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t u 8 º. a
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VOLUME 3

Enquete: resultados
que guiam ações ______________ 2

Discurso: da escrita
para a fala ____________________ 26

©Shutterstock/Viktoria Kurpas

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Enquete: resultados
que guiam ações

©Shutterstock/Robuart
Para a escolha do tema de uma publicação, o lançamento de um produto no mercado ou a divulgação
de um novo projeto social, é necessário levar em conta alguns critérios a fim de se atingir o maior público
possível. Mas como se definem os principais pontos a serem abordados? E como saber qual é o grau de
aceitação do público nessas situações?

e s p aço de diálogo
1
1. Você já respondeu a algum questionário cujo intuito era descobrir sua opinião sobre algo?
2. Em sua opinião, esse tipo de questionário é suficiente para determinar decisões a serem tomadas por
organizações, empresas, etc.?
3. Em que áreas esse recurso tem uma funcionalidade maior?

2
o s
t iv
e
O bj ƒ Identificar e avaliar recursos linguísticos na construção do gênero enquete.
ƒ Analisar os pronomes relativos como recurso coesivo.
ƒ Compreender os usos das vozes passiva e ativa.
ƒ Observar a importância da pesquisa para a realização de uma enquete eficiente.
ƒ Produzir uma enquete e apresentar os dados obtidos.

TRAJETÓRIA DE LEITURA

Enquete
Em diversas áreas do conhecimento, saber a opinião das pessoas sobre certos assuntos pode re-
sultar na implementação de alterações em um produto ou, até mesmo, em meios sociais.
Leia o texto a seguir, sobre a utilização de uma enquete inusitada para se decidir algo com a ajuda
da população.

Ajude o zoo a escolher os nomes das pequenas leoas 2

Como já é tradição, mais uma vez, o Zoológico de São Paulo conta com a ajuda do seu
público para “batizar” as duas leoazinhas que nasceram em 18 de maio de 2018

Trata-se da primeira prole do jovem casal Iduma e Erindi, cujo nascimento já


prole: filiação ou
era esperado pelos técnicos do Setor de Mamíferos, que passaram a monitorar o
descendência.
casal desde a chegada à Fundação Parque Zoológico de São Paulo, pouco mais de
um ano atrás.
Apesar da pouca idade e inexpe-
©Acervo FPZSP/Paulo Gil

riência maternal, a leoa Erindi vem se


mostrando uma ótima mãe, sendo
muito atenciosa e protetora com os
filhotes. O macho Iduma, por sua vez,
até tentou cuidar das crias nos pri-
meiros dias, logo após o nascimento,
mas, por ser muito brincalhão e um
tanto quanto desajeitado, por medi-
da de segurança, teve que ser separa-
do da família por algum tempo. Ago-
ra que as leoazinhas já cresceram um
pouco, ele já foi reaproximado e estão
todos juntos, em plena harmonia.

língua portuguesa 3
Os cuidados técnicos com a família envolvem o acompanhamento diá-
rio por parte de uma equipe composta de tratadores, biólogos e veteriná-
crias: indivíduos que estão rios, porém sem a necessidade de interferir nos cuidados oferecidos pelos
em fase de formação.
papais às suas crias.
Até pouco tempo atrás, as leoazinhas permaneciam a maior parte do
tempo em área restrita. Nas últimas semanas passaram por uma fase de
adaptação ao recinto, na área de exposição do Zoo, porém só foram ofi-
cialmente apresentadas ao público hoje, dia 19 de setembro.

Diante disso, o Zoo resolveu contar mais uma vez com a ajuda de seu
público na escolha dos nomes. A equipe do Setor de Mamíferos sugeriu
três opções para cada filhote para que o público vote nos nomes que mais
lhe agradarem.

©Arte Flávia Taconi/Foto Paulo Gil - Acervo FPZSP


A data foi criada com o in-
tuito de incentivar a reflexão
sobre o cuidado com os ani-
mais, preservação e a impor-
tância e influência que eles
têm na vida das pessoas.
A data foi instituída em
1930, em homenagem a São
Francisco de Assis, que era
um protetor dos animais e
faleceu justamente no dia 4
de outubro de 1226. A come-
moração ganhou força a par-
tir de 1978, quando a Unesco
criou também a Declaração
Universal dos Direitos dos
Animais, que diz, entre ou-
tras coisas, que os animais
têm direito ao respeito e à
proteção do homem. A divulgação do resultado ocorrerá no dia 2 de outubro, semana em
que se comemora uma data pra lá de especial para a fauna: o Dia Mundial
ESPECIAL: Dia Mundial dos Animais
e da Natureza. Disponível em: dos Animais, Dia da Natureza e Dia de São Francisco de Assis, o padroeiro
<https://abrampa.jusbrasil.com. da ecologia (4 de outubro).
br/noticias/2859541/especial-
dia-mundial-dos-animais-e-da-
natureza>. Acesso em: 18 out. 2019.

4 8º. ano – volume 3


Ajude o Zoo de São Paulo a escolher os nomes para as pequenas leoas

NAILA (a que tem sucesso) e NÚBIA (dourada) 38%

AISHA (vitalícia) e AMIRA (princesa) 44%

KÊNIA (pequena rainha) e ZAILA (feminina) 19%

E tem mais! Com o propósito de aproximar pessoas e natureza, o Zoo ainda


convida o seu público a participar de uma edição especial do sorteio “Um dia biodiversidade:
Animal no Zoo de São Paulo”. Os contemplados terão a oportunidade de conhe- conjunto de todas as
espécies de plantas e
cer um pouco mais sobre o funcionamento dos bastidores do Setor de Mamí-
animais existentes na
feros do parque e compreender a importância da reprodução em cativeiro
biosfera.
para a conservação da biodiversidade. Nesta edição especial, os sorteados
também terão o direito de conhecer bem de pertinho nossa família de leões.

AJUDE o zoo a escolher os nomes das pequenas leoas. Disponível em: <http://www.zoologico.com.br/noticias/ajude-o-zoo-a-
escolher-os-nomes-das-pequenas-leoas/>. Acesso em: 9 dez. 2019.

Na reprodução em cativeiro, os animais ficam em locais controlados a fim de se ampliar a população das espé-
cies ameaçadas de extinção. Por isso, há trocas de indivíduos entre instituições do mundo todo.

1. Considerando o texto lido, registre as informações a seguir.


a) Título:
“Ajude o zoo a escolher os nomes das pequenas leoas”.

b) Linha-fina:
“Como já é tradição, mais uma vez, o Zoológico de São Paulo conta com a ajuda do seu público para ‘batizar’ as duas leoazinhas que

nasceram em 18 de maio de 2018”.

c) Tema abordado:
A escolha dos nomes de duas leoas por meio de uma enquete realizada pelo Zoológico de São Paulo.

língua portuguesa 5
2. Com base no texto, responda às questões.
a) Quais são as opções de nomes apresentadas na enquete on-line realizada pelo zoológico?
Naila (a que tem sucesso) e Núbia (dourada); Aisha (vitalícia) e Amira (princesa); Kênia (pequena rainha) e Zaila (feminina).

b) O que são progenitores? Caso não saiba a resposta, consulte um dicionário.


Os pais biológicos de alguém.

c) Quem são os progenitores das leoas filhotes?


O jovem casal Iduma e Erindi.

3. Assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, reescreva as falsas corrigindo-as.
( F ) Apesar da idade avançada, é evidente a inexperiência maternal da leoa Erindi.
Apesar da pouca idade e da inexperiência maternal, a leoa Erindi vem se mostrando uma ótima mãe.

( V ) O macho Iduma foi separado das leoazinhas durante um pequeno tempo por ser muito brincalhão e desajeitado.

( F ) Na maior parte do tempo, as filhotes não permaneciam em área restrita, pois, desde o início, precisavam se adaptar à
área de exposição do zoológico.
Na maior parte do tempo, as filhotes permaneciam em área restrita e, apenas nas últimas semanas, começou a fase de adapta-

ção à área de exposição do zoológico.

( V ) A divulgação do resultado da enquete ocorrerá dois dias antes de datas comemorativas relacionadas à fauna.

4. Que frase convida as pessoas a participar da enquete on-line realizada pelo Zoológico de São Paulo?
“Ajude o Zoo de São Paulo a escolher os nomes para as pequenas leoas”.

5. Qual é o objetivo de uma enquete?


a) Testar o conhecimento popular sobre determinado tema.
X b) Averiguar a opinião popular sobre determinado tema.

c) Apresentar à população os resultados de uma pesquisa.


d) Explicitar a opinião popular sobre determinado tema.

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6. Preencha a tabela com a porcentagem de votos que cada uma das opções recebeu até a data de publicação da notícia.

NAILA (a que tem sucesso) e NÚBIA (dourada) 38%

AISHA (vitalícia) e AMIRA (princesa) 44%

KÊNIA (pequena rainha) e ZAILA (feminina) 19%

7. Considerando o resultado parcial da enquete, assinale a alternativa que representa a escolha do público.
a) NAILA (a que tem sucesso) e NÚBIA (dourada)
X b) AISHA (vitalícia) e AMIRA (princesa)

c) KÊNIA (pequena rainha) e ZAILA (feminina)


8. Qual recurso foi utilizado no texto para apresentar o resultado da enquete?
X a) Gráfico.

b) Infográfico.
c) Tabela.
d) Fluxograma.
e) Imagem.
9. O que motivou a elaboração e a aplicabilidade dessa enquete?
X a) A escolha de nomes, com a ajuda do público, para dois novos integrantes do Zoológico de São Paulo. É um costume do
zoológico promover esse tipo de votação.
b) A escolha de nomes para as leoas, já que os funcionários do zoológico não conseguiam se decidir entre as opções apre-
sentadas.
c) A escolha de nomes para as leoas, pois elas não atenderam pelos nomes que, anteriormente, haviam recebido.
ƒ Transcreva do texto o trecho que comprova a alternativa assinalada.
“Como já é tradição, mais uma vez, o Zoológico de São Paulo conta com a ajuda do seu público para ‘batizar’ as duas leoazinhas

que nasceram em 18 de maio de 2018.”

10. Que outra ação é realizada por esse zoológico com a finalidade de aproximar público e natureza?
Uma edição especial do sorteio “Um dia Animal no Zoo de São Paulo”. Os contemplados poderão conhecer um pouco melhor o funcio-

namento dos bastidores do Setor de Mamíferos do parque e compreender a importância da reprodução em cativeiro para a conserva-

ção da biodiversidade.

A principal função de uma enquete é realizar o levantamento de opiniões de um grupo a respeito de determi-
nado assunto de amplo interesse. O número de participantes dependerá do objetivo que se pretende alcançar
com as perguntas elaboradas. A finalidade de tais perguntas é desvendar uma questão aplicada em dado con-
texto, com o intuito de melhorá-lo.

língua portuguesa 7
11. Qual é sua opinião sobre a manutenção de animais em cativeiro? Para responder a essa questão, apresente pontos positivos
e negativos a esse respeito.

Pontos positivos: Pessoal. Sugestão: Ajudar no cuidado e na reprodução de espécies em extinção.

Pontos negativos: Pessoal. Sugestão: Manter os animais presos, privando-os de viver em seu hábitat natural.

Parágrafo defendendo sua opinião:


Pessoal.

12. Descreva o contexto a que pertence cada uma das enquetes a seguir. 3

a) Enquete 1

Na sua opinião,
opinião o que deve ser feito
fe pa para
ra o fortalecimento
fo do Sistema
Sistema Ú
Único
Único de
de
Saúde
úde (SUS) em Minas Gerais?
Gerais?
Apresentar o Sistema Único de Saúde (SUS) para que o cidadão entenda como funciona o modelo
de assistência de saúde pública e qual é o papel do município, do Estado e do Governo Federal.
Ter acesso direto à Ouvidoria do SUS municipal, estadual e federal para que o cidadão possa infor-
r
mar ao Poder Público quais são os pontos exitosos e quais precisam ser melhorados na saúde pública.
Criar novas estratégias de políticas públicas que conversem mais com as necessidades regionais do
Estado por meio dos Fóruns Regionais de Governo e dos Conselhos de Saúde.
Estimular a sociedade para participar dos conselhos de saúde e, desse modo, fortalecer o controle
social na saúde pública.
Oferecer aos profissionais de saúde capacitação e qualificação por meio do programa de Educação
Permanente em Saúde com cursos presenciais e via educação a distância.

