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1ª Edição
Rio de Janeiro
2022
Algumas Marcas Registradas aparecem no decorrer deste livro. Mais do que simplesmente listar esses
nomes e informar quem possui seus direitos de exploração, ou ainda imprimir os logotipos delas, o editor
declara estar utilizando tais nomes apenas para fins editoriais, em benefício exclusivo da Marca Registrada,
sem intenção de infringir as regras de sua utilização.
Aos Autores e, Àqueles que registraram esse material por ocasião do Workshop realizado em março
de 2022 – com apoio do CREA-RJ, ficam informados e declaram estar cientes de: estarem autorizados
a imprimir seu conteúdo para fins de uso particular em até e não mais que duas vias; e respeitar os
termos da lei 9.601 de 19/2/1998. O direito da cessão da segunda via somente poderá ser feito me-
diante a “cessão de cópia exclusiva ”formal” com o envio dessas informações por correio eletrônico
a marcus.possi@mpossi.eng.br para fins de registros e direitos com a resposta específica e afirma-
tiva para essa autorização. Essa autorização não é afeta a livros que tenham sido fornecidos como
“cortesia”.
Ficha Catalográfica
Marcus Possi.
Rua Myrthes Wenzel 59 C2, Freguesia JPA
Rio de Janeiro – Brasil – CEP: 22763-250
Tel: (21) 98181-1400
http://www.mpossi.eng.br
marcus.possi@mpossi.eng.br
©Ecthos –
Prefácio
Em janeiro de 2022, entrou em vigor a Resolução nº 1000 da ANEEL, a qual tem por
objetivo de consolidar em um único documento, mais de 60 resoluções e desejos do setor, den-
tre elas a Resolução nº 414.
Longe de ser a palavra final no tema, ou de ter esgotado esse assunto, mais de 12 te-
mas foram selecionados. Na época, o tema reuniu desde peritos judiciais, até projetistas e
montadores, identificados para discussões posteriores.
Iniciativas como essa mostram que o conhecimento, que vem do aprendizado individual
é potencializado com a partilha e com enriquecimento pelo coletivo. Com os recursos digitais
disponíveis e com os dispositivos de comunicação online e instantâneos, com certeza trará re-
sultados muito bons, não apenas para a engenharia, mas para a segurança da sociedade,
Motivação
Os profissionais que participaram da montagem desse material, ti-
veram razões para fazê-lo por aqui as primeiras impressões dos
colaboradores.
Marcelo Zenderski
Marcus Possi
Jéferson M. de Oliveira
As sessões de trabalho
Esse material foi produzido ao partir de uma ideia inicial, da montagem de
uma estrutura de apoio escrita para a consulta e referência dos profissio-
nais, e também como uma fonte de consulta para trabalhos com todos. esse
tipo de desenvolvimento. Hoje é possível, graças a tecnologia da informa-
ção, e os meios que ela dispõe, contar com o Conselho Regional de Enge-
nharia e Agronomia do Rio de Janeiro, para promover um workshop online,
de 4 dias, e cada seção com 2 horas de duração; numa uma dinâmica
única, que permiti a apresentação, debate, e consolidação de ideias, fo-
mentando os profissionais, na busca do entendimento da revogação da Re-
solução 414 da ANEEL, e da consequente Resolução substituta.
Introdução
As mudanças acontecem e com elas, quase sempre, as resistên-
cias naturais da sua aceitação. Trataremos aqui apenas os moti-
vos dessas resistências, ainda que apenas no campo conceitual
e opinativo, visto que a resolução 1000, já está aprovada e em
vigor. Neste trabalho propomos analisar as novas definições, as
novas condições, e os novos termos, para assim entender o novo
conceito de regulamentação que a ANEEL - Agência Nacional de
Energia Elétrica, regulamentador do setor elétrico, desenvolveu e
aplicou com o tema: “ ... consolida as principais regras da Agência
para a prestação do serviço público de distribuição de energia elé-
trica. Tudo em um só lugar, para facilitar! ... ” .
O trabalho não pretende escrutinar toda a regulamentação, ou
exaurir toda a sua extensão e seus artigos, porém com a colabo-
ração de todos que participaram do workshop iniciado em 7 de
março de 2022, realizado durante 2 semanas por promoção do
CREA-RJ, pretende apresentar os pontos principais mais contras-
tantes, com as suas vantagens e desvantagens aos atores envol-
vidos, para adoção imediata, e reflexão dos profissionais.
O trabalho conduzido, é apresentando a seguir, inicialmente uma
“timeline” - linha do tempo, onde é possível verificar as atitudes da
comunicação da existência ao mercado, dessa nova resolução, e
os comentários que foram apresentados nessa época por setores
e profissionais. O dia 7 de março, perfaz praticamente 90 dias do
conhecimento da existência da resolução 1000, daí a simplicidade
dessas avalições, por conta dessa “novidade”.
Seguido pela apresentação de um breve histórico da consulta pú-
blica realizada, dos seus participantes, e de alguns pontos em
destaque, é possível perceber a intensidade e a qualidade da par-
ticipação dos profissionais e dos setores do mercado na elabora-
ção e crítica desta vez resolução, o que foi aproveitado desse es-
forço.
Por fim, a apresentação da sua estruturas, e de uma possível cor-
relação e pertinência com a resolução 414 anterior, permite o co-
mentário pontual de alguns de seus itens, através de anexos ao
material. Esses comentários foram apresentados e debatidos
Revogados(as)
Na sua proposta de significação e consolidação em um único documento das diretri-
zes principais, fomos informados pelo Art. 677, que foram revogados os seguintes
documentos:
I - Resolução nº 145, de 12 de abril de 2001;
II - Resolução Normativa ANEEL nº 229, de 8 de agosto de 2006;
III - Resolução Normativa ANEEL nº 244, de 19 de dezembro de 2006;
IV - Resolução Normativa ANEEL nº 359, de 14 de abril de 2009;
V - artigos 1º a 16 da Resolução Normativa ANEEL nº 376, de 25 de agosto
de 2009;
VI - Resolução Normativa ANEEL nº 414, de 9 de setembro de 2010;
VII - Resolução Normativa ANEEL nº 418, de 23 de novembro de 2010;
VIII - Resolução Normativa ANEEL nº 419, de 30 de novembro de 2010;
IX - Resolução Normativa ANEEL nº 431, de 29 de março de 2011;
X - Resolução Normativa ANEEL nº 436, de 24 de maio de 2011;
XI - Resolução Normativa ANEEL nº 448, de 6 de setembro de 2011;
XII - Resolução Normativa ANEEL nº 449, de 20 de setembro de 2011;
XIII - Resolução Normativa ANEEL nº 464, de 22 de novembro de 2011;
XIV - Resolução Normativa ANEEL nº 470, de 13 de dezembro de 2011;
XV - artigos 5º a 19 da Resolução Normativa ANEEL nº 472, de 24 de janeiro
de 2012;
XVI - Resolução Normativa ANEEL nº 473, de 24 de janeiro de 2012;
XVII - Resolução Normativa ANEEL nº 479, de 3 de abril de 2012;
XVIII - artigos 4º, 5º, 13-A e 14 da Resolução Normativa ANEEL nº 482, de
17 de abril de 2012;
XIX - Resolução Normativa ANEEL nº 493, de 5 de junho de 2012;
XX - Resolução Normativa ANEEL nº 497, de 26 de junho de 2012;
XXI - Resolução Normativa ANEEL nº 506, de 4 de setembro de 2012;
XXII - Resolução Normativa ANEEL nº 516, de 11 de dezembro de 2012;
XXIII - Resolução Normativa ANEEL nº 547, de 16 de abril de 2013;
XXIV - Resolução Normativa ANEEL nº 563, de 9 de julho de 2013;
XXV - Resolução Normativa ANEEL nº 569, de 23 de julho de 2013;
XXVI - Resolução Normativa ANEEL nº 581, de 11 de outubro de 2013;
XXVII - Resolução Normativa ANEEL nº 587, de 10 de dezembro de 2013;
A vigorar
Nessa mesma época de divulgação é importante destacar aqui alguns pontos positi-
vos para o consumidor foram levantados na divulgação e anúncio da nova resolução,
em destaque aqui:
1
para os municípios do Rio de Janeiro e São Paulo; 01/01/2023 para outras capitais; e 01/01/2024 para demais municípios
2
Será atualizada pelo IPCA a partir de 01/07/2022.
