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Direito das sucessões – 1º teste

Sucessão – dois sentidos – amplo e restrito (restrito é mortis causa). O chamamento é


o lado subjetivo da sucessão. Quem vai ser chamado a suceder, quem vai substituir.
“Quem”, “Que bens”, é o lado objetivo, que relações jurídicas se vão transmitir? A
amplitude do património, quais se vão transmitir para as pessoas que lhe sucedem –
2024º cc.
Designação sucessória. Neste momento todos nos somos autores potativos de
sucessão.
Sucessão legitimária – obrigatória, descendentes, conjugue ou ascendentes herdeiros
legitimários. Obrigatórios, é a lei quem impõe. Expectativa jurídica é uma quase
moeda, não se sabe quando vai receber. Somos todos potativos autores de sucessão.
Designação sucessória prevalente.
A quota indisponível é variável. Varia do máximo de 2/3 a um mínimo de ¼ quando são
os ascendentes de 2º grau. Quota parte disponível dos bens do autor da sucessão que
está reservada para si.

22-02-2022

Fenómeno sucessório – regras legais


Património ou direitos, como é que isso se partilha?
Diferentes categorias de sucessores. Visa a partilha dos bens

23-02-2022

A sucessão em sentido amplo abrange qualquer transmissão.


A sucessão em sentido restrito a causa é a morte. Nem todos os direitos e obrigações
são transmissíveis. Em sentido restrito é a sucessão mortis causa.
Artigo 2024º CC – o chamamento tem a ver com o lado subjetivo, as pessoas que vão
suceder e o lado objetivo da sucessão é saber que relações jurídicas vão ser
transmitidas para os sucessores.
Artigo 2025º CC – âmbito da sucessão – quais são os direitos que são transmissíveis e
intransmissíveis.
1ª regra – os direitos que são transmissíveis em vida são transmissíveis por morte. Há
exceções: há direitos que se transmitem em vida mas que não se transmitem por
morte (usufruto) e direitos que são intransmissíveis em vida mas que são
transmissíveis em morte. Artigo 976º - este direito não é transmissível em vida mas por
morte sim.
2ª regra – são transmissíveis os direitos de natureza patrimonial. São intransmissíveis
os direitos de caracter pessoal.
Exceções: há direitos de natureza pessoal que são transmissíveis – artigo 71º/73º
quanto à legitimidade. Artigo 75º - direito de natureza pessoal que é possível
transmitir-se.
Artigo 76º - 79º, nº1 – 1818º - direito de natureza pessoal que se transmite, desde que
não se tenha completado o prazo para propor a ação. 1873º - remissão para o 1818º.

Fontes da transmissibilidade ou intransmissibilidade são três:


1– Natureza do direito
2– Lei
3 – Convenção

1- A estrutura do próprio direito não permite a transmissibilidade


Caso do usufruto.
2 - A lei ou por acordo que faz com que um direito seja transmissível.
Forma imperativa muitas vezes.

Artigo 2025º - uma coisa é transmissibilidade, outra a extinção do direito. Quanto às


obrigações é igual.
Espécies de sucessão – artigo 2027º /2026º (Lei, testamento) - títulos de vocação
sucessória.

Duas espécies de sucessão:


Lei – Sucessão Legal – Ex Legis
Voluntária – Vontade – Ex Vontati

Da sucessão legal encontramos duas espécies


Legitimária (tem caracter imperativo) – funciona mesmo contra a sua vontade
Legitima (tem caracter supletivo)

Sucessão legitimária
Porção do património do de cuiús que esta reservada para os herdeiros
Quota indisponível. É a parte que não pode dispor. Na perspetiva dos sucessores é a
legitima.
A legitima pode ser global ou objetiva ou legitima individual ou subjetiva.
Quota indisponível = Legitima objetiva / global (dividida por cada um dos herdeiros
legitimários).
50 = 50
A
50 Se só tivermos um herdeiro legitimário, a legitima
individual é
Igual à global, e tivermos dois é 25.
A 25 B 25 O que não é indisponível é disponível. O disponível é o que
sobra.
Se não há herdeiros pode dispor de acordo com a sua
vontade.
2-03-2022

Titulos de vocação sucessória – lei, testamento, contrato.


A sucessão é legal ou voluntaria. Legal é a legitimaria. Contratual não vamos falar.

Partilha (mais dificil)


Artigo 2102º e ss. Partilha da herança. Direito exercitado a qualquer momento,
imprescindível (quando lhe aprover). Qualquer convenção em contrário é nulo.
2102º - formas de partilha.
Calcular o valor da herança - duas perguntas: o autor da sucessão é casado? (saber se
há meação ou não). Tem herdeiros legitimários? Descendentes, conjugue,
ascendentes.
São as duas perguntas essenciais. Se o autor da sucessão for casado em adquirido ou
geral ou tiver estipulado a comunicabilidade temos logo de apurar a meação. 1733º.
Há bens próprios de um e bens comuns. Quando o regime é de comunhão temos de
apurar a meação de bens comuns.
1730º CC – começar por calcular o ativo e o passivo (meação é no ativo e no passivo).
No caso de comunhão segundo um dos regimes, no caso de casado. Quanto à massa
ativa temos: os bens próprios (desse conjugue), o direito à meação de bens comuns.
Apura-se nos termos do 1689º, nº2 (partilha do casal). Massa passiva: as dividas da
responsabilidade de cada um dos conjugues do falecido e mais metade das dividas da
responsabilidade comum, 1689, nº2 – pagas em primeiro lugar as dividas...
Regime da responsabilidade de dividas (ter em atenção).

Caso

De cuiús solteiro ou casado em regime de separação de bens.


Deixou: 1 automóvel e outros bens no valor de 120.000.00 (compropriedade com B,
conjugue). O conjugue tinha bens no valor de 20.000.00, o falecido A, deixou encargos
relativos à reparação do seu automóvel no valor de 1.000 euros e A e B deviam ao
banco 30.000.00 euros relativos ao empréstimo contraído para compra do
apartamento.

Valor do ativo – VA – 18.000.00 + 60.000.00 (bens em compropri./metade) =78.000.00


Valor do passivo – VP – 1.000 + 15.000.00 (metade do empréstimo) = 16.000.00
Valor liquido da herança – VLH = 78.000.00 – 16.000.00 = 62.000.00
Caso

A e B casados em regime de comunhão de adquiridos.


1 automóvel no valor de 20.000.00 eur, casaram em 2000. A compra em 1998 (o A é o
falecido).
1 apartamento para onde o casal foi viver, no valor de 150.000.00 e que o pai lhe
doara em 2010.
1 saldo de uma conta bancaria constituída em 2012, onde A depositava parte dos
proveitos do seu trabalho e que tinha um saldo à data da morte de 10.000.00.
A mobília de casa no valor de 10.000.00 comprada por B com o produto do seu
trabalho de enfermeira.
1 quinta no valor de 200.000.00 que B herdará por morte de sua mãe.
Encargos de A e B – funeral e sufrágios – 400 euros.
Reparação do veiculo automóvel que A utilizava no seu interesse por A exclusivo, no
valor de 1.000 euros. A divida contraída do empréstimo com o consentimento de B no
valor de 1.000 euros. A divida a um caseiro por bem feitorias no valor de 2.000 euros.

