Você está na página 1de 12

SÍNTESE SOBRE A FILOSOFIA ANTIGA

Filosofia Antiga discorreu inicialmente sobre o nascimento da filosofia que


surgiu de um olhar para a tradição. A filosofia nasceu na Grécia antiga e lá, por muito
tempo, até mesmo depois do nascimento da filosofia, se difundiu em uma tradição
mitológica, que utilizava e estudava mitos. O mito, assim como a filosofia, é uma forma
de ilustrar a realidade, de definir o que causou cada coisa a ser como é. No entanto, o
pensamento mítico explica a realidade através de fantasias e por isso tem esse nome,
mythos, que se refere a um discurso fictício, podendo até mesmo ser considerado um
sinônimo de mentira.
Abordaram também os filósofos deste período apesar de não ter sido primeiro,
mas foi uns dos mais importantes foi Sócrates. Ele foi uma das figuras mais marcantes
pois serviu como marco divisório da filosofia que dividiu seus pensadores em três
períodos, os pré-socráticos, os socráticos e os pós-socráticos.
Esses filósofos tinham como objetivo achar uma explicação, para cada coisa da
natureza, se voltando à própria natureza. Eles a observavam e estudavam e para eles
também era natural que isso fosse feito racionalmente, procurando evidências lógicas
para cada coisa e não aceitando uma história mítica, sem justificativas. Os pré-
socráticos não separavam o conhecimento em áreas, para eles todo o conhecimento era
válido e por isso eles foram, também, as pessoas que desenvolveram os primeiros
indícios do que temos hoje como sendo ciência.
Desta forma alguns filósofos abordados foram:

Tales de Mileto
Tales foi o primeiro filósofo, a primeira pessoa a tentar romper com o
pensamento mítico e propagar uma explicação com argumentos, razões para ser isso e
não aquilo, um logos(lógica). Ele acreditava que o elemento primordial de tudo seria a
água ², mas não se tem registros exatos de como ele chegou a essa conclusão, no entanto
é possível fazer algumas suposições.

Anaximandro
De Mileto, assim como Tales, que foi o seu mestre. Anaximandro, no entanto,
não via a água como sendo o elemento primordial. Aarqué, para ele, seria o que ele
chamou de Apeiron.³ Essa idéia de Anaximandro deu uma abertura muito maior para
novas interpretações da realidade, por ela passar a ser explicada de uma forma mais
abstrata.

Anaxímenes
Foi discípulo de Anaximandro e continuou com a linha de pensamento mais
abstrato, inaugurada pelo seu mestre, mas para Anaxímenes a arqué seria a pneuma, o
ar. Mas da mesma forma que a água de Tales não era, literalmente, água, o ar de que
Anaxímenes fala é o material incorpóreo, vazio, que a tudo permeia.

Xenófanes
Foi o precursor dos eleatas e já não se encaixa na escola de Mileto, como os
filósofos vistos até então. Xenófanes registrou seus pensamentos em textos poéticos e
foi um dos primeiros a atacar com mais voracidade a religião antropomorfista dos
gregos. Ele defendia a idéia de um único Deus.

Pitágoras de Samos

Era natural da Jônia, mas migrou para a Itália, onde desenvolveu grande
parte do seu trabalho. O pensamento pitagórico marcou tanto na filosofia que até o
helenismo, cerca de um milênio depois de sua existência, ainda haviam pensadores
vinculados ao seu nome e ao seu pensamento. Pitágoras influenciou, até mesmo, Platão.

Os Pluralistas

No mesmo período em que essas duas principais escolas estavam se


desenvolvendo, houveram diversos outros pensamentos, de certa forma, menores se
estruturando. Esses pensamentos, por vezes, foram chamados de pluralistas, se referindo
às idéias de Anaxágoras de Clazômena, à escola atomista, formada por Leucipo e
Demócrito de Abdera e, por fim, ao pensamento de Empédocles de Agrigento. Eles
tinham a visão de um mundo múltiplo e dinâmico em sua natureza.