3
para questões relacionadas ao protocolo por meio eletrônico; 01/01/2023 para novas formas de atendimento, novo tempo de
espera para atendimento no posto de atendimento presencial, retorno da ligação em caso de descontinuidade da chamada, da
gravação eletrônica das chamadas, da disponibilização do atendimento pela Internet, da solução no primeiro contato; 01/07/2023
para integração dos canais disponibilizados pela distribuidora; e 01/04/2022 para as demais regras.
Governo Outros
1 2
07-12-2021 07-12-2021
3 4 A
22-12-2021
20-12-2021 20-12-2021
5 B
03-01-2022
03-01-2022
6 C
09-01-2022
05-01-2022
7
21-01-2022
1 - Publicação: 07/12/2021 Resolução 1000 da ANEEL consolida direitos e deveres dos consumidores de energia -A
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL aprovou nesta terça-feira (7/12) a Resolução Normativa 1000/2021,
que reúne em uma só norma o conteúdo dos regulamentos anteriores da Agência relacionados aos direitos e deveres
dos consumidores de energia.
A Resolução 1000 substitui a Resolução 414/2010, que era a referência quanto ao atendimento dos consumidores, e
agrega ainda o conteúdo da Resolução 470/2011 (ouvidorias das distribuidoras), da Resolução 547/2013 (bandeiras
tarifárias), da Resolução 733/2016 (Tarifa Branca) e da Resolução 819/2018 (recarga de veículos elétricos), entre
outros. Com a publicação da consolidação, 61 resoluções normativas da Agência serão totalmente revogadas e três
terão revogação parcial.
“O texto que hoje estamos deliberando é infinitamente mais claro, objetivo, direto e simples que aqueles que o prece-
deram”, adianta o diretor-relator do tema, Sandoval Feitosa. “Essas características tornam o regulamento mais aces-
sível à população em geral, que conseguirá facilmente interpretar os critérios da ANEEL. Ela também facilitará a fisca-
lização e contribuirá para que o setor se desenvolva de maneira mais organizada.”
3- A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL publicou nesta segunda-feira (20/12) a Resolução Normativa n°
1.000/2021, que consolida as principais regras da Agência para a prestação do serviço público de distribuição de
energia elétrica, onde estão dispostos os direitos e deveres dos consumidores. Tudo em um só lugar, para facilitar! A
nova norma agrega os atos normativos relativos aos direitos e deveres do consumidor e dos demais usuários do serviço
público de distribuição energia elétrica. Ela é, portanto, um dos regulamentos mais importantes da ANEEL, pois define
de maneira mais simples e objetiva as responsabilidades dos agentes e os procedimentos a serem seguidos pelos
consumidores para que o acesso universal ao serviço de energia elétrica esteja disponível com qualidade e eficiência.
5 - A ANEEL lançou, nesta segunda-feira (03/01), o vigésimo terceiro episódio do seu podcast ANEELcast. A nova
edição conta com as participações do diretor da ANEEL, Sandoval Feitosa, do Superintendente Adjunto da Superin-
tendência de Regulação da Distribuição, Hugo Lamin, e da especialista em Regulação da Superintendência de Re-
gulação da Distribuição, Nara de Souza, conversando sobre a nova Resolução Normativa 1.000/2021 da ANEEL,
que consolida todos os direitos e deveres dos consumidores de energia elétrica em um só documento, com uma
linguagem clara e objetiva.
A nova norma substitui a REN 414/2010 e, mediante a sua publicação, 61 resoluções foram revogadas e três outras
foram revogadas parcialmente.
"Nossa principal motivação [para publicar a Resolução nº 1.000] foi facilitar a vida do consumi-
dor de energia elétrica, agrupando e simplificando todos os seus direitos e deveres em um
único documento de acesso simples, rápido e, principalmente, descomplicado", explica.
7 - Episode Description
O tema do ANEELcast de hoje é a Segurança de Barragens. A fim de garantir a Segurança das Barragens, a ANEEL
monitora preventiva e regularmente as barragens destinadas à produção de energia elétrica.
Para falar sobre o tema e esclarecer a atuação da Agência, hoje vamos conversar com o Diretor da ANEEL, Hélvio
Guerra, e com o Superintendente Gentil Sá, da Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração.
B– I.S.BRASIL - em 03 de Janeiro de 2022 - Confira algumas das principais alterações: - A devolução em dobro
no caso de cobrança indevida por parte da distribuidora; - Um período de até cinco anos para ressarcimento de
danos a equipamentos elétricos; - A redução dos prazos para execução de obras de conexão com a rede; - A
compensação monetária em caso de descumprimento de prazos regulados ou suspensão indevida.
Consulta pública
Como preve o ritual, as alterações de normas, regulamentações,
e eventualmente algumas leis; considerando que essas mudan-
ças são sempre para melhor, e nesse caso aqui, sempre aten-
dendo a finalidade da agência nacional de energia elétrica, as
ideias são submetidas a consulta pública de modo a permitir a
manifestação, sugestão, e alteração de conteúdo adequando às
expectativas do mercado. Seu enunciado, após promulgada e em
vigor, mostrou que a revogação se fez basicamente sobre a as
Resoluções
Normativas ANEEL nº 414, de 9 de setembro de 2010; nº 470, de
13 de dezembro de 2011; e nº 901, de 8 de dezembro de 2020. A
primeira estabelecia as regras quanto a concessionária e o con-
sumidor de energia elétrica (414);a segunda era relativa aos ser-
viços de ouvidoria e atendimento aos consumidores (470), e a ter-
ceira é relativa à pesquisa e cadastros (901). Substituiu também
Resolução Normativa ANEEL nº 376 de 25/08/2009, que estabe-
lecia condições de contratação de energia elétrica, no âmbito do
Sistema Interligado Nacional - SIN, por Consumidor Livre; a REN
506/2012 que definia os modelos condições de atendimento de
energia elétrica para comunidades isoladas; a REN 506/2012 que
regulava o acesso ao sistema de distribuição; a REN 547/2013 e
REN 733/2016, que dava os procedimentos comerciais e a apli-
cação para as Bandeiras Tarifárias; a REN 581/2013, que regu-
lava a Prestação de atividades acessórias pelas distribuidoras;
REN 610/2014 que defina as modalidades de pré-pagamento e
pós-pagamento eletrônico; a REN 733/2016 que regulava a apli-
cação da modalidade tarifária horária branca; e a REN 819/2018
que regulava a recarga de veículos elétricos.
nota 4
nota 5
A “nova” Resolução 1000 de 2021, estruturada a direita para fazer frente a estrutura
da “antiga” Resolução 414 de 2010, é composta basicamente por 3 títulos, e cada
título detalhada em seus capítulos. Vamos apresentar os títulos da nova resolução,
contendo uma breve descrição do conteúdo dos seus capítulos. O objetivo não é fazer
um tratado, ou um estudo completo e definitivo da Resolução 1000 de 2021, mas
levantar alguns pontos que, a partir de efetivação e entrada em vigor da sua proposta,
trazem alguma contribuição ou ruído para os envolvidos. O Título 1 – parte Geral,
parece estar mais sujeito a análise das correlações a Resolução 414 de 2010, por
isso o foco maior dado nesse trabalho.
