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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO- UNAERP

PAULO CEZAR DE OLIVEIRA BRIZOLLA-837353

HABILIDADES II

GUARUJÁ
2022
AULA 1- SISTEMA DIGESTÓRIO
ESTÔMAGO
Gastrologia: relação do corpo com o alimento
Gastroenterologia: envolve os intestinos
O exame da porção abdominal do sistema digestório segue uma sequência
diferente. Inspeção, ausculta, percussão e palpação
O estômago é dividido em três porções (cardica, fundo e pilorica) e apresenta um
esfincter em cada extremidade e estão associados ao impedimento de refluxo.
O estômago se liga a outras estruturas a partir de ligamentos: hepatogástrico
(fígado), gastroesplancnico (diafragma) e gastrocórico (duodeno)
É irrigado por artéria do tronco celíaco e a drenagem venosa é realizada pelas
veias porta, esplâncnica e mesentérica. A drenagem linfática segue as artérias.
A inervação simpática provém de nervos nos níveis de T6 a T8 pelo plexo celíaco.
Inervação parassimpática provém de nervos no nível T10 do nervo vago. Possui ainda
dois plexos próprios: Auerback (muscular externa- contração) e Meissner (muscular da
mucosa- secreções).
O estômago é formado por quatro túnicas:
-Túnica mucosa: apresenta criptas com invaginações, além de ser rica no número
de glândulas e apresenta uma camada de músculo liso.
-Túnica submucosa: camada de sustentação, formada por TCPD denso não
modelado. Apresenta macrófagos, vasos sanguíneos e linfáticos.
-Túnica muscular externa: formada por três camadas de músculo liso (longitudinal,
circular e oblíqua) que auxiliam com movimentos para misturar e digerir o bolo alimentar.
O controle da contração é feito pelo plexo de Auerbach.
-Túnica serosa: formada de tecido conjuntivo que delimita o estômago
As funções desse órgão são de armazenamento, fragmentação por motilidade e
transporte para o duodeno.
SECREÇÃO GÁSTRICA:
-Hcl: células parietais secretam H e Cl;
-Pepsinogênio: células principais
-Muco: células mucosas
-Bicarbonato: células superficiais da mucosa
-Fator intrínseco: células parietais das glândulas fúndicas.
EXAME CLÍNICO
Problema mais comum é a dor de barriga e sua principal causa é a úlcera péptica.
A presença de dores incomuns pode indicar problemas mais graves, como inflamações do
peritônio, doenças inflamatórias e neoplasias
-Dispepsia: a famosa azia. Pode ter diferentes causas, como plenitude pós prandial
(ácido insuficiente), e seus sintomas são saciedade precoce, epigastralgia (dor na boca
do estômago) e queimação epigástrica. Além disso, o paciente pode apresentar
eructações, náuseas e vômito
-Pirose: famosa garganta pegando fogo. Apresenta com sintoma dor ou sensação
de queimação retroesternal, geralmente causada por refluxo.
Apesar de náuseas e vômitos estarem relacionados a problemas no estômago
principalmente, a alta frequência desses sintomas pode revelar problemas extra
digestórios.
-Ascite: líquido saindo para a cavidade abdominal. Pode apresentar diferentes
causas como câncer de pâncreas, pancreatite, enteropatia perdedora de proteínas,
hepatites, câncer de cólon, síndrome nefrótica. Pode ainda ter origem hepática que é a
hipertensão porta, com varizes na região umbelical.
Uma técnica utilizada para identificar é o piparote

EXAME FÍSICO
-Inspeção: procura por tumorações (indicam neoplasias), cicatrizes (pode formar
fibrose e interromper o fluxo do sangue) e peristaltismo visível (obstrução pilórica crônica)
-percussão: não traz muitas respostas. Um ruído importante que pode ser percutido
é o ruído de vascolejo (percussão de uma bolsa térmica), principalmente em indivíduos
em jejum prolongado e pode revelar estase gástrica.
-Palpação: o abdome deve estar relaxado e pode ocorrer de duas formas:
-Superficial: pressão sobre o epigástrico, movimentos circulares ou
digiteformes. Dor intensa pode indicar problema nas camadas musculares ou serosas
-Profunda: mão juntas, aprofundando no sentido craniocaudal durante a
expiração. Busca encontrar um degrau na parte inferior da grande curvatura do estômago.
É necessário atenção para não confundir com o cólon transverso do intestino grosso,
deve lembra que essa estrutura apresenta formato cilíndrico além de pesquisar
tumorações menores. Uma técnica bastante eficiente utilizada é a descompressão brusca.
Caso o indivíduo sinta dor após a descompressão, pode ser sinal de problemas
acometendo o peritônio
-Sinais de alarme: indivíduo com mais de 55 anos, perda de peso recente, história
familiar, vômitos persistentes, uso indiscriminado de AINEs, melena (hemorragia
intestinal) disfagia (dificuldade de deglutição), odinofagia (dor ao deglutir), anemia
ferropriva, massa abdominal, linfonodo palpável, icterícia.
-Ausculta: é esperado encontrar ruídos hidroaéreos. Caso seja um ruído
aumentado temos um caso de obstrução e caso seja diminuído pode se tratar de um caso
de inflamação ou isquemia.