Anaxágoras de Clazômena

Para Anaxágoras, o que moveria essas combinações e separações das quais tudo
surgiria, seria o nous, que pode ser traduzido como inteligência, ou espírito. O nous
seria a causa de toda a existência cósmica
Leucipo

Apesar do pouco que se sabe a seu respeito, ele é considerado o fundador dessa
escola. Provavelmente foi discípulo de Zenão, tendo sofrido influência dos eleatas. Suas
idéias se tornaram conhecidas através do desenvolvimento do atomismo pelo seu
discípulo, Demócrito.

Demócrito

Seu pensamento se tornou popular no helenismo, devido à sua valorização por


Epicuro. A doutrina atomista diz que o universo é constituído por partículas
imperceptíveis e indivisíveis (átomo quer dizer indivisível), os quais teriam diversas
formas geométricas e, assim, os átomos semelhantes se atrairiam e os diferentes se
repeliriam, originando a todas as coisas.

Parmênides

Defendia uma visão contrária de Heráclito, o monismo. Parmênides não


acreditava em uma realidade múltipla e sim única e passa a introduzir na filosofia uma
distinção entre realidade e aparência.

Melisso de Samos

Foi discípulo de Parmênides e formulou argumentos contra o mobilismo, assim


como o seu mestre, em defesa da idéia do Ser, da realidade, como sendo eterna e
imutável.

Zenão de Eléia

Também defendia o monismo, mas argumentava de uma forma diferenciada,


através de paradoxos com o objetivo de fazer o que era chamado de reductio ad
absurdum, o que quer dizer que Zenão “parte da posição do adversário, procurando
mostrar que tal posição leva ao absurdo; com isso, ela é refutada.” Essa técnica se
aproximou muito do que futuramente veio a ser a dialética de Sócrates.
Zenão, juntamente com Melisso e Parmênides, faz parte do que pode ser
chamAdo de escola eleata, formada pelos pensamentos monistas em oposição aos
mobilistas.
SÍNTESE FILOSOFIA MODERNA
O final de Idade Média esteve calcado no conceito de teocentrismo (Deus no
centro do mundo) e no sistema feudal, terminou com o advento da Idade Moderna.
Essa fase reúne diversas descobertas científicas (nos campos da astronomia,
ciências naturais, matemática, física, etc.) o que deu lugar ao pensamento
antropocêntrico (homem no centro do mundo).
Assim, esse período esteve marcado pela revolução do pensamento filosófico e
científico. Isso porque deixou de lado as explicações religiosas do medievo e criou
novos métodos de investigação científica. Foi dessa maneira que o poder da Igreja
Católica foi enfraquecendo cada vez mais.

Diversas transformações ocorreram no pensamento europeu da época dos quais se


destacam:
 A passagem do feudalismo para o capitalismo;
 O surgimento da burguesia;
 A formação dos estados nacionais modernos;
 O absolutismo;
 O mercantilismo;
 A reforma protestante;
 As grandes navegações;
 A invenção da imprensa;
 A descoberta do novo mundo;
 O início do movimento renascentista.

AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA MODERNA ESTÃO


PAUTADAS NOS SEGUINTES CONCEITOS:

Antropocentrismo e Humanismo

O final da Idade Média marcou a separação da Teologia e da Filosofia. O


humanismo renascentista propôs o antropocentrismo em contraposição à posição
dominante da Idade Média. O antropocentrismo sugere a idéia de que o homem deve ser
o centro das ações, da expressão cultural, histórica e filosófica, ao contrário do
teocentrismo, onde prevalece a idéia de que Deus deve estar no centro do pensamento e
ações humanas.
Este antropocentrismo renascentista marcou o início do humanismo e o declínio
final do escolasticismo.
Cientificismo

Cientificismo ou cientíssimo é a tendência intelectual ou concepção filosófica de


matriz positivista que afirma a superioridade da ciência sobre todas as outras formas de
compreensão humana da realidade (religião, filosofia, metafísica etc.).