RESULTADO da enquete no site da SES-MG ressalta a importância da Educação Permanente em Saúde. Disponível em: <http://
blog.saude.mg.gov.br/2015/09/30/resultado-da-enquete-no-site-da-ses-mg-ressalta-a-importancia-da-educacao-permanente-
em-saude/>. Acesso em: 25 out. 2019.

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ƒ Contexto:
Pesquisa realizada por um órgão estadual a respeito da saúde pública de Minas Gerais.

b) Enquete 2

De forma geral, quão satisfeito ou insatisfeito você está com o serviço prestado por nossa empresa?
Extremamente satisfeito.
Moderadamente satisfeito.
Pouco satisfeito.
Nem satisfeito nem insatisfeito.
Pouco insatisfeito.
Moderadamente insatisfeito.
Extremamente insatisfeito.

ƒ Contexto:
Pós-venda de uma empresa com o intuito de saber a opinião de seus clientes sobre determinado serviço prestado.

c) Enquete 3

Qual é o próximo assunto que você gostaria de ler neste blog?


Os principais autores clássicos da literatura brasileira.
Novos autores brasileiros de ficção.
Lista com os livros mais vendidos no último mês.

ƒ Contexto:
Autor de um blog solicitando aos leitores que escolham o próximo assunto a ser abordado.

língua portuguesa 9
Coesão: pronome relativo
13. Leia as frases a seguir atentando para a diferença entre elas.

I. A data foi instituída em 1930, em homenagem a São Francisco de Assis. São Francisco de Assis era um
protetor dos animais e faleceu justamente no dia 4 de outubro de 1226.
II. A data foi instituída em 1930, em homenagem a São Francisco de Assis, que era um protetor dos animais
e faleceu justamente no dia 4 de outubro de 1226.

ƒ O que aconteceu na reescrita da frase I?


Esperamos que os alunos percebam que o pronome relativo “que” foi usado para substituir a expressão “São Francisco de Assis”,

evitando sua repetição.

14. Reescreva cada par de frases transformando-o em um único período.


a) O alfabeto braille foi inventado por Louis Braille. Louis Braille perdeu a visão aos três anos.
O alfabeto braille foi inventado por Louis Braille, que perdeu a visão aos três anos.

b) Tenho apenas dois filhos. Meus filhos são adolescentes.


Tenho apenas dois filhos, que são adolescentes.

c) No papel, há vários pontos em relevo. Os cegos leem os pontos em relevo.


No papel, há vários pontos em relevo, que os cegos leem.

d) Saí com meus animais de estimação. Meus animais de estimação são muito tranquilos.
Saí com meus animais de estimação, que são muito tranquilos.

e) Os cegos, muitas vezes, usam cães-guia. Os cães-guia são treinados para essa função durante dois anos.
Os cegos, muitas vezes, usam cães-guia, que são treinados para essa função durante dois anos.

A palavra que tem várias funções. É considerada um pronome relativo quando pode ser substituída por o qual,
a qual, os quais ou as quais. Além disso, o pronome que substitui um termo antecedente. 4
Ex.: Todos os dias como mamão, que (o qual) é uma fruta muito saborosa.

termo antecedente pronome relativo

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15. Reescreva as frases substituindo o pronome relativo que por o qual, a qual, os quais ou as quais.
a) A maioria das ONGs é formada por pessoas comuns, que, muitas vezes, não têm recursos suficientes para manter os
projetos.
A maioria das ONGs é formada por pessoas comuns, as quais, muitas vezes, não têm recursos suficientes para manter os projetos.

b) Pesquisadores desenvolveram uma nova tecnologia de computador que possibilita escutar sons de vários pássaros ao
mesmo tempo.
Pesquisadores desenvolveram uma nova tecnologia de computador a qual possibilita escutar sons de vários pássaros ao mesmo

tempo.

c) Humanos e pássaros compartilham genes e padrões neurais semelhantes que possibilitam a fala e o canto.
Humanos e pássaros compartilham genes e padrões neurais semelhantes os quais possibilitam a fala e o canto.

16. O uso inadequado do pronome relativo que pode gerar ambiguidade. Leia as frases com atenção e explique as duas possi-
bilidades de interpretação que elas admitem.
a) Recebi o uniforme de Gabriel que estava muito bonito.
Não é possível dizer com precisão se era Gabriel ou seu uniforme que estava muito bonito.

b) A filha de Paulo, que fugiu ontem, estava inconsolável.


Não é possível dizer com precisão se quem fugiu ontem foi Paulo ou sua filha.

c) Leia o primeiro capítulo daquele livro que é muito interessante.


Não é possível dizer com precisão se o livro inteiro ou apenas o primeiro capítulo é muito interessante.

d) Encontraram o cãozinho do menino ruivo que fugiu de casa.


Não é possível dizer com precisão se quem fugiu de casa foi o menino ruivo ou seu cãozinho.

língua portuguesa 1 1
17. Reescreva os períodos eliminando a repetição do pronome relativo que, de modo que a leitura se torne clara e agradável.
Faça as adaptações necessárias.
a) Queria ver o filme que você sugeriu, mas o cinema é longe do hotel em que estou hospedado.
Sugestão: Queria ver o filme sugerido por você, mas o cinema é longe do hotel no qual estou hospedado.

b) Machado de Assis, que é um dos maiores escritores que nasceram no Brasil, deixou uma série de contos que são consi-
derados obras-primas do gênero.
Sugestão: Machado de Assis, um dos maiores escritores brasileiros, deixou uma série de contos considerados obras-primas do

gênero.

c) O diretor determinou que a prova fosse adiada até que se apurassem as irregularidades que o inspetor denunciou.
Sugestão: O diretor determinou o adiamento da prova até a apuração das irregularidades denunciadas pelo inspetor.

d) Solicitei a Mônica que repetisse o recado que me transmitia por telefone, mas ela desligou sem que me desse muitas
explicações.
Sugestão: Solicitei a Mônica a repetição do recado transmitido por telefone, mas ela desligou sem me dar muitas explicações.

e) Assistimos ao filme que você indicou e vimos que o ator coadjuvante teve uma atuação que foi excelente.
Assistimos ao filme indicado por você e vimos a excelente atuação do ator coadjuvante.

18. Considerando as atividades que você realizou, responda: Qual é a principal função dos pronomes relativos?
O uso de pronomes relativos torna o texto mais coeso e a leitura mais fluida, pois evita a repetição de termos.

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Uso de onde e aonde
ƒ Onde – equivale a em que, no qual, na qual, nos quais ou nas quais e refere-se a um lugar. Seu uso está
associado a verbos que exigem a preposição em (nascer: quem nasce, nasce em...; morar: quem mora, mora
em...; etc.).
Ex.: O nome da cidade onde nasci é Curitiba.
ƒ Aonde – seu uso está associado a verbos que exigem a preposição a (chegar: quem chega, chega a...; ir:
quem vai, vai a...; dirigir-se: quem se dirige, dirige-se a..., etc.).
Ex.: Aonde você vai com tanta pressa?

Fique atento!
ƒ Onde é utilizado em orações que fazem referência a um lugar, desde que não haja ideia de movimento.
ƒ Aonde é utilizado em orações que sugerem ideia de movimento.
Vale ressaltar que o pronome onde deve ser empregado somente para designar locais físicos. Portanto, não deve
ser empregado no seguinte exemplo: Há um aumento no número de animais em extinção no século onde vive-
mos. Uma opção de reescrita seria: Há um aumento no número de animais em extinção no século em que vivemos.

19. Explique o uso das palavras onde e aonde nas frases a seguir.

I. Aonde ele chegará com essas reflexões sobre os animais em extinção?


II. A casa onde moro é bastante acolhedora.

Na frase I, foi utilizado o termo “Aonde” porque o verbo chegar exige a preposição a (quem chega, chega a algum lugar). Na frase II,

foi utilizado o termo “onde” porque o verbo morar exige a preposição em (quem mora, mora em algum lugar), além de designar um

local físico.

20. Reescreva as orações empregando os termos onde e aonde corretamente. Justifique sua escolha.
a) Aonde você está?
Onde você está?

O verbo estar exige a preposição em (quem está, está em algum lugar).

b) Onde devo me dirigir quando chegar à empresa?


Aonde devo me dirigir quando chegar à empresa?

O verbo dirigir-se exige a preposição a (quem se dirige, dirige-se a algum lugar).

c) O sítio onde os fiscais chegaram pertence ao prefeito.


O sítio aonde os fiscais chegaram pertence ao prefeito.

O verbo chegar exige a preposição a (quem chega, chega a algum lugar).

língua portuguesa 1 3
d) O arquipélago dos Açores, onde iremos nas próximas férias, tem uma natureza deslumbrante.
O arquipélago dos Açores, aonde iremos nas próximas férias, tem uma natureza deslumbrante.

O verbo ir exige a preposição a (quem vai, vai a algum lugar).

21. Preencha as lacunas com os termos apresentados no quadro. Caso haja mais de uma possibilidade, registre-as.

no qual na qual em que onde

a) O século no qual/em que vivemos tem trazido grandes transformações ao planeta.


b) O clube no qual/em que/onde nado é perto de minha casa.
c) A solução na qual/em que pensei não é adequada à situação.
d) Não conheço a rua na qual/em que/onde Raquel mora.
e) A escola na qual/em que/onde minha prima estuda é muito antiga.
ƒ Foi possível utilizar o termo onde em todas as frases? Justifique sua resposta.
Não, pois as palavras “século” e “solução”, nas frases a e c, não designam lugares físicos.

22. Complete as frases a seguir com onde ou aonde.


a) Aquele é o lugar aonde iremos no início das férias.
b) O viajante voltou ao lugar onde estivera no dia anterior.
c) A região onde a cantora nasceu é populosa.
d) Não conheço o restaurante aonde eles foram.
e) Veja bem aonde eles estão se dirigindo.
f) Onde será que esconderam minha pasta?
23. Assinale a alternativa em que o termo onde ou aonde foi empregado corretamente.
X a) Fomos à loja onde as roupas são vendidas por um bom preço.

b) Aonde você esteve todo esse tempo?


c) Aonde você guardou o livro?
d) Não chegamos onde desejávamos.
e) A avenida aonde ocorreu o acidente está bloqueada. 5

14 8º. ano – volume 3


OUTROS TEXTOS,
OUTROS CAMINHOS

Canto de pássaro, linguagem de gente 6

Pássaros e humanos estão bem distantes na história evolutiva, mas compartilham uma habilidade
rara entre outros animais: a linguagem falada. Não, você não leu errado. Para muitos cientistas, inclusive
o neurobiólogo Erich Jarvis, da Universidade Duke (Estados Unidos), não existe diferença biológica entre
o canto de alguns pássaros e a fala humana.
O pesquisador e sua equipe acabam de anunciar, no encontro anual da Sociedade Americana para
o Progresso da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), realizado nesta semana em Boston, que identificaram
em mandarins-diamante e beija-flores um grupo de 40 genes ligados ao controle da fala semelhantes
aos encontrados em humanos.
Jarvis estuda as bases biológicas da linguagem há 20 anos. Na maior parte de suas pesquisas, exa-
mina o comportamento e o cérebro desses dois pássaros e de papagaios – os três têm em comum a
capacidade de aprender a vocalizar sons (sejam eles típicos da espécie ou não). Segundo o pesquisador,
o que acontece no cérebro dessas aves quando cantam é muito similar ao que ocorre em nosso cérebro
quando falamos.
Os resultados do estudo anunciado durante a conferência ainda não foram publicados, mas, depois
de analisar moléculas geradas por genes ativos em mais de 4 700 amostras de tecido cerebral de man-
darins-diamante e beija-flores – alguns do Brasil – e compará-las com as do cérebro humano, Jarvis está
seguro de suas conclusões.

