astrônomos..
O Cruzeiro do Sul é um dos centros irradiadores de energia e por
ele flui para a face da terra um tipo de energia de forças sutis da
natureza; os Tatwas.
Atualmente existem cinco destas forças ou tatwas em pleno
funcionamento que correspondem aos elementos da natureza já
realizados que são:
TERRA - PRÍTHIVI
ÁGUA - APAS
AR - VAYU
FOGO - TEJAS
ÉTER - AKASHA
AULA N. 11
Peregrino 40
Os tatwas são também chamados de forças sutis da natureza pois é
através dela que o homem tem contato com os mesmos.
Existe uma plêiade de seres formados de matéria etérica e porisso
tendo mais facilidade de lidar com essas energias são encarregados
de manipula-las e distribui-las pela natureza.
Eles são chamados elementais da natureza. Esses elementais têm
como que vida própria, podendo até tomar certas decisões, como a
maneira mais adequada para realizar uma tarefa , punir seres que
agridam a natureza. São como que dotados de relativa consciência.
Os que lidam com a terra são os gnomos, semelhantes anãozinhos,
com um barrete vermelho na cabeça e sua altura não ultrapassa 15
cm
As ondinas regem o elemento água e aparecem com a forma de
sereias.
As salamandras estão relacionadas como fogo e parecem enormes
lagartixas.
As sílfides (femininas) e os Elfos (masculinos) são as protetoras do
ar e têm a forma de serpentes verdes.
Os Devas são os guardiões do éter sonoro ou akasha e têm o
aspecto de anjos.
Os outros dois elementos não tem representação porque ainda não
estão formados.
O homem sendo o microcosmo, que contém tudo quanto existe no
macrocosmo , tem em si em essência essa energia tátwica em
latência.
Aos olhos dos clarividentes ela se apresenta com forma, cor, e
emite um som característico de cada tátwa que se chama bijam.
Há uma tabela de correspondência muito longa de todos os
elementos que compõe esse quadro a qual damos anexo .
Para fazermos vibrar cada tátwa em nós fazemos uma yoga que
chamamos de yoga dos cinco elementos, pois ainda não lidamos
com os dois que ainda não se formaram.
Essa yoga vai despertar no ser humano a sua consciência psíquica,
fazendo com que tenhamos mais facilidade de entendermos coisas
dos planos superiores, que são possíveis através de canais sutis,
possíveis de contato somente através da yoga.
Há horários que são mais propícios para a sua realização pois as
forças da natureza e o prana vibram com maior intensidade.
Peregrino 42
O do centro é o equilibrante, chama-se Shushumna..
Após o exercício respiratório estamos num estado particular de
leveza e bem estar em paz conosco mesmo.
Logo após fazemos em seguida:
YOGA DO GLOBO AZUL. que é para atrair para o ambiente as
energias condizentes com o trabalho que iremos realizar.
Após essa preparação fazemos a yoga matinal que vai servir de
cobertura para que nada do exterior penetre no local da
mentalização.
Yoga Matinal: Voltados para o norte elevamos um pensamento
saudando os responsáveis pela evolução humana, que se encontra
nessa posição.
A seguir voltamo-nos para o sul e fazemos a mesma coisa para
com aqueles que se encontram neste ponto cardeal. O mesmo será
feito em relação ao oriente e ao ocidente.
Em seguida voltamos novamente a posição norte e fazemos a
mesma saudação para os do zênite e os do nadir, sendo que neste
instante. o do nadir devemos olhar para o solo, procurando olhar as
nossas faltas e esmaga-las sob os nossos pés..
Imediatamente passaremos a praticar a yoga dos cinco elementos:
Façamos a mentalização dos tatwas, seguindo a descrição dos Reis
Divinos:
Imaginemos um cubo alaranjado que sobe da terra e se localiza a
altura dos joelhos, ao mesmo tempo sentindo como que um calor
morno, com cheiro de terra molhada e emitimos o bijam LAM no
nota ri natural durante cinco minutos.
A seguir a energia sobe e forma uma meia lua violeta com os
cornos voltados para cima, apoiada no quadrado anterior, sentindo
como o que uma energia molhada, fria, com cheiro de água limpa e
emitimos o som VAM na nota si durante cinco minutos.
Continuamos sentindo a energia subir e atingir a altura do coração
na forma de um triângulo vermelho sentindo como que o calor do
fogo que não queima e emitimos o som RAM na nota dó durante
cinco minutos,
Essa energia continua a subir e forma o hexágono verde que vai até
altura das sobrancelhas, passando como que uma brisa suave e
emitimos o som PAM na nota fá durante cinco minutos.
Finalmente ela atinge a cabeça e se projeta do olho esquerdo para
o infinito como uma meia lua azul índigo, gelada e emitimos o som
HAM nota lá durante cinco minutos.
Peregrino 43
Todos esses símbolos são apoiados uns nos outros como se fosse o
de baixo a dar origem ao de cima.
Ao final mentalizamos novamente o globo azul para fixar toda a
energia da yoga.
Finalizar proferindo palavras de efeito positivo como: LOUVADOS
OS EXCELSOS MEMBROS DA FRATERNIDADE BRANCA E QUE
A VERDADEIRA PAZ SE faça AOS HOMENS ELEITOS.
GLÓRIA A DIVINDADE NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS
HOMENS ELEITOS. BIJAM.
AULA N.12
COSMOGÊNESE
A
evolução se processa por um sistema de sete rondas, formando um
sistema solar e cada ronda se divide em sete globos e sete cadeia.
Cada um desses globos e cadeias podemos considerar como uma
Raça-Mãe.
Nesta quarta ronda podemos fazer um estudo mais concreto do seu
funcionamento pois as formas já estão próximas do que
conhecemos atualmente, ou seja no máximo do concretismo
absoluto.
PRIMEIRA RAÇA-MÃE:
SEGUNDA RAÇA-MÃE:
TERCEIRA RAÇA-MÃE:
QUARTA RAÇA-MÃE:
Peregrino 46
Eram grandes agricultores e possuíam grande desenvolvimento na
arte de construções arquitetônicas, a ponto de um dos seus
remanescentes na América, o povo conhecido como Toltecas, que
foi posteriormente dominados pelos Astecas, ser considerado, como
sinônimo de construtor.
As grandes civilizações encontradas na América, na época do
descobrimento são restos da civilização atlante.
No final da raça o povo se revoltou e construiu um enorme torre
para entrar na oitava cidade, onde habitava a divindade, esse
episódio passou a ser conhecido como a torre de babel.
Segundo a tradição essa raça sofreu muito por causa dos grandes
cataclismos em conseqüências de abusos ao infringir as Leis da
natureza, tanto externas, quanto as próprias, internas, sucumbindo
em quatro etapas, restando por último a legendária Ilha de
Posseidon.
Esse acontecimento passou para a história universal como o grande
dilúvio, tendo o povo que se conservou fiel a Lei sido salvos pelo
Noé das tradições bíblicas.
Esse povo foi conduzido para o Planalto do Pamir, no Norte da
índia, iniciando ai a quinta raça-mãe.
QUINTA RAÇA-MÃE:
Peregrino 47
A primeira sub-raça estabeleceu-se a 850.000 anos no norte da
índia, teve como religião o induismo primitivo, Leis do Manu, Leis
das castas.
A segunda sub-raça, ário semita ou caldaica atravessou o
Afeganistão e espalhou-se pela planície do Eufrates e Síria, teve
como religião o sabeismo.
A terceira sub-raça , a iraniana foi conduzida por Zoroastro,
estabeleceu-se na Pérsia, dai a Arábia e ao Egito; praticavam o
culto ao fogo e a pureza. Nela a alquimia como origem da química,
teve início de atividade.
A quarta sub-raça, a céltica foi conduzida por Orfeu, espalhou-se
pela Italia, Grécia, França, Irlanda e Escócia; a sub-raça céltica
distinguiu-se em todas as linhas artísticas.
A quinta sub-raça, a teutônica, emigrando da Europa Central
espalhou-se mais tarde por todas as partes do globo.
A sexta sub-raça, a bimânica, segundo o nosso orientador, o Prof.
Henrique José de Souza, deveria ter-se desenvolvido na América
do Norte.
A sétima sub-raça, a Ata-Bimânica, também de acordo com o Prof.
Henrique José de Souza está sendo desenvolvida na América do
Sul.
Devido a acontecimentos que mudaram o rumo da história o Brasil
ficou com a responsabilidade do desenvolvimento da sexta e sétima
sub-raças, que firmarão na humanidade o princípio búdico.
Essa raça-mãe desenvolve o princípio do olfato.
Todo o desenvolvimento da raça ariana foi possível graças ao
sacrifício ou (sacro ofício) de seres que assumiram a forma física,
falaram a humanidade com exemplos, com palavras, com obras,
sendo Cristo e Buda a sua frente.
Diante do exposto, chegamos a uma só conclusão: de que todo ser
humano, seja de que raça for é constituído das vestes de todas as
raças, pois o essencial evoluído em cada uma delas está contido
em todos os homens. Diferenças raciais não existem pois a
humanidade caminha como um todo e as diferentes cores de pele
que existem é apenas externamente, devido as condições genéticas
de nascimento. Aqueles que tem preconceito de cor ou racial estão
indo contra a Lei da natureza devendo assumir seus próprios riscos,
tornando-se vítimas de sua própria ignorância.
AULA N.13
Peregrino 48
PLANO ASTRAL
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Antes
de conhecermos o funcionamento do plano astral, mister se faz
darmos algumas noções de que é um ocultaste pois o conhecimento
do funcionamento desse plano nos leva a perceber que podemos
lidar com as artes ocultas, que é o que propicia o perfeito
entendimento desse plano.
Para se praticar qualquer das ciências chamadas ocultas não é
necessário que tenhamos poderes paranormais, mas tão somente o
conhecimento de como manipula-las
Nestas artes se incluem o mesmerismo, o magnetismo a magia
cerimonial, alquimia e a astrologia assim como as feitiçarias os
encantamentos a necromancia a cartomancia geomancia a
quiromancia e mil outras artes de clarividência física e astral,
clariaudiência, psicometria etc, numa lista inesgotável que qualquer
pessoa pode acrescentar ao seu bom gosto.
Mas, por infelicidade os segredos tão bem guardados de tais artes
estão caindo em mãos inescrupulosas por isso se faz o alerta.
Nenhum homem que pratica tais artes no sentido meramente
fenomênico, pode se considerar ocultista, pode no máximo se
considerar um mago.
Ocultista é o que aprende conscientemente a distinguir o bem do
mal.
Não é um homem teórico e sim prático; não atua com a fé cega
mas sim com a intuição; não basta que seja meramente bom, mas
também sábio e justo.
A sabedoria não só supõe conhecimento, mas também compaixão,
amor, por ser o laço que une o ser ao não ser, laço que une os
sábios, investigando coma sua inteligência, descobriram-no em
seus corações..
Ocultista é o que anda pelo caminho do desinteresse e da justiça.
Nenhum homem ignorante pode, mesmo que queira, ser justo. O
que pode ser justo para um número é a miúdo injusto para o bem
estar da coletividade maior. Do mesmo modo também a justiça
aparente para uma nação pode ser injusta para a humanidade e a
aparente justiça para com esta talvez injusta para o universo.
Peregrino 49
Assim a suposta crueldade da natureza é mera aparência ilusória,
criada pela ignorância das mentes, que só podem contemplar a
fração infinitesimal do magno problema.
O ocultista vê o espírito e o corpo de todos os homens são uma só
coisa com o espírito e a matéria do universo. Deseja também unir
sua mente com a grande mente ou alma do mundo.
Ao propor-se a alcançar esta meta verifica-se nele uma mudança
radical. Com a mente sempre fixa no axioma "PAZ PARA TODOS
OS SERES", amplia em silêncio sua natureza espiritual, ilimitando o
amor do indivíduo, da família da raça e até da humanidade,
mergulhando no oceano da compaixão e de sabedoria que deve
abarcar a natureza inteira.
A mente é o grande princípio de separação entre os homens,
porque expressa o modo de ser de suas respectivas opiniões e
convicções..
Aquele que permite que sua mente fique dominada por uma crença
filosófica, exotérica, jamais poderá ser ocultista.
Para que o ocultista possa ser justo com todas as crenças tem que
estar livre e por cima de todas elas. Como a maioria não tem ainda
a clarividência necessário se faz estudar tanto o corpo astral como
o, plano do mesmo nome em abundância de detalhes.
Para apresentarmos o corpo astral devemos nos lembrar que as
partículas que o constitui acham-se em constante movimento.
Na maioria dos casos as nuvens coloridas se fundem umas nas
outras e rolam constantemente umas nas outras aparecendo e
desaparecendo sucessivamente na superfície luminosa como
bolhas de água em violenta ebulição.
Nunca as várias cores do ser que reveste um corpo astral ocupam a
mesma posição, muito embora se note a tendência que elas tem em
voltar ao ponto em que habitualmente se manifestam.
Sua composição se faz de matéria astral de todos os sub-planos do
plano astral, porém em quantidades variáveis..
No homem pouco desenvolvido a quantidade de matéria astral dos
sub-planos inferiores apresenta-se em maior quantidade e como é
mais densa ocasiona contornos irregulares em seu ovo áurico..