Racionalismo (razão)
O Racionalismo é uma corrente filosófica baseada nas operações mentais para
definir a viabilidade e efetividade das proposições apresentadas.Essa corrente surgiu
como doutrina no século I a. C. para enfatizar que tudo que é existente é decorrente de
uma causa. Muito tempo depois, já na Idade Moderna, os filósofos racionalistas
adotaram a matemática como elemento para expandir a idéia de razão e a explicação da
realidade.

Empirismo (experiências)

O empirismo é a posição filosófica que aceita a experiência como base para a


análise da natureza, procurando rejeitar as doutrinas dogmáticas.
O conceito e a busca de evidências como fonte primária de conhecimento existiu
durante toda a história da filosofia e ciência, desde a Grécia antiga, mas foi com o
surgimento do chamado Empirismo Britânico, no século XVII, que consolidou-se como
uma posição filosófica especifica, sendo o filósofo John Locke considerado o fundador
do empirismo como tal.

Liberdade e idealismo
Idealismo, bem exemplificado pelas doutrinas, entre outras, do “sujeito
absoluto” que põe o “não-eu”, o objeto, de Fichte, e do “Espírito absoluto” ou “Ideia
real”, de Hegel, que têm como horizonte típico do romantismo o “infinito”, ideal ou
real, conservou uma noção de liberdade como característica oposta ao do mundo da
natureza.

Renascimento e iluminismo
O Renascimento foi um movimento cultural que marcou a fase de transição dos
valores e das tradições medievais para um mundo totalmente novo, em que os códigos
cavalheirescos cedem lugar à afetação burguesa, às máscaras sociais desenvolvidas pela
burguesia emergente.
Esta importante etapa histórica predominou no Ocidente entre os séculos XV e
XVI, principalmente na Itália, centro irradiador desta revolução nas artes, na literatura,
na política, Portugal e Espanha.
Neste momento crítico de profundas transformações, surgiu o Renascimento,
com uma eclosão criativa sem precedentes, inspirada nos antigos valores greco-
romanos, retomados pelos artistas que vivenciaram a decadência de um paradigma e o
nascimento de um universo totalmente diferente. Este movimento representou, portanto,
uma profunda ruptura com um modo de vida mergulhado nas sombras do fanatismo
religioso, para então despertar em uma esfera materialista e antropocêntrica. Agora o
centro de tudo se deslocava do Divino para o Humano, daí a vertente renascentista
conhecida como Humanismo Europa, especialmente pela Inglaterra, Alemanha, Países
Baixos e com menos ênfase em Portugal e Espanha.
Além do Antropocentrismo, o Renascimento também intrduz princípios
hedonistas – a busca do máximo prazer no momento presente, como tesouro maior do
Homem – e individualistas – a exaltação do indivíduo e de sua suprema liberdade dentro
do grupo social -, bem como o otimismo e o racionalismo.
Características gerais:
* Racionalidade
* Dignidade do Ser Humano
* Rigor Científico
* Ideal Humanista
* Reutilização das artes greco-romana

O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII


na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas)  e pregava
maior liberdade econômica e política.
Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas
nos ideais de liberdade igualdade e fraternidade.
O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses
tinham interesses comuns. 
As idéias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população.
Alguns reis absolutistas, com medo de perder o governo - ou mesmo a cabeça -,
passaram a aceitar algumas idéias iluministas. Estes reis eram denominados Déspotas
Esclarecidos, pois tentavam conciliar o jeito de governar absolutista com as idéias de
progresso iluministas.

