Você está na página 1de 232

1

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA SAÚDE

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA

MANUAL DE APOIO
ENFERMAGEM

JAIME JOAQUIM ANIBL

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 1


2

4. DIFERENÇA ENTRE SINAIS E SINTOMAS

Quando observamos a descrição de alguma doença, frequentemente


verificamos uma relação de sinais e sintomas causados por ela. Febre, dor no
corpo, manchas na pele, coloração amarelada da pele, coceira e cansaço são
algumas manifestações clínicas descritas como sinais e sintomas de algumas
doenças. Mas, afinal, qual a diferença entre sinal e sintoma? Por que esses
termos não podem ser usados como sinônimos?

O QUE É UM SINAL?

De uma maneira resumida, podemos dizer que o sinal é uma


manifestação clínica que outra pessoa percebe, principalmente profissionais de
saúde. Assim sendo, as manifestações são visíveis, sentidas ou ouvidas por
outras pessoas e, por isso, não são exclusivamente sentidas e verificadas pelo
paciente.

A icterícia, por exemplo, é um sinal de que algum problema no fígado,


pâncreas ou vesícula biliar. Esse sinal nada mais é do que a coloração
amarelada na pele e nas mucosas, que pode ser facilmente percebida por
outra pessoa. Nesse caso, portanto, o paciente não é o único que pode
descrever a manifestação.

O QUE É UM SINTOMA?

O sintoma pode ser definido como uma queixa do paciente, uma


manifestação relatada e sentida por ele. Em um exame, o médico não pode
identificar um sintoma sem que o paciente descreva o que está sentindo, uma
vez que essa ocorrência não é percebida por outros.

Como sintomas, podemos citar uma série de manifestações, tais como


dores de cabeça, dores nas articulações, cansaço, mal-estar, fraqueza, náusea
e coceira. Todas essas manifestações são sentidas pelo próprio paciente e
apenas ele pode relatar o que está acontecendo.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 2


3

5. INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

Insuficiência renal crônica: É uma perdida progressiva e irreversível da


função renal e como conseqüência o rim perde sua capacidade para eliminar
refugos, concentrá-la urina e conservar os eletrólitos no sangue.

Etiologia
 Má formações congênitas,
 Uropatias obstrutivas,
 glomerulopatias,
 síndrome hemolítico urémico.
 Medicamentos ou agentes toxicos.

Quadro clínico
 - Anemia
 - Poliuria
 - Atraso no desenvolvimento pondo estatural
 - Pele e tecido celular:‖ Palidez, pele seca, tintura melánico, prurito e
edema
 - Respiratório: Arritmias respiratórias, dispnéia, estertores
 - Cardiovascular: Hipertensão arterial, Pericardite, Insuficiência cardíaca
 - Digestivo: Anorexia, náuseas, vômitos, diarréias, fôlego urémico,
epigastrialgias, sangramiento digestivo
 - Hematológicas: Anemia, hemorragias: gengivite, hematemeses, juba.
 - Neurológicas: confusão mental, obnubilación, vírgula, diminui a
memória, convulsões, atraso no desenvolvimento psicomotor, atrofia
cerebral, encefalopatía dialítica, alterações da linguagem,, deterioração
mental
 - Endocrino: Hipertiroidismo, retardo puberal, infertilidade e difusão
sexual, amenorréia.

Fatores de riscos
 - Hipertensão arterial
 - Proteinuria persistente ou micro albuminas por cima de 30 mg /dia
 - Obstrução das vias urinárias

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 3


4

 -Hiperlipidemia
 - Exposição a medicamentos nefrotóxicos
 - Obesidade
 - Tabagismo
 - Controle metabólico deficiente (Diabético)

Exames complementares:

Laboratório Clínico:

1.Hemograma completo

2.Creatinina

3.Ácido Úrico

4.Uréia

5.Filtrado Glomerular

6.Proteinuria

7.Ionograma

8.Hemogasometría

9.Eritrosedimentación

10.Parcial de Urina

11.Urocultivo

Tratamento IRC:

Objetivo: reter a função do rim e manter a homeostasis

Em dependência da etapa:

1. Etapa: profilático.

1-Evitar as infecções.

2-Evitar os exercícios físicos fortes.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 4


5

3-Evitar e corrigir os desequilíbrios hidrominerales.

4-Manter controlada a pressão arterial

1-Dieta: hiperproteína, 400 ml de líquido aproximadamente, contribuição de


líquido segundo equilíbrio hidromineral. Pobre sódio, potássio e fósforo.

2-Medicamentos: Hipotensores (segundo necessidades). Diuréticos. Vitaminas.


Antibióticos se foco séptico. Lavados gástricos se vômitos. Metocloprarmida.
Transfusões de glóbulos se hemoglobina menor de 6 G. Eritropoyetina com
complemento de ferro (controle dá anemia).

3-Restituir-lhes líquidos segundo ou equilíbrio hidromineral.

4-Diálise peritoneal ou hemodiálise. Para reduzir ou nível de produtos urémicos


de refugo em sangue

3-transplante renal.

Complicações:

1. Anemia crônica.

2. Atrofia Renal

3. Shock Séptico

4. Uricemia

5. Parada Cardiorrespiratoria

6. Morte

CUIDADOS ESPECÍFICOS DE ENFERMAGEM EM INSUFICIÊNCIA


RENAL CRÔNICA

1. Apoio psicológico ao paciente e família.

2. Preparar o paciente para os métodos dialíticos.

3. Controlo de cumprimento da dieta, restrição de água, sódio, proteínas de


origem animal e a entrada calórica correspondente.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 5


6

4. Administração de hidróxido de Alumínio para evitar a absorção intestinal do


fósforo, deste modo evitar as alterações do cálcio.

5. Medir sinais vitais periodicamente.

6. Levar a cabo peso e medição da diureses diária, avaliar a evolução dos


edemas.

7. Controle estrito balanço hidromineral

8. Garantir higiene pessoal e ambiental, com o objetivo de prevenir a sepsis.

9. Levar a cabo procedimento substitutivo adequado.

10. Observar aparecimento de complicações.

6. INTOXICAÇÃO

Intoxicação : É um processo patológico causado por substâncias


endógenas ou exógenas, caracterizado por desequilíbrio fisiológico,
conseqüente das alterações bioquímicas no organismo. Processo é
evidenciado por sinais e sintomas ou mediante dados laboratoriais.

CLASSIFICAÇÃO DAS INTOXICAÇÃO


 Intoxicação aguda
 Intoxicação sub-aguda ou sub-crônica
 Intoxicação crônica

INTOXICAÇÃO AGUDA: Decorre de um único contato (dose única-


potência da droga) ou múltiplos contatos (efeitos cumulativos) com o agente
tóxico, num período de tempo aproximado de 24 horas. Os efeitos surgem de
imediato ou no decorrer de alguns dias, no máximo 2 semanas. Estuda a
relação dose/resposta que conduz ao cálculo da DL50.

INTOXICAÇÃO SUB-AGUDA OU SUB-CRÔNICA: Exposições


repetidas a substâncias químicas – caracteriza estudos de dose/resposta após
administrações repetidas.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 6


7

INTOXICAÇÃO CRÔNICA: Resulta efeito tóxico após exposição


prolongada a doses cumulativas do toxicante ou agente tóxico, num período
prolongado, geralmente maior de 3 meses a anos.

FASES DA INTOXICAÇÃO:
 Fase de Exposição
 Fase de Toxicocinética
 Fase de Toxicodinâmica
 Fase Clínica

FASE DE EXPOSIÇÃO: É a fase em que as superfícies externa ou


interna do organismo entram em contato com o toxicante. Importante
considerar nesta fase a via de introdução, a freqüência e a duração da
exposição, as propriedades físico-químicas, assim como a dose ou a
concentração do xenobiótico e a susceptibilidade individual.

FASE DE TOXICOCINÉTICA: Inclui todos os processos envolvidos na


relação entre a disponibilidade química e a concentração do fármaco nos
diferente tecidos do organismo. Intervêm nesta fase a absorção, a distribuição,
o armazenamento, a biotransformação e a excreção das substâncias químicas.
As propriedades físico-químicas dos toxicantes determinam o grau de acesso
aos órgãos-alvos, assim

como a velocidade de sua eliminação do organismo.

FASE DE TOXICODINÂMICA: Compreende a interação entre as


moléculas do toxicante e os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos e,
conseqüentemente, o aparecimento de desequilíbrio homeostático.

FASE CLÍNICA: É a fase em que há evidências de sinais e sintomas,


ou ainda, alterações patológicas detectáveis mediante provas diagnósticas,
caracterizando os efeitos nocivos provocados pela interação do toxicante com
o organismo.

MANEJO DO PACIENTE INTOXICADO

A intoxicação aguda é uma emergência médica determinada pela


exposição direta a substâncias (drogas, medicamentos, mantimentos etc.) já

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 7


8

seja de forma acidental ou intencional os quais podem dar ao traste com a vida
do paciente.

CAUSAS DAS INTOXICAÇÕES TOXICA


o Medicamentoso. (Psicofármacos, analgésicos e antinflamatorios
não esteroideo.
o Plaguicidas.
o Metais pesados.
o Gases tóxicos.
o Substâncias corrosivas.
o Drogas.
o Planta toxicas.
o Mantimentos ciguataros e poluídos (bactérias, vírus parasitas,
toxinas etc.
O principal Síndrome no paciente intoxicado é:

Síndrome Comatoso: caracteriza-se por perda progressiva do estado de


vigília que pode chegar até o estado de vigília sem signos de localização
neurológicas.

Há dois tipos de coma:

1-Tranqüilo e profundo. (por meprobamato, narcótico, gases toxicas etc.)

2-Intranqüilos e superficial. (Alterna com períodos de excitação e um estado


delirantes) Atropina etc.

OS SINTOMAS GERAIS POR INTOXICAÇÃO SÃO:


 Vômitos,
 Nauseia,
 Dor abdominal,
 Cefaléia e
 Fadiga.

Embora os signos e sintomas se encontram em dependência do tipo de


intoxicação

Os dados orientadores para o diagnóstico são:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 8


9

Antecedentes patológicos pessoais e hábitos tóxicos intentos de


suicídios, exposições de causa da intoxicação, que pode ser de forma
voluntárias e acidentalmente.

PILARES DO TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO

1. Eliminar rapidamente as substâncias toxicas pela via de entrada.

2. Tratar as alterações das funções vitais.

3. Coleta de amostra das evidências da intoxicação.

4. Tratamento de eleição para o tipo de intoxicação. (antídotos específicos da


intoxicação nos casos que o requeira)

5. Ativar o sistema de Emergência Móvel Avançado e remeter à área de


cuidados intensivos Municipal ou ao Hospital segundo o caso.

6. É importante que quando for necessário a evacuação da população pela


presença de desastre ter encontra o seguinte.

Inalação

No ambiente de trabalho encontraremos muitas destas formas físicas e


químicas que podem, por vezes, provocar intoxicações ou envenenamento.

Primeiros Socorros

 Isolar a área;
 Identificar o tipo de agente que está presente no local onde foi
encontrado o acidentado;
 Quem for realizar o resgate, deverá estar utilizando equipamentos de
proteção próprios para cada situação, a fim de proteger a si mesmo;
 Remover o acidentado o mais rapidamente possível para um local bem
ventilado;
 Solicite atendimento especializado;
 Verificar rapidamente os sinais vitais. Aplicar técnicas de ressuscitação
cárdio-respiratória, se for necessária. Não faça respiração boca-a-boca

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 9


10

caso o acidentado tenha inalado o produto. Para estes casos, utiliza


máscara ou outro sistema de respiração adequada.
 Manter o acidentado imóvel, aquecido e sob observação. Os efeitos
podem não ser imediatos.

Observação:

Estes procedimentos só devem ser aplicados se houver absoluta


certeza de que a área onde se encontra, juntamente com o acidentado, está
inteiramente segura.

É importante deixar esclarecido o fato de que a presença de fumaça,


gases ou vapores, ainda que pouco tóxicos, em ambientes fechados, pode ter
conseqüências fatais, porque estes agentes se expandem muito rapidamente e
tomam o espaço do oxigênio presente, provocando asfixia.

Ingestão

Muitas intoxicações ocorrem pela ingestão de agentes tóxicos, líquidos


ou sólidos. O grau de intoxicação varia com a toxicidade da substância e com a
dose ingerida. De uma maneira geral, as seguintes substâncias encontram-se
entre as que mais freqüentemente provocam acidentes tóxicos:

 Alimentos estragados ou que sofreram contaminação química


 Produtos de limpeza
 Remédios - sedativos e hipnóticos
 Plantas venenosas (veja quadro)
 Alucinógenos e narcóticos
 Bebidas alcoólicas
 Inseticidas, raticidas, formicidas.
 Soda cáustica
 Derivados de petróleo
 Ácidos, álcalis, fenóis.

A ingestão destas substâncias pode causar diversos sintomas e sinais,


entre os quais:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 10


11

 Alterações respiratórias, tais como espirro, tosse, queimação na


garganta, sufocação.
 Náuseas.
 Vômito.
 Dor abdominal.
 Diarréia.
 Salivação.
 Suor excessivo.
 Extremidades frias.
 Lacrimejamento e irritação nos olhos.
 Midríase ou miose.
 Convulsões.
 Inconsciência.

Ao confirmar que houve ingestão de substância tóxica ou venenosa,


verificar imediatamente os sinais vitais e assegurar de que a vítima respira.

Proceder segundo a técnica para os casos de parada cárdio-respiratória.

Primeiros Socorros

 Dar prioridade à parada cárdio-respiratória. Não faça respiração boca-a-


boca caso o acidentado tenha ingerido o produto, para estes casos
utilize máscara ou outro sistema de respiração adequado.
 Identificar o agente, através de frascos próximos do acidentado, para
informar o médico ou procurar ver nos rótulos ou bulas se existe alguma
indicação de antídotos.
 Observar atentamente o acidentado, pois os efeitos podem não ser
imediatos.
 Procurar transportar o acidentado imediatamente a um pronto socorro,
para diminuir a possibilidade de absorção do veneno pelo organismo,
mantendo-a aquecida.
 Pode-se provocar o vômito em casos de intoxicações por alimentos,
medicamentos, álcool, inseticida, xampu, naftalina, mercúrio, plantas

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 11


12

venenosas (exceto diefembácias - comigo-ninguém-pode) e outras


substâncias que não sejam corrosivas nem derivados de petróleo.

Observação:

NÃO PROVOCAR VÔMITO EM VÍTIMAS INCONSCIENTES E NEM DE


ENVENENAMENTO PELOS SEGUINTES AGENTES:

 Substância corrosiva forte, como: ácidos e lixívia


 Veneno que provoque queimadura dos lábios, boca e faringe
 Soda cáustica
 Alvejantes
 Tira-ferrugem
 Água com cal
 Amônia
 Desodorante
 Derivados de petróleo como:
 querosene
 gasolina
 fluido de isqueiro
 benzina
 lustra-móveis

O conhecimento dos sinais e sintomas dos envenenamentos mais


Comuns costuma ser de grande valor no diagnóstico presuntivo. Correlaçõe
serão estabelecidas pelo médico entre o quadro do acidentado e quadros
línicos dos tóxicos suspeitos. Nos casos duvidosos, a confirmação do gente
tóxico tem que se basear na pesquisa laboratorial.

7. DIFERENÇAS ENTRE AVC ISQUÊMICO E AVC HEMORRÁGICO

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 12


13

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), muito conhecido como derrame


cerebral ocorre quando há um rompimento ou entupimento dos vasos que
levam o sangue ao cérebro, provocando a paralisia da região afetada.

Existem dois tipos de AVC, são eles:

1. AVC isquêmico: ocorre quando há a falta de sangue em uma região


do cérebro devido a uma obstrução em um vaso sanguíneo, o que pode
motivar sequelas graves ou até mesmo a morte do paciente se ele não for
socorrido a tempo. Porém, esse tipo de AVC é o menos grave, pois o
fornecimento de sangue para o cérebro é interrompido por um período curto,
sendo os sintomas sentidos por pouco tempo (entre uma a duas horas) capaz
de desaparecer dentro de 24 horas.

Os sintomas do AVC isquêmico são: dores de cabeça muito fortes,


dificuldade em compreender e falar, perda de força ou paralisia de um dos
lados do corpo, problemas para engolir, alterações visuais, boca torta e tontura.
Os fatores de risco para esse tipo de derrame são diversos, sendo os principais
a hipertensão, colesterol alto, diabetes, doenças cardiovasculares, tabagismo
ou excesso de peso.

O tratamento pode ser feito através de medicamentos e o


acompanhamento de um profissional para realizar sessões de fisioterapia, para
que o indivíduo tenha a recuperação de qualidade e o auxílio adequado no
tratamento de alguma sequela.

2. AVC hemorrágico: é caracterizado pelo sangramento em uma parte


do cérebro causado por uma ruptura de um vaso sanguíneo cerebral. A
principal causa desse tipo de derrame é a pressão alta, aneurisma, distúrbios
na coagulação sanguínea e aterosclerose.

Os sintomas do AVC hemorrágico são: dor de cabeça intensa, perda


da força de um dos lados do corpo ou a paralisia, principalmente perna ou
braço, perder parte ou totalmente a visão, dificuldade de falar e compreender,

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 13


14

dormência nas mãos, pernas e rosto, dificuldade em andar, perda de


coordenação ou equilíbrio e tontura.

O tratamento pode ser feito com uma cirurgia no cérebro ou com a


utilização de medicamentos. A cirurgia tem como objetivo tirar o sangue
derramado de dentro da região afetada do cérebro, remover o coágulo de
sangue que causou o rompimento, fechar o aneurisma e amenizar o excesso
de pressão dentro do cérebro.

Já o tratamento clínico reside no uso de medicamentos para tratar a


pressão arterial elevada, infecções ou crises convulsivas, mas o paciente que
sofreu o AVC hemorrágico também deve iniciar imediatamente sessões de
fisioterapia ocupacional para diminuir as lesões e melhorar a qualidade de vida.

7.1. O QUE CAUSA O AVC E COMO EVITAR

O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame


cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro, e
isso pode ter diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou
formação de um coágulo, que dão origem ao AVC isquêmico, ou sangramento
por pressão alta e até, ruptura de um aneurisma, dando origem ao AVC
hemorrágico.

Quando esta situação acontece, as sequelas dependem da gravidade da


lesão cerebral e do tratamento adequado, sendo comum ficar com fraqueza em
um lado do corpo ou dificuldade na fala, por exemplo. Por isso, é importante
focar em terapias de reabilitação, para diminuir qualquer tipo de dificuldade que
tenha permanecido.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 14


15

Existem diversas causas para o derrame cerebral isquêmico e


hemorrágico, sendo sempre possível, para cada situação, adotar
comportamentos ou tratamentos que, se feitos da forma correta, podem evitar
esta situação. As principais causas são:

1. Causas do AVC isquêmico

O AVC isquêmico é causado pela obstrução de algum vaso que leva


sangue ao cérebro, que na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos
50 anos, entretanto, também é possível acontecer em jovens. Isso pode
acontecer devido a:

a) Tabagismo e má alimentação Hábitos de vida como o tabagismo,


o consumo de alimentos ricos em gorduras, frituras, sal, carboidratos e
açúcares, aumentam o risco de desenvolver o acúmulo de placas de gordura,
também chamadas de aterosclerose, nos vasos sanguíneos do cérebro e em
vasos importantes para a circulação cerebral. Quando isso acontece, o sangue
não consegue passar e, as células da região afetada começam a morrer por
falta de oxigênio.

Como evitar: adotar uma alimentação mais saudável, com dieta rica em
vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física, pelo menos, 3
vezes na semana e não fumar. Confira quais são as nossas dicas de hábitos
para evitar doenças como AVC e infarto.

b) Pressão alta, colesterol e diabetes Doenças como pressão alta,


colesterol, triglicerídeos altos, obesidade ou diabetes são os maiores riscos
para a formação de acúmulo de placas de gordura, assim como o
desenvolvimento de inflamações nos vasos sanguíneos e doenças cardíacas,
sendo importantes riscos para o AVC.

Como evitar: controlar adequadamente estas doenças, com o


tratamento indicado pelo médico, além de adotar hábitos de vida saudáveis,
para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 15


16

c) Defeitos no coração ou vasos sanguíneos Alterações no coração,


como presença de uma arritmia, dilatação ou alterações no funcionamento do
músculo cardíaco ou de suas valvas, assim como a presença de um tumor ou
calcificação, contribuem para a formação de coágulos, que podem chegar ao
cérebro pela corrente sanguínea.

Como evitar: estes tipos de alterações podem ser detectadas em


consultas de rotina com o médico, e, caso sejam detectados, serão
acompanhados e, em alguns casos, podem ser feitos o uso de medicamentos,
como anticoagulantes.

d) Outras causas Outras situações menos comuns para a ocorrência de um


derrame cerebral, e que devem ser suspeitadas, principalmente, quando
acontece em pessoas jovens, incluem:

 - Doenças que causam maior coagulação do sangue, como lúpus,


anemia falciforme ou trombofilias, por exemplo;

- Doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites;

- Espasmos dos vasos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, e
acontecem em pessoas predispostas;

- Uso de drogas ilícitas, que facilitam a lesão e o espasmo nos vasos.

O tratamento em uma situação de AVC, independente da causa, deve


ser iniciado o mais rápido possível, já na emergência, com uso de
medicamentos para auxiliar o retorno do fluxo de sangue, como AAS,
clopidogrel, trombólise e controle da pressão arterial e dos dados vitais.

2. Causas do AVC hemorrágico

O derrame cerebral hemorrágico acontece quando há um sangramento


dentro do cérebro ou nas meninges, que são películas que envolvem o cérebro.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 16


17

Este tipo de AVC pode acontecer tanto em idosos quanto em jovens, e as


principais causas são:

a) Pressão alta A pressão muito elevada pode romper algum dos


vasos do cérebro, sendo esta a principal causa do AVC hemorrágico.
Geralmente, acontece em pessoas que têm picos de pressão muito alta, por
não realizar o tratamento da hipertensão.

Como evitar: é necessário fazer um acompanhamento médico para


exames de check-up e verificar se tem pressão alta e, caso seja confirmada,
fazer um tratamento e controle adequado da doença, prevenindo seus efeitos
no corpo.

b) Pancada na cabeça O traumatismo crânio-encefálico, que pode


acontecer em acidentes de trânsito, é uma importante causa de AVC, pois
pode provocar o sangramento dentro e ao redor do cérebro, sendo uma
situação muito grave e que põe em risco a vida da pessoa.

Como evitar: é importante sempre se preocupar com a segurança em


diferentes situações, como o uso de cinto de segurança no carro ou uso de
equipamentos de proteção individual no trabalho, por exemplo.

c) Aneurisma cerebral A presença de um aneurisma ou outras mal-


formações de vasos sanguíneos dentro do cérebro, aumentam o risco de
ruptura e hemorragia, principalmente quando seu tamanho aumenta com o
tempo.

Como evitar: este tipo de alteração é mais comumente descoberta de


forma acidental, quando exames de tomografia ou ressonância magnética são
feitos por outras causas. Entretanto, pode-se desconfiar de um aneurisma na
presença de sintomas como dor de cabeça frequente e que piora aos poucos,
crises convulsivas, ou fraqueza e formigamento de alguma parte do corpo, por
exemplo.

d) Uso de anticoagulantes Os remédios anticoagulantes são muito


importantes em diversas doenças, como arritmias, trombose ou doenças das

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 17


18

valvas do coração, por exemplo, entretanto, se usados da forma errada, ou se


a pessoa não se tiver alguns cuidados, por aumentar o risco de sangramentos,
inclusive dentro o cérebro.

Como evitar: fazer o acompanhamento médico regular para controle da


coagulação do sangue e para fazer exames de rotina. Evitar, também,
situações de risco para pancadas, como quedas.

e) Outras causas Outras causas menos comuns para o AVC


hemorrágico podem incluir:

 - Doenças que dificultam a coagulação do sangue, como hemofilia e


trombocitemia;
 - Inflamações dos pequenos vasos cerebrais, chamada de angiopatia
amilóide, por doenças degenerativas do cérebro, como Alzheimer;
 - Uso de drogas ilícitas, como cocaína e anfetamina,
 - Tumor cerebral, que aumenta o risco de sangramentos.

Um AVC hemorrágico também deve ser tratado o mais rapidamente


possível, já no pronto-socorro, com o controle dos dados vitais, e, se
necessário, com a realização de cirurgia, para que se diminua o risco de vida e
de formação de sequelas.

O AVC tem cura?

O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em


grande parte dos casos ou, quando acontece, é possível investir em
tratamentos para melhora do quadro e de reabilitação para deixar menos
sequelas.
Além disso, é possível que o corpo se recupere de boa parte, ou totalmente,
dos sintomas e dificuldades que surgem com o AVC, o que também depende
de um acompanhamento com neurologista, e da realização de uma
reabilitação, com:

 - Fisioterapia, que ajuda a recuperar a parte motora e desenvolver os


movimentos;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 18


19

 - Terapia ocupacional, que estimula a preparação de estratégias para


diminuir efeitos das sequelas do AVC no dia-a-dia, adaptações de
ambiente e utensílios, além de atividades para melhorar o raciocínio e
movimentos;
 - Atividade física, feita, de preferência sob orientação do educador físico,
para fortalecer os músculos e ajudar na independência, equilíbrio e bem-
estar da pessoa;
 - Nutrição, ajuda a preparar os alimentos na quantidade, tipo e
consistência ideal para cada pessoa;
 - Fonoaudiologia, é importante em casos de dificuldade para deglutir os
alimentos ou de se comunicar, ajudando a adaptar estas situações.

Desta forma, mesmo que as sequelas do AVC não diminuam ou


recuperem rapidamente, é possível melhorar a qualidade de vida da pessoa
que convive com esta situação.

8. DIFERENÇA DE EMERGÊNCIA E URGÊNCIA

•EMERGÊNCIA
.
A emergência é considerada uma situação em que a vida, a saúde, a
propriedade ou o meio ambiente enfrentam uma ameaça imediata. Em
situações de emergência, devem ser tomadas medidas súbitas, para evitar que
a situação se agrave.

A definição de emergência varia de acordo com os órgãos que


respondem às situações de emergência, como bombeiros, ou pronto-
socorrosem hospitais. O governo é responsável por estabelecer os padrões,
pois são eles que gerenciam as emergências.

 Tipos de emergências

1- Perigo para a vida: quando a vida está em perigo devido a desastres

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 19


20

naturais. É a mais alta prioridade, uma vez que a vida humana é considerada a
coisa,,mais,,importante;
2- Perigo para a saúde: quando alguém precisa imediatamente de alguma
ajuda em relação à sua saúde, para que sua vida não esteja em perigo no
futuro próximo;
3- Perigo de propriedade: quando a propriedade está em perigo, como em um
incêndio na construção;
4- Perigo ao meio ambiente: como incêndios florestais e vazamentos de óleo.
.
•URGÊNCIA
.
A urgência : é um estado em que não há risco imediato à vida, à saúde,
à propriedade ou ao ambiente, mas, se não for atendida num determinado
período de tempo, a situação pode se transformar em uma emergência.
Os padrões de urgência também são estabelecidos pelo governo e pelos
órgãos que cuidam deles. A definição de urgência é diferente para profissionais
de medicina, para pilotos ou outros profissionais.

9. CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PATOLOGIAS CIRURGICAS

5.1.Craniotomia : Abertura do crânio para tratamento cirúrgico das estruturas


intracranianas.

a) Indicações:

 Tumores intracranianos;
 Traumatismos cranioencefálicos;
 Abscessos ou hematomas intracranianos.

b) Pré – operatório

 Controlar rigorosamente de 2/2 horas a pressão arterial, pois a


hipertensão poderá indicar
 aumento de pressão intracraniana;
 Estar atento às queixas de cefaléia;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 20


21

 Posicionar o paciente em Fowler para reduzir a pressão intracraniana;


 Fazer controle de diurese;
 Fazer controle hídrico;
 Fazer tricotomia do couro cabeludo S/N;
 Ajudar na higienização;
 Cateterismo vesical deverá ser feito de preferência no centro cirúrgico.

c) Pós – operatório:

 Manter o leito em Fowler, lateralizando a cabeça do paciente se não


houver contra-indicação;
 Verificar sinais vitais rigorosamente;
 Fazer mudanças de decúbito de 2/2 horas;
 Fazer controle hidroeletrolítico;
 Observar as ataduras que envolvem o crânio, pois poderá haver
sangramentos;
 Anotar volume e aspecto das drenagens (se houver dreno de sucção);
 Curativo compressivo. Deverá ser trocado após 24 horas. Se houver
dreno de sucção poderá
 ser retirado após 72 horas segundo recomendação médica;
 Manter corretos os gotejamentos das infusões venosas;
 O paciente poderá ficar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
 Facectomia (catarata)

5.2.Extração do cristalino

a) Indicação cirúrgica: catarata (opacidade do cristalino).

b) Pré-operatório:

 Assistir psicologicamente: esclarecer dúvidas, reforço positivo;


 Administrar colírios (midriáticotópico – facilita a retirada do cristalino;
cicloplégicos – paralisa os
 músculos da acomodação), se prescritos;
 Verificar sinais vitais.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 21


22

 Obs: na maioria dos casos o paciente nem chega a ser internado ou fica
internado 24 horas.

c) Pós-operatório:

 Evitar decúbito do lado cirurgiado;


 Manter curativo oclusivo por 24 horas (usar óculos escuros por 5 dias,
após a retirada do tampão ocular) ou conforme recomendação médica;
 Manter a cabeceira do leito entre 30 a 45 graus de elevação;
 Dieta líquida no P.O.I.;
 Não esfregar os olhos, fechá-los lentamente sem comprimir as
pálpebras;
 Providenciar grades laterais para o leito dos pacientes idosos;
 Manter o ambiente quieto e tranqüilo;
 Anotar e avisar imediatamente ao enfermeiro queixa de dor ocular
súbita;

5.3.TRAQUEOSTOMIA

Traqueotomia: abertura cirúrgica da traquéia.

Traqueostomia: abertura na traquéia e introdução de uma cânula


mantendo o orifício aberto para permitir a passagem de ar.

a) Indicações:

 Obstrução das vias respiratórias como as que ocorrem na aspiração de


corpos estranhos, difteria, tétano, edema de glote, câncer de laringe;
 Estados de coma em que o paciente não respira adequadamente;
 Paralisia dos músculos respiratórios.

