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Informática na Educação
Série de livros-texto da CEIE-SBC
Como em outros setores da sociedade, as tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) passaram a
figurar, de forma cada vez mais intensa, na Educação. Escolas, desde a Educação Infantil, passando pelo Ensinos
Fundamental e Médio e a Educação Superior, têm explorado o potencial das TDIC para os processos de ensino e
aprendizagem, seja em cursos presenciais ou mesmo na modalidade de educação a distância (EaD). Por essa razão,
pessoas de diferentes áreas passaram a se preocupar e procuraram se apropriar de conceitos relativos às tecnologias
educacionais para melhor pensar em estratégias e modelos para o desenvolvimento de recursos digitais na educação.
Dentre eles estão os objetos de aprendizagem (OA), possivelmente uma das TDIC mais populares e conhecidas,
quando se trata de tecnologias educacionais. Entretanto, você sabe o que quer dizer esse conceito? Quais são as
características de um OA? Que tipos de objetos de aprendizagem existem? Como eles são integrados aos processos
de ensino e aprendizagem? Como se desenvolve e avalia um OA? Se você busca respostas ou pelo menos indicações
para essas perguntas, seja bem-vindo(a) a este capítulo! Certamente jamais teríamos condições de esvaziar essas
discussões e responder tudo (e nem temos essa pretensão), mas esperamos, com este capítulo, norteá-lo(a) com
algumas ideias e conceitos sobre e para o uso, desenvolvimento e avaliação de OAs.
Objetivos Educacionais:
Definir conceitualmente objetos de aprendizagem;
Identificar e classificar objetos de aprendizagem;
Listar aspectos para integrar objetos de aprendizagem à sala de aula;
Estabelecer princípios utilizados na concepção, projeto, desenvolvimento e avaliação de objetos de aprendizagem.
Índice:
1 OBJETOS DE APRENDIZAGEM PARA QUÊ?
2 O QUE SÃO OBJETOS DE APRENDIZAGEM (OA)?
3 TIPOS DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM
4 INTEGRANDO OBJETOS DE APRENDIZAGEM À SALA DE AULA
5 REPOSITÓRIOS DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM
6 PROJETANDO E DESENVOLVENDO OBJETOS DE APRENDIZAGEM
7 AVALIANDO OBJETOS DE APRENDIZAGEM
8 CONCLUSÕES
Resumo
Leituras Recomendadas
Exercícios
Notas
Referências
Autoria
Como citar este capítulo
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Comentários
Foi assim que o conceito de objetos de aprendizagem como um recurso digital começou a se fortalecer, sabe? Sendo digitais, os OAs pode
adaptados e utilizados em múltiplos contextos, e mais: poderiam ser adotados em múltiplos lugares ao mesmo tempo, diferente do que at
ocorria com os objetos de aprendizagem tradicionais (WILEY; GIBBONS; RECKER, 2008). Essa forma de pensar sobre OAs também foi um
para estabelecer novas possibilidades para a educação. Era uma alternativa interessante por permitir que os custos do processo de ensino
aprendizagem pudessem ser menores. Ora, a produção e o acesso aos recursos poderiam ser ilimitados, considerando o que poderia acon
meio da internet. Escolas, professores, designers instrucionais e tantas outras pessoas poderiam desenvolver e compartilhar objetos que,
vez, seriam integrados de inúmeras formas. Tal poder de adaptar e reusar impactaria os custos relevantemente, sem dúvidas. Porém, a
preocupação sobre como eles poderiam ajudar a melhorar a qualidade da educação sempre esteve presente.
Vimos ao longo dos anos muitas novas experiências de aprendizagem surgirem no universo on-line. Sendo em espaços formais ou informa
educação, as pessoas tiveram chance de conhecer novas maneiras de aprender, que foram se tornando possíveis, em parte, por causa da e
de recursos digitais. Disponibilizar conteúdo por meio de OAs permitiu que os ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) se tornassem m
customizáveis e capazes de se adaptar à diversidade de estilos de aprendizagem dos estudantes; de estimular a colaboração entre os pare
dispor de alternativas para explorar ideias e conteúdos complexos. O uso de OAs permitiu que os educadores pudessem adequar as situaç
pedagógicas de forma mais rápida, dinâmica e contemporânea às expectativas de uma geração diferente de estudantes, centrada na dinâm
século XXI. Contar com OAs permitiu que os professores pudessem deslocar seus esforços na produção do material para outros aspectos
processo pedagógico. Uma vez que não precisam produzir cada material sempre do zero, há mais tempo para se dedicar ao planejamento
situação pedagógica. Consegue perceber esse potencial dos OAs?
Com a existência de OAs, o processo instrucional pôde se tornar mais centrado no estudante e, até certo ponto, individualizado. Essa situ
ser ilustrada da seguinte forma: imagine um conteúdo que está sendo explorado por meio de uma plataforma de EaD com diferentes recu
Assim, se um estudante aprende melhor ouvindo, ele pode usar o podcast que foi disponibilizado, enquanto outro, que aprende mais quan
chance de manipular, executar algo no mundo real, pode usar um simulador indicado pelo ambiente. Essa é uma estratégia poderosa para
suporte à aprendizagem de todos.
De fato, as possibilidades trazidas com a adoção de OAs foram se alinhando com a ideologia do que se pretende alcançar para a educação
futuro. Nesse contexto, a existência de OAs pode promover uma aprendizagem mais autônoma, flexível e individualizada, não só porque o
podem dispor de muitas formas para explorar um mesmo conteúdo escolar, mas por passarem a ter certo controle sobre o ritmo da sua
aprendizagem. Uma vez que podem usar esses recursos quando, da forma que desejarem e quantas vezes acharem necessário, o esquema
aprender se torna mais eficiente, pois considera o que o aluno sabe, prefere e é capaz de fazer com o conhecimento que possui naquele m
Não é à toa que os OAs vêm sendo explorados em diferentes etapas e níveis da Educação em todo o mundo. Tanto no ensino presencial qu
modalidade de educação a distância (EaD), os objetos de aprendizagem têm sido bastante difundidos por serem recursos digitais que vão
transmissão de conteúdo. A partir de atividades interativas, alguns OAs proporcionam experiências de aprendizagem mais enriquecidas p
construção de conhecimentos pelos usuários, geralmente, aprendizes.