4
REN ANEEL 414, de 23.11.2010
5
REN ANEEL 1000, de 07.12.2021
6
XXXV - ponto de conexão: conjunto de materiais e equipamentos que se destina a estabelecer a conexão entre as instalações
da distribuidora e do consumidor e demais usuários; (Redação dada pela REN ANEEL 1000, de 07.12.2021)
7
Art. 14. O ponto de entrega é a conexão do sistema elétrico da distribuidora com a unidade consumidora e situa-se no limite da
via pública com a propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora, exceto quando: (Redação dada pela REN ANEEL
414, de 23.11.2010)
8
Art. 590. Na ocorrência de indício de procedimento irregular, a distribuidora deve adotar as providências necessárias para sua
fiel caracterização, compondo um conjunto de evidências por meio dos seguintes procedimentos: I - emitir o Termo de Ocorrência
e Inspeção - TOI, em formulário próprio, elaborado conforme instruções da ANEEL; (Redação dada pela REN ANEEL 1000, de
07.12.2021)
Art. 129. Na ocorrência de indício de procedimento irregular, a distribuidora deve adotar as providências necessárias para sua
fiel caracterização e apuração do consumo não faturado ou faturado a menor.
§ 1o A distribuidora deve compor conjunto de evidências para a caracterização de eventual irregularidade por meio dos seguintes
procedimentos: I – emitir o Termo de Ocorrência e Inspeção – TOI, em formulário próprio, elaborado conforme Anexo V desta
Resolução (Redação dada pela REN ANEEL 414, de 23.11.2010)
9
Art. 87. § 2o A partir do quarto ciclo de faturamento, persistindo o impedimento de acesso, a distribuidora deve faturar exclusi-
vamente o custo de disponibilidade ou a demanda contratada, conforme o caso ... (Redação dada pela REN ANEEL 414, de
23.11.2010)
f) Art. 278. Nos ciclos de faturamento em que ocorrer impedimento de acesso para fins de leitura, a distribuidora deve: IV -
comunicar ao consumidor: a possibilidade de suspensão do fornecimento de energia elétrica a partir do terceiro ciclo consecutivo
de impedimento de acesso; e ... (Redação dada pela REN ANEEL 1000, de 07.12.2021)
TÍTULO 3 - DISPOSIÇÕES
FINAIS E TRANSITÓRIAS
Breve introdução:
Desenvolvimento:
Vale a leitura do Art. 25, na RES 1000 – na sua redação: Art. 25. O ponto de conexão
localiza-se no limite da via pública com o imóvel onde estejam localizadas as instalações, exceto
se tratar de: I - situação em que exista imóvel de terceiros, em área urbana, entre a via pública e o
imóvel em que esteja localizada a unidade consumidora, caso em que o ponto de conexão se
situará no limite da via pública com o primeiro imóvel
Ar. 26. A distribuidora deve adotar as providências para viabilizar a conexão, operar e manter o
seu sistema elétrico até o ponto de conexão, caracterizado como o limite de sua responsabilidade,
observadas as condições estabelecidas nesta Resolução
foto 1 foto 2
Pela nova redação dada pela RES 1000, ao “Ramal de Ligação”, de respon-
sabilidade da concessionaria-distribuidora, no Art. 2, item XLII - ramal de en-
trada, passa a se chamar de: “Ramal de Conexão: conjunto de condutores e
acessórios instalados pela distribuidora entre o ponto de derivação de sua rede
e o ponto de conexão”, no lugar da definição anterior: RES 414, Art. 2, item
LXIII: “ conjunto de condutores e acessórios instalados pela distribuidora entre
o ponto de derivação de sua rede e o ponto de entrega”.
A figura a seguir – figura 01, mostra a diferença entre “ponto de entrega” – RES
414, e “ponto de conexão” – RES 1000, de acordo com a redação dada às duas
regulamentações.
figura 01
Quando se analisa a RES 414, ainda no seu Art. 2 – item XLIX: “medição
externa: aquela cujos equipamentos são instalados em postes ou outras es-
truturas de propriedade da distribuidora, situados em vias, logradouros públi-
cos ou compartimentos subterrâneos”; no Art. 81: “É de responsabilidade da
distribuidora a manutenção do sistema de medição externa, inclusive os equi-
pamentos, caixas, quadros, painéis, condutores, ramal de ligação e demais
partes ou acessórios necessários à medição de consumo de energia elétrica
ativa e reativa excedente.”; e no Art. 167, que diz: “O consumidor é respon-
sável: Parágrafo único. A responsabilidade por danos causados aos equipa-
mentos de medição externa não pode ser atribuída ao consumidor, salvo nos
casos de ação comprovada que lhe possa ser imputada.”. Encontra-se assim,
um reforço daquilo que foi mencionado anteriormente: uma mudança de pos-
tura da agência – ANEEL, quanto a inclusão do consumidor nos compromis-
sos anteriormente delegados, e de responsabilidade e custo exclusivos da
distribuidora.
Conclusão pessoal:
Breve introdução:
Desenvolvimento:
Foram colocadas a seguir lado a lado a redação das duas resoluções para
facilitar sua leitura e comparação – assim como um terceira coluna que aponta
para possíveis diferenças em apoio a análise.
12
Art. 131. Nos casos de recuperação da receita, a distribuidora pode cobrar, adicionalmente, o custo administrativo incorrido
com a realização de inspeção in loco, segundo o grupo tarifário e o tipo de fornecimento da unidade consumidora, conforme
valores estabelecidos em resolução específica.
Parágrafo único. Este procedimento somente se aplica aos casos em que o consumidor for responsável pela custódia
dos equipamentos de medição da distribuidora, conforme disposto no inciso IV e parágrafo único do art. 167, ou nos
demais casos, quando a responsabilidade for comprovadamente a ele atribuída
13
Art. 170. A distribuidora deve suspender imediatamente o fornecimento quando for constatada deficiência técnica ou de segu-
rança na unidade consumidora que caracterize risco iminente de danos a pessoas, bens ou ao funcionamento do sistema elétrico.
§ 2º Enquadra-se como procedimento irregular o aumento de carga à revelia da distribuidora que cause
defeito no sistema de medição, o que deve ser comprovado pela distribuidora.
§ 3º Em caso de defeito na medição sem comprovação do procedimento irregular ou do aumento de carga à
revelia, a distribuidora deve proceder conforme Seção V do Capítulo VIII do Título I, não se aplicando o
disposto neste Capítulo
14 Art. 129. Na ocorrência de indício de procedimento irregular, a distribuidora deve adotar as providências necessárias para sua
§ 1o Na impossibilidade de § 1º Na impossibilidade da
a distribuidora identificar o distribuidora identificar o pe-
período de duração da ríodo de duração da irregu-
irregularidade, mediante a laridade mediante a utiliza-
utilização dos critérios cita- ção dos critérios dispostos
dos no caput, o período de no caput, o período de co- ---
cobrança fica limitado a 6 brança fica limitado aos 6
(seis) ciclos, imediatamente (seis) ciclos imediatamente
anteriores à constatação da anteriores à constatação da
irregularidade. irregularidade.