Apresenta-se com cores reveladoras, duma grande sensualidade
misturadas com as do egoísmo e instintos animais. As manchas
escarlates denunciam um estado constante de cólera. Há nela
insignificantes vestígios de afeição e inteligência e os sentimentos
Peregrino 50
religiosos são os da mais baixa espécie. Todas as cores se
apresentam espessas e sombrias; é um corpo astral sem controle.
O corpo astral de um homem medianamente desenvolvido é
constituído de uma quantidade um pouco maior dos sub-planos
intermediários do plano astral, fazendo com que seu ovo áurico já
tenha contornos definidos, porém como a matéria ainda é mais ou
menos densa ela se concentra na parte inferior, fazendo com que a
parte afunilada do ovo fique para cima.
Domina nele o egoísmo com vestígios de malícia empregada para
fins pessoais. Já apresenta tendências para transformar a astúcia
em adaptabilidade. As cores denunciadoras da afeição, da
inteligência e da devoção aparecem mais visíveis e de melhor
qualidade.
Vez por outra, qualidades artísticas, cores da sensibilidade podem
se refletir no fundo do seu aura.
No homem desenvolvido, a quantidade de matéria astral dos sub-
planos superiores predomina, fazendo com que seu ovo áurico se
apresente com a parte afunilada para baixo, pois sendo esta matéria
mais sutil, conseqüentemente é mais leve. Todas as cores se
apresentam claras e luminosas dispostas em faixas nitidamente
marcadas. O contorno do corpo é bem definido e seu conjunto dá-
nos a impressão de ordem e perfeito controle.
Como há uma estreita ligação entre o corpo astral e o corpo mental
no decorrer do seu desenvolvimento o homem vai fazendo com que
um se torne _ semelhança do outro. O homem passa a ter o
domínio de suas próprias emoções.. tal homem acha-se ainda
ocasionalmente sujeito a irascibilidade e a diversas aspirações
indesejáveis, mas já sabe como reprimir e dominar estas
manifestações inferiores.
O corpo astral de um homem comum tem muitos tipos de vibrações
diferentes, que se chocam produzindo enorme confusão.
E o resultado de emoções e preocupações inúteis, de que são
vitimas quase todos os homens, principalmente os ocidentais. Um
corpo neste estado não é apenas um corpo feio, mas também um
corpo capaz de causar perturbações nos corpos astrais de seu
próximo. Tal corpo pode ser comparado a um corpo físico que
sofresse duma forma grave de paralisia, com todos os músculos se
contraindo e expandindo desordenadamente e simultaneamente..
Tais efeitos são contagiosos no plano e afetam as pessoas vizinhas
Peregrino 51
as quais dão uma impressão penível de inquietação e
desassossego.
É exatamente o fato de haver milhões de pessoas com seu corpo
astral agitado dessa maneira por toda sorte de sentimentos e
desejos irracionais que torna difícil as pessoas sensíveis viver nas
grandes cidades ou atravessar uma multidão.
Estas desordens astrais contínuas podem mesmo reagir através do
duplo etérico e produzir doenças nervosas.
O corpo astral nas condições que acabamos de descrever origina
centros de inflamação que estão para eles como os tumores no
corpo físico.
Além de desagradável aspecto que dão ao próprio corpo
constituem pontos fracos por onde a vitalidade escapa.
Tais tumores não oferecem nenhuma resistência às influências
malignas.. O remédio para reparar o corpo astral assim doentio,
infelizmente muito comum, consiste em reprimir a agitação, o receio
a inquietação.
O discípulo, como já tivemos oportunidade de dizer não deve ter
nenhum sentimento pessoal que possa ser afetado pelas
circunstâncias, sejam elas quais forem.
No homem comum a inteligência é produzida pela único de kama
(corpo de desejo) com manas inferior (mental dos sub-planos
inferiores) que é parte da personalidade só tem expressão no
mundo físico, propiciando a memória física.
O fato de kama manas que é parte da personalidade só ter
expressão no mundo físico nos explica claramente a razão porque
não podemos ter memória de vidas passadas.
Somente quando a consciência se eleva acima do mecanismo do
cérebro, isto é quando passa a viver no próprio plano de kama e
manas, é que o homem pode guardar essa memória. Tanto kama
como manas se renovam a cada vida e por conseguinte nenhuma
relação pode haver entre eles e as vidas passadas.
As suas experiências se concentram em uma partícula de matéria
do respectivo plano a que se da o nome de átomo permanente,
encarregado de fazer o transbordo destas experiências para o Ego ,
quando o respectivo veículo se desagrega pela morte.
Segundo os ensinamentos esotéricos, após uma existência sobram
três átomos permanentes que vão ser encarregados de dar as
novas informações para formar o novo ser.
Peregrino 52
O átomo físico se encarrega de formar o sistema simpático, o
átomo anímico vai formar sistema vago e o átomo espiritual vai
formar o sistema cérebro espinhal.
Ao longo da coluna vertebral há três canais por onde passam três
filamentos. O filamento ou corda da esquerda chama-se ida e está
relacionado com o sistema simpático, a corda da direita chama-se
píngala e está relacionado com o sistema vago. A corda central
chama-se Shushumna e está relacionado com o sistema cérebro
espinhal.
Quando praticamos o pranayama que consiste em exercício
respiratório que ora aciona a narina esquerda ora a narina direita e
ora as duas ao mesmo tempo estamos fazendo nada mais nada
menos que uma afinação destas cordas, que correspondem a
mística lira de três cordas.
AULA N.14
Peregrino 54
Pode o homem também levar para o cérebro físico conhecimentos
colhidos no astral, sem no entanto, ser capaz de juntar a essa
recordação a maneira, como e quando adquiriu tais conhecimentos.
Exemplos destes são muito comuns como a solução de um
problema que surge bruscamente na consciência, a luz se faz de
repente sobre uma questão obscura.
Poucas pessoas quando funcionam no seu corpo astral se
preocupam em saber se o cérebro físico se recordara quando das
experiências colhidas no plano astral. Pode-se dizer que noventa
por cento não sente nenhum desejo de voltar ao corpo físico. Esta
volta dá-lhes a impressão de terem que se envolver num pesado e
espesso manto. A alegria da vida no plano astral é tão grande que
se a compararmos com a vida física esta não parecerá vida. Muitas
pessoas consideram esta volta cotidiana, exatamente como a
maioria dos empregados consideram sua volta diária aos
respectivos empregos. é sempre constrangidos que voltam ao seu
corpo físico, deixariam de fazê-lo se para isso não fossem
obrigados.
Quando o laço etérico que liga o corpo físico ao astral é perfeito a
vida deixa de ser formada por dias de recordação e noites de
esquecimento, tornando-se ao contrario um todo contínuo. Esta
consciência ininterrupta é apanágio das pessoas altamente
desenvolvidas.
Ocasionalmente em conseqüências dum acidente ou de uma
doença pode um homem vulgar suprimir a evolução de
continuidade entre a consciência astral e física e partir desse
instante a consciência astral torna-se contínua conservando
memória da sua vida durante o sono.
Os elementos que concorrem para a produção dos sonhos são os
seguintes:
1 - O cérebro físico com sua semi consciência e seu habito de
exprimir todos os estímulos por meio de imagens.
2 - A parta etérica do cérebro através da qual passa uma corrente
incessante de imagens desconexas..
3 - O corpo astral que palpita sob os impulsos violentos do desejo e
da emoção.
4 - O ego que pode achar-se num estado de inconsciência ou com
todas as faculdades em atividade.
Estudemos cada um desses casos.
Peregrino 55
Quando durante o sono o ego abandona temporariamente o controle
do cérebro o corpo físico conserva uma certa consciência própria,
vaga e definida.
Além desta consciência devemos ainda considerar a consciência
coletiva das células do corpo físico. a ação dessa consciência sobre
o cérebro é muito fraca do que a ego, por conseguinte as mudanças
físicas são capazes de afetar o cérebro mais do que se o ego
estivesse presente. Podemos citar como exemplo a irregularidade
da circulação a ma digestão, o calor e o frio.
A consciência física tem várias propriedades que passamos a
descrever:
1 - Dispõe de grande autonomia
2 - Parece incapaz de apanhar uma idéia exceto sob a forma em
que ela mesma seja a autora, do que resulta que todos os estímulos
que provenham do exterior ou o interior serem imediatamente
traduzidos em imagens. é incapaz de apanhar as idéias abstratas,
as quais ela transforma logo em percepções imaginárias.
4 - Todo pensamento dirigido para qualquer lugar afastado torna-se
para ela um deslocamento para esse lugar.
Exemplo: Um pensamento sobre a Grécia transporta imediatamente
a consciência em imaginação para a Grécia.
5 - Não tem nenhum poder de julgar a seqüência, o valor ou a
realidade objetiva das imagens que lhe parecem. Ela as aceita
como se apresentam e jamais se surpreendi com o que lhe
acontece, por mais absurdo que seja.
6 - Acha-se submetida a associação de idéias e por isso uma série
de imagens sem outro laço que sua associação no tempo pode
embaralha-las dando como resultado a mais espantosa confusão.
7 - é singularmente sensível as mais fracas influências exteriores,
tais como os sons e os contatos.
8 - Tem a propensão de aumentar e deformar as idéias, em
enormes proporções..
Vê-se pois que o cérebro físico é capaz de levar a confusão, o
exagero em muitos sonhos.
Quando em estado de vigília o nosso cérebro é afetado por toda
sorte de pensamentos vindos do exterior mas quando dormimos
essas influência é ainda maior pois a parte etérica do cérebro é
ainda mais sensível. todo o pensamento errante que se acha no
cérebro do adormecido, qualquer coisa que esteja em harmonia
Peregrino 56
com ele se aloja se aloja neste cérebro e põe em movimento toda a
série de idéias.
Por conseguinte um homem de cérebro não controlado está sujeito
quando dorme toda a sorte de influências que o não atingiriam se o
espírito controlasse o cérebro.
O corpo astral é sempre sensível às correntes de pensamentos, e
quando o espírito não o controla ele reage sempre ativamente a
estes estímulos de origem exterior. Durante o sono é ele mais
facilmente influenciável..
Portanto, um homem que tenha destruído totalmente o desejo de
beber, pode sonhar que bebe, que nisso tenha prazer, embora na
vida física tenha aversão a bebida.
É que durante a vigília os desejos do corpo astral acham-se sob o
controle da vontade, ao passo que quando o corpo astral é libertado
pelo sono, o corpo físico pode escapar ao controle do ego e graças
a qualquer influência astral exterior ser dominado pelo velho vício.
Este gênero de sonhos é freqüente entre aquelas pessoas que
fazem esforços para trazer os desejos sob o domínio da vontade.
Pode acontecer que um homem que tenha sido ébrio, na vida
passada possua em seu corpo astral a matéria atraída pelas
vibrações da embriaguez registradas em seu átomo permanente.
Embora esta matéria não esteja vivificada, nesta vida o controle do
Ego se enfraquece durante o sono, ela pode reagir às vibrações
alcoólicas vindas do exterior e o homem sonhar que bebe. Tais
sonhos uma vez compreendidos, não devem causar preocupações,
devem no entanto, servir de alerta mostrando-nos a possibilidade
desse desejo acordar de novo em nós.
Verificamos, pois que sendo os sonhos no homem comum da
mesma natureza dos seus pensamentos diários ou dos
pensamentos que vagam pelo ambiente servem eles, quando de
natureza ruim para nos alertar a respeito de nossas atitudes em
relação a vida e sugerir nos uma repensada em nosso
comportamento e um policiamento quanto a natureza dos nossos
pensamentos.
AULA N. 15
Peregrino 57
Com o correr dos tempos o veículo físico que abrigou os outros seis
veículos se desgasta e ocorre o que chamamos de morte. Ao
contrario do que muitos pensam o momento da morte não é
doloroso mas sim agradável pois há um certo alívio em se deixar
um corpo emprestável... O momento da morte por mais rápida que
esta possa ter ocorrido não é instantâneo, isto é há sempre um
estado s intermediário entre ávida e a morte _ semelhança
daquelas breves instantes em que se passa do estado de vigília ao
estado de sono. é como se fosse o apagar de um bico de gás, em
que antes da completa extinção, a chama vai num decrescendo.
Esse momento da morte, ensinam-nos os Mestres é muito
importante para o Ser em trânsito.
Nesses breves instantes mesmo que a morte seja violenta o homem
vê passar diante de sua consciência, com a nitidez com que vê
passar um filme, o panorama total dos fatos que constituíram a sua
vida recém concluída até os mínimos detalhes. ele assiste o
desenrolar de fatos como um observador imparcial, e dessa
contemplação ele analisa a série infinita de causas que o fizeram
agir, pensar e sentir, desde nascimento até a morte e dessa analise
deduz natureza da vida que devera utilizar-se na próxima
encarnação. Tudo isso se passa nos breves instantes em que a
chama da vida vai se apagando.
Tenhamos em conta que o fator tempo não é o mesmo em todos os
planos.
Sendo este momento tão importante, que é a transição e
necessitando o moribundo de toda a atenção para concentrar-se nos
fenômenos que estão se processando, evidentemente que um
exterior sossegado redundara em enorme benefício para si. Os
choros, as lamentações dos entes que o cerca só podem perturbar o
morto.
É prova de nível elevado , prova positiva de cultura eubiótica
quando a família do morto sabe portar-se com a devida calma,
diante de um evento dessa natureza.