EXAMES COMPLEMENTARES
-Endoscopia digestiva alta: permite visualizar toda a mucosa gástrica. Além de
permitir uma ótima visualização, possibilita a realização de diversos procedimentos
-Testes para diagnóstico do HELYCOBACTER PYLORI: infecção por H pylori que
pode causar gastrite, úlceras e neoplasias. O diagnóstico é feito com a ajuda de exames
como teste histopatológico com analise de material de biopsia coletado durante
endoscopia, teste respiratório que consiste na ingestão de ureia com carbono marcado
que ao entrar em contato com a bactéria produz bicarbonato que se transforma em gás
carbônico que pode ser identificado após a expiração, teste com antígeno fecal e
sorologia (pesquisa de anticorpos)
-Ecoendoscopia: combina endoscopia com ultrassonografia. Permite avaliar lesões
subepiteliais e complementação do estadiamento de neoplasias gástricas.
-Fluoroscopia: examina o estômago após o paciente ingerir contraste, realizando
manobras de compressão do abdome para possibilitar a observação de todas as partes
do órgão. Utilizada para identificar estase, obstruções e compressões extrínsecas.
-Cintilografia de esvaziamento gástrico: utiliza geralmente refeição com ovo e
albumina marcada com tecnécio. As imagens são processadas e as curvas de conteúdo
gástrico em função do tempo, extraídas. É usada no diagnóstico de gastroparesia (retardo
do esvaziamento gástrico)
DESCREVENDO O ABDOME
-Escavado (diminuído), globoso (normal), globosidade aumentada ou em avental
(gordura caída)
Assimetria/ abaulamentos localizados
Retrações
Peristaltismo visível (obstrução)
Palpação dos hipocôndrios
Percuissão
AULA 2- História/ logística do acesso ao serviço de UE no APH/
comunicação
APH- atendimento pré-hospitalar
PRIMEIROS SOCORROS: suporte básico a vida
HISTÓRIA DO APH
1792- Napoleão (tratamento durante a guerra)
1863- Fundação da Cruz vermelha
1893- No Brasil é criada a lei do socorro médico do Rio Janeiro
1899- Surgimento do Corpo de Bombeiros
1986- França cria serviço de emergência, que se tornaria o SAMU no Brasil
2002- Criação do SAMU regulamentado pela portaria 2048
Antes do SAMU, tal atribuição era das ambulâncias brancas e do corpo de
bombeiros
EMERGÊNCIA X URGÊNCIA
Uma urgência é uma ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco
potencial da vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata
Já a emergência é uma constatação médica de condições de agravo à saúde que
implique em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo tratamento médico
imediato.
O QUE É APH
Se divide em dois
-Fixo: atendimento prestado por um conjunto de unidades básicas de saúde,
unidades do PSF, programa dos ACS. Atendimento a urgência e emergência em unidades
hospitalares
-Móvel: atendimento que procura chegar precocemente até a vítima para prestar
atendimento ou transporte. É dividido em:
-Primária: solicitante é a própria vítima ou testemunha do incidente
-Secundária: solicitante é de um APH fixo. Vítima em uma UBS com agravo
à saúde necessitando de recursos mais avançados por exemplo
QUEM TRABALHA NO APH
Coordenador de serviço, responsável técnico médico, responsável técnico
enfermeiro, médico regulador, médico intervencionista, enfermeiros assistenciais,
telefonista, polícia militar rodoviária, concessionária de resgate, auxiliar de enfermagem,
técnico de enfermagem, operador de rádio, condutor de veículo de urgência, bombeiros,
defesa civil, guarda municipal, polícia militar, guarda vidas temporário, etc.
AMBULÂNCIA: veículo terrestre, aéreo ou aquaviario que serve para transporte de
enfermos e levar a saúde. Existem diferentes tipos:
• Tipo A: leva o paciente em sem risco iminente de vida. Transporte simples de
caráter eletivo. Equipe formada por um condutor e um técnico de enfermagem.
• Tipo B: ambulância de suporte básico. Transporte inter-hospitalar de pacientes com
risco de vida desconhecido. Não classificado como potencial de necessitar de
internação médica. Equipe formada por um condutor e um técnico de enfermagem
• Tipo C: ambulância de resgate. Atendimento de urgência pré-hospitalar de
pacientes vítimas de acidentes ou em locais de difícil acesso, com equipamento de
salvamento. Equipe dever ser formada por três profissionais
• Tipo D: ambulância de suporte avançado. Atendimento e transporte de paciente de
alto risco em emergências ou transporte inter-hospitalar que necessitam de
cuidado s médicos intensivos. Equipe formada por um condutor, um enfermeiro e
um médico.
• Tipo E: aeronave de transporte médico utilizado para transporte inter-hospitalar e
aeronave tipo helicóptero para ações de resgate. Equipamento médico
homologado pelo departamento de aviação civil
• Tipo F: ambulancha. Embarcação de transporte médico, com equipamentos de
acordo com a necessidade.
• VIR: veículos de intervenção rápida. Transporte de profissionais e equipamentos
para oferecer superte avançado de vida para as ambulâncias.
• Motolância
INFRAÇÕES ÉTNICAS
Negligência: omissão, esquecimento que produza dano;
Imperícia: ausência de experiência e prática que responsabiliza o agente por
possíveis prejuízos ou ações ilegais;
Imprudência: ação irresponsável. Falta de observação àquilo que poderia evitar um
mal.