Até onde pode ser observado não há alteração significativa na forma do cálculo
da recuperação, a menos das cargas que estão fora da propriedade do imóvel
do consumidor, agora inclusas, por causa da definição do ponto de conexão.
Há de se verificar também, que na resolução anterior não existe a forma de
obrigações de devolução, em acordo com o código de defesa do consumidor,
e agora apenas para alguns pontos da resolução, existe a referência do paga-
mento em dobro de cobranças indevidas. não há referência de pagamento em
dobro para energia cobrada e faturada por deficiência do sistema de medição
da concessionária.
Conclusão pessoal:
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão pessoal
O artigo 29 faz referência a documentos que não são de uso costumeiro dos
consumidores, como “as regulações da ANEEL”, e a entidades “indetermina-
das” (“órgãos competentes”), o que pode criar atritos com a concessionária,
uma vez que tais requisitos criam uma “zona cinzenta” no relacionamento do
consumidor com a concessionária.
Introdução
Esta é a forma construtiva mais barata, além do que não possui um esquema
de proteção elétrica que vise a segurança da população, por exemplo, contra
o rompimento de cabo energizado na via pública.
(ver https://blogdogusmao.com.br/2022/03/01/exclusivo-deus-me-deu-uma-
segunda-chance-desabafa-mulher-que-quase-morreu-eletrocutada-dentro-do-
carro-no-pontal/)
Desenvolvimento
(ver http://portalclubedeengenharia.org.br/2014/05/13/olhar-atento-sobre-o-
sistema-eletrico-subterraneo/)
Também cabe destacar que a definição 341 do Módulo 1 do Prodist tem o foco
“na integridade do sistema, dos equipamentos ou das linhas de transmissão”,
e não das pessoas!
Conclusão pessoal
Introdução
Com base nestas premissas, trazemos para o debate, os artigos 106, 107 e
108 da Resolução 1000.
Desenvolvimento
….
Conclusão pessoal
Introdução
e na
Desenvolvimento
….
Conclusão pessoal
Breve introdução:
Desenvolvimento:
16 Art. 27. Efetivada a solicitação do interessado de fornecimento inicial, aumento ou redução de carga, alteração do nível de
tensão, entre outras, a distribuidora deve cientificá-lo quanto
I - comunicar ao consumidor e realização dos estudos, projeto e realizar a obra usar em seu
demais usuários o recebimento da orçamento, devendo o interessado planejamento financeiro.
solicitação e a próxima ser comunicado previamente à
etapa; ou suspensão e o prazo ser As diretrizes para o
II - indeferir a solicitação e continuado imediatamente após relacionamento entre consumidor
comunicar ao consumidor e sanadas as pendências. e demais usuários e as
demais usuários as não distribuidoras, relacionadas às
conformidades. etapas de Orçamento Estimado e
Art. 77. A distribuidora deve Orçamento Prévio, estão descritas
entregar o orçamento estimado ou na Res. 1000 como:
o orçamento prévio por Seção VIII Do Orçamento
escrito, pelo canal indicado pelo Estimado – Art. 56 até Art.62
consumidor e demais usuários na
solicitação, sendo permitido o Seção IX Do Orçamento
envio Prévio – Art. 63 até Art. 69
por meio eletrônico.
Art. 78. A distribuidora deve Quanto ao cronograma físico
disponibilizar ao consumidor e financeiro, ele não foi retirado,
demais usuários, sempre que sendo tratado na Seção IX - Do
solicitado, os estudos que Orçamento Prévio da RES.1000 -
fundamentaram a alternativa pg. 30. art. 69 alínea b)
escolhida no orçamento estimado
ou no O orçamento prévio ficou com
orçamento prévio, em até 10 dias procedimentos claros de seu
úteis. conteúdo e obrigações mínimas.
Conforme o Art. 69. pg. 30 desta
Res.1000. Que podemos destacar:
I - havendo necessidade de obras
de responsabilidade da
distribuidora para a conexão: II -
as alternativas avaliadas para
conexão e as estimativas de
custos e justificativas; III -
informações sobre as
características do sistema de
distribuição e do ponto de
conexão;
Conclusão pessoal:
Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todas as fases cobradas à
seja rigorosamente cumpridas.
Breve introdução:
Desenvolvimento:
20 I – obrigatoriedade, quando couber, de: (Redação dada pela REN ANEEL 670 de 14.07.2015)
a) observância, na unidade consumidora, das normas e padrões disponibilizados pela distribuidora, assim como daquelas
expedidas pelos órgãos oficiais competentes, naquilo que couber e não dispuser contrariamente à regulamentação da ANEEL;
Conclusão pessoal:
Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todas as fases cobradas à
Distribuidora seja rigorosamente cumpridas.
17 Art. 98. O consumidor e demais usuários, observados os critérios de gratuidade dispostos no art. 104 e no art. 105 e as
obras de responsabilidade exclusiva, são responsáveis pelos seguintes custos:
I - instalações internas, exceto no caso do padrão gratuito disposto no art. 49;
II - instalações de interesse restrito, caso aplicável;
II - instalações do ponto de conexão; e
IV - participação financeira nas obras de responsabilidade da distribuidora, calculada conforme art. 108.
18 Art. 23. A distribuidora deve definir o grupo e o nível de tensão de conexão ao sistema elétrico, observados os critérios a
seguir:
I - para unidade consumidora:
a) Grupo B, com tensão menor que 2,3 kV em rede aérea: se a carga e a potência de geração instalada na unidade consumi-
dora forem iguais ou menores que 75 kW;
b) Grupo B, com tensão menor que 2,3 kV em sistema subterrâneo: até o limite de potência instalada, conforme padrão de
atendimento da distribuidora, observado o direito de opção para o subgrupo AS do Grupo A disposto no § 3o;
c) Grupo A, com tensão maior ou igual a 2,3 kV e menor que 69 kV: se a carga ou a potência instalada de geração na unidade
consumidora forem maiores que 75 kW e a maior demanda a ser contratada for menor ou igual a 2.500 kW; e
19 Art. 25. O ponto de conexão localiza-se no limite da via pública com o imóvel onde estejam localizadas as instalações, ex-
ceto se tratar de:
I - situação em que exista imóvel de terceiros, em área urbana, entre a via pública e o imóvel
em que esteja localizada a unidade consumidora, caso em que o ponto de conexão se situará no limite da via pública com o
primeiro imóvel;
II - unidade consumidora do Grupo B em área rural, caso em que o ponto de conexão se situará no local de consumo, inclusive
se localizado dentro do imóvel do consumidor;
Breve introdução:
Desenvolvimento:
dos contratos. realização dos estudos, projeto e O andar do processo corre menos
§ 3o No caso do inciso I do caput, orçamento, devendo o interessado risco de ser suspenso.
a não manifestação até o término ser comunicado previamente à
do prazo caracteriza a suspensão e o prazo ser A distribuidora e o consumidor e
concordância do consumidor e continuado imediatamente após demais usuários ficam obrigados a
demais usuários com o orçamento sanadas as pendências. cumprir o orçamento prévio
prévio recebido. § 2o Salvo estipulação de prazo aprovado e que somente poderá
§ 4o A devolução dos contratos maior pela distribuidora, o ser alterado com o acorde de
assinados e o pagamento da orçamento informado terá todos.
participação financeira validade de 10 (dez) dias, contado
caracterizam a aprovação do de seu recebimento pelo A não assinatura ou não
orçamento prévio e a autorização consumidor. cumprimentos de prazos podem
para execução das obras. § 3o O pagamento da participação invalidar o orçamento prévio.
