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CONTROLE, AVALIAÇÃO
E AUDITORIA EM SAÚDE
Avaliação em saúde
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compreender o que temos e o que queremos ou do que precisamos, para atingir
a excelência. Devemos entender que o conceito de avaliação consiste em atribuir
um valor ao que foi realizado, de acordo com o que esperávamos que
acontecesse, em que podemos encontrar tanto uma superação quanto uma
inferiorização do esperado, e aí é que entra o papel da auditoria. É necessário
medir o que foi realizado em comparação com o que foi contratado e verificar se
o que foi realizado está dentro do esperado principalmente com relação à
qualidade e resolutividade das ações.
Com relação a um conceito de qualidade, temos que:
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• não complacência com erros;
• boa gerência de processos;
• disseminação eficiente de informações.
a. Valores:
• agir sempre com justiça e lealdade;
• dar efetiva primazia ao cliente;
• oferecer serviços competentes e atenciosos;
• promover a melhor condição possível do corpo, da mente e do espírito;
• criar um clima de produtividade crescente;
• incentivar a comunicação, a colaboração e o intercâmbio.
b. Princípios:
• a qualidade é conseguida (produzida) pelas pessoas;
• toda decisão deve ser fundamentada em fatos;
• os clientes são a prioridade número um;
• a qualidade exige melhoria contínua;
• todo trabalho é parte de um processo.
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A qualidade em saúde é uma importante estratégia para se alcançar a
melhoria de resultados, sejam eles financeiros, sejam eles assistenciais. Devemos
monitorar as ações e os indicadores de saúde para termos um melhor diagnóstico
de saúde da população e de como estão os resultados, para se alcançar a
qualidade, lembrando que a meta final sempre será a excelência. Quando
pensamos em excelência, temos que ter o foco principalmente na qualidade do
atendimento ou do serviço e sempre avaliarmos a satisfação do cliente.
A qualidade da atenção à saúde tem alguns pilares. Donabedian (1990) faz
uma reflexão sobre a qualidade da saúde e como podemos fazer para atingir as
metas descritas, para que atendamos melhor a população e suas necessidades,
considerando também que devemos garantir à população o acesso à saúde e que
as ações, procedimentos e serviços nesse contexto precisam focar na excelência
do cuidado. De acordo com Donabedian (1990), os pilares da qualidade seriam
sete:
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individual, satisfação e bem-estar da coletividade. Seria a aceitabilidade da
atenção em saúde pela sociedade.
7. Equidade: é a determinação da adequada e justa distribuição dos serviços
e benefícios por todos os membros da comunidade, população ou
sociedade.
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• análise de programas e de serviços, que vai gerar informações que, por
sua vez, embasarão a gestão no momento de tomar decisões;
• identificação dos pontos fortes e fracos do processo para revisão do
planejamento em saúde, se esse for o caso;
• acompanhamento e análise da taxa de ocupação de leitos, da taxa de
cesarianas, da média de permanência de internamento, dentre outros
indicadores.
O gestor deve poder confiar nos indicadores de saúde que está avaliando
e que estes sejam fidedignos, fáceis de interpretar e de calcular, com fácil
identificação e confirmação dos dados informados.
Finalmente, o processo de avaliação dos resultados depende da estrutura
disponível e esses resultados, no final do processo, devem ser descritos por meio
de indicadores gerenciais – taxas de ocupação de leitos, de cesarianas, de
permanências, entre outras – e, também, de indicadores epidemiológicos. Para
que consigamos realizar esses levantamentos, necessitamos de registros como
os do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes), os de faturas
ambulatoriais e hospitalares, os constantes no Sistema de Informação
Ambulatorial (SIA) e no Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e, ainda, de
indicadores epidemiológicos como os presentes no Sistema de Informação
Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), no Sistema de Informação sobre
Mortalidade (SIM), entre outros dados.
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a. Internos
• Habilitação da vigilância sanitária: tem a finalidade de avaliar o
processo higiênico-sanitário dos serviços de interesse à saúde e, com
isso, liberar a licença sanitária. Envolve uma série de olhares, desde
para as condições estruturais, passando pelo atendimento a manual de
boas práticas, existência de fluxos definidos, procedimentos
operacionais conforme o padrão, entre outras ações. Deve-se
acompanhar e monitorar os estabelecimentos de interesse à saúde com
maior risco e avaliar as suas ações e eles se encontram de acordo com
a legislação vigente para os serviços que oferecem. Por exemplo, em
farmácias, hospitais, laboratórios, supermercados, entre tantos outros
estabelecimentos de interesse à saúde, leva-se sempre em
consideração o risco sanitário oferecido no local.
• Habilitação de credenciamento: procedimento pelo qual a
administração do serviço de saúde convoca interessados para, segundo
condições previamente definidas e divulgadas, credenciarem-se como
prestadores de serviços ou beneficiários de um negócio futuro a ser
ofertado, quando a pluralidade de serviços prestados for indispensável à
adequada satisfação do interesse coletivo ou, ainda, quando a
quantidade de potenciais interessados for superior à do objeto a ser
ofertado e por razões de interesse público a licitação não for
recomendada (Ferraz, 2002). O credenciamento é efetuado mediante
contratos e convênios realizados pelo sistema de saúde, com a
finalidade de garantir a integralidade do cuidado. Nessa habilitação,
teremos o credenciamento dos estabelecimentos de saúde necessários
para garantir a integralidade do atendimento da população, com regras
a serem seguidas conforme cada tipo de estabelecimento.
• Habilitação de leitos: tem a finalidade de garantir a qualidade da
assistência à saúde da população mediante oferta de leitos com
estrutura adequada para manter um padrão de atendimento de
qualidade. Podemos ter, no Sistema Único de Saúde (SUS), habilitação
de leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI), de leitos de urgência
e emergência, de leitos de retaguarda e de leitos de cuidados
prolongados (esse último tipo contempla incentivo financeiro para o
município).
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• Habilitação de serviços: com a mesma intenção da habilitação de
leitos, a habilitação de serviços preza pela qualidade e pela continuidade
do atendimento da população. Nesse caso, temos critérios para o serviço
de saúde oferecer alguns tipos de serviços especializados para o SUS,
dos quais podemos elencar, por exemplo: serviço de transplante, cirurgia
bariátrica, entre outros. O processo de habilitação de serviços
especializados – como o de leitos – se inicia com o gestor municipal, que
reúne os documentos exigidos para a comprovação do uso dos leitos, os
documentos dos profissionais envolvidos nesse cuidado, da estrutura
requerida, entre outras informações, e, posteriormente, passa pelo aval
do Estado e somente depois irá para o gestor federal, que é quem dará
o aceite final e que liberará o financiamento para tal serviço ou
procedimento.
• Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde (Pnass):
fornece padrões de conformidade que são classificados em serviço
imprescindível, necessário ou recomendável. Esse programa foi
reformulado pela Portaria n. 28/2015, cujo art. 2º cita que o objetivo geral
do Pnass é o de:
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pelo gestor, verificando as conformidades da qualidade das ações e serviços.
Avaliam-se vários itens, como:
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ações de saúde, principalmente conforme os indicadores de saúde. Pode-
se fazer uma análise e correlacionar os índices de desenvolvimento
humano, demográficos, gerenciais e outros pertinentes.
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REFERÊNCIAS
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OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde; OMS – Organização Mundial da
Saúde. Manual de monitoramento e avaliação dos termos de cooperação. 1.
ed. Brasília, 2016.
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