CONSENTIMENTO
Expresso: pessoa com capacidade de negar verbalmente o serviço, mas não o faz
Implícito: pessoa não está em condição de negar o atendimento
Recusa de atendimento: pessoa plenamente consciente nega o atendimento.
REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS
1. Recepção da chamada (solicitante e telefonista)
2. Abordagem do caso (TARM e médico regulador- classifica o nível de prioridade)
3. Decisão e acompanhamento (ocorrência- local do incidente- e referência- local
para onde a vítima será levada)
TEMPO RESPOSTA
Período que engloba a ativação do serviço até a saída para a ocorrência. Principal
indicador de qualidade
HORA OURO
Tempo máximo que se pode esperar
MINUTO PLATINUM
Tudo que posso fazer em 10 minutos
NÍVEL DE PRIORIDADE
1. Prioridade absoluta- vermelho
2. Prioridade moderada- amarelo
3. Prioridade baixa- verde
4. Prioridade mínima- azul
AULA 3-Avaliação da cena/ cinemática e biomecânica do trauma
FASES DO TRAUMA
1. Pré evento
2. Evento
3. Pós evento
TEMPO E CAUSA DA MORTE
• Imediata: 50% dos casos. Vítima morre poucos minutos após o evento
• Precoce: 30% dos casos. Vítima morre após algumas horas do evento
• Tardia: 20% dos casos. Vítima morre dias ou semanas após o evento
As principais causas de morte são hipóxia (falta de ar) e choque (hemorragia)
HORA OURO
-PRINCÍPIOS
• Garantir a segurança dos profissionais e pacientes
• Avaliar a cena e determinar as necessidades adicionais
• Reconhecer a física do trauma que gerou as lesões
• Avaliação primária para identificar condições potencialmente fatais
• Fornecer manejo apropriado da via aérea enquanto mantém a estabilização da
coluna cervical
• Manter saturação de pelo menos 94%
• Controlar qualquer hemorragia externa significativa
• Fornecer terapia básica para choque, imobilização e restauração de temperatura
corporal
“Cadeia de sobrevivência- segurança em primeiro lugar
• Manter estabilização da coluna
• Levar ao hospital certo
• Reposição de líquidos
• Anamnese
• Fornecer analgesia adequada (nunca minimize a dor da vítima
AVALIAÇÃO INICIAL (3S)
• Cena (scene)
• Segurança: risco de incêndio, explosão ou desabamento, risco de queda,
equipamento de proteção individual
• Situação: tipo de colisão, posicionamento dos veículos, número de vítimas,
interferências externas, provável motivo do acidente
Obter uma visão geral da situação e segurança da cena
Observar a causa e as consequências do incidente
Observar familiares e testemunhas
Para entender uma lesão é importante conhecer o mecanismo que causou o
trauma.
AULA 4-GERENCIAMENTO A INCIDENTE COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
São situações que causam grande comoção social, levando a perdas humans,
materiais e ambientais, criando uma demanda súbita por profissionais e equipamentos de
salvamento, resgate e atendimento médico.
A situação deve ser enfrentada não como uma urgência individual e sim como uma
urgência coletiva, onde o objetivo é salvar o maior número possível de vidas
CLASSIFICAÇÃO
-Quanto ao número de vítimas
• IMV1: 5 a 10 vítimas (controle com recursos locais)
• IMV2: 11 a 20 vítimas (necessita de apoio de outros grupos regionais)
• IMV3: acima de 20 vítimas (extrapola a capacidade de gerenciamento
regional
-Quanto a sua origem
• Natural: inundações, deslizamentos, terremotos, tsunamis
• Humana: incêndios, explosão, terrorismo, guerra, acidentes de transporte
• Mista: deslizamento por ocupação, incêndios florestais
-Quanto a sua amplitude
• Pequena escala: zona sinistrada é limitada, socorro funciona normalmente
• Média escala: ampla coordenação, com ajuda externa
• Larga escala: socorro deverá vir de fora da zona sinistrada
OBS: plano de contingência: documento criado em conjunto com todos os grupamentos
da APH que trata das características do local, os riscos ao qual está submetido e o
protocolo de ação
PLANO DE AÇÃO
O que ocorreu?
Quais os recursos necessários?
Onde aconteceu o acidente?
Quantas vítimas estão envolvidas?
TRIAGEM
PLANO START: simples triagem e rápido tratamento
• Vermelho: prioridade absoluta
• Amarelo: prioridade relativa
• Verde: prioridade baixa
• Cinza: prioridade nula (óbito)
OBS: tipos de óbito: evidente (decapitação, carbonização, rigor morts, dissecação do
tronco, esmagamento de tórax, livor morts), clínica (passível de reanimação) e biológica
(sem atividade cardíaca, respiratória e cerebral)
IDENTIFICAÇÃO DAS EQUIPES
• Laranja: equipes de triagem
• Vermelho: equipe médica
• Amarelo: equipe de enfermagem
• Verde: equipe de transporte, equipes morgue
PROBLEMAS
• Insuficiência de pessoal e material
• As condições ambientais
• Interferências externas (população, mídia)
• Características relacionadas aos mecanismos do trauma
• As dificuldades com as pessoas traumatizadas psicologicamente
3T
-Triagem
• inicial: rápida, feita na zona quente
• secundária: na zona morna, para garantir o tipo de prioridade
-Tratamento: ocorre na zona fria com as cores do sistema start
-Transporte: organização do tráfego no local. Via dupla, entrada e saída
ALGUMAS ÁREAS IMPORTANTES
ÁREA DE SUPRIMENTO MÉDICO: fica na zona fria
POSTO DE COMANDO AVANÇADO: fica em local seguro, com ampla visibilidade,
serve como área de reuniões para planejamentos, coordenação e controle operacional.