Apesar do quanto esta área evoluiu, os desafios que se colocam em torno desta área se concentram em como melhorar a qualidade na pro
acesso aos OAs. Como seria bom se eles pudessem ser inteligentes a ponto de compreender as necessidades de aprendizagem de cada alu
instantaneamente sugerir o uso de outros OAs, por exemplo, hein? Enquanto se pode dizer que esta área evoluiu bastante, há muito ainda
explorar no futuro! Quem sabe você, estudante da área de Computação ou de outra área, não deixará uma contribuição?! Porém, por enq
nós te perguntamos: O que você conhece sobre objetos de aprendizagem? Qual o seu interesse por esta leitura? Que aspectos você pode
considerar ao desenvolver ou utilizar um OA? Esperamos que ao final deste capítulo você amplie sua concepção sobre OAs. Vamos começ
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Existem outras definições, como a do Learning Technology Standards Committee (LTSC), um comitê da Institute of Electrical and Electron
Engineers (IEEE) para a padronização de tecnologias educacionais. Segundo a LTSC, “um OA é definido como qualquer entidade – digital o
digital – que pode ser usada (reusada ou referenciada) para aprendizagem, educação e treinamento” (LTSC, 2002, p. 5). A definição de Wil
parece mais adequada para a Informática na Educação, pois ela difere da definição da LTSC ao excluir recursos não digitais e permitir tam
criação de OAs para trabalhar conceitos específicos. Portanto, neste capítulo, tomaremos a definição proposta por Wiley, até porque ela e
uso do OA com o propósito de suportar a aprendizagem, seja pelo designer instrucional, pelo professor ou pelo estudante (WILEY, 2001).
assim, ao nos referirmos a OAs pensaremos naqueles em formato digital, embora também consideremos de extrema importância o uso de
não digitais, inclusive chamados de manipulativos ou analógicos.
Algumas outras variações do termo têm sido propostas para evidenciar ora o aspecto da virtualidade, ora o da ampliação para além da
aprendizagem discente. Denominações como objetos virtuais de aprendizagem (OVAs), objetos digitais de aprendizagem (ODAs) e, mai
recentemente, recursos educacionais digitais (REDs) são alguns dos exemplos criados como alternativa para a imprecisão do conceito e
fundamentação de OAs.
Considerando isso, e nos aprofundando na definição de OAs de Wiley (2000), observamos que eles podem: (i) ser utilizados para trabalha
conteúdo específico; (ii) ser utilizados várias vezes por serem digitais; e (iii) ser acessados por meio da web ou localmente (a partir de um
dispositivo independente de conexão com a internet). Outra característica de OA é que ele é autocontido, o que quer dizer que, ainda que
pequeno, o recurso contempla amplamente aspectos do recorte do conteúdo para o qual foi proposto. Isso, inclusive, facilita a combinaçã
OA com outros, promovendo assim sua reutilização e a ampliação do próprio recurso e do conteúdo que originalmente ele explorava. Em
disso, algumas metáforas foram desenvolvidas para esclarecer sobre essas características de OAs, quais sejam: Lego®, Molécula e Tijolo-
Argamassa (WILEY, 2008).
A primeira metáfora, a mais popular, remete, literalmente, àquele jogo de montar em que pequenas unidades de blocos se unem a outras p
construção de outras peças e objetos, e podem ser facilmente combinadas e reutilizadas. Essa comparação incide sobre a característica d
como pequenos pedaços de conteúdo (blocos de Lego) que podem ser recombinados de forma simples e diretamente com outros OAs. Po
essa metáfora, proposta por Hodgins (2002), destaca os conceitos de combinação e a reutilização de OAs. Por muito tempo ela foi bastan
disseminada e ainda é utilizada. Entretanto, é considerada restrita, visto que, diferente do Lego, em que todos os blocos podem ser facilm
combinados entre si, nem sempre a relação de “encaixe” entre diferentes OAs é efetiva. É preciso considerar especificidades de diferentes
conteúdos e contextos de ensino.
Com o objetivo de suprir a crítica a essa metáfora, Wiley1, em 1999, propôs a comparação de OA com uma molécula. Essa proposta faz a a
destacando que nem todas as pequenas unidades de conteúdo (átomos) são passíveis de combinação com outras para a composição de um
elemento em razão das afinidades de ligação. A metáfora do OA como molécula enfatiza os contextos bem particulares do recurso, que v
o conteúdo em si ao nível de ensino, entre outras variáveis ligadas ao contexto educacional e que influenciam na possibilidade de combina
Apesar de ser possível realizar muitas combinações entre OAs, existem casos em que as características de cada recurso dificultam ou invi
ligação.
A terceira metáfora procura considerar as especificidades de cada OA e os contextos necessários para fazer a combinação entre eles. A p
de OA como a figura do tijolo-e-argamassa (WILEY, 2005) pondera, ao mesmo tempo, que cada recurso é um conteúdo específico com dif
formas e tamanhos (tijolo) e que, para serem unidos, precisam de um contexto que lhes dê a liga (argamassa). Assim como a metáfora do L
destaca a capacidade de combinação dos OAs. Ela também menciona que, a depender do contexto, alguns recursos terão mais dificuldade
serem ligados, como no caso da molécula. Também se ressalta a necessidade de criar o contexto para garantir que essa junção seja efetiva
fato, promova a reusabilidade do OA.
Tarouco e Dutra (2007) propuseram ainda uma analogia de OA ao paradigma de Programação Orientada a Objetos (POO). De acordo co
pesquisadores brasileiros, essa metodologia de desenvolvimento de programas de computador prevê a reutilização de diversas unidades
software para composição de outro.
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Agora que você já conheceu conceitualmente o que significam OAs, que tal conhecer como eles se apresentam? A seguir, detalharemos al
tipos de OAs e como eles podem ser classificados.
Alguns OAs são mais complexos do que outros, seja no aspecto tecnológico, em termos de sua composição computacional e informaciona
pedagógico, que diz respeito às experiências de aprendizagem que o OA proporciona. Na literatura podemos encontrar diversos critérios
classificar OAs conforme critérios tecnológicos e pedagógicos. Esses elementos são tão fundamentais aos OAs que eles estão diretament
relacionados à definição do termo (entidade digital e suporte ao aprendizado).
Sobre os requisitos tecnológicos, além da plataforma necessária para a produção e acesso ao recurso digital, destacamos a proposta de M
(2008), que classificou os OAs pela variedade de mídias digitais que os compõem. Enquanto os OAs simples possuem apenas um meio par
apresentar o conteúdo, como texto, imagem ou áudio, os compostos são aqueles que agregam diversas mídias, sendo, portanto, efetivame
multimidiáticos. Nessa classe estão OAs como animação interativa, simulador, hipertexto, vídeo, software, entre outros. Essa classificaçã
implicação pedagógica, pois cada mídia de um OA é potencialmente uma forma diferente que auxilia na representação do conceito explor
recurso e que será trabalhado pelo professor para ser desenvolvido e apropriado pelo aluno. Entretanto, é importante salientarmos que a
quantidade de mídias presentes em um OA não está necessária e diretamente relacionada com sua qualidade pedagógica.
Outras abordagens para classificar OAs enfocam a interatividade do recurso, ou seja, a forma como os conteúdos e atividades são aprese
aluno com o objetivo de desenvolver o aprendizado. Nesse sentido, Prata (2006) listou quatro categorias de OA, quais sejam: (i) receptivo
vídeos, em que o usuário desse tipo de OA é passivo, pois apenas recebe o conteúdo transmitido; (ii) diretivo, caracterizado por atividade
de exercício e prática (drill and practice) em que ao aprendiz cabe responder ou interagir com o OA conforme solicitado e direcionado pel
(iii) descoberta guiada, classe de algumas animações interativas e softwares e jogos educativos (seja para computador, web ou dispositivo
móveis), que oportunizam ao usuário propor, de forma autônoma, soluções para as situações e problemas apresentados pelo OA; e o (iv)
exploratório, específico de OAs como as simulações, em que o aprendiz elabora hipóteses, testa suas ideias e indica ações a serem executa
TDIC, a partir da simulação ou modelagem de uma situação específica, que explora um conceito do cotidiano. Podemos dizer que, enquan
primeiros estão mais próximos a uma perspectiva empirista, os dois últimos são mais alinhados a concepções interacionistas de aprendiz
(OLIVEIRA; COSTA; MOREIRA, 2001).