§ 5o A distribuidora e o consumidor financeira do consumidor
e demais usuários devem cumprir caracteriza a opção pela execução Serviços de terceiros estão fora do
o orçamento prévio da obra conforme o orçamento e o orçamento e ficam fora do
aprovado, que somente pode ser cronograma acordados com a pagamento pelo consumidor e
alterado mediante acordo entre as distribuidora. demais usuários. Qualquer
partes. eventualidade que não pode ser
§ 6o O consumidor e demais prevista no orçamento ficará a
usuários não respondem por cargo da Distribuidora somente,
custos ou acréscimos decorrentes que foi a gerado do orçamento
da contratação de serviços de
terceiros não previstos no A Distribuidora tem prazo de 05
orçamento prévio. dias para entregar o contrato ao
§ 7o O orçamento prévio perderá a consumidor, após aprovação do
validade nos casos de: orçamento prévio.
I - não aprovação nos prazos
estabelecidos; O consumidor tem prazo de 30
II - não pagamento da participação dias do recebimento, para
financeira nas condições proceder a assinatura e
estabelecidas pela distribuidora; pagamento, no caso aplicável; ou
ou pactuar este pagamento.
III - não devolução dos contratos
assinados no prazo. O consumidor após aprovarem o
Art. 84. No prazo de até 5 dias orçamento prévio podem
úteis após a aprovação do formalizar a distribuidora a opção
orçamento prévio, a distribuidora de antecipação da obras de
deve entregar ao consumidor e responsabilidade da distribuidora.
demais usuários os contratos e, Podem escolher entre (1)- aporte
caso aplicável, o documento ou de recursos em parte ou todo. (2)-
meio de pagamento. execução da obra.
Art. 85. O consumidor e demais
usuários têm o prazo de até 30 A Distribuidora tem prazo de 05
dias, contados a partir do dias para informar se é possível a
recebimento dos contratos e, caso antecipação solicitada por aporte,
aplicável, do documento ou meio justificando a sua impossibilidade.
de pagamento, para: Como também o procedimento de
I - devolver para a distribuidora os execução da obra (plano de obra)
contratos e demais documentos e a metodologia de restituição do
assinados; aporte combinado.
II - pagar os custos de participação
financeira de sua
II - informar os requisitos de
segurança e proteção;
III - informar que as licenças,
autorizações, desapropriações e
instituições de servidão
administrativa serão de
responsabilidade da distribuidora,
conforme art. 87;
IV - informar que a obra deve ser
fiscalizada antes do seu
recebimento;
V - orientar quanto ao
cumprimento de exigências
estabelecidas e alertar que a não
conformidade com as normas e os
padrões da distribuidora implica a
recusa do recebimento das obras
e a impossibilidade da conexão; e
VI - informar a relação de
documentos necessários para a
incorporação da obra e
comprovação dos custos pelo
consumidor e demais usuários.
§ 3o A distribuidora deve formalizar
a opção do consumidor e demais
usuários pela
antecipação das obras por meio da
assinatura de um contrato que,
além das cláusulas essenciais,
detalhe as condições e valores da
restituição.
Conclusão pessoal:
Fica claro verificar que todo o procedimento adotado agora passa a ser trans-
parente e deixando ambas as partes em igual condição de colocar e justificar
as suas posições.
Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todas as fases cobradas à
Distribuidora seja rigorosamente cumpridas.
Breve introdução:
Desenvolvimento:
A execução das obras irá requerer uma interação com o poder público local e
a obtenção de aprovações e licenças pertinentes.
21 Art. 33. A partir do recebimento das informações de que trata o art. 32, o interessado pode optar entre aceitar os prazos e
condições estipulados pela distribuidora; solicitar antecipação no atendimento mediante aporte de recursos ou executar a obra
diretamente
22 Art. 35. Os prazos estabelecidos ou pactuados, para início e conclusão das obras a cargo da distribuidora, devem ser sus-
pensos, quando:
I – o interessado não apresentar as informações ou não tiver executado as obras sob sua responsabilidade, desde que tais
obras inviabilizem a execução das obras pela distribuidora; (Redação dada pela REN ANEEL 670 de 14.07.2015)
II – cumpridas todas as exigências legais, não for obtida licença, autorização ou aprovação de autoridade competente;
III – não for obtida a servidão de passagem ou via de acesso necessária à execução dos trabalhos; ou
IV – em casos fortuitos ou de força maior.
I - até 60 dias: no caso de instalação ou substituição de posto tensão considerados nos tipos de
satisfeitos, de forma conjunta, os de transformação; serviços solicitados.
seguintes requisitos: II – 120 (cento e vinte) dias,
a) conexão em tensão menor que quando tratar-se de obras com Completou-se na divisão de
2,3 kV; e dimensão de até 1 (um) quilômetro duração de 120 dias a chamada
b) obras para conexão na rede de distribuição aérea de para “obras com dimensão de até
contemplando a ampliação, tensão primária, incluindo nesta 1 (um) quilômetro.”, incluindo-se a
reforço ou melhoria na rede de distância a complementação de complementação de fases e obras
distribuição aérea em tensão até fases na rede existente e, se for o do inciso I. Isto veio a completar
2,3 kV, incluindo as obras de caso, as obras do inciso I. com obras que seriam executadas
instalação ou substituição de posto §1o Demais situações não de forma conjunta e em 60 dias.
de transformação, ainda que abrangidas nos incisos I e II, bem
necessária a substituição de poste como as obras de que Todos os itens que não foram
ou estruturas de rede em tensão tratam os artigos 4423, 4724, 4825 e tratados como não abrangidas nos
maior ou igual a 2,3 kV; 10226, devem ser executadas de incisos I ou II podem ser vistos
II - até 120 dias: no caso de acordo com o cronograma da como de carácter operacional da
satisfeitos, de forma conjunta, os distribuidora, observados, quando Distribuidora, não tendo grande
seguintes requisitos: houver, prazos específicos impacto em empreendimentos
a) conexão em tensão menor que estabelecidos na legislação novos ou expansões de redes
2,3 kV ou em tensão maior ou igual vigente existentes. Sendo tratados como
a 2,3 kV e menor que dentro do cronograma da
69kV; distribuidora.
b) obras para conexão
contemplando a ampliação, Estes itens considerados
reforço ou melhoria com dimensão operacionais foram tratados agora
de até um quilômetro na rede de com um prazo de 365 dias.
distribuição aérea de tensão maior
ou igual a 2,3 kV, incluindo nesta A contagem dos prazos está
distância a complementação de atrelada a aprovação do
fases na rede existente e, se for o Orçamento Prévio; ou assinatura
caso, as obras do inciso I; e do contrato entre Distribuidora e
c) não envolver a realização de consumidor.
obras em tensão maior ou igual a
69kV; O pagamento parcelado da
participação financeira não afeta
23 Art. 44. É de responsabilidade exclusiva do interessado o custeio das obras realizadas a seu pedido nos seguintes casos:
I – extensão de rede de reserva;
II – melhoria de qualidade ou continuidade do fornecimento em níveis superiores aos
fixados pela ANEEL, ou em condições especiais não exigidas pelas disposições regulamentares
vigentes, na mesma tensão do fornecimento ou com mudança de tensão.
E outros.
24 Art. 47. A distribuidora é responsável pelos investimentos necessários e pela construção das redes e instalações de distri-
buição de energia elétrica para o atendimento das
unidades consumidoras situadas em empreendimentos habitacionais para fins urbanos de interesse social e na regularização
fundiário de interesse social, que estejam em conformidade com a legislação aplicável.
