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OAB-PI 15.

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AO MM. JUÍZO DA 3º VARA CÍVEL DA COMARCA DE PICOS-PI

JUSTIÇA GRATUITA

LAIANY DOS SANTOS DIAS SOARES , brasileira, casada, desempregada,


portadora do RG nº 2.758.011 e inscrita no CPF 030.115.063-02, residente e
domiciliada no povoado Chapada do Fio , nº 84, vem por intermédio de seu
advogado in fine assinado, legalmente habilitado conforme instrumento
procuratório em anexo, com endereço profissional localizado rua São José nº
89, centro , praça de Dom Expedito Lopes-PI , onde recebe intimações,
notificações e demais avisos judiciais, vem mui respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, ingressar com a presente

AÇÃO DE DIVÓRCIO C/C COM PARTILHAS DE BENS,


GUARDA E ALIMENTOS

Em face de VANDENILTON ROCHA SOARES, brasileiro, casado, vigilante e


pensionista do INSS, residente e domiciliado no Povoado Mirolândia, bairro: entrada
do Paquetá, Picos-PI, com nº de telefone e WhatsApp: (89) 994571748.

1- DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA

A Promovente atualmente não possui recursos financeiros para arcar com as


despesas processuais da presente ação, sem comprometer a manutenção de sua
família fazendo jus aos benefícios da Justiça Gratuita nos termos da Lei nº. 1.060/50
c/c art. 98 e seguintes NCPC.

Porquanto, o Autor, embora esteja acompanhado por seu advogado, no


momento não está em condições para custear as despesas processuais da presente

Rua São José nº 89, centro, praça, Dom Expedito Lopes-PI, CEP: 64620-000
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ação, sub examen, não podendo arcar com as despesas do processo, e assim, resta-
lhe tão-somente recorrer à Justiça para lhe conceder os BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA
GRATUITA.
Dizem os Tribunais:

“PROCESSUAL CIVIL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO


DA HIPOSSUFICIÊNCIA. DESNECESSIDADE. LEI Nº. 1.060/50, ARTS. 4º E 7º. –
A Constituição Federal recepcionou instituto da assistência judiciária gratuita,
formulada mediante simples declaração de pobreza, sem necessidade da respectiva
comprovação. Ressalva de que a parte contrária poderá requerer a sua revogação, se
provar a inexistência da hipossuficiência alegada”. (STJ – RESP 200390/SP –
24/10/2000 – Rel. Min. Edson Vidigal. – Cfr. JUIS, CD-ROM nº.27 – 1º
trimestre/2002).

Dito isto, o Promovente requer à Vossa Excelência, digne-se


em LIMINARMENTE, deferir os BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA a mesma, nos
termos da Lei nº. 1.060/50 c/c art. 98 e seguintes NCPC. Por ser de JUSTIÇA.

2-DOS FATOS

A Requerente Laiany casou-se com o Requerido Vandenilton no dia 19 de


dezembro de 2005, conforme certidão de casamento (doc. em anexo), sob o REGIME
DE SEPARAÇÃO DE BENS. Desta relação nasceu 1(um) filho IGOR VITOR DO S
SANTOS SOARES (11 ANOS) , menor impúbere.
Insta observar que, o requerente matinha um relação afetiva paralela outra
mulher, em virtude do fato a mais de 4 meses estão separdos de corpos.

Em virtude disso, a requerente, querendo atualizar seu estado civil, vale dizer,
constar nos registros públicos como divorciado, tendo em vista, forte
desentendimento entre o casal, causando total instabilidade no meio familiar e não
havendo mais qualquer consenso na relação entre eles, o que obrigou a autora a
optar pelo divórcio litigioso.

Insta salientar que há bens para serem partilhados, sendo os seguintes:

1-Imóvel: casa de 5 cômodos, localizado no povoado Mirolandia, entrada do


Paquetá-beco, Picos-PI. Avaliada no valor de R$ 32.220,00 (trinta e dois mil reais);
que está em nome dos dois cônjuges.

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2-motocileta: Honda/pop110 ano 2010 , com o valor estimado na data 20/04/2021
no montante de R$ 10.000,00 (dez mil, reais). Com recibo em nome da requerente:
LAIANY DOS SANTOS DIAS SOARES

O Requerido chegou até querer partilhar a casa até mesmo achou o


comprador, porém desistiu de forma unilateral, e hoje não aceita realizar o divórcio
consensualmente tão pouco a partilha de bens e em relação ao pagamento da
pensão alimentícia e o direito de visitação e convivência com os filhos menores.

Por não haver acordo amigável e a impossibilidade de divórcio consensual, o


Requerente vem bater as portas do Poder Judiciário.

3-DO FILHO COMUM

O casal na constância do casamento tiveram um filho em comum(IGOR


VITOR DOS SANTOS SOARES)

4- DO DIREITO

4.1. DO DIVÓRCIO

A Emenda Constitucional nº 66, datada de 13.07.2010, deu nova redação


ao parágrafo 6º do artigo 226 da Constituição Federal de 1988. Disposição esta que
trata sobre a dissolução do casamento civil. Com o novo texto, foi suprimido o
requisito de separação judicial por mais de um ano, ou de separação de fato por mais
de dois anos.