Pode ser móvel. Apresenta estrutura que lhe permite funcionar de forma independente
dos serviços de comunicação e de energia.
AULA 5-ABORDAGEM NO TRAUMA/ ATENDIMENTO AO
POLITRAUMATIZADO
ABORDAGEM PRIMÁRIA (10 a 15s)
X- identificar lesões ensanguinantes
A- checagem das vias aéreas com estabilização/controle da coluna
B- avaliação da respiração
C- avaliação da circulação e controle de grandes hemorrágias
D- avaliação do estado neurológico
E- exposição da vítima
Em X dar enfoque na pelve, abdome e tórax
A frequência respiratória é classificada em lenta, normal e rápida. No trauma, a
confusão mental tem como causa a hipóxia
GLASGOW- NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
Avalia sempre a melhor resposta
3-8 considerado coma
Perder 2 pontos de glasgow em 1h, temos um paciente grave neurologicamente
Se o Glasgow estiver em 10 já é necessário estar preparado para uma possível
intubação
A-Airway
B-Breathing (respiração: administra 12L/min de O2. Se não tiver respiração, iniciar
processo de respiração artificial
C-circulation: palpar pulso central em vítimas inconscientes e periférico nas conscientes.
Avaliar ritmo e intensidade, avaliar a presença de sangramento externo e controla-lo.
CLASSIFICAÇÃO DE CHOQUE HEMORRÁGICO
1. perda de menos de 750mL de sangue. FC, FR e PA normais
2. perda entre 750mL e 1500mL de sangue. FC>100, FR 20-30 e PA normal
3. perda entre 1500 e 2000ml de sangue. FC>120, FR 30-40 e PA diminuída
4. perda de mais de 2000ml de sangue. FC>140, FR>35 e PA muito diminuída
E-Exposure (exposição)
Expor a vítima para preparar para uma abordagem secundária
Prevenir hipotermia
A lesão que mata é aquela que não identificamos
TRATAMENTO- ABORDAGEM SECUNDÁRIA
Identificar e tratar lesões potenciais que não foram identificadas na avaliação
primária
ANALISE OBJETIVA:
• Exame físico (sentido cefalopodálico)
• Sinais vitais (FC, FR, PA, T, saturação)
• Escala de coma de Glasgow
• Escala de trauma
Caso um paciente necessite ser sedado, certifique-se de avaliar o seu estado de
consciência antes da sedação. Vale lembrar que o trabalho é em equipe e por isso o
atendimento das diferentes partes da vítima pode ser avaliado de forma simultânea.
ANALISE SUBJETIVA:
• Alergias a medicamentos
• Medicamentos em uso
• Antecedentes pessoais (internações, cirurgias)
• Ingestão de sólidos e líquidos
• Mecanismo de trauma/avaliação da cena pelo acidentado
AULA 6- SISTEMA CARDIOVASCULAR
ANATOMIA CARDÍACA
CORAÇÃO
Principal estrutura do mediastino mpedio, dividido em duas partes (direita e
esquerda) por um septo longitudinal. Cada metade é formada por duas câmaras (um átrio
e um ventrículo).
É formado por três camadas: epicárdio (pericárdio visceral), miocárdio e
endocárdio.
Apresenta um complexo valvar, observado na imagem abaixo
O coração é irrigado pelas artérias coronárias direita e esquerda e a drenagem
ocorre por pequenas veias no sentido do seio coronário presente no AD ou diretamente
do VD para o AD
O coração é inervado por fibras nervosas autônomas oriundas dos nervos vagos e
dos troncos simpáticos
-Cromotropismo: propriedade que tem as fibras que provocam estímulos
espontâneamente. Relacionado a automaticidade do coração
-Dromotropismo: propriedade das fibras de conduzir e transmitir Às células vizinhas
o estímulo recebido. Relacionado a condutibilidade
-Batmotropismo: propriedade que as fibras apresentam de iniciar um potencial de
ação em resposta a um estímulo adequado. Relacionado a excitabilidade
-Inotropismo: é a capacidade de responder ao estímulo elétrico com uma atividade
mecânica representada pela contração miocárdica. Relacionado a contratilidade.
A analise da função cardíaca deve levar em consideração alguns fatores, como
idade, sexo, raça, profissão, naturalidade e residência, antecedentes pessoais, hábitos de
vida, condições socioeconômicas.
As doenças do coração manifestam-se por variados sinais e sintomas, podendo ser
originado no próprio órgão ou em demais estruturam onde repercutem
DOR: a dor pericordial não é sinônimo de dor cardíaca pois pode ter origem na
pleura, esôfago, aorta, mediastino, estômago e na parede torácica. A dor relacionada com
o coração e co a aorta compreende a de origem isquêmica, pericárdica e aórtica.