Também interessada pela relação entre requisitos tecnológicos e pedagógicos, temos a proposta de Battistela e seus colaboradores (2009
seis categorias. Esses pesquisadores sugeriram as seguintes classes de OA: (i) não-interativo, aqueles compostos por mídias estáticas, com
e alguns hipertextos; (ii) multimídia, os OAs que utilizam mais de uma mídia; (iii) interativo, que demandam uma entrada de dados pelo ap
para sua execução e utilização; (iv) avaliativo, para os OAs que oferecem feedback sobre as respostas dos estudantes ao final da utilização
contribuem para avaliar, ainda que em nível superficial, a aprendizagem discente; (v) exploratório, que possibilitam ao aprendiz interagir c
para obter diferentes ações, informações e resultados; e (vi) colaborativo, caracterizados como os recursos que garantem interação entre
por meio de dispositivos computacionais.
Uma variação dessa proposta é apresentada por Gama (2007). Essa proposta classificou os OAs em quatro tipos, quais sejam: (i) instrução
usado no apoio à aprendizagem, para a veiculação de conteúdo, podendo combinar imagens, vídeos, textos e exercícios; (ii) colaboração, u
para comunicação e interação de pessoas em ambientes de aprendizagem colaborativa; (iii) prática, destinado à autoaprendizagem e com
interação, para o teste de ideias como simulação de software ou hardware; e (iv) avaliação, que tem a função de conhecer o grau de conhe
do aprendiz, com a oferta de um feedback com análise de suas respostas e desempenho. É importante destacar, contudo, que alguns OAs
enquadrar em mais de uma dessas categorias, e mais importante do que ajudar a classificá-los, essas categorias nos levam a pensar em
características do OA do ponto de vista pedagógico, quando queremos selecionar ou construir um OA. No quadro apresentado a seguir vo
encontrar alguns OAs e como foram classificados nestas categorias.
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al
Battistela et
Mercado
Prata
Gama
al
Free M
Músicas
Não-
Áudio Simples Receptivo Instrução Archi
Podcasts interativo
Podcasts
Glasbe
Charges
Cartoo
Fotos
Não- Pixab
Imagem Simples Receptivo Instrução
Gravuras
interativo OpenCl
Memes Gerado
Mem
Textos em PDF
Não- Domí
Texto Simples* Receptivo* Instrução*
E-books* 2
interativo* Públi
Mapa
Mapas
cartográfico
Receptivo
Multimídia
IBG
Mapa
Mapa Composto Descoberta Interativo
Instrução Centra
conceitual ou
guiada Exploratório Infográfic
mental
CGU
Infográfico
Filmes
Não- TV Esc
Vídeo Animações (sem Composto Receptivo Instrução
interativo Teacher
interação)
Multimídia
LabV
Simulador Simuladores Composto Exploratório Interativo
Prática
PhE
Exploratório
Portais de
Não-
conteúdo
Multimídia
Slides
Animações
interativas
Jogos digitais
Softwares
Multimídia
educativos ou Diretivo
Instrução
Interativo
(dispositivos guiada
Prática
Google
Exploratório
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Muitas dessas classificações se sobrepõem ou mesmo são quase sinônimas. Entretanto, importa analisar que tipos de atividades cognitiva
classe de OA propõe. Além disso, em todas elas, embora não mencionado diretamente, é fundamental a mediação docente no sentido de
direcionar e, principalmente, propor a experiência do aluno com tais recursos.
A partir do que apresentamos até aqui, você consegue imaginar como as metáforas sobre os OAs podem ser aplicadas em contextos reais de
ensino e aprendizagem? Considerando alguns tipos de OA que citamos como áudios, imagens, softwares, o que você entende sobre a combi
desses recursos a partir das diferentes metáforas? Pense a esse respeito e registre algumas de suas ideias.
Ao decidir utilizar um OA em sua aula, um professor não se pode deixar levar pelo fascínio que aquela tecnologia educacional possa gerar
elementos estéticos e de entretenimento. O foco deve sempre ser a pertinência pedagógica, razão pela qual os objetivos educacionais de
devem estar sempre claros e definidos para o docente e alinhados com a proposta de aula a ser desenvolvida. Se os estímulos e motivaçõe
recurso digital em análise estiverem atrelados aos aspectos pedagógicos, tanto melhor. Mas não se pode colocá-los em primeiro lugar, a d
do contexto e das especificidades da turma na qual ele será explorado. Além do que, um OA, per si, ou qualquer tecnologia educacional qu
não é capaz de promover mudanças no ensino e na aprendizagem. O professor consciente das possibilidades e, inclusive, das limitações d
é que pode transformá-lo em ferramenta que auxilie sua prática.
Fazemos esse alerta, pois muitos OAs, por serem multimidiáticos geralmente interativos, dinâmicos e lúdicos, causam um sentimento de
“encantamento” à primeira vista. Isso faz com que alguns professores queiram colocá-los em prática com os alunos imediatamente após
conhecerem o OA. Quando assim o fazem, há um alto risco de ocasionar em frustração com os resultados ruins ou aquém das expectativa
Embora aqueles elementos sejam relevantes para um melhor design do OA, isso não implica em dizer que são essenciais para a qualidade
situação pedagógica. Antes de tudo é fundamental analisar como o OA explora os conceitos que o professor deseja trabalhar, que tipo de
proporciona ao aluno, como o recurso se encaixa com a aula que foi planejada e a viabilidade de sua utilização na prática pedagógica, seja
de dispositivos disponíveis na escola ou mesmo na casa do aprendiz. Os critérios de classificação que apresentamos na seção anterior aju
analisar alguns desses aspectos.
Para avaliar esses recursos, há alguns indicativos baseados em abordagens pedagógicas e teorias de aprendizagem. Castro-Filho et al (20
ponderam que os OAs podem contribuir para diversificar as situações de ensino e aprendizagem por oportunizarem distintas formas de
representar e manipular o pensamento. Alguns deles proporcionam atividades dinâmicas e interativas que, quando bem conjugadas às au
podem contribuir para atender a demandas de aprendizagem discente e ao desenvolvimento de competências e habilidades.
Além disso, o professor precisa ponderar se a aula que ele planeja com determinado OA é factível em sua realidade. Para tanto é importan
considerar, por exemplo: (i) a internet da escola para acessar ou fazer o download do arquivo; (ii) se o OA é específico para alguma platafo
sobretudo atualmente, que temos soluções para dispositivos móveis; (iii) a quantidade de dispositivos (computadores, tablets ou smartph
para a realização das atividades, sem que algum aluno seja excluído, entre outros aspectos. Ou seja: não se trata de, simplesmente, encont
OA, planejar a aula e executá-la. O professor precisa contemplar algumas variáveis para o êxito da sua proposta, que, se bem realizada, po
forte potencial de inovação.