Art. 226 do CF. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 6º
O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
Desta forma, o Código Civil também assevera:

Art. 1.571 do CC. A sociedade conjugal termina: IV- pelo divórcio

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Ante o fato de o Requerente e a Requerida se encontrarem separados, mostrando-se
impossível a reconciliação, bem como a opção pela via consensual, na medida em
que a demandada se mostra contrária a tal procedimento. Com isso, busca o
judiciário a fim de que seja expedido o mandado de averbação.

4.2. DOS BENS E DA NECESSÁRIA PARTILHA

Pelo fato de a requerente e o requerido serem casados pelo regime de


separação de bens, no caso em tela é obrigatório. Na época o casamento se deu por
autorização judicial , no entanto a requerente era menor de idade na época do
casamento.

CC. Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:

I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da


celebração do casamento;

II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;

III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.

Assim decorre da Súmula nº 377 do Supremo Tribunal Federal, que tem o


seguinte teor: ‘No regime da separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na
constância do casamento’.

Pessoas jovens, por exemplo, que ainda não tinham completado a idade núbil
como no caso em tela, e que dependeram, por algum motivo, de autorização judicial
para se casarem, encontravam-se completamente desamparadas. Diante de diversas
incertezas e demandas judiciais, o Supremo Tribunal Federal pacificou entendimento,
por meio da Súmula 377: “ No regime da separação legal de bens, comunicam-se os
adquiridos na constância do casamento”.

Diante do requer a partilha dos bens como a decretação do divorcio do casal com
as devidas averbações no cartório.

5-DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS

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É sabido que nas ações de alimentos é cabível a fixação de alimentos
provisórios, conforme ensinamentos do art. 4º da Lei 5.478/68: “ao despachar o
pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor,
salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita. ”

No caso em tela, em consequência das dificuldades financeiras da genitora do


menor, necessário se faz a fixação, como tutela de urgência, tendo em vista que o
Requerido possui situação econômica financeira estável. Recebe beneficio do INSS no
valor de 1(um) salario mínimo como também recebe valores referente ao contrato
de trabalho como vigilante do posto de saúde da localidade Mirolandia, no entanto
é clarividente que o requerente varão tem condições para arcar com o dever de
pagar pensão alimentícia ao filho menor.

À vista disso, requer a V. Excelência a fixação de alimentos provisórios, em


caráter de urgência, no valor mensal de 30% sobre o salário de salario mínimo
vigente , para satisfação das necessidades do filho.

Portanto, há a previsão legal do requerimento em tela, qual seja o de obrigar o


requerido a arcar com os alimentos, no importe de 30% do salario mínimo sendo que
este tem duas fintes de renda, haja vista que está devidamente comprovado o como o
genitor do menor. Ainda, em caráter de urgência, há a necessidade de fixação de
alimentos provisórios no importe de 30% do salário do mínimo virgente, a serem
ratificados ao final da lide.

6 – DA GUARDA

Quanto à guarda da criança (IGOR VITOR DOS SANTOS SOARES), o


Art. 1583 do Código Civil prevê a possibilidade de guarda compartilhada a ser
exercida pela Requerente e pelo requerido, no caso em tela a requerente ficando
com a guarda do menor na maior parte do tempo. Como já ocorre no pressente
momento, a criança passa maior parte do tempo com a genitora. Durante a semana a
menor estuda e fica com sua mãe.

Art. 1583 do CC. A guarda será unilateral ou compartilhada.

A nova regra impõe a guarda compartilhada entre o casal separando, sem


qualquer exceção, por ser assim, como norma geral.

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Desta forma a Requerente pleiteia a guarda compartilhada, quanto do menor (IGOR
VITOR DOS SANTOS SOARES) com base na fundamentação jurídica aqui tratada.

7 - PEDIDOS:
a)A vista do exposto, requer se digne V. Exa., determinar a citação do requerido, para
comparecer à audiência que V. Exa. Designar, contestando, querendo a presente
ação, sob as penas da lei, acompanhando a presente ação até final decisão, quando
se pede a manutenção da pensão a ser liminarmente fixada, condenando-se o
requerido nos efeitos da sucumbência como também a decretação do divorcio e
consequente averbação no cartório competente;

b) a fixação de alimentos provisórios, no percentual de 30%, com base no art. 4º, da


Lei nº 5.478/68;

c)Requer o benefício da Assistência Judiciária Gratuita nos termos do art. 98 a 102,


do CPC/2015;

d)A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII,
do CPC/2015;

f)Pede a intervenção do representante do Ministério Público para todos os termos da


presente ação;

Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de provas admitidas pelo
Direito;

Dá-se a causa o valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais)

Pede deferimento

25 de maio de 2021 Picos-PI

DR. ÁQUILA GONÇALVES ARAÚJO


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