A de origem isquêmica tem origem na hipóxia sempre que houver desequilíbrio
entre a oferta e o consumo de oxigênio. Ocorre a estimulação das terminações nervosas
da adventícia das artérias e do próprio músculo por substâncias químicas liberadas
durante a contração. É provável que as substâncias estimulam a excitabilidade das
terminações nervosas sensoriais. A causa mais comum de isquemia é a aterosclerose. A
intensidade da dor varia de acordo com o grau de comprometimento. Além disso, pode
ser acompanhada por náuseas, vômitos, sudorese fria, palpitações e taquirritmia.
A de origem pericárdica trata de inflamações no pericárdio, sendo mais aguda na
região retroesternal. Traz a sensação de compressão e queimação. Dor atenua com a
inclinação do tórax para a frente
A de origem aórtica é causada por dissecção aguda do vaso. Dor intensa que se
irradia para o pescoço e ombros
PALPITAÇÕES: significam percepção incômoda dos batimentos cardíacos
relatados com mais força. Podem ser lentas ou rápidas, rítmicas ou arrítmicas causadas
por esforço ou por alteração do ritmo cardíaco, além de estar associadas a transtornos
emocionais.
DISPNEIA: um dos sintomas mais importantes dos pacientes com cardiopatias.
Significa a sensação consciente e desagradável do ato de respirar. Pode ser subjetiva
quando o paciente indica desconforto ou objetiva quando fica evidenciado a aceleração
dos movimentos respiratórios. A mais comum é aquela causada pelo esforço, mas pode
ser desencadeada pelo decúbito, ou pode ser paroxística (ocorre a noite quando o
paciente acorda como sensação de sufocamento); Pode estar associada com tosse e
expectoração espumosa, cianose, ruídos na respiração. Uma dispneia especial é a de
Cheyne-Stokes, caracterizada por períodos de apneia seguida por períodos de uma
respiração superficial que se tornam gradativamente mais profundos até reiniciar esse
ciclo
Alguns termos importantes:
-Tosse: inspiração profunda, com fechamento da glote e aproximação das cordas
vocais, que determina grande retenção de ar nos pulmões provocando uma forte
contração da musculatura respiratória
-Expectoração: produto eliminado por intermédio da tosse
-Simbilância: se traduz pela passagem de ar em alta velocidade através das vias
aéreas estreitadas que tornam a respiração mais difícil
-Hemoptise: expectoração de sangue
-Síncope: perda súbita de consciência e do tônus muscular postural. Pode ter
causa cardíaca ou extra cardíaca
-Lipotímia: perda de consciência e perda parcial de tônus muscular
-Alterações do sono: frequente em pacientes com IVE (insuficiência do VE)
-Cianose: coloração azulada da pele e das mucosas em razão do aumento da
hemoglobina reduzida no sangue capilar. Pode ser central, ocorrendo principalmente em
grandes altitudes ou periférica, aparecendo em áreas distais do corpo, principalmente
pensando em quadros de pele fria. Pode ainda se mista, associando os dois tipos de
cianose citados anteriormente, Um exemplo é a ICC (insuficiência cardíaca congestiva)
grave.
-Edema: resultado do aumento de líquido intersticial proveniente do plasma
sanguíneo. A principal causa é o IVD (insuficiência do VD) em que a pressão hidrostática
aumenta devido a retenção de Na.
-Astenia: é uma sensação de fraqueza generalizada, de caráter subjetivo, podendo
ser confundida com dispneia se não houver uma boa anamnese. Nos pacientes com ICC
se relaciona com a diminuição do DC e com oxigenação insuficiente do músculo
esquelético.
EXAME FÍSICO
Segue as etapas de inspeção, palpação e ausculta. Não é realizado percussão
Durante a inspeção e palpação, verifica-se abaulamentos, ictus cordis e frêmulos.
• Abaulamentos: examinador em pé no lado direito do paciente e frontal com o
examinador
• Ictus cordis: avalia sua extensão a partir a partir de quantas polpas digitais são
necessárias para cobri-lo. Um ictus muito intenso é chamado de propulsivo,
quando a mão que polpa é levantada a cada batimento.
• Frêmito: sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração ou nos
vasos. Relacionada a sopros.
• Batimentos ou movimentos: movimentos que podem ser encontrados em regiões
vizinhas ao ictus cordis que podem ser palpáveis. Nesse casos podemos pensar
em hipertrofia ventricular, principalmente quando a retração sistólico compreende
um espaço considerável do tórax.
AUSCULTA
É importante auscultar as regiões vizinhas como axila esquerda, dorso e pescoço,
Nos focos encontram-se informações pertinentes às respectivas valvas (pulmonar,
aórtico, tricúspide e mitral)
É importante não se esquecer que os focos da ausculta não representam a
localização exta das valvas que os nomeiam.
Para realizar uma boa ausculta, o examinador deve levar em consideração
algumas questões como o estetoscópio , ambiente da ausculta, posição do paciente e do
examinador, escolha do receptor adequado, aplicação correta do receptor e manobras
especiais
A posição padrão é em decúbito dorsal com a cabeça apoiada em um pequeno
travesseiro, com o tórax completamente descoberto. O examinador deve ficar no lado
direito do paciente de pé ou sentado a depender da altura da cama e do médico.