FILOSOFIA NA IDADE MÉDIA

Inicia-se com as Epístolas de São Paulo e o Evangelho de São João e terminano século
VIII, quando teve início a Filosofia medieval. A patrística resultou do esforço feito
pelos dois apóstolos intelectuais (Paulo e João) e p elos primeiros Padres da Igreja para
conciliar a nova religião – o Cristianismo – com o pensamento filosófico dos gregos e
romanos, pois somente com tal conciliação seria possível convencer os pagãos da nova
verdade e converte-los a ela. A Filosofia patrística liga-se, portanto, à tarefa religiosa da
evangelização e à defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais que
recebia dos antigos.
Divide-se em patrística grega (ligada à Igreja de Bizâncio) e patrística latina (ligada à
Igreja de Roma) e se us nomes mais importantes foram : Justino, Tertuliano,
Atenágoras, Orígenes, Clemente, Eusébio, Santo Ambrósio, São Gregório Nazianzo,
São João Crisóstomo, Isidoro de Sevilha, Santo Agostinho, Beda e Boécio. A patrística
foi o brigada a introduzir idéias desconhecidas para os filósofos Greco -romanos: a idéia
de criação do mundo, de pecado original, de Deus como trindade una, de encarnação e
morte de Deus, de juízo final ou de fim dos tempos e ressurreição dos mortos, etc.
Precisou também explicar como o mal p ode existir no mundo, já que tudo foi criado
por Deus, que é pura perfeição e bondade. Introduziu, sobretudo com Santo Agostinho e
Boécio, a idéia de “homem interior”, isto é , da consciência m oral e do livre-arbítrio, p
elo qual o homem se torna responsável pela existência do mal no mundo. Para impor as
idéias cristãs, os Padres da Igreja as transformaram em verdades reveladas por Deus
(através da Bíblia e dos santos) que, por serem decretos divinos, seriam dogmas, isto é,
irrefutáveis e inquestionáveis. Com isso, surge uma distinção, desconhecida pelos
antigos, entre verdades reveladas ou da fé e verdades da razão ou humanas, isto é, entre
verdades sobrenaturais e verdades naturais, as primeiras introduzindo a noção de
conhecimento recebido por uma graça divina, superior ao simples conhecimento
racional.
Dessa forma, o grande tema de toda a Filosofia patrística é o da possibilidade de
conciliar razão e fé, e, a esse respeito, havia três posições principais:
* Os que julgavam fé e razão irreconciliáveis e a fé superior à razão (diziam eles: “Creio
porque absurdo”).
* Os que julgavam fé e razão conciliáveis, mas subordinavam a razão à fé (diziam eles:
“Creio para compreender”).
* Os que julgavam razão e fé irreconciliáveis, mas afirmavam que cada uma delas tem
seu campo próprio de conhecimento e não devem misturar-se (a razão se refere a tudo o
que concerne à vida temporal dos homens no mundo; a fé, a tudo o que se refere à
salvação da alma e à vida eterna futura).

Santo Agostinho (354-430)


Escreveu Contra os Acadêmicos, direciona do à filosofia cética e expôs a teoria
de que os sentidos dizem algo verdadeiro. Os erros provêm do juízo que fazemos das
sensações, e não delas próprias. A sensação não é falsa, o que é falso é querer ver nelas
uma verdade externa ao próprio sujeito. Virou Bispo de Hipona.
Agostinho ficou conhecido por “cristianizar” Platão, fazendo vários paralelos
entre a parte espiritualista dele (que diz existir um mundo transcendente) e a s Sagradas
Escrituras. Faz a distinção entre o corpo, sujeito à sorte do mundo, e a alma, que é
atemporal, e com a qual se pode conhecer Deus. Antes de Deus ter criado o mundo a
partir do nada as Idéias eternas já existiam na sua mente. Deus é a bondade pura. Ele já
conhece o que uma pessoa vai viver antes dela viver.