Quando o fio é cortado e os veículos se separam definitivamente do
corpo denso, o duplo etérico fica flutuando por cima do cadáver,
constituindo aquilo. que chamamos de espectro.. A consciência
penetra num estão de sonolência que permanece muitas vezes até
a desagregação do duplo, vai desde algumas horas até varias
semanas.
Peregrino 58
O vidente vê o duplo sobre a sepultura como uma nuvem violácea..
Em seguida o ser é atraído para o sub-plano do plano astral que lhe
é correspondente, passando antes pelos subseqüentes.. Se for um
ser evoluído ficara pouco tempo nos sub-planos inferiores, se for
pouco evoluído ficara maior tempo para desagregar as matérias dos
sub-planos que atraiu em vida. Entretanto, há pessoas tão apegadas
a vida física que quando morrem revestem o corpo astral de matéria
etérica do corpo abandonado. Nestas condições nada pode haver
de mais penível, visto que excluído do mundo astral pelo invólucro
etérico e do mundo físico pela falta de órgãos sensoriais erram
solitários mudos e aterrorizados numa bruma espessa e lúgubre,
sem relação possível com nenhum dos dois mundos.
Não há para o homem que morre nenhuma recompensa ou castigo
vindas do exterior, o que há é o resultado daquilo que ele fez, disse
ou pensou quando vivia no plano físico. No astral ele somente ira
colher os frutos, bons ou maus, segundo o que semeou em sua vida
pois o veículo físico é apenas o veículo das ações, ao perde-lo não
poderá mais criar condições de vida no plano astral, nem pode
modificar aquelas que foram forjadas durante sua vida ativa. Eis
aqui a razão oculta dos dogmas de céu, inferno ou purgatório das
religiões..
Sendo o mundo astral o mundo dos efeitos encontram-se nele todos
os ambientes criados pelos homens em sua vida terrestre. Por isso
o recém morto não toma consciência imediata do que está se
passando, continuando a agir como em vida, verá os mesmos
objetos, muros, móveis e pessoas que estava habituado. Tenta
conversar com os amigos mas estes não respondem e as vezes
pensa que está dormindo pois podem fazer a comunicação quando
eles dormem.
Habitualmente depois da morte o homem não vê a contraparte total
dos objetos, mas apenas a porção que pertence ao sub-plano no
qual ele se acha.
Nesse caso necessita fazer numerosas experiências antes de poder
identificar os objetos, e essas experiências são, no começo, vagas e
indecisas. A incompreensão do novo estado, no plano astral, leva o
homem a julgar necessário continuar a trabalhar para ganhar a vida,
a preparar os alimentos que deve comer, tudo criado pela sua
imaginação.
Se acha que deve construi uma casa ele a construirá tijolo por tijolo,
quando, sem nenhum esforço a poderia construir duma só vez.
Peregrino 59
Quando verifica que as pedras e os tijolos não tem peso começa
notar as diferenças entre o novo mundo e o antigo e a levar mais
longe suas investigações..
Essas mesmas diferenças leva o homem para quem a vida astral é
nova a entrar nas casas pela porta sem compreender que poderia
fazer o mesmo através do muro. Por igual motivo continua
marchando pelo solo quando poderia mover-se pelo ar.
O homem que adquire durante a vida terrestre o conhecimento das
condições gerais da vida astral seja por meio de leituras ou
diretamente, acha-se naturalmente mais a vontade e sabe mais ou
menos como agir após a partida do mundo físico.
Não é verdade dizer-se que a morte iguala tudo. Cada habitante do
mundo astral acomoda-se de acordo com os padrões que o dividia
antes de morrer. Sendo as religiões as mais poderosas forças
criadas pela imaginação humana coletiva não é de se estranhar que
no plano astral existam todos os ambientes e todas as entidades
criadas por elas. Por isso quando das comunicações espíritas cada
uma da a versão que tinha em vida.
Assim, no ocidente as comunicações falam de Cristo e dos santos
da igreja, no oriente se fala de Buda e outros. O pior que o homem
pode fazer para tornar desagradável sua vida no mundo astral é ter
uma vida inútil, vazia de todo interesse razoável e espiritual. O
homem comum, que não foi nem bom nem mau, fica, após a morte,
tão comum como era antes. Por conseguinte, não sentira nenhum
sofrimento nem nenhuma alegria especiais. Quando muito achará a
vida astral um pouco insípida, exatamente porque, não tendo tido
nenhum interesse particular na vida física, muito menos terá na vida
astral. Se a sua preocupação principal tiver sido as conversas
inúteis, o esporte, os negócio ou moda, é claro que o tempo lhe
custara a passar, porque essas coisas não são possíveis no astral.
O homem comum que foi dominado por desejos de ordem inferior,
com a bebida, a sensualidade achar-se-á numa situação mais
penível. Não somente conservara os mesmo desejos, mas eles
serão muito mais violentos, porque toda a energia se exprime na
matéria astral sem ser em parte absorvida pela necessidade de por
em atividade as pesadas partículas físicas.
Um tal homem acha-se assim nas piores condições e vida astral,
parecendo, muitas vezes, achar-se tão perto da vida física, que fica
sensível a certos odores, que só tem por resultado a excitação de
seus loucos desejos que ele não pode satisfazer por falta do corpo
Peregrino 60
físico. Os ébrios e os possuídos por outros vícios, conseguem,
muitas vezes, envolver-se num viu de matéria etérica e, assim
materializar-se em parte.
Podem nessas condições gozar o cheiro do álcool ou satisfazer-se
em seu vício predileto sem que essa sensação a que tinha no corpo
físico. Para não perder esse prazer esforçam-se para arrastar os
outros para o vício, penetrando parcialmente em seus corpos para
melhor se saciarem.
Vimos aqui o estado dos homens vulgares. Consideremos agora um
tipo de homem mais elevado, um indivíduo que manifeste interesse
pela música, pela literatura ou pela ciência. A um músico é possível
não só escutar boa música no plano astral como escutar uma
música mais bela que a da terra, pois neste plano existem
harmonias diferentes, duma riqueza que os ouvido físicos não
podem perceber.
As cores e as belezas dos sub-planos superiores do astral são
indescritíveis pela sua formosura, sendo um paraíso para os
artistas. Um historiador ou um homem de ciência não só se acham
a sua disposição as bibliotecas e museus de todo o mundo em cujo
o aura mergulha, como passara a melhor compreender os
fenômenos da natureza, porque passa a ver o interior das coisas tão
bem como o exterior e a ver outras de que antes só conhecia os
efeitos. Em todos esses casos a alegria é consideravelmente
aumentada porque a fadiga não o atormenta. O filantropo pode
continuar em melhores condições do que no plano físico a ajudar
seus semelhantes como maior certeza de obter bons resultados. é
mesmo possível no plano astral depois da morte adquirir idéias
inteiramente novas, em conseqüências das experiências que dali se
colhem.
Há entre os habitantes do plano físico e do plano astral influências
mútuas. As influências que os mortos exercem sobre os vivos são
varias. As vezes é um pai, já morto, esforçando-se para impor seus
desejos a um filho, encaminhando-o para determinada carreira ou
para uma aliança matrimonial a muito desejada, quando não
procura ao contrario, por todos os meios evitar determinada único..
Como homem ordinário, não têm consciência dessa pressão
exercida pelo morto toma-a como se fosse seus próprios desejos
subconscientes, e acaba realizando atos contrários a sua vontade.
O homem do astral por sua vez também está sujeito às influências
dos seres terrestres. Mesmo aqueles que foram boas pessoas,
Peregrino 61
quando em vida e adquiriram o direito de passar rapidamente pelos
sub-planos inferiores, ficam presos a esses pela influência do aura
menos puros dos parentes e amigos em cujo ambiente o morto
deseja continuar a existir. Os parentes e amigos que muito pesar
sentem pela morte de um ser, atraem-no também para o círculo
impedindo que o morto se liberte. São grandes os sofrimentos
inúteis e os males que essas pessoas causam àqueles que eles
lastimam com suas lágrimas e lamúrias.
O constante pensamento dos amigos sobre o morto acorda
vibrações no corpo astral do falecido, que o enlaça ao mundo físico,
concorrendo para retardar o fenômeno da chamada segunda morte,
que consiste na passagem do ser para o mundo mental, atrasando
com isso a natural evolução do ego. Ao contrario do que possa estar
parecendo, não aconselhamos banir do pensamento a memória dos
mortos. O que se impõe é uma recordação afetuosa e elevada, em
relação com pensamentos superiores, que geram uma força capaz
de auxiliar o morto na travessia do grande mar que é o plano astral.
é pois, com muita razão que manda a ética religiosa recordar do
morto somente seu aspecto superior, as boas ações praticadas, os
nobres sentimentos revelados durante a vida e jamais recordar os
seus aspectos negativos, com os quais forçosamente terá de se
defrontar por conta própria.
AULA N.16
Peregrino 62
Imediatamente começa a nossa segunda morte com a dissolução
do veículo astral acabando assim a personalidade.
As entidades astrais podem ser classificadas em humanas e não
humanas. As entidades humanas se dividem em fisicamente vivas e
fisicamente mortas.
As entidades fisicamente vivas são: Pessoas comuns, quando seus
veículos físicos estão adormecidos. ADEPTOS e seus DISCÍPULOS
se projetam no plano astral sem perder a consciência permitindo
maior aprendizado. MAGOS NEGROS e seus DISCÍPULOS o
fazem da mesma maneira que os anteriores mas com finalidades
maléficas..
Na classe de entidades falecidas e cujo estado de consciência varia
até o infinito. Vejamos as mais perigosas:
SOMBRAS - Sabemos já que o ser depois de um peregrinar mais
ou menos longo através do mundo astral. Quando ocorre essa
segunda morte, o homem deixa atrás de si seu corpo astral em
desagregação, exatamente como quando morreu fisicamente. Em
muitos casos, o Ego torna-se incapaz de retirar dos princípios
inferiores a totalidade dos princípios mentais. Devido a isso a
matéria mental inferior fica agarrada ao corpo astral. A um corpo
astral nestas condições é que se da o nome de sombra, o qual não
constitui de nenhum modo o verdadeiro homem, embora conserve a
sua aparência, sua memória e suas pequenas particularidades. Daí
ser muito fácil confundi-lo com o homem real, coisa que acontece
comumente nas sessões espíritas.
Uma sombra não é jamais consciente do seu estado, julgando ser
sempre o próprio indivíduo, e como tal se apresenta, quando na
realidade não passa dum aglomerado de qualidades inferiores do
homem desprovido daquilo e que chamamos espírito. A duração de
uma sombra varia segundo a quantidade de matéria mental inferior
que a anima. Como esta quantidade diminui gradualmente, a
inteligência da sombra diminui ao mesmo tempo, podendo no
entanto, apossar-se temporariamente da inteligência dum médium.
A sombra é susceptível de ser dominada por toda a sorte de
influências mas, e, como se acha separada do Ego, nada existe
nela que lhe permita torna-la capaz de aproveitar as boas
influências. Presta-se, por isso, facilmente aos fins inferiores dos
mais baixos magos negros, que a transformam em autêntico
escravo para os seus serviços no plano astral. Com o tempo, a
Peregrino 63
matéria mental acaba por voltar ao seu próprio plano, dando fim a
essa entidade.
CASCÕES - Os cascões, também conhecidos como choques, são
os corpos astrais dos homens isentos de qualquer partícula mental,
pois quando a consciência se retirou do veículo astral levou todo o
veículo mental.
Um cascão é, pois desprovido inteiramente de inteligência e
consciência, errando pelo plano astral a mercê das correntes
astrais. Apesar disso, ele pode ser animado, por algum tempo,
duma aparência de vida, se cair sob a influência do aura de um
médium. Em tais condições o cascão pode expressar as mais
características emoções ou tipo emocional do defunto. Como o Ego,
ao se desprender do corpo astral, leva consigo todos os bons frutos
produzidos na última vida, fica o cascão vitalizado, sempre
maléficos.. é um demônio tentador, cuja ma influência só é limitada
pelo seu próprio poder. Tal como a sombra, é o choque empregado
pela magia negra.
VAMPIROS - Embora não seja comum, há indivíduos cuja
perversão psiquicamente chegou a tal ponto que nenhuma parcela
de bons sentimentos subsiste em seu íntimo. Quando isso acontece,
o Ego, por mais poder usar essa personalidade, abandona-a mesmo
antes que sobrevenha a morte física. Nestas condições, esse Ser,
que não se poderá, a rigor, chamar-se de humano, embora sem
forma humana, por lhe faltar qualquer princípio espiritual, torna-se
inteiramente dominado por Kama(corpo do desejo), sem nenhum
freio que o impeça de realizar os seus mais baixos intentos. São os
chamados VAMPIROS.
Não raro, em virtude de sua ousadia; conseguem apossar-se do
poder político de uma nação, tornando-se dessas figuras hediondas
de que a história está cheia. Quando sobrevem a morte física, o Ser
nessas condições, não pode nem sequer permanecer no plano
astral, sendo arrastado para uma região denominada pelos filósofos
de oitava esfera.
ENTIDADES NÃO HUMANAS - Quanto as entidades não humanas
não comporta, nesse estudo, falarmos muito a seu respeito pois
demanda uma pesquisa muito longa.