1722º (bens levados para o casamento) / 1724º a)

VA= 20.000 + 150.000.00 + 7.500.00 (10.000.00+10.000.00 = 20.000.00) -Valor meação


5.000.00
VP = 400.00+1000 = 1.500.00 = 177.500.00

VLH = 177.500.00 -1.500.00 = 176.100.00

A divida do caseiro é so dela.

Meação – 10.000.00 + 10.000.00 – 5.000 = 15.000.00 : 2


Artigo 1689º - paga-se primeiro as dividas comuns
Artigo 1730º - metade do passivo /metade do ativo
Artigo 1734º - retribuição do trabalho

Funeral é encargo da herança


2068º
1691º a)
1689º nº2
3-03-2022

Títulos de vocação sucessória – Lei, testamento, contrato


A sucessão é legal ou voluntaria. Legal é legitimária. Contratual não vamos falar.
Partilha (+ difícil)
Artigo 2101º ss. Partilha da herança. Direito exercitado a qualquer momento,
imprescritível. Qualquer convenção em contrário é nulo. Artigo 2102º - forma da
partilha.

Para calcular o valor da herança fazemos 2 perguntas:


1 - O autor da sucessão é casado? (saber se há meação ou não).
2 - Tem herdeiros legitimários? Descendentes, conjugue, ascendentes.
São duas perguntas essenciais.

Se o autor da sucessão for casado em regime de adquiridos ou geral ou tiver


estipulado a comunicabilidade, temos logo de apurar a meação. artigo 1733º. Há bens
próprios de um e bens comuns. Quando o regimes é de comunhão temos de apurar a
meação de bens comuns.
Artigo 1730º - Começar por calcular o ativo e o passivo (meação é no ativo e no
passivo). No caso da comunhão segundo um dos regimes, no caso de casado. Quanto à
massa ativa, temos: os bens próprios desse conjugue, o direito à meação de bens
comuns. Apura-se nos termos do 1689’ (partilha do casal), 1689º, nº2. Massa passiva:
as dividas da responsabilidade de cada um, de conjugues do falecido e mais metade
das dividas da responsabilidade comum, 1689º, nº2 – pagas em primeiro lugar as
dividas...
Regime da responsabilidade de dividas (ter atenção).

Caso

De cuiús solteiro ou casado em regime de separação de bens.


Deixou: um automóvel e outros bens moveis no valor de 18.000.00 eur. Com o
conjugue tinha bens no valor de 120.000.00 (compropriedade com B conjugue). O
conjugue tinha bens no valor de 20.000.00 eur.
O falecido A, deixou encargos relativos à reparação do seu automóvel no valor de
1.000 eur e A e B deviam ao banco 30.000.00 eur relativos ao empréstimo contratado
para compra do apartamento.

Valor do Ativo – VA – 18.000.00 + 60.000.00 (metade) bens em compropriedade =


78.000.00
Valor do Passivo – VP – 1.000.00 + 15.000.00 (metade do empréstimo) = 16.000.00

Valor Liquido da Herança – VLH = 78.000.00 – 16.000.00 = 62.000.00 eur


Caso

A e B casado, em regime de comunhão de adquiridos – 1 automóvel no valor de


20.000.00 eur, casaram em 2000. A (o falecido) comprará em 1998 1 apartamento
para onde o casal foi viver, no valor de 150.000.00 eur e que o pai de A lhe doara em
2010, onde A depositava parte dos proveitos do seu trabalho e que tinha um saldo à
data da morte da sua mãe.
Encargos de A e B – Funeral e sufrágios – 400.00 euros
Reparação do veiculo automóvel que A utilizava no seu interesse exclusivo no valor de
1.000 euros. A divida contraída do empréstimo com o consentimento de B no valor de
1.000 eur, a divida a um caseiro por bem feitorias no valor de 2.000.000 euros.

Artigo 1722º (bens levados para o casamento) / 1724º A


VA = 20.000.00 + 150.000.00 + 7.500.00

7-03-2022

Duas perguntas a fazer sempre: Se é casado e se tem herdeiros legitimários (filhos,


ascendentes, descendentes).

Sucessão legitimária
Tem caracter imperativo. A legitima global vista na perspetiva dos seus herdeiros
legitimários. Instituto da redução das liberalidades por inofec 2068º SS – qd o autor da
sucessão viola a legitima dos seus herdeiros legitimários eles podem lançar mão deste
instituto para garantir a legitima, ouro instituto é a arguição de simulação. Os
herdeiros legitimários podem. Arguir. A deserdação 2066º é aplicada apenas aos
herdeiros legitimários, n tem grande aplicação na vida pratica, mas a arguição pode
ser. Terceiro instituto é o da colação 2104º e ss, visa igualar os herdeiros legitimários,
de forma que uns não possam ser beneficiados em detrimento dos outros, só se aplica
aos desdentes não ao conjugue.
2162º a lei dá-nos um critério para apuramos a massa da herança para efeitos de
apuramos a legitima global ou quota legitima. Sempre que houver herdeiros
legitimários esta norma aplica-se, e é por essa regra que temos de apurar a massa da
herança.
VLH = VA – VP
MH (Massa da herança) ou VA (valor da herança) + Valor das doações (esses bens já n
estão no património, é uma ficção, a lei é que cria este critério) – Dividas
VA + Doações – Dividas
Segundo a escola de Coimbra temos:

VB – Dividas + doações

Os relictum são os bens e os donatum são os bens que foram doados em vida

Remissão do 2162º onde fala nos encargos, as dividas para 2068º.


O único encargo que esta e n entra no valor das dividas são os legados. Os legados
funcionam como encargo da herança mas não é uma divida para efeitos do calculo do
valor da legitima.