Obs.: A traqueostomia poderá ser provisória ou definitiva.

b) Cuidados Pré-Operatórios

 Se a cirurgia não for uma emergência, no período pré-operatório deve-


se fazer um bom preparo
 psicológico, esclarecendo o paciente e a família sobre a cirurgia, sua
necessidade e implicações,

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 22


23

 principalmente na traqueostomia definitiva, o paciente terá muitas


dúvidas de como será sua vida,
 especialmente sobre a fala. Neste aspecto deve-se orientar que, logo
após a cirurgia, não
 conseguirá falar, mas que, com o tempo, poderá conseguir, fechando o
orifício.
 O preparo físico inclui tricotomia da face e pescoço em pacientes do
sexo masculino.

b) Cuidados Pós-operatórios:

 A unidade deve estar equipada com material para aspiração (oxigênio,


aspirador, cateteres de
 Aspiração, frascos com água ou soro fisiológico, luvas, gases
esterilizadas);
 Controlar sinais vitais, principalmente a respiração;
 Aspiração das secreções sempre que necessário, observando técnicas
assépticas;
 Após estabilização dos SSVV, manter o leito em Fowler, para facilitar a
eliminação das secreções.
 Paciente teme asfixiar-se, manter vigilância e tranqüilizá-lo;
 Oferecer prancheta, lápis e papel para proporcionar comunicação;

OBS: O tipo de cânula com cuff, é utilizada em indivíduos em coma ou


em uso de respiradores, para que a luz traqueal mantenha-se ocluída e não
escape ar e para que não haja aspiração do conteúdo gástrico;

 Manter gaze limpa entre a pele e as partes laterais da cânula (curativo –


asséptico);
 Fazer higiene oral com freqüência;
 Observar sinais como: inquietação, cianose, retração supra clavicular,
que podem indicar
 obstrução da cânula de traqueostomia;
 A dieta no 1º. dia é líquida, passando depois para livre desde que não
haja contra indicação.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 23


24

 Deve-se estimular o paciente a ingerir bastante líquido para fluidificar as


secreções;
 Nas traqueostomias definitivas orientar o paciente ou alguém da família
sobre a troca e esterilização da cânula e demais cuidados

5.4. ILEOSTOMIA: Comunicação do íleo com a parede abdominal para


excreção.

a) Indicações:

 Megacólon, perfuração do cólon, diverticulite de Meckel perfurada,


necrose de delgado com
 peritonite, insuficiência vascular intestinal aguda, neoplasmas do cólon,
colite ulcerativa.

b) Pré – operatório:

 Contribuir para a aceitação da modificação anatômica e adaptação à


nova forma de eliminação
 intestinal. Ouvir com atenção os temores e as dúvidas. Compreender a
ansiedade, irritação,
 depressão ou agressividade;
 Observar e anotar freqüência e aspecto de eliminações intestinais;
 Dietas pobres em resíduos;
 Jejum de 12 horas;
 Preparo intestinal de acordo com a orientação do cirurgião (contra –
indicada a enteróclise nos
 casos de abdome agudo);
 Tricotomia abdominal;
 Orientar para esvaziar a bexiga;
 Verificar sinais vitais.

c) Pós – operatório:

 A bolsa coletora para ileostomia deve conter um orifício que ultrapasse o


estoma e que não

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 24


25

 deixe a pele ao redor do mesmo exposta, pois a excreção contém


enzimas que escoriam a
 pele. Bolsas com abertura na parte inferior são apropriadas para o
esvaziamento das mesmas,
 sem necessidade de trocá-las freqüentemente;
 Após o retorno do peristaltismo são oferecidas dietas líquidas e sem
resíduos em pequeno
 volume para evitar a excitação do peristaltismo. O espinafre e a salsa
são excelentes
 desodorizantes e deve ser estimulada a sua ingestão;
 Os alimentos muito quentes ou muito frios e o fumo devem ser evitados,
pois são excitantes do
 peristaltismo. Peixes, cebola e repolho dão odor fétido às eliminações;
 Manter o ambiente bem ventilado e desodorizar se necessário;
 Observar e anotar aspecto das eliminações pela ileostomia;
 Orientar o paciente quanto ao autocuidado, reforçando as explicações
pré – operatórias e
 envolvê-lo, gradualmente, para que se torne independente;
 Ouvir os receios e dúvidas sobre a sua nova situação;
 Oferecer líquidos ou a critério médico;
 Fazer o balaço hídrico, pois a perda de líquidos e eletrólitos pelas fezes
é muito grande.

Obs: em torno de 60 dias o paciente poderá voltar gradualmente às


atividades normais, se a evolução for boa (esporte, trabalho, atividades sexuais
etc).

5.5. APENDICECTOMIA: Remoção cirúrgica do apêndice vermiforme.

a) Indicação:

 Apendicite

b) Pré – operatório:

• Higienização completa;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 25


26

• Jejum de 8 horas;

• Verificar sinais vitais;

• Observar ocorrência de náuseas e vômitos;

• Fazer tricotomia na região abdominal.

c) Pós – operatório:

• Verificar sinais vitais, atentar para a elevação da temperatura;

• Observar aspecto dos curativos (drenagens, sangramento);

• Fazer controle de diurese;

• Cuidados com infusão venosa;

• Deambulação precoce;

• Oferecer alimentação líquida após o retorno do peristaltismo, segundo


prescrição médica.

5.6. COLECTOMIA: Ressecção de parte do cólon.

a) Indicações: carcinomas de cólon,enterites cicatrizantes.

b) Pré – operatório:

• Observar e anotar a aceitação da dieta, que deverá ser pobre em resíduos;

• Observar e anotar aspecto e freqüência das eliminações intestinais;

• Orientar quanto ao jejum (12 horas antes do ato operatório);

• Fazer preparo intestinal conforme prescrição médica;

• Fazer tricotomia abdominal ampla.

c) Pós – operatório:

• Manter o paciente em posição confortável;

• Observar sinais de choque;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 26


27

• Verificar sinais vitais;

• Observar e anotar aspecto dos curativos (sangramentos);

• Manter sonda nasogástrica aberta e anotar volume e aspecto das drenagens;

• Ajudar nas mudanças de decúbito;

• Manter corretos os gotejamentos dos soros.

5.7.COLOSTOMIA :Comunicação da luz do cólon com a parede abdominal.

a) Indicações: Obstrução aguda do cólon, neoplasia (câncer/tumor) intestinal,


trauma intestinal.

b) Pré – operatório:

 Ouvir com atenção, minimizar os receios (semelhante a ileostomia),


estar atento quanto ao comportamento;
 Dieta líquida e mínima em resíduos;
 Jejum 12 horas;
 Quando a cirurgia é eletiva, fazer o preparo intestinal com antecedência
e os laxativos
 prescritos pelo médico poderão ser à base de suco de laranja e manitol;
 Tricotomia abdominal e pubiana.

c) Pós – operatório:

 Observar no POI alterações como taquicardia, cianose, dispnéia,


sudorese, hipotensão e
 palidez;
 Observar e anotar, periodicamente, o aspecto e o volume das
eliminações pela colostomia;
 Manter correto o gotejamento dos soros;
 Deambulação precoce;
 Trocar a bolsa de colostomia sempre que necessário;
 Não permitir que as eliminações caiam na pele para não irritá-la;
 A região colostomizada deve ser lavada com soro fisiológico no estoma
e na pele íntegra;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 27


28

 Encaminhar o paciente ao grupo de ostomizados da cidade ou consulta


em sites;
 Para prevenir flatulência, orientar o paciente para comer com a boca
fechada e evitar falar
 durante as refeições;
 Orientar que dietas ricas em feijão, repolho, peixes, pepino, rabanete,
ovos, cebola,
 condimentos aumentam o odor desagradável das eliminações e a
probabilidade de flatulência.

5.8.HERNIORRAFIA:

Hérnia é uma protusão de um órgão abdominal (comumente o intestino


delgado) através de uma abertura na parede abdominal. A maioria das hérnias
resulta de uma fraqueza congênita ou adquirida da parede abdominal,
associada a um aumento da pressão intra-abdominal causada por esforço
físico, tosse persistente ou pós-cirurgia abdominal.

A herniorrafia é o reparo cirúrgico de uma hérnia. A hernioplastia é feita


quando os tecidos não são suficientemente resistentes, pode-se conseguir
algum reforço recobrindo a linha de sutura com materiais sintéticos ou com
uma tela, que também é suturada no local.

5.8.1.Tipos:

 Inguinal
 Umbilical
 Incisional
 Diafragmática (hiato).

a) Pré – operatório:

• Verificar sinais vitais;

• Jejum de 8 horas;

• Lavagem intestinal conforme prescrição.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 28


29

b) Pós-operatório:

 Estimular a deambulação o mais rápido possível, para prevenir


distensão abdominal;
 Iniciar a dieta assim que recobrar o peristaltismo;
 Observar retenção urinária, o que é comum no pós-operatório;
 Instruir o paciente quando for tossir e espirrar, deve proteger a incisão
com as mãos ou
 travesseiro;
 Orientá-lo que ao se levantar da cama o faça virando o corpo em
decúbito lateral para então
 erguer o corpo apoiando com um dos braços;
 Observar edema na região escrotal, se a hérnia for inguinal.

5.9. HISTERECTOMIA : Remoção cirúrgica parcial ou total do útero, por via


abdominal (HTA) ou por via vaginal (HTV). A pan-histerectomia é a retirada do
útero e dos anexos (tubas uterinas e ovários).

a) Indicações: nos casos de tumores benignos ou malignos do útero.

b) Pré – operatório:

 Apoiar psicologicamente: ter interesse pelo problema e ouvir a paciente


com atenção. Ela
 poderá apresentar-se muito sensível, triste pela perda da capacidade
reprodutora ou ansiosa
 quanto ao prognóstico;
 Fazer enteróclise spm;
 Jejum de 8 horas;
 Fazer tricotomia da região abdominal ou perineal;
 Verificar sinais vitais;
 Orientar para urinar antes de ser encaminhada ao centro cirúrgico.

c) Pós – operatório:

 Observar atentamente aparecimento de sinais de choque;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 29


30

 Observar se há sangramento na incisão cirúrgica ou por via vaginal e


anotar;
 Manter corretos os gotejamentos das infusões venosas;
 Fazer controle de diurese;
 Curativo perineal 3 vezes ao dia, ou de acordo com a necessidade;
 Verificar sinais vitais rigorosamente;
 Estimular mudanças de decúbito e exercícios com os MMII;
 Deambulação precoce;
 Oferecer a dieta e anotar a aceitação, após o retorno do peristaltismo.

5.10. MASTECTOMIA : É a remoção parcial ou total da mama, com remoção


dos músculos peitorais, tecido adiposo e linfonodos axilares.

a) Indicação: carcinoma da mama.

b) Pré – operatório:

 Assistir psicologicamente e espiritualmente: a retirada da mama reflete


na feminilidade e sexualidade da paciente deixando-a deprimida,
ansiosa;
 Jejum de 8 horas;
 Enteróclise na noite de véspera da cirurgia spm;
 Tricotomia da parede torácica, axila e parte superior do abdômen.

c) Pós – operatório:

 Controle rigoroso dos sinais vitais no P.O.I;


 Observar ocorrências de sangramento no curativo;
 Observar as características da respiração;
 Auxiliar nas mudanças de decúbito de 2/2 horas;
 Manter o leito em Fowler, após a normalização dos sinais vitais, para
facilitar as drenagens;
 Primeiro curativo deve ser trocado pelo médico (segundo ou terceiro dia
de PO);
 Anotar aceitação da dieta e se há ocorrência de náuseas e vômitos
(após o retorno do peristaltismo);

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 30


31

 Se houver cateter de drenagem, anotar volume e aspecto das


secreções;
 Orientar para elevar os braços levemente de 2/2 horas para prevenir o
linfedema;
 Manter o braço, do lado operado, em tipóia para evitar tensão excessiva
na cicatrização cirúrgica;
 Usar roupas largas, frouxas, que não comprimam o tórax;
 Evitar decúbito ventral;
 Evitar puncionar veia e verificar pressão arterial no membro superior
adjacente à cirurgia.

10. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO MEDIATO

 Aproveitar todas as atividades assistenciais, como um meio para


estabelecer uma boa relação enfermeiro-paciente.
 Estimular o banho diário, inclusive com a lavagem do cabelo.A puérpera
apresenta uma sudorese maior. O primeiro banho após o parto será
assistido, para a segurança da paciente.
 Orientar sobre a necessidade de sono e repouso. Se não houver sono e
repouso adequados, a puérpera poderá se mostrar ansiosa e
preocupada por coisas de menor importância que,em outras
circunstâncias,não,a,preocupariam.
 Adaptar as rotinas hospitalares de modo a proporcionar à puérpera
períodos ininterruptos,de,descanso;
 A puérpera geralmente tem bom apetite e frequentemente conversa
sobre os alimentos.A falta de apetite pode ser um primeiro sinal de
alguma anormalidade na sua evolução
 Estimular a ingestão hídrica.
 Estimular a deambulação precoce após o parto.
 Após 4 horas para parto normal, com ou sem episiotomia;
 Após 6 horas para partos sob anestesia peridural;
 Após 8 a 12 horas para partos sob anestesia raquidiana. Nestes, a
puérpera deverá ser mantida em DDH até completar 12 horas ou
segundo recomendação médica.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 31


32

 Observar e anotar eliminações.


 Inspecionar as mamas diariamente. Reforçar o instinto materno e o
desejo de amamentação; fazer referências às vantagens do aleitamento
materno e ensinar técnica de amamentação.
 Ensinar cuidados com mamas e mamilos. Lembrar que a flacidez é um
fator de constituição individual e não tem relação com a amamentação.
 Ensinar e supervisionar todos os cuidados com o recém- nascido
(banhos, trocas, estimulação psicomotora, vestuário, amamentação
etc.).
 Observar sucção do recém-nascido.

11. INFECÇÃO PUERPERAL

Infecção puerperal: invasão direta de microorganismos patogênicos aos


órgãos genitais, durante ou depois do parto, favorecida pelas mudanças locais
e generais do organismo nestas etapas.

Considera – se infeção puerperal as primeiras 24 h depois do parto, toda


puérpera que tenha uma temperatura superior aos 38 º C, mantida em 2
determinações separadas por um intervalo de 6 h.

7.1. VIAS DE PENETRAÇÃO DOS GERMES

• Ferida placentaria e onde há sangue, que é um meio de cultivo excelente.

• Feridas abertas do pescoço uterino, vagina, vulva e períneo.

• Decidua fina com orifícios abertos.

OS GÉRMENES CAUSAIS MAIS FREQÜENTES SÃO:

• Escherichia coli (50 %),

• estreptococos anaerobios,

• estreptococos hemolíticos (beta e alfa),

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 32


33

• Estaphylococcus aureus,

• Klebsiella,

• Proteus Mirabilis,

• Entorobacter,

• Pseudomonas,

• Chlamydia trachomatis,

• Neisseria gonorrhoeae

QUADRO CLÍNICO

1. Tira do estado geral.

2. Calafrios.

3. Febre pela tarde e de noite temprana.

4. Taquisfigmia.

5. Hipotensão arterial.

6. Subinvolução uterina.

7. Loquios fétidos.

8. Dor e engrossamento dos parametrios, dos anejos ou ambos.

9. Retenção de membranas e malhas placentarios.

10. Infecção local do pescoço uterino, vagina, vulva, períneo ou da incisão


cirúrgica.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM (I.P)

1. Vigiar signos vitais.

2. Obter mostra e envio ao laboratório.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 33


34

3. Observar característica da drenagem e estado da ferida.

4. Observar resposta ao tratamento.

5. Facilitar repouso e sonho.

6. Proporcionar medidas higiênicas encaminhadas a melhorar o bem-estar da


mulher.

7. Aplicar medidas físicas para favorecer o descida da febre.

8. Efetuar a higiene do periné e mudança de curativo freqüentemente.

9. Verificar os conhecimentos da mulher com relação à higiene e autocuidado.

10. Ajudar à mulher a confrontar o processo, lhe proporcionando apóio


psicológico.

11. Cura da ferida

12. Subministrar tratamento com antibióticos.

13. Subministrar analgésicos, se tiver dor.

12. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO RECÉM NASCIDO CUIDADOS


IMEDIATOS AO RN

 Desobstrução das via aéreas superiores : promoção de limpeza e


manutenção da respiração.
 Secagem e Aquecimento: Colocar o RN sob fonte de calor radiante,
secá-lo e remover os campos úmidos.
 Pinçamento e Secção do Cordão Umbilical: clampear 6 a 8 cm do
abdome e realizar curativo com álcool 70%;
 Credeização (Método de Credé): Instila-se 1 gota de Nitrato de Prata a
1% nos olhos, na vagina e/ou pênis do RN a fim de evitar oftalmia
gonocócica, transmitida verticalmente.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 34


35

 Identificação do RN: Dados e pulseira/ esparadrapo no antebraço e


tornozelo.

Índice de Apgar

O índice de Apgar : é uma escala que foi desenvolvida por uma médica
norte-americana, com o objetivo de avaliar qual a adaptação do recém-nascido
ao mundo extrauterino e se em algum momento o RN sofreu de asfixia e qual a
sua gravidade.

Deve ser realizado no 1º e 5º minuto de vida, se persistir baixa nota de


avaliação deve ser repetido no 10º minuto.

O mais importante dado é o batimento cardíaco, e o menos relevante é a


cor da pele.

Cuidados Mediatos
 O banho é realizado aproximadamente 6 horas ou mais após o
nascimento;
 Administração de Vitamina K: 1mg por via IM;
 Curativo do Coto Umbilical: solução antisséptica (álcool 70%);
 Medidas Antropométricas: Peso X Altura;
 Munização BCG: Realizar antes da alta hospitalar se RN
apresentar peso igual ou superior a 2 Kg.

13. DIFERENÇAS ENTRE ASSEPSIA X ANTISSEPSIA. DESINFECÇÃO X


ESTERILIZAÇÃO.

1. Assepsia é a limpeza e remoção de sujeira e detritos em superficies,


para diminuição ou/e eliminação de bactérias. É o conjunto de medidas que
permitem manter um ser vivo ou um meio inerte isento de bactérias.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 35


36

2. A Anti-sepsia refere-se à desinfecção de tecidos vivos com anti-


sépticos.

É a prevenção do desenvolvimento de agentes infecciosos por meio de


procedimentos físicos ou químicos destinados a destruir todo microorganismo.
Ex: limpeza da pele antes da cirurgia, limpeza da pele antes de executar uma
injecção.

É o método através do qual se impede a proliferação de microrganismos


em tecidos vivos com o uso de substância químicas (os anti-sépticos) usadas
como bactericidas ou bacteriostáticos.

Uma mesma substância química usada em objectos inanimados será


chamada de desinfectante e quando usada em tecidos vivos será chamada de
anti-sépticos. Ex. Clorexidina e iodopovidona.

3. Desinfecção descreve o método capaz de eliminar muitos ou todos os


microorganismos patogénicos, com excepção dos esporos.

4. Esterilização é o processo que promove completa eliminação ou destruição


de todas as formas de microorganismos presentes : vírus, bactérias, fungos,
protozoários, esporos, para um aceitável nível de segurança. O processo de
esterilização pode ser físico, químico, físico-químico.

14. INFECÇÃO INTRA-HOSPITALAR

A infecção intra-hospitalar é definida como qualquer infecção adquirida


enquanto a pessoa está internada no hospital, podendo se manifestar ainda
durante a internação, ou após a alta, desde que seja relacionada com a
internação ou os procedimentos realiazados no hospital.

Adquirir uma infecção no hospital não é incomum, pois este é um


ambiente em que estão muitas pessoas doentes e em tratamento com
antibióticos.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 36


37

Durante o periódo em hospital, alguns dos principais fatores que


causam a infecção são:

 -Desiquilibrio da flora bacteriana da pele e do organismo, geralmente


devido ao uso de antibioticos.
 -Queda da defesa do sistema imune da pessoa internadtanto peoa
doença, como por uso de medicamentos.
 -Realização de procedimentos invasivos como passagem de catéter,
passagem de sondas, biópsias, endoscopias ou cirurgias, por exemplo,
que quebram a barreira de protecção da pele.

Geralmente, os micro-organismos que causam a infecção hospitalar não


causam infecções em outras situações, pois eles aproveitam o ambiente com
poucas bactérias inofensivas e aqueda da resistência do pte para se instalar.
Apesar disto, as bactérias hospitalares costumam desenvolver infecções
graves e de dificil tratamento, já que são mais resistentes aos antibióticos, por
isso, em geral, é necessário usar antibióticos mais potentes para curar este tipo
de infecção.

"Como é Feito O Controle" ?

O Ministério da Saúde determina que todo ambiente destinado a


cuidados com a saúde possuam certos cuidados para prevenir a infecção
hospitalar. No hospital, deve haver uma comissão de controle se infecção
hospitalar(CCIH), formada por um grupo de profissionais de saúde, como
médicos e enfermeiros, que têm a responsabilidade de estudar as fontes e
causas de infecções daquele hospital, e montad um programa de prevenção
para reduzir ao máximo o número de infecções.

"Tipos de Infecção Hospitalar"

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 37


38

A infecção hospitalar pode ser adquirida por diversos locais do corpo,


sendo que os tipos mais comuns são:

-Pneumonia: adquirida no hospital costuma ser grave, e mais comum em


pessoas que estão acamadas, desacordadas ou que têm dificuldades da
deglutição, pelo risco de aspiração de alimentos ou da saliva. As bactérias mais
comuns neste tipo de infecção: Klebsiella, Enterobacter, Mycoplasma,
Pseudomomnas e Staphylococcus.

-Infecção Urinário: é facilitada pelo uso da sonda durante o periodo de


internação, apesar de qualquer pessoa poder desenvolver.

-Infecção de Pele: são muito comuns devido às aplicações de injeções e


acessos venosos para medicamentos ou coletas de exames, cicatriz de
cirurgias oy biopsia.

-Infecção do Sangue: é chamada de septicemia, e geralmente, surge após


infecção de algum local do corpo, que se espalha pela corrente sanguinea.
Este tipo de infecção é grave, e se não for rapidamente tratada pode
rapidamente causar falência dos orgãos e risco de morte.

Qualque micro-organismos das infecções pode se disseminar pelo sangue,


e alguns dos mais comuns são: E.coli, Estaphylococcus aureus.

15. HEMODIÁLISE

Na hemodiálise, o processo de difusão ocorre através de uma circulação


extracorpórea, onde o sangue do paciente passa para dentro de uma máquina
dialisador ou rim artificial, para que ocorra o processo de filtração.

O processo de hemodiálise, dura em média de 4 a 12 horas e é repetido


duas ou três vezes por semana, conforme as necessidades do paciente.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 38


39

Tipos de Hemodialise

1-Hemodialise convencional

2-Hemodialise de Alta eficácia

3-Hemodialise de Alto fluxo

4-Hemodiafiltração

OBJETIVOS DO HEMODIALISE
 Extrair do sangue substâncias tóxicas.
 Remover o excesso de água.
REQUISITOS PARA A DIÁLISE:
 Via de acesso à circulação do paciente.
 Dialisador com membrana semipermeável.
 Banho dialisado apropriado.
MÉTODOS DE ACESSO À CIRCULAÇÃO DO PACIENTE:
 Cateterização da subclávia
 Fístula arteriovenosa.
 Enxerto.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE HEMODIÁLISE:
 Proporcionar ambiente limpo, calmo e arejado.
 Verificar o peso do paciente antes de iniciar a diálise.
 Acomodar o paciente na poltrona e orientá-lo sobre o processo.
 Conectar corretamente os cateteres do paciente na máquina.
 Controlar sinais vitais rigorosamente, principalmente PA antes, durante e
após a hemodiálise.
 Observar o funcionamento da máquina e estar alerta para qualquer
alteração. Nesses casos o
 médico deve ser chamado imediatamente.
 Fazer o balanço hídrico ao terminar o processo.
 Manter assepsia rigorosa em todos os procedimentos.
 Observar sinais de hemorragia, choque e infecção.
 Colher sangue do paciente e do aparelho, para verificar o tempo de
coagulação (TAP), já que é

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 39


40

 adicionada heparina ao sangue dialisado.


 Pesar novamente o paciente após o término do processo.
 Anotar todos os dados referentes à diálise.
COMPLICAÇÕES DA HEMODIÁLISE:

Imediatas:

 Hemorragia: acontece devido ao anticoagulante adicionado ao sangue


do paciente, para evitar
 que o sangue coagule dentro da máquina.
 Infecção: por contaminação, que pode ocorrer na punção arteriovenosa ,
falta de cuidados no
 manuseio dos cateteres, limpeza deficiente do dialisador.
 Embolia gasosa, filtração deficiente ou excessiva e complicações da
fístula.

Tardias:

 Arteriosclerose, insuficiência cardíaca congestiva, IAM, angina, acidente


vascular cerebral.
 Anemia, fadiga, perda do interesse, ausência de energia e estímulo.

16. DILEMA ÉTICO PERANTE DECISÃO DO DOENTE TERMINAL

ALGUNS TERMOS USADO

CONSIDERAÇÕES GERAIS

TANATOLOGIA :é a ciência que estuda a morte e seus processos


intrínsecos.

Desde a concepção o homem, como ser complexo que é, teme a morte


em suas dimensões física, emocional, intelectual e espiritual.

Dentro da tanatologia, parte da bioética, a morte é dividida em


modalidades, segundo critérios de decisão pela abreviação da vida.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 40


41

DIVIDE- SE EM: EUTANÁSIA ATIVA, EUTANÁSIA PASSIVA,


DISTANÁSIA, ORTOTANÁSIA E MISTANÁSIA.

A bioética pode valer-se de princípios para nortear as condutas éticas com


relação ao processo de morte do paciente.

OS PRINCÍPIOS SÃO: BENEFICÊNCIA, NÃO MALEFICÊNCIA,


AUTONOMIA E JUSTIÇA.

EUTANÁSIA ATIVA: Ocorre quando há um acordo entre médico,família


e paciente com o objetivo de terminar com a vida do último. Seja por meio de
uma droga letal ou da retirada de aparelho de respiração, a interferência de
outra pessoa é ativa.

EUTANÁSIA PASSIVA: Ocorre quando o médico ou qualquer pessoa


do convívio do paciente lhe provê todo o material necessário ao suicídio, mas
não realiza ativamente o ato final.

DISTANÁSIA: Ocorre quando opta-se pela persistência em um


tratamento que não curará ou melhorará o estado de saúde do paciente. É
considerado antiético. Esta prática prolonga uma dor e pode ser comparada à
tortura. Assim, é a obstinação terapêutica em que a tecnologia médica é usada
para prolongar penosa e inutilmente o processo de agonia e morrer.

ORTOTANÁSIA: Ocorre quando, deliberadamente, suspende-se o


tratamento de uma doença incurável que só prolongaria o sofrimento do
paciente. É a atuação correta frete à morte (Pessini, 2001), a abordagem
adequada diante do paciente que está morrendo, implica garantir a este
paciente sua dignidade e individualidade.

MISTANÁSIA: Ocorre normalmente fora das instituições hospitalares.


Trata-se de uma morte miserável, antes da hora. É uma categoria que nos
permite refletir sobre o fenômeno da maldade humana.

Divide-se em três situações:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 41


42

 A grande massa de doentes e deficientes que, por motivos políticos,


sociais e econômicos, não chegam a ser pacientes, pois não conseguem
ingressar efetivamente no sistema de saúde médico;
 Doentes que conseguem ser pacientes para, em seguida, tornarem-se
vítimas de erro médico por imprudência, imperícia ou negligência;
 Pacientes vítimas de má-prática por motivos econômicos, científicos e
sociopolíticos (morte em experiências científicas, laboratoriais e
farmacêuticas-, pelo tráfico de entorpecentes, abuso sexual, latrocínio,
etc.).

PRINCIPIOS BIOÉTICOS

 Benevolência,
 Não-maleficência,
 Autonomia
 Justiça.

BENEFICÊNCIA E NÃO MALEFICÊNCIA: Estes princípios, sintetizados


desta forma, dentro da tradição filosófico moral, simbolizam o "fazer o bem". É
uma manifestação de benevolência, pretende evitar danos corporais e mentais.
Remete à tradição hipocrática e supõe que maximizar o bem do outro implica
diminuir o mal.

AUTONOMIA: Princípio que eleva em primeiro plano a liberdade do


paciente, capaz de construir regras para si mesmo com base na razão. Remete
à tradição kantiana da filosofia moderna, que creditava confiança no homem
racional. Reflete a capacidade de autogoverno.

JUSTIÇA: É o princípio que propõe a imparcialidade na distribuição dos


riscos e benefícios, considerando as desigualdades (sociais, morais, físicas e
financeiras), a dignidade da pessoa e a recusa a qualquer tipo de violência. A
justiça é um princípio que vem sendo desprestigiado, mas que tem importância
fundamental na resolução das questões burocráticas.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 42


43

17 .CUIDADOS COM QUEDAS

 Orientar o paciente a levantar devagar , sentar no leito e apoiar os pés;


 Auxiliar o paciente com risco moderado para queda durante a
deambulacão;
 Manter a cama na posicão baixa e com rodas travadas;
 Manter grades de proteccão elevadas e se for necessario utilizar
protetores entre o vão das grades ;
 Oferecer suporte de soro com rodas;
 Checar o bom funcionamento e integridade da maca, cadeira de roda ou
do outro meio de locomocão antes de transportar o doente;
 Oriantar quanto ao uso apropriado de muletas e bengala se for
necessário;
 Orientar o doente ou ao responsavel sobre as mudancas na prescricão
medicamentosa que possam causar vertigens tonturas hipoglicemias
etc. -Transportar o doente na cadeira de rodas com cinto de seguranca e
na maca com grades elevadas;
 Evitar locomocão do doente em trajectos tumultuádos quando for
possivel.

18. BANHO NO LEITO

• Banho no leito:

 É a higienização total ou parcial do corpo executada em pacientes


acamados, impossibilitados de sairem do leito;
 Um banho completo no leito limpa a pele, estimula a circulação,
proporciona um exercício leve e promove conforto;
 O banho possibilita ao enfermeiro avaliar a condição da pele, a
mobilidade articular e a força muscular;
 O banho pode ser completo ou parcial.

Tipos de banho no leito

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 43


44

1- Aspersão - banho de chuveiro;

2- Imersão - banho na banheira;

3- Ablução - jogando pequenas porções de água sobre o corpo;

4- No leito - usado para pacientes acamados em repouso absoluto.

Finalidades do banho no leito


 – Limpeza da pele;
 – Estimular a circulação;
 – Propiciar observação do estado da pele e geral;
 – Proporcionar conforto físico e mental;
 – Promover o relaxamento muscular;
 – Aliviar a sensação de fadiga e desconforto da posição permanente e
da umidade produzida pelo calor.