As orientações feitas ao paciente devem ser claras, para não comprometer o
entendimento e nem o exame.
Durante a ausculta o examinador deve avaliar as bulhas cardíacas, ritmo e
frequência cardíaca, ritmos tríplices, alterações das bulhas, cliques ou estalidos, sopros,
ruído da pericardite, atrito pericárdico e rumor venoso
BULHAS
• B3: início da diástole. Som de baixa frequência. Trata de uma vibração da
parede ventricular que é distendida pelo enchimento de sangue
• B4: final da diástole. Desaceleração do fluxo sanguíneo devido a
concentração atrial de encontro a massa sanguínea existente no ventrículo.
Nesse contexto também é importante avaliar alterações na B1 e B2, como seu
ritmo, intensidade, timbre, duração e frequência.
RITMO
• Binário: observa-se as bulhas normais, B1 e B2
• Tríplice: além das bulhas normais é possível auscultar a B3
Faz parte do exame físico a aferição dos pulsos periféricos.
CLIQUES E ESTALIDOS
São classificados em sistólicos e diastólicos
• Diastólicos: podem ocorrer das estenoses das vlavas mitral e tricúspide
• Sistólico (protossistólico: ruídos de ejeção. São produzidos pela vibração das
artérias pulmonares.
• Sistólico (mesossistólico):ruído entre a primeira e a segunda bulha. Pode indicar
prolapso da valva mitral
SOPROS: produzidos por vibrações decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo.
Para identificar o sopro é necessário conhecer os fenômenos do ciclo cardíaco. Os sopros
podem se formar pelo aumento da velocidade do fluxo sanguíneo, diminuição da
velocidade do fluxo por aumento da viscosidade do sangue, passagem do sangue através
de zona estreitada, passagem do sangue através de zona dilatada, passagem do sangue
para uma membrana de borda livre formando vibrações.
Os sopros sistólicos estão associados a ejeção e os sopros diastólicos estão
associados a regurgitação do sangue
A intensidade de um sopro está associada ao volume de sangue. Quanto maior for,
maior será a intensidade de ausculta.
PRESSÃO ARTERIAL
PA=Vs.FC.Rp
PA- pressão arterial
Vs- volume sistólico
FC- frequência cardíaca
Rp- resistência periférica

AULA 7- TRAUMAS ESPECÍFICOS E CONTROLE DE HEMORRAGIAS


TRAUMA DE CRÂNIO
• Não fazer curativo compressivo
• Não realizar aspiração nasal
• Atentar para o rebaixamento de nível de consciência, confusão mental, agitação,
náusea, vômito, episitaxe (sangramento nasal), otorragia, sinal de Batle (hematoma
na região atrás das orelhas), hematoma periorbital (sangramento de vasos da base
do crânio. O olho roxo pode indicar fratura de ossos do crânio)). Fazer teste de
duplo Halo
PUPILAS
Em condições normais são isocóricas e fotorreagentes. Sua avaliação é feita a
partir de dois parâmetros
• Avaliação fotomotora: perceber se a pupila contrai ao receber o estímulo luminoso.
Caso não reaja, indica um estado de gravidade
• Avaliação de diâmetro: se a pupila estiver extremamente contraída (em miose),
pode indicar coma. É o efeito esperado em pacientes de trauma inconscientes.
Uma pupila dilatada (em midríase ou midriática) indica uma resposta ativa do
cérebro. Em um trauma, se o paciente estiver com a pupila em midríase
possivelmente apresenta lesão cerebral.
• Quando uma das pupilas está em midríase, mas a outra está normal, deve-se levar
em conta que a lesão cerebral é no lado oposto do olho midriático.
GLASGOW
Como conhecemos, glasgow não pode apresentar resultado zero, mas na sua nova
atualização surge a opção não testável quando o paciente apresenta alguma limitação
que o impessa de responder ao estímulo, mesmo sem relação com o incidente. Por
exemplo uma pessoa tetraplégica que não vai apresentar resposta motora, mesmo não
estando com problemas no seu nível de consciência. Para não gerar confusão, os valores
da escala são dados separadamente para que quando a vítima chegue ao hospital não
seja entubada sem necessidade.
Apenas para relembrar, a escala de Glasgow avalia três critérios
• Abertura ocular 4 a 1
• Resposta verbal 5 a 1
• Resposta motora 6 a 1
Paciente com Glasgow entre 8 e 3 necessita se entubado e paciente com Glasgow
10 deve se ter maior atenção devido a uma possível necessidade de intubação.
Além dessa novidade, na APH utiliza-se ainda o Glasgow-P. Esse é calculado a
partir de uma somatória:
AO+RV+RM-P
P está relacionado as pupilas. Caso as pupilas não reajam, P vale 2. Caso apenas
uma pupila reaja, P vale 1 e casos ambas as pupilas estejam reativas, P vale 0.
TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO
Trauma que gera sangramento. O sangue passa a ocupar o espaço das meninges,
aumentando a pressão interna no cérebro, comprimindo seus tecidos.
TRAUMA RAQUIMEDULAR
Edema comprime a medula e causa rompimento. Pode se manifestar até 48h
depois de uma queda, colisão, explosão, acidentede mergulho em água rasa.