VH (valor da herança) ou Massa da herança, para depois calcular a quota legitima ou


global = Relictum - Dividas (2068) + donatum
As doações que não entram aqui são as mortis causa, essas ainda estão la no seu
património, nas inter vivos o bem já saiu do património. Também não entram os
legados porque são bens que vão sair da relictum, depois de aberta a sucessão.
Também não estão incluídos as deixas testamentárias. Esses bens também vão sair dos
relicta.
Artigo 2109º - Para considerar o valor dos bens doados. O valor à data da doação, o
valor à data da abertura da sucessão. O valor é o declarado ou o valor real dos bens?
O legislador adotou um critério. Não importa de foi há 30 anos, 1 ano ou um mês. Feita
uma perícia por técnicos especializados ou então as partes acordarem um valor.
Mas isto parece justo? Bem X doados à santa casa em 2000 e já passaram 22 anos.
Imaginemos q à data de abertura da sucessão vale 1000.000 euros. O que temos de
fazer é deduzir neste valor o valor das benfeitoras – artigo 2115º que remete para o
2263º. Diferença entre as benfeitorias. As voluptuarias não tem direito a ser
recompensado por elas, as necessárias e as uteis pode levanta-las se der para levantar
desde que não estrague a coisas – remissão do 2263º para 216º. Aumentou o valor da
coisa, há um valor que resulta do esforço do donatário, é justo. Carece de prova.
Se subtrairmos o valor das benfeitorias necessárias e uteis temos de acrescentar o
valor das deteriorações , é a desvalorização pelo uso, que esta no artigo 2116º.
1000.000 euros - VB + Deteriorações. Isto é para apurar o valor dos bens doados só.
Outra coisa que temos de acrescentar são as despesas sujeitas a coação.
VB – Dividas + doações (despesas sujeitas a colação) – artigo 2110º
Estas despesas sujeitas a colação não são uma doação mas funcionam como se fosse
doações.
VH = R – D (2068º) + D + DSC (2110º)
8-03-2022 – teórica

Noções básicas. CC – livro V

Sucessão - artigo 2024ª noção legal. O chamamento, a vocação sucessória. Pode ser
direta, indireta. Não são quaisquer bens ou direitos que são objetos da sucessão, são
aqueles que tem relações jurídicas patrimoniais, sucetiveis de ser avaliadas em
dinheiro, que tem um valor. Coisas meramente estimativas, valor simbólico, n entram
neste fenómeno sucessório. Para provocar este chamamento tem de haver a morte.
Artigo 2031º, dois elementos de conexão, um elemento temporal e um elemento
espacial. O elemento temporal é importante porque a lei que regula a sucessão pode
não ser a mesma num momento e outro, é relevante para determinar qual a lei que é
aplicável ao caso. No fundo trata-se de aplicar o principio geral da aplicação da lei no
tempo, artigo 12º CC. Ou seja, se há uma alteração legislativa hoje ela só se aplica aos
factos ocorridos posteriormente. Nº2, em caso de dúvida a lei só se aplica aos casos
novos. A lei em vigor à data do testamento. Em principio só se aplica a lei que estiver
em vigor à data da sucessão. Morte, por remissão ao artigo 12º.
Também o problema do último domicilio do falecido, artigo 12º, conexão espacial
remete-nos para o artigo 62º. Lei pessoal, domicilio, artigo 2031º.
Regulamento comunitário 650/2012 – normas de conflito – domicilio, residência e
nacionalidade, este regulamento vem estabelecer uma regra única, é que se aplica à
sucessão aquela que for a da residência habitual do falecido e não ultimo domicilio.

Objeto de sucessão

Artigo 2025º concretiza o que integra e o que não o fenómeno sucessório.


1476º, nº1 al a), 1490º
Contrato de trabalho não se transmite aos herdeiros. O contrato de trabalho extingue-
se pela morte do trabalhador pela sua natureza.
Nº2 – podem também se extinguir os direitos renunciáveis, que o próprio titular pode
renunciar. Ex. de direitos que não sejam renunciáveis suscetíveis de valor patrimonial:
indeminização por acidente de trabalho ou por doença profissional.
A regra é transmissibilidade a não ser que constem de algumas exceções.

há mais do que um tipo de vocação sucessória – artigo 2026ª – 3 tipos de vocação


sucessória: lei (é a regra), testamento (que vai chamar alguém a herdar, que ate
podem ser outros herdeiros que não sejam legais), artigo 2179º, definição legal de
testamento, contrato.
Testamento é um contrato jurídico, unilateral, revogável, enquanto for vivo o autor do
testamento pode revoga-lo, ai prevalece a vontade do autor da sucessão. Pode incidir
sobre todos os bens ou parte, os outros bens que não forem regulados no testamento
são-no pela lei, supletivamente. Negocio bilateral, há casos, artigo 2028º. A sucessão
contratual é excecional, por contrato apenas nos casos tipificados na lei, são os casos
dos artigos 1700º a 1706ª. Artigo 1700º artigo base nesta matéria, serve para regular o
regime de bens. Nesta convenção antenupcial podem ser incluídas clausulas
sucessórias. Neste contrato pode ser incluídas clausulas nos bens dos nubentes.
Podem utilizar esse contrato para incluir disposições de contrato sucessório.

Herdeiros e legatários – Artigo 2030ª, nº1 e 2º - ambos são sucessores, mas o herdeiro
é o que sucede na totalidade ou numa quota e o legatário são beneficiários de bens
certos e determinados. Nº5. Estas normas do artigo 2030º são normas imperativas e
não supletivas.
Artigo 2027º - duas espécies de sucessão legal – a legitima e a legitimária (ver
diferenças)
Artigos 2131º e seguintes.
Artigo 2131º - a sucessão legitima
Artigo 2156º e seguintes - sucessão legitimária
A lei obriga a que determinada porção de bens seja destinada a determinados
herdeiros.
Outra regra que funciona é a regra da prioridade – artigo 2032ª – artigo 2133º, diz
entre os vários herdeiros legais quais os que têm prioridade. Nº2.

2040º e seguintes, 2042º

Direta, quando resulta da lei, ou indireta, a lei pode chamar ouros


09-03-2022 – pratica

Como se calcula o valor da herança para efeitos da legitima

Caso

O A morreu em 2011 e deixou dois filhos, B e C. Tinha efetuado uma doação a B de um


andar no Porto com o valor de 140.000.00 euros a data da morte. A C havia comprado
um automóvel de corrida em 1999, que à data da abertura da sucessão que valia
80.000.00 euros. Tinha também doado a um sobrinho Pedro, 16.000.00 euros. Deixou
bens no valor de 300.000.00 euros e dividas no montante de 70.000.00 euros.

Calcular o valor da herança para efeitos da legitima, 2162º

Carro, despesa sujeita à colação, 2110º, 2104º, 2109º, nº3

VH = 3000.000 – 70.000 + (140.000.00 + 80.000.00 + 17.600.00) = 467.600,00 : 3 X 2


Relicta Dividas Donatum

16.000.000 INE

Qual é a legitima global dos filhos? A legitima é uma quota que esta reservada aos
herdeiros legitimários.

QI = 311.733,33 (2/3), o que sobra, que é 1/3 é a quota disponível.


QD = 155.866,67 – ate este montante podia dispor livremente.
Caso

O senhor A morreu sem mulher e sem filhos. Por testamento havia deixado a um
primo, ao Bernardino, metade do valor liquido da sua herança.
Os dados são os mesmos do anterior.
É casado? Não. Tem herdeiros? Não. Não tem herdeiros legitimários, 2157º, se não
tem n herdeiros legitimários não temos de calcular a legitima. Regime de bens para
saber se a meação. quando n há herdeiros legitimários não há legitima para calcular,
tudo é disponível.