Material necessário para banho


 Jarra com água morna;
 Balde Roupa de uso pessoal;
 Material para higiene oral Luvas de banho;
 Toalha, desodorante;
 Sabonete;
 Cuba rim forrada com papel
 Talco ou creme;
 Roupa de cama,
 Pente;
 Comadre ou papagaio,
 Saboneteira ou cubarim;
 Luvas de procedimento,
 Bacia;
 Biombo.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 44


45

Técnica para o banho no leito


• Lavar as mãos;
• explicar o procedimento e finalidade ao paciente;
• Fechar as portas e janelas;
• proteger com biombo a unidade;
• desocupar a mesa‐de‐cabeceira; • reunir o material e
colocá‐lo sobre a mesa‐de‐cabeceira; • calçar luvas de
procedimento;
• Oferecer a comadre ao paciente;
• Desprender a roupa de cama;
• Colocar a roupa dobrada e na ordem em que vai ser
usada, sobre o espaldar da cadeira aos pés da cama;
• fazer a higiene oral do paciente;

Material:
 Escova de dente; dentifrício; copo descartável com água; toalha de
rosto; cuba-rim; espátula;
 canudo s/n; lubrificante labial (vaselina); anti-septico oral (Cepacol); luva
de procedimento;
 gaze. Caso não tenha escova, utilizar uma espátula

19. DIABETES MELLITUS

Diabetes Mellitus: É uma enfermidade endocrino-metabólico crônica, a


qual pode dever-se à ação de diferentes fatores (genéticos, lhes vire,
imunológico e ambientais) segundo o caso. Este síndrome heterogêneo afeta o
metabolismo geral do organismo.

É um estado de hiperglicemia crônica causado por um déficit absoluto ou


relativo da produção ou liberação de insulina que leva a alterações no
metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas a qual se traduz à larga por
um aumento da glicose em sangue e urina.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 45


46

Classificação etiológica e fisiopatológica:

1. Diabetes tipo I ou Insulinodependiente: Se diagnóstica na infância ou


primeira juventude, estes pacientes de não receber insulina se descompensan,
é de causa Autoinmune e idiopática e não se produzem insulina porque as
células beta do pâncreas foram destruídas por um processo.

2. Diabetes tipo II ou não insulino dependente: Aparece na idade adulta,


Geralmente não necessitam Insulina nem desenvolvem Cetoacidosis,
controlam-se com a dieta e hipoglicemiantes orais. Neste tipo de diabetes
existem 2 elemento relacionados com a insulina.

a)- A resistência à insulina: (É quando a insulina se volta menos eficaz e


as malhas não captam a glicose).

b)-Alteração na secreção da insulina. (refere-se a uma maior quantidade


de insulina que deve segregar o pâncreas para superar a resistência insulinica
e evitar a hiperglicemia).

3. Diabetes gestacional: É a que se produz durante o embaraço. Embora


geralmente desaparece depois do nascimento do bebe ou desenvolvem
diabetes tipo II; deve-se a um aumento de secreção de hormônio na placenta,
um dos diversos hormônios produzidos pela placenta, como o lactógeno
placentario humano, a gonadotropina coriónica, os estrogênios, a progesterona
e um hormônio similar a tirotropina.

4. Outras: Pancreatitis, Neoplasias do pâncreas e Medicamentosa pelo


abuso do Glucocorticoides, Tiazidas, etc.

Quadro Clínico:

1. Polifagia ( Fome excessiva)

2. Polidipsia ( sede excessiva)

3. Poliuria

4. Prurito general ou vulvar ou ambos.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 46


47

5. Perda de peso

6. Má cicatrização de feridas.

7. Transtornos vasculares. neurológicos, visuais. retinianos, renais.

8. Astenia.

9. Infeccione a repetição.

10. Visão imprecisa.

11. Problemas do funcionamento sexual.

12. Obesidade.

Exames complementares:

1. Glicemia em jejuma e pospandrial de 2 horas

2. PTG. Especialmente para os diabéticos de tipo II.

3. Albuminuria de 24 H.

4. Benedit e Imbert.

5. Provas funcionais hepáticas (se se suspeitar de afecções Hepáticas).

6. Hemograma.

7. Eritrocedimentación.

8. Ex. Parcial de urina.

9. Eletrocardiograma

10. Contagem do Addis e filtrado glomerular (se se suspeitar de Afecções


renais).

11. Creatinina.

12. Ácido Úrico

13. Uréia.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 47


48

14. Colesterol.

15. Urocultivo.

16. Ultra-som abdominal.

Tratamento da diabete millitus

Pilares do Tratamento do Diabético.

1. Dieta: Balançada, (rica em vitaminas, minerais e proteínas e poucos


carboidratos e hipograsa divididos em 6 comidas) e individualizada.

2. Exercícios: Estes se realizassem de acordo às condições do paciente


(devem ser moderados e em casos de atividade físicas intensas se
administram glúcidos).

3. Tratamento: realizam-se com hipoglicemiantes orais Ex. Diabetón ou


tolbutamida, Glibenclamida e diabefen.

4. Insulina (Lenta ou simples).

Os Hipoglicemiantes por via oral: So estão indicados em pacientes não


insulino dependentes depois de 2 semanas com tratamento dietético sem obter
controle metabólico adequado ou de entrada se existirem níveis muito elevados
de glicemia.

Ordem de eleição

Glibenclamida: começa-se com ½ ou 1 tablete no café da manhã e se aumenta


a dose até 15 0 2 mlg lhe acrescentando em almoço e comida.

Contra-indicações: Diabéticos insulina dependente. Complicações agudas.


Insuficiência hepática ou renal. Consumo de álcool ou barbitúricos. Pacientes
anciões ou depauperados

Tolbutamida: a dose varia de 0.5 a 3g jornais começando com 1 tab no café


da manhã. Se for necessário se aumenta em comida ou almoço até não mais
de 3 gramas ao dia (6tab). É útil em anciões não insulinodependientes.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 48


49

Insulina: É o tratamento habitual do paciente insulinodependiente. utiliza-se a


insulina de ação intermédia (lenta) que se apresenta em frascos de 10 ml e que
cada ml contém 100 unidades de insulina.

COMPLICAÇÕES DA DIABETES MILLITUS

1. Neurológicas: Cãibras, adormecimento e parestesia em membros inferiores.


(neuropatías).

2. Oftalmológicas: Diminuição ou perda de visão, dor. (Retinopatía).

3. Renais: Astenia, edema, disuria, dor nos pontos renoureterales, cistite, febre,
calafrios. (Nefropatías).

4. Vasculares: Enfermidade coronária, Ateroesclerosis. Hipertensão Arterial,


síndrome vascular periférico (Pé do Charcot).

5. Infecções: Renal, cutânea, genital, bocal, seios perinasales, respiratório.

6. Cetoacidosis diabética.

7. Vírgula diabético.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM PACIENTE COM DIABETE


MELLITE

 Cuidados com o uso, administração e armazenamento da medicação


 Orientar como armazenar insulina.
 Orientar sobre a necessidade de tomar a medicação nos horários
corretos, conforme prescrição médica.
 Orientar sobre os locais de aplicação da insulina e a necessidade de
rotatividade.
 Cuidados com a alimentação e hidratação
 Orientar sobre a importância da não ingestão de alimentos gordurosos e
frituras.
 Orientar sobre a alimentação a cada três horas.
 Orientar sobre a importância da hidratação adequada.
 Orientações sobre a prática de alongamentos e atividade física

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 49


50

 Orientar sobre a importância da atividade física para controle do nível


glicêmico, da pressão arterial e para o bem-estar geral.
 Orientar sobre a realização de caminhada em local plano.
 Orientar e estimular a participação em grupos de atividade física
realizados na unidade de saúde.
 Cuidados quanto ao controle glicêmico, da pressão arterial e do peso
 Orientar sobre a importância da aferição regular da pressão arterial.
 Orientar quanto a importância de verificar regularmente a glicemia.
 Orientar sobre a necessidade de verificar a glicemia antes de administrar
a insulina.
 Cuidados com o pé diabético
 Orientar sobre como realizar a avaliação dos pés.
 Orientar sobre a hidratar os pés.
 Orientar sobre a secagem entre os dedos dos pés.
 Cuidados circulatórios e controle do tabagismo
 Orientar sobre a importância do controle glicêmico para o tratamento de
feridas.
 Realizar a avaliação de úlceras venosas, arteriais.
 Orientar a participação em grupo de tabagismo.
 Cuidados psicossociais e espirituais
 Orientar sobre a importância de diminuir o estresse.
 Estabelecer relação de confiança com o paciente diabético considerando
a sua realidade.
 Incentivar a crença religio

20. FERIDA

Ferida: É a perda de continuidade de qualquer estrutura corporal já seja


interna ou externa, causada por meios físicos.

Classificação da ferida :

 Segundo presença ou ausencia de infecção:

• Limpa ou asséptica: Livre de gérmenes patogênicos.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 50


51

• Suja, infestada ou séptica: Contém gérmenes patogênicos.

 Segundo a causa:

• Traumática ou acidental: Ocorre em condições sépticas e existe um grande


perigo de que se infecte. Ex. Politrauma.

• Intencional: É produzida por um propósito específico, sob condições de


assepsia. Ex. Ferida cirúrgica.

 Segundo ausência ou ruptura da pele:

• Aberta: Quando há ruptura de pele e mucosa. Ex. Incisa, agudo, abrasão, etc.

• Fechada: Quando não há ruptura de pele e mucosa. Ex. Fratura de quadril,


uma martelada.

 Segundo maneira em que ocorre:

 Incisas: Produzida por objetos com fio como um bisturi, navalha, borde-
os da ferida são retos. Ex. A incisão produzida pelo cirurgião
 Agudo: São produzidas por instrumentos de extremo agudo, penetra
pelas malhas causando poucas lesões externas, mas alcançando
profundidade. Ex. Estiletes, baionetas, agulhas, anzóis, o aguijonazo de
uma abelha, etc.
 Por Abrasão: Ocorre como resultado da fricção ou raspadura, é
superficial, a capa externa da pele ou mucosa estão lesadas ou
raspadas. Ex. Queda sobre o pavimento, o roce das savanas em um
encamado.
 Contusa: São produzidas por traumatismos violentos com agentes
obtusos que ao golpear não rasgam os tegumentos, são de pouca
gravidade, embora dependa do lugar onde se produziu. Ex. Abdômen,
flanco ou hipocôndrio às vezes resultam graves, pois podem determinar
ruptura do fígado, baço ou rim. Um batimento com um martelo.
 Lacerante: As malhas estão rasgadas e têm bordos irregulares. Ex.
Produzida por uma serra, serrote, mordida de cão, etc.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 51


52

 Penetrantes: quando interessa uma cavidade natural, Ej: Por arma de


fogo: produz-se por disparos de armas de fogo, o projétil segue um
curso único através das malhas até se chocar com um osso. Estas
podem ser: a linha, quando segue um curso superficial e tangencial
quando risca um sulco na pele.

 Processo de cicatrização das feridas

O processo de cicatrização das feridas pode dividir-se em três fases:

• Fase latente, (Inflamatoria)

• Fase de fibroplasia (Proliferativa)

• Fase de contração .(Maturação)

Fase latente: os capilares se dilatam na zona lesada, como resultado da


lesão celular. O volume sangüíneo da zona aumenta, mas diminui a rapidez da
circulação do sangue.

Fase de fibroplasia: há um aumento de novos capilares e de brotos


linfático endoteliales na zona ferida. Da fibroplasia resulta a formação de uma
malha granulosa (tecido conectivo); posteriormente ocorre a epitelización
(queratinización). A ferida aparece rosada, devido aos novos capilares em a
malha granulosa, e a zona é suave e tenra.

Fase de contração: há uma cicatrização devida aos fibroplastos,una vez


que aconteceu a fibroplasia. Os capilares e os brotos linfaticoendoteliales da
nova malha desaparecem e a cicatriz se encolhe.. Feridas abertas necessitam
que se forme mais malha de granulação, fibroso e epitelial, que no caso das
feridas fechadas. Durante os primeiros cinco ou seis dias há pouca força na
ferida que está cicatrizando. Entretanto, durante os dez dias seguintes a malha
se faz mais forte e pode suportar melhor sua atenção.

 TIPOS DE CICATRIZAÇÃO

• Cicatrização por primeira intenção.

• Cicatrização por segunda intenção

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 52


53

• Cicatriza por terceira intenção

Cicatrização por primeira intenção. Lesões causadas por instrumentos


cortantes, com bordos regulares e com ajuste por suturas ou seja não há
separação dos seus bordos.

• Perda tecidual mínima;

• Tecido de granulação não visualizado;

• Cicatriz é pequena

Na maioria das incisões cirúrgicas os borde da ferida se suturam juntos,


firmemenlhe, e a cura se efectúa de primeira intenção.

Cicatrização por segunda intenção: Perda acentuada de tecido, sem


possibilidade de aproximação dos bordos ou seja os bordos não estão juntos

• Decorre de complicações: infecção;

• Período cicatricial prolongado, altos índices de defeitos cicatriciais

• Tecido de granulação abundante

• Cicatriz é grande

A cicatrização das úlceras por pressão ilustra a cicatrização de segunda


intenção. A cratera da úlcera pode encher-se pelo desenvolvimento de novos
tejidos. O processo é lento e a crosta que resulta é grande.

Cicatriza por terceira intenção: Fechamento dos bordos por sutura


após a ferida estar granulada e a infecção debelada;

Esta é uma combinação dos dois tipos de cicatrização, previamente


mencionados, já seja que a ferida se deixe aberta inicialmente e se suture
depois, ou que se abra depois de uma sutura original e não se suture de novo.
Há muita malha de granulação neste tipo de processo cicatrizal.

 Segundo tipo Intervenção cirúrgica (Quanto ao grau de


contaminação)

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 53


54

1. Limpas: Livre de gérmenes patogênicos, nem contato com líquidos


corporais.

2. Limpa contamidas: Embora esteja livre de gérmenes patogênicos, existe


contato com fluídos corporais.

3. Contamidas: Existe contato com fluídos corporais, corpos estranhos, sujeiras


ambientais (terra, asfalto, sedimentos fecais, urina, etc.)

4. Infetadas: Existe prévia invasão de agentes patogênicos, lesões sépticas,


tecido necrótico, etc.

 Fatores que influem no processo de cicatrização:

Generais:

• Idade

• Estado nutricional

• Fatores humorales

• Estado de saúde

Locais:

• Fluxo sanguíneo.

• Presença de infecção.

• Grau ou magnitude do dano hístico.

• Edema.

• Radioterapia.

• Qualidade da malha útil.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 54


55

Entre as exógenas mais comuns de complicações bacterianas em instituições


de saúde temos:

Fontes Exógenas:

1. Secreções nasais e da garganta e o ar exaltado de pessoas com infecções


respiratórias

2. Vômito e os sedimentos porque os microorganismo não proliferam também


no estômago

3. A urina de doentes por infecções urinária

4. Eliminações de orifícios do corpo

5. Exsudados de feridas infectadas ou lesões da pele

6. Equipes utilizadas no cuidado de pacientes com infecções

7. Roupas de camas e pessoais usadas por pacientes com infecções

8. Contato pessoal. Um paciente com uma conjuntivite hemorrágica pode


contagiar toda uma sala.

9. Via aéreas. Com frequência os microrganismos são levados pelas


microgotas de flucher a pessoas sões, também pode viajar de um sítio a outro
fixando-se a partículas de pó. Ej: Staphylococus aureus se transmite pelo ar.

10. Animais e insetos. Os ratos disseminam salmonela e Segue-a, as pulgas


são portadoras de microrganismos.

11. Fómites. Os objetos inanimados como agulhas e seringas de injeção, são


fontes possíveis de infecções Ex. Hepatite B, VIH/SIDA.

12. Mantimentos e bebidas. A água impura e os mantimentos poluídos causam


brotos de enfermidades como: Cólera, febre tifóide e hepatite A.

Fontes endógenas:

Disseminação endógena. Também é comum a disseminação de


microrganismos de uma região do corpo a outra, como da pele a uma ferida

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 55


56

aberta. É importante seguir uma técnica asséptica para evitar a disseminação


endógena de microrganismo.

21. INSUFICIENCIA RESPIRATORIA AGUDA

CONCEITO: são as limitações que sofre o ar para entrar ou sair dos


pulmões por causa de fatores mecânicos ou extrapulmonares.

CLASSIFICAÇÃO
 Hipercarnea
 Hipoxemia
 Acidosis

CAUSAS
 Acidentes vasculares encefálico
 Dose excessivas de fármaco depresores centro respiratório
 Depressão anestésica post-operatória
 Traumatismo craneo encefalico.
 Trauma raquimedular
 Síndrome de guillain barré
 Miastenia grave
 Tétano
 Fármacos relaxantes musculares
 Antibióticos com ação bloqueadora neuromuscular
 Incecticida órganofosforada
 Traumatismo
 Neumotorax
 Obesidade masiva
 Pleuritis restrictiva
 Apnea durante o sonho
 Paralisia de cordas vocais
 Hipertrofia do amicdalas e adenoides
 Epiglotitis

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 56


57

 Edema pulmonar
 Embolia pulmonal
 Embolismo gorduroso

. QUADRO CLÍNICO

HIPERCAPNEA
 Cefaléia
 Confusão
 Sonolência
 Enjôos
 Sudoración
 Enrojecimiento cutâneo mucoso
 Perdida do conhecimento

HIPÓXIA A NIVEL DO SNC

 Perturbação do julgamento
 Confusão
 Agressividade
 Incordinação barco a motor
 Coma

HIPÓXIA A NIVEL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

Ligera

• Taquicardia

• Hipertensão

Grave

• Bradicardia,

• Hipotensão,

• Angina de peito,

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 57


58

• Paro circulatorio

TRATAMENTO
 Ventilação artificial
 Oxigenoterapia
 Apoio nutricional
 Sedação
 Analgecia
 Tratamento da causa que lhe deu o origem.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Colocar ao paciente semisentado
 Medir signos vitais
 Permeabilisar vias aereas

 a.

CAPITULO II

1. CUIDADOS DE SAÚDE DIFERENCIADOS

1.1. Departamento de Saúde Mental

Departamento de Saúde Mental é constituído pelos seguintes Serviços:

 Serviço de Psiquiatria;
 Unidade de Pedopsiquiatria;
 Unidade de Psicologia Clínica;
 Unidade do Doente de Evolução Prolongada.

1.2.Departamento da Mulher e da Criança

Departamento de Mulher e da Criança é constituído pelos seguintes Serviços:

 Serviço de Ginecologia e Obstetrícia;


 Serviço de Pediatria e Neonatologia;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 58


59

1.3.Departamento de Medicina

O Departamento de Medicina é constituído pelos seguintes Serviços:

 Serviço de Cardiologia;
 Serviço de Medicina Interna;
 Serviço de Medicina Física e Reabilitação;
 Serviço de Nefrologia;
 Serviço de Neurologia;
 Unidade de AVC;
 Unidade de Gastrenterologia;
 Unidade de Pneumologia;
 Unidade de Oncologia Médica;

1.4.Departamento de Cirurgia

O Departamento de Cirurgia é constituído pelos seguintes Serviços:

 Serviço de Anestesiologia;
 Serviço de Cirurgia Geral;
 Serviço de Estomatologia;
 Serviço de Oftalmologia;
 Serviço de Otorrinolaringologia;
 Serviço de Ortopedia:
 Serviço de Urologia;
 Bloco Operatório;
 Unidade de Cirurgia de Ambulatório.

1.5.Departamento de Meios Complementares de Diagnóstico e


Terapêutica

Departamento de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica é


constituído pelos seguintes Serviços:

 Serviço de Imagiologia;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 59


60

 Serviço de Patologia Clínica;


 Serviço de Medicina Transfusional.

2.CARDIOPATIA

Insuficiência cardíaca: Incapacidade do coração para bombear aos


copos da circulação geral um volume de sangue suficiente para satisfazer as
necessidades do metabolismo, daí a incapacidade de manter um gasto
cardíaco adequado, é a diminuição da contractilidad do músculo cardíaco.

É o estado em que o coração não pode produzir o gasto cardíaco


necessário para satisfazer as necessidades metabólicas do organismo. As
diminuições das propriedades contráteis do coração fazem que diminua o gasto
cardíaco. Ao diminuir o gasto cardíaco os nervos simpáticos aceleram a
freqüência cardíaca para que o gasto seja adequado.

 Gasto cardíaco: Quantidade de sangue que sai do coração em


um minuto.
 Retorno venoso: Quantidade de sangue que sai do coração em
um minuto.

Causas:

1. Isquemia cardíaca

2. Necrose muscular

3. Hipertensão arterial não tratada.

4. Dilatação das cavidades cardíacas

5. Valvulopatia e calcificação valvular.

6. Enfermidade do Chagas

7. Febre Reumática

8. Ateroesclerosis.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 60


61

Classificação:

Direita: Quando a deficiência circulatória de bombeamento depende do


ventrículo direito, o qual favorece o retorno venoso retrocedo provocando uma
recarga circulatória Hepato-Rena-Portal.

Esquerda: Quando a deficiência circulatória de bombeamento depende


do ventrículo esquerdo, provocando uma sobrecarga do retorno venoso
retrocedo para as veias pulmonares e em conseguinte produz um edema
pulmonar e bloqueio da difusão refrigerante alvéolo-capilar. Desencadeia o
Edema Agudo do Pulmão.

Global: Quando a deficiência circulatória de bombeamento depende da


dilatação global com retorno venoso retrocedo para ambas as circulações
maior e menor.

Quadro Clínico:

Generais:

1. Edema dos membros inferiores

2. Fácil cansaço a deambulación.

3. Dispnéia de esforço.

Direita:

1. Regurgitação hepatoyugular

2. Edema duro, quente e difícil godet

3. Hepatoesplenomegalia

4. Hipertensão arterial

5. Taquicardia.

Esquerda:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 61


62

1. Dispnéia paroxística noturna

2. Posição de ortopnea

3. Cianose peribucal e distal

4. Edema pulmonar

5. Bradipnea e Apnea

6. Hemoptisis espumosa

7. Silencio auscultatorio progressivo

8. Intranqüilidade

9. Paro cardiorrespiratorio.

Meios Diagnósticos:

Laboratório Clínico:

• Hemograma completo

• Lipidograma

• Uréia e Ácido Úrico

• Ionograma

Radiológicos:

• Ecocardiograma

• Rx de Tórax a distancia telex (dilatação cavidades, cardiomegalia)

• Ultra-som abdominal e renal

• Angiografía

Elétricos:

• Eletrocardiograma

Tratamentos:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 62


63

Não farmacológico:

1. Proporcionar relaxação física e emocional.

2. Aliviar a hipoxia e melhorar a ventilação.

3. Retardar o retorno venoso ao coração.

4. Melhorar a função cardiovascular.

Farmacológico

1. Diuréticos de ASA e poupadores de potássio.

2. Relaxantes da musculatura Lisa bronquial

3. Digitálicos

4. Anticalcicos

5. EICA

6. Antiagregantes plaquetarios

Cuidados específicos de Enfermaria:

1. Manter em posição fowler sentado ou semisentado.

2. Oxigenoterapia suplementar

3. Melhorar o retorno venoso mediante a realização torniquetes nos membros


inferiores e superiores deixando livre só um cada 10 minutos.

4. Administração imediata de 250 mg da Aminofilina e 100 mg da Furosemida


por via endovenosa na emergência, se Edema Agudo Pulmonar.

5. Realizar eletrocardiograma

6. Aplicar terapêutica farmacológica segundo protocolo específico.

7. Vigiar aparição de complicações clínicas e reações adversas


medicamentosa.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 63


64

8. Manter um estrito controle dos líquidos administrados no balanço


hidromineral do paciente.

9. Aplicar protocolo específico se necessidade de ventilação mecânica artificial.

10. Suspender mantimentos as primeiras 10 H. Posteriormente segundo o


estado do paciente se pode incorporar primeiro dieta líquida e posteriormente
branda (segundo critério).

11. Controlar o peso diário do paciente.

2.2. Intervenções de Enfermagem ou Cuidados de Enfermagem ao


Paciente:

 Manter débito cardíaco adequado,

 Repouso físico e emocional para reduzir o trabalho cardíaco e as


necessidades de oxigênio,
 Posicionar em semi-Fowler ou Fowler-alto para facilitar o retorno
venoso,
 Evitar manobras de valsava,
 Avaliar regularmente sinais vitais, parâmetros hemodinâmicos, nível de
consciência, sons cardíacos,
 Monitorizar para verificação de arritmias,
 Observar sinais e sintomas da diminuição da perfusão tecidual
periférica: pele fria, palidez facial, enchimento capilar retardado,
 Administrar terapêutica prescrita e avaliar a resposta quanto ao alívio de
sintomas,
 Melhorar a oxigenação,
 Administrar oxigênio para reduzir dispnéia e fadiga,
 Posicionar em semi-Fowler ou Fowler-alto para facilitar a respiração e
aliviar a congestão pulmonar,
 Monitorizar freqüência respiratória, profundidade e facilidades
respiratórias,
 Promover mudança de decúbito,
 Estimular os exercícios freqüentes de respiração profunda,

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 64


65

 Proporcionar refeições fracionadas e em pouca quantidade,


 Restabelecer equilíbrio hídrico,
 Administrar diuréticos, O.B.S: se prescrito pelo Medico,
 Avaliar diariamente o peso,
 Avaliar sinais de hipocalcemia: astenia, mal-estar e câimbras,
 Administrar potássio O.B.S:e prescrito pelo medico,
 Estar atento aos potenciais problemas dos diuréticos,
 Observar sinais de distensão da bexiga no idoso com hiperplasia da
próstata,
 Proporcionar uma dieta hipocalórica e hipossódica fracionada e restringir
os líquidos.

3. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO GRANDE QUEIMADO

INTRODUÇÃO:

O queimado necessita boa assistência de enfermagem para que tenha


uma recuperação física, funcional e psico-social, precoce.A equipe de
enfermagem trabalhando paralelamente à equipe médica, deve ter
conhecimentos especializados sobre cuidados a serem prestados aos
queimados.

Esses cuidados iniciam-se com atitude correta ao receber os pacientes


que chegam agitados devido à dor ou ao trauma psíquico, devendo continuar
no decorrer de todo o tratamento até a ocasião da alta, quando os doentes e
familiares são orientados quanto aos cuidados a serem seguidos.

3.1.Assistência Imediata

A assistência inicial deve ser prestada em ambiente que proporcione


condições perfeitas de assepsia, tal como uma sala cirúrgica, tendo sempre
presente a importância do problema do controle da infecção, desde o início e
no decorrer do tratamento.

Para o primeiro atendimento, um mínimo de material e equipamento se


fazem necessários na sala:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 65


66

3.2.EQUIPAMENTO E MATERIAL PERMANENTE:

 Torpedo de oxigênio, se não contar com o sistema canalizado.


 Aspirador de secreção.
 Mesa estofada ou com coxim para receber o paciente.
 Mesa auxiliar para colocar material de curativo (tipo Mayo).
 Suporte de soro.
 Caixa com material de pequena cirurgia.
 Caixa com material de traqueostomia.
 Caixa com material de dissecção de veia.
 Material para intubação endotraqueal.
 Aparelho ressuscitador "Air-viva".
 Pacotes de curativo (com tesoura, pinça anatômica, pinça dente de rato
e pinça de Kocher).

3.3.MATERIAL

 Compressa de gaze de 7,5 cm x 7,5 cm.


 Atadura de gaze de 90 x 120 cm com 8 dobras longitudinais.
 Ataduras de rayon e morim.
 Atadura de gaze de malha fina impregnada em vaselina.
 Algodão hidrófilo.
 Ataduras de crepe.
 Luvas.
 Pacotes de campos cirúrgicos e aventais.
 Fita adesiva e esparadrapo.
 Máscara e gorro.
 Medicamentos de emergência.
 Antissépticos.
 Seringas de vários tamanhos.
 Agulhas e catéteres de vários calibres.
 Tubos para tipagem de sangue e outras análises laboratoriais.
 Frascos de soro fisiológico.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 66


67

3.4.PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

Na Sala de Cirurgia:

 Aplicar imediatamente sedativo sob prescrição médica, com a finalidade


de diminuir a dor, de preferência por via intra-venosa.
 Ao aplicar o medicamento por esta via, deve-se aproveitar para colher
amostra de sangue para tipagem, assim como procurar manter a veia
com perfusão de soro fisiológico para posterior transfusão de sangue ou
outros líquidos.
 Retirar a roupa do paciente e colocá-lo na mesa sobre campos
esterilizados e cobrir as lesões também com campos esterilizados.
 Preparar material para dissecção de veia ou cateterismo transcutâneo
"intra-cat", e auxiliar o médico nestas operações.
 Auxiliar ou executar com supervisão médica, tratamento local de
remoção de tecidos desvitalizados, limpeza sumária das áreas
queimadas, oclusão das lesões, ou ainda, preparo das mesmas para
mantê-las expostas (método de exposição).

3.5.Unidade de Internação:

Colocar o paciente no leito preparado com campos e arcos de proteção


esterilizados, e também sobre coxim preparado com várias camadas de
ataduras de gaze e revestido com rayon, conforme a localização das
queimaduras. Isto quando o método de tratamento é o de exposição.

Controle de diurese e outras perdas de líquidos: executar cateterismo


vesical com sonda de demora (sonda de Foley), anotando o volume urinário.
Esta sonda é mantida ocluída, sendo aberta a cada hora para verificar o
aspecto, volume e densidade de urina. Além da diurese, controlar as demais
perdas líquidas, tais como: vômito, sudorese, exsudatos e evacuações,
observando em cada caso o aspecto, a freqüência e o volume.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 67


68

3.5.1 - PESCOÇO:

Manter em extensão, com auxílio de coxim no dorso. A presença de


necrose seca ou lesões profundas, poderá provocar compressão e
garroteamento, com perturbações respiratórias. Nestes casos o médico
executará a escarotomia.

3.5.2 - MEMBROS SUPERIORES:

Os curativos oclusivos dos membros superiores, têm a finalidade de


proporcionar conforto ao paciente e facilitar atuação de enfermagem. Os
membros devem ser mantidos em abdução parcial e em ligeira elevação.

3.5.3 - TRONCO:

Visando evitar os fatores mecânicos, que possam reduzir a


expansibilidade do tórax, o método mais indicado é a posição de Fowler e
semi-Fowler. Entretanto a escolha de decúbito será feita também de acordo
com a área menos atingida. Se a lesão for principalmente face posterior, o
decúbito será ventral, sobre um coxim, que será trocado todas as vezes que se
fizer necessário.

3.5.4- PERÍNEO:

Para as lesões desta região, o tratamento por exposição é utilizado


sistematicamente, devendo as coxas serem mantidas em abdução parcial. A
higiene íntima deve ser feita com água morna e sabão neutro, ou com solução
oleosa. Em nosso serviço utilizamos a seguinte fórmula de solução
oleosa:

Cloroxilenol 0.1%.
Essência de alfazema 1%.
Óleo de amendoim q.s.p. 100 ml.