A ação docente é fundamental na escolha e adoção de um OA para o desenvolvimento da aprendizagem discente. A forma como o profess
integra o recurso em sua aula é determinante para que o objetivo pedagógico seja atingido. Perceba que integrar é diferente de inserir, po
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além do colocar dentro, mas como aquele OA se relaciona com a proposta e o contexto da aula. Isso vale tanto para OAs mais interativos q
aqueles do tipo simples e receptivo. Lembra do que mencionamos sobre a escolha de um OA por um professor? Vamos analisar o seguinte
Certamente você já teve o prazer de contemplar a obra Retirantes, de Cândido Portinari3 (1944). Suponha que esse OA venha a ser utiliza
aulas da Educação Básica. Como você pensa que ele pode ser integrado à sala de aula? Em que disciplinas a imagem pode ser explorada? Q
habilidades você acha que ela pode ajudar os alunos a desenvolver?
Tomando as classificações que apresentamos anteriormente, podemos dizer que esse OA, constituído de uma única mídia – a imagem –, é
simples, receptivo, não-interativo e de instrução. Com isso, a priori, você deve pensar que essas classes colocam o OA na categoria dos ma
elementares. Inclusive devemos assumir que concordamos com você, se olharmos apenas o OA isoladamente, longe do contexto em que s
explorado. Entretanto, aquele painel de Portinari pode abrigar uma série de habilidades de cunho social, histórico, artístico, dentre outras
Provavelmente, professores de História, Geografia, Artes, Sociologia ou Língua Portuguesa poderiam citar diferentes formas de explorar
sala de aula, a partir dessa mídia disponível no Portal do Projeto Portinari. Certamente, muitas delas iriam além do aspecto receptivo do O
partir de experiências de colaboração e socialização das impressões dos discentes acerca da obra. Portanto, é possível extrair até de um O
simples como uma imagem digital uma série de possibilidades pedagógicas que estão além dele. Entretanto, isso também nem sempre est
para alguns professores, por isso a relevância de considerar que as experiências que o OA pode oportunizar estejam indicadas no próprio
em sua documentação. Caso contrário, o professor deve refletir antes sobre essas possibilidades.
Considerando então a característica dos OAs de serem passíveis de combinação, suponha a mesma imagem agregada a outro OA simples
também receptivo, como o áudio. Continuando nosso exemplo, aquele painel analisado com o cordel Triste Partida, de autoria do poeta po
cearense Patativa do Assaré e musicalizado e eternizado pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga (1964), provavelmente, contribuiria para que os
estudantes, em diferentes níveis e etapas da Educação Básica, analisassem o flagelo e êxodo de parte da população sertaneja do Nordeste
diante dos períodos de estiagem. Com esse nosso exemplo é possível perceber tanto o vínculo do OA, ainda que simples, com componente
curriculares e habilidades possíveis de ser desenvolvidas. Isso evidencia que ele não deve ser visto apenas como o fim do processo de
aprendizagem, mas também o ponto de partida, quanto a características de reusabilidade e recombinação desses recursos educativos dig
Por outro lado, os OAs compostos não devem ser vistos como autossuficientes para promover aprendizagem em razão da maior diversida
mídias. Há que se considerar, pelo menos, dois aspectos: o primeiro, de que a interatividade ou a quantidade de mídias não deixe o recurso
ou de difícil compreensão, e o outro, de que pouco adianta a característica multimidiática se ela reduz a reusabilidade do OA.
Depois de conhecer a definição e como integrar OAs à sala de aula, você deve estar se perguntando: mas como a gente faz pra conseguir e
recursos? Trataremos desse aspecto no tópico seguinte.
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Uma das formas de o professor encontrar OAs é utilizando buscadores, como o da Google. Entretanto, além de retornarem muitos resulta
é possível garantir que sejam, efetivamente, apropriados para trabalhar em sala de aula. Isso exige muito do professor, que fica com a tare
buscar, filtrar, avaliar os resultados para então aplicar em sala de aula, tendo em vista a ausência de real caráter didático-pedagógico de al
objetos que são disponibilizados.
Para facilitar sua identificação e a possibilidade de combinar com outros, os OAs são disponibilizados em repositórios, ambientes na inter
são depositados, para que possam ser buscados e acessados por professores e alunos. Os OAs possuem em seus registros de catalogação
metadados, ou seja, dados sobre dados, que trazem informações acerca do recurso. Assim, quando você faz uma pesquisa por OA em um
repositório, os sistemas de busca utilizam as informações contidas nos metadados. Quanto mais esses dados forem precisos sobre caract
dos OAs, maior será a possibilidade de um professor encontrar um que atenda a suas expectativas e seja utilizado ou combinado com outr
Muitos desses repositórios hospedam e disponibilizam esses recursos por meio da internet para os usuários de forma gratuita. Em alguns
repositórios é possível que todas as pessoas que produzam OAs possam disponibilizar e adaptá-los à sua realidade, contribuindo assim pa
rede colaborativa em favor da produção de conhecimento.
Uma das primeiras iniciativas públicas de repositório de OA foi a Rede Internacional Virtual de Educação (RIVED), implementada no final
1990 pelo Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB) e a extinta Secretaria de Educação a Distância
Além do Brasil, participavam da RIVED o Peru e a Venezuela, que produziram, até 2003, mais de 100 OAs para trabalhar conteúdos de Bio
Química, Física e Matemática no Ensino Médio. Em 2004, a SEED passou para as universidades a responsabilidade na produção de OAs,
constituindo a Fábrica Virtual, contemplando também conteúdos de outras disciplinas e ampliando o atendimento para o Ensino Fundam
Educação Profissional e Educação Especial. A partir dessas mudanças, a RIVED deixa de ser Rede Internacional Virtual de Educação para
Interativa Virtual de Educação. O projeto foi encerrado em meados dos anos 2010, mas sua experiência resultou e incentivou o desenvolv
de novos repositórios no País.
Várias outras iniciativas de repositório e produção de OAs têm sido desenvolvidas. Muitas delas nasceram, justamente, da experiência da
Virtual da RIVED. Atualmente, no Brasil, muitos repositórios são iniciativas de instituições ligadas ao setor da Educação, como universida
sistemas de ensino e o próprio poder público, que albergam e produzem OAs. São exemplos: Portal do Professor, Banco Internacional de O
Educacionais (BIOE) e, mais recentemente, a Plataforma de Recursos Educacionais Digitais (MEC RED), organizados e mantidos pelo MEC
Educopédia, da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME/Rio); Currículo+, organizado pela Secretaria da Educação do Es
São Paulo (SEE/SP); Núcleo de Computação Aplicada ao Desenvolvimento de Objetos de Aprendizagem Significativa (NOAS), do Sistema
Ensino CNEC; Ambiente Athena, vinculado à Universidade Federal do Ceará (UFC); Recursos Educacionais Multiplataforma Abertos na R
(REMAR), filiado à Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), e o Objetos de Aprendizagem para Matemática (OBAMA), da Universid
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A seguir, apresentamos cada um deles, destacando características específicas que contribuem p
disseminação do uso de OA por alunos e professores.