VH – Relita 300.000.00 – 70.000.00 = 230.000.00


B = 115.000.00

Tinha dois irmãos germanos


Temos de ver os parentes mais próximos, artigos...
A outra metade dos 115.000.00 seria dividir por dois.

14-03-2022

Tipos de vocação sucessória – para saber o que cada herdeiro tem direito - artigos
2026º e 2028º. Depois de vermos, já sabemos que é a lei ou vontade, temos de
estabelecer, respeitar a hierarquia que existe entre estes tipos.
1º - saber se existem herdeiros legitimários, 2157º. Se existem, se foram chamados à
sucessão e se aceitara o chamamento. Se existir, se foram chamos e aceitaram, temos
de determinar a porção dos bens que estão destinados aos herdeiros legitimários, à
legitima global, 2156º - a legitima global e depois consequentemente também
apuramos a quota disponível do autor da sucessão. Se não existirem herdeiros
legitimários todos os bens são disponíveis, n já legitima global. Se existirem, os
poderes do autor da sucessão são limitados, ele não pode dispor de todos os seus
bens, do pode dispor da quota disponível, da quota indisponível não pode. Por isso
existe 2178º e seguintes um mecanismo redução das liberalidades por...
As liberalidades têm de ser imputadas. Temos de saber se são imputadas na quota
disponível ou indisponível, e isso esta previsto no artigo 2114º e artigo 2165º, nº4.

Primeiro caso - O que imputamos na quota indisponível ou legitima global ou legitima


objetiva ate ao limite da legitima subjetiva? As imputações de uma eventual doação a
um filho se for imputada na q indisponível, só pode ser ate ao limite da legitima
individual desse herdeiro.
Imputa-se ate ao limite da legitima individual desse herdeiro. O valor das doações
sujeitas e trazidas à colação, artigo 2114º,nº 1 à contrário senso 2104º, 2105º e
seguintes as que estão sujeitas à colação, estão sujeitas à colação as doações feitas a
descendentes.
Segundo caso - as doações sujeitas à colação, mas não trazidas à colação, porque o
beneficiário, o donatário, ou sucessor, sem ter descendentes que o represente e
repudia a herança
2104 e 2105ª, que não quiseram ou não poderam aceitar e não tem descendentes que
o representem, 2039ºe seguintes. Desenvolvido no 2041º e 2042º
estão sujeitas
Terceiro caso - O valor do legado em substituição da legitima. Em que é imputada na
quota indisponivel o valor do legado em substituição da legitima, 2165º, nº5, o
legado... 2163º, 2165º. No nº4 quota indisponível (sublinhar), se exceder é imputado
pelo excesso.
São três casos.

Temos uma herança – ou temos QI (isto só funciona se houver herdeiros legitimários)


ou uma QD.

Quais as doações Imputadas na quota disponível

Primeiro caso - 2143º, nº1 – tudo qua não esteja sujeito à colação vai para a quota
disponível

Segundo caso - o valor da doação sujeita à colação que exceda a legitima individual do
beneficiário, 2165º parte final. O excesso vai para a quota disponível.
Terceiro caso – o valor do legado em substituição da legitima que exceda a legitima
individual do beneficiário , 2165º, nº4.Os legados são disposições mortis causa.

Alem destas regras, é preciso ter em conta a vontade do autor da sucessão, tem essa
liberalidade, essa possibilidade. O que ele não pode fazer é preencher a legitima dos
herdeiros contra a sua vontade, só pode fazer isso se eles quiserem.
2163º
Se não há legitimas é tudo para quota disponível
O artigo 2168º e seguintes, esse mecanismo que protege as legitimas, essa redução só
opera por via da ação judicial a interpor pelos herdeiros legitimários e no prazo
máximo de 2 anos, 2178º. A redução por inoficiosidade tem uma ordem, esta no
2171º.
Os legados e as disposições testamentárias, 2172º são feitas de forma proporcional,
não é forma igualitária. Mesmo que as datas sejam diferentes, não importa a ordem
cronológica.
Exemplo:
Quota disponível = 50.000.00 euros, deixou um
Legado ao A de 60.000.00 euros e Legado a B de 20.000.00 euros
Se a quota disponível é de 50.000.00, temos de aos 80 menos 30 temos um excesso de
30.
A redução que tem e fazer tem que ser que o A tem de receber três vezes superior ao
B

15.03-2022 – Teórica

Abertura da sucessão / O que integra a sucessão / Tipos de vocação sucessória – 3


tipos
Diferentes espécies de sucessores: os herdeiros ou os legatários. Dentro dos herdeiros
temos as sub-espécies.
Na sucessão legal há legados? Quando alguém é chamado à sucessão é apenas a lei,
essa pessoa pode ser chamada só como herdeiro. A lei nunca atribui herdeiros sobre
bens certos e determinados. A única forma de chamar algum a bens certos e
determinados é através de testamento. A vocação pode ser direto ou indireto.

Capacidade sucessória – Capacidade para suceder diferente da capacidade jurídica.


Artigo - 2033ª tem capacidade sucessória – aqui há um principio de tipicidade. Temos
aqui atribuição da capacidade sucessória a quem não tem capacidade jurídica.
Pode-se deixar em testamento um prédio a um filho que ainda não é concebido. Tem
capacidade sucessória para efeitos testamentários. Casos em que a capacidade
sucessória é mais ampla que a capacidade jurídica, mas há casos em que há pessoas
que tem capacidade jurídica e não tem capacidade sucessória, artigo 2034º (exemplo
herdeiros indignos). Circunstâncias que à face da lei não é considerado digno para
suceder à pessoa que morre. Praticou atos ilícitos contra o autor da sucessão. Levam a
que a pessoa perca a capacidade sucessória, no entanto a pessoa tem que ser
condenada. Acção que vem prevista no artigo 2036ª. Ou seja, apesar de haver estas
condenações, os outros herdeiros se não quiserem, tem de mover uma ação, basta
um.
Artigo 2037º, nº1, diz que se tiver que tomar posse, considera-se possuidor de má fé.
Artigo 1271º possuidor de má fé.
E se o autor da sucessão quiser mesmo assim que ele seja sucessor? Artigo 2038º,
mesmo que alguém tenha sido condenado por estes crimes, o autor da sucessão pode
reabilita-lo. Exigência de forma. Nº 2 diz que
Direito de representação (importante)

Revisão – Graus de parentesco e afinidade. Linha reta e colateral.