3.5.5 - MEMBROS INFERIORES:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 68


69

Manter os membros em posição anatômica, evitar a rotação das pernas,


e prevenir o pé eqüino.

Também nos membros inferiores o curativo oclusivo é freqüentemente


utilizado, visando facilitar a movimentação do paciente e atuação da
enfermagem.

Um Dos Cuidados Fundamentais De Enfermagem É A Mobilização Do


Doente No Leito, Mudança Repetida De Decúbito, Qualquer Que Seja A
Localização Das Lesões.

3.6 - UNIDADE DO PACIENTE E MATERIAIS DE USO PRIVATIVO:

Limpar diariamente a unidade do paciente (cama, colchão, criado mudo


e cadeira) com água, sabão, solução de-sinfetante (hipoclorito de sódio a 3%) e
solução aromatizante (álcool, essência de pinho 1%, essência de alfazema a
1% e essência de lavanda 1%). Esterilizar semanalmente todos os materiais de
uso pessoal do paciente, tais como: comadre, bacia, cuba rim, copos, garrafas,
e outros.

4. ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO

 Qualificação adequada + Competências e habilidades específicas


 Tomada de decisão frente as suas necessidades biopsicossociais do
paciente.
 Raciocínio clínico, ético e reflexivo relativo às intervenções de
enfermagem.
 Estabilidade emocional
 Conhecimento técnico-científico
 Domínio da tecnologia

4.1.CUIDADO DE QUALIDADE

Assistência ao paciente crítico

Cabe ao Enfermeiro:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 69


70

 Atividades assistenciais = cuidado de alta complexidade


 Atividades gerenciais = administração da unidade

Atividades assistenciais:

1º momento - paciente crítico é admitido:

 Verificar sinais vitais, se necessário, glicemia capilar;


 Instalar a monitorização cardíaca e oximetria de pulso;
 Puncionar um acesso venoso calibroso.
 Trauma: verificar vias aéreas, ventilação, coluna vertebral e circulação,
verificar nível de consciência.

Atividades assistenciais

Plano de cuidados:

 Obter a história do paciente


 Fazer exame físico
 Executar tratamento
 Aconselhar e ensinar a manutenção da saúde
 Orientar para a continuidade do tratamento.

ENTENDA A MATERIA

Estabelecer prioridades diárias - mudanças conforme as alterações no quadro


do paciente:

 Avaliação do paciente (exame físico e nível de consciência);


 Implementação dos tratamentos prescritos (administração de
medicamentos com segurança, oferecer nutrição adequada, prover
reposição hídrica, fazer controle hídrico rigoroso, realizar débito
urinário);
 Monitoramento do paciente (monitorar sinais vitais, padrão respiratório,
saturação de oxigênio, pressão arterial média, pressão venosa central,
pressão intra-craniana, exames laboratoriais e rx);
 Prevenção de complicações e infecções (monitorar sinais de
complicações, efeitos colaterais, reações adversas; obsevar sinais de

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 70


71

infecção, utilizar de técnicas assépticas na realização dos


procedimentos)
 Proteção contra lesões (mudança de decúbito)
 Promoção de medidas de conforto
 Assistência na realização de procedimentos específicos ao diagnóstico
apresentado (entubação orotraqueal, massagem cardíaca, diálise
peritoneal);
 Promoção de cuidados gerais (sonda nasogástrica (SNG), sonda
nasoentérica (SNE), sonda vesical de demora ou alívio, higiene oral e
íntima, cuidados com drenos, cateter venoso central e periférico e com
colostomia, coleta de secreções, realização de curativo se necessário;
 Promover estratégias de enfrentamento;
 Dar suporte emocional e informações ao paciente e família (informações
acerca dos procedimentos e tratamentos, redução da ansiedade).

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 71


72

CAPITULO III

ENFERMAGEM FUNDAMENTAL II

1. O PROCESSO DE ENFERMAGEM

O conceito do processo de enfermagem, sendo o ―método utilizado para


se implantar, na prática profissional, uma teoria de enfermagem‖, e seu
histórico, citados de uma maneira cronológica por outros autores de grande
importância para a enfermagem.

O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas,


interdependentes e recorrentes:

1.2.AS ETAPAS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1. Investigação ,(Anamnese e Exame Físico);


2. Diagnósticos de Enfermagem;
3. Planejamentos dos Resultados Esperados, ;
4. Implementação da Assistência de Enfermagem (Prescrição de
Enfermagem);
5. Avaliação da Assistência de Enfermagem.

1.processo de enfermagem: Investigação (Anamnese e Exame


Físico) – discute a respeito da investigação para identificar problemas e
necessidades do paciente e assim, determinar seu estado de saúde. Descreve
cinco passos que auxiliam e ordena o profissional enfermeiro: a coleta de
dados, validação dos dados, agrupamento dos dados, identificação de padrões
e comunicação e registro dos dados.

2.Processo de Enfermagem: Diagnósticos de Enfermagem –


descreve a evolução histórica de como os diagnósticos foram elaborados e
desenvolvidos por enfermeiros. Também aborda os treze domínios utilizados

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 72


73

no sistema de classificação NANDA e também os componentes estruturais que


devem conter
neste sistema. Merece destaque os três casos clínicos abordados no final do
capítulo, visando estimular primeiramente o leitor a identificar diagnósticos de
enfermagem conforme anamnese e exame físico de cada paciente descrito e
posteriormente.

3.Processo de Enfermagem: Planejamento dos Resultados


Esperados – foca na importância de realizar o planejamento de enfermagem
após elaboração do diagnóstico. Através dos resultados esperados
estabelecidos são realizadas prescrições de enfermagem para que a meta
proposta seja alcançada.
Este capítulo mostra seis itens necessários para que seja formulado um
resultado esperado eficaz: ser claro e conciso, ser centrado no paciente, estar
relacionado ao título diagnóstico, ser alcançável, conter limite de tempo e ser
mensurável. Exemplificando, para o diagnóstico ―Déficit no autocuidado para
banho relacionado à sedação instituída evidenciado por sujidades no couro
cabeludo‖, um resultado a ser atingido contendo os itens necessários
mencionados é: o paciente irá adquirir capacidade de cuidar de si mesmo e de
sua higiene
pessoal em até 30 dias.

4.Processo de Enfermagem:Implementação da Assistência de


Enfermagem (Prescrição de Enfermagem) – é descrito passos para realizar
uma prescrição de enfermagem e implementá-la a fim de atingir a meta
proposta. Para as autoras, as prescrições de cuidados devem estar bem
redigidas e despertar o interesse da equipe de enfermagem, tanto para ler
quanto para realizar.
É interessante e importante ressaltar que foram exemplificadas algumas
prescrições incompletas e em seguida, suas respectivas correções, chamando
atenção do leitor para os principais erros que ocorrem nesse momento.

Também é abordado sobre o Nursing Intervention Classification (NIC),


um objeto de consulta para o enfermeiro, uma taxonomia de intervenções de

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 73


74

enfermagem. Mas, mesmo contendo centenas de intervenções e atividades, o


enfermeiro deve adaptá-las conforme a necessidade de cada paciente.

5.Processo de Enfermagem – Avaliação da Assistência de


Enfermagem –
aborda a etapa que consiste em acompanhar as respostas do paciente aos
cuidados e avaliar se obteve bons resultados das prescrições de enfermagem.
Deve ser realizado diariamente ou a cada novo contato com o paciente durante
o procedimento do exame físico. Assim, será possível detectar cuidados que
necessitam serem modificados, os que devem ser mantidos e os que foram
finalizados, pois supriram as necessidades do paciente.
Ou seja, o profissional deve avaliar o progresso, estabelecer medidas
corretivas das prescrições, caso seja necessário, e sempre revê-las. Jamais se
esquecendo de realizar as anotações no prontuário ou locais próprios.

Sobre o livro descrito, recomendo, além deste, a leitura da Resolução


COFEN-358/2009, referente à Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE) e implantação do processo de enfermagem, em especial, para
enfermeiros atuantes e que precisarão implantar nos estabelecimentos de
saúde.

2. HIGIENE E CONFORTO

O banho é uma actividade muito importante para o bem-estar do


doente.Ao preparar o banho, deve ter em atenção todos os pormenores, desde
a temperatura da água, à temperatura do ambiente.

• Tenha todos os objectos necessários à mão (sabonete, shampôo,


toalha,roupas limpas) para não ter de deixar o doente sozinho, evitando
acidentes;
Quando o banho tem de ser realizado na cama, deve utilizar uma bacia
com água morna, gel de banho ou sabonete de glicerina e duas esponjas:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 74


75

• Garanta que não existem correntes de ar e que o local está aquecido;


• Se o doente puder, deve lavar-se sozinho, para que se sinta útil;
• A higiene deve começar pelo rosto e cabelo, seguindo-se o peito, braços
e pernas;

Se a sonda nasogástrica se exteriorizar parcial ou totalmente não a


deve voltar a introduzir. Deve chamar o enfermeiro para este a voltar a
introduzir, assegurando que esta volta ao local correcto.
O interior do nariz deve ser limpo diariamente com um cotonete
embebido em soro fisiológico. O adesivo deve ser mudado no máximo 2 vezes
por semana, tendo o cuidado de não deslocar a sonda.
Mesmo que o doente seja exclusivamente alimentado pela sonda nasogástrica
é essencial que preste os cuidados de higiene à boca.

2.2.COMO MUDAR A ROUPA DA CAMA COM O DOENTE DEITADO

 Reunir todo o material que vai ser usado;


 Colocar uma cadeira aos pés da cama que servirá de apoio para colocar
a roupa da cama;
 Desentalar toda a roupa da cama;
 Tirar todas as almofadas;
 Virar o doente de lado, enrolando o lençol de baixo para junto do doente,
tendo o cuidado de o manter coberto com o lençol de cima;
 Após a higiene do doente, colocar o lençol de baixo lavado na cama,
recobrindo a parte do leito que foi descoberto anteriormente,
encostando-o bem ao doente;
 Virar o doente para o lado do lençol lavado;
 O cuidador deve passar para o lado oposto e retirar a roupa
suja;

VESTUÁRIO
O vestuário deve ser:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 75


76

• Confortável;
• Largo (que não aperte);
• De algodão;
• Sem fechos;
• Sem botões (para fechar utilize o velcro);
• Os fatos de treino são uma boa solução porque são quentes,
confortáveis e práticos;
• Em doentes acamados os pijamas ou camisas devem ser
abertos, de preferência nas costas;

. COMO DESPIR E VESTIR UM DOENTE ACAMADO


Deve ter sempre em atenção os seus sentimentos e não expor
o seu corpo demasiado.
Para despir:
Quando a roupa é em feitio de casaco, desaperta-se e inclinase o
doente para o nosso lado, despe-se a manga do braço que está virado para
nós, enrola-se a roupa nas costas, voltase o doente para o lado oposto e
despe-se a outra manga. Para despir as calças do pijama, desapertam-se,
pede-se colaboração ao doente para flectir os joelhos (se possível) e levantar
as nádegas, enquanto descemos a roupa até aos joelhos. Por fim, retiram-se
as calças.

Para vestir:
Se a roupa for aberta, inclina-se o doente para o nosso lado e veste-se a
manga do braço do mesmo lado. Voltar o doente para o lado oposto e vestir a
outra manga. Posicionar o doente e verificar se a roupa ficou bem esticada.

Levantar e movimentar o doente acamado


O doente acamado necessita de grande ajuda em relação à
mobilidade. O cuidador deverá tentar arranjar alguém para colaborar no
levante do doente.
No levante:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 76


77

• Quando estiver a levantar o doente, mantenha os seus pés


afastados e próximos da cama. Mantenha-se junto do doente
e diga-lhe o que quer que ele faça;
• Evite sempre puxar o doente pelos braços, mas segure-o pelas
ombros (omoplatas), pois pode deslocar as articulações;
• Demore o tempo que lhe for necessário, nunca pegue em "peso";
• Com o levante pode lesionar as suas costas, tente evitar movimentos de
torção;
Ajudar o doente a levantar-se da cadeira:
• Se for cadeira de rodas, assegure-se que está travada;
• As cadeiras mais altas e de braços firmes ajudam o doente a permanecer
independente mais tempo e facilitam o procedimento do levante.

3. POSICIONAMENTOS

Os doentes que se encontram, por alguma patologia, com limitação


física são dependentes da sua ajuda para se movimentarem, como tal estes
necessitam que efectue posicionamentos. Os posicionamentos são posições
em que se coloca o doente quando este não tem a capacidade para mudar de
posição sozinho.

3.1.Os posicionamentos têm como objectivos:

• Promover o conforto;
• Prevenir posições viciosas;
• Prevenir feridas na pele (úlceras de pressão).

Mude-o de posição frequentemente com o apoio de


almofadas:
• Para o lado esquerdo (decúbito lateral esquerdo);

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 77


78

• Para o lado direito (decúbito lateral direito);


• De costas (decúbito dorsal).

Assaduras

A incontinência, ou seja, a dificuldade em reter fezes ou urina, leva à


necessidade do uso de fralda e facilita o aparecimento de assaduras (eritema
das fraldas) que pode vir a dar origem a uma escara.

Existem alguns cuidados a seguir para o evitar:

• Mudar a fralda sempre que se encontre suja;


• Passar um pouco de água e sabão da região mais limpa para
a região mais suja, ou seja, da vagina/pénis para o ânus;
• Secar muito bem a pele depois de lavar com cuidado;
• Aplicar uma espessa camada de pomada protectora na zona coberta pela
fralda, de forma a evitar o contacto da urina e das fezes com a pele.

4.CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

4.1.PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a
qualidade de vida da pessoa, família e coletividade.

O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção,


recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com
os preceitos éticos e legais.

O profissional de enfermagem participa, como integrante da equipe de


saúde, das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da
população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 78


79

ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde,


integralidade da assistência, resolutividade, preservação da autonomia das
pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização
político-administrativa dos serviços de saúde.

O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos


humanos, em todas as suas dimensões. O profissional de enfermagem exerce
suas atividades com competência para a promoção do ser humano na sua
integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.

5.SONDAGEM NASOGÁSTRICA

A Sonda Nasogástrica é um tubo de polivinil que quando prescrito, deve ser


tecnicamente introduzido desde as narinas até o estômago.

Sua finalidade está

associada à maneira como ficará instalada no paciente.

.Objectivo da Sonda Nasogástrica:

A maneira como ela estará instalada determinará seu objetivo.

sonda nasogástrica Pode ser: aberta ou fechada.

Sonda Nasogástrica Aberta:

Quando o objetivo é drenar líquidos intra-gástrico, a saber :

 - Esverdeado: Bile
 - Borra de café: bile + sangue
 - sanguinolenta vivo
 - sanguinolento escuro
 - amarelado, Podemos exemplificar cirurgias

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 79


80

Onde no pós operatório se deseja o repouso do sistema digestivo e também


em casos de intoxicação exógena, onde o conteúdo ingerido precisa ser
removido rapidamente.

Sonda Nasogástrica Fechada.

Utilizada com finalidade de alimentação, quando por alguma razão o


paciente não pode utilizar a boca no processo de digestão.

Ex: câncer de língua, anorexia, repouso pós- cirúrgico.

Indicações

 utilizada em pacientes impossibilitados de ingerir alimentos ou


medicamentos;
esvaziamento e lavagem gástrica em pacientes com intoxicação;
 coleta e amostra para diagnósticos.
Os tipos de sondas de alimentação utilizados são:

Sonda nasogástrica. Esse tipo de sonda é inserida pelo nariz e pela


garganta até o estômago ou intestino delgado.

Sonda de gastrostomia ou Jejunostomia.

Material utilizado na Sonda Nasogástrica:

.Bandeja contendo:

 - Sonda Nasogástrica (também chamada de Levine) de numeração 10,


12, 14, 16, 18 (adulto)
 - Esparadrapo
 - Xilocaína gel
 - Gaze
 - Par de luvas
 - Seringa de 20cc
 -Estetoscópio
 - Copo com água
 - Toalha de rosto de uso pessoal Caso a Sonda Nasogástrica seja

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 80


81

 Aberta adicione:
 -Extensão
 - Saco coletor.

Técnica ou Modo de agir ( PROCEDIMENTOS) :

 - Explicar o procedimento ao paciente; (preparação psicologica)


 - Colocá-lo em posição de Fowler;
 - Colocar a toalha sob o pescoço;
 - Calçar as luvas;
 - Abrir a sonda;
 - Medir o comprimento da sonda: da asa do nariz, ao lóbulo da orelha e
para baixo até a
 Ponta do apêndice xifóide.
 - Marcar o local com o
 Esparadrapo;
 - Passar xilocaína gel
 Aproximadamente uns 10 cm;
 - Introduzir a sonda s por uma das narinas;
 - Flexionar o pescoço aproximando ao tórax, pedindo ao paciente para
realizar movimentos de deglutição;
 - Introduzir a sonda até o ponto do esparadrapo;
 - Fazer os 3 testes: pegar a ponta da sonda e colocá-la em um copo
com água, se borbulhar, retirar a sonda, pois ao invés de estar no
estômago, está no pulmão; pegar a ponta da sonda, encaixar a seringa
e aspirar se vier líquido, a sonda está no lugar certo; pegar o
estetoscópio e auscultar.

Quando deve ser mudada a sonda nasogástrica?

O tempo de permanência da sonda depende do tipo de material,


assim:
• Sondas de silicone podem permanecer 3 meses;
• Sondas de poliuretano ou látex devem ser mudadas de 15
em 15 dias.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 81


82

 No caso de diminuir poderá retomar a alimentação, sendo aconselhável


iniciar com um chá, que é um líquido bem tolerado e de fácil digestão.
De seguida é necessário fazer uma pausa de cerca de 1 hora, de forma
a confirmar a digestão do chá.
 Depois pode passar os restantes alimentos aumentando ao pouco o
volume destes.
 Se o volume gástrico não diminuiu deve aspirar o conteúdo e avisar o
enfermeiro do centro de saúde.
 No final da alimentação deve ser sempre introduzida água, de forma a
evitar que se depositem alimentos nas paredes da sonda levando à sua
obstrução;
 Ao longo do dia deve ser administrada regularmente água, cerca de 1,5
L, salvo indicação médica em contrário;
 Após a alimentação o doente deverá permanecer na posição de sentado
ou semi-sentado, pois isto previne a regurgitação
 ou o vómito.
 Sempre que for possível o doente deverá ser alimentado pela
 sonda e o que tolerar pela boca.

 Os intervalos entre as refeições devem ser curtos, não excedendo


as 3 horas, excepto durante a noite.

CUIDADOS A SEGUIR DURANTE A ALIMENTAÇÃO POR


SONDA NASOGÁSTRICA:

 Lavar as mãos antes de manipular a sonda;


 Sempre que é retirado o espigão (o que fecha o orifício da sonda),
deverá clampar manualmente a sonda, pois evita a entrada de ar e a
saída de líquidos;
 Antes de iniciar a alimentação, deve ser aspirado o conteúdo gástrico
com o auxílio da seringa, de forma a avaliar o volume existente e a
adequar a alimentação; a existência de conteúdo gástrico é normal e

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 82


83

deve-se não só a restos alimentares, mas também a sucos gástricos


produzidos pelo organismo e importantes para a digestão;
A aspiração de conteúdo:
 Se o conteúdo for inferior a 200 rnl deve voltar a introduzir e pode dar a
alimentação;
 Se o conteúdo for superior a 200 rnl deve voltar a introduzir e esperar
cerca de 1 hora para verificar se ainda tem ou não conteúdo: É
importante encorajar o doente a comer sozinho, mesmo que para tal
tenha que cortar os alimentos previamente. Não se preocupe se o
doente entorna a comida, o importante é que se alimente sozinho;
 Dê o tempo que for preciso;
 No caso de o doente não ter dentes deverá triturar os alimentos para ser
mais fácil a digestão destes;

6.ENEMA DE LIMPEZA

Enema De Limpeza: Introdução de uma sonda, no intestino grosso,


inserida através do ânus, para instilação de uma certa quantidade de solução
variável, em função dos objectivos a atingir

Indicações:
 Obstipação;
 Preparação do intestino para: exames, cirurgia, parto e clister opaco;
 Preparação do intestino para estabelecimento do padrão de evacuação,
normalmente, durante um programa de treino intestinal.

Objectivos:

 Remoção de sólidos e/ou gases acumulados no trato intestinal inferior;


 Estimular o peristaltismo intestinal;
 Acalmar e tratar a mucosa irritada;
 Limpar o intestino para exames, intervenções cirúrgicas e parto;
 Pesquisar a presença de hemorragia gastrointestinal.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 83


84

Contra-indicações:

 Infecção aguda do intestino;


 Cancro do recto;
 Após rotura bolsas da água
 Doente com hemorróides;
 Nos períodos digestivos
 Com fistulas anais;
 Perfuração intestinal;
 Pacientes com suspeita de peritonite.

Tipos de Enemas

 Evacuadores/Limpeza
 Simples
 Lubrificantes - aumentam o peristaltismo;
 Emoliantes - amolecem o material fecal.
 Medicamentosos;
 Opacos - para exames radiológicos;
 Enema sedativo;
 Enema Antihelmíntico.

MATERIAL DE ENEMA DE LIMPEZA (EPI)

Tabuleiro contendo:

 Irrigador, tubo de ligação e Suporte de irrigador


 Sonda ou cânula rectal;
 Jarro com solução prescrita (soro fisiológico, água tépida, etc)
 Lubrificante hidrossolúvel
 Pinça de Koch
 Resguardo impermeável
 Lençol de pano e Papel higiénico

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 84


85

 Luvas de procedimentos;
 Aparadeira ou cadeira sanita.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM - ENEMA DE LIMPEZA (LH)

 Identificar o doente;
 Verificar prescrição e objectivos;
 Verificar o registo da última dejecção
 Proceder à lavagem higiénica das mãos;
 Preparar o material e transportá-lo para junto do doente;
 Explicar ao doente o procedimento;
 Isolar o doente;
 Verificar a temperatura da solução;
 Posicionar correctamente o doente, decúbito lateral esquerdo;
 Expor unicamente a região necessária à execução do enema;
 Colocar resguardo impermeável absorvente, sob as nádegas;
 Pendurar o irrigador no suporte cerca de 45 a 60 cm acima do nível da
cama;
 Calçar as luvas;
 Adaptar irrigador, tubo de ligação e sonda, retirar o ar do tubo e sonda,
antes de inserir no recto;
 Lubrificar a sonda;
 Separa as nádegas e introduzir a sonda com suavidade, pedindo ao
doente que inspire profundamente e expire lentamente;
 Abrir o clamp e iniciar a administração. Se o doente se queixar com
cólicas ou desejo de evacuar, fechar o compressor e aguardar que
passe o estímulo e reiniciar a administração;
 Verificar se a solução está a ser introduzida;
 Verificar se a solução está a ser administrada lentamente;
 Findo o enema fechar a torneira ou compressor para não entrar ar;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 85


86

 Clampar a sonda e retirar com movimentos suave enrolando em papel


higiénico;
 A solução deve permanecer no cólon o tempo desejado ou prescrito;
 Aumentar o efeito;
 Retirar as luvas e proceder à lavagem higiénica das mãos;
 Colocar o doente na aparadeira, cadeira sanita ou ida à casa de banho,
conforme a situação do doente, colocando a campainha junto dele
 Observar os resultados do enema
 Ajudar o doente a lavar o períneo, vestir-se e posicionar
confortavelmente;
 Arejar o quarto ou enfermaria;
 Recolher e dar o destino adequado ao material e equipamento;
 Proceder à lavagem higiénica das mãos;
 Proceder aos respectivos registos.

7.O CATETERISMO VESICAL (sondagem vesical)

A sondagem vesical é a introdução de um cateter estéril através da


uretra até a bexiga, com o objetivo de drenar a urina.

O cateterismo vesical é uma técnica que consiste na introdução de um


cateter, também conhecido por sonda vesical, pela uretra até à bexiga de forma
a fazer a permitir a saída de urina em pessoas que não conseguem controlar
esse ato, devido a obstruções como hipertrofia da próstata, dilatação uretral ou
mesmo em casos em que se pretende realizar exames em urina estéril ou
preparar a pessoa para uma cirurgia, por exemplo.

INDICAÇÃO

Devido aos riscos da técnica, o cateterismo só deve ser usado se for mesmo
necessário, nos seguintes casos:

 Alívio da retenção urinária aguda ou crônica;


 Controle da produção de urina pelo rim;
 Insuficiência renal pós-renal, por obstrução infra-vesical;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 86


87

 Perda de sangue pela urina;


 Recolha de urina estéril para exames;
 Controle de incontinência urinária;
 Dilatação ureteral;
 Avaliação da dinâmica do aparelho urinário inferior;
 Esvaziamento da bexiga antes, durante e após cirurgias e
exames.

TIPOS DE SONDA VESICAL:

 Sonda vesical de alívio


 Sonda vesical de demora

a).Sonda vesical de alívio

Geralmente, esta técnica é utilizada para drenar a urina presente na bexiga


antes de procedimentos médicos ou para alívio imediato em pessoas com
paralisia e retenção urinária, por exemplo. Também pode ser usada em
pessoas com bexiga neurogênica, para a obtenção de amostra estéril de urina
ou exame de urina residual após esvaziamento espontâneo da bexiga.

b).Sonda Vesical De Demora

O cateterismo vesical de demora é usado quando o cateter permanece


por mais tempo para drenagem contínua e para isso é usado um cateter de
Foley ou de Owen.

Nesta técnica, o cateter permanece para uma drenagem continua,


permitindo a descompressão gradual da bexiga e é indicada para promover o
esvaziamento da bexiga, monitorar o débito urinário, fazer o preparo cirúrgico,
realização de irrigação vesical ou para diminuir o contato da urina com lesões
de pele próximas à região genital.

MATERIAIS:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 87


88

 Bandeja;
 Sonda uretral (homens e mulher: no 10 a 14) de alívio ou de demora;
 Luvas estéreis;
 Biombo;
 PVPI;
 Frasco com soro (para insuflar o balão da sonda);
 Xilocaína (lubrificante)
 Campo fenestrado;
 Gaze;
 10. 2 seringas;
 Pacote de cateterismo (cuba-rim, cuba redonda, gaze e pinça);
 Esparadrapo.

PROCEDIMENTOS:

 Cumprimente e explique o procedimento ao paciente;


 Colocar o biombo;
 Encaminhar o paciente para higiene íntima ou fazê-la se necessário;
 Prender o saco de lixo;
 Colocar o paciente em decúbito dorsal e com as pernas afastadas;
 É necessário um ajudante neste procedimento;
 Colocar a bandeja de cateterismo entre as pernas do paciente;
 Abrir o invólucro da sonda vesical, colocando-a na cuba rim;
 Colocar o antisséptico na cuba redonda;
 Colocar de 5 a 10 ml de soro na seringa;
 Colocar luvas com técnica asséptica;
 Colocar 8 ml de xilocaína na seringa com o auxilio de outra pessoa;
 Colocar o campo fenestrado;
 Segurar o pênis com gaze (mão esquerda), mantendo-o perpendicular
ao abdome;
 Fazer antissepsia;
 Injetar geleia anestésica (lubrificante)na uretra com seringa esterilizada;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 88


89

 Introduzir a sonda (mais ou menos 10 cm na mulher e 18 a 20 cm no


homem) com o pênis elevado perpendicularmente e baixar lentamente
para facilitar a passagem na uretra bulbar;
 Colocar a outra extremidade na cuba rim para receber a urina drenada
(sonda de alívio);
 Inflar o balão e fazer uma leve tração para conferir se a sonda está fixa
(sonda de demora);
 Recobrir a glande novamente com o prepúcio;
 Fixar a sonda na coxa do paciente.

RETIRADA DA SONDA

a). Materiais:

 Luvas de procedimento;
 Gaze
 Seringas;
 Benzina ou éter.

b). Técnica:

 Somente realizada sob prescrição médica;


 Cumprimente e explique o procedimento ao paciente;
 Calçar luvas de procedimento;
 Retirar o esparadrapo com benzina ou éter;
 Adaptar a seringa na válvula da sonda e esvaziar o balão;
 Envolver a sonda com gaze e puxá-la;
 Desprezar a sonda no lixo;
 Retirar as luvas.

8.HUMANIZAÇÃO DA ASSISTENCIA

O conceito de humanização das práticas e da atenção à saúde está na


pauta de discussões mundo afora há várias décadas e, nos últimos anos, vem

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 89


90

ganhando destaque na literatura científica nacional, principalmente nas


publicações ligadas à saúde coletiva (GOULART; CHIARI, 2010).

Este conceito pode ser traduzido como uma busca incessante pelo
conforto físico, psíquico e espiritual do paciente, família e equipe, elucidando
assim a importância da mesma durante o período da internação (BOLELA;
JERICÓ, 2006). Sendo assim, a humanização representa um conjunto de
iniciativas que visam a produção de cuidados em saúde, capazes de conciliar a
melhor tecnologia disponível com promoção de acolhimento, respeito ético e
cultural do paciente, espaços de trabalho favoráveis ao bom exercício técnico e
a satisfação dos profissionais de saúde e usuários (GOULART; CHIARI, 2010).

A humanização da assistência à saúde é uma demanda atual e


crescente no contexto brasileiro que emerge da realidade na qual os usuários
dos serviços de saúde queixam-se dos maus-tratos.

A enfermagem é considerada uma profissão que sofre o impacto total,


imediato e concentrado do stress, que advém do cuidado constante com
pessoas doentes, situações imprevisíveis, execução de tarefas, por vezes,
repulsivas e angustiantes, o que é comum nas unidades de pronto socorro. Os
profissionais que atuam em unidades de atendimento de emergência devem
ser capazes de tomar decisões rápidas e precisas e capazes de distinguir as
prioridades, avaliando o paciente como um ser indivisível, integrado e inter
relacionado em todas as suas funções.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 90


91

CAPITULO III

ENFERMAGEM FUNDAMENTAL I

1- ASSEPSIA E ANTISSEPSIA

1.1.Assepsia

vem do grego e significa literalmente ―ausênsica de putrefação‖ (a =


ausência + sepsia = putrefação). A assepsia é um conjunto de medidas
adotadas para impossibilitar a entrada de micro-organismo num ambiente
que não os tem. Portanto, um ambiente asséptico é aquele que estão livre
de qualquer infecção.

1.2.Antissepsia

Já a palavra antissepsia vem do grego, significa ―contra putrefação‖


(a = contra + sepsia = putrefação). No vocabulário médico quer dizer,
conjunto de métodos utilizados para combater microorganismos existentes
em um dado local do corpo podendo destruí-los ou diminuir o seu
crescimento. As substâncias utilizadas para realizar a antissepia são
chamadas de antisépticos ou desinfetantes.