É importante se atentar a alguns sintomas que podem aparecer
• Parestesia: formigamento
• Plegia: ausência de movimento
• Paresia: perda de força
TRAUMA TORÁCICO
• Avaliação da simetria
• Avaliação da expansão
• Crepitação
• Hematomas
• Equimoses
• Escoriações
• Abrasões
• Cisalhamento
• Curativo de três pontas
• Objeto encravado em movimento cardíaco: nunca o remova, apenas o estabilize. A
única exceção é quando o paciente está em parada cardíaca e o objeto está
impedindo a reanimação. Outro fator é a não estabilização quando o objeto está
pulsando. Por exemplo quando está encravado no miocárdio.
CURATIVO DE TRÊS PONTAS: quando o pulmão é perfurando, faz com que o ar
entre pelo ferimento e comece a se acumular a cada inspiração. Esse ar a mais não sai
pela expiração e com o tempo não conseguimos mais realizar a troca gasosa. O curativo
de três pontas aparece como uma válvula que ao inspirarmos, o plástico entra pelo
ferimento e fecha, impedindo que ar externo entre.
TRAUMA ABDOMINAL
• Apalpação dolorosa
• Simetria
• Equimose
Em casos em que vísceras saem do corpo, nunca as coloque de volta. Utilize o
saco vísceral como curativo até o centro cirúrgico.
TRAUMA PÉLVICO E GENITAL
• Crepitação
• Expressão única do quadril
• Sangramento uretral
• Sangramento retal
• Assimetria
• Cisalhamento
• Hematomas
• Equimose
TRAUMA DE MEMBROS
• Creptação
• Desalinhamento
• Pode apresentar edema
• Apresenta hematoma e equimose
Diferença de escoriação e abrasão: a escoriação é uma espécie de arranhão
causada por superfície pontiaguda. A abrasão é uma queimadura causada por
exemplo pelo atrito da pele com o asfalto em uma queda de moto.
• Amputação
• Avulsão
• Perfusão: pode não ser um bom indicativo, pois o corpo pode gerar vasoconstrição
no caso de uma fratura, impedindo a analise da perfusão. Nesse caso o foco deve
ser a analise da presença de pulsos periféricos.
• Pulso
• Limitação de movimento
Diferença de entorse e luxação: o entorse é uma lesão contusa em que os
ligamentos distendem, mas o osso permanece em comunicação com a articulação. Já na
luxação há a perda de contato do osso com a articulação.
FRATURA EXPOSTA (O QUE FAZER?)
Primeiro de tudo é gerar conforto à vítima
Uso de gaze seca para limpar o sangue da lesão e uma nova gaze umedecida com
soro fisiológico para cobrir o osso exposto.
Não deve ser feito o alinhamento da fratura e por isso a imobilização deve
contornar a lesão para garantir um transporte seguro até o hospital.
OBS: uma imobilização correta utiliza ao menos três talas.
A imobilização deve abranger as duas articulações proximais
OBS: o torniquete só é feito quando for a última opção para salvar a vida. Deve ser
indicado o horário em que o procedimento foi feito.
MEMBRO AMPUTADO
É necessário imobilizar a lesão e não colocar o membro amputado diretamente no
gelo.
O membro deve ser umedecido com Ringer lactato de composição semelhante a
do plasma sanguíneo. Não se deve utilização compostos salinos para o umedecimento
O membro amputado deve ser transportado no saco de víscera em um
compartimento com gelo e muito ringer lactato ou água.
AVULSÃO
Perda de tecido seja pele, TC, músculo, tecido adiposo, vasos, ligamentos e nervos
ao redor de um osso
Deve ser feita a imobilização do membro para preservar o tecido.
OEO (objetos estranhos no olho)
Estabilizar e proteger ocluindo primeiramente o olho não lesado, pois os
movimentos oculares são simultâneos. A movimentação do olho não atingido moverá o
olho lesado podendo significar a perda definitiva do órgão. A imobilização do olho não
lesado ocorre o tampando efetivamente. Além disso, sempre atentar-se para falar de
frente com a vítima par que a mesma não tente mexer o olho para te ver.
A estabilização do objeto que atingiu o olho vai depender do tipo, pois não há
equipamentos específicos para isso, Tudo ocorre na base do improviso nesse caso.
Em caso de ferimento é necessário cobrir o olho com gaze umedecida. Já em uma
queimadura química é necessário realizar irrigação copiosa sem água e se soro
fisiológico, até se ter certeza do que se trata. Pode se tratar também de uma queimadura
térmica e nessa situação a ideia é resfriar o local por irrigação com soro fisiológico.
AULA 8- SUPORTE BÁSICO DE VIDA NA REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR
MORTE SÚBITA CARDÍACA
Interrupção abrupta, inesperada e irreversível de todas as funções biológicas, com
ou sem sintomas premonitórios
A parada cardiorrespiratória tem como mecanismo desencadeante a interrupção
súbita da função contrátil propulsora cardíaca, podendo ser reversível por uma
intervenção.
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
Manobras destinadas a garantir oxigenação dos órgãos quando a circulação da
pessoa para.
Em qualquer lugar pode se iniciar manobras de reanimação, necessitando apenas
das mãos.
DADOS
Mais de 50% das mortes súbitas cardíacas ocorrem antes da hospitalização. A
cada minuto que passa, as chances de sobreviver diminuem em 10%.