O que é o parentesco? Parentesco em linha reta (que descende uma de outra, pais e
filhos), linha colateral (irmão com outro irmão). Artigo 1581º. A linha reta pode ser
ascendente ou descendente.
Entre um sobrinho e o tio a linha de parentesco é colateral em 3º grau. Na contagem
exclui-se o progenitor comum, na linha reta contam-se todos.
Filho e o pai, linha reta em primeiro grau. Descendente em relação ao filho e
descendente em relação ao pai. Artigos 1578 a 1581º.
A afinidade conta-se da mesma forma só que é o parentesco em relação ao conjugue.
Esta relação de afinidade permanecia mesmo com divórcio. Se for por morte cessa a
afinidade.

Artigo 2039º - Estamos aqui no domínio da vocação indireta.


Representação se dá em duas situações: quando não pode ou não quis. Não pode
porque morreu antes ou no caso de indignidade, nestas situações, a lei vai chamar
outros sucessores e esses são os representantes do sucessor inicial.

Artigo 2040º, 2041º - Sucessão testamentaria, situação de pré-morte.


Ex: Testamento a um amigo, mas este morre antes, mas deixou filhos, os filhos são
descendentes, tem direito de representação, mas os pais não. Na sucessão
testamentaria só há direito de representação a favor dos descendentes.

Diz-se legado e não herdeiro de usufruto - a própria lei qualifica-o como legatário,
artigo 2030º, nº4. Quando o titulo de vocação sucessória é a lei – artigo 2042º – na
linha reta há direito de representação a favor dos descendentes do filho e..
Artigo 2044º

Outro fenómeno é: Transmissão do direito a aceitar à herança, já não é um caso do


direito de representação – artigo 2058º, transmite-se aos seus herdeiros.
Esta diferença é relevante porque as contas vão ser diferentes.

16-03-2022 – Pratica

Regras de imputação das doações na quota indisponível ate ao limite da legitima


individual do herdeiro donatário.
1 regra - imputam-se pela quota indisponível
Trazidas à colação, artigo 2013º a contrário senso e 2104º e 2105ª. N pode ou não quis
aceitar. N pode pq morreu antes do autor da sucessão ou porque carece de
capacidade sucessória. N quis é repudiar. Por último o valor do legado em substituição
da legitima 2175º.

São imputados na quota disponível as liberalidades ou doações que: sujeitas à colação,


o valor das doações excede a legitima individual do herdeiro donatário, 2165º, nº4
parte final.
As doações estão sujeitas à colação 2114º, nº1. São estas três.
Redução – quando se viola a quota indisponível há um mecanismo que protege a
legitima artigos 2168 e seguintes.

Quota disponível de 50 mil


Legado ao A de 80 mil
Legado a B de 20 mil
Da um excesso de 30.
Vamos ter de reduzir esses dois legados em 30.

A 80.000 --------------- 60.000


30.000 -------------------- X
Multiplicar e depois dividir. Vai dar 22.500 = 37.500

B 80.000 --------------- 20.000


30.000 --------------- X
Vai dar 7.500 = 12.500

O legado de A vai ser menos 22.500


O legado de B vai ser 12.500

O testamento é livremente revogável ate à morte


As doações feitas em vida não. Foram aceites pelo donatário já não se podem revogar.
É por isso que o legislador trata de forma diferenciada.

Caso

O Sr. A morreu em 2011 e deixou bens no valor de 430.000.00 e dividas no valor de


200.00.00. deixou a mulher Berta e os filhos Carlos e Daniel. Em 2005 doaram à sua
afilhada Rosa, um prédio rustico no valor de 40.000.00, à data da abertura da
sucessão.
Tinha feito um testamento ao seu sobrinho Rui de 1/6 da quota disponível.
Temos de fazer as perguntas:
É casado? Não.
Tem herdeiros legitimários? Tem. Artigo 2157º (importante) pela ordem e segundo as
regras da sucessão legitima 2163º (sublinhar) e seguintes.

Vamos supor que é em separação de bens, não há meações. Se há herdeiros


legitimários temos de apurar o valor da herança para efeitos do calculo da legitima
nos termos do 2162º, porque há herdeiros legitimários.

VH = 430.000 – 200.000 + 40.000 = 270.000


(O resto não é doação é uma deixa testamentaria)
Valor da herança para efeitos do calcula da legitima são 270.000

QI = artigo 2159º, nº1 – 270.000 : 3 X 2 =180.000 : 60.000


QD = 90.000 – 55.000
=35.000 : 3 = 11.666

Temos como herdeiros

QI QD TOTAL
Rosa – 60.000 11.666 71.666
Carlos – 60.000 11.666 71.666
Daniel – 60.000 11.666 71.666
Rosa – 40.000 50.000
Rui – 15.000 15.000

Total: 180.000 90.000 270.000

Esta não é uma doação sujeita à colação, a colação é só para descendentes 2114º, nº1
a afilhada não é descendente.
2143º - 1º regra – preferência de classe (2183º),
2º regra – 2185, 2136º
2139º - parte final, a quota do conjugue não pode se inferior a ¼ parte da herança,
mas aqui não se aplica.
2134, 2135
Cada um deles tem 60.000 euros, é o que têm de receber.
90.000 : 6 = 15.000.00
15.000.00 é 1/6 da quota disponível
Regras da sucessão legitima que tem carater subjetivo. Se não dispôs tem caracter
subjetivo
As regras são as mesmas, mesmas classes.
2135, 2136, 2139
21-03-2022 – pratica

Caso

O Américo faleceu em dezembro de 2011 e deixou o seu conjugue, Berta e dois filhos,
o Carlos que tem um filho chamado Luís e o David que tem três filhos, o Manuel,
Numo e Octávio e repudiou a herança (o David). O Américo deixou ainda dois filhos
nascidos fora do casamento, o Ernesto e Fernando que havia morrido em 2000 e
deixará dois filhos, o Rui e a Sara.
Por testamento feito em 2004, o Américo deixou a Patrício, seu pai, um apartamento
no valor de 60.000.00 euros e aos seus irmãos, teresa, Urbano e Victor o
remanescente da quota disponível. Urbano havia falecido em 2005 e deixou os filhos
Xavier e Iolanda.
Victor, que não tinha descendentes, repudiou a sucessão.
Américo deixou bens no valor de 500.000.00 euros, dividas no valor de 30.000.00
euros e ainda havia doado, ao seu pai, Patrício, um automóvel que há data de
abertura da sucessão vale 10.000.00 euros.

Resolução
É casado? Sim
Tem herdeiros legitimários? Tem
Tem filhos, tem netos e tem pai – todos são herdeiros legitimários. Se tem então
significa que temos de calcular a legitima. Nos termos do 2162º temos de calcular o
valor da herança para efeitos da legitima.