Podemos adiantar que no mundo astral encontram-se todos os sete
reinos da natureza, tantos os minerais como os vegetais e os
animais. Quanto ao reino hominal que é o dos homens já falamos
muito que é o que mais de perto nos interessa. Além desses há os
Peregrino 64
três reinos elementais que a ciência oficial ainda não conhece por
serem imateriais.
Entre os habitantes do mundo astral, cuja hostilidade é logo
percebida pelo homem que transpõe os umbrais desse mundo,
podemos incluir os animais ainda envoltos em seus corpos astrais,
principalmente nas proximidades dos centros populosos.
A atitude hostil dessas entidades deriva dos horríveis massacres
levados a efeitos nos matadouros, onde o animal morre
aterrorizado, e mais aqueles que o homem matou ou suplicou por
prazer.
Outras entidades do mundo astral são os ELEMENTAIS
ARTIFICIAIS, criadas pelo próprio homem através de seus
pensamentos. Elas podem ser boas ou mas, dependendo do seu
criador, podem ser temporárias ou permanentes, dependendo da
persistência com que se pensou, podem ser com maior ou menor
independência, dependendo da quantidade de energia empregada.
Esses elementais tendem a ficar com seu criador, provocando nele
a repetição do pensamento e como flutuam no aura do seu criador
passam a constituir seus hábitos de pensar e de provocar-lhes
recalques, idéias fixas, complexos, neuroses e psicoses for de
natureza ma. quando muitos pensam uma só coisa criam-se,
formam-se elementais coletivos que são os sentimentos nacionais
de um povo, sua religiosidade. Assim foram criados os falsos
deuses, santos profetas falsas igrejas , chegando mesmo a se
projetarem fisicamente, a ponto de serem vistas por diversas
pessoas.
Vemos dessa maneira como é poderoso o pensamento de um ser
vivo, que está de posse de seus três veículos, pois é só dessa
maneira que se pode criar.
Um alerta para os que se dedicam ao estudo esotérico.
Nem sempre a clarividência está associada a um ser desenvolvido
pois esta pode se manifestar em uma pessoa doente na qual foi
removido o obstáculo da visão.
Falemos agora do nosso retorno.
Quando se da a segunda morte e os três átomos permanentes se
retiram já começam a se preparar para a nova existência.
No momento em que os pais escolhidos se unem pelo ato sexual e
as duas células se tornam uma a nova consciência passa ali a fazer
a sua morada. Imediatamente toda a natureza se preparara para a
gestação. O elemental da natureza que ficara encarregado de
Peregrino 65
formar o futuro ser se posta ao lado da mãe e, de acordo com as
informações fornecidas pelos átomos permanentes, forma como
que uma boneca que mais tarde se interioriza e vai ser preenchida
de acordo com o molde.
A mãe entra em estado de graça, pois toda ela esta voltada para a
geração daquilo que será a imagem e semelhança de Deus. A
criança será tão tranqüila quanto foi a mãe durante a gestação e tão
agitada se for, ao contrario, cheia de tropeços e desgostos. Se a
criança for fruto de uma mãe desregrada, fumante, viciada,
nervosa, neurastênica, a criança será até um deficiente. Se a mãe
foi calma, tranqüila, bem alimentada, com pensamentos elevados,
e, todos a sua volta propiciaram boa ambiência, a criança terá todas
essas características. Também é muito importante o que se esta
pensando no momento da concepção para atrair um ser elevado ou
de maus princípios. Se foi feito num ato de amor a criança dali
resultante será de um alto astral. Se for feito apenas por prazer
físico, alcoolizado ou drogado, a criança só poderá pertencer a esse
nível.
O elemental se retira no momento do nascimento, a não ser que
ele esteja encarregado de formar um ser de grande fealdade ou de
uma enorme beleza. Em ambos os casos ele poderá permanecer ao
lado da criança por tempo que varia até os sete anos de idade. Pela
capacidade que temos de gerar um ser chegamos a conclusão que
somos idênticos a Deus.
AULA N.17
CROMOTERAPIA
AULA N.18
AS LEIS UNIVERSAIS
Peregrino 70
O conhecimento de tais leis, até bem pouco tempo, era privilégio
dos orientais e de alguns estudiosos ocidentais que buscavam no
oriente, subsídios para sua melhor informação. Com a proximidade
da Era de Aquários, que eclodiu em terras brasileiras, ouve
necessidade de transferir esse acervo para o ocidente, o que foi
feito em duas etapas. A primeira tentativa foi com Blavatsky em
Norte América que, embora não tenha atingido seu objetivo pleno,
conseguiu despertar as mentes ocidentais para algo diferente da
literatura esotérica que comumente tinha acesso. A segunda
tentativa, que tem que dar certo, foi no Brasil, com o baiano, Prof.
Henrique José de Souza, que dedicou toda sua vida a dar
conhecimento transcendental, fazendo da pátria brasileira, o foco
irradiador, para o mundo, da sabedoria iniciática das idades.
Um dos seus objetivos foi trazer a luz o conhecimento das LEIS
UNIVERSAIS que nos regem, para que elas sejam cumpridas
conscientemente. São as leis da EVOLUÇÃO, REENCARNAÇÃO e
KARMA. Estas três leis estão tão intimamente entrelaçados entre si
que é impossível a separação de uma das outras.
Para o homem não há evolução sem Karma e sem Reencarnação.
Qualquer alteração que haja em uma dessas três leis,
automaticamente se reflete nas outras duas.
No cristianismo, em virtude da linguagem revelada dos manuscritos
que deram origem a Bíblia, a conceito da evolução ficou oculto. O
termo evolução já é bastante antigo e os filósofos gregos como
Sócrates, Platão e outros já tinham conhecimento de que era o
caminho do simples para o complexo, ou do Homem para Deus.
A teosofia define evolução como a transformação de vida energia
em vida consciência. A vida energia se processa nos quatro
veículos: físico, vital, emocional e mental. Para que atinjamos a
plenitude da consciência falta evoluir os princípios mental abstrato,
intuição e atmã.
Quando o homem adquiriu o mental em meados da terceira raça
mãe, a sua natureza humana se exteriorizou e a divina se
interiorizou havendo um desligamento das duas. A finalidade da
religião e da yoga é religar, é unir, novamente os três veículos
divinos com os quatro veículos humanos. A evolução se faz,
portanto, entre os dois polos, divino e terreno.
O corpo físico é o sustentáculo dos outros princípios. Nele se
apoiam todos os princípios regentes e dirigentes da vida humana e
da vida universal. O corpo apenas sofre transformações físicas do
Peregrino 71
nascimento até a morte, ele não evoluiu. O espírito é a centelha
divina, eterna e imutável, também não evolui. O que evolui é a
alma através do jogo da mente e das emoções.. A evolução se da
somente quando os sete princípios estão integrados formando o
conjunto corpo, alma e espírito.
O veículo vital tem por função o equilíbrio de duas energias
cósmicas prana e apana. Prana é a energia que mantém a vida,
vitalizando o corpo. Apana é a energia degenerativa que produz o
envelhecimento das células e as distonias que ocasionam a morte.
O homem que desperta em si as faculdades transcendentes do
espírito, que conhece as Leis da natureza e as cumpre, pode
equilibrar prana e apana e assim vencer a morte. Quando o homem
pensa ele duvida e da dúvida nasce a investigação e ele avança na
senda da evolução até um limite, após o qual após o qual surgem
as hipóteses e as terias, que a razão não aprova, por isso verdade
nunca é entendida pela razão e si pelo coração ou emoção
acionada pelo mental.
A Lei do carma pode ser entendida como um desequilíbrio a ser
equilibrado. Existem Leis para pensamentos, emoções mas o
homem usando do seu livre arbítrio as desequilibra provocando na
natureza uma ação igual e contraria. Os homens identificam a
cobrança do carma com a figura do diabo, dai associa-lo ao mal. O
mal e o bem não existem, mas sim o equilíbrio da Lei. Não se deve
encarar a Lei de maneira dogmática como dente por dente e olho
por olho, como se dissemos dez chibatadas e vamos receber dez
outras. A dor provocada pelo ato tem uma intensidade de dor que
vamos sofrer por uma doença ou dor moral, mas sempre na mesma
proporção. A dor é uma maneira de esgotarmos o nosso carma mas
se nos revoltamos contra ele geramos outro pela revolta.
Buda já dizia que o desejo é a fonte de todos os sofrimentos, porque
o desejo provém das emoções e para não haver sofrimento é
necessário que nunca haja desejo. Dizer que a humanidade evolui
pela dor é dizer meia verdade pois a dor é apenas o retorno ao
equilíbrio. A única maneira de nos livrarmos desse desequilíbrio é
através do conhecimento, da sabedoria. Só o saber liberta. O carma
é como se fosse os dois pratos de, uma balança. Os orientais o
chamam de Jnana e Bakti, ou seja conhecimento e amor. São as
duas colunas do templo de Salomão, Jakim e Boaz, abreviando J e
B. Quando um pende para um lado há necessidade de se atentar
para o outro prato para se fazer o equilíbrio, mas por falta de
Peregrino 72
conhecimento acabamos por pender o prato e começa tudo de
novo.
Não há castigo nem prêmio mas uma cobrança justa pois se assim
não fosse a humanidade se destruiria. O importante não é a ação
em si mas a intenção com que ela é praticada. Assim um assassino
cometeu um desequilíbrio mas é importante saber se foi um ato
voluntários ou involuntário..
Há seres que são encarregados de regular a dosagem do carma,
para que seja dada exatamente a medida que possamos suportar. O
retorno ao equilíbrio através da dor não é um processo evolutivo
mas sim um processo educativo. a evolução só se faz através do
conhecimento, quando a mente se coloca ao lado do coração, isto é
se consegue o equilíbrio entre o emocional e o mental, fazendo com
que possamos controlar as nossas emoções através do
conhecimento das causas para que não venhamos a sofrer os
efeitos. Em contrapartida o carma de quem conhece a LEI é mais
pesado do que o daquele que comete o erro por ignorância. A quem
muito foi dado muito será pedido. Para se atingir a divindade é
necessário que o carma se torne igual a zero.
O problema do certo e do errado está ligado ao grau de
conhecimento do homem.
Deus é o equilíbrio interno do ser humano.
Vamos falar agora da Lei de Reencarnação e dos Ciclos.
A nossa evolução está toda fundamentada na Lei dos ciclos ou
reencarnação, pois em cada vida que temos adquirido um tanto de
conhecimento e também de carma.
Diante da grandeza do trabalho evolutivo qualquer um deduz que
não é possível fazê-lo em um período tão curto quanto o de uma
existência. Alias devemos levar em consideração que é
fundamental para o estudo esotérico que se tenha conhecimento do
funcionamento desta Lei.
Não vemos em qualquer livro das religiões, qualquer uma que seja
que não faz referência a reencarnação a não ser a Bíblia Cristã e
isso só depois de inúmeros concílios, feitos agora no nosso milênio..
Dentro de cada um de nós existem dois fatores internos que vão
acionar os nossos impulsos, tendências ou inclinações.. Esses
fatores são as Skandas que são representadas pelo bem, pelas
virtudes, pela moralidade, que no seu conjunto dão as tendências
positivas. E pelas Nidhanas que representam o mal, pelos vícios,
pelos defeitos morais que em seu conjunto dão as tendência
Peregrino 73
negativas. O equilíbrio entre essas duas energias trás saúde e o
desequilíbrio provoca doenças.
Durante o período da morte é feito o ajustamento entre essas duas
energias e a criança ao nascer trás impulsos, reações, tendências
que são o resultado desse ajustamento. Durante o sono também é
feito esse ajustamento por Seres invisíveis e é por isso que
acordamos mais calmos. Para pessoas muito nervosas é
aconselhável dormir bastante.
Todos nós começamos nosso período evolutivo portadores de
nidhanas e com o correr das reencarnações vamos transformando-
as em skandas, pois as skandas são o resultado da sublimação das
nidhanas. Não adianta nada sufocarmos uma nidhana sem
vivermos sua experiência pois estaremos apenas adiando uma
etapa evolutiva. através do experimentar o bem e o mal é que
vamos evoluindo ou adquirindo carma. A Lei foi programada muito
certa pois quando estamos no período de experimentação das
nidhanas não adquirimos carma. Este só aparece quando há
reincidência.
Em cada ciclo de vida adquirimos um ou mais tipo e experiência,
por isso são necessárias muitas vidas para se completar o ciclo de
experiências. durante os ciclos de vida uma alma ora se aproxima
ora se afasta do espírito, conforme vai cumprindo a tarefa de
ganhar experiências.
O que reencarna não é o corpo físico pois esse pertence a terra e a
ela retorna após ser usado. Não é a alma pois esta é feita de
matéria astral e também volta a sua origem. Não é o espírito pois
ele é imortal e a tudo comanda. O que reencarna são os três
átomos permanentes (físico, anímico e espiritual) que guardam
todas as experiências sofridas pela mônada durante seus ciclos
evolutivos. Os ciclos de reencarnação são alterados por períodos de
ação no qual adquirimos experiências e ao mesmo tempo vamos
adquirindo e esgotando carma e por períodos de descanso no qual
fazemos a avaliação de tudo o que foi conseguido numa existência
e baseados nisso programados na próxima vida.
A Lei de reencarnação se aplica apenas ao homem, mas também
às civilizações pois estas crescem e atingem a maturidade e se
degeneram, desaparecem para surgir logo adiante, mais avançadas
mas com melhor destino.