©Flickr/Jim Bendon

Pesquisadores identificaram em mandarins (na foto) e beija-flores um grupo de 40 genes ligados ao controle da fala semelhantes aos
encontrados em humanos (Foto: Jim Bendon/Flickr – CC BY - AS 2.0)

língua portuguesa 1 5
“Nossos resultados apontam que comportamentos e conexões neurais associados à fala e ao canto
estão ligados a traços genéticos compartilhados por humanos e alguns pássaros que estão separados de
nós por três milhões de anos na história da evolução”, diz. “Isso é incrível, pois nem nossos parentes mais
próximos, como os chimpanzés, têm essa habilidade de aprender e reproduzir sons.”
Para o cientista, a habilidade teria evoluído independentemente em humanos, pássaros e outros
animais que aprendem sons, como as baleias e os golfinhos.
Nada de especial nos humanos
Jarvis tem uma visão sobre a linguagem bem diferente do senso comum e da dos linguistas. Para ele, a
linguagem nada mais é do que “a capacidade de controlar os movimentos da laringe para reproduzir sons”.
Sendo assim, o pesquisador explica que não há diferença entre o canto dos pássaros e a fala humana.
“As definições de fala e linguagem falada são diferentes para a neurologia e a linguística ou psicolo-
gia comportamental”, explica. “Quando se trata de cérebro, linguagem e fala são a mesma coisa. O que
diferencia os humanos e esses pássaros dos demais animais é a habilidade de imitar sons. A capacidade
de entender a linguagem não é única dos humanos; cães e até galinhas podem entender a linguagem
e te obedecer quando você diz ‘senta’.”
Para Jarvis, a diferença entre os beija-flores, mandarins-diamante
“Quando se trata de cérebro,
e humanos está apenas na complexidade da linguagem. “Acredito
linguagem e fala são a mesma
que esses pássaros têm um nível de linguagem mais complexo do
coisa. O que diferencia os huma-
que o imaginado; nós não percebemos porque é um trabalho duro
nos e esses pássaros dos demais
medir a complexidade da vocalização de tantas espécies. Mas, dito animais é a habilidade de imitar
isso, eles ainda estão muito longe da complexidade que a lingua- sons.”
gem humana adquiriu.”
A psicóloga Janet Werker, da Universidade da Columbia Britânica (Canadá), que estuda a aquisição
da linguagem em bebês, acredita que os resultados de Jarvis podem fomentar a compreensão sobre a
evolução da linguagem humana.
Werker aponta que, enquanto a maioria das espécies, inclusive as estudadas por Jarvis, usa sons para
atrair parceiros para o acasalamento, somente os humanos usam a linguagem majoritariamente para a
comunicação.
“É possível que no início da nossa história evolutiva usássemos, assim como esses pássaros, a fala e o
canto como atrativos sexuais e depois passamos a usar como forma de comunicação também”, sugere.
“O interessante é tentar descobrir como se deu essa mudança.”

MOUTINHO, Sofia. Canto de pássaro, linguagem de gente. Ciência Hoje. Disponível em: <http://cienciahoje.org.br/canto-de-passaro-
linguagem-de-gente/>. Acesso em: 27 out. 2019.

1. Considerando o texto lido, registre as informações a seguir.


a) Título: “Canto de pássaro, linguagem de gente”.
b) Autoria: Sofia Moutinho.
c) Suporte em que foi publicado: No site da revista Ciência Hoje.

16 8º. ano – volume 3


2. Com base no texto, responda às questões propostas.
a) Em que instituições estes pesquisadores atuam e quais funções exercem?
ƒ Erich Jarvis: Neurobiólogo na Universidade Duke, nos Estados Unidos.

ƒ Janet Werker: Psicóloga na Universidade da Columbia Britânica, no Canadá.

b) Descreva os objetos de estudo desses pesquisadores.


ƒ Erich Jarvis: Estuda as bases biológicas da linguagem há 20 anos. Na maior parte de suas pesquisas, examina o comporta-
mento e o cérebro de mandarins-diamante, beija-flores e papagaios. Os três têm a capacidade de aprender a vocalizar sons,

típicos da espécie ou não.

ƒ Janet Werker: Estuda a aquisição da linguagem em bebês. Ela acredita que os resultados dos estudos de Jarvis podem
fomentar a compreensão da evolução da linguagem humana.

c) Com que objetivo essas informações foram inseridas no texto?


Para dar confiabilidade às informações. Como Erich Jarvis é um pesquisador respeitado em seu meio e estuda o assunto há bastan-

te tempo, os resultados de suas pesquisas têm credibilidade e devem ser respeitados.

3. Pesquise, no dicionário, o significado da palavra neurobiologia e transcreva-o a seguir.


Neurobiologia é o ramo da biologia que estuda as células e os tecidos nervosos em seus aspectos anatômicos e fisiológicos.

4. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s) de acordo com o texto.


a) Erich Jarvis é o único neurobiólogo que acredita que não há diferença entre a fala humana e o canto dos pássaros.
X b) Um grande número de cientistas, entre eles Erich Jarvis, acredita que não há diferença entre a fala humana e o canto dos
pássaros.
X c) Nem todos os cientistas acreditam que não há diferença entre a fala humana e o canto dos pássaros.

d) Todos os cientistas acreditam que não há diferença entre a fala humana e o canto dos pássaros.

língua portuguesa 1 7
5. Qual é o objetivo principal desse texto?
Tornar público que o pesquisador Erich Jarvis e sua equipe anunciaram, no encontro anual da Sociedade Americana para o Progresso

da Ciência, que identificaram em mandarins-diamante e beija-flores um grupo de 40 genes ligados ao controle da fala semelhantes

aos encontrados em humanos.

6. O termo neurobiologia é a junção de duas palavras que compreendem duas áreas do conhecimento: a neurologia e a
biologia. Forme palavras seguindo essa mesma lógica.
a) Neurologia + linguística = neurolinguística

b) Biologia + química = bioquímica

c) Psicologia + biologia = psicobiologia

d) Sociologia + linguística = sociolinguística

e) Antropologia + geografia = antropogeografia

f) Geografia + biologia = geobiologia 7

7. Assinale a reescrita da frase em que as informações do trecho original foram mantidas.

Humanos e pássaros compartilham genes e padrões neurais semelhantes que possibilitam a fala e o canto.

a) Os genes e os padrões neurais dos humanos e dos pássaros são diferentes; por isso, um fala, e o outro canta.
X b) Os genes e os padrões neurais dos humanos e dos pássaros são parecidos. Isso torna possíveis a fala e o canto.
c) Os humanos e os pássaros têm genes e padrões neurais iguais, os quais possibilitam a fala e o canto.
d) Assim como os humanos, os pássaros podem falar e cantar, pois os genes e os padrões neurais dos dois são semelhantes.

18 8º. ano – volume 3


Voz passiva e voz ativa 8

Em uma oração, a relação entre sujeito e verbo é indicada pela voz verbal. Quando o sujeito pratica ou exerce
a ação expressa pelo verbo, tem-se um sujeito agente e o verbo está na voz ativa. Quando o sujeito recebe ou
sofre uma ação, tem-se um sujeito paciente e o verbo está na voz passiva.

8. Identifique o sujeito dos trechos extraídos do texto Canto de pássaro, linguagem de gente.
a) “Jarvis estuda as bases biológicas da linguagem há 20 anos.”
“Jarvis”.

b) “[...] cães e até galinhas podem entender a linguagem [...]”


“cães e até galinhas”.

c) “A psicóloga Janet Werker [...] estuda a aquisição da linguagem em bebês [...]”


“A psicóloga Janet Werker”.

d) “[...] os humanos usam a linguagem majoritariamente para a comunicação.”


“os humanos”.

9. Reescreva as orações da atividade anterior na voz passiva, conforme o exemplo.

Orangotango escova dentes. Dentes são escovados por orangotango.

a) “Jarvis estuda as bases biológicas da linguagem há 20 anos.”


As bases biológicas da linguagem são estudadas por Jarvis há 20 anos.

b) “[...] cães e até galinhas podem entender a linguagem [...]”


A linguagem pode ser entendida por cães e até galinhas.

c) “A psicóloga Janet Werker [...] estuda a aquisição da linguagem em bebês.”


A aquisição da linguagem em bebês é estudada pela psicóloga Janet Werker.

d) “[...] os humanos usam a linguagem majoritariamente para a comunicação.”


A linguagem é usada pelos humanos majoritariamente para a comunicação.

ƒ Identifique os sujeitos das novas orações formadas.


a) “As bases biológicas da linguagem”.

b) “A linguagem”.

c) “A aquisição da linguagem em bebês”.

d) “A linguagem”.

língua portuguesa 1 9
10. Analise a relação entre o sujeito e o verbo nas orações a seguir. Marque P para orações que contêm sujeito que pratica uma
ação e R para orações que contêm sujeito que recebe uma ação.
( P ) A cientista analisou a fala dos bebês.
( P ) O fazendeiro comprou um cavalo enorme.
( P ) Ele instalou o brinquedo no quintal.
( R ) O primeiro aparelho de telefone foi criado por Alexander Graham Bell.
( P ) O feirante vendeu muitas frutas hoje.
( R ) A fala dos bebês foi analisada pela cientista.
( R ) Um cavalo enorme foi comprado pelo fazendeiro.
( R ) O brinquedo foi instalado por ele no quintal.
( P ) Alexander Graham Bell criou o primeiro aparelho de telefone.
( R ) Muitas frutas foram vendidas pelo feirante hoje.
11. Identifique se as orações a seguir estão na voz ativa ou na voz passiva.
a) Márcia e Rodrigo programaram sua viagem de férias.
Voz ativa.

b) A seleção foi escalada pelo técnico.


Voz passiva.

c) Luciana vendeu seu carro.


Voz ativa.

d) O evento será realizado pelo diretor.


Voz passiva.

e) A situação é analisada com muita cautela.


Voz passiva.

12. (TRT – RJ) “Tudo isso pode ser comprovado por qualquer cidadão”. A forma ativa dessa mesma frase é:
X a) Qualquer cidadão pode comprovar tudo isso.
b) Tudo pode comprovar-se.
c) Qualquer cidadão se pode comprovar tudo isso.
d) Pode comprovar-se tudo isso.
e) Qualquer cidadão pode ter tudo isso comprovado.

20 8º. ano – volume 3


MÃOS À OBRA

Enquete 9

Neste capítulo, a produção escrita será realizada em grupos e incluirá a elaboração, a aplicabilidade e a in-
terpretação dos dados de uma enquete. Tendo em vista que o contexto de produção pode influenciar a coleta
de informações, planejem cuidadosamente o questionário, para que vocês obtenham resultados conclusivos.

Preparação
1. Definam o tema da enquete.
Pessoal.

Construção do questionário
As questões devem ser específicas, claras e objetivas, para que as pessoas que forem responder à enquete
compreendam o que está sendo perguntado.
a) O que será perguntado na enquete?
Pessoal.

b) Com relação ao formato das questões, as perguntas terão quais tipos de resposta?
( ) Sim e não. ( ) Certo e errado. ( ) Opções a serem escolhidas.
c) Elabore as questões que comporão a enquete.
Pessoal.

língua portuguesa 21
Produção 10

2. Para coletar os dados necessários, providenciem cópias das questões elaboradas e as distribuam a diversas pessoas.
ƒ Qual é o resultado esperado com essa enquete?
Pessoal.

3. Façam a contagem das respostas e elaborem uma conclusão sobre os resultados obtidos na enquete.
Pessoal.

4. Expliquem se já esperavam esses resultados ou se ficaram surpresos e por quê.


Pessoal.

Avaliação
5. Após a elaboração e a aplicação da enquete, avaliem sua produção.

Critérios de autoavaliação Sim Não

As questões foram elaboradas com base em um contexto pertinente?

O conjunto de questões deixa claro o objetivo da enquete?

As questões foram escritas de forma específica, clara e objetiva, sem gerar dúvidas a quem
respondeu à enquete?

As respostas foram contabilizadas?

22 8º. ano – volume 3


VOCÊ COM A PALAVRA

Apresentação de dados 11

Após a realização da enquete, vocês devem apresentar os resultados obtidos. Para facilitar a compreensão
dos dados, elaborem um gráfico. Para isso, relembrem algumas características desse gênero, estudado no ano
anterior.

Gráfico
ƒ É a representação geométrica de um agrupamento de dados para facilitar a compreensão das informações
que os geraram. Por meio dos gráficos, é possível verificar e comparar dados e resultados, além de identificar
padrões nestes.
ƒ Há gráficos de diversos tipos (barras, linhas, setores, etc.), os quais podem ser utilizados em várias áreas do
conhecimento.
ƒ Um gráfico deve apresentar título, legenda (para identificar as informações que o compõem) e fontes dos
dados e das informações utilizadas para sua produção.

Preparação
1. Escolham um tipo de gráfico – de barras, de linhas (segmentos) ou de setores (pizza) – e representem os dados colhidos
na enquete.