Segundo a escola de Coimbra:

O apartamento é um legado, só sai depois da morte


VH = 500.000 – 30.000 + 10.000.00 = 480.000.00 euros
Qual a porção de bens reservada por lei para os herdeiros legitimários?
Artigo 2259º

QI = (2/3) = 320.00.00 : 4 = 80.000.00 = 250.00.00


QD = 160.000.00

Vamos ver quem são os herdeiros legitimário prioritários pelas regras do artigo 2157º
parte final, manda aplicar as regras da sucessão legitima – 2134º regra das classes. Por
esta regra fica afastada da sucessão o pai, não entra na 1ª classe, é preterido em favor
do conjugue e dos descendentes. Pela segunda regra 2165º, os filhos do Américo
preferem aos netos.
Os filhos são parentes do Américo em 1 grau da linha regra e os netos em 2pº grau. Os
netos, em principio são afastados da sucessão. O Luís, é neto é afastado. Mas o David,
repudiou, funciona o instituto do direto da.. não quer, mas tem 2039º, 2042º, o
Manuel é Octávio são chamados a sucessão por força do instituo da representação.
Recebendo a mesma parte que caberia ao seu pai, porque estão a representa-lo.
O filho Fernando , artigo 36º da CRP (não há nenhuma distinção), sucedem todos da
mesma forma, o fernando morreu antes do amercio do pai, este também não pode
aceitar a sucessão do pai, não esta, mas tem descendentes, rui e sara e estes são
chamados também por força do direito da representação. Não pode aceitar porque
faleceu, chamados pelos 2049º, 2032º, sucedem ao Américo na posição do Fernando.

Falta apurar as legitimas subjetivas, as legitimas individuais. A regra que rege aqui,
estando na mesma classe e estando no mesmo graus, 2136º, outra norma 2139º,
quando sucedem conjugue e descendentes. Aplica-se sempre as regras da sucessão,
legitima por força do 2257º.
O conjugue esta isento da colação, é um benefício que o legislador quis atender ao
conjugue, 2139º a sua quota parte na herança nunca pode ser inferior a ¼. Artigo
2103º A, ser encabeçado na escolha na casa de morada de família. Atribuição
preferencial. É um legado legal, imposto por lei. Tem direito a escolher, os outros não
podem fazer nada contra isso.

QI QD

BERTA 80.000.00
CARLOS 60.000.00

DAVID – MANUEL 20.000.00


NUNNO 20.000.00
OTAVIO 20.000.00

FERNANDO – ERNESTO 60.000.00


RUI 30.000.00
SARA 30.000.00
______________
320.000.00
10.000.00+60.000.00
PATRICIO
T 30.000.00 + 15.000.00
U 15.000.00 + 7.500.00 50.000.00
V 15.000.00 + 7.500
160.000.00 TOTAL
Na regra do 2136º , 2139 e 2140 fazer remissão para o artigo 2044º, que é a norma
que explica porque dividem a parte do pai para cada um deles.
Colaterais entre si, cada um forma um estripe.

Quota disponível – 160.00.00

Temos uma doação, artigo 2113º.se estiver sujeita a colação imputados na quanta
indisponível, mas não é o caso porque o pai não é descendente e não esta sujeita a
colação, 2114º, vai-se imputar na quota disponível.
Ele deixou um legado ao pai, apartamento, no valor de 60.000.00.
Não é necessário nenhumas liberalidades porque não violou. Sobraram 60.000.00.o
que ele disse é que o que sobrar da quota disponível é para os irmãos, 2145º, 2146º.
A sucessão legitima tem caracter supletivo, não é a lei, mas é a vontade dele, por
testamento, podiam ser irmãos ou outros quaisquer.
O Victor repudiou e não tem descendentes, funciona o direito de acrescer, 2301º e
seguintes.
Como o Vitor não aceitou, e eles não disse nada, a sua parte vai acrescer aos outros
dois irmãos.
Outro problema, o Urbano tinha morrido antes, nos terms termos do 2041º funciona o
direito de representação porque ele tem filhos, xavier e Yolanda

22-03-2022 – teórica

Conceitos:
Direito de representação – o que é? Artigo 2039º, 2040º, não se da na sucessão
contratual.
Instituo jurídico segundo o qual quando é chamada a herança algum herdeiro que não
pode ou não quis aceitar a herança, a lei chama os descendentes desse beneficiário a
ocupar o lugar dele.
Três tipos de vocação sucessória
Exemplo de um Contrato: convenção antenupcial.
A representação dá-se a favor de descendentes, linha reta e colateral, artigo...
Enquanto na sucessão testamentaria só se da a favor dos...
Qual a diferença entre o direito de representação e transmissão de aceitar a herança a
transmissão do direito dá-se
A diferença essencial, quando o chamado sucessório morre depois de ser chamado a
aceitar a herança, transmissão.
Artigo 2133º - classe de sucessíveis – se houver conjugue e descendentes os pais não
são chamados. Artigo 2142º, 2139º.
Artigos 2050º a 2067º - Aceitar e repudiar a herança
Artigo 2050º, nº1 e 2 – a aceitação é um ato jurídico. Posse é ter um poder sobre as
coisas mas neste caso de exercer um direito. Enquanto não tem partilha tem é uma
quota.

Sendo vários os sucessíveis uns podem aceitar outros não, é um ato individual.
Espécies de aceitação – artigo 1042º (ver).
Aceitação pura e simples (aceitam a herança sem ir a tribunal), ocorre quando os
herdeiros estão de acordo quanto à partilha. Quando isso não acontece temos a
aceitação através de um processo judicial. Regulado nos artigos 1082º a 1185º CPC.
Alem desta diferença de procedimento (judicial e extra judicial), ónus da prova com os
bens que integram ou não integram, artigo 2071º - qualquer encargo da herança (por
exe divida), só tem de ser paga pelos bens que ele deixou, mas se houver um processo
de inventario só podem ser utilizados os bens que tenham sido constados no processo
de inventario. Eles é que têm de provar que há mais bens se quiserem. Para os
herdeiros é mais vantajoso o benefício de inventário para os credores extra judicial.
Artigo 2054º - condição prevista no artigo 270º e termo. Aceito sem condição, não
pode estabelecer condições. Nem aceitação a termo. O termo ao contrário da
aceitação, também é uma clausula acessória. Ver termo. Não posso escolher os bens
que aceito ou não.
Artigo 2055º, nº1 esta previsto na hipótese uma aceitação, nº2 sendo herdeiro
legitimário, pode aceitar só a parte que a lei reserva só para si.
O testamento é revogável ate à morte. Vale sempre a última disposição.
O testamento 2229º, condição suspensiva ou resolutiva. Condições contrárias à lei, e
contra a ordem publica não podem. Condições para a pessoa ficar como herdeiro
legatário.
Ainda sobre a aceitação, ela pode ser expressa ou tacita artigo 2056º. Artigo 217º diz
que a declaração negocial pode ser expressa ou tacita. Expressa tem de constar em
documento escrito.
Atos de administração
Artigo 2057º, alienação da herança.
Artigo 2059º, caduca ao fim de 10 anos
Artigo 2061º
Repúdio - contrário da aceitação, artigo 2062º efeito retroativos
Artigo 2063º
Artigo 2124º e
Artigo 2126º - consequência de não ser observada esta forma é nulo, a declaração é
nula por vicio de forma, artigo 220º.
Repudio pode ser anulado.
Especificidade do repudio que não existe na aceitação – artigo 2167º, temos aqui um
mecanismo de sub-rogação, que esta previsto nos artigos 606º e ss. Tem um prazo de
6 meses a contar a partir do repudio. Na parte necessária para satisfazer o seu crédito.
Parte mais revelante para efeitos de partilha