A marcha das civilizações ou períodos cíclicos de cada civilização e
chamado de ITINERÁRIO DE IO OU DA MÔNADA. o Itinerário de
Peregrino 74
IO é o caminho que as civilizações vem percorrendo em sua
marcha de Oriente para Ocidente e nesse percurso os homens vão
formando o seu próprio estado de consciência pois a evolução é
coletiva mas realização é individual.
A Lei dos ciclos também se aplica ao macrocosmo com períodos de
criação chamado MANUÂNTARA, também chamado DIA DE
BRAHMÃ que é igual a 4.320.000.000 de anos e por períodos de
descanso chamado PRALAYA ou a NOITE DE BRAHMÃ, de igual
duração ressurgindo a seguir novo Manuântara e assim
sucessivamente..
Pelo exposto nós que já atingimos um potencial de consciência
capaz de perceber as verdades abstratas devemos nos esforçar o
máximo para evoluir o mais rapidamente possível e sair da RODA
DE SANSARA ou dos renascente e mortes sucessivos, pois, a
partir de um determinado período evolutivo não mais nos
reencarnamos mas sim nos encarnamos, isto é, nós programamos a
nossa próxima existência de acordo com a meta a ser alcançando..
AULA N.19
Peregrino 76
Os animais inteligente vencem os menos inteligente.. O homem
vence a todos os animais, etc. Existe pôs uma hierarquia evolutiva
de ordem natural que garante o triunfo do melhor e do mais perfeito,
portanto, do progresso biológico. Entretanto, no plano social-
humano, isto não acontece desta maneira, o superior (não pode ser
o mais sábio, o mais evoluído espiritualmente), mas porque tem
mais bens materiais, mais astúcia, ou mais força, mais meios, mais
poder, mais influência, mais dinheiro e isto trás uma desarmonia da
coletividade e degradam os homens verdadeiramente dignos. Os
homens são iguais em essência, não tanto em potência, e desiguais
em presença.
Peregrino 78
AULA N.20
HERMÉS O TRIMEGISTRO
1 - ignorância
2 - tristeza
3 - intemperança
4 - concupiscência
Peregrino 79
5 - injustiça
6 - avareza
7 - erro
8 - inveja
9 - malícia
10 - cólera
11 - temeridade
12 - maldade
1 - O princípio do MENTALISMO
2 - O princípio da CORRESPONDÊNCIA
3 - O princípio da VIBRAÇÃO
4 - O princípio da POLARIDADE
5 - O princípio do RITMO
6 - O princípio de CAUSA E EFEITO
7 - O princípio do GÊNERO
O Princípio do MENTALISMO se funda no axioma Hermético que
assim se expressa:
O TODO é MENTE; O UNIVERSO é MENTAL.
Peregrino 81
Assim, o homem e o Cosmo são análogos.. Quando o homem
chega ao conhecimento e si próprio é Senhor de seu mundo interno
e, como os elementos que o constituem são da mesma natureza
que os que formam o Universo, tendo domínio sobre todos os
planos de seu Ser, terá, em conseqüências, domínio sobre os
mesmos planos no Cosmo.
O princípio da VIBRAÇÃO está baseado no seguinte axioma
Hermético que diz:
"NADA ESTÁ PARADO, TUDO SE MOVE, TUDO VIBRA".
Este princípio está ligado aos dois anteriores que dizem respeito a
vibração e a polaridade.
Este princípio do ritmo é de grande utilidade pratica ao estudante de
ocultismo em seu desenvolvimento interior.
Assim o discípulo baseando-se no princípio da vibração verifica que
nada está parado, tudo vibra.
A seguir pelo princípio da polaridade sabe que tudo tem dois polos
mas que em essência são a mesma coisa, tendo portanto, a
possibilidade de modificar-lhe os polos sem alterar a essência.
Aplicando o princípio do ritmo verifica que as fases são iguais e em
direção opostas. Medindo esses afastamentos para um e outro polo
sabe em que direção deve empregar seu esforço para equilibra-las.
Se consegue este equilíbrio, entra em harmonia com a Lei Universal
correspondente, atendendo ao princípio da correspondência,
atingindo assim o milagre da coisa única, a libertação.
O Princípio da CAUSA e EFEITO está baseado no seguinte axioma
Hermético que diz:
AULA N.21
Peregrino 84
VIDA E COMPORTAMENTO
Peregrino 85
preferência nos tons pastel, pois elas transmitirão paz, tranqüilidade,
alegria e uma atmosfera refrescante.
Na decoração da casa devemos dar preferência por objetos que
lembrem coisas alegres e sadias.
A figura expressa pelo objeto traz, em si, toda uma egrégora criada,
ao longo do tempo, pelo mental dos homens.
Assim sendo, a vibração que ele transmite ao ambiente é a mesma
do original. Um cavalo por exemplo lembra nobreza, galhardia,
coragem. Um cachorro lembre fidelidade e assim por diante. Fácil é
deduzir que um objeto que lembra beligerância como as armas de
fogo, quadros com cenas de batalha vão desarmonias, sadio
violência entre os habitantes daquela casa.
Os objetos de tortura vão causar ou fazer despertar o gosto pelo
sadismo. Peles e cabeças e animais por causa da morte violenta
que sofreram, trazem toda a espécie de miasmas do baixo astral
causando muitas doenças.
A atenção quanto aos objetos de decoração deve ser redobrada
pois eles permanecem no ambiente por anos a fio e vão impregnar
com suas vibrações, principalmente as criança por estarem ainda
em formação são as mais prejudicadas ou as mais beneficiadas.
A influência da nossa casa em nosso Eu superior é tão intensa que
pode causar desequilíbrios de tal monta que se chega até a
destruição de um lar pela separação dos seus cônjuges. A limpeza
da casa e de nossos objetos de uso pessoal é de importância
fundamental, pois a sujeira sendo objetos de decomposição só pode
ter vibrações do baixo astral.
Quanto aos animais domésticos devemos ter o cuidado o de coloca-
los em seu devido lugar, que é no quintal. Não se deve levar ao
exagero pois eles necessitam como todo ser vivente de carinho e
afeto mas não devemos leva-lo ao outro extremo de coloca-los a
dormir em nossa cama e até comer em nossa mesa. O animal
sendo de um reino anterior ao do homem suga a sua energia vital e
é por isso que ele procura sempre ser afagado , mas não deve ser
muito prolongado o contato.
Utensílios usados por outras pessoas e mal lavados; banheiros
sujos e mal cheirosos transmitem não só doenças físicas e
contagiosas mas também doenças astrais através do magnetismo
que emitem e que a medicina não cura. aliás tudo que nos cheira
mal tem essa característica.
Peregrino 86
Quanto a andar em coletivos não podemos evitar mas devemos
tomar alguns cuidados. A primeira coisa é proteger o umbigo devido
ser o ponto por onde passam todas as energias astrais. Não sentar
imediatamente após o outro passageiro se levantar enquanto este
ainda permanecer quente pois ali está toda vibração deixada pela
pessoa que se retirou. Uma coisa muito comum nos coletivos é a
sensação de perda de energia, ma espécie de desfalecimento
parecendo que nossas forças estão se esvaindo ocasionando
enjôos.. Isso ocorre porque alguém do nosso lado está nos
vampirizando, isto é sugando a nossa energia pode ocorrer
consciente ou inconscientemente. Para neutralizar o processo de
fluxo de energia para fora devemos cruzar os braços e as pernas.
Quanto as vibrações dos cemitérios são as piores que existem pois
ali se encontram duplo etéricos ainda não dissolvidos, quando não ,
o corpo astral daqueles que, foram materialistas e não conseguem
se afastar do seu corpo físico, pois ali está o único objeto que amou.
Ficam mudos e aterrorizados, sem saber direito o que está
ocorrendo, procurando se comunicar com as pessoas que por ali
passam, impregnando nelas sua influência malfalzeja, quando não
grudam nelas e as acompanham aos seus lares causando todo tipo
de desarmonias.
Pior ainda são os corpos putrefatos que ali se encontram lançando
suas emanações nos mananciais de água que abastecem as
cidades.
Conta-se nessa ainda mais um agravante que é a localização dos
cemitérios em lugares elevados fazendo com que a podridão
escorra com a chuva abrangendo tudo por onde passam.
As energias negativas que são lançadas na corrente elétrica da terra
causam doenças como o câncer nos moradores de suas
vizinhanças. Para provar isto existe uma experiência feita por um
físico na França, ele observou que entre os moradores das
imediações de um determinado cemitério muito antigo, a incidência
de câncer era muito maior. Munido de um aparelho que mede a
freqüência vibratória verificou que as emanações do cemitério (dos
corpos em decomposição), era da mesma freqüência vibratória do
câncer.. Os locais dos cemitérios poderiam ter sido usados para
moradias, plantações, parqueamentos ou coisas que beneficiassem
o homem. Não se deve aproveitar os locais de cemitérios já
existentes para outra finalidade pois as terras dos mesmos já está
inaproveitável por muitos séculos, pela podridão que encerra.
Peregrino 87
Recomenda-se a cremação dos corpos para que não ocorra a
formação de mais cemitérios.
O ambiente ou locais onde se realiza sessões de animismo não
pode ser considerado agradável, pois ali vagueiam todos os tipos de
seres mortos que permanecem no baixo astral a procura de um
veículo físico no qual possam se encostar e ainda aproveitarem um
pouco dos prazeres físicos dos quais não conseguem se libertar. é
errado dizer-se, sessão de espiritismo, pois o espírito sendo tão sutil
não permanecem nas baixasses do astral grosseiro que está
próximo ao nosso plano físico.
Para termos uma vida sadia , tanto moral quanto física e espiritual
devemos estar atentos ao ambiente que freqüentamos, tanto
familiar quanto público e selecionarmos bem quem freqüenta a
nossa casa. Ao freqüentarmos lugares pouco recomendáveis como
lupanares, bares de ma fama casa de famílias desajustadas,
estamos carregando para dentro dos nossos lares toda sujeira astral
nele contida, atrasando conseqüentemente nossa evolução. Da
mesma maneira pessoas de maus princípios e que freqüentem
lugares pouco recomendáveis também transmitem essas vibrações
ao nosso lar e também aos nossos familiares.
"Dize-me com quem andas e eu lhe direi quem és".
AULA N.22
Peregrino 91
procurando sutilizar o veículo físico, o que não pode ser
desequilibrante e as vezes até fatal.
Cada alimento tem seu poder nutriente e alimentar e tem também,
seu lado energético, etérico e vibracional que agira em nosso aura e
corpo emocional e, por sua vez, diretamente em nosso corpo e em
determinadas regiões do mesmo. Para determinar que tipo de
alimentação devemos ter, precisamos, primeiro nos conhecer e
identificar as reais necessidades de nosso organismo, tanto na parte
física, como na parte emocional, e em seguida conhecer-se o valor
e as características de cada alimento. Os alimentos , como tudo na
natureza divina, tem a sua polaridade. Eles se dividem em dois
grandes grupos que são: sódio e potássio..
Aqueles que pertencem ao grupo dos sódio pertencem ao polo
positivo, propiciando atividade, próprias dos tipos elétricos e,
quando em exagero, causa violência. Aqueles que pertencem ao
grupo do potássio pertencem ao polo negativo, procurando
passividade, apatia em exagero, causa moleza. Como o nosso
temperamento não é único, o Prof. Henrique José de Souza
recomendava uma alimentação mista voltada para o frugívoro..
Na escolha dos alimentos deve-se dar preferência para aqueles que
possuam alto teor nutritivo para se comer pouco e se alimentar
melhor. Deve-se preferir a qualidade e não a quantidade. Damos a
seguir, um esquema mostrando as características dos principais
grupos alimentares:
OVOS, CARNES, AVES, PEIXES, RAÍZES - Mais elemento Sódio,
mais tóxico se torna Polaridade Positiva. Efeito: violência,
(atividade, tipo elétrico).
ARROZ, AVEIA, MILHO, TRIGO, CEVADA - Sódio e Potássio em
equilíbrio.
SALADAS, FRUTAS, LEITE E DERIVADOS, DOCES E açucares -
Mais elemento potássio, menos tóxico se torna polaridade negativa.
Efeitos: causa moleza, (passividade, apatia).
Como podemos observar o sódio pode ser encontrado nos ovos,
carnes, aves, peixes e raízes.. Já o potássio se encontra nas
saladas, frutas, leite e derivados de açúcar e nos venenos. Alguns
alimentos possuem esses dois elementos em quantidades
equilibradas que são o arroz, a aveia, o milho, o trigo e a cevada. Já
nas leguminosas, feijões, ervilha a quantidade de potássio é
ligeiramente maior.
Peregrino 92
A nossa alimentação, para ser rigorosamente balanceada, deve
obedecer a um equilíbrio que consiste em se adequar as nossas
necessidades do momento. Devemos observar se nós e nossos
familiares estão nervosos e excitados, ou por causas externas, por
modificações que estão ocorrendo em seu interior, então deve-se
dar preferência a uma limitação a base de potássio.. Já em outras
ocasiões ocorre o contrario, então deve-se reforçar com alimento a
base de sódio..
No verão a alimentação deve ser leve, com preferência do potássio,
já no inverno, quando necessitamos de uma quantidade maior de
energia para compensar a queda de temperatura, deve-se aumentar
um pouco a quantidade de gorduras e alimentos a base de sódio..