REPOSITÓRIO CARACTERÍSTICAS
BIOE (MEC/MCT/RELPE/OEI)
Os OAs contemplam a Educação Profissional e Superior e modalidades de ensino, como Edu
objetoseducacionais2.mec.gov.br de Jovens e Adultos (EJA) e Indígena;
Apesar de rigoroso critério de catalogação e curadoria dos OA, muitos links que apontam pa
recursos fora do BIOE estão desativados ou não levam ao acesso ao recurso.
PlataformaMEC RED
plataformaintegrada.mec.gov.br
Recursos tanto para a formação quanto à prática docente, que vão desde a Educação Infan
Ensino Superior.
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REPOSITÓRIO CARACTERÍSTICAS
educopedia.com.br OAs organizados por anos do Ensino Fundamental,Educação Infantil e das modalidades EJ
Educação Especial;
Disponibiliza planos de aula, apresentações, cursos para professores, entre outros materi
Currículo+ (SEE-SP)
Disponibiliza OAs que vão desde videoaulas e jogos eanimações/simulações;
curriculomais.educacao.sp.gov.br Processo de curadoria dos OAs com a participação de professores da rede estadual públic
ensino.
OAs gratuitos e de livre acesso e licenciados sob CC,sendo necessário um cadastro para ac
o repositório;
OAs classificados por disciplinas curriculares das etapas da Educação Superior e Básica
noas.com.br
Referencia OAs de repositórios como o Multimedia Educational Resource for Learning em O
Teaching (MERLOT).
REMAR (UFSCAR)
Relaciona o conceito de OA como recursos educacionais abertos (REA);
Disponibiliza quase 500 OAs para trabalhar conceitos matemáticos na Educação Básica
Sistema de busca com filtros por título, nível de ensino, tema curricular e descritores da Pr
OBAMA (UFRN)
Brasil e SAEB, além das habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que deve
obama.imd.ufrn.br
desenvolvidas pelos discentes;
Os requisitos para o desenvolvimento de OAs podem ser técnicos e pedagógicos, em geral. Nesse sentido, conforme destacado por Loure
(2012), é importante que faça parte desse processo de construção de OAs uma equipe multidisciplinar envolvendo, por exemplo, desenvo
designers, pedagogos e especialistas da área para o qual o OA será desenvolvido. Esses profissionais se distribuem nas equipes técnica, de
pedagógica, que atuam de forma articulada e integrada durante todo processo (OLIVEIRA, COSTA, MOREIRA, 2001). Além disso, diferen
ferramentas podem ser usadas, como IDEs (do inglês Integrated Development Environment – ambiente de desenvolvimento integrado) p
desenvolvimento de softwares, além de ferramentas de manipulação de mídias digitais, como editores de imagens, áudios e vídeos.
Quando os OAs são softwares educativos, ou seja, programas de computador voltados para contextos de ensino e de aprendizagem, é
fundamental que haja uma proposta pedagógica desde a concepção do projeto do software ou de sua inserção na educação. No entanto, n
podemos desprezar os softwares educacionais, que são programas que, embora possam não ter sido criados com objetivo de serem utiliz
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processo de ensino aprendizagem, acabaram sendo integrados nesse contexto. Alguns jogos digitais podem ser classificados como OAs do
softwares educativos ou educacionais, por exemplo. O que os caracteriza como jogos (games) são características como narrativas, trilha s
desafio ou pontuação.
Seja no desenvolvimento de softwares educativos como jogos ou no de OAs mais simples, como apresentações de slides, há uma série de
que devemos considerar. Que tal se aprofundar mais em cada uma delas?
A agregação está relacionada à possibilidade de combinar o OA produzido com outros, de forma a atender a determinados objetivos de
aprendizagem de forma contextualizada com a situação que se pretende trabalhar. Considerando o exemplo também do Math Timer, pod
considerar um contexto de aprendizagem em que se trabalha um determinado conteúdo, como frações, por meio de um vídeo em que o co
apresentado, combinado com o Math Timer para praticar o conteúdo discutido, que pode ser utilizado em tablets distribuídos a duplas de
em uma atividade dinâmica, por exemplo.
A identificação por metadados, que, segundo Wiley (2001), são informações descritivas sobre um recurso, permite que um OA possa ser
catalogado e localizado na internet ou em algum repositório de OAs. Alguns exemplos de metadados utilizados para descrever um OA pod
os seguintes: a data de criação, o autor, o público-alvo a que se destina (e.g. crianças entre 3 e 5 anos), os conteúdos trabalhados (e.g. fraçõ
operações aritméticas, etc.) ou os níveis e etapas da Educação (e.g. Educação Básica: Educação Infantil, anos iniciais e finais do Ensino Fun
e Ensino Médio; Educação Profissional e Educação Superior).
A interatividade de um OA é a forma com que permite que o aluno interaja com o conteúdo ou conceito abordado por ele. Conforme dest
por Favero et al. (2008), uma forma possível de interagir com OAs é por meio da leitura visual de textos, figuras e animações. Outra forma
meio da escuta de áudios com uma determinada explicação. No entanto, um OA pode apresentar níveis mais altos de interação, em que o
torna mais ativo no processo de aprendizagem (re)construindo seus conhecimentos por meio de suas ações.
Para que se possa fazer tal verificação, a escrita dos objetivos de aprendizagem deve ser feita de forma a especificar habilidades que se de
os alunos desenvolvam. Tais habilidades implicam em ações observáveis e evidências de que os aprendentes adquiriram o conhecimento e
competências sugeridas pelos objetivos (KRAUSS; ALLY, 2005).
Um dos instrumentos que podem nos auxiliar na definição de objetivos educacionais ligados ao desenvolvimento cognitivo, englobando a
do conhecimento, competências e atitudes, é a Taxonomia de Bloom, que foi apresentada de maneira atualizada por Ferraz e Belhot (2010
autores destacam que o uso da Taxonomia de Bloom tem sido muito útil como instrumento de classificação de objetivos de aprendizagem
hierárquica na estruturação, organização e planejamento de disciplinas, cursos ou módulos instrucionais. É nesse planejamento em que se
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explorados os OAs como forma de buscar atingir esses objetivos, que podem se referir a níveis de conhecimento expressos por verbos, co
lembrar, entender, aplicar, analisar, avaliar e criar.
Um exemplo de objetivo de aprendizagem de um OA para apoiar o ensino de nomenclaturas químicas, como o MyQuímica (LOPES et al., 2
pode ser “Após utilizarem o OA MyQuímica, espera-se que os alunos estejam aptos a lembrar dos elementos da tabela periódica, reconhe
elementos que podem fazer parte de um certo composto químico trabalhado pela ferramenta”. Uma forma de definir objetivos de aprend
um OA é consultar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por exemplo, e adotar uma habilidade que se espera que os alunos, de det
etapa da Educação Básica e ano escolar, no contexto de uma área do conhecimento, desenvolva.
