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Manejo sanitário

• Entende-se por manejo sanitário:

– Um conjunto de medidas cuja finalidade é


proporcionar aos animais ótimas condições de
saúde.
Introdução
Finalidades
– Evitar, eliminar ou reduzir ao máximo a incidência
de doenças no rebanho

– Maior aproveitamento do material genético

– Aumento da produção e produtividade


Introdução
Impactos
– Econômico
• Rebanho nacional ± 200 milhões

– Sanitário (biossegurança)
• Ex: Febre Aftosa

Tuberculose
Procedimentos sanitários
• Preventivos
– Vacinações
– Vermifugações
– Testes sorológicos (brucelose , tuberculose,
leptospirose)
– Parasitológico
– Coprológico (fezes)
– Destino certo a carcaças e restos
– Nutrição adequada
Procedimentos sanitários
• Curativos
– Traumatismos
– Doenças
– Controle de infestações (carrapatos, berne, mosca
do chifre)
– Deficiências nutricionais
– Intoxicações
Procedimentos sanitários
Quanto menos procedimentos curativos em uma
propriedade melhor é seu manejo preventivo.

Curativo: - Perdas produtividade

- Custos do tratamento (Ex: Antibiótico)

Preventivo: - Custos com prevenção (Ex: Vacinação)


Procedimentos sanitários preventivos
Vacinações:

– Princípio:
– Imunizar o animal estimulando a produção de anticorpos
contra determinado patógeno.

– Forma de custo relativamente baixo e com boa eficiência


Animais saudáveis x doentes

Exame Clínico

• Inspeção - Observar
• Palpação - Palpar
• Auscultação - Escutar
• Cheirar
Temperatura Retal

Bezerros

38,5 a 39,5°C

Animais com + de 1 ano

37,5 a 39,5°C
Freqüência cardíaca
• Parâmetros – Batimentos por minuto

Bezerros lactentes.........90-100

Bovino jovem.................70-90

Vacas adultas................65-80

Vacas em gestação.......70-90

Touros e bois.................60-70
Freqüência Respiratória
• Observações:
– Movimentação dos flancos
– Dilatação das narinas

10 a 30 movimentos respiratórios
por minuto
Movimentos Ruminais
• Localização: Abdominal esquerda - 7ª costela até a entrada da bacia
• n° de movimentos: 7-10 durante 5 minutos.
Movimentos Ruminais
Identificação diária:
Melhores locais e horários

 Fornecer os alimentos;
 Área de descanso;
 Conduzir os animais as instalações;
 No início e final do dia
Prevenção:

 Alimentação;

 instalações higiênicas, desinfetadas e


confortáveis
Instalaçoes
Prevenção:

 Boa prática de manejo sanitário: Vacinações


Calendário)

 Controle de parasitos externos e internos;

 Limitar presença de animais não desejáveis:


Ratos, pombo, mosca;

 Higiene: limpeza e desinfecção das instalações.


Limpeza:

 Limpeza periódica das instalações (por varredura,


raspagem ou lavagem);

Equipamentos (bebedouros e comedouros )

Recolhimento das fezes para esterqueiras ou


composteira.
Limpeza:

Manter o ambiente sempre limpo e seco para evitar a


alta contaminação e/ou desenvolvimento de organismos
patogênicos.
Fotos: Baruselli, 2007
Quarentena:

Os animais adquiridos ficam em média 40 dias


isolados e em observação.
Isolamento ou enfermaria:

Deve ser uma área afastada para evitar que a doença


se espalhe por todo ambiente e outros animais doentes
Descarte:

 Animais com doenças irreversíveis;

- Feito por meio de abate ou sacrifício do animal


Medidas curativas:

 Tratamentos:
- Caro;
- mais eficiente no início da doença;
- Realizar o tratamento até a cura completa
Medidas curativas:

 É importante lembrar que recomendação do


tratamento e indicação do produto que vai usar é de
orientação do médico veterinário !!!!!

 Porém o uso e aplicação pode ser feito pelo próprio


produtor.

IMPORTANTE: CONHECER AS PRINCIPAIS VIAS DE


APLICAÇÃO
Conheça os tipos de agulhas:

Existem vários tipos de agulhas:


calibre ou diâmetro e comprimento.
Números expressos na agulha:
primeiro numero indica o comprimento
segundo o calibre.
Exemplo: agulha 25-18 -
25 milímetros de comprimento e
1,8 milímetros de diâmetros.
Recomendações
“5 pecados capitais da agulha”
1. Evitar abrir o lacre com a ponta da agulha;
2. Perfurar o lacre com a agulha;
3. Desentortar a agulha usando o tronco ou alicate;
4. Tentar desentupir a agulha com a boca;
5. Afiar a ponta da agulha com uma lima;
Boas Praticas
Higiene
Ambiente
Material limpo
Desinfecçao e assepsia do local e via de aplicaçao
Boas Práticas

Fonte: Ouro Fino


Boas Práticas

Fonte: Ouro Fino


Planejamento / Organização

Organização na fazenda! Fonte: Ouro Fino


Planejamento / Organização

• Preparo do material com antecipação (2-3 dias);


• Limpeza e desinfecção;
• Definição dos lotes / categorias / entrada;
• Definição dos responsáveis;
• Apartar os animais doentes ou machucados;

Organização na fazenda! Fonte: Ouro Fino


Consequências da falta de Boas Práticas

X
Consequências da falta de Boas Práticas
Consequências da falta de Boas Práticas
Principais vias de aplicação
Principais vias de aplicação
Via intra-vaginal (dispositivos) e Intrauterinas:

Módulo 1: Boas Práticas


Principais vias de aplicação
Via intra-mamária

Cuidado!! Limpeza na hora da aplicação


ATENÇÃO

Período de Carência
• Determinados medicamentos têm o prazo de
carência para consumo do leite, carne e ovos,
produzidos pelos animais tratados.
Principais vacinas adotadas no Brasil
Febre aftosa

– Doença viral (Aphtovirus)


– Biungulados

– Vacinação obrigatória (Goiás)

– Grandes prejuízos

» À propriedade (Sacrifício dos animais)

» Mercado (Embargos à exportação)


Brucelose

• Doença bacteriana (Brucella abortus)


– Acomete machos e fêmeas

– Principalmente transtornos reprodutivos

– Zoonose

– Programa de erradicação
Brucelose

• Prejuízos
– Queda no ganho de peso (10 a 15%)

– Diminuição na Produção de bezerros (15%)

– Diminuição na fertilidade geral do rebanho


elevando o intervalo entre partos
Brucelose
• Vacinação de Fêmeas de 3 a 8 meses
(Veterinário)
– Marcação na face do lado esquerdo à ferro quente

– Ex: 2007 (V7)


Sinais clínicos da Brucelose
Leptospirose
Doença bacteriana
– Leptospira hardjo (predominante no Centro-oeste)
– Doença do trato reprodutivo
– Transmissível entre animais (Urina, descargas vaginais,
restos placentais)
– Zoonose
– Animais à pasto principalmente
Leptospirose
Leptospirose
Vacinação (determinadas regiões )

– Animais de 4 a 6 meses

– Vacas no pré parto (60 dias)

– Tratar animais portadores da propriedade

– Não adquirir animais soropositivos


Outras doenças do trato reprodutivo
• Diarréia Viral Bovina (BVD)
– Pestivirus
• Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)
– Herpes virus tipo 1
• Pasteurelose Bovina
– Pasteurella multocida
– Mannheimia granulomatis
• Principais prejuízos na reprodução

– Aborto

– Dificuldade em emprenhar

– Bezerros nascendo fracos


Raiva
Rabdovirus
• Não tem cura
• Zoonose
• Transmitido por morcego hematófago
• Vacinação eficiente
– Todos animais acima de 4 meses
– Calendário regional
Raiva
Controle de endoparasitos
Controle de verminoses
• Curativo
– Animais com alta carga parasitária
– Apresentando sinais clínicos
• Tático
– Aplicações estratégicas em períodos críticos
– Pré parto
– Animais adquiridos recente
Controle de endoparasitos
• Seletivo
– Tratamento de categorias críticas ou após exames
– Seleção de medicamentos a utilizar

• Estratégico
– Tratamento dos animais principalmente nas
épocas secas do ano
Controle de ectoparasitos
Principais ectoparasitos

– Bernes
– Carrapatos
– Mosca dos chifres
– Mosca das bicheiras (miíases)
Controle de ectoparasitos
Prejuízos
– Diminuição na produção do animal

– Disseminação de doenças
• Babesiose, anaplasmose (Tristezinha)

– Depreciação do valor dos produtos do animal


• Couro
Controle de ectoparasitos

Moscas

• Controle
– Aplicação de repelentes e produtos larvicidas no
animal

– Injetáveis

– Brincos com liberação lenta do produto


Controle de ectoparasitos
Carrapato
• Recomendação
– Controle estratégico
– Carrapatograma para seleção do produto
– Principal controle no período onde há condições
favoráveis de desenvolvimento e reprodução dos
carrapatos
Métodos de controle
• Banho carrapaticida
– Principal método de controle;
– Optar pelo controle estratégico assim como em
verminoses;
– Desenvolvimento rápido de resistência;
Problemas ligados ao controle
• ausência de homogeneização da mistura;
• Equipamento inadequado e pressão
insuficiente;
• Aplicação em dias muito chuvoso ou muito
quentes;
• Aplicação somente em áreas afetadas
visualmente;
• Intervalo entre banhos insuficiente;
Mosca-dos-chifres
• Chega a viver de 3 a 4 semanas.

• Podem voar 25 km na procura dos


hospedeiros;

• Permanece no animal 24 horas, picando-o de


15 a 40 vezes no dia; saindo somente para
colocar seus ovos em fezes frescas, um total
de 200 a 300 ovos;
Aplicação de Medicamentos
Dicas importantes!
1-Verifique se a contenção está adequada, evitando acidentes para
você e para o animal.

2- Certifique-se de que os medicamentos e vacinas estão


armazenados adequadamente e no prazo de validade.

3- Separe todo o material que vai ser utilizado, antes de começar o


trabalho.

4- Utilize seringas e agulhas descartáveis, recomendável, ou


esterilize o material não descartável.
Aplicação de Medicamentos
Dicas importantes!
5- Sempre utilize uma agulha para cada animal (no máximo trocar
agulha a cada 10 animais) e passe álcool iodado 2%, no local antes
da aplicação.

6- Siga sempre a prescrição do médico veterinário, a aplicação de


medicamentos por conta própria pode matar o animal.

7- Certifique-se de que a via de aplicação e a dosagem estão correta.


Aplicação de Medicamentos
Dicas importantes!

O profissional deve obedecer à regra dos cinco certos:

Paciente certo

Medicamento certo

Via certa

Horário certo

Dosagem certa
Dicas importantes!
Diferença?
Remédio X Veneno

A dose!
Período de Carência
ATENÇÃO Responsabilidade Social
Prejuizo financeiro

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