1.3.Assepsia e Antisepsia

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 91


92

Assepsia: é o conjunto de métodos adotados para evitar a


presença de micro-organismos em ambientes que são isentos deles. Por
exemplo, quando utilizamos luvas estéreis para realizar uma sondagem
vesical, estamos justamente utilizando um método asséptico para evitar a
introdução de micro-organismos patogênicos na uretra, local que é estéril.
Já a Antissepsia: esse diz respeito ao conjunto de métodos adotados para
reduzir ou destruir população de microrganismos existentes num dado
local. No caso da sondagem vesical, realizamos antissepsia quando
utilizamos a clorhexidina nos grandes lábios e em toda região geni tal
feminina, de modo a reduzir a população microbiana e consequentemente
reduzir chances de infecção urinária.

1.4.Antisépticos:Os antisépticos tem atividade germicida sobre a flora


cutâneia-mucosa. São exemplos:

 PVPI a 10%;
 Álcool etílico a 70%;
 Clorhexedina
 Cloro e outros.

2.SEMIOLOGIA

A semiologia também pode ser chamada de propedêutica que é o


estudo dos sinais e sintomas das doenças humanas. A palavra vem do grego
que significa semion-sinal e logos que significa-tratamento ou estudos. A
semiologia é muito importante para o diagnóstico e posteriormente a prevenção
de prognostico. A enfermagem busca é ensinar aos alunos as técnicas
(semiotécnica), gerais que compõem o exame físico, por sua vez o exame
físico compõem-se de partes que incluiem anamnese ou entrevista clinica.

SEMIOTÉCNICA

É um campo de estudo onde são inseridas as mais diversas técnicas


realizadas pelo enfermeiro, técnico de enfermagem, e auxiliar de enfermagem.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 92


93

3. O QUE É INFECÇÃO HOSPITALAR E COMO PREVENIR

A infecção hospitalar é definida como qualquer infecção adquirida


enquanto a pessoa está internada no hospital, podendo se manifestar ainda
durante a internação, ou após a alta, desde que seja relacionada com a
internação ou a procedimentos realizados no hospital.
Adquirir uma infecção no hospital não é incomum, pois este é um ambiente em
que estão muitas pessoas doentes e em tratamento com antibióticos. Durante o
período em um hospital, alguns dos principais fatores que causam a infecção
são:
 Desequilíbrio da flora bacteriana da pele e do organismo, geralmente
devido ao uso de antibióticos;
 Queda da defesa do sistema imune da pessoa internada, tanto pela
doença, como por uso de medicamentos;
 Realização de procedimentos invasivos como passagem de catéter,
passagem de sondas, biópsias, endoscopias ou cirurgias, por
exemplo, que quebram a barreira de proteção da pele.
Geralmente, os micro-organismos que causam a infecção hospitalar não
causam infecções em outras situações, pois eles aproveitam o ambiente com
poucas bactérias inofensivas e a queda da resistência do paciente para se
instalar. Apesar disto, as bactérias hospitalares costumam desenvolver
infecções graves e de difícil tratamento, já que são mais resistentes aos
antibióticos, por isso, em geral, é necessário usar antibióticos mais potentes
para curar este tipo de infecção.

3.1.COMO É FEITO O CONTROLE


No Brasil, o Ministério da Saúde e a Anvisa determinam que todo
ambiente destinado a cuidados com a saúde possuam certos cuidados para
prevenir a infecção hospitalar. No hospital, deve haver uma Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), formada por um grupo de profissionais
de saúde, como médicos e enfermeiros, que têm a responsabilidade de estudar

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 93


94

as fontes e causas de infecções daquele hospital, e montar um programa de


prevenção para reduzir ao máximo o número de infecções.

As atividades importantes da CCIH podem ser divididas em:

 Elaboração de normas e rotinas para a limpeza e desinfecção dos


ambientes, estabelecendo a frequência, tipo de desinfetante,
especialmente em áreas críticas, como berçários, centros cirúrgicos
ou UTI, por exemplo;
 Determinação de regras para pacientes, visitantes e profissionais,
para diminuir o risco de infecções, como limitar o número de visitantes,
estabelecimento de normas e treinamentos para higiene, coleta de
exames, aplicação de medicações, realização de curativos ou preparo dos
alimentos, por exemplo;
 Estimulação de medidas de higiene, principalmente das mãos, que
são um dos principais veículos de transmissão de micro-organismos, com
a lavagem frequentes, ou com uso do álcool gel;
 Orientações para uso correto de antibióticos, evitando que os mesmos
sejam prescritos de maneira indevida, e aumentem a proliferação de
bactérias resistentes;
 Orientação sobre o uso de produtos químicos para eliminar micro-
organismos, como germicidas, desinfetantes, antissépticos, agentes de
limpeza;
 Realização da vigilância de casos de infecção, para entender as causas
e elaborar formas de prevenção.

Para diminuir a taxa de infecção de um hospital, os cuidados básicos


devem ser tomados com todos os pacientes, independentemente de seu
diagnóstico e tratamento realizado.
Além disso, é importante incentivar a alta hospitalar sempre que
possível, evitando-se permanecer muito tempo no hospital, já que as chances
de infecção aumentam com o passar do tempo.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 94


95

3.3.TIPOS DE INFECÇÃO HOSPITALAR

A infecção hospitalar pode ser adquirida em diversos locais do corpo,


sendo que os tipos mais comuns são:
3.3.1. Pneumonia
A pneumonia adquirida no hospital costuma ser grave, e mais comum em
pessoas que estão acamadas, desacrodadas ou que têm dificuldades da
deglutição, pelo risco de aspiração de alimentos ou da saliva. Algumas
bactérias mais comuns neste tipo de pneumonia são Klebsiella, Enterobacter,
Pseudomonas, Acinetobacter, Staphylococcusaureus, Legionella, Mycoplasma,
além de alguns tipos de vírus.
 Sintomas: dor no tórax, tosse com secreção amarelada ou sanguinolenta,
febre, cansaço, falta de apetite e falta de ar.

3.3.2. Infecção urinária

A infecção urinária hospitalar é facilitada pelo uso de sonda durante o


período de internação, apesar de qualquer pessoa poder desenvolver. Algumas
das bactérias mais envolvidas nesta situação incluem Proteus sp,
Pseudomonas aeruginosa, Klebsiellasp., Enterobactersp.,
Enterococcusfaecalis e de fungos, como cândida.
 Sintomas: dor ou ardência ao urinar, dor abdominal, sangramento pela
urina, febre.

3.3.3. Infecção de pele

As infecções de pele são muito comuns devido às aplicações de injeções


e acessos venosos para medicamentos ou coletas de exames, cicatriz de
cirurgia ou biópsia ou pela formação de escaras de decúbito. Alguns dos micro-
organismos,envolvidos,neste,tipo,de,infecção,são Staphylococcus aureus, Ente
rococcusKlebsiella, E.Proteus,Enterobactersp,Serratiasp,Streptococcussp,Stap
hylococcusaureus ou Staphylococcusepidermitis, por exemplo.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 95


96

 Sintomas: pode haver presença de área de vermelhidão e inchaço na


pele, com ou sem a presença de bolhas. Geralmente, o local é doloroso e
quente, e pode haver produção de secreção purulenta e mal cheirosa.

3.3.4. Infecção do sangue

A infecção da corrente sanguínea é chamada de septicemia, e,


geralmente, surge após infecção de algum local do corpo, que se espalha pela
corrente sanguínea. Este tipo de infecção é grave, e se não for rapidamente
tratada pode rapidamente causar falência dos órgãos e risco de morte.
Qualquer dos micro-organismos das infecções pode se disseminar pelo
sangue,e,alguns,dos,mais.comuns,são,E. coli, Estaphylococcusaureus, Staph
ylococcusepidermitis ou Candida, por exemplo.
 Sintomas: febre, calafrios, queda da pressão, batimentos cardíacos fracos,
sonolência.

Existem, ainda, diversos outros tipos de infecção hospitalar


menos comuns que afetam variadas regiões do corpo, como cavidade oral,
trato digestivo, genitais, olhos ou ouvidos, por exemplo. Qualquer infecção
hospitalar deve ser identificada rapidamente e tratada com antibióticos
potentes, para evitar que se torne grave e causa risco à vida da pessoa,
por isso na presença de qualquer sinal ou sintoma desta situação, deve-se
comunicar ao médico responsável.
Algumas destas bactérias podem desenvolver uma resistência à
grande maioria dos antibióticos, sendo conhecidas como superbactérias.

3.4.QUEM TEM MAIS RISCO


Qualquer pessoa pode desenvolver uma infecção hospitalar, entretanto
têm maior risco aquelas com um maior fragilidade da imunidade, como:
 Idosos;
 Recém-nascidos;
 Pessoas com comprometimento da imunidade, por doenças como AIDS,
pós-transplantados ou em uso de medicamentos imunossupressores;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 96


97

 Diabetes mellitus mal controlada;


 Pessoas acamadas ou com alteração da consciência, pois apresentam
maior risco de aspiração;
 Doenças vasculares, com o comprometimento da circulação, já que
dificulta a oxigenação e cicatrização dos tecidos;
 Pacientes com necessidade de uso de dispositivos invasivos,
como sondagem urinária, inserção de cateter venoso, utilização de
ventilação por aparelhos;
 Realização de cirurgias.
Além disso, quanto maior o tempo de internação, maior o risco de se adquirir
uma infecção hospitalar, pois há maior chance de exposição aos riscos e aos
micro-organismos responsáveis.
4.SINAIS VITAIS

Os sinais vitais são indicadores das funções vitais, podem orientar o


diagnóstico inicial e o acompanhamento da evolução do quadro clínico do
utente, são ainda um meio rápido e eficiente para identificar problemas de
saúde.

Sinais vitais:são medidas que nos fornecem dados fisiologico indicando


as condições de saude da pessoa .

As informações obtidas através da aferição dos sinais vitais podem ser


diagnosticadas problemas como: choques, PCR, crises hipertensivas,
infecções respiratórias e outras.

Os SSVV podem alterar segundo a influencias ambientais, esforço físico,


stress.

- Para avaliação dos SSVV englobam: temperatura, pressão arterial,


frequência cardíaca, frequência respiratória; actualmente autores como
POOTER e PERRY 2009 descrevem a dor como o quinto sinal vital.

3.1.Quando devem ser aferidos

 Na admissão de qualquer utente

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 97


98

 Antes e depois de qualquer procedimento cirúrgico

 Antes e depois de qualquer procedimento invasivo

 Antes e depois da administração de fármacos que apresenta risco de


alterações hemodinamicas

 Na presença de piora repentina das condições clínicas do utente.

 Antes da transferência do utente para outro sector ou unidade


hospitalar.

3.2.Material necessário

Tabuleiro contendo:

 -Cubarrím contendo balas de algodão embebido em álcool a 70%


 -Luvas de procedimento
 -Termômetro
 -Vaselina ou óleo
 -Relógio com ponteiro de segundo

 Estetoscopio para auscuta

 Esfignomanometro

 -Bloco de anotação ou inprenso de sinais vitais.

3.3.Temperatura

Temperatura corporal é o grau de calor que o corpo apresenta, É ainda


o equilíbrio entre calor produzido e eliminado pelo corpo.

Afere-se para verificar se existe equilíbrio entre a produção e a perda


de calor por parte do organismo, e ainda detectar alterações no controle de
temperatura e presença de infecções e patologias.

Pode ser verificada na região:e com os valores normais

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 98


99

 Axilar-35,5 ºc a 37,0 ºc
 Inguinal
 Bucal-36,0 ºc a 37,4 ºc
 Rectal-36,0 ºc a 37,5 ºc

3.3.1.Terminologias Básicas

Hipotermia:é a perda de calor durante uma exposição ao frio que


ultrapassa a capacidade do corpo de produzir calor .Temperatura abaixo de 36
ºc.

Hipertermia:é a incapacidade do corpo de promover a perda de calor ou


reduzir a produção de calor .temperatura que vai desde 39,1 ºc a 40 ºc.

 Mormotermia: temperatura normal


 Afebril: sem elevação de temperatura;
 Febrícula: temperatura de 37,3C a 37,7 C;
 Febre ou hipertemia: temperetura a partir de 39,1,ºC;
 Hiperpirexia: temperatura a partir de 40 C
 Hipotermia: temperatura abaixo do normal.

3.3.2. Febre:É a modificação patologica da temperatura, É uma reacção do


organismo que ocorre geralmente quando o indivíduo sofre qualquer agreção .

Podendo ser de origem:

 Infecçiosa agente de infecção.


 Neurogenia: quando a uma lesão nervosa.
 Toxica: libertação de elementos toxicos no organismo.
 Desidratação: redução hidroeletrolitica no organismo.

3.3.2.Técnica para aferiçao da temperatura axialar

 -Lavar as mãos,

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 99


100

 -Reunir o material em uma bandeja e levar até ao cliente,


 -Comunicar e explicar o procedimento ao cliente e familiar,
 -Desinfectar o termômetro com o algodão embebido em álcool
 -Descer a coluna de mercúrio, a baixo de 35ºC
 -Colocar o termômetro na região axilar do utente
 -Pedir ao utente para comprimir o braço de encontro ao corpo,
 -Retirar o termômetro após 5 minutos
 -Proceder a leitura visualizando a linha do mercúrio,
 -Desinfectar o termômetro com algodão embebido em álcool, da haste
ao bulbo
 Utilizar movimentos circulares para descer omercúrio
 -Fazer anotação

3.3.3.Temperatura inguinal

A técnica e a mesma variando apenas o local: o termômetro é colocado


na região inguinal.

É mais comumente verificada em recém-nascidos, devera manter a


coxa da criança flexionada sobre o abdome.

3.3.4.Técnica para aferição da temperatura Bocal

 - Explicar o procedimento ao cliente,


 - Desinfectar do termômetro com algodão embebido em álcool a 70%,
 -Colocar o termômetro sob a língua do utente, recomendado que o
conserve na posição, mantendo a boca fechada por 7 minutos
 Retirar o termômetro, ler a temperatura e anota-la, escrevendo letra (B)
para indicar o local onde foi verificada
 -Fazer o mercúrio descer ao bulbo e desinfectar o termômetro com
algodão embebido em álcool 70%.

 Anotar

O.B.S: Não verificar em utentes com delírio, inconscientes,com lesões


na boca ou problema nas vias respiratórias superiores.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 100


101

É contra indicado: logo após a ingestão de alimentos gelados ou


quentes. O termômetro deve ser individual.

3.3.5.Técnica para aferição da temperatura Rectal

 -Lavar as mãos,
 -Fazer preparaçao psicologica
 -Lubrificar o termômetro com vaselina ou óleo e introduzi-lo a 2 cm pela
rejião anal
 -Retirar o termômetro depois de 7 minutos
 -Fazer a leitura da temperatura
 -Lavar o termômetro com água e sabão, Fazer o mercúrio descer até o
bulbo
 -Desinfectar o termômetro com o algodão embebido em álcool a 70%,
 -Retirar a luva e desprezar
 -Lavar as mãos
 - Anotar a temperatura, escrevendo a letra (R) para indicar o local onde
foi verificada.

OBS: A verificação retal é mais utilizada na maternidade e em pediatria,


O termômetro deve ser apropriado, isto é, com o bulbo de mercúrio curto e
arredondados.

Ésta indicada para cliente adulto em estado grave ou inconsciente. No


caso de criança, deve-se segurar as pernas para evitar o mesmo espeli.

Ésta contra indicado em caso de inflamação, obstrução ou cirurgia


rectal.

3.4. PULSO

É a delimitaçao palpavel da circulaçao sanguinea. E ainda um indicador


do estado circulatorio.

Valores normais

 -Homem: 60 a 70 bpm ( batimentos por minutos )


 - Mulheres: 65 a 80 bpm,

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 101


102

 Infantes : 90 a 140 bpm,

 Pre escolar: 80 a 110

 Escolar: 75 a 100

 - Latentes: 120 a 160 bpm,

 Recen- nascido: 135 a 140 bpm.

3.4.1.Locais onde são verificado o pulso

AS artérias mais comuns para verificação do pulso são:

 Artéria temporal
 Artéria braquial
 Artéria radial

 Apical

 ulnar

 -Artéria carotida,
 -Artéria femoral,
 -Artéria poplítea,
 -Artéria tibial posterior
 - Dorsal do pé.

3.4.2.Terminologias básicas

- Frequência: é o número de batimentos por minuto,

- Taquicardia: batimentos cardíacos acima de 100 bpm/min

- Bradicardia: batimentos cardíacos abaixo de 50 bpm/min

- Pulso Ritmico regulares: batimentos com intervalos iguais,

- Pulso arrítmico inrregulares: batimentos com intervalos desiguais.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 102


103

-Pulso dicróticos: que dá a impressão de dois batimentos,

- Pulso normocárdico: Batimento cardíaco normal

- Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico (acelerado)

- Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico (lento)

-Pulso filiforme, fraco ou débil: termos que indicam a redução da força ou do


volume do pulso periferico.

1.4.3.Procedimento para aferiçao do pulso

 -Lavar as mãos
 -Fazer preparaçao psicologica
 -Manter o paciente confortável, sentado ou deitado com o braço
apoiado na cama, mesa ou no colo e colocar a palma da mão voltada
para baixo
 -Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem
 -Procurar sentir bem o pulso, colocando o dedo indicador e fazendo leve
pressão contra a artéria e o polegar atrás do pulso do paciente
 -Ao sentir as pulsações conta-las durante 1 minuto
 -Repetir a contagem em caso de dúvida
 -Anotar.

4.5.RESPIRAÇÃO

É o acto de inspirar e expirar, promovendo a hematose (troca gasosa)


entre o organismo e o ambiente.

Variaç ões aceitaveis: - ( respiração por minuto- rpm)

 RN- 30 a 60
 Lactentes – 30 a 50 rpm
 Pre escolar- 25 a 32
 Escolar- 20 a 30

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 103


104

 Adolescentes- 16 a 19
 Adulto- 12 a 20 rpm

1.5.1.Terminologias Básicas

- Eupneia: respiração normal,

- Taquipneia: respiração rápida e superficial,

- Bradipneia: diminuição do número de respiração por minuto, ritmo lento

- Apneia: parada respiratória

- Hiperpneia: inspirações amplamente rápida e profundas, interrompidas por


curtos períodos de apneia

- Dispneia: dor ou dificuldade ao respirar

- Ortopneia: dificuldade de respirar em posição deitada (dorsal) .

4.5.2.Procedimentos para aferição do Respiração

 -Lavar as mãos,
 - Fazer preparaçao psicologica
 -Deixar o paciente sentado ou deitado
 -Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax, os
movimento ( inspiração e expiração) somam um movimento respiratório
 -Colocar a mão no pulso do cliente a fim de disfarçar a observação se
for nesseçario
 -Contar os movimentos respiratório durante 1 minuto
 -Anotar

OBS: orientar o cliente para que não fale durante a verificação,

Não contar a respiração logo após esforços do utente

4.6.Pressão arterial ( PA) ou tensão arterial ( TA)

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 104


105

É a pressao exercida pelo sangue nas paredes das artérias, esta


depende da força de contração do coração, da quantidade de sangue
circulante e da resistência das paredes dos vasos. Apressão arterial é
medida em milímetros de mercúrio (mmHg).

Os valores da pressão arterial podem sofrer algumas alterações


fisiológicas pelas sequintes situaçoes:

 Hipertensão : idade, medo, ansiedade, exercício, gravidez.


 Hipotensão: depressão e jejum.

Locais De Verificação Da Pressão Arterial

 Nos membros superiores pela artéria braquial.


 Nos membros inferiores pela artéria poplítea.
Valores normais da P.A por idade
 1 mês : 80/54 mm Hg
 1 ano: 95/66 mm Hg
 6 anos: 105/65 mm Hg
 10-13: 110/65 mm Hg
 14-17: 120/75 mm Hg
 Acima de 18: 120/80 mm Hg .

Classificação da P.A para adultos

Sistolica (mm Hg) Diastolica(mm Hg)

 Normal: 120/80
 Pré hipertensão: 120-139/80-89
 Hipertensão de estagio 1: 140-159/ 90-99
 Hipertensão de estagio 2: ≥ 160 ≥100

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 105


106

Hipotensão: ocorre quando a pressão sistolica cai para 90 mm Hg ou


menos. Ocorre por causa da dilatação das artérias no leito vascular ou perda
de sangue por hemorragia, ou ainda enfarto do miocárdio.

Equipamento de pressão arterial: um esfignomanometro e constituído


por um manómetro de pressão, uma capa oclusiva ou manguito de vinil, um
bolbo de pressão e uma válvula de escape que infla a câmara.

Escalonamento da dor

 Unidimensionais

 Multidimensionais

Escalas unidimensionais

- Escala verbal

Quantificação da experiência dolorosa por meio de frases:

1ªNenhuma dor

2ªDor leve

3ªDor moderada

4ªDor forte

5ªDor insuportável

6ªPior dor possíve

- Escala numérica

Quantificação da dor através de números.

0 = nenhuma dor

10 = maior dor possível

Escala de faces

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 106


107

O paciente quantifica sua dor pela identificação com a angústia que lhe causa.

5. ÚLCERA DE PRESSÃO

Úlcera De Pressão: é uma área localizada de necrose celular que tende


a se desenvolver quando o tecido mole é comprimido entre uma proeminência
óssea e uma superfície dura por um período prolongado de tempo.

Outros termos freqüentemente usados são úlceras de decúbito, escara,


escara de decúbito porém, por ser a pressão o agente principal para a sua
formação, recomenda-se a adoção do têrmo - úlcera de pressão (UP).

O termo escara deve ser utilizado para designar a parte necrótica ou


crosta da ferida e não como seu sinônimo.

As localizações mais comuns das úlceras de pressão são a região sacral


e os calcâneos. Ao redor de 60% das úlceras de pressão se desenvolvem na
área pélvica ou abaixo.

5.1.CLASSIFICAÇÃO DA ÚLCERA POR PRESSÃO

A úlcera é classificada do estágio I ao IV em referência a profundidade


de comprometimento tecidual e não a gravidade da lesão.

 Estágio I - É uma alteração da pele intacta relacionada a pressão cujos


indicadores, comparados com os tecidos adjacentes ou área oposta do corpo
podem incluir mudança na temperatura (calor ou frio), mudança na consistência

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 107


108

do tecido (edema, endurecimento ou amolecimento) ou sensação de coceira ou


queimação. Nas pessoas de pele clara pode se apresentar como um eritema
que não embranquece após remoção da pressão. Nas pessoas de pele escura
pode se apresentar como descoloração, manchas roxas ou azuladas.

 Estágio II - É a perda parcial da pele envolvendo epiderme, derme ou ambas.


A úlcera é superficial e apresenta-se como abrasão, bolha ou cratera rasa.

 Estágio III - É a perda de pele na sua espessura total envolvendo danos ou


necrose do subcutâneo que pode se aprofundar, não chegando até a fáscia
muscular. Pode se apresentar como uma cratera profunda.

 Estágio IV - É a perda de pele na sua espessura total com destruição extensa


ou danos dos músculos, ossos, ou outras estruturas de suporte como tendão
ou articulações.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 108


109

5.3.Recomendações para Prevenção de Úlcera por Pressão

Pessoas que não conseguem se movimentar e ficam acamadas ou


sentadas por muito tempo na mesma posição podem apresentar feridas
conhecidas por escaras ou úlcera de pressão. Estas feridas podem ocorrer em
qualquer parte do corpo onde tenha saliência óssea mas são mais comuns nas
nádegas, calcanhares e nas regiões laterais da coxa. Se a pessoa não tem
controle da urina e fezes e tem dificuldades para ter uma boa alimentação o
problema pode se agravar no entanto certas medidas podem ser usadas para
diminuir o problema:
1. A pele deverá ser limpa no momento que se sujar. Evite água quente e
use um sabão suave para não causar irritação ou ressecamento da pele.
A pele seca deve ser tratada com cremes hidratantes de uso comum.
2. Evite massagens nas regiões de proeminências ósseas se observar
avermelhamento, manchas roxas ou bolhas pois isto indica o início da
escara e a massagem vai causar mais danos.
3. Se a pessoa não tem controle da urina use fraldas descartáveis ou
absorventes e troque a roupa assim que possível. O uso de pomadas
como hipoglós também ajuda a formar uma barreira contra a umidade.
4. O uso de um posicionamento adequado e uso de técnicas corretas para
transferência da cama para cadeira e mudança de decúbito podem
diminuir as feridas causadas por fricção. A pessoa precisa ser erguida ao
ser movimentada e nunca arrastada contra o colchão.
5. As pessoas que não estão se alimentando bem precisam receber uma
complementação alimentar para que não fique com deficiências que
podem levar a pele a ficar mais frágil. Consulte um profissional sobre o
uso de suplementos como sustacal, sustagem etc.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 109


110

6. A mudança de posição ou decúbito deve ser feita pelo menos a cada duas
horas se não houver contra-indicações relacionadas às condições gerais
do paciente. Um horário por escrito deve ser feito para evitar
esquecimentos.
7. Travesseiros ou almofadas de espuma devem ser usadas para manter as
proeminências ósseas (como os joelhos) longe de contato direto um com o
outro. Os calcanhares devem ser mantidos levantados da cama usando
um travesseiro debaixo da panturrilha ou barriga da perna.
8. Quando a pessoa ficar na posição lateral deve-se evitar a posição
diretamente sobre o trocanter do fêmur.
9. A cabeceira da cama não deve ficar muito tempo na posição elevada para
não aumentar a pressão nas nádegas, o que leva ao desenvolvimento da
úlcera de pressão.
10. Se a pessoa ficar sentada em cadeira de rodas ou poltrona use uma
almofada de ar, água ou gel mas nunca use aquelas almofadas que tem
um orifício no meio ( roda d´água) pois elas favorecem o aumento da
pressão e a presença da ferida.
11. Use aparelhos como o trapézio, ou o forro da cama para movimentar (ao
invés de puxar ou arrastar) a pessoa que não consegue ajudar durante a
transferência ou nas mudanças de posição.
12. Use um colchão especial que reduz a pressão como colchão de ar ou
colchão d’água. O colchão caixa de ovo aumenta o conforto mas não
reduz a pressão. Para a pessoa que já tem a úlcera o adequado é o
colchão de Ar ou água.
13. Evite que a pessoa fique sentada ininterruptamente em qualquer cadeira
ou cadeira de rodas. Os indivíduos que são capazes, devem ser
ensinados a levantar o seu peso a cada quinze minutos, aqueles que não
conseguem devem ser levantados por outra pessoa ou levados de volta
para a cama.
14. Diariamente deve-se examinar a pele da pessoa que pode ter escaras
para observar. Se apresentar início de problema não deixar a pessoa
sentar ou deitar encima da região afetada e procurar descobrir a causa do
problema para que não agrave.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 110


111

15. Para tratamento da úlcera é preciso uma avaliação do profissional do


estágio da ferida porém em todos os casos lave somente com soro
fisiológico ou água, não use sabão, sabonete, álcool, mertiolate, mercúrio
cromo , iodo (povidine). Não deixe a pessoa deitada ou sentada encima da
ferida, veja se as medidas de prevenção citadas acima estão sendo
colocadas em prática.

6.POSTURA E MECÂNICA CORPORAL

Refere-se à posição do corpo e a maneira como ele é mantido, ela pode


ser adquirida em pé, sentada ou deitada.

5.1. Postura Adequada em Pé

 - Pés paralelos com peso distribuído igualmente


 - Dobre os joelhos para evitar forçar as articulações
 - Mantenha os quadris em um mesmo nível
 - Mantenha o abdómen erecto e contraído
 - Mantenha a coluna alinhada
 - Mantenha o peito erecto e levemente inclinado para frente
 - Mantenha os ombros em uma mesma linha
 - Mantenha a cabeça erecta com o rosto voltado para frente

5.2.Postura Adequada Sentada

 - Mantenha as nádegas e a parte superior das coxas como base de


apoio
 - Mantenha os pés em repouso sobre o chão
 - Mantenha os joelhos flexionados, com a área poplítea livre da
extremidade da cadeira, a fim de evitar interferência na circulação distal

5.3. Posição Supina

 - Mantenha a cabeça e os músculos do pescoço em posição neutra


 - Ombros nivelados

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 111


112

 - Braços, quadris e joelhos levemente flectidos


 - Tronco e quadris nivelados
 - Pernas paralelas uma em relação à outra
 - Pés formando ângulo reto em relação às pernas.

7.MECÂNICA CORPORAL

A movimentação de pacientes acamados é uma actividade fisicamente


desgastante para o profissional de enfermagem e poderá tornar-se perigosa
devido à má postura corporal adoptada, caracterizada principalmente pela
inclinação da coluna para frente e para trás e inúmeras flexões e rotações.

PRINCÍPIOS DE MECÂNICA DO CORPO

1. Use os músculos maiores e mais fortes dos braços e pernas

2. Centralize cargas pesadas

3. Flexione os joelhos

4. Use a cintura escapular interna e alongue o diafragma

5. Sempre que possível empurre, puxe e role em vez de erguer

6. Use o peso do corpo como alavanca para auxiliar a empurrar ou puxar


objectos

7. Manter os pés afastados para oferecer ampla base de apoio

8. Flexionar os joelhos e manter as costas retas sempre que erguer um objecto

9. Evite girar e alongar os músculos durante o trabalho

10. Descanse entre os períodos de esforço.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 112


113

BENEFÍCIOS DE UMA BOA POSTURA E MECÂNICA CORPORAL

1. Bom Equilíbrio / Aparência atraente

2. Aumento da eficiência muscular

3. Menor fadiga

4. Menor índice de traumatismo ao sistema músculo-esquelético

8. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

MEDICAMENTOS
É toda substância que,introduzida no organismo,vai atender a uma
finalidade terapêutica.

FINALIDADES:
 •PREVENTIVA. Ex.: vacinas;
 •PALIATIVA. Ex.: analgésico;
 •CURATIVA. Ex.: antibiótico;
 •SUBSTITUTIVA. Ex.: insulina.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

O profissional da Enfermagem atua na promoção, prevenção,


recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância
com os preceitos éticos e legais. Portanto, uma das atividades mais
importantes da equipe de Enfermagem no cuidado prestado é a
administração de medicamentos, pois está diretamente ligada à melhora
do quadro clínico do paciente.

Com essa atribuição dada ao profissional de Enfermagem, é de


extrema importância que o mesmo tenha responsabilidade,
conhecimento técnico e habilidades, pois isso garante a segurança do
paciente durante o procedimento.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 113


114

 FARMACOLOGIA

É a ciência que estuda a natureza e as propriedades dos


fármacos e principalmente a ação dos medicamentos.