2. Elaborem um rascunho com as informações que serão divulgadas. Esse texto não deverá ser lido no momento da apresen-
tação; o intuito é que ele sirva apenas como preparação, para que se sintam mais seguros ao expor os dados à turma.

língua portuguesa 23
Produção
3. Organizem a sala para as apresentações. Se forem usar projetor, realizem testes antes a fim de evitar imprevistos.
4. Falem em um tom de voz que seja claro para todos.
5. Quando outro grupo estiver se apresentando, ouçam-no atentamente, sem conversas paralelas.
6. Anotem as informações que considerarem importantes.

7. Ao final das apresentações, vocês podem fazer perguntas, caso tenham dúvidas, ou comentários sobre o assunto.

Avaliação
8. Avalie, individualmente, sua participação nessa apresentação.

Critérios de autoavaliação Sim Não


Você apresentou os dados de forma objetiva?

Usou um tom de voz adequado?

Ficou atento às falas dos colegas?

Fez comentários ou perguntas ao final das apresentações?

24 8º. ano – volume 3


O que Aprendi

1. Asssinaale a allternnativa cujjo teextto podee ser classificcado comoo o resuultado de umaa enquetee.
a)

O Halloween tem suas raízes não na cultura americana, mas no Reino Unido. Seu nome deriva
de “All Hallows’ Eve”.
“Hallow” é um termo antigo para “santo”, e “Eve” é o mesmo que “véspera”. O termo desig-
nava, até o século 16, a noite anterior ao Dia de Todos os Santos, celebrado em 1.º de novembro.

A CURIOSA origem do Dia das Bruxas. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151029_


origem_halloween_rb>. Acesso em: 28 out. 2019.

X b)
CONTOS DE HALLOWEEN – opinião dos visitantes

DIVERTIDO 52%

ASSUSTADOR 15%

CHATO 12%

NÃO OPINARAM 21%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/


provas/2012/caderno_enem2012_dom_amarelo.pdf>. Acesso em: 11 dez. 2019.

2. Relaaciione os terrmos a seus usos.


( A ) quue ( B ) qual ( C ) onde/aoonde
( C ) É usado quandoo o referente é um lugar e pode ser substituído por em que (quando o verbo exigge a preposiçção em))
ou poor a que (qquando o verbo exige a preposição a).
( A ) É chaamaddo de pronom
me relativo universal. Normalmente, é empregado para evitar repeetiçõões em um textoo.
( B ) Podde ser usaado com qualqueer antecedente. Em geral, é empregado para evitaar am
mbigguidade ou a reppetiiçãoo exxcessivaa
do proonomee quue.
3. Reelaciione a vozz verball a suaa característica princcipal.
( A ) Voz attiva ( B ) Voz passiva

( B ) O suujeito recebee um
ma ação.
( A ) O sujeeito pratica uma açãão.

língua portuguesa 25
Discurso: da escrita
para a fala

©Shutterstock/Matej Kastelic

Em momentos importantes como cerimônias, formaturas e eventos institucionais, normalmente há


um representante que fala em nome de um grupo.

e s p aço de diálogo
1
1. Você já precisou falar em público? Se sim, como se sentiu nessa ocasião?
2. Você já presenciou discursos em algum evento? Se sim, apresente pontos positivos e negativos sobre eles.

26
o s
t iv
e
O bj ƒ Identificar e avaliar recursos linguísticos na construção do gênero discurso.
ƒ Reconhecer e aplicar estratégias de modalização.
ƒ Comparar orações coordenadas com orações subordinadas.
ƒ Elaborar um discurso.
ƒ Apresentar um discurso em um evento.

TRAJETÓRIA DE LEITURA

Discurso
Leia com atenção o texto a seguir, apresentado em uma formatura do 5º. ano do Ensino
Fundamental.

Aos formandos do 5º. Ano do ensino fundamental da


Fundação Educacional Dona Albertina
Escola de Ensino Fundamental e Médio Dom Viçoso
Sra. Diretora, professores, funcionários, paraninfos, alunos e familiares.
Numa solenidade tão importante quanto esta, é preciso falar de sonhos. quimeras: fantasias geralmente
impossíveis, irrealizáveis;
Não falo dos sonhos das coisas impossíveis, das quimeras, não falo dos
devaneios, sonhos, utopias.
sonhos individuais em meio ao sono; falo do sonho de ser na sociedade.
Ser não pode significar luta desleal por um cargo ou por uma posição. Ser deve representar a busca por
uma formação fundada em princípios morais e éticos, nas virtudes e na vontade de fazer o bem para a socie-
dade e para o mundo.
Nesse tempo de discussão sobre aquecimento da terra, fruto da ação desregrada do homem em busca do
desenvolvimento a qualquer custo, cabe aos estudantes a busca por caminhos que nos levem à recuperação
da terra para termos ambiente saudável à vida. Isso é sonho.
Alguém só se torna bom professor, bom padre, bom marceneiro, bom comerciante, bom padeiro, bom
advogado, bom vereador, bom prefeito se tiver o sonho de fazer bem aquilo a que se dispõe fazer, sabendo que
não faz para si, porque faz para os outros, para a sociedade. Falo desse sonho de ser um bom profissional que
vai ser relevante para a humanidade. As professoras desta escola sabem bem disso, fazem bem isso, porque
deixam suas casas e vêm para cá, para ensinar crianças e adolescentes a serem fundamentais para a sociedade.
Em nome dos componentes do Jornal Aldrava Cultural, agradeço a escolha do nosso nome para ser
Patrono das formaturas deste ano. Os poetas do Jornal Aldrava têm o sonho de produzir e divulgar muita
literatura junto com os alunos das escolas de Mariana, pois sabem que a literatura é a forma mais apropriada
para mostrar a todos que os sonhos são reais.
Que os sonhos de vocês sejam a realidade de um mundo cada vez melhor.
Com os cumprimentos dos poetas do Jornal Aldrava Cultural 2

AOS FORMANDOS do 5.º Ano do ensino fundamental da Fundação Educacional Dona Albertina. Disponível em: <https://
www.jornalaldrava.com.br/pag_lanc_aldravinha.htm>. Acesso em: 12 nov. 2019.

língua portuguesa 27
Conheça um pouco da instituição que fez o discurso para os alunos.

A história aldravista começa no ano de


2000, com o lançamento do Jornal Aldra-
va Cultural, idealizado por Gabriel Bicalho,
que delineava como objetivo a produção
livre da arte, sem o ranço da crítica acadê-
mica elitista e preconceituosa. A primeira
providência foi a de buscar a superação do
critério de seleção dos textos para publi-
cação pautados no parâmetro qualitativo:
bom/ruim. No lugar disso, o aldravismo
concentrou-se em definir qualidade como
algo derivado da consciência da proposta
artística e de seu direcionamento a um pú-

©Shutterstock/CobraCZ
blico definido. [...] Esse caminho inicial de
conceituação do aldravismo é o da busca in-
condicional do exercício da liberdade, e não
poderia ser de outra forma, já que ele nasce
no berço da liberdade – Mariana. Ressalve-
-se, no entanto, que cópia continua a ser
vista como cópia. A obra de arte obriga-se
à apresentação do produto original e único. A palavra “aldrava”, que dá nome à instituição escolar,
refere-se à peça de metal utilizada para bater às portas

SOMOS aldravistas, produzimos aldravismo! Disponível em: <https://


www.jornalaldrava.com.br/pag_quem_somos.htm>. Acesso em: 12
nov. 2019.

1. Com relação ao texto apresentado na formatura do 5º. ano, responda às questões.


a) A quem foi direcionado esse discurso?
À diretora da Fundação Educacional Dona Albertina, aos professores, aos funcionários, aos paraninfos, aos alunos do 5.º ano do

Ensino Fundamental e a seus familiares.

b) Quem proferiu o discurso? proferiu: expressou-se


Um representante do Jornal Aldrava Cultural. oralmente; manifestou-
-se em voz alta.
2. Pelo discurso, fica evidente que o representante dos patronos quer passar uma mensagem
motivadora aos alunos. Qual é a temática dessa mensagem?
Pessoal. Esperamos que os alunos percebam que a temática diz respeito ao sonho no sentido de “ser”, e não de devaneio.

3. O que justifica a escolha dos poetas do Jornal Aldrava Culturall para a realização desse discurso?
O fato de esses poetas saberem que a literatura é a forma mais apropriada para mostrar a todos que os sonhos são reais.

28 8º. ano – volume 3


4. Para a realização de uma cerimônia de formatura, algumas pessoas são escolhidas para falar à turma, fazer ou receber
homenagens, etc. Pesquise os significados dos termos abaixo e registre-os. 3

Patrono:
Personalidade que se destaca no convívio estudantil, de reconhecida competência e padrão de referência de conhecimento.

Apesar de o patrono ser o cargo máximo na hierarquia das homenagens, sua figura não é obrigatória.

Paraninfo:
“Padrinho” da turma, ou seja, quem comenta formalmente o bom desempenho dos estudantes perante a sociedade. Também é

função do paraninfo conduzir os formandos na entrada do salão e entregar os certificados a seus “afilhados”.

Nome de turma:
Pessoa que tem prestígio perante a turma e que, de alguma maneira, inspirou os formandos.

Professor ou funcionário homenageado:


Alguém que, no cotidiano das relações acadêmicas e administrativas, teve mais proximidade e afinidade com a turma de for-

mandos.

Orador da turma:
Formando escolhido para falar em nome da turma. A responsabilidade do orador é elaborar um discurso à altura da importância

da solenidade. É aconselhável que ele apresente o discurso à turma para aprovação, já que estará falando em nome de todos.

5. Se a formatura de sua turma fosse neste semestre, quem deveria ser, em sua opinião,
a) o patrono?
Pessoal.

b) o paraninfo?
Pessoal.

c) o nome de turma?
Pessoal.

língua portuguesa 29
d) o professor ou funcionário homenageado?
Pessoal.

e) o orador da turma?
Pessoal.

No decorrer do capítulo, você aprenderá a elaborar um discurso de orador da turma. A estrutura dos discur-
sos, apesar de algumas particularidades entre as funções, é praticamente a mesma.
6. Um discurso é composto, basicamente, das seguintes partes:

Introdução Anúncio do homenageado


Despedida Agradecimento
Desenvolvimento Direcionamento do discurso

ƒ Complete os quadros indicando a qual dessas partes cada um dos trechos se refere.
Aos formandos do 5.º Ano do ensino fundamental da
Anúncio do homenageado Fundação Educacional Dona Albertina
Escola de Ensino Fundamental e Médio Dom Viçoso

Direcionamento do discurso Sra. Diretora, professores, funcionários, paraninfos, alunos e familiares.

Numa solenidade tão importante quanto esta, é preciso falar de sonhos.


Não falo dos sonhos das coisas impossíveis, das quimeras, não falo dos
sonhos individuais em meio ao sono; falo do sonho de ser na sociedade.
Introdução Ser não pode significar luta desleal por um cargo ou por uma posição.
Ser deve representar a busca por uma formação fundada em princípios
morais e éticos, nas virtudes e na vontade de fazer o bem para a
sociedade e para o mundo.

Nesse tempo de discussão sobre aquecimento da terra, fruto da ação


desregrada do homem em busca do desenvolvimento a qualquer custo,
cabe aos estudantes a busca por caminhos que nos levem à recuperação
da terra para termos ambiente saudável à vida. Isso é sonho.
Alguém só se torna bom professor, bom padre, bom marceneiro, bom
Desenvolvimento comerciante, bom padeiro, bom advogado, bom vereador, bom prefeito
se tiver o sonho de fazer bem aquilo a que se dispõe fazer, sabendo
que não faz para si, porque faz para os outros, para a sociedade. Falo
desse sonho de ser um bom profissional que vai ser relevante para a
humanidade. As professoras desta escola sabem bem disso, fazem bem
isso, porque deixam suas casas e vêm para cá, para ensinar crianças e
adolescentes a serem fundamentais para a sociedade.

Em nome dos componentes do Jornal Aldrava Cultural, agradeço a


escolha do nosso nome para ser Patrono das formaturas deste ano. Os
poetas do Jornal Aldrava têm o sonho de produzir e divulgar muita
Agradecimento
literatura junto com os alunos das escolas de Mariana, pois sabem que a
literatura é a forma mais apropriada para mostrar a todos que os sonhos
são reais.

Que os sonhos de vocês sejam a realidade de um mundo cada vez melhor.