25 Art. 48. A distribuidora não é responsável pelos investimentos necessários para a construção das obras de infraestrutura
básica das redes de distribuição de energia elétrica destinadas à regularização fundiária de interesse específico e ao atendi-
mento dos empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras não enquadrados no art. 47.
26 Art. 102. Os serviços cobráveis, realizados mediante solicitação do consumidor, são os seguintes:
I – vistoria de unidade consumidora; II – aferição de medidor; III – verificação de nível de tensão; IV – religação normal; V –
religação de urgência; VI – emissão de segunda via de fatura; VII – emissão de segunda via da declaração de quitação anual
de débitos; VIII – disponibilização dos dados de medição armazenados em memória de massa; IX – desligamento programado;
X – religação programada; XI – fornecimento de pulsos de potência e sincronismo para unidade consumidora do grupo A; XII –
comissionamento de obra; XIII – deslocamento ou remoção de poste; e XIV – deslocamento ou remoção de rede;
Conclusão pessoal:
Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todos os prazos cobrados à
Distribuidora sejam rigorosamente cumpridas.
Breve introdução:
Desenvolvimento:
27 Art. 64. A distribuidora deve elaborar e fornecer gratuitamente ao consumidor e demais usuários o orçamento prévio, com
as condições, custos e prazos para a conexão ao sistema de distribuição,
28 Art. 88. A distribuidora deve concluir as obras de conexão nos seguintes prazos:
I - até 60 dias: no caso de satisfeitos, de forma conjunta, os seguintes requisitos:
a) conexão em tensão menor que 2,3 kV; e
b) obras para conexão contemplando a ampliação, reforço ou melhoria na rede de distribuição
aérea em tensão até 2,3 kV, incluindo as obras de instalação ou substituição de posto de transformação, ainda que necessária
a substituição de poste ou estruturas de rede em tensão maior ou igual a 2,3 kV;
II - até 120 dias: no caso de satisfeitos, de forma conjunta, os seguintes requisitos:
29 Art. 112. A distribuidora tem o prazo de até 30 dias para informar ao consumidor e demais usuários o resultado do comissio-
namento das obras executadas após a solicitação, indicando as eventuais ressalvas e, ocorrendo reprovação, os motivos e as
providências corretivas necessárias.
§ 1o O prazo do comissionamento será de 10 dias úteis se ficar caracterizado que a distribuidora não informou previamente os
motivos de reprovação existentes no comissionamento anterior.
§ 2o O consumidor e demais usuários devem solicitar novo comissionamento em caso de reprovação.
§ 3o A distribuidora pode cobrar os comissionamentos realizados após o primeiro, conforme valor homologado pela ANEEL,
exceto se ficar caracterizado que a distribuidora não informou previamente todos os motivos da reprovação no comissiona-
mento anterior.
a) conexão em tensão menor que 2,3 kV ou em tensão maior ou igual a 2,3 kV e menor que 69kV;
b) obras para conexão contemplando a ampliação, reforço ou melhoria com dimensão de até um quilômetro na rede de distri-
buição aérea de tensão maior ou igual a 2,3 kV, incluindo nesta distância a complementação de fases na rede existente e, se
for o caso, as obras do inciso I; e
c) não envolver a realização de obras em tensão maior ou igual a 69kV; III - até 365 dias: no caso de satisfeitos, de forma con-
junta, os seguintes requisitos:
a) conexão em tensão menor que 69kV, não contemplada nos incisos I e II; e
b) não envolver a realização de obras em tensão maior ou igual a 69kV.
30 Art. 31. A ligação da unidade consumidora ou adequação da ligação existente deve ser efetuada de acordo com os prazos
máximos a seguir fixados: (Redação dada pela REN ANEEL 670 de 14.07.2015)
I – 2 (dois) dias úteis para unidade consumidora do grupo B, localizada em área urbana;
II – 5 (cinco) dias úteis para unidade consumidora do grupo B, localizada em área rural; e
III – 7 (sete) dias úteis para unidade consumidora do grupo A.
Parágrafo único. Os prazos fixados neste artigo devem ser contados a partir da data da aprovação das instalações e do cum-
primento das demais condições regulamentares pertinentes.
31 Art. 32. A distribuidora tem o prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da solicitação de que trata o art. 27, para elaborar
os estudos, orçamentos, projetos e informar ao interessado, por escrito, quando:
I – inexistir rede de distribuição que possibilite o pronto atendimento da unidade consumidora;
II – a rede necessitar de reforma ou ampliação;
Conclusão pessoal:
temos também: Por meio da Lei 8.078 / Art. 39 do CDC de 1990, fica estabele-
cido:
https://www.sienge.com.br/norma-de-desempenho/
Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todas as fases da vistoria à
Distribuidora seja rigorosamente cumpridas.
Breve introdução:
Desenvolvimento:
32 Art. 104. O consumidor, com fundamento na Lei no 10.438, de 26 de abril de 2002, tem direito à conexão gratuita de sua
unidade consumidora ao sistema de distribuição de energia elétrica, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes cri-
térios:
I - enquadramento no grupo B, com tensão de conexão menor que 2,3 kV;
II - carga instalada na unidade consumidora menor ou igual a 50kW;
III - não exista outra unidade consumidora com fornecimento de energia na propriedade; e
IV - obras para viabilizar a conexão contemplando:
33 Art. 105. A distribuidora deve atender, gratuitamente, à solicitação de aumento de carga de
unidade consumidora do grupo B, desde que:
I - a carga instalada após o aumento não ultrapasse 50 kW; e
II - não seja necessário acrescer fases em rede de tensão maior ou igual a 2,3 kV.
I - instalações internas, exceto no Energético - CDE, a título de Não aparece mais a ideia de
caso do padrão gratuito disposto subvenção econômica, concessões de gratuidade e do
no art. 4934; fundo de subvenção econômica.
II - instalações de interesse Do Custo de Disponibilidade
restrito, caso aplicável; Art. 98. Aparece a ideia de aumento de
II - instalações do ponto de O custo de disponibilidade do qualidade do sistema e custos
conexão; e sistema elétrico, aplicável ao diretos associados a esta
IV - participação financeira nas faturamento mensal de melhoria. Devendo ser alvo de
obras de responsabilidade da consumidor responsável por ressarcimento por parte da
distribuidora, calculada conforme unidade consumidora do grupo B, Distribuidora, conforme o caso.
art. 108.35 é o valor em moeda corrente
§ 1o A cobrança pela participação equivalente a: …... Fica descrito os custos que a
financeira do inciso IV não se Distribuidora pode incluir e quais
aplica para central geradora, Art. 99. não pode incluir no seu orçamento,
importador e exportador de Quando da suspensão de garantindo grau de transparência
energia e na conexão de outra fornecimento, a distribuidora deve maior.
distribuidora. efetuar a cobrança de acordo com
§ 2o No caso de conexão de o seguinte critério: (Redação dada Fica definido quais as diferenças
unidade consumidora, a existência pela REN ANEEL 479, de positivas que o consumidor tem
de viabilidade técnica para 03.04.2012) que pagar a Distribuidora e em
conexão no ponto e/ou na tensão I – para unidades consumidoras que condições.
de conexão indicados pelo faturadas com tarifas do grupo B: o
consumidor não implica cobrança maior valor entre o custo de Fica definido quais custos
de custos adicionais em relação às disponibilidade e o consumo de adicionais imprevisto, que a
demais alternativas avaliadas pela energia elétrica, apenas nos ciclos Distribuidora tem que incluir no
distribuidora, ainda que resulte em de faturamento em que ocorrer a seu orçamento, ou assumi-los, no
níveis de qualidade superiores. suspensão ou a religação da caso de seu aparecimento. Sem
§ 3o O consumidor e demais unidade consumidora; e (Redação onerar o consumidor.
usuários são responsáveis pelos dada pela REN ANEEL
custos para atendimento de 479, de 03.04.2012) Fica definido os custos que a
solicitação de mudança do nível de II – para unidades consumidoras Distribuidora não pode cobrar e
tensão ou da localização do ponto faturadas com tarifas do grupo A: a quando / quanto deverá ressarcir
de conexão sem que haja aumento demanda contratada enquanto em caso de cobrança indevida, no
da demanda contratada ou da vigente a relação contratual, caso específico de instalação de
potência injetada. observadas as demais condições unidade geradora para conexão de
§ 4o A distribuidora não pode estabelecidas unidade consumidora ou para
incluir no orçamento emitido ao nesta Resolução. expansão do sistema para
consumidor e demais usuários: atendimento de mercado.