 FARMACOTERAPIA

Uso de medicação com o objectivo de tratar, prevenir,


diagnosticar e controlar os sinais e sintomas de diversas patologias.

 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS

1. Cápsula: possui um invólucro de gelatina com o medicamento na


parte interna em forma sólida, semissólida ou líquida. Facilita a
deglutição e a absorção na cavidade gástrica;
2. Comprimido: possui um formato próprio, com sua forma
redonda ou ovalada, alguns possuem uma marca que facilita sua
divisão;
3. Drágea: possui um revestimento de solução de queratina, feita
de açúcar e corante, contém uma liberação entérica melhor, além
de evitar sabor e odor do medicamento;
4. Elixir: sua composição, além do soluto, contém 20% de açúcar e
20% de álcool;
5. Emulsão: é composta de óleo e água.
6. Gel: sua forma é semissólida, a pele absorve pouca quantidade;
7. Loção: podem ser encontradas em forma de líquido ou semi-
líquido, com princípio ativo ou não.
8. Creme: sua forma é semissólida, com uma textura mais macia e
aquosa, com boa absorção pela pele;
9. Pomada: sua apresentação é semissólida, com uma textura
macia e oleosa, possui pouca absorção na pele;
10. Pó: necessita de diluição e dosagem exata;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 114


115

11. Suspensão: possui uma substância sólida e uma líquida, aonde


a parte sólida se encontra suspensa no líquido;
12. Xarope: uma solução que contém um soluto, um solvente e 2/3
de açúcar.

 ACÇÃO DOS MEDICAMENTOS

Os medicamentos possuem diversas formas de ação no nosso


organismo, como por exemplo, a ação química, que pode ser profilática,
curativa, paliativa e diagnóstica, como pode ter também uma ação local
ou sistêmica.

9 .VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

A via de administração compreende a forma como o medicamento


entrará em contacto com o organismo, para exercer sua actividade
farmacológica. De acordo com algumas condições, como o objectivo a ser
alcançado, as propriedades do medicamento, ou as condições clínicas do
paciente, haverá a indicação para uma via de administração específica, que
apresentará suas vantagens e desvantagens.

A via prescrita para administração de um medicamento depende das


suas propriedades e do efeito desejado, assim como as condições físicas e
mentais do utente.

A administração de medicamentos requer base de conhecimentos para


permitir uma administração segura e os profissionais devem estar preparados
para a utilização das diferentes vias.

Após a administração do medicamento ele sofre absorção, distribuição,


metabolização e excreção. Em geral eles levam um determinado tempo para
entrar na corrente sanguínea, excepto quando administrado por via
endovenosa.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 115


116

Ao administrar um medicamento o profissional deve orientar o utente e/


familiares a respeito da medicação , o motivo da escolha da via, a importância
da toma de medicamentos quando por via oral e os principais efeitos colaterais.

Podem ser classificadas em dois grandes grupos, sendo a via enteral e a


parenteral.

8.1. Principais vias de administração de medicamentos

Via enteral

 Oral

 Sublingual

 Rectal

Via Parenteral

 Intravenosa (IV)

 Intramuscular ( IM)

 Intradermico (ID)

 Subcutanea (SC)

Outras

 inalação

 intranasal

 intratecal/intraventricular

 Tópica ( nasal, vaginal, dérmica, ocular).

1. VIA ENTERAL

1.1.* Oral

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 116


117

É a via mais utilizada, por apresentar características como a segurança,


economia, além da facilidade de administração e não causar dor. Contudo, são
contraindicadas para pacientes que apresentam náuseas, vómitos,
desacordados ou com dificuldade de deglutição, como crianças menores.
Possuem também a capacidade de identificação pelo paciente, por apresentar
diferentes formas e cores.

Comprimidos, drágeas, cápsulas, xaropes, suspensões e elixires são


algumas das formas farmacêuticas empregadas nesta via de administração.
Sofrem absorção intestinal e estomacal, principalmente.

1.1.1.Vantagens

 Mais seguro

 Mais conveniente

 Mais económico

 A administração e fácil

 Confortável e indolor

 Possibilidade de remover o medicamento

 Efeitos locais e sistémicos

1.1.2.Desvantagens

 Limitações de absorção de alguns fármacos

 Irritação da mucosa gastrointestinal

 Destruição de alguns fármacos pelas enzimas digestivas ou pelo baixo


pH gástrico

 Interacção com alimentos ou com outros fármacos

 Necessidade de colaboração por parte do paciente

1.1.3.Técnica de administração

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 117


118

 Lavagem das mãos

 Prepare o medicamento de um paciente de cada vez

 Verificar o rotulo do medicamento certificando que e o certo, e a data de


validade

 Comparar a medição com a ficha do utente

 Calcule a dose quando for necessário

 Fazer preparação psicológica

 Coloque o medicamento directamente em um copo sem tocar com os


dedos

 colocar na boca do utente orientando-o a deglutir auxiliando com


líquidos.

1.2.* Via sublingual

Esses medicamentos são geralmente administrados em situações de


emergência, que requer rápida ação, pois são rapidamente absorvidos através
da mucosa sublingual. Apresentam-se em comprimidos ou gotas, sendo
colocados sob a língua, devendo permanecer no local até a sua completa
absorção. Exemplos de sua aplicação são casos de hipertensão ou infarto
cardíaco.

1.2.1.Vantagens

 Fácil acesso e aplicação

 Muito utilizado em emergência

 Protecção do fármaco do metabolismo hepático

1.2.2.Desvantagem

 Pacientes inconscientes

 Irritação da mucosa bocal

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 118


119

 Dificuldade de administração em pediatria

1.3.* Via retal

A administração rectal e feita por supositórios rectais que contem


medicações que exercem efeitos locais como defecação ou efeitos sistémicos
como redução de náuseas. São geralmente armazenados no refrigerador ate
serem administrados. Durante a administração coloca se o supositório sem a
embalagem no esfíncter anal interno e contra a mucosa rectal, para não ser
expelido nas fezes em algumas vezes e necessário fazer um enema de
limpeza antes de inserir o supositório.

- E útil quando a via oral não e possível, porque o utente esta


inconsciente ou em situações de náuseas e vómitos.

- A absorção rectal e muitas vezes irregular e incompleta, e alguns


fármacos causam irritação da mucosa rectal.

- Apresentam se de forma sólida misturada com gelatina com uma forma


adequada a inserção no recto, derrete quando alcança a temperatura
corporal libertando a medicação para a absorção.

Formas farmacêuticas: supositórios

1.3.1.Técnica de aplicação

 Lavagem das mãos

 Prepare o material: supositório, gel lubrificante, luvas e gaze

 Verificar o rotulo quanto a data de validade, e a dose.

 Rever na ficha do utente sobre historia de cirurgia rectal ou


sangramento.

 Fazer preparação psicológica explicando o procedimento, as sensações


esperadas

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 119


120

 Assegurar a privacidade

 Calçar as luvas.

 Verifique as condições externas do ânus e apalpe as paredes rectais se


for necessário.

 Elimine as luvas, e calce outras

 Colocar lubrificante no dedo indicador da mão dominante e lubrifique a


extremidade arredondada.

 Retire o supositório da embalagem.

 Com a mão não dominante retraia as nádegas, insira o supositório


devagar pelo ânus ate ao esfíncter anal.

 Em crianças segurar as nádegas durante um período de tempo para


manter a medicação no lugar.

 Retire o dedo e limpe a área anal com uma gaze.

 Pedir o utente que fique em decúbito lateral por pelo menos 5 min para
evitar que o supositório seja expelido.

 Remova as luvas e higienize as mãos.

2. VIA PARENTERAL

A administração parenteral de medicamentos e aquela realizada por


meio de injecções, considera-se um procedimento invasivo e deve ser usada
técnica asséptica.

Utiliza-se material como seringa e agulhas de diversos tamanhos e as


medicações em ampolas ou frascos, algodão e solução anticéptica.

Seringas é constituido por: são tubos cilindros constituídos por: bico,


tubo (corpo) e embolo.

A agulha é constituída por: bisel, haste, canhão.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 120


121

São indicados quando a administração pela via oral não é recomendada


e/ou quando requer rápida ação.

Vantagens sobre a administração parenteral

 São indicadas quando a via oral esta contra indicada.

 A absorção e mais rápida com relação a via oral ou tópica

 Muito utilizada em terapia a longo prazo

 A dose eficaz pode ser administrada de modo mais preciso

 Recomendado quando o paciente esta inconsciente, não colabora ou e


incapaz deglutir ou tolerar um fármaco administrado por via oral.

Desvantagens da via Parenteral

 Deve se manter assepsia pois há risco de infecção

 Pode ser dolorosa

 Pode ser dispendioso

2.1.* Via Intradérmica (ID)

São administradas para testes cutâneos ou alérgicos.

O medicamento e injectado na derme onde o aporte sanguíneo e


reduzido e a absorção e lenta.

O teste cutâneo exige capacidade do profissional de observar


claramente a região da injecção para visualizar alteração na pigmentação na
coloração e da integridade da pele.

Os locais para administração intradermica dever ser pouco pigmentados


estar livre de lesões e ter poucos pelos.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 121


122

Locais adequados a administração: a parte interna do antebraço, e a


parte superior das costas.

Usa-se seringas pequenas, o ângulo de inserção e de 5° a 15 °

O bisel e apontado para cima

A medida que se injecte o medicamento uma pequena bolha


semelhante a uma picada de mosquito ira aparecer na superfície da
pele.

Se a bolha não aparecer ou se o local sangrar depois da retirada da


agulha, e provável que o medicamento entrou nos tecidos subcutâneos.
Neste caso os resultados do teste não seram validos.

Técnica de aplicação

 Observe lesões ou manchas no antebraço ou região superior das costas

 Faça o utente estender o cotovelo e apoiar o antebraço sobre uma


superfície plana.

 Introduz a agulha contra a pele do utente, com o bisel voltado para cima
em um ângulo de 5 a 15 ate que se sinta uma resistência.

 Em seguida avance com a agulha através da epiderme ate mais ou


menos 3 mm abaixo da superfície da pele

 Injecte lentamente o medicamento, se sentir resistência remova e


comece de novo.

 A mão não dominante deve estabilizar a agulha durante a injecção.

 Enquanto injecta o medicamento observe que uma pequena bolha de 6


mm (semelhante a picada do mosquito) aparece na superfície da pele

 Retire a agulha e aplique uma bola de algodão ou gaze sobre a região


sem massajar

 Descarte a agulha no recipiente para perfuro cortante

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 122


123

 Observe qualquer reacção alérgica

 Use um lápis e desenhe um circulo ao redor do perímetro da injecção

 Retire as luvas e faça a higienização das mãos

 Anote.

2.2.* Via Subcutânea (SC)

Administração de medicamentos sob a pele, no tecido subcutâneo. Os


medicamentos mais utilizados são a heparina e insulina, assim como algumas
vacinas .

 Pode haver um desconforto devido os receptores da dor localizados no


tecido subcutâneo

 Há riscos de danos teciduais pois, devem ser utilizados apenas por


fármacos que não irritam os tecidos, sob pena de ocorrer necrose e
descamação tecidual.

 A absorção lenta

Os locais de injecção subcutâneas são: face posterior externa do braço,


abdómen nas cristas ilíacas, faces anteriores da coxa. Outros locais
alternativos: áreas escapulares das costas e as regiões glúteas ventrais ou
dorsais superiores; o local escolhido para injecção deve estar livre de lesões
cutâneas, proeminências ósseas, e grandes nervos.

TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO

 Preparar o material ( seringas, agulhas, frascos, ampolas de


medicamentos, algodão com álcool ou anticéptico, rotulo verificando
data de validade.

 Verificar os 12 certos da medicação

 Avaliar o equilíbrio hídrico do utente (turgor da pele, hidratação, peso


etc.

 Avaliar o histórico do utente quanto alergia do medicamentos

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 123


124

 Higienize as mãos

 Calce luvas

 Avalie o local de inserção quanto a presença de inflamação ou edemas.

 Prepare de maneira asséptica e correcta a medicação a partir de uma


ampola ou frasco e rotular quando for necessário.

 Feixe a cortina ou a porta do quarto respeitando o pudor do utente,


mantenha um lençol sobre as partes que não precisão estar expostas

 Faça a preparação psicológica

Localize o local da punção utilizando pontos anatómicos

 Palpe os locais de injecção em busca de dor. Para insulina alternar os


locais de aplicação.

 Certifique se do tamanho da agulha

 Faça uma dobra cutânea da região com o polegar e o indicador, meça a


dobra desde o topo ate a base a agulha deve ter a metade do
comprimento.

 Faça com que o utente relaxe o braço, perna ou abdómen dependendo


do local escolhido para injecção para diminuir o desconforto.

 Segure a seringa com a ponta dos dedos

 Insira a agulha de forma rápida e firme em ângulo de 45 ° a 90a °


(dependendo da espessura de tecido) seguir largue a pele.

o.b.s E raro perfurar um vaso durante a administração SC por isso não e


necessário aspiração.

2. 3.* Via Intramuscular (IM)

Administração feita diretamente no músculo, utilizada para determinados


tipos de formulações, como soluções oleosas ou suspensões, que requerem

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 124


125

uma absorção a longo prazo. O volume deve ser avaliado, pois irá depender da
massa muscular do indivíduo, evitando complicações. Os músculos mais
utilizados são o vasto lateral da coxa, o glúteo e o músculo deltoide.

Vantagens

 Absorção e rápida

 A absorção após a injecção no deltóide ou no vasto lateral e mais


rápida que quando aplicada no glúteo

Desvantagens

 E dolorosa

 Não suporta grandes volumes

 Absorção relacionada ao tipo de solução.

Solução aquosa: absorção rápida

Solução oleosa: absorção lenta

Formas farmacêuticas: injecções

Principais músculos: deltóide, vasto lateral e glúteo

LOCAIS PARA INJECÇÃO IM:

 Vasto lateral: localizado na face antero lateral da coxa, não possui


maior parte dos nervos, absorção e rápida frequentemente utilizada em
bebes durante as imunizações.
 Vasto-glutea: região profunda, muito utilizada para antibioticoterapia,
suporta maior volume.
 Deltóide: de fácil acesso, usado para pequenas quantidades de
medicação, recomendado para vacinas.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 125


126

TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO

 Preparar o material ( seringas, agulhas, frascos, ampolas de


medicamentos, algodão com álcool ou anticéptico, rotulo verificando
data de validade.

 Verificar os 12 certos da medicação

 Avaliar o equilíbrio hídrico do utente (turgor da pele, hidratação, peso


etc.

 Avaliar o histórico do utente quanto alergia do medicamentos

 Higienize as mãos

 Calce luvas

 Avalie o local de inserção quanto a presença de inflamação ou edemas.

 Prepare de maneira asséptica e correcta a medicação a partir de uma


ampola ou frasco e rotular quando for necessário.

 Feixe a cortina ou a porta do quarto respeitando o pudor do utente,


mantenha um lençol sobre as partes que não precisão estar expostas

 Faça a preparação psicológica

Localize o local da punção utilizando pontos anatómicos

 Observar a integridade da pele o tamanho do musculo e palpe a


procura de dor ou endurecimento.

 Posicione o utente dependendo da região escolhida

 Faça uma prega no musculo com a mão não dominante

 Com a mão dominante introduza rapidamente a agulha em um ângulo


de 90° dentro do musculo, após a agulha perfurar a pele segure a parte
inferior do tubo da seringa com a mão não dominante para estabilizar a
seringa.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 126


127

 Mova a mão dominante para o fim do embolo não mova a seringa.

 Puxe o embolo de volta por 5 segundos, se não houver retorno de


sangue injecte o medicamento de forma lenta.

o.b.s: Se ocorrer retorno sanguíneo remova a agulha descarte o medicamento


e a seringa, prepare outra medicação para injecção.

RECOMENDAÇÕES/ TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO

- Escolha do bisel

- Escolha do musculo para aplicação lembrando que no glúteo deve ser


no quadrante superior externo para não ferir o nervo ciático

- Assepsia local

- Agulha perpendicular a pele

- Aspirar antes de aplicar

- Auxiliar a absorção com massagens

- Retardamento na absorção com gelo.

Nota: a aplicação deve ser feita por pessoal treinado pois há muitos riscos na
administração por via IM.

2.4.* VIA ENDOVENOSA

Também chamada de via intravenosa, consiste na administração


directamente na corrente sanguínea, através da veia. Pode incluir uma única
dose, ou administração por infusão contínua, no soro fisiológico ou glicosado.
Medicamentos com características incompatíveis a administração pela via oral,
como os passíveis de degradação pelo suco gástrico, ou de difícil absorção
também devem ser utilizados por esta via. Desvantagens incluem a dor e
possibilidade de infecções.

Vantagens (IV)

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 127


128

 Possui maior grau de absorção a biodisponibilidade e completa e rápida.

 Geralmente causam muita ansiedade aos utentes

principalmente em crianças.

 Muito útil em emergências

 quando se deseja acção rápida de algum fármaco.

Desvantagens ( IV)

 Maior probabilidade de ocorrência de reacções adversas ( Administrar


lentamente pois não existe recuperação a pois a administração).

 os fármacos que precipitam os constituintes do sangue ou provocam


hemólise, não devem ser administrado por via IV.

TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO DE (IV)

 Preparar o material ( seringas, agulhas, frascos, ampolas de


medicamentos ou fluidos IV ésteres, algodão com álcool ou anticéptico,
rotulo verificando data de validade.

 Verificar os 12 certos da medicação

 Avaliar o equilíbrio hídrico do utente (turgor da pele, hidratação, peso


etc.

 Avaliar o histórico do utente quanto alergia do medicamentos

 Higienize as mãos

 Calce luvas

 Avalie o local de inserção quanto a presença de inflamação ou edemas.

 Prepare de maneira asséptica e correcta a medicação a partir de uma


ampola ou frasco e rotular quando for necessário.

 Feixe a cortina ou a porta do quarto respeitando o pudor do utente,


mantenha um lençol sobre as partes que não precisão estar expostas

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 128


129

 Faça a preparação psicológica

 Localize o local da punção utilizando pontos anatómicos

 Faça uma pressão para evidenciar os vasos sanguíneos

 Faça assepsia local fazendo movimentos circulares com o algodão


embebido em álcool

 Segure a bola de algodão entre o terceiro e quarto dedo da mão da mão


não dominante

 Retire a capa da agulha

 Insira a agulha paralela a pele e no interior do vaso, aspirar e injectar.

3.OUTRAS VIAS (topica)

3.1. INALAÇÃO

Fornece um alivio rápido de problemas respiratório, os inalantes podem


ser administrados através das narinas, boca ou tubos endotraqueais ou de
traqueostomias.

3.2. Administração intranasal

As medicações são dispensadas por meio de aerossóis em spray,


borrifação ou pó que penetra nas vias pulmonares a rede alveolo-capilar
absorve o medicamento rapidamente.

Utentes com alteração dos seios nasais recebem medicação em spray


ou gotas descogestionadoras para aliviar os sintomas de congestão nasal ou
resfriados.

3.3.Administração Intratecal

É utilizado quando se deseja um efeito local rápido do fármaco nas


meninges.

Administra se por meio de um cateter introduzido no espaço


subaracnoide ( raquianestesia infecções agudas Do SNC).

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 129


130

3.4.APLICAÇÕES TÓPICAS

As medicações tópicas são aquelas aplicadas localmente na pele integra


ou em mucosas.

Auricular: são instiladas gotas ou soluções estéreis no caso de ruptura


do tímpano ou infecção. A penetração de solução não estéril pode causar
infecção.

Vaginal: as medicações vaginais estão disponíveis em supositórios,


espuma, géis ou cremes. Os supositórios são de forma oval e derretem após
sua inserção na vagina com a temperatura da mesma, e gera consequente
distribuição e absorção; os géis espumas e cremes são administrados com um
aplicador.

Derme: através de pomadas aplicadas sobre a pele.

3.5.* Via Respiratória

Administração na forma de nebulização ou pó inalatório. Empregada


para pacientes com problemas respiratórios. Apresenta efeito local
(descongestionante nasal ou medicamentos antiasmáticos) ou sistêmico
(anestesia inalatória), sendo que a administração é feita através da boca. Os
medicamentos se apresentam na forma de gás ou pó, percorrendo a via
respiratória e desenvolvendo a sua ação.

9.CÁLCULOS DE GOTEJAMENTO (FÓRMULAS)

Uma das actividades que a equipe de enfermagem realiza


frequentemente é a administração de medicamentos. Para fazê-lo
correctamente, na dose exacta, muitas vezes ela deve efectuar cálculos
matemáticos, porque nem sempre a dose prescrita corresponde ao contido no
frasco.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 130


131

Os cálculos, todavia, não são muito complicados; quase sempre podem


ser feitos com base na regra de três simples.O cálculo de gotejamento a
principio é fácil, porém alguns detalhes podem confundir alguns profissionais e
alunos de enfermagem.

Antes de fazermos as contas, precisamos saber alguns detalhes como:

 - 1 gota equivale a 3 microgota


 - 1 ml do equipo de macrogota equivale a 20 gotas
 - 1 ml do equipo de microgota equivale a 60 gotas

9.1.FÓRMULA DO CÁLCULO DE GOTEJAMENTO

 G = Gotejamento (gts/min)
 V = Volume da solução (ml)
 T = Tempo (horas) <3

Fórmula Gts = V / (Tx3)

Essa fórmula é utilizada quando temos o tempo em horas e queremos o


resultado em Gts/min
.
. Exemplo:
Prescrito Ringer com Lactato 500 ml em 8 horas. Quantas gotas irão infundir
por minuto?

Para resolver vamos utilizar a fórmula:

Gts = V / (Tx3)
(Essa fórmula é utilizada quando temos o tempo em horas e queremos o
resultado em Gts/min)

Gts= 500 ml / (8h x 3)


Gts = 500 / 24
Gts = 20,83 gts/ min

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 131


132

Arredondando por aproximação fica:


Irão infundir 21 gts / min.

10. APLICAÇÃO DE CALOR E FRIO

9.1.O CALOR E O FRIO COMO AGENTES TERAPÊUTICOS

I) Introdução

A utilização de agentes físicos é antiga. A história referencia a utilização


(pelos gregos e romanos) da luz solar, da água, do calor, das massagens... na
cura e alívio das doenças.

II) DEFINIÇÃO

* Aplicação do calor : compreende o uso de um agente mais quente que


a pele.

* Aplicação do frio : compreende o uso de um agente mais frio que a


pele.

Ambos podem ser feitos sob a forma úmida ou seca.

III) TIPOS

A.1) Calor úmido: a exposição excesiva pode causar maceração, porém


reduz o ressecamento da pele.

 - Banhos (cirurgia retal, hemorróidas, episiotomia no parto, inflamação


vaginal): implica em colocar o corpo todo ou em parte, na água.
 - Embebições: imersão de parte do corpo (pés, mãos) ou envolvimento
de partes em gaze saturada com líquido.
 - Cataplasma: massa quente e úmida, de substância leve capaz de
conservar o calor. Ex: farinha.
 - Empanamentos, saturações, fomentações e compressas .
 - Aplicações de panos úmidos (ou gaze) a uma parte do corpo.

A.2) Calor seco:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 132


133

 Bolsa de água quente;


 Almofada, cobertor elétrico;
 empanamento (envoltórios quentes industrializados que aplicam calor a
seco numa área lesionada).

B.1) Frio úmido:

- Compressas frias

- Banhos de esponja

- Empanamento

B.2) Frio seco:

- Bolsa de gelo

OBS: As aplicações úmidas (frias ou quentes) são mais penetrantes que


as secas.

O calor seco por sua vez retém a temperatura por um maior tempo pois não é
influenciado,pela,evaporação.

IV) Efeitos da aplicação do calor:

 # Promove vasodilatação (absorve edema)


 # Aumenta a circulação local
 # Acelera a cicatrização
 # Aumenta a supuração
 # Torna o exsudato mais fluido
 # Aquece as partes frias, aumenta a temperatura
 # Alivia a dor
 # Relaxa os tecidos
 # A vasodilatação aumenta o fluxo de sangue local
(oxigênio e nutrientes), redução da congestão venosa;
 # Redução da viscosidade do sangue; melhora da oferta
de leucócitos e nutrientes; remoção de dejetos;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 133


134

 # Prologamento do tempo de coagulação;

 # Essas ações combinadas ao aumento do metabolismo


tissular, aceleram a reação inflamatória para promover a
cicatrização.
 # O calor reduz a tensão muscular promovendo
relaxamento;
 # Ajuda a aliviar espasmos musculares e rigidez articular;
 # Alivia a dor; estimulando fibras nervosas específicas,
perto do portal que possibilita a transmissão de estímulos
dolorosos aos centros no cérebro;

Como efeito.O calor é usado para tratar infecções, feridas


cirúrgicas, tecido inflamado, artrite, dor articular e muscular, dismenorréia e dor
crônica.

* Efeitos da aplicação do frio, (indicações):

 # Promove vasoconstricção - evita ou reduz a formação de


edema
 # Diminui a temperatura
 # Estanca a hemorragia
 # Diminui o metabolismo
 # Lentifica processos inflamatórios como por ex. dos olhos
 # Diminui a dor (porque diminui a circulação do sangue e
dos líquidos tissulares)
 # Embota os receptores da dor e serve como anestésico
local
 # Diminui a inflamação local
 # Detém processos supurantes e a absorção de líquidos
tissulares
 # É usado depois de trauma direto;
 # Para dor de dentes;
 # Espasmos musculares;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 134


135

 # Após torções;
 # Tratar algumas síndromes de dor crônica.
Exposição a frio ambiental prolongado ou extenso produz efeitos
sistêmicos de aumento da pressão arterial, tremor e eriçamento da pele;
Embora o tremor seja uma reação normal do corpo ao frio, o frio prolongado
pode causar lesão tissular.

CUIDADOS NA APLICAÇÃO DE CALOR OU FRIO ÚMIDOS (compressa)

 Torcer bem a compressa antes de aplicar para evitar que pingue;


 Trocar a compressa com frequência e mantê-la por 20 minutos;
 Repetir a aplicação a cada 2 ou 3 horas ou conforme a prescrição;

Avaliação (Resultados esperados)


Dependem do objetivo da aplicação;

É Considerado Eficaz Quando O Paciente For Capaz De:

 Referir maior conforto;


 Verbalizar capacidade aumentada de descansar e dormir;
 Demonstrar evidências de cicatrização da ferida;
 Demonstrar diminuição dos sintomas de espasmos musculares,
inflamação e edema;
 Verbalizar e demonstrar aplicações seguras de calor e frio.

V) Princípios Científicos

Anatomia e fisiologia - a aplicação do calor e do frio pode influenciar


todas as partes do corpo, através das conexões entre os vasos e nervos da
pele com os vasos e nervos do resto do corpo.

A pele consiste de duas camadas: epiderme - composta de células


córneas em constante descamação; cório - contém nervos, vasos sanguíneos,
glândulas sebáceas e folículos pilosos.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 135


136

Os órgãos terminais dos nervos sensitivos transmitem as sensações de


frio, calor, dor e pressão que são interpretadas no cérebro. Em casos de danos
aos nervos ou ao cérebro, a transmissão dos impulsos pode ser interrompida,
possibilitando a ocorrência de lesões cutâneas pelas aplicações do calor ou do
frio.

A pele é dotada de abundante irrigação sanguínea e linfática. O calor


aplicado a uma área é levado pelo sangue a outras áreas. A intensidade dos
efeitos do calor ou do frio depende da diferença entre as temperaturas da
aplicação e da pele.

O calor moderado quando aplicado à pele, produz um aquecimento


geral; dilata os vasos superficiais provocando maior afluxo de sangue para a
área, estimulando a neoformação de tecido e proporcionando melhor nutrição
às células. O maior suprimento sanguíneo aumenta o número de leucócitos,
contribuindo para a cicatrização. O calor promove a supuração, levando maior
quantidade de sangue a área inflamada ou removendo-o de uma área
congestionada.

O calor relaxa os músculos, aliviando a rigidez e a fadiga. Amolece o


tecido fibroso, aumenta a troca de oxigênio e acelera a absorção dos
exsudatos. A ação do calor sobre os tecidos pode ser anti-espasmódica,
analgésica, descongestionante ou sedativa. A área, devido ao aumento do
suprimento sanguíneo, torna-se vermelha. O calor moderado aumenta a
perspiração.

O calor produz vasodilatação periférica, aumenta a pressão sangüínea


capilar e, pelo relaxamento dos capilares, aumenta a área disponível para as
trocas líquidas.

O frio reduz a formação e a absorção dos venenos bacterianos. A


aplicação de frio pode baixar a temperatura dos tecidos a ponto de permitir o
controle dos microorganismos causadores da infecção.

O frio é um depressor vital direto. Diminui as atividades de todas as


coisas vivas e, às vezes, modera em parte as atividades das células. O frio
detém o crescimento e, às vezes a atividade das bactérias, pois estas como as

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 136


137

células do corpo, são feitas de protoplasma. Como o frio diminui a circulação


local, um processo inflamatório será diminuído, se aquele for aplicado, todos os
sintomas desaparecerão. O mesmo acontecerá com os processos de
supuração, pois o frio impede a ação das bactérias.

ATENÇÃO

 # Temperatura acima de 48.8oC provoca contração dos músculos


involuntários e dos vasos sangüíneos superficiais produzindo dor.
 # Os extremos de calor e de frio podem destruir os tecidos quando
aplicado por tempo prolongado.
 # Ao fazer aplicação do calor não se deve exercer pressão porque a
redução das camadas de ar aumenta o risco de queimaduras.
 # A temperatura da água da bolsa deve ser de 48.8 oC a 57.2oC.
 # A fricção produz calor, por isso não deve ser usada nos banhos cuja
finalidade é reduzir a temperatura corporal.
 # Contra-indicações para a aplicação de calor: quando a vasodilatação
aumenta a dor ou quando a expansão de líquidos e gazes traz maiores
incômodos ao cliente. A vasodilatação cerebral aumenta a pressão e
consequentemente a dor. É contra-indicada quando é necessário evitar
a supuração como em apendicites. Neste caso, aplica-se gelo.

.CUIDADOS ESPECÍFICOS

* Na aplicação de calor:

 Não ultrapassar 20 minutos;


 Proteger a pele para evitar queimaduras;
 Lubrificar a pele (com óleo de amêndoa, cremes).
 Não expor demasiadamente o local para evitar penetração de ar frio;
 Quando usar material elétrico certificar-se de que está em perfeito
estado e com isolamento para evitar choques.
 Observar vermelhidão, formação de bolhas.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 137


138

* Na aplicação do frio:

 Aplicar durante 20 minutos;


 Trocar sempre que necessário;
 Proteger o local evitando molhar a roupa do cliente (e roupas de cama
se for o caso);
 Enxugar a área após terminar a aplicação.
 Observar dormência ou queimação, formigamento, vermelhidão,
descoloração azulada

TÉCNICA

BOLSA DE ÁGUA QUENTE

Material: Bandeja com - bolsa de borracha, envoltório de pano, jarro


com água, toalha, termômetro de água.