Trabalhos mais recentes, como o de Bertoncello, Possamai e Bortolozzi (2017), chamam a atenção para a importância de considerar no pr
um OA estratégias de ensino e aprendizagem personalizadas, levando em consideração os diferentes estilos de aprendizagem dos estuda
preferências ao perceber, organizar, processar e compreender informações). Por exemplo, alguns preferem fatos e datas, são mais metód
gostam de detalhes. Outros estudantes preferem símbolos, diagramas, modelos, teorias e inovação, sendo melhores em abstração do que
detalhes. Além disso, a forma de comunicação preferida entre os estudantes pode variar. Alguns têm maior facilidade com a informação v
como diagramas, imagens, filmes, grafos, etc. Outros preferem a informação verbal, tendo maior facilidade com a palavra escrita ou falada
assim, para uma aula, um professor pode inclusive prever diferentes OAs para atingir um mesmo objetivo de aprendizagem, ou pode opta
OA que disponibilize recursos que possam atrair alunos que gostam de aprender de diferentes formas. Um mesmo OA pode disponibiliza
informações em texto, ou em vídeo, ou animações, por exemplo.
Na hora de projetar um OA, para permitir que a equipe multidisciplinar de que você faz parte possa discutir antes de ter algo efetivament
implementado, é interessante utilizar storyboards, que são uma espécie de rascunho do OA, efetivamente um roteiro de seu funcionamen
figura abaixo ilustra parte do storyboard de um objeto de aprendizagem para dispositivos móveis baseado no Jogo da Forca para apoiar n
alfabetização (OLIVEIRA, 2017).
Figura 2: Storyboard
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Koohang e Harman (2007) propõem alguns modelos (templates) detalhados de storyboards levando em consideração diferentes fases do
instrucional do OA. A Figura mostrada a seguir apresenta um desses modelos, que se refere à fase de implementação do OA. Note que po
colocados no storyboard rabiscos de desenhos, que poderão ser aprimorados por designers responsáveis pelo visual gráfico, e textos, que
desde cedo ser discutidos entre as equipes pedagógicas e de desenvolvimento.
Fonte: Tradução do Template de storyboard para a fase de implementação do OA proposto por Koohang e Harman (2007, p. 273).
É importante também destacar que, dependendo do OA, pode ser mais apropriado um template de storyboard mais focado nos personag
suas falas e em animações apresentadas, como o que é proposto por Oliveira, Amaral e Bartholo (2010).
Para construir objetos de aprendizagem como artefatos de software, você pode utilizar processos de desenvolvimento similares aos proc
utilizados para o desenvolvimento de software. Lembre-se, porém, de levar em consideração as particularidades do contexto educacional
OAs serão utilizados. Afinal, um software educativo, diferente de outros softwares, não tem fim em si mesmo. O processo para o qual o OA
concebido inicia com o usuário utilizando o recurso, mas continua no nível da cognição, ou seja, das construções particulares que o aprend
mentalmente após utilizá-lo. Podem ser utilizados, por exemplo, processos mais tradicionais (ou pesados), como o RUP (Rational Unified P
ou mais ágeis, como Scrum e XP (Extreme Programming). Podem também ser utilizadas metodologias mais específicas para o desenvolvim
objetos de aprendizagem, como a Inter-OA, proposto por Lourenço (2012), que se baseia no processo OpenUp4, que combina princípios d
do XP, e também no paradigma para desenvolvimento de produtos chamado ADDIE5.
Uma outra abordagem interessante proposta pela literatura para o desenvolvimento de objetos de aprendizagem é o modelo proposto po
Bertoncello, Possamai e Bortolozzi (2017), que é uma adaptação do modelo espiral de desenvolvimento de software apresentado por Pre
(2011). Esse modelo apresenta cinco etapas que ficam se alternando: comunicação, planejamento, modelagem, construção e validação. Ta
com suas atividades correspondentes, estão ilustradas pela figura apresentada a seguir.
Um exemplo de ferramenta de autoria, detalhada por Marczal et al. (2015), é a ferramenta FARMA (Ferramenta de Autoria para a Remed
erros com Mobilidade na Aprendizagem), a qual permite a construção de exercícios voltados ao aprendizado de conceitos de indução ana
envolvem expressões aritméticas ou algébricas. Neste trabalho os autores citam também outras ferramentas, como CourseLab, eXe Lear
HotPotatoes, Microsoft LCDS e MyUdutu, mas destacam que tais ferramentas oferecem pouca interação com o aprendiz. Alguns outros e
de ferramentas de autoria são o MIT App Inventor 26, que permite o desenvolvimento de aplicações móveis para Android, o Pocket Code7
permite a criação de jogos, animações, vídeos interativos e outros tipos de aplicações diretamente do seu telefone ou tablet, e o Scratch8,
criado pelo MIT, que permite a criação de jogos, histórias e animações que podem ser partilhados.
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DEBATE: Será que OAs só conseguem ser feitos por equipes grandes?
Falamos que OAs são desenvolvidos por equipes multidisciplinares, mas será que é possível criar um OA com uma equipe pequena? Quais as
vantagens e desvantagens em ter ou não especialistas da área técnica, de design e pedagógica em sua equipe?
Porém, você pode ainda estar se perguntando: por que eu deveria me preocupar em aprender sobre a avaliação de OAs, se eu não atuo co
docência? Essa necessidade pode surgir de outros diferentes motivos. Se você é um desenvolvedor e está projetando um OA, pode querer
estabelecer uma visão crítica sobre OAs que são relacionados ao seu. Essa é uma forma de explorar aspectos que merecem ser considerad
mesmo evitados, no desenho do seu OA. Se você já desenvolveu o seu recurso, o processo de avaliação servirá como suporte para analisar
grau de qualidade ele atende aos diferentes objetivos planejados pela equipe de desenvolvimento. Nesta seção, você conhecerá mais sob
nuances do processo de avaliação de OAs. Aprenderá que aspectos podem ser levados em consideração para que estabeleça um senso so
qualidade do recurso. Para que você experimente passar por esta etapa, vamos lhe apresentar um método de avaliação de OAs.
Quanto à epistemologia do OA, o educador observa como o projeto do recurso coloca o aluno no processo de construção do conheciment
OA possui uma abordagem mais comportamentalista, de base empirista, o conhecimento explícito é mais valorizado. As informações são
apresentadas como fatos, o que exige do aluno maior capacidade de memorização. A noção de recompensa é outro conceito que se mostr
presente na interação. Assim, respostas certas são sempre associadas a reforços positivos. Sendo construtivista, de base interacionista, a
com a informação é diferente. O aluno é mais estimulado a explorar para aprender, a resolver problemas, algo que o torna mais ativo no p
de aprendizagem. Nesse caso, o feedback proporcionado pelo recurso é a representação do que foi proposto ou produzido pelo estudante
solução.