I - custos de administração, de
gerenciamento, de engenharia, de Deixa claro que no caso de
elaboração de projetos, de cobrança indevida a Distribuidora
topografia, ambientais, de deverá pagar em dobro e corrigido
desapropriação, de instituição de o seu erro de cobrança.
servidão, de comissionamento, de
34 Art. 49. O consumidor, com fundamento no Decreto no 7.520, de 8 de julho de 2011, tem direito à instalação gratuita do
padrão de entrada, do ramal de conexão e das instalações internas da unidade consumidora, desde que pertença a um dos
seguintes grupos:
I - escolas públicas e postos de saúde públicos localizados no meio rural; ou
II - domicílios rurais com ligações monofásicas ou bifásicas, destinados a famílias de baixa renda e que atendam as seguintes
condições:
a) o consumidor deve pertencer a uma família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚ-
nico;
35 Art. 108. A participação financeira do consumidor é a diferença positiva entre o orçamento da obra de mínimo custo global,
proporcionalizado nos termos deste artigo, e o encargo de responsabilidade da distribuidora.
Conclusão pessoal:
Nos caso de cobrança foi alinhado para uma situação de mercado aberto de
livre competição, deixando regras claras de atuação de ambas as partes.
Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todas as fases cobradas à
Distribuidora seja rigorosamente cumpridas.
Breve introdução:
Desenvolvimento:
em que:
ERD = encargo de
responsabilidade
ERD = DEMANDAERD × K
responsabilidade da distribuidora;
DEMANDAERD = demanda a ser
atendida ou acrescida para o
cálculo do ERD, em quilowatt
(kW);
em que:
WACC = custo médio ponderado
do capital definido na última
revisão tarifária da
distribuidora, antes dos impostos;
n = o período de vida útil, em anos,
associado à taxa de depreciação
percentual anual “d”
Conclusão pessoal:
Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todas as fases cobradas à
Distribuidora seja rigorosamente cumpridas.
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão pessoal:
Introdução
Desenvolvimento
Com a justificativa:
“A exigência de responsável técnico é prevista em dispositivos legais,
tanto leis como Normas Regulamentadoras, com a correspondente
ART recolhida no Conselho profissional. Os acidentes em eletricidade
são majoritariamente causados por imperícia, resultante de instalações
feitas por pessoas sem a devida habilitação LEGAL. E portanto, a exi-
gência de ART é fundamental para que seja comprovada a habilitação
legal do responsável técnico, evitando-se incêndios e perdas de vidas
humanas por instalações incorretas.”
Ressaltamos que a o texto proposto pela ANEEL para o art 30 (proibir a exi-
gência de ART), recebeu críticas também da ABRADEE, Amazonas, Cemig,
Conclusão pessoal
Introdução
As normas técnicas da ABNT são consideradas voluntárias; porém, quando
citadas em documentos legais, passam a ser consideradas compulsórias.
Com base nestes pontos, trazemos para debate, a CLÁUSULA QUINTA: DOS
DEVERES DO CONSUMIDOR, do Anexo 1 da Resolução 1000.
Desenvolvimento
A justificativa dada pela ANEEL para não incluir a sugestão da ABEE-RJ foi:
“Já Prevista
Obrigação já prevista nos Contratos de Concessão e de Permissão.”
Desta forma, considerando-se que tanto a NBR 5410, quanto a NBR 14039
excluem as redes das concessionárias de seu campo de aplicação, bem como
no contrato está explícito que a concessionária deve atender às normas emiti-
das pelo “Poder Concedente” e terá ampla liberdade na escolha da tecnologia,
temos que as concessionárias estão legalmente isentas de seguirem as nor-
mas ABNT.
Conclusão pessoal
Introdução
Desenvolvimento
Conexão
Foram introduzidas novas denominações:
– Solicitação de Orçamento Estimado é a nomenclatura da
antiga “Consulta de Acesso”, que gerará como resposta o
Orçamento Estimado (antiga “Informação de Acesso”).
– Solicitação de Orçamento Prévio é a nomenclatura para
“Solicitação de Acesso”, que gerará como resposta o Orçamento
Prévio (antigo “Parecer de Acesso”).
Para microgeração e minigeração distribuída, as Solicitações de Orçamento
Estimado e Prévio devem ser realizadas por meio do formulário padronizado
pela ANEEL (Art. 59 e 67).
Nota: começam a valer em 01/04/2022.
Prazos
Orçamento Estimado:
30 dias (para todos os interessados).
Orçamento Prévio:
Microgeração: 15 dias – sem obras; 30 dias – com obra.
Minigeração: 45 dias.
Vistoria e Instalação do Medidor:
Devem ocorrer no mesmo dia.
BT – 5 dias úteis; MT - 10 dias úteis
Importante
Na seção VIII – Disposições Finais está ressaltado que a Resolução Normativa
ANEEL nº 482, de 17/4/2012, continua válida, porém com as alterações relaci-
onadas no Art. 672 da REN 1000.
Conclusão pessoal
Não houve mudanças significativas em relação à REN 482: 2012, mas cabe
notar que houve a retirada da referência às “as normas técnicas brasileiras e,
de forma complementar, as normas internacionais”, passando a vigorar as “Re-
gras de Prestação do Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica” (art.
3), ou seja, o definido na REN 1000: 2021.
Como visto neste webinar, confirma-se a dissociação das distribuidoras com o
atendimento às normas técnicas brasileiras.
Lembrando que, sob o paradigma da “busca pela eficiência”, o modelo regula-
tório vigente submete as tarifas cobradas pelas distribuidoras ao modelo de
preço-teto, ou “price cap”. A regulação por preço-teto caracteriza-se como uma
regulação “ex ante”, porque a definição do preço ocorre na revisão tarifária pe-
riódica, antes que a empresa incorra efetivamente nos custos, a partir de uma
parametrização de custos eficientes. Além disso, a regulação por preço-teto
conta com o “Fator X”, por meio do qual se busca impor à concessionária o
compartilhamento de ganhos de produtividade com os usuários, em benefício
da modicidade tarifária. (GAMELL; PRADO, 2019, p. 255).
Este modelo, em linhas gerais, parte da formulação de uma estimativa prévia
do preço da tarifa, transferindo à concessionária o ônus da obtenção de lucro
por meio da redução dos seus próprios custos na prestação dos serviços, o
que então justifica, entre outros itens, a isenção em cumprir as normas técni-
cas, bem como a utilização de esquemas de proteção mínimos, que não res-
peitam os limites operacionais dos equipamentos, resultando em diversos
eventos de fogo e explosões, especialmente nos locais com redes subterrâ-
neas de distribuição, onde a concessionária adota a “queima livre”.