Despedida
Com os cumprimentos dos poetas do Jornal Aldrava Cultural

30 8º. ano – volume 3


7. De acordo com as partes identificadas na atividade anterior, responda às questões.
I. Anúncio da turma homenageada
a) Logo no início do discurso, uma palavra indica que ele será direcionado a alguém. Que palavra é essa?
A contração “Aos”, formada pela preposição a e pelo artigo os.

b) Como é identificado o público ao qual o discurso se destina?


Tanto a turma à qual o discurso se destina quanto a instituição de ensino são mencionados; portanto, pode-se dizer que a identi-

ficação é detalhada.

II. Direcionamento do discurso

Sra. Diretora, professores, funcionários, paraninfos, alunos e familiares.

a) O termo destacado pode ser classificado como 4

( ) adjetivo.
( ) advérbio.
( X ) pronome.
ƒ Especifique-o. O termo “Sra.” é a abreviatura de um pronome de tratamento (Senhora), utilizado de forma cerimoniosa.

b) A respeito dos elementos de uma oração, esse trecho pode ser caracterizado como
( ) aposto – palavra ou frase que explica um ou vários termos da oração. 5

( X ) vocativo – quando o falante se dirige ao ouvinte, ou seja, quando quem fala chama, nomeia ou invoca a pessoa
com quem está falando. 6
III. Introdução
Com relação à introdução, é correto afirmar que o texto apresenta
( ) uma tese, ou seja, um argumento que será defendido com o objetivo de convencer o leitor do ponto de vista do autor.
( X ) o tema que permeará o discurso, ou seja, o fio pelo qual se desenvolverá toda a narrativa.
IV. Desenvolvimento
Sobre o desenvolvimento do discurso, assinale a alternativa correta.
analogia: semelhança
( X ) Faz uma analogia a fim de contextualizar o tema abordado na introdução. de propriedades entre
( ) Refaz o argumento apresentado na introdução, contradizendo-o. seres, objetos ou fatos.

( ) Complementa o ponto de vista do autor, porém não há vínculo direto com o tema abordado na introdução.
( ) Finaliza o pensamento do autor a respeito do que é sonho.

língua portuguesa 31
V. Agradecimento
a) Quem agradece a escolha como patrono da turma do 5.º ano do Ensino Fundamental?
Os componentes do Jornal Aldrava Cultural.

b) Que palavra demonstra que esse trecho pertence ao agradecimento?


A palavra “agradeço”.

VI. Despedida
a) A despedida se inicia com uma frase motivacional. Que frase é essa?
“Que os sonhos de vocês sejam a realidade de um mundo cada vez melhor.”

b) O parágrafo “Com os cumprimentos dos poetas do Jornal Aldrava Cultural” tem a função de
( X ) finalizar o discurso, apresentando, em nome dos poetas, os cumprimentos aos alunos.
( ) dar prosseguimento ao discurso, que, até o momento, não estava concluído.

Estratégias de modalização
A modalização diz respeito à expressão do ponto de vista do enunciador (aquele que produz o texto). Os
modalizadores, palavras responsáveis por essa expressão, são essenciais para a construção dos sentidos do tex-
to. Eles sinalizam o posicionamento ou a opinião do produtor do texto sobre determinado assunto; por isso, a
modalização é um recurso importante para a argumentação.

As modalizações podem ser explicitadas por meio de


ƒ expressões do tipo é + adjetivo (é provável, é necessário, é obrigatório);
ƒ advérbios e locuções adverbiais (talvez, provavelmente, sem dúvida);
ƒ construções com verbos modais (poder, dever);
ƒ construções verbais (ter de, precisar de, necessitar de);
ƒ orações modalizadoras (tenho certeza de que, todos sabemos que, não há dúvida de que).

Os modalizadores podem exprimir certeza/incerteza, dúvida/contestação, constatação/possibilidade, julga-


mento, etc. Observe os diferentes efeitos de sentido que as modalizações podem causar em uma frase.
ƒ Constatação – Eu vejo que o problema foi resolvido.
ƒ Obrigação – É obrigatório chegar ao trabalho às 8 horas.
ƒ Desejo – Eu espero que a criminalidade diminua com a nova lei.
ƒ Possibilidade – Pode ser que a situação mude no ano que vem.
ƒ Confirmação – Eu garanto que a falha será corrigida.
ƒ Necessidade – É importante que você tome essa decisão logo.

32 8º. ano – volume 3


Há também modalizações que indicam julgamento ou estado psicológico. Por exemplo:
ƒ Dificilmente, a criminalidade diminuirá com a nova lei.
ƒ Felizmente, ninguém se feriu no acidente.
ƒ É com prazer que lhes apresento a nova coleção de roupas.
Leia esta frase extraída do discurso que você leu.

[...] é preciso falar de sonhos.

Nesse trecho, a expressão em destaque ajuda a construir o efeito de sentido de necessidade.


8. Reescreva as sentenças acrescentando modalizadores para expressar as ideias indicadas entre parênteses. Faça as alterações
necessárias.
a) Aquele cantor famoso fará uma apresentação em nossa cidade. (certeza)
Sugestão: Com certeza/Certamente, aquele cantor famoso fará uma apresentação em nossa cidade.

b) O dólar vai subir esta semana. (possibilidade)


Sugestão: Talvez/Pode ser que o dólar suba esta semana.

c) Os convidados vão à festa com trajes sociais. (obrigação)


Sugestão: Os convidados devem ir à festa com trajes sociais.

d) A mortalidade infantil diminuiu no Brasil. (desejo)


Sugestão: Eu espero que a mortalidade infantil diminua no Brasil.

9. Leia o trecho a seguir, extraído de uma reportagem sobre esporte.

Prática esportiva faz bem para o corpo e também para a mente


Às vezes, o atleta amador vê um profissional na televisão e tenta imitá-lo. Mas o profissional tem um
preparo que o amador não tem”, destaca Roberto. Chiari conta que a regularidade é mais importante que
a quantidade de exercício realizada. “Não adianta nada a pessoa correr quatro dias em uma semana, dois
dias na seguinte, um na posterior e três na outra. Ele deve manter uma frequência certa”. Isso vale, por
exemplo, para os famosos jogadores de futebol de fim de semana. Por ser uma atividade que exige muito
do corpo, é importante que o futebolista amador mantenha-se exercitando mesmo quando não tem jogo.

PRÁTICA esportiva faz bem para o corpo e também para a mente. Disponível em: <http://redeglobo.globo.com/globocidadania/
noticia/2013/11/pratica-esportiva-faz-bem-para-o-corpo-e-tambem-para-mente.html>. Acesso em: 4 dez. 2019.

ƒ As expressões em destaque são exemplos de modalizadores que indicam


a) possibilidade. b) obrigatoriedade. X c) necessidade.

língua portuguesa 33
Os verbos e a modalização
Nos exemplos anteriores, os verbos estão relacionados à modalização, assim como o emprego das pessoas
verbais. O produtor de um texto argumentativo pode optar por modalizações mais subjetivas (Eu constatei que
a criminalidade...) ou mais objetivas (Constatou-se que a criminalidade...), projetadas, em maior ou menor grau,
pelo uso da primeira ou da terceira pessoa verbal.
Os modos verbais – indicativo, subjuntivo e imperativo – também se relacionam à modalização. Eles se
referem à forma como a ideia é expressa.

Modo indicativo
As formas verbais do modo indicativo são empregadas pelo produtor do texto para explicitar a ideia de
certeza em relação ao fato expresso pelo verbo. O modo indicativo apresenta os seguintes tempos: presente,
pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito.

Modo subjuntivo
As formas verbais do modo subjuntivo são utilizadas pelo produtor do texto para explicitar a ideia de dúvida,
hipótese, possibilidade ou incerteza em relação ao fato expresso pelo verbo. O presente, o pretérito imperfeito
e o futuro são os tempos que compõem o modo subjuntivo.

Modo imperativo
O modo imperativo é composto de duas formas verbais – a afirmativa e a negativa –, que expressam ideia
de ordem, pedido, sugestão ou conselho.

Analise estas frases:

Com frequência, viajo à minha cidade natal.


Modo
Viajamos para Fortaleza no ano passado.
indicativo
Nas próximas férias, viajarei com meus amigos.

Meus pais querem que eu viaje com eles nas férias.


Modo
Se eu viajasse com meus pais, iríamos a Salvador.
subjuntivo
Quando eu viajar com meus pais, ficaremos em um bom hotel.

Nas férias, viaje sempre com sua família. Modo


Não viaje sem seus documentos. imperativo

34 8º. ano – volume 3


10. Complete as frases empregando os verbos entre parênteses no tempo e modo adequados. Depois, sublinhe os modalizadores.
a) Estou certa de que o povo não acredita/acreditou/acreditará nas promessas daquele candidato. (acreditar)
b) É possível que ele não vá à festa hoje à noite. (ir)
c) Certamente, ele entregou/entregará o trabalho na data marcada. (entregar)
d) Espero que ele seja feliz. (ser)
11. Explique a diferença de sentido entre os pares de frases a seguir.
a) Há muita matéria acumulada. É preciso que a professora venha amanhã.
Possivelmente a professora virá amanhã.
“É preciso” – necessidade; “Possivelmente” – possibilidade.

b) Com certeza a professora virá amanhã.


Talvez a professora venha amanhã.
“Com certeza” – certeza; “Talvez” – possibilidade.

12. Analise o título de notícia a seguir.

Gabriel admite possível adeus do Flamengo: “Pode ser a última no Maracanã”

GABRIEL admite possível adeus do Flamengo: “Pode ser a última no Maracanã”. Disponível em:
<https://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,gabriel-admite-possivel-adeus-do-flamengo-pode-
ser-a-ultima-no-maracana,70003113178>. Acesso em: 4 dez. 2019.

ƒ O jogador Gabriel, ao se referir ao jogo no qual estaria presente, expressa ideia de


a) certeza.
X b) possibilidade.

c) julgamento.
13. (UERJ) “Se são eles que vêm até aqui, não há dúvida de que são muito mais desenvolvidos do que nós [...]”
O vocábulo que melhor representa o sentido da expressão destacada é:
X a) certamente

b) provavelmente
c) prioritariamente
d) fundamentalmente

língua portuguesa 35
OUTROS TEXTOS,
OUTROS CAMINHOS

O gênero discurso está presente não apenas em cerimônias de formatura, mas também em congressos,
seminários, etc., ou seja, em qualquer situação na qual as pessoas se reúnam para fazer um pronunciamento a
respeito de algo.

Gisele Bündchen discursa na Assembleia Geral da ONU


Embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a
modelo recebeu o convite do presidente da França, Emmanuel Macron, para participar
do lançamento do Pacto Global para o Meio Ambiente

Gisele Bündchen discursou na cúpula na da 72ª. Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta
terça-feira (19.09), em Nova York.
A modelo, que é Embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente,
recebeu o convite do presidente da França, Emmanuel Macron, para participar do lançamento do Pacto
Global para o Meio Ambiente. Gisele se pronunciou sobre a urgência da adoção de novas medidas para
preservação da natureza e a importância deste pacto de proteção ambiental unificado para dar legitimi-
dade aos direitos ambientais.
[...]
Após o encontro com Macron, a übermodel escreveu uma übermodel: modelo de elite
mensagem para o presidente francês em seu perfil no Instagram. mundialmente conhecida.
Obrigada, presidente @EmmanuelMacron, por liderar o Pacto Global para o meio ambiente.
Devemos parar de viver com a ideia de que “o que não é visto não é lembrado” – se não estamos
vendo, não nos afetará. Porque irá afetar, já que tudo neste mundo está conectado. O lixo, por exem-
plo, que desaparece magicamente de nossas casas todos os dias, vai parar em algum lugar: em aterros
sanitários, em rios e oceanos, contaminando peixes, e em fontes de água, voltando direto para nossa
mesa. Precisamos acordar – repensar a forma como vivemos, a maneira como produzimos, como con-
sumimos e mudar nossos hábitos antes que seja tarde demais, concluiu.
Confira o discurso na íntegra abaixo:
“Excelentíssimos Chefes de Estado, sua Excelência Sr. Presidente Macron da França, Secretário-Geral
da ONU, Presidente da Assembleia Geral da ONU, distintos convidados, senhoras e senhores, boa tarde.
Tenho a honra de estar aqui hoje para falar sobre a Mãe Terra. Desde criança, sempre amei a natureza.
Cresci em uma pequena cidade no Sul do Brasil, correndo livre e subindo em árvores. Achava que a
natureza era indestrutível.
Mas, em uma viagem à Amazônia em 2004, aprendi a dura verdade sobre a destruição maciça que
nós, humanos, estamos causando. Depois dessa experiência, tudo mudou para mim. Decidi que faria
tudo o que estivesse ao meu alcance para dividir com todos o que presenciei. Desde aquele dia, tenho
sido uma defensora ferrenha da natureza.