Os métodos de avaliação variam muito. Por exemplo, no processo de Mussoi, Flores e Behar (2010), avaliar a dimensão pedagógica deman
analisar, além de outros aspectos, a corretude da informação que está disponibilizada, se a linguagem é adequada ao nível de instrução do
alvo e se a carga de conteúdo é didaticamente compatível com o tempo de uso do objeto. Por diferentes razões, nem sempre é trivial utiliz
métodos de avaliação. Ocorre de eles definirem um conjunto de parâmetros de avaliação, mas disporem de instrumentos limitados, consi
contextos particulares de uso (questionários extensos, contendo vocabulário ambíguo que abre margem para múltiplas interpretações). E
situações, depois de avaliar as características do OA, o educador não tem orientação sobre como interpretar o resultado que tem em mão
o grau de qualidade do recurso atende ao propósito planejado? O que fazer quando OA é bem avaliado segundo certos critérios, no entan
avaliado segundo outros? Ou seja, como se beneficiar do método de avaliação?
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O trabalho de Da Silva et al. (2016) traz à tona essas questões, ao mostrar a avaliação do Duolingo, um aplicativo voltado para o ensino de
Os autores destacam como quatro métodos de avaliação diferem, considerando o número de critérios que utilizam, o nível de facilidade d
compreendê-los, de interpretar o resultado gerado no processo de avaliação, o tipo de mensuração que adotam (se objetivo ou subjetivo,
em escalas) e o tempo gasto para aprender e aplicar o instrumento. Tais questões podem tornar mais difícil a tarefa de avaliar, o que pode
desencorajador para alguns. Visando diminuir os obstáculos que você pode sentir, sugerimos um método simples e objetivo, que é aprese
detalhes na próxima subseção. Mas lembre-se que esse método que sugerimos pode ser adequado ou não, e isso depende muito do tipo d
de aprendizagem que você pretende avaliar.
Pedagógica: Analisar a qualidade do design instrucional do OA, em termos das estratégias de ensino utilizadas, objetivos e formas
avaliar a aprendizagem.
Elaboração pedagógica: determina a capacidade do OA em prover simplificação para o conteúdo, explicações de siglas, resum
gráficos, ilustrações e figuras.
Construção pedagógica: determina como o conteúdo está estruturado. Se a informação está organizada por meio de uma tabe
conteúdo, de fácil navegação.
Estratégias pedagógicas: determina as situações motivacionais que o OA é capaz de promover; analisa o grau de clareza dos obje
de aprendizagem e nível de adaptação a diferentes estilos de aprendizagem; e, também, as práticas disponíveis para o educad
acompanhar a aprendizagem do estudante.
Didática: Analisar a qualidade didática do recurso em termos das atividades de aprendizagem que promove e do grau de equilíbrio
possui na proposição de ideias.
Precisão das atividades: determina o quanto as atividades propostas pelo recurso são coerentes com problemas ou situações r
que se apresentam no cotidiano do estudante.
Qualidade do conteúdo: determina quanto o conteúdo está adequado ao público-alvo e se não apresenta erros ou informaçõ
enviesadas que possam causar problemas.
Design: determinar o quão adequado se mostra o uso de cores e sons, a estética do recurso, em termos da apresentação de ilustr
e imagens, a sua qualidade gráfica e o modelo de interação com o usuário.
Navegação: determinar quão facilmente o usuário é capaz de encontrar a informação e de acessar as telas que deseja.
Uso tático de tecnologia: determinar como o OA explora as capacidades da tecnologia para favorecer a assimilação do conhecim
a exemplo de conteúdo multimídia.
Para avaliar, o processo é simples. Primeiramente você responde a um conjunto de 20 perguntas, as quais estão associadas a um critério
pertencente a cada perspectiva de avaliação. Para avaliar, por exemplo, o critério “Estratégias pedagógicas”, você deverá responder se os
de aprendizagem do OA estão claros, se o recurso inclui estímulos que favorecem a aprendizagem ou promove que o aluno fique engajado
avaliar cada item, basta atribuir um valor entre 0 e 5, em que zero significa que em nada aquele item é atendido, e 5 que este é atendido
completamente. Para gerar a avaliação geral do OA, faça o somatório das respostas. Em seguida, observe em que intervalo se encontra o v
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soma (vide Quadro a seguir). Esse método de avaliação permite que você tenha uma visão sobre a qualidade geral do OA, assim como uma
percepção pontual sobre o nível de qualidade em cada uma das perspectivas. A distribuição da avaliação é assim: para saber apenas a ava
qualidade acadêmica do OA, divida o valor do somatório das respostas por 10; para saber sobre a qualidade pedagógica, divida o somatór
para o cálculo da qualidade, divida a soma por 10; e, por fim, para saber apenas a qualidade técnica, faça a divisão por 15. Pronto! Agora vo
como é distribuída a avaliação. Para facilitar, você pode fazer o download da ficha de avaliação.
81 a 100: o OA pode ser considerado um recurso educacional excelente. Oferece funcionalidades diferenciadas e atende a critérios de quali
desejáveis.
Esta possibilidade de observar a avaliação em uma faixa de valores é uma característica interessante do método pelo seguinte motivo: alg
educadores podem querer se ater a certos aspectos ao longo da avaliação, como é o caso da qualidade instrucional do OA. Outros, por sua
podem desejar analisar como o OA satisfaz certos aspectos mais técnicos, os quais podem determinar as limitações ou condicionantes pa
uso no contexto da sala de aula. Por exemplo, é preciso conduzir instalações para que o OA seja usado? A resposta a essa questão pode de
esforços associados a sua adoção. Imagine que o professor terá que fazer o download do OA para cada aluno! Isso seria viável? Em outra s
o educador poderia estar atento em examinar previamente quão autônomos os estudantes conseguiriam ser usando o OA. Eles conseguir
utilizar o recurso por conta própria ou necessitariam de orientação para navegar por ele?
Como você pode ter notado, avaliar é um processo importante para nortear que recursos têm mais valor para compor a situação pedagóg
você pretende criar como docente-usuário de OAs, ou mesmo se você deseja avaliar OAs que você venha a desenvolver. Alguns podem nã
atender a todos os critérios de qualidade, mas lembre-se que vários OAs podem ser combinados para funcionar de forma complementar.
perder isso de vista também é importante para o seu processo de escolha.
8 CONCLUSÕES
Como você já deve ter percebido, OAs podem ser utilizados para diferentes propósitos. Algumas vezes, a sua utilização é comum, como u
para reforçar o ensino ou a aprendizagem de certos conteúdos. Algumas vezes, o OA é um elemento utilizado na situação pedagógica com
finalidade de aumentar o grau de engajamento dos alunos. Assim, funcionam como um gatilho para despertar o interesse de explorar nova
de conhecimento ou assuntos escolares. Em outras circunstâncias, a adoção pode ser planejada para viabilizar práticas pedagógicas mais
inclusivas. Adotar tais recursos digitais é uma forma de estabelecer oportunidades para que limitações físicas ou cognitivas não sejam um
barreira para o processo educacional de alguns estudantes. Além disso, a adoção de OAs pode ter a finalidade de promover um modelo de
aprendizagem mais adaptativo e personalizado. A oferta de alternativas de aprendizagem favorece que se estabeleçam situações que con
a existência de preferências, ritmos e estilos de aprendizagem diferentes em um grupo de alunos. O uso de OAs pode ser um apoio para q
professor crie experiências de aprendizagem significativas e inovadoras, especialmente se eles forem um instrumento para aproximar os
conteúdos escolares de coisas que estão no universo dos estudantes ou dos seus interesses pessoais.