Método: verificar se a bolsa está integra e as condições da rolha;


verificar a temperatura da água; encher a bolsa até a terça parte; retirar o ar
com a bolsa deitada sobre a mesa deixando a água aparecer na sua abertura;
arrolhar e enxugar; colocar o envoltório de pano e aplicar no cliente.

Cuidados após o uso: lavar a bolsa com água e sabão, escorrer bem e
enxugar, colocar talco, guardar com um pouco de ar, em lugar fresco e
pendurada se possível.

COMPRESSAS QUENTES

Material: Bandeja com - jarro com água quente, bacia, torcedor de pano,
compressas, impermeável, toalha.

Método: colocar a área do corpo que receberá a compressa sobre o


impermeável; colocar a água na bacia; envolver a compressa no torcedor de
pano; mergulhar a compressa dentro da água quente segurando o torcedor
pelas pontas; retirar a compressa da água e torcer com o auxílio do torcedor;
aplicar a compressa no cliente tendo o cuidado de não queimá-lo.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 138


139

BOLSA DE GELO

Material: Bandeja com bolsa de gelo, envoltório de pano, impermeável,


toalha.

Método: Verificar as condições da bolsa e da rolha; quebrar o gelo se


necessário; colocar o gelo na bolsa até a terça parte, expelir o ar e fechar a
bolsa; enxugar e colocar o envoltório de pano; aplicar no cliente. Forrar o local
com impermeável e toalha.

COMPRESSAS GELADAS NOS OLHOS

Cuidados: a compressa deve ser maior que os olhos; usar uma para
cada olho e não repeti-las (usar uma só vez); cuidado para não colocá-las em
cima do nariz para não causar congestão nasal .

1.FARMACOCINÉTICA

Farmacocinética: É o caminho que o medicamento faz no organismo.


Trata das etapas que o medicamento sofre desde a administração até a
excreção, que são: absorção, distribuição, biotransformação e excreção.

Farmacocinética: é o "caminho" que o medicamento segue no organismo


de seres vivos como humanos. Não se trata do estudo do seu mecanismo de
ação, o que corresponde à farmacodinâmica ou mesmo da farmacogenômica,
mas sim as etapas que a droga sofre desde a administração, introdução do
fármaco no organismo como tomar um comprimido, até a excreção, processo
pela qual o fármaco deixa o organismo definitivamente, que são: administração,
absorção, biotransformação, biodisponibilidade e excreção. Note também que
uma vez que se introduza a droga no organismo, essas etapas ocorrem de
forma simultânea, dado que uma quantidade de medicamento já passou pela a
etapa em questão , sendo essa divisão apenas de caráter didático.

FASES

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 139


140

As fases da farmacocinética são:

 Absorção
 Distribuição
 Biotransformação
 biodisponibilidade
 excreção.

 Absorção

Ver artigo principal: Absorção farmacológica

É a primeira etapa que vai desde a escolha da via de administração até


a chegada da droga à corrente sanguínea. Vias de administração como
intravenosa e intra-arterial pulam essa etapa, já que caem direto na circulação.
Alguns fatores interferem nessa etapa como pH do meio, forma farmacêutica e
patologias (úlceras por exemplo).

A característica química do fármaco interfere no processo de absorção.

Efeito de primeira passagem

É a metabolização do fármaco pelo fígado e pela microbiota intestinal,


antes que o fármaco chegue à circulação sistêmica. As vias de administração
que estão sujeitas a esse efeito são: via oral e via retal (em proporções bem
reduzidas).

 Distribuição

Ver artigo principal: Distribuição farmacológica

Etapa em que a droga é distribuída no corpo através da circulação. Ela


chega primeiro nos órgãos mais vascularizados (como sistema nervoso central,
pulmão, coração) e depois sofre redistribuição aos tecidos menos irrigados
(tecido adiposo por exemplo). É nessa etapa que a droga vai chegar ao local
onde vai atuar. Interferem ainda nessa etapa baixa concentração de proteínas
plasmáticas (necessárias para a formação da fração ligada) como desnutrição,

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 140


141

hepatite e cirrose, que destroem hepatócitos, que são células produtoras de


proteínas plasmáticas, reduzindo assim o nível destas no sangue.

 Biotransformação

Ver artigo principal: Biotransformação

Fase onde a droga é transformada em um composto mais hidrossolúvel


para a posterior excreção.

Ela se dá em duas fases:

 Fase 1: etapas de oxidação, redução e hidrólise


 Fase 2: conjugação com o ácido glicurônico

A fase 1 não é um processo obrigatório, variando de droga para droga e


diferente da fase 2, obrigatória a todas as drogas. O fígado é o órgão que
prepara a droga para a excreção.

 Biodisponibilidade

Biodisponibilidade é uma medida da extensão de uma droga


terapeuticamente ativa que atinge a circulação sistêmica e está disponível no
local de ação. O termo biodisponibilidade é usado para descrever a fração de
uma dose administrada de uma droga não alterada que atinge a circulação
sistêmica. É uma das principais propriedades farmacocinéticas das drogas. Por
definição, quando uma medicação é administrada intravenosamente, sua
biodisponibilidade é de 100%. Entretanto, quando uma medicação é
administrada por outras vias (como a via oral, por exemplo), sua
biodisponibilidade diminui (devido à absorção incompleta e ao metabolismo de
primeira passagem).

A biodisponibilidade é uma das ferramentas essenciais da famarcocinética,


já que seu valor deve ser considerado quando se calcula as doses para
administração de drogas por vias não-intravenosas. Referindo-se sobre a
biodisponibilidade calcula o grau de quantidade de um fármaco administrado ou

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 141


142

de outra substância que se torna disponível para actuar no seu alvo (célula,
tecido, órgão etc.)

 Excreção

Pela excreção, os compostos são removidos do organismo para o meio


externo. Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente, são filtrados nos
glomérulos ou secretados nos túbulos renais, não sofrendo reabsorção tubular,
pois têm dificuldade em atravessar membranas. Excretam-se, portanto, na
forma ativa.

2.FARMACODINÂMICA

De forma simplificada, podemos considerar farmacodinâmica como o


estudo do que o medicamento faz no organismo enquanto farmacocinética é o
que o organismo faz com a droga.

Farmacodinâmica (do grego pharmakon, "remédio" e dýnamis, forças) é


o campo da farmacologia e medicina, que estuda os efeitos fisiológicos dos
fármacos nos organismos vivos, seus mecanismos de ação e a relação entre
concentração do fármaco e efeitos desejados e indesejados.

Fatores importantes

Quatro fatores do paciente podem influenciar a farmacodinâmica

 Idade
 Genética
 Outras drogas
 Outros distúrbios

Termos importantes

A farmacodinâmica inclui o estudo de:

 Agonismo

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 142


143

 Antagonismo
 Citotoxicidade
 Dose efetiva
 Dose-Resposta
 Dose letal
 Janela terapêutica
 Meia-vida
 Toxicodependência

A Farmacocinética e farmacodinâmica usam modelos que representam o que


ocorre desde a administração de um fármaco até efeitos perceptíveis. Modelos
Farmacocinéticos incluem estudos de absorção, distribuição, metabolismo,
eliminação (ADME). Modelos farmacodinâmicos são mais recentes e mais
complicados por envolveram interação do fármaco com os receptores e
proteínas do organismo.

Funções

Farmacocinética procura funções do tipo:

Onde: y é a concentração no sitio de ação, f é uma função com valores


reais e positivos, e D é a dose (terapia). A dose é um vetor dado que temos
grandezas como frequência, dose, tempo da terapia, e outras grandezas.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 143


144

CAPITULO:III MÉDICO CIRÚRGICO

1. CENTRO CIRÚRGICO

Definição de Centro Cirúrgico: O Centro Cirúrgico(CC) é o setor no


qual são realizadas intervenções cirúrgicas, com uma infraestrutura complexa,
planejada e equipamentos de tecnologia avançada com seguimentos de
requisitos para a prática da cirurgia.

1.1. Objetivo do centro cirúrgico

O principal objetivo da Unidade de Centro Cirúrgico é o de atender, da


melhor maneira possível, o paciente que será submetido a um procedimento
cirúrgico, seja ele eletivo, de urgência ou emergencial, propiciando à equipe
cirúrgica todas as condições de atendimento e ao paciente a certeza de um
atendimento seguro.

1.2. Finalidade do centro cirúrgico

As principais finalidades do Centro Cirúrgico são:

 Realizar intervenções cirúrgicas e devolver o paciente à sua unidade de


origem na melhor condição possível de integridade;
 Servir de campo de estágio para o aperfeiçoamento de recursos
humanos;
 Serv ir de local de pesquisa e aprimoramento de novas técnicas
cirúrgicas e assépticas.
1.3. Área física do centro cirúrgico

Estrutura física Devido ao seu risco:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 144


145

 Não restrita : as áreas de circulação livre ( vestiários, corredor de


entrada e sala de espera de acompanhantes).
 Semi-restritas : pode haver circulação tanto do pessoal como de
equipamentos, sem contudo provocarem interferência nas rotinas de
controle e manutenção da assepsia( salas de guarda de material,
administrativa, , copa e expurgo)
 Restrita - o corredor interno, as áreas de escovação das mãos e a sala
de operação (SO) ; para evitar infecção operatória, limita-se a circulação
de pessoal, equipamentos e materiais.

1.4. Localização do centro cirúrgico


 Deve ocupar área independente da circulação geral, ficando, assim, livre
do trânsito de pessoas e materiais estranhos ao serviço;
 Possibilitar o aceso livre e fácil de pacientes provenientes das Unidades
de internação Cirúrgicas, Pronto Socorro e Terapia Intensiva, bem como
o encaminhamento dos mesmos às Unidades de origem.

1.5. Área de recepção do paciente

É a área reservada para recepcionar e transferir pacientes da maca


proveniente da Unidade de internação para a do Centro Cirúrgico. Assim, deve
ter espaço suficiente para o recebimento de maca, permitindo a circulação sem
prejuízo do transporte ou risco para o paciente.

1.6. Sala de cirurgia ou operação

É a área destinada à realização de intervenções cirúrgicas e


endoscópicas. Segundo o Ministério da Saúde, o número de salas de cirúrgicas
para a Unidade de Centro Cirúrgico é quantificado com base na capacidade de
leitos do hospital. Preconizam-se duas salas para cada 50 leitos não
especializados ou para cada 15 leitos cirúrgicos.

Deve ter suas dimensões adequadas de acordo com a quantidade de


equipamentos necessários aos tipos de intervenção cirúrgica e especialidade
cirúrgica.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 145


146

A SO deve estar sob pressão positiva em relação aos corredores, o que


minimiza a entrada de ar desses locais para o interior da sala de operação.

O número de pessoas na sala de operação deve ser restrito ao cirurgião


e um ou dois auxiliares (de acordo com a complexidade do procedimento do
CC) anestesiologista e circulante de sala, considerando sempre que, quanto
maior o número de pessoas, maior a possibilidade de disseminação de
microrganismos no ambiente.

Convém evitar movimentação desnecessária de portas (que deverão


permanecer fechadas) conversas excessivas ou demais distrações.

1.7. Sala de Recuperação Pós-anestésica

Local destinado à permanência do paciente após o ato anestésico -


cirúrgico. O número de leitos vai depender dos tipos de cirurgia previstos. De
um modo geral, estimam-se dois leitos por sala cirúrgica.

2. Equipamentos e materiais de uma sala de cirurgia

No planejamento de equipamentos e materiais a serem utilizados na


sala cirúrgica, a qualidade é um aspecto importante a ser observado, pois
implica na durabilidade dos mesmos, e na segurança para o paciente.

Os equipamentos utilizados numa sala de cirurgia podem ser classificados em:

 Fixos
 Móveis

2.1. Equipamentos Fixos

Equipamentos fixos: são aqueles adaptados à estrutura da sala cirúrgica. São


eles:

 armário embutido;
 balcão;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 146


147

 negatoscópio;
 foco central;
 oxigênio e vácuo centralizados;
 Interruptores de luz e tomadas de 110 e 220 volts;
 ar condicionado.

2.2. Equipamentos Móveis

São os que podem ser deslocados ou acrescidos na sala cirúrgica. São eles:

 A mesa cirúrgica e acessórios: estofado de espuma, perneira, suporte


de ombro e arco de narcose;
 mesas auxiliares, como a de Mayo e/ou outras;
 mesa para instrumental cirúrgico;
 mesa para roupas estéreis;
 Equipamentos e materiais de uma sala de cirurgia
 suporte de bacia;
 suporte de soro e alças;
 tala e suporte para braço;
 banco giratório;
 balde de lixo com pedal
 suporte de hamper;
 foco auxiliar;
 escadinha com dois degraus;
 Carro de anestesia;
 aspirador portátil;
 bisturi elétrico;
 aparelho de pressão;
 caixa de extensão;
 coxins de areia, espuma ou de tecido de vários tamanhos.

Outros equipamentos móveis podem ser acrescidos à sala de cirurgia, em


conseqüência de uma especialidade cirúrgica. Assim, por exemplo, o suporte
de trépano na neurocirurgia, o microscópio nas cirurgias de otorrinolaringologia,
etc.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 147


148

2.3. Material utilizado na sala de cirurgia

Com o objetivo de facilitar a descrição do material a ser utilizado na sala de


cirurgia, teve-se o cuidado de agrupá-los em: material esterilizado, soluções,
pomadas e material para curativo, impressos mais comuns e medicamentos.

Material Esterilizado

 Pacotes de aventais
 pacote de campos simples ou duplos;
 pacote de impermeável (para a mesa do instrumentador);
 pacotes de campos para anestesia;
 pacote de compressas grandes e pequenas;
 pacote de gazes comuns e especiais;
 pacote de material para anti-sepsia;
 pacote de cúpulas grandes e pequenas;
 pacote de cuba-rim;
 pacote de bacias;
 pacotes de sondas e drenos diversos;
 pacotes de luvas de diferentes números;
 pacote de cabo com borracha para aspirador.

caixa de instrumentais

 caixa de material para anestesia;


 caixa de fios de sutura;
 caixa e/ou pacote do cabo de bisturi elétrico

Soluções, pomadas e material para curativo

 álcool etílico 70%;


 água oxigenada;
 Clorexidina/Povidine degermante, alcoólica,
 soros: solução glicosada 5, 10 e 50%, fisiológica, glicofisiológica e
Ringer .

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 148


149

Pomadas:

 xilocaína geléia; Colagenase e outros;

Material para curativo:

 adesivo: esparadrapo de diversos tipos e fita crepe; b) específicos: spray


curativo, algodão ortopédico, malha tubular e atadura gessada.

Impressos

folha de relação de gastos; b) folha de gráfico de anestesia; c) receituário para


medicamentos controlados; d) requisição de laboratório e banco de sangue; e)
relatório de enfermagem;

Medicamentos

Todos os medicamentos necessários à assistência do paciente no


transoperatório. Os equipamentos e materiais utilizados na sala de cirurgia
devem ser mantidos em perfeitas condições de uso e repostos em quantidade
suficiente, de acordo com as necessidades da Unidade.

2.4.PROCEDIMENTO CIRÚRGICO

Cirurgia (do grego χειρουργική "cheirourgikē" e latim chirurgiae, trabalho


manual), também chamada "procedimento cirúrgico" é qualquer tipo de
procedimento no qual o cirurgião realiza uma intervenção manual ou
instrumental no corpo do paciente para diagnosticar, tratar ou curar doenças ou
traumatismo, ou para melhorar .

3.SUTURAS

As suturas são a melhor forma de realizar o fechamento adequado de


ferimentos e permitir a aproximação ideal dos bordos. A escolha do fio baseia-
se no local do ferimento, extensão e área de exposição.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 149


150

Os fios apresentam uma numeração que está de acordo com o seu


diâmetro. De uma maneira geral, podem ser realizadas em até 6h para mãos e
pés, e em até 24h, em ferimentos de face e escalpe.

Usualmente, é utilizada a pinça ―dente de rato‖, evitando-se apertar


tecidos.

3.1. Tipos de fios de sutura:

Fio 6-0: Mais fino. Utilizado em face e áreas com importância estética.

Fio 5-0: Utilizado em suturas da mão e dedos.

Fio 4-0: Utilizados para reparo de extremidades proximais e tronco.

Fio 3-0: Fio de grande calibre, utilizado para planta do pé e escalpo.

Fio 2-0: Couro cabeludo.

3.2 Características dos Fios Absorvíveis:

1) Categute simples

 Tempo de absorção: 7 – 10 dias;


 Reação com o tecido: Grande;
 Uso: Ligar vasos hemorrágicos, anastomoses intestinais e fechamento
de plano subcutâneo;

Características: Sintético, trançado e maior incidência de infecções.

2) Categute cromado

 Tempo de absorção: 21 – 28 dias;


 Reação com o tecido: Grande;
 Uso: Igual ao simples;

Características: Obtido de intestino de boi ou carneiro e tratado com cromo.

3) Ácido poligalático (Vycril)

 Tempo de absorção: 14 – 30 dias;


 Reação com o tecido: Mínima;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 150


151

 Uso: Fechar aponeuroses e subcutâneo;

Características: Fio sintético, trançado e maior chance de infecções.

4) Polidiaxona (PDS)

 Tempo de absorção: 14 – 30 dias;


 Reação com o tecido: Mínima;
 Uso: Anastomoses intestinais e urológicas; os mais calibrosos podem
ser utilizados em aponeuroses. Uso permitido em presença de infecção;

Características: Monofilamentar, incolor ou violeta e de difícil manejo pela


rigidez.

3.3 Características dos Fios Inabsorvíveis

1) Seda

 Mantém tensão por aproximadamente 1 ano;


 Reação com o tecido: Baixa;
 Uso: Ligaduras vasculares e mucosa oral;

Características: Filamento proteico, fácil manuseio e fixação. Não deve ser


utilizado na presença de infecção.

2) Algodão

 De 6 meses a 2 anos, mantendo boa tensão;


 Reação com o tecido: Baixa;
 Uso: Ligaduras vasculares e mucosa oral;

Características: Filamento proteico, fácil manuseio e fixação. Não deve ser


utilizado na presença de infecção.

3) Nylon

 Degradação em 2 anos aproximadamente;


 Reação com o tecido: Mínima;
 Uso: Suturas dérmicas;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 151


152

Características: Mono ou polifilamentar. Pode ser preto, verde ou branco.

4) Polipropileno (Prolene)

 Mantém-se por tempo indefinido, mantém tensão por anos;


 Reação com o tecido: Mínima;
 Uso: Intradérmico, fáscia e microvascular;

Características: Monofilamentar. Pode ser utilizado em contaminação ou


infecção. Incolor ou azul.

 Tempo para retirada dos pontos


 Couro Cabeludo = 7 dias;
 Pálpebra e lábio = 3 a 4 dias;
 Nariz e supercílio = 3 a 5 dias;
 Orelha = 10-14 dias;
 Tronco (face anterior) = 8 a 10 dias;
 Dorso e extremidades = 12 a 14 dias;
 Mão, pé e sola = 10 a 14 dias.

3.4.TIPOS DE SUTURAS

 Sutura simples e chuleio


 Sutura chuleio cruzado
 Sutura intradérmico simples e contínua
 Sutura colchoeiro simples e contínua
 Sutura Donnati simples e contínua
 Sutura de Lembert simples e contínua
 Sutura de Cushing
 Sutura com eversão
 Sutura de Halsted
 Sutura de Connel
 Sutura em Bolsa de tabaco.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 152


153

4.QUEIMADURA

É toda lesão causada por agentes externos sobre o revestimento do


corpo,podendo destruir desde a pele até tecidos mais profundos, como ossos e
órgãos.

4.1.Causas da queimadura:

Agentes físicos:
o Térmicos: líquidos quentes, gordura quente, ferro quente, vapor e
através dofogo;
o Elétricas: corrente de baixa voltagem (eletrodomésticos), alta tensão e
raio;
o Radiantes: resultam da exposição à luz solar ou fontes nucleares.

Agentes químicos:
o Substâncias químicas industriais, produtos de uso doméstico,
comosolventes, soda cáustica, alvejantes ou qualquer ácido ou álcalis.
Agentes biológicos:
o Seres vivos: como por exemplos, taturanas, ―água viva‖, urtiga.

Classificação da queimadura

Quanto à profundidade:
1º grau: atinge a epiderme (camada superficial da pele). Apresentação
comvermelhidão sem bolhas e discreto inchaço local. A dor está presente.
2º grau: atinge a epiderme e parte da derme (2ª camada da pele). Hápresença
de bolhas e a dor é acentuada.
3º grau: atinge todas as camadas da pele, músculos e ossos. Ocorre
necroseda pele (morte do tecido), que se apresenta com cor esbranquiçada ou

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 153


154

escura. A dor é ausente, devido à profundidade da queimadura, que lesa todas


asterminações nervosas responsáveis pela condução da sensação de dor.

Quanto à extensão

A extensão de uma queimadura é representada em percentagem da área


corporalqueimada.
o Leves (ou "pequeno queimado"): atingem menos de 10% da
superfíciecorporal.
o Médias (ou "médio queimado"): atingem de 10% a 20% da
superfíciecorporal.Graves (ou "grande queimado"): atingem mais de
20% da área corporal.Duas regras podem ser utilizadas para 'medir' a
extensão da queimadura:
o Regra dos nove: é atribuído, a cada segmento corporal, o valor nove
(oumúltiplo dele):

Queimaduras térmicas

Causadas por líquidos e objetos quentes, vapor e fogo:


o Esfrie a área queimada com água fria (não use gelo, pois pode agravar
aqueimadura).
o Cubra a área com um pano limpo.
o Remova imediatamente: anéis, pulseiras, relógios, colares, cintos,
sapatos eroupas, antes que a área afetada comece a
inchar.Queimaduras químicasCausada por contato com produtos
químicos, como ácidos:

o Enxágue o local por, pelo menos, 20 minutos em água corrente.


o Remova imediatamente: anéis, pulseiras, relógios, colares, cintos,
sapatos eroupas, antes que a área afetada comece a inchar.
o Remova resíduo de roupa contaminada pelo produto,
prevenindoqueimadura em outras áreas.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 154


155

o No caso dos olhos terem sido afetados: enxágue abundantemente em


águacorrente até ajuda médica. Se usar lentes de contato, removê-
lasimediatamente.

Queimaduras eléctricas

Causadas por corrente de baixa voltagem, como eletrodomésticos, alta tensão


e raio:
o Não toque na vítima.
o Desligue a corrente elétrica.
Em todos os casos de queimaduras, encaminhar para o serviço médico (pronto
socorro ou hospital) mais próximo e não use nunca: pasta da dentes,
pomadas, clara de ovo, manteiga, óleo decozinha ou qualquer outro ingrediente
sobre a área queimada.Não remova tecidos grudados: corte cuidadosamente e
retire o que estiver
solto.
o Não estoure bolhas.
morte não intencional em crianças

5.FERIDA

Uma ferida é uma interrupção na continuidade de um tecido corpóreo.


Tal interrupção pode ser provocada por algum trauma, ou ainda ser
desencadeada por uma afecção que acione as defesas do organismo.

TIPOS DE FERIDAS

Quanto à profundidade:

 Feridas superficiais: quando atingem apenas as camadas mais


superficiais da pele (epiderme e derme superficial ou intermediária);

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 155


156

 Feridas profundas: quando atingem níveis mais profundos da pele


(derme profunda, tecido adiposo, fáscias, tendões, músculos, ossos,
cartilagens, ligamentos).

Quanto à complexidade:

 Feridas simples: são feridas que, em geral, se mostram superficiais e


livres de sinais de infecção / contaminação / colonização por
microorganismos, demandando cuidados com curativos e supervisão
menos frequentes por parte de profissionais da saúde (médicos,
enfermeiros etc) e tendendo a evolução benigna (isto é, à cicatrização
espontânea);
 Feridas complexas: são feridas que, em geral, acometem planos mais
profundos ou maior número de tipos diferentes de tecidos (não apenas
derme e epiderme, mas também ossos, cartilagens, tecido adiposo,
fáscias musculares, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos, tecido
nervoso etc.), muitas vezes infectadas ou com grande risco de se
tornarem infectas, com tendência a evolução desfavorável (isto é, perda
progressiva de tecidos por necrose ou infecção, com possibilidade de
amputação de segmentos, ou mesmo, em casos mais severos, de
efeitos sistêmicos com risco de dano permanente ou óbito do indivíduo
acometido pela ferida) e a grande prejuízo orgânico por parte do
indivíduo acometido;

Quanto ao formato e agente causador de ferida traumática:

 Ferida puntiforme: formato punctual e de bordas ligeiramente


irregulares, geralmente causada por instrumento perfurante de pequena
área de secção transversal (como espinhos, pregos, agulhas etc.);
 Ferida incisa: formato linear e de bordas geralmente regulares,
geralmente causado por lâminas (faca, lâmina de barbear etc.);
 Ferida cortocontusa: formato irregular, geralmente com diversos
segmentos ulcerados, perdas de tecidos e de bordas de segmentos de
ferida irregulares e possibilidade de se observar áreas de equimoses e
hematomas adjacentes às áreas de ulcerações, normalmente causado

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 156


157

por objetos que produzem lesões simultaneamente por corte e impacto


(machado, foice, aresta de um tijolo etc.);
 Ferida perfurocontusa: formato quase regular, geralmente com bordas
de ferida ligeiramente irregulares (a depender do tipo de elemento
causador da lesão) e possibilidade de se observar áreas de equimoses e
hematomas adjacentes às áreas de ulcerações, normalmente causado
por objetos que penetram a pele mediante impacto (como um projetil de
arma-de-fogo);
 Ferida perfuroincisa: formato habitualmente regular, geralmente com
bordas de ferida regulares (também a depender do tipo de elemento
causador da lesão), normalmente causado por objetos que penetram a
pele com pouco impacto mas com bom potencial de divulsão de tecidos
(como uma lâmina comprida, por exemplo).

Quanto ao formato e agente causador de ferida não traumática:

 Ferida causada por queimadura: formato irregular dependente da área


de pele exposta à radiação ionizante, fonte de calor, abrasão ou produto
químico causador da queimadura. Não é esperado que haja ferida se
queimadura é classificada como de primeiro grau (apenas
"avermelhamento" local na área de pele afetada). Já em queimaduras de
segundo (formação de bolhas que se ulceram e formam feridas
geralmente superficiais), terceiro (necrose de porções intermediárias e
profundas de derme e / ou de tecido adiposo) ou quarto graus (necrose
de tecidos profundos como ossos, cartilagens e músculos) há formação
imediata de alguma lesão ulcerada;
 Ferida causada por geladura: formato irregular dependente da área de
pele exposta ao frio. Mais frequente em extremidades corpóreas. Pode
assumir as mesmas características iniciais de queimaduras (apenas
"avermelhamento" local na área de pele afetada, como ocorreria em
queimaduras de primeiro grau; formação de bolhas que se ulceram e
formam feridas geralmente superficiais, como ocorreria em queimaduras
de segundo grau; necrose de porções intermediárias e profundas de
derme e / ou de tecido adiposo e outros tecidos mais profundos, como
ocorreria em queimaduras de terceiro ou de quarto graus). Muitas vezes

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 157


158

são reversíveis em estágios iniciais, contudo, a demora em iniciar-se


algum tratamento pode implicar lesão irreversível com perda de tecidos
corpóreos;
 Ferida causada por fatores endógenos: formatos diversos, a
depender da patologia causadora das lesões. Variam de "rachaduras"
em determinadas áreas de pele até lesões evolutivas que surgem como
pequenos pontos avermelhados ou escurecidos e se desenvolvem em
feridas de dificílima cicatrização. Algumas patologias que podem evoliur
para feridas, com origem endógena: pênfigo, vasculites de etiologias
diversas, psoríase, xeroderma pigmentosa etc.

CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS

 De acordo com a maneira como foram produzidas (cirúrgicas, contusas,


laceradas, perfurantes);
 De acordo com o grau de contaminação (limpas, limpas contaminadas,
contaminadas, infectadas);
 De acordo com o comprometimento tecidual (estágio I, II, III e IV);
 De acordo com o tempo de evolução: agudas e crônicas;

TRATAMENTOS DE FERIDAS

O tratamento de feridas deve ser individualizado para cada paciente, levando-


se em conta a etiologia da ferida, a evolução do quadro até então, a existência
de comorbidades no paciente, a ocorrência de fatores que impliquem
alterações no prognóstico, as características físicas da ferida, a disponibilidade
de recursos para tratamento da ferida, a contra-indicação (por alergia ou
intolerância) de algum elemento empregável no tratamento da ferida e a própria
possibilidade de o paciente viabilizar os tratamentos sugeridos ou propostos
pelos profissionais de saúde que o tenham avaliado. Atualmente, a medicina
conta com inúmeros tratamentos possíveis para diversos tipos de feridas em
suas mais diversas evoluções possíveis. Dentre eles, podem-se citar:

Curativos simples: empregáveis na maioria das feridas, têm seu efeito prático
baseado na própria capacidade regenerativa do corpo humano (ou seja, a
cicatrização espontânea) e sua eficácia aumentada por conceitos introduzidos

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 158


159

por estudos médicos e biológicos (como o da higiene local, que aumenta a


chance de não contaminação com subsequente evolução desfavorável;

Curativos especiais: diversos grupos de substâncias e aparatos são


empregáveis no tratamento de diversos tipos diferentes de feridas. Em geral,
para feridas complexas ou de difícil cicatrização, modalidades de cuidados
especialmente desenhadas por profissionais especializados (enfermeiros)
tendem a ser empregadas com grande índice de sucesso no tratamento de tais
feridas;

Oxigenoterapia hiperbárica técnica que consiste em fornecer Oxigênio puro em


ambiente pressurizado e que aumenta muito expressivamente a velocidade de
regeneração de tecidos em feridas e a atividade de defesa do organismo contra
infecções agudas e graves. Paralelamente também exibe elevadíssimo nível de
sucesso em tratamentos de vasculites de etiologias diversas, infecções
indolentes, doenças inflamatórias intestinais, grandes queimaduras, geladuras,
amputações com reimplantes, síndromes vasculares complexas,
esmagamentos, dentre outros usos. Empregável em feridas complexas com
taxa de sucesso muito maior que outras terapêuticas frequentemente
empregadas. Razoavelmente inerte e segura, tem se tornado a melhor opção
de tratamento para feridas em geral.

6.TIPOLOGIA

Tipologia é a ciência que estuda os tipos, diferença intuitiva e conceptual


de formas de modelo ou básicas. A tipologia é muito usada na área de estudos
sistemáticos, para definir diferentes categorias.