36 8º. ano – volume 3


©Getty Images/AFP/Ludovic Marin

Gisele Bündchen
discursa na Assembleia
Geral das Nações Unidas

No ano passado, voltei para a Amazônia com uma equipe para criar um documentário sobre a de-
vastação da Floresta Amazônica e sobre ideias do que poderia ser feito para protegê-la em benefício de
todo o mundo. Quando voltei para casa, meu filho, de seis anos, curioso, quis saber tudo sobre minha
viagem. Depois que contei a ele sobre a beleza da floresta e sobre a enorme destruição que vi, ele ficou
angustiado e me perguntou: “Por que estão destruindo a floresta? E todos os animais?”. Com lágrimas nos
olhos, ele me disse: “– Mãe, eles precisam parar. Por favor, precisamos fazer algo!”. Eu prometi a ele que eu
faria. E é por isso que estou aqui hoje. Estou aqui como mãe, filha, irmã, esposa e como Embaixadora da
Boa Vontade da ONU para o meio ambiente. Estou aqui pela natureza, pelos meus filhos e pelas futuras
gerações, porque acredito que cada voz conta.
Há mais de 20 anos, quando tinha apenas 14 anos, estava em um longo voo para o Japão, sentada
entre dois fumantes e a todo tempo pensava: como é possível que as pessoas possam fumar aqui? A
fumaça do cigarro afeta não só as pessoas que escolheram fumar, mas também os que as cercam. Na-
quela época, a publicidade de cigarros estava em toda parte e era mostrada de forma glamourosa. Hoje,
é claro, todos sabemos sobre o efeito que os cigarros têm em nossa saúde, a publicidade de cigarros
foi restringida e, em alguns lugares, os fumantes são multados. No entanto, empresas de vários setores
ainda continuam ignorando o impacto de suas ações, contaminando nosso solo, despejando toxinas em
nossos rios e oceanos e poluindo nosso ar, enquanto suas publicidades anunciam imagem diversa, e elas
não sofrem qualquer consequência em relação a isso. O dano que estamos causando ao meio ambiente
não afeta apenas a nós, mas gera danos irreversíveis ao nosso planeta e às futuras gerações.
Devemos parar de viver com a ideia de que “o que não é visto não é lembrado” – se não estamos ven-
do, não nos afetará. Porque irá afetar, já que tudo neste mundo está conectado. O lixo, por exemplo, que
desaparece magicamente de nossas casas todos os dias, vai parar em algum lugar: em aterros sanitários,
em rios e oceanos, contaminando peixes, e em fontes de água, voltando direto para nossa mesa.
Meu pai uma vez me disse: “Tenha certeza de que planta o que quer colher, porque a vida lhe dá de
volta o que você semeia”. É o ciclo da vida. É assim que a natureza funciona. Precisamos entender que
nossos recursos naturais são finitos. Se continuarmos a poluir nossos solos, nossos rios, nossos oceanos,
nosso ar e a desmatar nossas florestas em nome do “desenvolvimento”, teremos consequências catas-
tróficas. Nossa existência depende da saúde do nosso planeta. Quando curamos a Terra, curamos a nós
mesmos. Não importa onde você mora – França, Canadá, Brasil, Índia, México, Estados Unidos ou qual-
quer outro país –, todos nós compartilhamos esta Terra. Um desastre natural que afeta uma área ou uma
região do nosso planeta, a longo prazo, afetará a todos nós.

língua portuguesa 37
Um homem sábio uma vez disse: “Que não esperemos até que a última árvore tenha morrido e o últi-
mo rio seja envenenado e o último peixe pescado para percebermos que não podemos comer dinheiro”.
Precisamos acordar – repensar a forma como vivemos, a maneira como produzimos, como consumimos
e mudar nossos hábitos antes que seja tarde demais.
Com o Pacto Global do Meio Ambiente, podemos criar uma proteção ambiental unificada para ga-
rantir que os direitos ambientais tenham a mesma força legal que os direitos humanos. Quero convi-
dar aqueles com coragem para dar um passo a frente, para que nossos filhos, netos e futuras gerações
possam continuar a prosperar, e a Terra possa continuar nos dando todas as suas bênçãos. Com a sua
participação, podemos fazer isso acontecer. Não em vinte anos. Não em dez anos. Mas AGORA, juntos e
unidos, podemos fazer parte da solução. Podemos criar um mundo melhor!
Obrigada!”

MELLO, Paula; BALTAZAR, Thiago. Gisele Bündchen discursa na Assembleia Geral da ONU. Disponível em: <https://revistamarieclaire.
globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2017/09/gisele-bundchen-discursara-na-assembleia-geral-da-onu.html>. Acesso em:
13 nov. 2019.

1. Considerando o texto lido, registre as informações a seguir.


a) Título:
“Gisele Bündchen discursa na Assembleia Geral da ONU”.

b) Linha-fina:
“Embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a modelo recebeu o convite do presidente

da França, Emmanuel Macron, para participar do lançamento do Pacto Global para o Meio Ambiente”.

c) Autoria:
Paula Mello e Thiago Baltazar.

d) Suporte em que foi publicado:


No site da revista Marie Claire, da editora Globo.

e) Personalidade que realizou o discurso:


A übermodel Gisele Bündchen.

2. De acordo com o discurso da modelo, responda às questões propostas.


a) A quem o discurso é direcionado?
Aos chefes de Estado; ao presidente da França, Emmanuel Macron; ao secretário-geral da ONU; ao presidente da Assembleia Geral

da ONU; aos distintos convidados; e aos senhores e senhoras.

b) Que fato marcante motivou a modelo a dedicar-se à causa ambiental?


Em uma viagem que realizou à Amazônia em 2004, Gisele Bündchen presenciou a destruição maciça que os humanos estão cau-

sando à floresta. Ela decidiu compartilhar essa experiência com todos e, desde então, tornou-se uma defensora ferrenha da natu-

reza.

38 8º. ano – volume 3


3. Com relação ao evento da Assembleia Geral da ONU, responda às questões.
a) Em sua opinião, por que Gisele Bündchen recebeu o convite para realizar o discurso?
Pessoal. Esperamos que os alunos concluam que o convite se deu pelo fato de a modelo ser Embaixadora da Boa Vontade do

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

b) Nessa assembleia, houve o lançamento de um pacto. Que pacto é esse?


Pacto Global para o Meio Ambiente.

4. Em sua opinião, a proteção do meio ambiente tem surtido efeito? Ainda hoje, é preciso tomar medidas radicais para se
reduzir a degradação ambiental ou esse problema não é mais tão urgente? Elabore sua argumentação no espaço abaixo.

Esperamos que oss alunos apontem que esse problema ainda é grave e, portanto, requer
requ a atenção de todos.

Oriente-os
os a pesquisar notícias atuais
atua
tuais
is sobre o assunto, a fim de embasar
emba
mbasar
s os argumentos apresentados.
aprese

língua portuguesa 39
5. A parte inicial do discurso de Gisele Bündchen é marcada pela
a) apresentação de argumentos acerca da devastação que ocorre na natureza.
b) divulgação de medidas a serem tomadas para a melhoria da sustentabilidade.
X c) presença de relato pessoal, em que a modelo conta como decidiu contribuir para a causa ambiental.

ƒ Transcreva um trecho do texto que comprove sua resposta.


“No ano passado, voltei para a Amazônia com uma equipe para criar um documentário sobre a devastação da Floresta Amazônica

e sobre ideias do que poderia ser feito para protegê-la em benefício de todo o mundo.”

6. Na sequência, Gisele Bündchen relata um fato que vivenciou em um voo para o Japão. Que crítica ela faz ao comportamento
de alguns passageiros?
A modelo faz uma crítica aos passageiros que fumam dentro do avião, pois, além de fazerem mal a si mesmos, afetam as pessoas ao

redor. Ela ainda comenta que, tal como aqueles passageiros, empresas de vários setores continuam ignorando o impacto de suas ações

para o meio ambiente, contaminando o solo, despejando toxinas em rios e oceanos e poluindo o ar.

7. Transcreva do texto um exemplo de atitude que, segundo a modelo, poderia contribuir para a preservação ambiental.
“Precisamos acordar – repensar a forma como vivemos, a maneira como produzimos, como consumimos e mudar nossos hábitos antes

que seja tarde demais.”

Orações coordenadas versus orações subordinadas


Para lembrar!
Oração é um enunciado organizado em torno de um verbo.
Período é uma frase com uma ou mais orações. Quando é formado por apenas uma oração, é chamado de
período simples; quando há duas ou mais orações, é denominado período composto.

8. Releia o trecho a seguir e responda às questões propostas.

[...] podemos criar uma proteção ambiental unificada para garantir que os direitos ambientais tenham a
mesma força legal que os direitos humanos.

a) Sublinhe os verbos e as locuções verbais presentes no trecho.


b) Quantas orações há nesse trecho? Transcreva-as.
Três orações.

1ª. oração: “[...] podemos criar uma proteção ambiental unificada para”; 2ª. oração: “garantir que os direitos ambientais”; 3ª. oração:

“tenham a mesma força legal que os direitos humanos”.

40 8º. ano – volume 3


Orações coordenadas
9. Observe as orações a seguir.

I. Naquela época, a publicidade de cigarros estava em toda parte. Era mostrada de forma glamourosa.

1ª. oração 2.ª. oração

II. Naquela época, a publicidade de cigarros estava em toda parte e era mostrada de forma glamourosa.

1ª. oração 2ª. oração

a) No exemplo I, cada uma das orações apresenta sentido , mesmo uma estando separada da
outra por ponto-final.
( X ) completo
( ) incompleto
b) No exemplo II, as orações foram unidas em um único período por meio da conjunção e. Como no primeiro exemplo,
cada uma delas é sintaticamente
( ) dependente.
( X ) independente. 7

ƒ Orações independentes, apresentadas em um mesmo período, são chamadas de orações coordenadas.


ƒ O período formado por orações coordenadas é chamado de período composto por coordenação.
ƒ Em um período composto por coordenação, as orações podem estar ligadas ou não por uma conjunção.

10. Leia o período a seguir.

Precisamos acordar ou repensar a forma como vivemos.

a) A conjunção ou estabelece um sentido coerente entre as duas orações do período? Explique sua resposta.
Não. Essa conjunção estabelece uma relação de alternância, mas, no período apresentado, o sentido das orações se complementa,

e não se alterna.

b) Reescreva a frase substituindo o termo “ou


“ ” por uma conjunção ou locução conjuntiva que estabeleça corretamente a
relação entre as orações.
Precisamos acordar e repensar a forma como vivemos.

língua portuguesa 41
11. Compare as seguintes construções:

I. Todos estamos cientes dos malefícios do cigarro para nossa saúde.


II. Todos estamos cientes dos malefícios que o cigarro provoca em nossa saúde.

a) Quantas orações há em cada período? Justifique sua resposta.


No período I, há somente um verbo, portanto, uma única oração. No período II, há dois verbos, ou seja, duas orações.

b) Qual desses períodos é composto?


O período II.

c) Que palavra é usada para ligar as duas orações desse período?


A palavra “que”.

d) Analisando o sentido das orações do segundo período, é possível dizer que elas são independentes? Explique sua res-
posta.
Não. As orações são dependentes entre si, porque, isoladamente, elas não apresentam sentido completo ou coerente.

Pontuação (vírgula) entre orações coordenadas


As orações coordenadas são separadas entre si por meio de vírgula. Entretanto, há uma situação em que a
vírgula é facultativa, ou seja, opcional.
12. Observe os exemplos a seguir.

I. O basco é uma das línguas mais difíceis e é falado no País Basco, na Espanha.

a) Qual é o sujeito da primeira oração?


“O basco”.

b) Qual é o sujeito da segunda oração?


Se o sujeito das duas ora-
“O basco”.
ções é o mesmo, não se usa
vírgula para separá-las.