Resumo
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Neste capítulo você conheceu melhor esses recursos educacionais digitais, que são os objetos de aprendizagem, e algumas características
podem apresentar. Vimos também algumas formas de classificar OAs, os quais podem ser encontrados em diferentes repositórios, assim
aspectos importantes a observar ao integrá-los à sala de aula. Como é possível que você venha a produzir OAs, falamos também de algum
técnicas para o seu projeto e desenvolvimento, além de ferramentas que lhe podem ser úteis nesse processo. Discutimos também alguns
importantes na hora de avaliar um OA e como aplicá-los. O mapa mental apresentado a seguir sintetiza os tópicos discutidos neste capítu
Exercícios
1. Após conhecer mais sobre objetos de aprendizagem, identifique ao menos 3 objetos de aprendizagem em diferentes repositórios. Pr
identificar, para cada um deles, seus objetivos de aprendizagem e metadados.
2. Tomando os objetos de aprendizagem que você identificou na questão anterior, classifique os OAs utilizando uma das abordagens qu
mencionamos na Seção 3 “Tipos de Objetos de Aprendizagem”.
3. Vamos simular que você criará um objeto de aprendizagem. Primeiro, com base na BNCC, escolha uma área, conteúdo e habilidade q
tem interesse de explorar. Depois, crie uma storyboard para exemplificar como seria uma tela do seu OA. Você pode se basear no exe
jogo da Forca que está ilustrado na Seção 5.3 Design Instrucional e o Projeto de OAs.
4. Visite um repositório e escolha dois OAs que tratam de um conteúdo da sua preferência. Em seguida, utilizando os critérios proposto
Mhouti, Nasseh e Erradi (2013), avalie a qualidade desses objetos. Em seguida, reflita em quais dimensões (pedagógica ou técnica) ca
pode ter algum destaque.
Notas
[1] http://davidwiley.org/docs/post-lego.pdf
[2] É importante destacar, porém, que alguns e-books já exploram outras mídias, como imagens e outros recursos. Há também os que são multimidiáticos
promovem descoberta guiada, são interativos e permitem colaboração.
[3] Essa, como muitas outras obras do brilhante pintor brasileiro, você pode acessar pelo Portal Projeto Portinari (portinari.org.br).
[4] http://epf.eclipse.org/wikis/openuppt/index.htm
[5] http://www.springer.com/us/book/9780387095059
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13/09/2022 09:59 Objetos de Aprendizagem: da Definição ao Desenvolvimento, Passando pela Sala de Aula – Informática na Educação
[6] http://ai2.appinventor.mit.edu
[7] https://www.catrobat.org
[8] https://scratch.mit.edu
Leituras Recomendadas
Artigo científico.
Utilizando Objetos de Aprendizagem no Processo de Ensino e Aprendizagem de Química no Ensino Médio: o Caso
Utilizando
Óxidos e da Poluição Atmosférica.
Objetos de
Aprendizagem no
Artigo científico.
Processo de
Ensino e
Aprendizagem de
Química no Ensino
Médio: o Caso dos
Óxidos e da
Poluição
Atmosférica.
Palestra proferida no MIT pelo professor Audrey Watters sobre o padrão SCORM e a necessidade de produzir objeto
aprendizagem intercambiáveis em repositórios.
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Sobre as autoras
Ayla Débora Dantas de Souza Rebouças
(http://lattes.cnpq.br/1095204533816403)
Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal da Paraíba (2001) em Campina Grande (atu
Mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco (2004), doutorado em Ciência da
Computação (2010) pela Universidade Federal de Campina Grande. É professora associada da UFPB – Campus IV (R
atuando nos cursos de Sistemas de Informação e Licenciatura em Ciência da Computação. Atua na área de informáti
educação e engenharia de software, tendo se envolvido em projetos de pesquisa, ensino e extensão envolvendo a pro
objetos de aprendizagem digitais para apoiar a educação e a formação de professores. Já atuou também, como
desenvolvedora de software e coach no Projeto OurGrid pela UFCG, fez estágio de verão na Google e trabalhou tam
como Engenheira de Software no CESAR. E-mail: ayla@dcx.ufpb.br.
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(http://lattes.cnpq.br/4047293288281493)
Pedagogo pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) com especialização em Planejamento, Implementação e Gest
Educação a Distância pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Mestre em Educação também pela UECE e Douto
Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É Professor da Universidade Federal do Rio Grande d
(UFRN), vinculado ao Instituto Metrópole Digital (IMD), atuante nos cursos Técnicos em Tecnologia da Informação (T
Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI), na área de conhecimento Informática Educacional e no Programa d
Graduação em Inovação em Tecnologias Educacionais (PPgITE). É líder do Grupo Interdisciplinar de Estudos e Pesqu
Informática na Educação (GIIfE) da UFRN, onde coordena a Plataforma Objetos de Aprendizagem para Matemática (
Suas principais áreas de pesquisa e atuação são: Práticas educativas com tecnologias digitais; Formação e Prática Do
Educação Matemática; Desenvolvimento de recursos educativos digitais e Cultura Livre. E-mail: dennys@imd.ufrn.b
(http://lattes.cnpq.br/4023554724278836)
Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Campina Grande (2002), mestrado em C
Computação pela Universidade Federal de Campina Grande (2004), com doutorado em andamento pela Universidad
de Pernambuco. É professora adjunta na Universidade Federal da Paraíba, campus IV – Rio Tinto. Realizou doutorado
sanduíche no departamento de Currículo e Instrução da Universidade de Wisconsin-Madison no ano de 2015. Partic
projetos de pesquisa no grupo Games, Learning and Society Center. Tem experiência na área de Ciência da Computaç
atuando com pesquisa e extensão na área de pensamento computacional e desenvolvimento de jogos educativos par
educação básica. Seus interesses de pesquisa são: motivação e ensino de programação, jogos, aprendizagem na era d
métodos qualitativos de pesquisa. E-mail: pasqueline@dcx.ufpb.br.
REBOUÇAS, Ayla Dantas; MAIA, Dennys Leite; SCAICO, Pasqueline Dantas. Objetos de Aprendizagem: da Definição ao
Desenvolvimento, Passando pela Sala de Aula. In: PIMENTEL, Mariano; SAMPAIO, Fábio F.; SANTOS, Edméa O. (Org.). Inform
na Educação: ambientes de aprendizagem, objetos de aprendizagem e empreendedorismo. Porto Alegre: Sociedade Brasilei
Computação, 2021. (Série Informática na Educação, v.5) Disponível em: <http://ieducacao.ceie-br.org/objetos-aprendizagem
https://ieducacao.ceie-br.org/objetos-aprendizagem/ 20/21
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