Escolástica

A Escolástica representa o último período da história do pensamento cristão, que


vai do início do séc. IX até ao fim do séc. XV (Alta Idade Média). Este período do
pensamento cristão é denominado ESCOL ÁSTICO, porque era a filosofia ensinada nas
escolas da época por mestres chamados escolásticos. Diversamente da patrística, cujo
interesse é acima de tudo religioso e cuja glória é a elaboração da teologia dogmática
católica, o interesse da escolástica é, acima de tudo, especulativo, e a sua glória é a e
laboração da filosofia cristã.
São Tomás Aquino (1225-1274)

Nascido em u ma família de nobres, Tomás de Aquino fez os primeiros estudos


no castelo de Monte Cassino. Em Nápoles, para onde foi em 1239, estudou artes
liberais, ingressando, em seguida, na Ordem dos Dominicanos, em 1244.
A primeira questão de que se ocupa Tomás de Aquino - na Suma Teológica, sua
obra máxima - é a das relações entre a ciência e a fé, a filosofia e a teologia. Fundada na
revelação, a teologia é a ciência suprema, da qual a filosofia é serva ou auxiliar. À
filosofia, procedendo de acordo com a razão, cabe demonstrar a existência e a natureza
de Deus.
Por tanto a Filosofia na Idade média trata-se de um período de expansão e
consolidação do Cristianismo e a Igreja Católica foi no período medieval a mais
importante instituição social e a maior representante da fé cristã. Assim, muitos
filósofos que se desenvolveram dessa época eram membros da igreja. Nesse momento,
os grandes pontos de reflexão para os filósofos estavam associados com a figura divina,
ou seja, a existência de Deus, a fé e a razão, a imortalidade da alma humana, a salvação,
o pecado, a encarnação, a liberdade, dentre outros.
Em outras palavras, ainda que parece paradoxal, a filosofia medieval tentou
conciliar a religião com a filosofia, ou seja, a consciência cristã com a razão filosófica e
científica. Sendo assim, as reflexões desenvolvidas no medievo, ainda que pudessem
contemplar os estudos científicos, não podiam de modo algum se contrapor a verdade
divina e às idéias de Jesus, o grande profeta do cristianismo, relatadas pela Bíblia
(sagradas escrituras).

CONHECIMENTO TEOLÓGICO

O conhecimento teológico, não muito diferente do mítico, provém diretamente da


comprovação da existência de Deus. Colocando em questão todas as duvidas referentes
a existência da humanidade e m uma resposta só, Deus. Segundo Arcângelo R. Buzzi, a
fé é o principal pilar para a crença Dele, o colocando como ‘’ Grande Cuidado ’’ por ser
o Deus de todas as pessoas. Além disso, os teólogos tentam de toda forma comprovar
que os textos bíblicos foram inspirados por uma relação divina.
Tudo em uma religião é aceito pela fé, nada pode ser provado cientificamente e
nem se admite crítica, pois segundo a teologia, o justo viverá pela fé.
Característica :
 Fé inquestionável, que provém do princípio de que Deus é a explicação para
todas as questões em que não há respostas;
 Não precisa de provas.
O Conhecimento Teológico é um conjunto de verdades a que os homens
chegaram, não com o auxílio de sua inteligência, mas mediante a aceitação de uma
revelação divina; tudo em uma religião é aceito pela fé; nada pode ser provado
cientificamente e nem se admite crítica, pois o justo viverá pela fé. A revelação é a
única fonte de dados. Também conhecido como conhecimento religioso, teológico ou
místico, ele é baseado exclusivamente na fé humana e desprovido de método e
raciocínio.
As posições dos teólogos são fundamentais para interpretar e explicar os textos
considerados sagrados. A finalidade do teólogo é, também, provar a existência de Deus
e que os textos sagrados foram escritos mediante inspiração divina, devendo por isso ser
realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis, ou seja, como dogmas.
Alguns exemplos de conhecimento teológico são as Escrituras Sagradas, tais
como a Bíblia, o Alcorão, a Sagrada Tradição, que reúne decisões de Concílios e
Sínodos, as Encíclicas Papais, etc.