42 8º. ano – volume 3


II. Ela não tem relação com nenhuma outra língua do mundo e sua estrutura gramatical é bastante complicada.
OU
Ela não tem relação com nenhuma outra língua do mundo, e sua estrutura gramatical é bastante complicada.

ƒ Nessas duas frases, qual é o sujeito


a) da primeira oração?
“Ela”.

Se o sujeito das duas ora-


b) da segunda oração?
ções não é o mesmo, a vír-
“sua estrutura gramatical”. gula é facultativa.

13. Assinale as orações em que a vírgula foi empregada corretamente.


X a) O carro é novo e os bancos estão limpos.
X b) O carro é novo, e os bancos estão limpos.
c) O professor entrou na sala, e cumprimentou os alunos.
X d) O professor entrou na sala, e os alunos o cumprimentaram.
14. Leia este título de notícia:

Coelho cumpre objetivo no Corinthians e confirma que voltará para o sub-20 no próximo ano

COELHO cumpre objetivo no Corinthians e confirma que voltará para o sub-20 no próximo ano. Disponível em: <https://
esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,coelho-cumpre-objetivo-no-corinthians-e-confirma-que-voltara-para-o-sub-20-no-
proximo-ano,70003114162>. Acesso em: 5 dez. 2019.

ƒ Assinale a alternativa correta.


a) O título apresenta um erro de pontuação, pois deveria haver uma vírgula antes da conjunção e.
b) Nesse título, a vírgula antes da conjunção e é facultativa.
X c) A vírgula, nesse título, é proibida, pois o sujeito das orações é o mesmo.

15. Pontue os períodos adequadamente.


a) João estudou bastante, portanto foi aprovado no teste.
b) Não corra, que é perigoso.
c) A viagem foi cansativa, mas divertida.
d) Ora chora, ora ri.
e) Saiu mais cedo de casa, contudo chegou atrasado ao trabalho.
ƒ Que regra justifica a utilização de vírgula nas frases apresentadas?
As orações coordenadas são separadas entre si por meio de vírgula.

língua portuguesa 43
Orações subordinadas
16. Leia os períodos a seguir e responda às questões.

I. É necessária a participação de todos na campanha.

a) Qual(is) é(são) o(s) verbo(s) ou a(s) locução(ões) verbal(is) dessa frase? “É”.
b) Esse período é simples ou composto? Simples.
c) Sujeito é o termo da oração com o qual o verbo concorda e sobre o qual se declara algo. Ele pode estar antes ou depois
do predicado. Qual é o sujeito do período apresentado? “a participação de todos na campanha”.

II. É necessário que todos participem da campanha.

a) Qual(is) é(são) o(s) verbo(s) ou a(s) locução(ões) verbal(is) dessa frase? “É” e “participem”.
b) Esse período é simples ou composto? Composto.
c) Qual é a primeira oração? “É necessário”.
d) Qual é a segunda oração? “que todos participem da campanha”.

O termo que era sujeito no primeiro período passou a ser uma oração. 8

Quando a relação entre duas orações de um período é de dependência, ou seja, uma completa o sentido da
outra, dizemos que o período é composto por subordinação. Exemplos:
ƒ Maria disse que viria mais tarde.
ƒ Os donos de loja tinham certeza de que as vendas no Natal seriam ótimas.
ƒ É preciso que todos compreendam sua decisão.

17. Transforme os períodos simples em períodos compostos acrescentando uma oração subordinada.
a) Nesses casos, convém a saída de todos. Nesses casos, convém que todos saiam.
b) Consta o arquivamento do caso. Consta que o caso foi arquivado.
c) Não importa o grande esforço. Não importa que o esforço seja grande.
d) Foi merecida a premiação do aluno. Foi merecido que o aluno fosse premiado.
e) É fundamental sua presença no encontro. É fundamental que você esteja presente no encontro.
18. Leia os títulos de notícia a seguir.
I.
Messi quer levar Bola de Ouro ao Camp Nou e “oferecê-la” aos torcedores

MESSI quer levar Bola de Ouro ao Camp Nou e “oferecê-la” aos torcedores. Disponível em: <https://www.uol.com.br/esporte/
futebol/ultimas-noticias/2019/12/05/messi-quer-levar-bola-de-ouro-ao-camp-nou-e-oferece-la-aos-torcedores.htm>.
Acesso em: 5 dez. 2019.

44 8º. ano – volume 3


II.
Às vésperas de passar bastão a Tiago Nunes, Coelho diz que volta ao sub-20

ÀS VÉSPERAS de passar bastão a Tiago Nunes, Coelho diz que volta ao sub-20. Disponível em: <https://www.uol.com.br/
esporte/futebol/ultimas-noticias/lancepress/2019/12/05/as-vesperas-de-passar-bastao-a-tiago-nunes-coelho-diz-que-
volta-ao-sub-20.htm>. Acesso em: 5 dez. 2019.

ƒ Assinale as alternativas corretas.


a) Em I, a oração destacada é subordinada.
X b) Em I, a oração destacada é independente sintaticamente da oração anterior.
c) Em II, a oração destacada é coordenada.
X d) Em II, a oração destacada é subordinada.
19. Leia o período a seguir e responda às questões.

O homem acreditava no perdão do irmão.

a) Esse período é simples ou composto?


Simples.

b) É possível atribuir dois sentidos diferentes ao período, ou seja, ele é ambíguo. Reescreva-o de duas maneiras substituin-
do a expressão destacada por uma oração que elimine a ambiguidade.
O homem acreditava que o irmão lhe perdoaria.

O homem acreditava que o irmão seria perdoado.

20. Reescreva o trecho evitando a repetição da palavra que.

O governo anunciou que retirará os juros dos preços de automóveis que foram vendidos desde 2008. É
preciso que todos os que possuem automóveis que foram comprados a partir dessa data verifiquem, em
seus contratos, as taxas aplicadas para que sejam restituídas.

Sugestão: O governo
overn
rnoo anunciou
a a retirada dos juros dos preços de automóveis vendidos des
desde
de 200
2
2008.
8 É preciso

que
que todos
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p dessa data verifiquem,
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em seus contratos, ass tax
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taxas
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aplicadas
p para
p restit
ituuição.
ç

língua portuguesa 45
MÃOS À OBRA

Discurso
A proposta de produção escritita destte
capítulo é um discurso de formatura.
Imagine que você está se preparando
para o fim do Ensino Fundamental.
Vale lembrar que esse discurso
será apresentado à turma em
um dia combinado.

©Shutterstock/Gugai
Preparação
1. Leia o discurso de formattura a seguiir, escriito por um alluno.

Discurso de formatura
“MOMENTOS... de decisões, momentos de escolhas, momentos de solidão, momentos a
dois, momentos de partidas, momentos que, em frações de segundos, decidimos nossos
caminhos... momentos que farão de frações... eternos dividendos... momentos que nos
tornarão heróis ou covardes, que nos farão odiar ou amar...”
Fênix Faustini

Alegre, intenso, inesquecível. Estes foram os momentos além de muitos outros que tivemos juntos.
Juntos, uma palavra forte, pois expressa todo o trabalho de vontade e dedicação entre todos nós. Dedi-
cação e momentos vividos aqui, neste chão. Momentos em que estávamos descobrindo o planeta ao
nosso redor: estudando, brincando, rindo, aprendendo. Juntos: alunos, professores, funcionários, tudo é
inesquecível. Momentos que estarão sempre como uma marca forte e preciosa em nossos corações, que
cultivaremos com carinho.

46 8º. ano – volume 3


Aprendemos, também, a ter atitude, responsabilidades, conviver, do qual retiramos muitas lições e
que precisamos usar com carinho e vontade. Responsabilidade, que para mim é sinal de liberdade. Liber-
dade de criar caminhos possíveis e impossíveis. Escolher caminhos e destinos. O tão sonhado futuro. Foi
para isso que todos os professores e funcionários lutaram para se tornar um sonho real em nossas vidas.
O que vemos aqui hoje é fruto dos passos dados pela nossa tão querida escola [...]. Por isso, não devemos
ter medo do que virá.

[...]

Nossas vidas são feitas de oportunidades. Desde o princípio, com nossos pais, que nos deram o dom
da vida, o seu amor, os seus ensinamentos. A extensão de tudo isso está na escola, nesta escola. Aqui
encontramos alegria, ânimo e até mesmo momentos irritantes, como no momento em que o professor
Gilberto passava o giz na lousa e fazia um barulho arrepiante, mas depois isso era só risadas. Isso nos
descontraía. Ou nas brincadeiras da Chica na aula [...], as histórias emocionantes da Adriana Carriel, os
comentários do Professor Carlos Siqueira, que despertavam muitas risadas. Na da Sônia, que mostrava
palavras em inglês que ninguém entendia, que eram às vezes até engraçadas. Todos faziam seu trabalho.
E que belo trabalho. Sem esquecer os alunos, como o Edson, que, com qualquer coisa, já tirava sarro.
Engraçado. Ou como o Rafael, que, junto com sua aritmética da risada, mostrava alegria para todos. A
Poliana, a menina estudiosa da sala, que, com sua simpatia e carinho, agradava a todos.

A Sueli, a Helena e o seu Wagner, que não se cansavam de ver alguns rostinhos bagunceiros, e a tão
falada “Suely da biblioteca”, que nos ensinava a arte da leitura. São esses todos os acontecimentos de
convivência que se podem resumir em uma palavra. Momentos.

Para finalizar, gostaria de enfatizar que este momento não é de tristezas porque estamos indo embora
e se separando, mas sim um momento de felicidade por saber que em frente temos um longo caminho
a seguir, um caminho que devemos olhar para frente e saber que a vida é feita de atitudes e sentimentos
que temos dentro de nós.

Tudo muda, o planeta muda, mudam a nós. Hoje não somos mais crianças de outrora, amanhã já se-
remos adultos, conservando dentro de nós as experiências vividas. Envelhecemos no corpo, nossa alma
é imortal, as ideias, o amor, os melhores sentimentos que brotarem em nós nos tornaram sempre jovens.

Essa é nossa hora, hora essa de mostrar todo o ensinamento que recebemos de todos ao nosso redor.
Chegou a vez de mostrar o nosso rosto, e podemos falar que tudo que sabemos até agora foi construído
em nós por esta escola. [...] Nossa formatura é um momento de orgulho em nossas vidas e na vida de
nossos pais. Um acontecimento feliz e inesquecível, de profundo contentamento e grandes esperanças
[...]

Obrigado, pais, mestres, funcionários, alunos, amigos.

Não diremos adeus, e sim um “até qualquer dia”!

Obrigado.

A. S.

DISCURSO de formatura. Disponível em: <https://www.recantodasletras.com.br/discursos/2601858>. Acesso em: 12 nov. 2019.

língua portuguesa 47
Produção
2. Combinem o dia e o local de apresentação dos discursos, bem como o tempo de duração de cada um. Anote as decisões
tomadas. Dessa forma, você poderá planejar a escrita de seu texto, revisá-lo e, ainda, ensaiar a leitura dele.
Pessoal.

3. Para o início do discurso, escreva como pretende cumprimentar o público e se identificar. Essa é uma boa maneira de atrair
a atenção da plateia.
Pessoal.

4. Pense nos momentos vividos pela turma durante o Ensino Fundamental, anotando as informações que considerar mais
interessantes.

Pessoal.

5. Após pensar no que foi vivenciado pela turma, comente o que está por vir. Você pode abordar questões como: Alguém
mudará de escola? A turma continuará unida? Algum colega, por determinado motivo, não fará mais parte dela?
Pessoal.

48 8º. ano – volume 3


6. Comente o papel dos estudos e da escola na sua formação e na de seus colegas. O que vocês aprenderam? Qual é a impor-
tância dos professores? Quais gostos e interesses a turma desenvolveu durante essa fase da vida?
Pessoal.

7. Escolha uma frase de um autor célebre que se enquadre em seu discurso e cujo conteúdo seja significativo para a turma.
Lembre-se de informar o nome do autor da citação.
Pessoal.

8. Elabore uma conclusão para o discurso agradecendo às pessoas que fizeram parte dessa trajetória e que, de alguma forma,
contribuíram para o desenvolvimento pessoal e estudantil de vocês.
Pessoal.

9. Com base nas anotações feitas anteriormente, escreva a primeira versão de seu texto.

Avaliação
10. Após a escrita do discurso, avalie sua produção.

Critérios de autoavaliação Sim Não

Você escreveu como irá cumprimentar o público e se identificar?