FISIOPATOLOGIA: ocasionada por diversos mecanismos, marcada por uma
instabilidade elétrica que pode atuar com gatilho para início de arritmias.
QUADRO CLÍNICO: por vezes sem sinais antecedentes, mas em geral vemos: dor
torácica, arritmia, dispneia, hipotensão, visão turva, e cansaço aos mínimos esforços.
DIAGNÓSTICO: eminentemente clínico. Vítima irresponsiva, apneica ou com
respiração agônica e sem pulso.
FASES DA PARADA CARDIORESPIRATÓRIA
1. Fase elétrica: 3 a 5 minutos (necessário DEA)
2. Fase circulatória: 5 a 10 minutos (RCP)
3. Fase metabólica: correção das possíveis causas (AESP) (5H e 5T)
5H: hipovolemia, hipóxia, hipotermia, acidose, hiper ou hipocalemia
5T: toxinas, tamponamento cardíaco
PROBABILIDADE DE SOBREVIVÊNCIA
RCP ACLS Sobrevivência %
0 a 4 minutos 0 a 8 minutos 43
0 a 4 minutos Mais de 16 minutos 10
8 a 12 minutos 8 a 16 minutos 6
8 a 12 minutos Mais de 16 minutos 0
Mais de 12 minutos Mais de 16 minutos 0
TRATAMENTO
1. Acesso precoce
2. RCP precoce
3. Desfibrilação precoce
4. Suporte avançado precoce
5. Cuidado pós reanimação
Os três primeiros compreendem o suporte básico de vida
Protocolo em linha reta
1. Checar todos os cabos de monitoramento
2. Aumentar o ganho do aparelho (amplitude das ondas)
3. Trocar a derivação do ECG observado
COMO ATENDER (CABD)
C- checar a responsabilidade e respiração. Chamar ajuda e circulação. Avaliar o nível de
consciência, palpar pulso carotídeo e realizar compressões se necessário.
A- abrir vias aéreas com manobra de inclinação da cabeça pela elevação da mandíbula.
B- boa ventilação: fornecer duas ventilações de resgate de 1 segundo cada, que
provoquem elevação visível do tórax
D- desfibrilação. Deflagar choque desfibrilatório quando recomendado.
CA- cabos
GA: ganho
DA: derivação
Algumas siglas importantes
AESP: atividade elétrica sem pulso
DEA: desfibrilado externo automático
CASOS ESPECIAIS
• Em crianças, primeiro realizo a reanimação e depois chamo a cadeia de
sobrevivência (caso esteja sozinho e sem formas de comunicação)
• Em afogados, primeiro realiza a reanimação (ciclo de 2min), depois chamo a
cadeia de sobrevivência
• Em crianças com cardiopatias, primeiro ativo a cadeia de sobrevivência
PARA QUE AS COMPRESSÕES SEJAM EFICAZES
• Comprimir com alta frequência (100 compressões por minuto)
• Deprimir tórax com profundidade mínima de 5 centímetros
• Promover alívio do tórax para cada compressão
• Minimizar interrupções nas compressões torácicas
• Realizar o rodízio do compressor a cada dois minutos
O procedimento consiste em posicionar a região da palpa da mão no centro do
peito, sobre a linha imaginária intermamilar. Colocar a outra mão sobre a primeira, com os
dedos esticados e afastados do tórax. Os ombros devem estar alinhados com as mão,
formando um ângulo de 90° com o tórax da vítima
AESP: apresenta pulso semelhante ao sinusal, mas não apresenta contração
A linha pode ser assístólica (linha reta que indica inativade cardíaca)
Temos ainda a fibrilação ventricular e a taquicardia que são pulsos chocáveis.
Esses dois quando presentes são tratados com o DEA a partir de choques
No caso do AESP deve ser feita a respiração cardiopulmonar com as mão. O DEA
não é recomendado nesse caso.
Durante a reanimação é necessário estar verificando os pulsos. No caso de um
adulto deve ser analisado o pulso carotídeo no pescoço. Já em crianças, o pulso
observado é o braquial
DESFIBRILAÇÃO
Com o tempo as ondas de fibrilação ventricular diminuem e aparentam assistolia.
Nessa circunstância o DEA é muito importante. Seu uso segue alguns passos
1. Ligar o aparelho
2. Conectar os eletrodos na pele desnuda e o conector do eletrodo no equipamento
3. Analisar o ritmo, sem tocar no paciente
4. Aplicar choque, pressionando o botão de descarga após certificação
Para uma boa fixação dos eletrodos:
1. Remover pelo se necessário
2. Retirar adesivo transdérmico e deixar tórax seco
3. Aplicar a pá superior cerca de 8 centímetros de distância de um dispositivo de
marca-passo para não danifica-lo
4. Usar em lactente um sistema atenuador de carga pediátrica (quando disponível)
5. Secar rapidamente em caso de tórax molhado
6. As compressões torácicas nçao devem ser interrompidas durante a fixação dos
eletrodos
Após o choque deve reiniciar o RCP com as mão. Lembrando que o DEA faz sua
analise a cada dois minutos ou um ciclo.
EM BEBÊS E CRIANÇAS
Compressões realizadas pelos dedos indicador e médio
Em crianças utiliza-se apenas uma das mãos.

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