Outro fator que devemos atentar é que, no decorrer de nossa
iniciação vamos nos sutilizando e nos transformando dando, como
conseqüências a mudança de nosso temperamento, portanto, para
determinar que tipo de alimentação devemos ter, precisamos,
primeiro nos conhecer e identificar quais as reais necessidades de
nosso organismo, tanto na parte física como na parte emocional, e
em seguida conhecer-se o valor e as características de cada
alimento.
Pelo exposto observa-se que nem sempre podemos adotar o regime
único, seja vegetariano, seja frugívoro, devido as constantes
transformações pelas quais passamos em nossa vida diária,
fazendo com que o nosso organismo sinta necessidades diferentes
de época para época. Entretanto, há pessoas que já atingiram um
equilíbrio que não necessitam mais de alimentação mista para
suprir suas necessidades físicas.
Para que um regime alimentar único seja adotado, precisamos estar
atentos ao nosso bem estar para observar se não vai causar danos
irremediáveis, pois o enfraquecimento do físico enfraquece
conseqüentemente o cérebro, provocando lesões irreversíveis.
Verificamos, portanto, que não podemos adotar um padrão
alimentar para todos os indivíduos, mas cada um procurar o seu
próprio equilíbrio.
Não devemos seguir os modismos tanto de alimentação quanto de
praticas de ingestão de determinados produtos que se mostraram
eficientes para determinados grupos de pacientes portadores de
alguma anomalia. Cada Ser é um caso em separado, com um
estagio de evolução diferente, não havendo duas pessoas iguais
nem nas do mesmo sangue.
Peregrino 93
Aqueles que trilham o caminho da iniciação tem que procurar usar a
sua inteligência no máximo de seu potencial fazendo com que a
natureza trabalhe a seu favor e não contra.
De uma maneira geral deve-se adequar a alimentação ao
temperamento do indivíduo, sem exageros e acertando as coisas na
medida da necessidade. A natureza nos deu uma variedade tão
grandes de alimentos para que não venhamos a ter dificuldade para
adequar o tipo de alimento ao gosto pessoal satisfazendo, dessa
maneira, o físico e o emocional. Seguindo-se essas regras básicas e
adequando-as ao momento e ao clima teremos: UMA MENTE S_
NUM CORPO SADIO.
AULA N.23
Peregrino 99
Mas o pai não abandona seus filhos, e, a cada volta do ciclo Ele
renasce e, com todo amor vem nos ensinar a transpor mais uma
etapa evolutiva.
NOTA: Extraído dos ensinamentos do Prof. Henrique José de Souza
contidos na Série Teoria dos Avataras do Prof. Francisco Villela
Filho.
AULA N. 24
Peregrino 104
Fo-Hi trouxe as bases para a radiestesia e ensinou a criação do
bicho da seda.
Hamurabi recebeu o código do Deus Sol (Shamash).
O Infante Henrique de Sagres ensinou modernos métodos de
navegação, que culminaram com a descoberta do Brasil.
Hermés é o revelador das três qualidades da música: melodia,
harmonia, e ritmo.
Nenguetaba ensinou os indígenas a cultivar a terra, a tecer, a
astronomia e a previsão do tempo.
Noé ensinou o uso da videira.
Osíris inventou instrumentos agrícolas.
Paracelso ensinou a homeopatia.
Patanjali ensinou o sistema de Yogas.
Quetzalcoatl ensinou as artes, os ofícios, as ciências. Proibiu os
sacrifícios humanos, ensinou todas as manufaturas úteis.
Rama aboliu os sacrifícios humanos, redimiu a mulher da
escravidão, reorganizou a família e a sociedade, descobriu os
signos do zodíaco..
Sumé ensinou o plantio e o preparo da mandioca, fez a abertura de
verdadeira estrada intercontinental, ligando o Brasil aos Andes,
trouxe novos princípios religiosos, e no Paraguai ensinou o uso da
erva mate.
Tupã ensinou a usar o fogo.
Yeseus Krishna, a 3.500 anos ensinou as sabias leis de Karma e
Reencarnação, só por si bastantes para salvar almas.
AULA N.25
ITINERÁRIO DE IO
AULA N.26
Peregrino 115
manifestação da sétima Sub-Raça, completando o que a Lei
chamaria de Missão Y.
AULA N.27
Peregrino 117
precisa mascarar-se em Mal, para fazer sanar os absurdos ou suster
o afastamento da Lei; donde o Destruens et Construens...
Foi a América do Norte quem, nesses momentos trágicos, ditou as
normas a seguir, ex: o caso vertente de armistício, em que os
Impérios centrais só negociaram a paz de acordo com os "dez
conhecidos itens" de Wilson, nos quais, digamos de passagem,
muito havia pertencente à nossa antiga Constituição, maneira
indireta, tangenciada por forças ocultas, de o Brasil completar já
naquela época, os espirituais valores cívicos tantas vezes
apontados nesse estudo.
É de extasiar a rapidez, o civismo, a atividade e a eficiência com
que esse país fez parar uma luta sangrenta que já durava tão longo
tempo. Antes porém, deste ato, outros sintomas nos davam a
certeza de tratar-se de um povo privilegiado. O comércio, as artes,
as indústrias, a religião cultivada com a fé e a bênção que sempre
lhe coroou todas as ações, de há muito tinham infiltrado no espírito
dos que sabem ver, aquela convicção.
Madame Blavatsky com pulso firme e brilhante síntese transmitiu-
nos:
"A filosofia oculta ensina que, agora mesmo, sob os próprios olhos,
a nova raça está em vias de formação, e que a transformação se
dará na América, onde já começa silenciosamente, a operar-se. Os
americanos dos Estados Unidos eram há 300 anos, da mais pura
raça anglo-saxônica e formam hoje um povo a parte.
Assim, no espaço de três séculos apenas, os americanos tornaram-
se uma raça primaria, diferente de tantas quantas atualmente
existem.
Serão, certamente, os pioneiros da futura raça.
Não tem, pois, razão, os que teimam em afirmar ser uma ilusão o
progresso americano; fictícia e inconcebível desenvoltura;
mentirosas e hipócritas ou desonestas as inclinações.. Têm
liberdade de afirma-lo; mas, convençam-se de que dizem asneira".
Mas, por desvio de missão, o povo americano alimentou um
sentimento de lesa-evolução ao se entregar ao racismo, e o
governo criou mecanismos que muito contribuíram para a
deterioração da mãe Terra, que foram as experiências atômicas e o
uso da bomba para a guerra, perdendo, portanto, o direito de sediar
o advento da nova Sub-Raça.
Mas o trabalho não pode ser completado e foi todo transferido para
terras brasileiras, cabendo a nós completar o desenvolvimento da
Peregrino 118
quinta Sub-Raça (o que já foi feito), da sexta Sub-Raça e ainda
desenvolver o trabalho da sétima Sub-Raça.
Portanto, o trabalho evolucional se acumulou, HJS e sua
contraparte, trouxeram o conhecimento necessário e um pouco
mais, para enfrentar esta tarefa. A humanidade até então, já tem
objetivado o Emocional e o Mental Concreto.
Agora temos que desenvolver o Mental Abstrato, colocando o
Emocional no seu devido lugar, e apoiados na lógica do Mental
Concreto.
As "Ferramentas" da iniciação mudaram e vamos comentar alguns
aspectos:
Antes, se trabalhou o quadrado, isto é, Físico, Duplo Etérico,
Emocional e Mental Concreto e para isto, se trabalhou de baixo
para cima. O desenvolvimento da concentração, por exemplo,
dependia de um bom preparo físico, um bom equilíbrio entre
Emocional e Mental Concreto e as Yogas, até bem pouco tempo,
tinham asanas para facilitar o fluir das energias envolvidas.
Também havia de forma maciça, a necessidade de se Doutrinar as
pessoas, visando conduzir a forma de pensar.
Agora a iniciação se processa de cima para baixo, desenvolvendo a
Tríade Superior: Mental Abstrato, Búdhico e Atmã como já foi dito,
se fixando no primeiro objetivo, que é o Mental Abstrato.
A maioria das Yogas puxam energia de cima para baixo, se trabalha
mais a cabeça onde se localiza ou se manifesta a tríade superior, do
que o tronco e membros. Por exemplo, se trabalha todos os
chakras, mas de cima para baixo.
A concentração e, posteriormente, a meditação surgem como
conseqüências da pratica das Yogas e é isto mesmo que acontece.
Este processo considera e mostra bem que o quaternário realmente
já foi trabalhado. As asanas não são mais usadas, tudo é mental.
O conhecimento teosófico é dado e forma a despertar a abstração e
no lugar de leis e comportamento ou doutrinarias, temos um estudo
profundo das Leis da Natureza e Universais. As pessoas alteram
seu comportamento por conhecimento e não de forma imposta e
emocional. O "sentir" agora é mental e não emocional, isto é uma
grande diferença que temos que atentar porque no emocional e na
lógica, reside muita "maya" e esta iniciação atual visa o mental, o
abstrair.
Como conseqüências temos o despertar da clarividência e da
clauriaudiência. Neste processo iniciático, tanto o conhecimento
Peregrino 119
como as Yogas provocarão desequilíbrio, e nós vamos nos
equilibrar em um patamar mais elevado, mais sutil, conseguindo,
com isto, transformar Vida Energia em Vida Consciência, tornando
todos os corpos mais sutis, conscientes, que é objetivo máximo
desta evolução. Assim como sentimos e percebemos claramente o
corpo Emocional , deveremos, em um futuro próximo, sentir os
corpos mais sutis e com toda clareza.
Estas são algumas das diferenças entre a iniciação oriental e a
ocidental, e como podemos perceber, o trabalho é árduo..
J.H.S.
AULA N.28
Peregrino 120
acerca de um iluminado que nesta época viria trazer aos homens as
provas irrefutáveis sobre a existência da Sabedoria Divina.
Submetia-se mais uma vez aos grilhões da carne a Potestade que
assim não se quis poupar dos sofrimentos e mazelas inerentes a
mesma humanidade que se incumbiu de redimir.
Inexorável dualidade manifesta-se sobre a sua pessoa, uma com
seu protetor manto estelar, a brinda-lo com bênçãos, intuições e
poderes ocultos ao passo que outra investia iracunda espreitando o
ensejo de eliminar-lhe a vida.
Na mesma hora do seu nascimento S.S. o último Buda Vivo da
Mongólia perdia o sentido da vista, e o místico Ramakryshna dizia
palavras inefáveis a um grupo de discípulos. Com apenas sete dias
contraiu varíola confluente, infeção grava para aquela época de
poucos conhecimentos de assepsia e menores recursos
terapêuticos, repercutindo esse fato no Mosteiro de Narabanchi
Kure, no Oriente, onde mãos invisíveis cobriam a imagem do
Budha, com um manto de verdes folhas e perfumosas flores.
Os prognósticos eram de êxito letal, e então, como último recurso,
apelaram para a homeopatia e a criança melhorou. Desabrochou-
lhe a puerícia como se fora uma criança comum, sob os afagos e os
carinhos da mãe extremosa. Mas incomuns, de oculta significação
foram os acidentes e atitudes de sua infância e adolescência, como
procuraremos expor nesta resenha de fatos que nos mostram seus
primeiros exemplos de sagacidade e desprendimento.
Certa vez, voltando, de uma sessão de circo, quis imitar a
malabarista do arame, e estendeu uma tábua de passar roupa sobre
a grade de lança no jardim e nela começou a se equilibrar; em dado
momento, o pé falseou e ele caiu sobre uma das lanças ferindo o
peito na direção do coração. Sua mãe manda chamar um médico
que morava próximo para trata-lo e, enquanto preparava a agulha
para a sutura, a irmã do pequeno peralta, Maria Luisa, lhe
perguntou se podia colocar uma toalha molhada sobre o ferimento,
ao que, sorrindo, o médico respondeu que podia, pois mal não lhe ia
fazer. Quando não foi o seu espanto ao retirar a toalha e verificar
que a ferida não mais sangrava e já apresentava sinais de
cicatrização, ao que, admirado, exclamou: "Tal milagre só poderia
ter ocorrido nesta casa".
Passaram-se quatro anos quando, certa vez, vai acompanhado de
sua família, assistir as comemorações da Semana Santa na Igreja
de São Francisco; o menor presenciava a tudo e sentia um profundo
Peregrino 121
misticismo com os Passos da tragédia e, ao colocar-se em frente ao
passo "Descida da Cruz", sua contemplação foi interrompida pela
exclamação aflita da mãe: "Que é isso meu filho?
Sua alva roupinha de marinheiro avermelhava-se à altura do peito;
os pais, apreensivos, o levaram de volta ao lar sem atinar com a
causa do estigma no peitinho do seu caçula.. Criança ainda já lhe
sangrava o coração num arroubo de puro misticismo que, após
dezenove séculos, repercutia em sua alma juvenil as torturas
suportadas com divina resignação na tragédia de Jerusalém..
Fora como uma mensagem premonitória de que também nesta
existência, outras vezes seu peito haveria de abrir-se em chaga
viva para chorar lágrimas de sangue pelas ingratidões do mundo.