Em seu discurso, há relatos de experiências vivenciadas pela turma?

Foram mencionados planos para o futuro?

Foi inserida alguma citação adequada ao contexto do discurso?

Na conclusão, consta um agradecimento às pessoas que fizeram parte da trajetória de vocês?

11. Escreva a versão final de seu discurso, atentando para a necessidade de correções ou adaptações.

língua portuguesa 49
VOCÊ COM A PALAVRA

Discurso oral
Agora que você já escreveu seu discurso, é hora de apresentá-lo aos colegas.

Preparação
1. Para auxiliá-lo nesta etapa, apresentamos o texto a seguir. Leia-o com atenção.

Conduta quando falar


ƒ [...] Antes da apresentação, procure ter pensamentos e sentimentos positivos a seu respeito. Pense que
as pessoas não estão ali para perder tempo, portanto desejam que você tenha sucesso. Pense que você
é o anfitrião, portanto é o responsável pelo bem-estar das pessoas que estão na sua frente. [...]
ƒ No início, quando o desconforto de ficar na frente do público é maior, se houver uma mesa diretora,
cumprimente cada um dos componentes com calma. Desta forma, ganhará tempo para superar os mo-
mentos iniciais, tão difíceis. Se entre os componentes da mesa estiver um conhecido, aproveite também
para fazer algum comentário pessoal.
ƒ Antes de falar, quando já estiver no ambiente, não fique pensando no que vai dizer, preste atenção no
que as outras pessoas estão fazendo e tente se distrair um pouco.
ƒ Antes da apresentação, evite conversar com pessoas que o aborreçam, prefira falar com gente mais
simpática.
[...]
ƒ Fale com boa intensidade, nem alto nem baixo demais, sempre de acordo com o ambiente; fale com boa
velocidade, nem rápido nem lento demais, e [...] com bom ritmo, alternando a altura e a velocidade da
fala para manter aceso o interesse dos ouvintes.
ƒ Pronuncie bem as palavras, sem exagero, e fale com emoção, demonstrando interesse e envolvimento
pelo assunto.
[...]
ƒ Mantenha a expressão facial e a postura positiva ao final da sua fala.
Todas essas recomendações ajudam no momento de falar, mas nada substitui uma consistente prepara-
ção. Seja você mesmo. Nenhuma técnica é mais importante que a sua naturalidade.
Como ler um discurso
Existem três formas estruturais básicas de se apresentar um discurso: a fala de improviso, o discurso
com alguns pequenos tópicos anotados e o discurso em forma de leitura.
Discursos feitos de forma espontânea, mesmo que tenham sido preparados e estudados de antemão,
costumam ser muito mais vivos e agradáveis de assistir. A leitura, pelo contrário, muitas vezes é um fator
de desmotivação do público.
A leitura deve ser reservada para circunstâncias especiais, como:
ƒ Pronunciamentos oficiais;
ƒ Textos muito técnicos, que não possam conter erros;

50 8º. ano – volume 3


ƒ Discursos de posse de presidentes de entidades, pois esse é o momento em que apresentam as bases da
sua administração e não devem, portanto, improvisar;
ƒ Discursos de despedida de presidentes de entidades, pois, ao deixar o cargo, de maneira geral, fazem um
levantamento das suas realizações;
ƒ Agradecimentos de homenagens feitas a grupos, especialmente quando a mensagem representar a filo-
sofia das pessoas, ou o discurso tiver de ser distribuído para a imprensa;
ƒ Discursos de oradores de turma, como é o caso da nossa ouvinte, pois nesse momento estão represen-
tando a vontade de todos os colegas formandos;
Tenha em mente que a mensagem deve ser transmitida para os ouvintes. Por isso, não fique olhando
para o texto o tempo todo, como se estivesse conversando com o papel. Durante as pausas prolongadas e
nos finais de frases, olhe para os ouvintes e demonstre com essa atitude que as informações estão sendo
transmitidas para eles.
Uma boa dica para não se perder, enquanto olha para os ouvintes, é marcar a linha de leitura com o dedo
polegar. Mantenha o papel na altura correta. Se deixar o papel muito baixo, terá dificuldade para enxergar
o texto. Se, entretanto, deixar muito alto, esconderá seu rosto da plateia. Por isso, procure deixar a folha na
parte superior do peito, para ler com mais facilidade e não se esconder do público.
Ao digitar o texto, procure usar apenas os dois terços superiores da página, deixando o terço inferior em
branco. Esse cuidado permitirá um contato visual mais tranquilo e suave, já que para ver as pessoas bastará
[...] levantar os olhos, sem movimentar muito a cabeça.
É melhor manter as folhas soltas sem clips ou grampos. Toda página deve terminar com um ponto final,
para que você nunca interrompa uma frase no meio enquanto vira a folha aceleradamente. As folhas pre-
cisam ser numeradas de forma bem visível, para que você nunca se perca. As letras devem ser grandes e
em tipo minúsculo. O espaçamento entre as linhas deve ser duplo ou triplo. Antes de apresentar o discurso,
leia-o [...] em voz alta por várias vezes. Essas são algumas dicas de como fazer um discurso lido.
[...]
Dúvidas frequentes
Quando um orador comete um engano, deve corrigir o erro ou continuar falando?
Depende do tipo de erro cometido. Se transmitir uma informação incorreta e este fato prejudicar a
compreensão do auditório, deverá corrigir o erro. Não dê demasiada importância ao fato. Admita o erro, se
possível de forma descontraída, e siga em frente. Insistir em se desculpar ou fornecer muitas explicações é
embaraçoso tanto para o instrutor como para os ouvintes.
Caso o erro não prejudique o entendimento da plateia, siga em frente sem interrupção e, se possível,
encontre uma forma de encaixar a mesma palavra em uma das frases seguintes, para demonstrar que se
tratou mesmo de um engano.
Ninguém sabe tudo, não tente passar uma falsa impressão de que é a autoridade máxima no assunto.
Ninguém é e não precisamos nos desgastar com este tipo de fingimento. Quem tem medo de errar não
aprende. Encare os erros como algo natural e inevitável.
[...]
Quais os cuidados para se utilizar bem os recursos visuais numa apresentação?
Os recursos visuais são muito importantes na comunicação. Basta dizer que, se transmitirmos uma
mensagem apenas verbalmente, depois de três dias os ouvintes se lembrarão somente de 10% do que
falamos; se, entretanto, transmitirmos a mensagem verbalmente, mas com o auxílio de recursos visuais, a
plateia se lembrará de 65% do que foi comunicado.

língua portuguesa 51
[...]
Qual é a receita,
receita afi
afinal,
afinal
final, para se tornar
fi tor nar um bom orad
orador?
or?
Não existe receita mágica que transforme alguém num bom orador. Todos os caminhos são trabalhosos
e difíceis, exigindo sempre muita vontade, perseverança e determinação. É um aprendizado doloroso e de
certa forma solitário, porque dependerá, sempre, apenas de quem deseja falar bem.

TÉCNICAS e regras de oratória. Disponível em: <https://www.clubedafala.com.br/dicas/tecnicas-e-regras-de-oratoria/>. Acesso em:


14 nov. 2019.

Produção
2. Organizem a sala para a apresentação dos discursos. Se forem usar projetor, realizem testes antes a fim de evitar imprevistos.
Se possível, providenciem um púlpito e coloquem-no em um lugar onde o orador fique em evidência.
3. Quando outro colega estiver se apresentando, ouça-o atentamente, sem se envolver em conversas paralelas.
4. Anote as informações que considerar importantes.

Avaliação
5. Após as apresentações, avalie sua produção.
Critérios de autoavaliação Sim Não
O discurso foi apresentado de forma clara e objetiva, com tom de voz adequado?
Você ficou atento às apresentações dos colegas?
Respeitou o tempo de fala preestabelecido?
Evitou conversas paralelas durante as apresentações?

52 8º. ano – volume 3


O que Aprendi
1. Asssinaale as alternnativas que appreseentaam caracteríísticaas de um disccurso de formatura.
a) Reegistro dee meemóóriaas da innfância doo oradoor.
X b) Re eferrêncciaa às expeeriêências vividdass peela turma.
X c) Agradecime entoo a pessoaas quee fizeram parte da trajetória dos formandos.
d) Naarraçãoo dee uma históriia por um narrador-oobserrvaddor.
2. Leiia este títuulo de notícia:

Esporte para crianças deve ser motivador, divertido e construir habilidades

ESPORTE para crianças deve ser motivador, divertido e construir habilidades. Disponível em: <https://www.folhadelondrina.com.
br/saude/esporte-para-criancas-deve-ser-motivador-divertido-e-construir-habilidades-2966559e.html>. Acesso em: 5 dez. 2019.

ƒ O verrbo deveer, na frase acima,


a) é umm modaliizador que atribui à frase o sentido de obrigatoriedade.
X b) fazz parte de
e uma locução verbal e atribui à frase o sentido de necessidade.
c) é o verbo prrincipal e atribui à frase o sentido de possibilidade.
3. Una os pares dee orações a seguir por meio de uma conjunção, estabelecendo um sentido coerente entre ellas.
a) Pode pesquuisar na internet. Não se esqueça dos livros.
Sugestão: Pode pesquisar na internet, mas não se esqueça dos livros.

b) Fique em siilêncio. Estou estudando.


Sugestão: Fique em silêncio, pois estou estudando.

c) Oss jovens gostam muito de jogos de computador. As crianças também.


Sugestão: Os jovens gostam muito de jogos de computador, e as crianças também.

d) Elle tinnha muito diinheiro. Morava em uma casa simples.


Sugestão: Ele tinha muito dinheiro, porém morava em uma casa simples.

e) Esstou muitto cansado. Voou ficar em casa.


Sugestão: Estou muito cansado, portanto vou ficar em casa.

4. Connsideree o período coomposto a seguir.


Jogamos muito bem, por isso perdemos a partida.

a) A loccuçãão coonjunttiva “por issso”” esttabbelece um sentido coerente entre as duas oraaçõess doo peeríoddo? Exxpliqque suua reespoostaa.

Não. Essa locução conjuntiva estabelece uma relação de efeito lógico, natural; porém, no período apresentado, as orações se

contradizem, ou seja, têm sentidos opostos. Se um time joga bem, espera-se que vença, e não que perca.

língua portuguesa 53
b) Reeescr
crrevvaa es
esse
sse per
erío
ríodo man
ante
tenddoo a locução
oc ã conjuun
unttiva “poor isso”
o”, de man
maaneirira que a rel
relaaçãão entre
ree ass orações
oraçõe seja coee-
ren
ennte.
te Alteree somentee uma palavra daa
ƒ prrimeira orração.
Jogamos muito mal, por isso perdemos a partida.

ƒ seegunda oração.
Jogamos muito bem, por isso vencemos a partida.

c) Reescreva o perííodo original substituindo “por isso” por uma conjunção ou locução coonjuuntiva adequada.

Sugestão: Jogamos muito bem, mas/porém/contudo/todavia/entretanto/no entanto/ainda assim perdemos a partida.

5. Leiaa ass frases a seguir.


I. Meu pai disse que viajaríamos nas férias.
II. João dedicou-se ao máximo, portanto alcançou seus objetivos.

ƒ Asssinale as alternativas corretas.


a) Em
m I, a oração destacada é subordinada, ou seja, é independente da primeira oração.
X b) Em
m I, há uma oração subordinada, a qual completa o sentido da primeira oração e é dependente dela.
X c) Em
m II, a oração destacada é coordenada, ou seja, não depende sintaticamente da anterior.
d) Em
m II, a oração destacada é subordinada.
6. Reescrreva os períodos simples substituindo o termo em destaque por uma oração subordinada, sem alterar o senttidoo original.
a) O chefe anunciou cortes nos gastos da empresa.

Sugestão: O chefe anunciou que haverá cortes nos gastos da empresa.

b) A empresa de ônibus registrou a má sinalização da BR-101.

Sugestão: A empresa de ônibus registrou que a BR-101 é mal-sinalizada.

c) O verãoo exigge maior cuidado dos pais com os filhos pequenos.

Sugestão: O verão exige que os pais tenham mais cuidado com os filhos pequenos.

d) As florresttas evitam o aquueciimento exxceessivvo de algum


mas reegiõões do Brasil.

Sugestão: As florestas evitam que algumas regiões do Brasil aqueçam excessivamente.

54 8º. ano – volume 3

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