EMPIRISMO

Empirismo é uma teoria criada dentro da filosofia para afirmar a essência


sensorial como parte do conhecimento. Dentro da epistemologia existem vários pontos
de vista - o estudo do conhecimento humano juntamente com o racionalismo, o
idealismo e o historicismo - e o empirismo faz parte desta gama de estudos, no entanto,
atuando em um papel da experiência e da evidência, que inclui a experiência sensorial
na formação de idéias inatas ou de tradições.
Os empiristas utilizam como argumento as tradições/costumes que surgem
baseados nas relações de experiências sensoriais anteriores. Na filosofia, é a ciência que
enfatiza evidências - principalmente pelo fato de se basear em experiências. 
É considerada uma parte fundamental do método científico porque considera que todas
as hipóteses e teorias devem ser testadas em oposição às observações do mundo atual.
Apesar de sensorial, o empirismo atua além do raciocínio à priori, da intuição ou da
revelação.
John Locke, considerado o 'pai' desta filosofia, explicitou em seu livro Ensaio sobre o
Entendimento Humano, que a mente do homem pode se assemelhar a uma tabula rasa,
onde idéias vão sendo gravadas por meio da experiência - e, então, o homem passa a
formar sua opinião.
De forma geral o empirismo defende que todos nós nascemos como uma página
em branco, completamente vazia, e com o tempo vamos adquirindo experiências e são
através destas que formamos nossos ideais e principalmente nossa personalidade. Então
neste caso o ser humano seria fruto do meio em que vive, já que a sociedade tem efeito
direto em sua formação de pensamento. Para Locke estas experiências são adquiridas
através de nossos cinco sentidos, que nos ajudam a descobrir novos objetos, paisagens,
aromas e texturas diferentes e passam a preencher nosso subconsciente com estas novas
informações.

O CONHECIMENTO CIENTÍFICO

O Conhecimento científico compõe um conhecimento casual, pois suas


preposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da
experimentação e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filo só fico . É
sistemático , já que se trata de u m saber ordenado logicamente, formando um sistema
de idéias (teoria) e não conhecimentos dispersos e incoerentes. Possui a característica da
verificabilidade, a tal ponto que a hipóteses que não podem ser comprovadas não
pertencem ao campo da ciência. Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de
não ser definitivo e, por este motivo, é aproximadamente exato: novas pro posições e o
desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.
Nesse sentido, iniciar uma investigação científica é reconhecer o conflito de um
Conhecimento que já existe e tentar modificá-lo, ampliá-lo o u substituí-lo, criando um
novo que responda à pergunta existente.
O que diferencia conhecimento científico dos outros, principalmente do senso
comum, não é o assunto, o tema ou o problema. O que distingue é a forma especial que
adota para investigar os problemas. Ambos podem ter o mesmo objeto de
conhecimento. A postura científica consiste em não dogmatizar os resultados das
pesquisas, mas tratá-los como eternas hipóteses que necessitam de constante
investigação e revisão crítica subjetiva é que torna um conhecimento objetivo e
científico.

Além disto, os cientistas modernos constatam unanimemente no conhecimento


científico um caráter muito ausente à mentalidade científica do século passado, é o da
revisibilidade. Não há nem nas ciências experimentais, nem mesmo na matemática
posições decisivas. Toda a verdade científica surge, em certo sentido, como passageira,
passível de revisão, de aprimoramento. Todos os conhecimentos científicos são ligados,
quer pela deficiência das observações experimentais em que se formem, quer pela
necessária abstração com que são tratados.
Finalmente, uma última característica do conhecimento científico é a
autonomia relativamente à Filosofia e à fé.
Mas em nenhum caso a ciência poderá dizer-se dependente de um sistema
filosófico ou poderá encontrar numa tese filosófica uma barreira que impeça a aplicação
livre e integral do seu método de pesquisa. “E que se disser que respeita à fé: ela poderá
constituir uma norma para o cientista, enquanto homem e crente, nunca será uma norma
positiva ou restritiva para a ciência enquanto tal.

Você também pode gostar