Seus cabelos ainda não haviam sido cortados até à idade de sete
anos. Parecia que seus pais estivessem adotando um dos ritos da
iniciação essênia, denominada Nazar, aguardando,
inconscientemente, a época oportuna para a dádiva do Senhor dos
Passos.
Certo dia, saindo a passeio com sua irmã, enquanto esta
conversava com uma amiga, saiu sorrateiramente e pés em pratica
um projeto que havia arquitetado. Dirigiu-se ao salão de barbeiro
chamado Portugal que ficava ao lado direito do elevador Lacerda, e
mandou cortar rente a longa cabeleira.
A família já se encontrava em alvoroço pelo desaparecimento do
maroto, chegando até colocar a polícia em seu encalço, quando ele
aparece se esgueirando pela porta da cozinha para ver como iam as
coisas. A mãe ficou triste mas, em seguida, foi oferecer sua
cabeleira à Irmandade do Senhor dos Passos da Ajuda.
Surpreendeu-se ao saber que os cabelos do filho iam ornamentar a
cabeça da imagem do Cristo da Ajuda, cuja cabeleira havia
desaparecido misteriosamente na noite anterior.
Tão precoce era seu patriotismo que o pequeno se envolvia na
Bandeira do Império, o mesmo fazendo, mais tarde, com a da
República, ufanando-se de haver nascido brasileiro. Neste tempo a
família residia no Palácio da Aclamação, em frente ao forte São
Pedro. Ali estava aquartelado, o décimo sexto Batalhão de
Infantaria; os oficiais e os soldados, ao passarem por ele lhe
manifestavam a estima com uma rápida continência militar, quiçá
por reconhecerem seu direito de futuro cadete, sendo filho de pais
brasonados. Estando a família a veranear na Barra, rebelde baiano,
nosso herói vai a um banho de mar; num dos mergulhos fica com o
Peregrino 122
pé entalado na fenda de uma rocha submarina. O desespero o
invade, julgando-se perdido, mas, de repente, o pezinho é
misteriosamente solto, e ele volta feliz à tona.
Suas peraltices e peripécias foram inúmeras e também as doenças
graves como sarampo, varíola, escarlatina, paratifo.
Sobre esta última temos a relatar o seguinte:
Residia a família no Palácio da Penha quando apareceu uma
senhora de nome Sofia que era zeladora da igreja da Penha e
entregou 4 ervas que eram destinadas a curar o enfermo. Tais
ervas vinham da parte de um Adepto disfarçado de mendigo.
Com essas Ele curou, mais tarde, muitas pessoas atacadas desse
mal, inclusive um conhecido pianista patrício.
Henrique era uma criança misteriosa e estranha; tinha por habito
acompanhar enterros e, de certa feita, foi atrás de um que pertencia
a uma garota de 15 anos que havia morrido tuberculosa, pois sabia
que ela havia sofrido muito e era uma santa, segundo suas próprias
palavras.
De outra vez, ao sair do colégio, passava por ele um carro fúnebre
da Santa Casa. O pequeno parou contemplando a pobreza do
enterro e murmurou:
"Coitadinho, morreu no hospital, sem um parente, sem um amigo no
momento derradeiro; e agora vai para o túmulo também sozinho...."
Nesse momento um estalo estranho se faz ouvir. Era a tampa do
caixão mortuário que se abria, e de dentro dele se erguia um corpo
esquálido, a implorar que o conduzissem ao hospital.
Desde pequeno se interessou por ler livros que instruíssem em
alguma coisa, e já gastava a sua mesada em formar uma boa
biblioteca.
Um dos poderes cedo manifestado foi o do hipo-magnetismo, que
usava para magnetizar os empregados da casa, curar dores e
doenças varias.
Um dia seus irmãos o surpreenderam quando ele hipnotizava as
galinhas do quintal; estavam elas de bico pendidos, olhos fechados,
imobilizadas pela vontade do infante operador, parecidas a
estatuetas de terracota.
Sua mãe foi atacada de paralisia agitante (mal de Parkinson), que é
considerada incurável, e o menino passou a trata-la com passes
magnéticos, único tratamento que aliviava suas dores.
O Dr. Alfredo Brito, para estimular o menino a prosseguir nas
experiências, fez-lhe presente de um espelho giratório, muito
Peregrino 123
empregado em hipnotismo para facilitar o sono, dizendo a seu pai
que o único lenitivo à enferma só poderia ser dado pelo menino
JHS, com seus poderes congênitos, cientificamente aplicados. Ao
entregar o espelho ao pequeno magnetizador, o ilustre facultativo
recebeu estupefato, esta resposta:
"Agradeço a valiosa oferta por partir de um homem ilustre e digno,
além de amigo e médico de nossa família, mas devo dizer-lhe que
não preciso de meios mecânicos para realizar o que faço".
Com o correr dos anos, mais se acentuavam os fatos estranhos que
ocorriam com o menino.
Respondia perguntas acima das possibilidades de sua idade, influía
beneficamente na vida de adultos, aconselhando-os, sugerindo
soluções para casos delicados, predizendo situações que logo
aconteciam, eliminando dores pelo simples contato de suas mãos.
Era tão comum se impregnarem de suave perfume as coisas que
tocava, que na hora das refeições costumavam recomendar-lhe de
bom humor:
-"Não vá tocar no pão; preferimos comê-lo sem perfume".
Para Ele próprio tudo aquilo era simples e natural, e talvez até
estranhasse que os outros não dispusessem dessas qualidades.
Alguns parentes e amigos, maravilhados ante essa natureza
excepcional, passaram a respeita-lo como um Ser superior.
Sua família pertencia à religião católica e sua mãe era dessas
almas puras e inocentes que acreditava em tudo que o padre
falava.
Mas o diabrete não se deixava levar pelo "canto da sereia", e,
quando lhe queriam incutir idéias contrarias à sua maneira de
pensar, ele fazia trocadilhos jocosos e epítetos irreverentes.
Nenhum conceito filosófico, nenhum ato religioso era por ele aceito
sem passar pela analise e crítica de seu raciocínio. Não obstante,
sempre demonstrou respeito ante as convicções alheias.
No ano de 1.899 J.H.S. completa suas dezesseis primaveras.
Era a idade da adolescência.
No ensino, se torna difícil atrair o interesse do discípulo numa fase
em que o desabrochar das emoções conduz à poesia, à dança, ao
teatro.
Não fazia exceção à regra o personagem por nós focalizado. Mas
com a argúcia que lhe era peculiar, todas as matérias lhe pareciam
familiares, aprendendo e assimilando rapidamente o que lia, e
quanto lhe ensinavam nas aulas.
Peregrino 124
Sua atenção porém, estava voltada para os planos do
incognoscível. Aprazia-lhe investigar os mistérios do mundo das
causas, das leis e dos efeitos.
Devotou-se à pesquisa da verdade com todo ardor, recebendo, por
vezes, auxilio de misteriosos seres humanos que com ele
conviveram e que tinham por missão superior orienta-lo e despertar-
lhe a consciência inata, a qual, todavia, só poderia tornar-se integral
mediante gradativa iniciação.
Por essa época chegou de Lisboa, procedente das índia
portuguesas, para exibir-se em Salvador, uma companhia teatral
composta de adolescentes.
Esse acontecimento poderia parecer casual, mas, na verdade, fazia
parte de um grandioso plano de que poucos tinham conhecimento.
J.H.S passou a ser frequentador assíduo do espetáculos e também
dos ensaios, pois havia se apaixonado pela atriz da companhia, a
jovem e bela Helena que tinha também dezesseis anos.
Era apresentada a peça "TIM TIM POR TIM TIM" que contava a
história de Helena de Tróia tendo, como personagem masculino
central, Ulisses.
Num dos ensaios, propositalmente ou não, tal personagem deixou
de comparecer, e J.H.S. foi convidado a assumir o seu lugar.
Terminada a apresentação foi calorosamente aplaudido pelos
presentes e até pelo maestro que elogiou a sua voz de tenorino.
A 24 de junho de 1.899, dia de São João, compuseram um idílio na
paradisíaca Ilha de Itaparica, na Bahia de Todos os Santos,
viajando a bordo de um saveiro denominado "Deus te Guie". Após
um passeio realizaram um ritual iniciático a bordo de uma barca de
nome "Conceição Feliz".
Durante a permanência numa das praias da Ilha, enquanto ambos
se extasiavam num transporte místico de adoração pelas
maravilhas da criação, ocorreu-lhes fato dos mais extraordinário:
Sob as vestes de Netuno, qual monumento aquoso, surgido
subitamente das ondas, apareceu-lhes a Divindade! Atônitos eles
ouvem aquela voz do Eterno a adverti-los dos árduos caminhos que
ambos deviam percorrer, prenunciando-os contra as forças do mal
que de vida em vida os perseguiam.
Terminada as festas de São João que, naquela época, na Bahia, se
prolongavam até depois dos festejos de dois de julho, dia da
independência, o adolescente, ao invés de tomar rumo da escola,
Peregrino 125
fugiu, como a consciência lhe ordenara, em companhia de sua bem
amada, teatral ou espetacularmente...a caminho de Lisboa.
Soavam as Aves Maria quando o vapor "Minho" zarpou do Porto.
O jovem, debruçado na amurada, olhava tristonho aquele quadro
que lhe enchia o coração de dúvidas e saudades...
Seu pai, na cama, passando mal há longo tempo. Sua mãe à
cabeceira, pensando no filho que ela julgava na escola...quando a
verdade era que dela se afastava para longas distâncias!
As lágrimas banhavam as faces do adolescente enquanto invadia-
lhe o coração um misto de dor e mistério impenetráveis....E dizia de
si para si:
"Porque devo fazer tal coisa, deixando meus pais por uma jovem
que caiu do céu é bem verdade, mas que não fazia parte da minha
vida?
E a resposta se fazia silenciosa, mas lógica e precisa, por ser de
maior transcendência:
-"Lembra-te das palavras que ouvistes nas areias daquela Ilha".
Palavras saídas do mar, como se do próprio Netuno fossem...
Ela, como se tivesse adivinhado o que se passava na mente do
AMOROSO, acariciava-lhe os cabelos, dizendo:
-"Não desanimes. Os Deuses nos acompanham. Tudo há de sair da
melhor maneira possível! Nós estamos completando um drama
inúmeras vezes representado. E que tem por epílogo a vida
presente"...
Sua bem amada, sempre a seu lado, tentava consola-lo, a dizer-lhe
coisas misteriosas! Para outro fim ela não fora educada!.
Finalmente o vapor chega ao Tejo, cumprindo-se assim a profecia
da Serra de Sintra que dizia:
"Patente me farei aos do Ocidente
Quando a porta se abrir lá no Oriente
Será coisa pasmosa quando o Indo
Quando o Ganges trocar, segundo vejo,
Seus espirituais efeitos com o Tejo."
AULA N.29
Peregrino 128
Forma-se em medicina e engenharia e, como acontece em todas as
famílias tradicionais da época, já tem casamento prometido com
D.Hercília.
Henrique, muito responsável, cumpre o compromisso assumido,
diga-se de passagem, já reprogramado pela Lei devido ter aquele,
que seria seu esposo, ter falecido.
Em 1.907 falece seu pai, Honorato, e ele assume o controle dos
bens da família pois seus irmãos mais velhos já haviam morrido.
Obrigado pelas circunstâncias a fazer algo para a qual não tinha
inclinação, fez uma péssima administração.
Tal fato aliado a um coração do amoroso, pois não poderia ver
ninguém em dificuldade ia logo oferecendo dinheiro e, muitas vezes
altas somas, levou-o à ruína total.
Sua esposa, D. Hercilia, acostumada a freqüentar festas de gala,
noites de estréia em teatros, passou a ter de lavar e cozinhar e o fez
com toda a dedicação de esposa fiel e adorável companheira.
Mas a missão tem que ser cumprida e o trabalho da Obra levado a
termo. Há necessidade de se reatar o laço partido em Niterói
quando houve o falecimento das duas crianças fenícias, se quiser
fazer a transferência de todo o conhecimento que está no oriente
para o ocidente. Para tanto tem que se mudar com a família para o
Rio de Janeiro.
Seu despertar de consciência vai se fazendo aos poucos à medida
que desenvolve seu trabalho. Para os ocidentais toda a cultura
oriental é considerada exótica, sua aceitação é muito limitada.
A religião havia colocado um abismo quase que intransponível entre
um lado e outro do mundo. A distância havia aumentado com a não
aceitação da Lei de Reencarnação.
Devido a essa idéia alguns intelectuais surgiram com um conceito
puramente materialista, que tudo estava baseado apenas no que os
sentidos podiam captar e fora disto não havia mais nada. Só a
ciência oficial tinha a verdade. Para modificar tal estado de coisas
surgiu o Adepto Rivail, conhecido popularmente como Allan Kardec
que, para mostrar que havia algo além da matéria, fez experiências
mediúnicas, apenas como intuito de mostragem, mas acompanhado
de uma doutrina embasada em conhecimentos esotéricos.
Mais tarde os seus seguidores apresentaram apenas a parte
fenomênica dando origem ao que vemos hoje nas sessões de
animismo. Após o advento dos conhecimentos orientais trazidos
pela missão de JHS é que se passou a estudar essa doutrina na sua
Peregrino 129
parte verdadeira. Em seguida a Allan Kardec veio uma Blavatsky
dando um novo impulso ao advento de transferência de tal
conhecimento oriental.