Encargos da herança
Que dividas relevam para a patilha? Artigo 2062º âmbito da responsabilidade da
herança.
Temos aqui um conjunto de encargos.
Artigo 2320º e ss – testamentaria. 2322º esta testamentaria pode implicar encargos.
(não mt frequente).
Dividas do falecido e finalmente os legados, bens certos e determinados.
Artigo 2070º - há uma ordem para satisfazer os encargos da herança
Artigo 2069º

Desde o momento da abertura da sucessão, a morte do de cuius ate à partilha dos


bens, pode decorrer um período longo. Herança jacente, artigo 2046º, 2031º
Personalidade judiciaria, o cabeça de casal pode demandar pode agir representando a
herança, artigo 12º a) CPC, casos de extensão de personalidade judiciaria.

23-03-2022 – pratica

Exercício 1
Suponha que Joaquim faleceu, em 10 de dezembro de 2010, no estado de solteiro, tendo
deixado como parentes mais próximos a sua avó Carlota, as suas irmãs Anita e Bina e o
primo David. No ano de 2008 o de cuius fez um testamento segundo o qual deixou:

a) Metade da quota disponível à irmã Anita;

b) A sua biblioteca, no valor de €20.000,00, à irmã Bina, com exceção de uma coleção
de livros de Eça de Queirós, que deveria ser entregue ao seu primo David.

Sabendo que o valor total da massa da herança de Joaquim ascende a €90.000,00 e que
David repudiou a deixa testamentária, faça a partilha da herança, referindo-se aos
sucessíveis chamados, às figuras, institutos e princípios pertinentes, justificando sempre
a resposta.

Não é casado, tem uma herdeira legitimária, a sua avó Carlota. São herdeiros
legitimários do conjugue os ascendentes e descendentes, artigo 20....
Se há herdeiros legitimários, temos de apurar o valor da herança para efeitos da
legitima, artigo 2162º.
Como não há dividas nem doações, são só os relita, 90.000.00 euros, temos de calcular
a legitima global ou quota disponível.
Neste caso em q a ascendente é de segundo grau na linha reta, é menor a quota
legitima do que fosse em 1º grau, é 1/3, norma 2161º. Serão 30.000.00, e a quota
disponível serão 60.000.00.
Pela sua vontade deixou metade da quota disponível, 30.000.00 a Rita e deixou no
valor de 20.000.00 à Bina. Como classificamos estas deixas? Metade da quota
disponível.
A quota disponível é de 60.000.00.
A biblioteca é um legado e tinha um encargo que tinha de entregar ao primo, mas o
primo repudiou. A figura mais próxima é o direito acrescer num legado. Substituições.
Direito acrescer esta no Artigo 2301 e ss. 2302 e 2303, e o 2204 dá-nos a resposta.
Aplica-se aqui o 2203º. Este objeto esta compreendido dentro de um legado, é um
legado dentro de um legado. Fica para a Bina. Mas só temos aqui 50.000.00 de quota
disponível, ainda faltam 10.000.00 eur.
Sobrou 10.000.00 dos seus bens, supletivamente aplicava-se a sucessão legitima nos
termos do 1132º e ss, aplicado o 2143º temos um, também tem irmãos mas são
preteridos, afasta os irmãos. A avo vai receber os 10.000.00 todos. 2134, 2135, 2136.
Preferem os da classe mais próxima que é a segunda, como só temos um, é a avó.
Anita recebe 30.000.00 e a Bina recebe a biblioteca inteira.

Exercício 3

Conceição – casada com Guilherme no regime da separação de bens, de quem teve dois
filhos (Carlos e Fernando) – morre, deixando bens no valor 3.100.000€.
As despesas do funeral ascenderam a 10.000€ e apurou-se a existência de uma dívida,
de Conceição a Josefina, sua amiga, no montante de 90.000 €.
Três anos antes de morrer, Conceição havia doado a Carlos e a sua mulher Helena, um
apartamento no valor de 600.000 €.
Por testamento, Conceição estabeleceu as seguintes deixas: - ao seu marido Guilherme,
a casa onde viviam e o respetivo recheio, com um valor de 800.000 €; - à sua afilhada
Fernanda uma casa de campo no valor de 200.000 €; - ao seu sobrinho mais velho,
Eduardo, a quota da herança, ainda não partilhada, de seu pai, avaliada em 200.000 €. -
a Gilda, outra sobrinha, o remanescente da sua quota disponível. Face a estes dados,
elabore o mapa da partilha justificando e demonstrando os termos da mesma.

É casado em regime de separação de bens


Tem herdeiros legitimários, o marido e dois filhos. Três herdeiros legitimários
Calcular o valor da Herança para efeitos do calculo da legitima
2068º

VH = 3.100.000.00 – 1000.000.00 (90+10) + 600.000.00 = 3.600.000.00

2159º A QUOTA DISPONIVEL DA 2/3

QI = 2.900.000.00 : 3 = 800.000.00
QD = 1.200.000.00 = 2.400.000.00
Agora apurar aa legitimas individuais
Artigo 2169º, 2139º, concurso de conjugues e filhos

Vamos imputar a doação. Regras de imputação. A conceição fez uma doação. Onde
vamos imputar a doação? Na indisponível imputamos o valor das doações sujeitas à
colação trazidas ou não ate ao limite individual do donatário, imputamos na quota
indisponível as doações não sujeitas à colação. A doação feita à nora não esta sujeita a
colação.
Ele já recebeu 300 para os 800. À Fernanda também é um legado.
Artigo 2168º há que haver redução, a Gilda já recebe 0. Agora temos de reduzir.
Redução por inoficiocidade.
O que tenho dos relita líquidos são os 1

QI QD TOTAL

Guilherme 800.000.00 800.000.00 - 80


C 300.000.00 + 500
F 500.00.00 +300
Fernanda 200.000.00 - 160
E 200.000.00 risca
Gilda 0
Helena 300.000.00
---------------------------------------

1.200.000.00

Não chega para preencher a legitima, porque não há dinheiro para dar a todos os
herdeiros legitimários a quota parte, é assim que se chega à inoficiocidade. Já não há
dinheiro para preencher as legitimas individuais.
Tenho de preencher as regras do 2168º e ss.
Agora tem de se saber o que é legado e o que é herança.
Artigo 2030º, neste caso a Gilda sucederia numa quota, mas já vimos que n há
remanescente, n pode ser. Ela sucede numa quota de uma herança que esta por vir. Se
consideramos por herdeiro, o montante da redução. Temos de reduzir 300.000.00.
Só temos duas, Gilda mas não há remanescente a seguir é o Eduardo a ordem é o 2161
Temos dois legados, temos que retirar na proporção, artigo 2872º. A doação é última a
ser afetada. Se a proporção é de 1 para 4...temos de reduzir 100.000.00 aos dois.
4 x 20 = 80
CÁLCULO DA PARTE DISPONÍVEL E DA LEGÍTIMA

 A parte disponível é calculada de forma bem simples: subtraem-se as dívidas e


despesas de funeral existentes, dividindo-se o montante que resultar em duas partes.