Ressalte-se que nas instalações elétricas, um projeto inadequado não se limita
a causar “pequenos impactos”, pois pelo efeito dominó, pode causar grandes
incêndios e colocar vidas em risco!
Breve introdução:
Está se tornando cada vez mais frequente a ocorrência de tempestades
regionais que ocasionam a falta de energia elétrica com tempo de retorno que
ultrapassa os prazos preestabelecidos, aceitáveis e normalizados. Estes
eventos têm repercussão negativa em vários segmentos da sociedade e
trazem altos prejuízos para as comunidades e população em geral. Em
algumas situações, não é possível nem abrir uma solicitação de reparo, porque
os canais de atendimento estão lotados, e nem ter uma informação de quando
o fornecimento de energia elétrica será reestabelecido. A partir desse cenário,
vamos analisar as alterações regulatórias advindas da nova resolução (REN
1000/2021) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que regra a
prestação de serviços públicos de distribuição de energia elétrica. Iremos
relacionar as melhorias nela propostas e apontar as lacunas deixadas, ou seja,
alguns pontos importantes que ela deixou de abordar.
Desenvolvimento:
As recentes mudanças climáticas, em grande parte ocasionadas por alterações
lesivas e danosas provocadas ao meio ambiente, têm trazido aumento de
temporais com impacto destrutivo nas redes de distribuição e estamos cada
vez mais sujeitos a faltas massivas de energia elétrica. Neste ano foi registrado
em várias regiões do país um considerável aumento da temperatura ambiente,
as chamadas ondas de calor, ocasionando ao final grandes tempestades,
chuvas e ventos fortes, e consequentes quedas de galhos de árvores e objetos
sobre as redes elétricas, além de alagamentos e quedas de postes. Estas
condições adversas fazem com que ocorra uma série de defeitos nas redes
elétricas e muitos clientes ficam sem o fornecimento de energia elétrica. Os
vários clientes afetados acabam ligando para abrir chamados, o que ocasiona
congestionamento dos sistemas de atendimento das concessionárias.
Visando melhorar este quadro e o atendimento a chamadas, a nova resolução
estabeleceu, além do atendimento presencial e telefônico, novas formas de
atendimento. Inclui videochamada nos postos presenciais, permite contato via
internet, chat e e-mail, e reclamação na plataforma consumidor.gov do
Ministério da Justiça, cuja adesão deverá ser obrigatória para todas as
distribuidoras, conforme “Capítulo XIV – Do serviço de atendimento ao
consumidor e demais usuários”. O prazo de adequação é até o final de 2022.
Como parte introdutória dessas mudanças, reportamos abaixo o artigo 370,
que estabelece as linhas gerais de como deve ser o atendimento.
--------------------------------------
Art. 370. A estrutura de atendimento da distribuidora deve:
I - ser adequada às necessidades do consumidor e demais usuários;
II - ser acessível e gratuita a todos os consumidores e demais usuários da
área de atuação da distribuidora; e
III - possibilitar ao consumidor e demais usuários a apresentação de todas as
suas demandas sem ter que se deslocar de seu município.
-----------------------------------------------
-----------------------------
Seção IV
Da Qualidade do Atendimento Telefônico
Art. 445. A qualidade do atendimento telefônico é mensurada pela ANEEL
por meio de indicadores coletivos relacionados ao nível de serviço, abandono
e chamadas ocupadas, estabelecidos no Módulo 8 do PRODIST.
Art. 446. Em caso de ultrapassagem dos limites anuais para os indicadores
de qualidade do atendimento telefônico definidos Módulo 8 do PRODIST, a
distribuidora pode ser submetida à fiscalização da ANEEL.
Seção V
Do Tratamento das Demandas
Art. 447. A qualidade do serviço prestado pela distribuidora é avaliada, quanto
ao tratamento das reclamações e das outras demandas, por indicadores
coletivos relacionados à duração e frequência das reclamações e relatórios
de acompanhamento, conforme disposições do Módulo 8 do PRODIST.
Art. 448. Em caso de ultrapassagem dos limites anuais estabelecidos para o
tratamento das reclamações, a distribuidora pode ser submetida à
fiscalização da ANEEL.
Parágrafo único. A solução da reclamação também é avaliada
individualmente mediante a verificação do cumprimento dos prazos, sendo
que em caso de violação o consumidor tem o direito de receber uma
compensação em sua fatura.
------------------------------------------------------
-------------------
CAPÍTULO XV
DA QUALIDADE DO SERVIÇO
Seção I
Da Continuidade
Art. 433. A qualidade do serviço prestado pela distribuidora é avaliada, quanto
à sua continuidade, por indicadores coletivos e individuais relacionados à
duração e frequência das interrupções do serviço, conforme Módulo 8 do
PRODIST.
§ 1º O consumidor e demais usuários têm o direito de receber compensação
financeira em sua fatura de energia no caso da distribuidora violar os limites
de continuidade individuais relativos às suas instalações.
§ 2º A distribuidora pode deduzir da compensação a que se refere o § 1º os
débitos vencidos do consumidor e demais usuários que não sejam objeto de
contestação administrativa ou judicial.
-------------------
Porém, esta compensação pode ser ineficiente e insignificante para casos de danos
maiores aos clientes, tais como os prejuízos reportados nos parágrafos anteriores.
De acordo com o CDC (Código de Defesa do Consumidor - Lei 8.078, de 1990), as
concessionárias de energia elétrica devem ser responsabilizadas e efetuar os
ressarcimentos dos diversos prejuízos causados pela falta e demora no retorno da
energia. O consumidor deve procurar a concessionária, relatando a ocorrência e os
ressarcimentos que entenda devidos. É fundamental anotar os protocolos dos
contatos realizados com a empresa, seguir as orientações recebidas e acompanhar
os prazos estabelecidos. Para os casos de perda de alimentos estragados em
decorrência da falta de refrigeração ou até mesmo na ocorrência de danos não
materiais ou indiretos (por exemplo, o comprometimento da realização de um trabalho
por falta de energia), devem ser apresentados cálculos, orçamentos, relação de
valores dos produtos ou alimentos estragados e todos os demais tipos de
demonstrativos e documentos pertinentes, de modo a que se possa comprovar o
alegado. Em caso do pedido ser negado, o próximo passo é fazer contato com a
ouvidoria da concessionária, para cobrar providências e efetuar reclamações e
denúncias. Os serviços de ouvidoria estão regulamentados através do “Capítulo XV
– Da qualidade do serviço”. O artigo 419 está descrito a seguir.
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CAPÍTULO XV
DA QUALIDADE DO SERVIÇO
Seção VII
Da Ouvidoria
Art. 419. A implantação da Ouvidoria é obrigatória para as concessionárias,
sendo facultada para as permissionárias.
§ 1º A estrutura de Ouvidoria deve:
I - ser adequadamente dimensionada e ser acessível ao consumidor e
demais usuários da sua área de atuação; e
II - possibilitar o requerimento de informações, esclarecimento de dúvidas e
o encaminhamento de sugestões, elogios, reclamações e denúncias.
§ 2º A Ouvidoria deve atender, no mínimo, das 8 (oito) horas às 18 (dezoito)
horas, em dias úteis, por meio de canal telefônico exclusivo e gratuito em
toda área de atuação, independentemente da ligação ser originada de
serviço telefônico fixo ou móvel, podendo ser disponibilizadas formas
adicionais para atendimento.
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