Sua seara não frutificou, portanto não houve colheita, bem como o
de Allan Kardec que a precedeu bastante obstaculizado pelo clero.
Foi nesse panorama totalmente desfavorável que JHS iniciou seu
trabalho gigantesco de transferência da Luz do oriente para o
ocidente.
Para o começo houve necessidade de atrair um número razoável de
pessoas que ouvisse para formar um grupo de trabalho. Para tanto
usou de um recurso que mexia com o emocional das mesmas que
era a parte fenomênica, como levantar objetos, materializar coisas,
fazer curas, etc., conseguindo atrair muita gente que vinha com os
mais diferentes propósitos quais sejam de se arrumar
financeiramente, fazer ou desfazer casamentos, saber do futuro e
outras coisas mais. E uns poucos atraídos por uma necessidade
interior de procurar respostas aos anseios de sua alma peregrina.
Passado esse período começa, aos poucos, a falar em coisas mais
sérias, mais relacionada com o mental e o número de
freqüentadores diminuiu sensivelmente até restarem uns poucos
que tinham estado de consciência de perceber a grande verdade
das mensagens que lhes eram transmitidas.
Começa a ensinar uma nova filosofia de vida baseada em
conhecimento e não em ilusões. Os diversos sistemas de yogas
passam a fazer parte da cultura ocidental e se popularizaram de tal
maneira que apareceram até academias para tal ensino nos dias
atuais.
Em 1921 falece "Madame", um ser envolto em mistério a quem JHS
dera vida durante sete anos, além de fazê-la recuperar seus bens
materiais. Essa alma se libertou da face da Terra.
Após seu falecimento físico, apresentou-se perante ao Mestre em
corpo angelical, acompanhada por dois maravilhosos Devas. No
mesmo ano de 1921 incorpora-se ao grupo de sacerdotisas uma
jovem de 15 primaveras chamada Helena que recebe a
incumbência de zeladora do Fogo Sagrado.
Em 28 de setembro de 1921 se da outro acontecimento de grande
expressão para a Obra. Nessa data o prof. Henrique se encontra na
cidade de São Lourenço, hospedado na Pensão São Benedito,
fazendo uma estação de água por questões de saúde e, dentre as
pessoas que o acompanham esta a jovem Helena.
Peregrino 130
Os dois se dirigem a cavalo, para a encosta do Monte da
Esperança, hoje Montanha Sagrada, onde se da a Fundação
Espiritual da Obra em que estão empenhados.
Em 1924 se dá o falecimento do décimo terceiro Dalai Lama, cujo
nome era Thupten Gyatso. Deixa ele um testamento político no qual
se lê: "No ano do Cachorro da Terra (1959) a religião e a
administração secular do Tibet serão atacadas pela Fênix
Vermelha. O décimo quarto Dalai Lama e o Pantchem Lama, os
guardiões da fé, serão vencidos pelos invasores. As Terras e as
propriedades dos mosteiros lamaístas serão distribuídas. Os nobres
e as altas personalidades do Estado terão suas terras e seus bens
confiscados e serão obrigados a servir à força invasora. Contudo, a
Grande Luz Espiritual que há séculos brilha sobre o Tibet não se
apagara. Ela aumentara, se difundira e resplandecerá na América
do Sul, onde será iniciado um novo ciclo de progresso: surgira então
a sétima raça dourada".
Em 1924 a família recebe ordem daqueles que a auxilia em todas
as horas, de se mudar para Niterói, pois a casa em que morava não
oferecia condições para a realização do que iria acontecer.
Tais mensagens eram materializadas em cristaleiras fechadas, em
revistas onde eram escritas a carvão, etc.. Mudam-se para uma
casa tranqüila e sossegada, com jardim, afastada do barulho da rua,
que ficava na rua Santa Rosa, 426.
Tudo que até então havia sido realizado no campo subjetivo
começou a ser realizado no campo objetivo. A Obra começava a ter
base no mundo material. Em 22 de junho de 1924, seu filho mais
velho, Alberto, que estava servindo o exército brasileiro no forte da
Vigia, convida o tenente Collins, de quem se tornara amigo, para
compartilhar a mesa no dia de seu aniversario. Ele vem
acompanhado de suas duas filhas que se chamavam Isis e Osiris.
Quando lá chegaram o tenente foi dizendo: _ O ancião que estava
sentado no banco do jardim, com um anel de esmeralda, tomando-o
como médico da família e lhe perguntamos "há alguém doente,
passando mal?"
Ao que lhe respondem: _ Não, ninguém está doente, nós o
esperamos.
Admirados todos procuraram verificar quem era o velho de anel de
esmeralda, mas no banco do jardim não havia ninguém, nem na rua
se podia divisar qualquer pessoa que se parecesse com o nobre
ancião.
Peregrino 131
Durante a tarde a conversa transcorreu sobre assuntos ocultistas,
até que o tenente Collens afirmou a sensibilidade psíquica das
filhas, chegando até querer magnetizar Osíris no que foi impedido
pelo prof. Henrique, por ser tal processo perigoso. A jovem mais
tarde, entrou em transe espontaneamente, falando em língua Pali,
muito usada pelas sacerdotisas dos mundos subterrâneos. Convidou
JHS a ir ao piano o qual passou a executar bailados iniciáticos.
Osíris transfigurou-se bailando como se fosse sacerdotisa dos
Templos lá de baixo. Tomou nosso Supremo Dirigente pela mão,
conduzindo-o ao Santuário, e lá começou a reverenciar a estátua de
Budha como nos Templos Sagrados.
Isis não tomou parte nos acontecimentos, apenas murmurou
algumas palavras na língua Pali. Tais fenômenos levaram o tenente
a se comprometer a visitar a família no domingo seguinte,
acompanhado de suas duas filhas.
Teve início uma série de rituais, todos realizados aos domingos, que
culminaram num oitavo, realizado a 10 de agosto de 1924, data
considerada como a Fundação Material da Obra, quando ela tomou
corpo e foro com o nome oficial de "DHÂRANÂ, SOCIEDADE
MENTAL ESPIRITUALISTA".
Um detalhe importante a se notar é que Niterói, onde a Obra foi
fundada materialmente, se encontrava exatamente a 23 graus de
latitude sul, Trópico de Capricórnio.
Em 8 de maio de 1928, encerra-se definitivamente o ciclo oriental e
a Luz se faz no ocidente, substituindo o EX ORIENTE LUX de
Emmanuel Swedenborg, pelo EX OCIDENTE LUX do prof. Henrique
José de Souza.
Por esse motivo o nome da Instituição é mudado para SOCIEDADE
TEOSÓFICA BRASILEIRA em homenagem à mártir do século XIX
que foi Blavatsky. No dia 9 de setembro de 1963 JHS deixa a face
da Terra às 2:45 horas.
Neste período de 42 anos, o bijam dos Avataras reproduziu todas as
iniciações da antigüidade, as contemporâneas e as do futuro.
Passou pelas iniciações chinesa, lamaísta, shamanista, brahmânica,
budista, védica, caldaica, egípcia, grega, romana e zoroastrina ou
zoroastriana.
Reviveu as iniciações da América Pré-Colombianas, Pré-Cabralina.
Despertou as consciências trabalhadas pelo velho Anchieta
Fez, espiritualmente, a fusão da mentalidade oriental com a
ocidental. Reproduziu no Santuário de Niterói, toda a teurgia vivida
Peregrino 132
pelo trigésimo primeiro Budha vivo da Mongólia. Dramatizou os
europeus, a verdadeira Rosa Cruz de São Germano. Finalmente,
ressuscitou o cristianismo primitivo com a finalidade de promover a
união do Cristianismo e Budismo. fez com que a
linguagem, a sabedoria do céu ficasse gravada na mente de seus
discípulos como se fosse sementes dos sentidos embrionários que
se acham em relação com à futuras raças.
AULA N.30
Peregrino 135
A Agartha é considerada o museu do quarto sistema de evolução,
pois tudo que foi criado na face da Terra, seja no reino, mineral,
vegetal, animal ou hominal, lá tem representante.
Nas quatro primeiras cidades temos os representantes daquilo que
já foi criado, na quinta aquilo que está em evolução e nas sextas e
sétima os modelos do futuro para serem trabalhados.
Em Agartha não há noite é eternamente luz os seres só se
alimentam de prana.
SHAMBALLAH - é a oitava coisa, está na fronteira entre o mundo
divino e o mundo terreno. A Luz é tão intensa que chega a ser
escura.
Estando o Governo Oculto do Mundo estabelecido no interior da
Terra e tendo que fazer o trabalho ativo na Face da Terra, houve
necessidade de ser criada um sistema de comunicação entre os
dois que se chama Sistema Geográfico..
Consiste ele de aberturas em pontos estratégicos na face da Terra,
cuidadosamente ocultas dos olhares indiscretos, sempre em número
de sete, próximo a uma cidade que é considerada a cidade do
sistema, tendo uma central como oitava e síntese das outras. Em
todos os lugares onde a Divindade se manifestou na face da Terra,
seja com maior ou menor potencial, em que se formou um sistema
geográfico..
Atualmente o Governo Oculto do Mundo se acha no Brasil, para
desenvolvimento das sextas e sétima sub-raças, e que também
teve por missão, completar o trabalho da quinta Sub-Raça pois,
devido a inúmeras falhas cometidas, não foi possível ao Cristo
implantar o Quinto Império em Roma. Tal façanha foi completada
pelo prof. Henrique José de Souza, auxiliado por uns poucos
abnegados irmãos da SBE (então Sociedade Teosófica Brasileira)
que deram complemento ao trabalho.
A sexta Sub-Raça que deveria se firmar em Norte América com a
implantação da Sociedade Teosófica por Blavatsky, não o foi devido
as experiências atômicas e a segregação racial, entre os outros
desmandos, praticados por tal povo.
Ficou o Brasil com tamanha responsabilidade, abrigando em seu
solo sagrado três Sistemas Geográficos encarregados da
implantação das sub-raças: Roncador como o quinto, Itaparica
como o sexto e São Lourenço como sétimo.
Não devemos confundir o trabalho realizado nos Departamentos
Regionais com aquele que se realiza nas cidades do Sistema
Peregrino 136
Geográfico.. Consiste ele em se por em pratica todo potencial
adquirido durante a nossa jornada evolutiva; e onde só se vai dar e
não receber.
Vamos servir de vaso para a troca de energia entre a face da Terra
e seu interior, cujas energias vão intuir aqueles que estão fazendo
algo, com sinceridade de propósitos, em favor da evolução dos
Seres que habitam a face da Terra.
Se os moradores da cidade forem membros da SBE, sétimo, mas
se não conseguirmos que isso se realize, devemos fazer todo o
esforço para conquistar sua simpatia a fim de evitarmos
pensamentos antagônicos por parte deles e que venham a
atrapalhar os trabalhos.
As cidades que compõem o Sistema Geográfico Sul Mineiro são as
seguintes: Aiuruoca, Conceição do Rio Verde, São Tomé das
Letras, Maria da Fé, Carmo de Minas, Itanhandu e Pouso Alto.
AULA N.31
AULA N.32
SOCIEDADES SECRETAS
Peregrino 143
Então temos que num colegiado de ritos, os símbolos servem para
expressar idéias, além do mais, os ideogramas, são de natureza
quase incorruptível, são alegorias perenes, ao passo que a escrita,
seja de que maneira for, está sujeita a declinações, a mas
interpretações em gênero e número. Os maiores iniciadores pela
simbologia foram os egípcios, através dos seus hierofantes, em
cujos Templos eram engastados os mais preciosos símbolos.
As próprias Pirâmides e Esfinges, são símbolos imorredouros.
A Mantrikashakti é a Doutrina do Som, dos hinos, dos mantrans.
Está palavra, contudo, tem um sentido mais amplo. Tem o
significado de poder transformador e criador pelo som. Isto e, o som
físico ou audível que se transforma em som abstrato ou inaudível.
São vocábulos que, pronunciados dentro de uma determinada
tônica produzem estados íntimos de grande eficácia..
Geralmente esses vocábulos devem ser pronunciados com
acompanhamento de notas musicais. De maneira que o aspecto
litúrgico entra automaticamente em cena.
O caráter místico solene é fator preponderante. Não se pode
compreender Ritual sem mística porque lhe é peculiar. Ainda
paralelo ao Rito, o Templo, a Loja, o Mosteiro, ou o Colégio de,
nome que quiserem dar, devem obedecer a medidas canônicas..
Um Templo de um colégio iniciático não pode ser baseado somente
em uma bela arquitetura; suas medidas têm que ser expressas na
Arcanologia, porque fora dessas bases, os Rituais não surtem o
efeito necessário..
Em iniciação, tudo deve ser pesado, medido e contado. Daí o
sentido pragmático do Rito. Mas, o estudo ainda encerra múltiplas
facetas que complementam a iniciação, que integralizam a iniciação
em uma Fraternidade.
Portanto, o homem é a causa de tudo isso. E o pivot desse sistema
solar de evolução, carreando em si, as características genéticas ou
hereditárias, somáticas ou intrínsecas, mas, sempre o Jiva, esse
Peregrino da Vida, na sua expressão mais ampla, caminhando de
continente em continente, de raça em raça, de ciclo em ciclo, até
que um dia possa libertar-se do Cáucaso e fundir-se na GLÓRIA
ETERNA.
AT NIAT NIATAT
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