Já a legítima é calculada sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão,


abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos
bens sujeitos à colação, conforme artigo 1.847 do Código Civil.

Desconta-se, ou retira-se, sempre a importância relativa às dívidas e às despesas de


funeral. Acrescenta-se o valor que tiverem os bens doados, ficando sujeitos à colação.
Em consequência, irá essa parte compor os quinhões dos herdeiros.

De outro lado, observe-se que as doações constituem adiantamentos; no tocante às


disposições testamentárias, tal ocorrerá somente quando o autor da disposição consignar
no instrumento.

A partilha, portanto, abrangerá aquela parte não abrangida no testamento, e que nunca
poderá ser inferior à metade do valor do patrimônio  existente quando do decesso.

Exercício 7

Maria, viúva, morreu em consequência do sismo de L’Aquila, na região italiana de


Abruzzo, onde passava as férias da Páscoa. Sobreviveram-lhe os filhos Leonor, Luís e
Teresa e os netos José e Fátima, filhos da sua filha Patrícia que já falecera em 2006.
Sucedeu que Teresa veio a morrer, vítima de um acidente de aviação, na semana
seguinte à morte da mãe, deixando os filhos Guilherme e Madalena. Tanto o marido de
Patrícia, Ricardo, como o marido de Teresa, Nuno, ainda estão vivos. Num testamento,
feito há uns anos atrás, deixou à sua sobrinha, Juliana, um pequeno terreno agrícola
onde esta já fazia as suas plantações e cujo valor foi calculado em €20.000,00.

Faça a partilha da herança de Maria, sabendo que esta deixou bens no valor de
€60.000,00.

Perguntas: É casado? Não. Tem herdeiros legitimários? Sim.

30-03-2022

Caso pratico 5

Eduardo e ...
Problema da chamada meação, comorriência (morreram ao mesmo tempo). Artigo 26º
CC e 68 nº1. Senão o Eduardo era herdeira da Rosa e vice-versa, então a lei para
resolver esse problema (problema de prova). É uma presunção, mas é possível o
tribunal determinar que um morreu depois do outro.
Neste caso temos de fazer dois mapas. Não sendo possível demonstrar...
O que morreu depois é herdeiro do que morreu antes.
Artigo 1730º cada um participa em metade do ativo e metade do passivo
Eduardo – 900.000 e Rosa 900.000
Foram os dois que doaram.
Deixou 3 descendentes, 2/3
Como presumimos que a rosa morreu ao mesmo tempo, ela já não é herdeira.
São todos da mesma classe, recebem por cabeça.
O legado é um encargo nos termos do 2068 (ver)

VH = 900.000 – 120.000 + 60.000 + 60.000 + 60.000 = 1.200.000

QI = 800.000 - 266
266
266

QD = 900.000

QI QD

Marcia 120.000 = __+86.666 =86.266 360.000


Fatima 60.000 = 60 +206.888
Cesar 60.000 = 60 + 206.666
C.Gaiato 40.000
_________________ ____________________
800.000 400.000

A doação vamos imputar na quota indisponível.


Aqueles já receberam 60.000 é um adiantamento.

R = 900 – 400 = 500 – 206.666 = 293.333 -206.667 – 8667


04-04-2022 -pratica

Falta inicio da aula

Não estão sujeitos a colação...


Artigo 940º ss doações, 940, nº2 (parte final)
Tb não há doação nos negócios jurídicos que constituam doações, tb a prestação de
serviços sem retribuição, gratuitamente ou o comodato empréstimo de bens. Não
entram. Tb não estão sujeitas à colação as despesas do 2110º, nº2. As doações de
quem não seja presuntivo herdeiro legitimário, essa doação não trazida à colação.
2º lugar – para que haja colação é preciso que o autor da doação não a tenha
dispensado, artigo 2113º. Nº3 presume-se. Manuais é quando é entrega mão (quando
um pai por Ex. da um móvel), dispensado à colação. Remuneratórias por Ex. para pagar
por Ex. a pessoa esta acamada e trata dele. Se não for descendente não esta sujeita à
colação.
2214º significa que, se houver dispensa da colação essas doações vão ser imputadas na
quota disponível. Mas não quer significar que não podem ser deduzidas por dedução
por inoficiociosidade, 2168º, mesmo as que são dispensadas à colação. Uma coisa não
tem a ver com a outra.
Para que haja colação é preciso anda que concorram à sucessão, à herança um ou mais
descendentes beneficiados em vida ou os seus representantes. Pelo menos um
descendente ter sido beneficiado em vida. O instituto da colação visa igualar os
herdeiros legitimários descendentes, os bens que os descendentes vão receber. Se
tiver quem represente funciona o artigo 2106º.

Porque é que existe a colação?


3 justificações

1 – A necessidade social de igualar os descendentes prioritário. Há um certo


desvalor social quando os pais tratam diferentemente os filhos.
2- É uma presunção. o autor da sucessão em vida não quis beneficiar em vida,
mas quis antecipar, foi-lhe dando em vida, por conta.
3- A que tem raízes mais profundas. A ideia, nos filhos, quando olhamos para o
património dos pais pensam: “isto é nosso”, ideia germânica. Ideia do direito
de propriedade familiar, a propriedade é coletiva, é de todos. Então se é de
toso tem de ficar para todos de forma igual.
Só existe colação se o autor da sucessão fez a doação em vida não tiver dispensado a
colação, nos termos do 2113º, por isso vamos encontrar 3 possibilidades

1- Doações com dispensa de colação. O doador dispensou, o filho ou descendente


da colação.
2- Doações omissas, não disse nada, dou, simplesmente. Vai-se aplicar o regime
relativo ou supletiva da colação. A lei com esta presunção substitui-se.
3 - Feita a doação por conta de legitima. É uma doação sujeita ao regime da
colação absoluta, colação total. Na absoluta ou total tem de haver mesmo igualação.
Não pode haver um que receba mais que o outro. Na colação relativa pode existir
igualação ou não, depende dos bens que sobraram. Se sobraram bens para igualar
igualam-se tanto quando for possível, se não sobraram bens ficam desiguais.

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