Este é um termo que pode abranger várias áreas, porque várias ciências
e áreas de conhecimento necessitam de um método de categorização.
Tipologia pode estar relacionada com tipografia, teologia, arquitetura,
arqueologia, psicologia, entre várias outras.

A tipologia é também um ramo da psicologia, parecida com a psicologia


diferencial, que estuda a relação entre constituição física e temperamento. As
tipologias mais conhecidas são a de Kretschmer (1921), que estuda as

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 159


160

correlações entre tipos somáticos e doenças mentais, e a de Sheldon (1927),


que distingue três tipos corporais.

7.DOR

A dor é um sentimento angustiante, muitas vezes causado por estímulos


intensos ou prejudiciais, como colidir um dedo do pé, queimar um dedo, colocar
álcool em um corte ou bater o "osso engraçado". Porque é um fenômeno
complexo e subjetivo, definir a dor tem sido um desafio.

A definição da Associação Internacional para o Estudo da Dor é


amplamente utilizada: "A dor é uma experiência sensorial e emocional
desagradável, associada ao dano tecidual real ou potencial, ou descrita em
termos de tais danos". No diagnóstico médico, a dor é considerada como um
sintoma de uma condição subjacente.

A dor motiva o indivíduo a se retirar de situações prejudiciais, a proteger


uma parte do corpo danificada enquanto cura e a evitar experiências
semelhantes no futuro. A maioria dos casos de dor se resolve uma vez que o
estímulo nocivo é removido e o corpo curado, mas pode persistir apesar da
remoção do estímulo e cicatrização aparente do corpo. Às vezes, a dor surge
na ausência de qualquer estímulo, dano ou doença detectável.

A dor é a razão mais comum para consultas médicas na maioria dos


países desenvolvidos. É um sintoma importante em muitas condições médicas
e pode interferir na qualidade de vida de uma pessoa e no funcionamento
geral.Os medicamentos para dor simples são úteis em 20% a 70% dos casos.
Fatores psicológicos como suporte social, sugestão hipnótica, excitação ou
distração podem afetar significativamente a intensidade ou desagradabilidade

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 160


161

da dor. Em alguns argumentos apresentados em debates de suicídio ou de


eutanásia assistidos por médicos, a dor tem sido usada como um argumento
para permitir que as pessoas que estão doentes terminais acabem com suas
vidas.

Um julgamento sobre o valor da dor é dado pelo filósofo alemão


Friedrich Nietzsche, que escreveu: "Somente a grande dor é o libertador final
do espírito... Eu duvido que tal dor nos torne melhores, mas eu sei que isso nos
faz mais profundos". Nietzsche e os filósofos influenciados por ele, assim, se
opõem à avaliação inteiramente negativa da dor, ao invés disso,

que "O que não me destrói, me fortalece ".

Classificação da dor

Em 1994, respondendo à necessidade de um sistema mais útil para


descrever a dor crônica, a Associação Internacional para o Estudo da Dor
(IASP) classificou a dor de acordo com características específicas:

Região do corpo envolvido (por exemplo, abdômen, membros inferiores)

Sistema cuja disfunção pode estar causando a dor (por exemplo,


nervoso, gastrointestinal)

Duração e padrão de ocorrência

Intensidade e tempo desde o início.

Causa da dor

No entanto, este sistema foi criticado por Clifford J. Woolf e outros, como
inadequados para orientar pesquisa e tratamento. Woolf sugere três tipos de
dor:

1. Dor nociceptiva.

2. Dor inflamatória que está associada ao dano tecidual e à infiltração de


células imunes.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 161


162

3. Dor patológica que é um estado de doença causada por danos ao sistema


nervoso ou por sua função anormal (por exemplo, fibromialgia, neuropatia
periférica, dor de cabeça tipo tensão, etc.).

Avaliação da Dor

A dor deve ser quantificada para um melhor tratamento, para tal existem
vários instrumentos de avaliação, sendo que os mais usuais são:

 Escala Visual Analógica (EVA) varia de 1 a 10


 Escala Numérica
 Escala Qualitativa
 Escala de Faces

Estes instrumentos de avaliação são unidimensionais, permitindo quantificar


apenas a intensidade da dor. Os mecanismos ideais de avaliação são
multidimensionais, levando em conta a intensidade, localização e o sofrimento
ocasionado pela experiência dolorosa. Um exemplo de método
multidimensional para avaliação da dor é o questionário McGill, proposto por
Melzack. Hoje em dia e cada vez mais nos locais onde se prestam cuidados de
saúde se pretende quantificar a dor de modo a sua eliminação tornando assim
maior a qualidade de vida dos utentes.

CONTROLO DA DOR

Visão: promover o acesso equitativo de toda a população a cuidados de


saúde no âmbito do tratamento da dor segundo as boas práticas e contribuir
para a melhoria da qualidade de vida dos doentes com dor.

Missão: dar substância e coerência à promoção de estratégias prioritárias


que visam o reforço da capacidade organizativa e a implementação de modelos
de boas práticas na abordagem da dor e extensível a todos os níveis de
prestação de cuidados de saúde.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 162


163

O ENSINO DA DOR

A responsabilidade do enfermeiro frente ao gerenciamento da dor do paciente


é um processo de avaliação e de tratamento adequado e efetivo.

TRATAMENTO DA DOR

Em alguns casos, o tratamento da doença de base elimina ou minimiza a


dor. Por exemplo, a imobilização de uma fratura ou o tratamento antibiótico
para uma articulação infectada reduzem a dor. No entanto, mesmo quando a
doença subjacente é tratada, podem ser necessários medicamentos
(analgésicos) para a rápida supressão da dor.

O médico escolhe o analgésico em função do tipo e da duração da dor,


ponderando os possíveis riscos e benefícios. A maioria dos analgésicos é
eficaz para a dor nociceptiva (causada por lesões comuns dos tecidos), mas
menos eficaz para a dor neuropática (devido a lesão ou disfunção dos nervos,
medula espinhal ou cérebro), que muitas vezes exige medicamentos diferentes.
Para alguns tipos de dor, em especial a dor crônica, são também importantes
os tratamentos não farmacológicos.

8.ESTAGIOS DA DOENÇA

ESTÁGIO 1: ENERVAÇÃO ou INTOXICAÇÃO

Enervação é a redução da energia nervosa, pela qual as funções


normais de manutenção e eliminação do corpo são debilitadas, sobretudo
a eliminação de toxinas endógenas e exógenas, ou seja, criadas de dentro
(por meio de processos metabólicos normais) e de fora (que nos dias de hoje
incluem as 65.000 toxinas em nosso meio ambiente criadas pelo homem e as
excitotoxinas, aditivos alimentares e toxinas geradas pelo ato de cozinhar e
processar alimentos). A pessoa nesse estágio é geralmente inativa, vive num

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 163


164

ambiente tóxico e consome toxinas que não são eliminadas pelo organismo no
tempo adequado.

ESTÁGIO 2: TOXEMIA ou INTOXICAÇÃO GENERALIZADA

A estagnação do primeiro estágio leva a um acúmulo de toxinas no


corpo, substâncias que começam a saturar o sangue, a linfa e as células. O
estágio 2 se caracteriza pela letargia, e, no caso do diabetes, já temos células
que estão desenvolvendo pré-condições para serem insensíveis à sinalização
da insulina por estarem intoxicadas. No capitulo"Toxemia" do livro
Thehistoryofnaturalhygiene [A história da higiene natural], de Herbert Shelton,
John Tilden diz:

A teoria da arte da cura de toxinas baseia-se no princípio segundo o qual


a toxemia é a origem básica de todas as doenças. Tão certo é esse princípio
que não hesito em dizer que é, de longe, a teoria mais sólida de toda a história
da medicina. É um sistema científico que abrange todo o campo de causa e
efeito - um sistema que se integra a todo o conhecimento, sendo, portanto,
uma verdadeira filosofia .Quando esse princípio começou a se impor sobre
mim, anos atrás, eu não estava muito seguro, mas havia algo de errado em
meu raciocínio. Percebi que ele me levaria ao caminho (totalmente contrário ao
de todos os tratamentos médicos convencionais. Tentei me deter e discuti
comigo mesmo. [...] Lutei para não dar grande expressão a uma crença que,
muito provavelmente, seria renegada - eu seria julgado e ridicularizado pela
nata das pessoas, tanto leigas quanto profissionais da área.Pouco a pouco fui
comprovando minha teoria. Nos últimos vinte anos, realizei testes diários. Eu
mesmo arquei com a força de meus experimentos e sofri por isso. Todos os
dias, os testes que realizei me convenciam cada vez mais de que a toxemia é a
causa universal da doença.

Como tenho declarado sempre em meus textos, nos últimos doze anos
os hábitos de comer demais, de se vestir demais e excessos de todos os
tipos esgotam a energia nervosa. Quando os nervos não atendem à demanda
do corpo, o funcionamento orgânico é debilitado, resultando em retenção de

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 164


165

produtos residuais. Isso gera toxemia (2).Entre as fontes comuns de toxemia


estão diversas toxinas exógenas e endógenas, que hoje podem ser
reconhecidas como précondições para o diabetes.

Algumas toxinas endógenas:

o Resíduos metabólicos, subprodutos tóxicos no âmbito celular;


o Resquícios desperdiçados da atividade celular;
o Células mortas;
o Sofrimento e excessos emocionais e mentais e;
o Excessos, fadiga e sofrimento físico.
o Algumas toxinas exógenas:
o Alimentação artificial;
o Alimentos naturais prejudicados por cozimento, refinação e adição
de conservantes;
o Combinações inadequadas de alimentos, resultando em toxinas
endógenas;
o Uso de medicamentos, ervas processadas e suplementos;
o Uso de álcool, tabaco e todas as formas de drogas;
o Poluentes ambientais, comerciais e industriais e ar e água impuros.
ESTÁGIO 3: IRRITAÇÃO ou pré-INFLAMAÇÃO

O corpo fica irritado pelo acúmulo de toxinas no sangue, na linfa e nos


tecidos, e o espaço intersticial entre as células começa a parecer um depósito
de lixo tóxico. As células e os tecidos onde ocorre o acúmulo são irritados pela
natureza tóxica desses resíduos, resultando em inflamação. Os produtos
residuais interferem na oxigenação e alimentação das células e criam acúmulo
de água nos tecidos. Os sinais de dor vindos dos tecidos tem pelo menos três
causas: falta de oxigênio, falta de nutrição (celular) e pressão. As células,
submetidas à ausência de oxigénio e alimento e à pressão elevada da água
retida, passa a emitir sinais de dor. As células então são irritadas. A reação
normal é ignorar a dor e o desconforto ou tomar um remédio para a "dor",
aumentando ainda mais a carga tóxica no organismo da pessoa, que pode se
sentir prostrada, enjoada, irritadiça, com coceira, irracional e hostil. Isso tudo
leva ao estágio seguinte de enfermidade e degeneração do corpo: inflamação.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 165


166

ESTÁGIO 4: INFLAMAÇÃO

O corpo enervado agora sofre as consequências da toxemia. As células


ficaram irritadas, e, após as alterações celulares e a degeneração do corpo,
ocorre a inflamação propriamente dita. O processo inflamatório produz as
famosas "ites". Na pele, dermatite. Na garganta, amidalite e, depois, faringite,
esofagite. No estômago, temos a gastrite. No intestino delgado, ileíte. No cólon,
colite. No coração, pode haver cordite. No fígado, hepatite. Ou seja, você pode
ter uma inflamação (uma "ite") em qualquer parte do corpo. Ou várias partes do
corpo...

A comunidade médica nomeou muitos dos 20.000 tipos de doenças. A


medicina alopática costuma nomeá-las pelo lugar onde as toxinas se
acumularam e deram início aos sintomas. Havendo uma denominação para o
conjunto de sintomas, neste estágio os médicos geralmente prescrevem
medicamentos, que não eliminam as causas reais da doença, que agora
sabemos quais são. Com o diabetes e suas complicações, este estágio pode
ser visto no coração, rins, pâncreas, fígado e sistema nervoso. Permitido o
avanço da toxemia, o corpo vai perdendo energia e vitalidade. Alterações
celulares posteriores acabam ocorrendo. Se isso passar despercebido, a
próxima etapa é a ulceração.

ESTÁGIO 5: ULCERAÇÃO ou Inflamação crônica

A úlcera pode ser vista como consequência da degeneração do corpo.


Qualquer tecido pode sofrer ulceração, mas as de pele são as mais
conhecidas. Os tecidos são destruídos. O corpo cria úlceras, formando uma
saída para o acúmulo tóxico, e a pessoa sofre a multiplicação e piora dos
sintomas, acompanhadas da intensificação da dor.Neste estágio, a medicina
moderna em geral continua a prescrever mais medicamentos e muitas vezes
recorre à cirurgia e outras formas de tratamento. Não se esqueça de que as
complicações nos pés decorrentes do diabetes são a causa mais comum de
amputações das extremidades inferiores, não provocadas por trauma, no
mundo industrializado. A neuropatia, um grande componente enológico da
maioria das ulcerações diabéticas, ocorre em mais de 82% dos pacientes
diabéticos com feridas. A incidência de gangrena entre diabéticos é vinte vezes

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 166


167

maior que nos não diabéticos, e o risco de amputação dos membros inferiores
é de 15 a 46 vezes maior do que nos que não têm a doença.

ESTÁGIO 6: ENRIJECIMENTO

Enrijecimento significa endurecimento ou formação de cicatrizes nos


tecidos. O enrijecimento resulta de inflamação crônica de longa data com
acessos de inflamação aguda. A inflamação crônica debilita ou torna
a circulação mais lenta, e, como algumas células não resistem, são
substituídas por cicatrizes. É assim que perdemos células saudáveis - pela
inflamação crônica e morte das células.Existe também pouco oxigênio nas
células vindas dos vasos sanguíneos enrijecidos, uma vêz, que são
glicosiladas. A aterosclerose é uma forma de enrijecimento. Com pouca ou
nenhuma circulação, acúmulo de toxinas e pouco oxigênio, criamos as
condições para o sétimo estágio da doença: proliferação de fungos ou câncer.

ESTÁGIO 7: PROLIFERAÇÃO DE FUNGOS

Quando as condições internas se deterioram a ponto de inviabilizar os


processos aeróbicos oxidativos normais, as células podem voltar a uma forma
mais rudimentar de sobrevivência. Alterações bioquímicas e morfológicas pelo
depósito de toxinas endógenas e exógenas levam à degeneração e à morte
celular. As células podem se manter por processos anaeróbicos, os mesmos
usados por muitas bactérias. Quando as células mudam de forma e função
dessa maneira, o oncologista lhe dá a má notícia: câncer.

9.FACTORES DE RISCOS OPERATÓRIO

Os riscos físicos surgem em resultado da estrutura física do BO, dos


equipamentos disponíveis, e respectivas condições, e também do
manuseamento incorrecto por parte dos seus utilizadores.
Deste grupo podemos destacar, como mais importantes: as radiações
ionizantes e as não ionizantes, as condições de iluminação, as condições
térmicas, os factores de risco de incêndio ou explosão, os factores de risco

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 167


168

eléctricos e a poluição sonora/ruído (Sêcco, Robazzi, Gutierrez&Matsuo, 2003;


Campos & Pinheiro, 1997).
Assim como as quedas que resultam de vários factores entre os quais a
dispersão pelo chão de extensões e outros materiais, a utilização de calçado
não adequado (anti-derrapante), o derrame de líquidos orgânicos e outros, e a
má secagem do solo exigindo uma redobrada atenção por parte do profissional.
É fundamental, e obrigatória, nas áreas restritas do BO, as unidades de
tratamento e de ar condicionamento que fazem, simultaneamente, o controlo
da pureza, da humidade e da temperatura do fluxo de ar, num ambiente
delimitado, para prevenir a contaminação do ambiente. (AESOP, 1999).

Os riscos mecânicos (designados, também, como riscos ergonómicos)


são gerados, principalmente, pela postura irregular dos profissionais de saúde
num vasto número de situações. Estas estão relacionadas com a
movimentação/mobilização de utentes, desempenho de actividades em
posições forçadas (nomeadamente muito tempo em pé, múltiplas rotações e
flexões do tronco) e transporte de materiais e equipamentos pesados. Outros
tipos de risco são ainda frequentes no BO devido à complexidade do trabalho.
Refiram-se factores como o stress, o horário por turnos e a desregulação do
horário das refeições.

A nível do serviço de bloco operatório, os custos mais importantes,


quanto a riscos advêm da substituição de outro elemento no serviço, da
substituição ou reparação de material ou equipamento, da necessidade
frequente de formação/auto-formação sobre riscos e equipamentos de
protecção individual. Não obstante, um custo sempre elevado a ter em conta é
o do pagamento de baixas e da probabilidade de pagamentos de
indemnizações. Uma das estratégias para evitar as situações descritas que a
gestão deve utilizar é a avaliação de riscos no sentido de prevenção para a
saúde e segurança dos trabalhadores.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 168


169

CAPITULO V

DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER

1. PRE-NATAL

A atenção pré-natal deve ser iniciada idealmente pelo profissional


médico ou de enfermagem. A consulta é um contato que exige a prática de
acolhimento para a gestante e seu acompanhante. Assim, deve haver
disponibilidade para que sejam acolhidas e esclarecidas queixas, dúvidas e
ansiedades, estimulando o ―desejo de voltar‖ ou a adesão ao programa.

A consulta completa é imprescindível, representando uma oportunidade


inadiável declassificar riscos e adotar condutas efetivas. Deve ser composta de
anamnese abrangente, com valorização do interrogatório complementar,
seguida de exame físico geral e dos diversos aparelhos, incluindo exame
ginecológico e mamário.Os retornos pré-natais devem ser adaptados às
necessidades de cada caso.

O calendário deve seguir o roteiro apresentado a seguir, com a


realização de pelo menos seis consultas, distribuídas ao longo da gravidez, a
primeira delas sendo iniciada o mais precocemente possível (até a 12ª
semana), segundo as diretrizes preconizadas pelo Ministério da Saúde.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 169


170

1.2. Fatores de risco reprodutivo

A identificação de riscos para a gestante e/ou o feto deve ser feita na


primeira consulta, mas tem de ser revista a cada retorno. Trata-se de uma
estratégia relevante para estabelecer o plano de ação terapêutica, por
exemplo, indicando a regularidade dos retornos e seu nível de complexidade.

Deve haver motivação e experiência clínica do profissional para efetuar


interrogatório e avaliação clínica detalhados, esta última por vezes apoiadaem
exames complementares a fim de se identificar potenciais riscos, sem
necessidade dese ater a um modelo fixo.Entretanto, não se deve considerar
identificação de fator de risco como indicador de transferência de cuidados.

O fator de risco é um marcador de alerta que muitas vezes não se


manifesta com as complicações possíveis. A atenção diligente por profissionais
competentes pode ser suficiente para prover o cuidado necessário. Pode-se
buscar a segunda opinião de equipes especializadas, treinadas na atenção a
gestações de alto risco. Não se deve obrigar a gestante a se deslocar
desnecessariamente, se não houver um claro benefício com a transferência.
Caso o encaminhamento ocorra, a gestante deve ter seu cuidado pré-natal
monitorado pela unidade de origem através de visitas domiciliares. Com isso
evita- se a duplicidade de atendimento e garante-se a responsabilidade sobre o
cuidado com a gestante.Para que esse procedimento seja efetivo é necessário
reavaliar os riscos potenciais e já estabelecidos a cada consulta, valorizando o
caráter dinâmico do ciclo gravídico-puerperal. Há necessidade de adequação
das condições potenciais de risco à situação epidemiológica local,
estabelecendo-se um fluxo de cuidado regional que dependerá da distribuição
e localização dos serviços de referência.Algumas situações que podem
representar risco e, portanto, necessidade de consultacom especialista e
encaminhamento ao pré-natal de alto risco estão descritas a seguir.

1.3. Características pessoais e sociodemográficas

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 170


171

o Altura menor que 1,45 m.


o Baixa escolaridade (menos de 5 anos de estudo regular).
o Condições ambientais desfavoráveis, como vulnerabilidade social.
o Dependência de drogas lícitas ou ilícitas.
o Transtorno mental.
o Idade menor que 15 e maior que 35 anos.
o Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa,
rotatividade de horário,exposição a agentes físicos, químicos e
biológicos, níveis altos de estresse.
o Peso menor que 45 kg ou maior que 75 kg.
o Situação afetiva conflituosa.
o Suporte familiar ou social inadequado.
o Não aceitação da gravidez, principalmente em se tratando de
adolescente.
o Violência doméstica.

Antecedentes obstétricos

o Abortamento habitual.
o Cirurgia uterina anterior.
o Esterilidade/infertilidade.
o Intervalo interpartal menor que 2 anos ou maior que 5 anos.
o Macrossomia fetal.
o Morte perinatal explicada ou inexplicada.
o Nuliparidade e multiparidade.
o Pré-eclâmpsia/eclâmpsia.
o Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou
malformado.
o Síndromes hemorrágicas.

Morbidades

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 171


172

o Aneurismas.
o Aterosclerose.
o Alterações osteoarticulares de interesse obstétrico.
o Câncer.
o Cardiopatias.
o Doenças autoimunes (lúpus eritematososistêmico, outras
colagenoses).
o Doenças inflamatórias intestinais crônicas.
o Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus).
o Epilepsia.
o Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais
e outras).
o Hemopatias.
o Hipertensão arterial – classificar em leve, moderada ou grave
e/ou fazendo uso deanti-hipertensivo.
o Infecção urinária.
o Nefropatias.
o Pneumopatias.
o Portadoras de doenças infecciosas (hepatites, toxoplasmose,
infecção pelo HIV, sífilise outras DST).
o Trauma.
o Tromboembolismo.

Doença obstétrica na gravidez atual:

o Aloimunização.
o Amniorrexe prematura.
o Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume
de líquido amniótico.
o Ganho ponderal inadequado.
o Hidropsia fetal.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 172


173

o Malformações fetais.
o Óbito fetal.
o Síndromes hemorrágicas.anual Técnico do Pré-natal e
o Síndromes hipertensivas.
o Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada.

Após avaliação na unidade de referência, a gestante pode ser


reencaminhada para aunidade de atenção básica original. Nesse caso, esse
serviço deverá conduzir o pré-natal com base nas informações especializadas
descritas, ou a grávida continuará seus cuidados de pré-natal no setor de maior
complexidade. É necessário anotar os dados no prontuário da mulher e nos
instrumentos utilizados na atenção ao pré-natal e ao puerpério descritos (ficha
de acompanhamento pré-natal, mapa de atendimento diário e cartão da
gestante). Também se deve realizar a avaliação dos fatores de risco nos
retornos, atualizando essas informações no cartão da gestante, que serve de
elo entre as informações da unidade e a assistência pré-natal. Situações de
alerta devem ser destacadas

1.4. PLANO DA PRIMEIRA CONSULTA

A primeira consulta de pré-natal deve ser realizada por profissional


médico, para a classificação de risco do caso ou da paciente.
o História clínica
o Identificação
o nome
o número do cartão SUS
o idade
o cor (por autodeclaração)
o naturalidade
o procedência
o endereçoatual
o unidade de referência, com endereço e telefone

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 173


174

o nome do acompanhante para o parto.

1.4.1. Exames complementares de rotina

Os exames complementares, de maneira geral, dão apoio ao raciocínio


clínico, e os motivosde sua solicitação devem ser explicados à gestante.
Particularmente, é necessáriorealizar aconselhamento pré e pós-teste,
informando benefícios e riscos, e avaliando o conhecimentoe as expectativas
da mulher com os resultados, quando se tratar de exames detriagem, como
sorologias para HIV, sífilis, hepatites e outras DST.

A confidencialidade dos resultados deve ser garantida. As condutas


sugeridas devem serinformadas à gestante e seu parceiro. No caso do HIV,
sífilis e outras DST, deve-se orientarsobre a necessidade de diagnóstico e
tratamento do seu parceiro sexual. Recomenda-seo oferecimento de pelo
menos uma consulta, durante a assistência do pré-natal, para todosos
parceiros sexuais de todas as gestantes, independente do seu estado
sorológico, oque facilitaria o envolvimento paternal no adequado acolhimento
da criança (Nota técnica:

O profissional que avalia os exames deve estar preparado tecnicamente


para orientar sobre limitações nos resultados, possibilitando intervenções
eficientes no momento da consulta. Deve também estar habilitado para solicitar
pesquisa adicional para conclusãodiagnóstica, evitando pânico desnecessário
e/ou condutas tardias.Os exames de rotina para triagem de situações clínicas
de maior risco no pré-natal devem ser solicitados no acolhimento da mulher no
serviço de saúde, imediatamente após o diagnóstico de gravidez. Os
resultados devem ser avaliados na primeira consulta clínica.Muitos desses
exames serão repetidos no início do 3º trimestre.

1.5. PARTO

Cuidados durante o trabalho de parto :

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 174


175

o Criar condições, encorajar e permitir a presença de acompanhante


durante trabalho de parto e o parto, de acordo com o desejo da gestante
e sempre que for possivel. O trabalho de parto e o parto são períodos de
preocupação e stress para a mulher e a presença de acompanhante, da
sua confiança, contribui para o seu bem estar e para redução de
angústias e complicações.
o Assim, é tarefa do trabalhador de saúde: Explicar que é possível e
permitir a presença dum acompanhante do sexo feminino, ou do sexo
masculino no caso de a US poder assegurar condições de privacidade.
o Proporcionar acomodação e leito adequados e satisfatórios em limpeza,
ventilação e iluminação. No caso de superlotação das camas da
maternidade, explicar gentilmente o facto às parturientes e criar
condições mínimas de conforto até que a situação se normalize.
o Garantir a privacidade com a disponibilização de quartos/áreas
individuais para cada gestantes ou com a colocação e permanência
fisica de biombos/divisórias entre as camas nas salas de dilatação.
o Ter um horário flexível para entrega da alimentação.
o Garantir casas de banho limpas, com água (se possível com a opção de
quente) e sabão para o banho da mulher e vestiário adequado.
o Oferta de batas para as parturientes e puérperas, podendo elas usarem
as suas roupas pessoais caso desejarem.
o Assegurar suporte contínuo, boa comunicação interpessoal e
atendimento cordial à mulher durante o trabalho de parto e o
nascimento. Ė importante conversar com gentileza e com frequência
com a mulher, transmitir confiança, segurança e profissionalismo.
o Preparar e implementar um plano de parto para providenciar os
melhores cuidados durante o trabalho de parto e o nascimento, de
acordo com os achados da história clínica, o exame e as preferências da
mulher. Neste âmbito, o trabalhador de saúde deverá: Perguntar à
mulher: Quando foi a última vez que ela comeu e bebeu algo; qual foi o
último medicamento que tomou antes de ir à maternidade e a que horas;
que posição gostaria de adoptar durante o parto (deitada de costas, de
cócoras, ajoelhada, etc) e se tem dúvidas ou preocupações sobre o

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 175


176

trabalho de parto e o parto. Orientar a mulher sobre a importância


de: Ir à casa-de-banho com frequência para esvaziar a bexiga; beber
líquidos e comer comida leve sempre que desejar, quando não houver
prévia indicação de cesariana; caminhar, e tomar banho quando desejar.

Realizar a avaliação rápida após o nascimento e providenciar os cuidados


humanizados ao recém-nascido

o Receber, secar bem o recém-nascido de forma a evitar a hipotermia e


certificarse de que ele está a respirar normalmente.
o Fazer a laqueação do cordão umbilical
o Mostrar o sexo do recém-nascido à mãe e informar sobre as condições
de saúde do seu bebé.
o Se o RN está a respirar normalmente, colocá-lo após a laqueação do
cordão umbilical em contacto físico directo pele-a-pele no peito ou
abdómen da mãe e aconselhar a amamentação imediata se esta tiver
sido a opção de aleitamento da mãe (numa circunstância de mãe
seropositiva).
o Ensinar as boas práticas da amamentação: posição, pega da mama,
amamentaçãofequente a pedido do recém nascido e exclusiva até os 6
meses, e apoiar a mãe nas primeiras mamada.
o Controlar cuidadosamente a mulher e o recém-nascido, por pelo menos
duas horas depois do parto para assegurar o bem estar da mãe e filho e
para providenciar cuidado imediato em caso de alguma anormalidade.
Avaliar a mulher e o recém-nascido durante a primeira hora de 15 em 15
minutos e na segunda hora a cada 30 minutos para observar:
o Proporcionar quarto ou local apropriado para internamento da mulher em
casos de perda fetal, sempre que as condições físicas da maternidade o
permitir.
o Permitir a visita de familiares e amigos: pelo menos 1 pessoa próxima
consentida pela puérpera, fora das horas normais de visita.
o Dar orientações na alta: Encaminhar para a consulta pós-natal
(dentro da primeira semana após o parto). Explicar os objectivos e
vantagens desta consulta e do planeamento familiar pós-parto para
espaçamento das gravidezes para assegurar o bem estar da mãe do

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 176


177

recém-nascido. Orientar sobre a necessidade de retorno imediato à


US caso ocorra algum dos seguintes sinais ou sintomas de alarme no
puerpério com a mãe ou com o recém-nascido: - Na mãe: sangramento
vaginal, lóquios com mau cheiro, febre dificuldades respiratórias, dores
de cabeça fortes, distúrbios/visuais, dores abdominais fortes e
convulsões ou perda de consciência; - No recém-nascido: alteração da
respiração; dificuldade ou paragem da sucção (bébé deixa de mamar);
choro anormal ou persistente; letargia/fraqueza.

1.6 . PADRONIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS E CONDUTAS

Os procedimentos e condutas padronizados que se seguem devem ser


realizados sistematicamente e avaliados em toda consulta pré-natal. As
condutas e os achados diagnósticos sempre devem ser anotados na ficha
perinatal e no cartão da gestante.

Métodos para Cálculo da Idade Gestacional (IG)

a) Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida:

• uso do calendário - contar o número de semanas a partir do 1º dia da última


menstruação ate a data da consulta. A data provável do parto (DPP)
corresponde ao final da 40º semana, contada a partir da data do 1º dia da
última menstruação;

• uso de disco ou gestograma - instrução no verso.

b) Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se


conhece o período do mês em que ela ocorreu:
• se o período foi no início, meio ou final do mês, considerar como data da
última menstruação os dias 5, 15 e 25, respectivamente;

proceder, então, à utilização de um dos métodos acima descritos.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 177


178

c) Quando a data e o período da última menstruação são


desconhecidos:

1. Proceder ao exame físico:


− Medir a altura uterina e posicionar o valor encontrado na curva de
crescimento uterino. Verificar a IG correspondente a esse ponto.

Considerar IG muito duvidosa e assinalar com interrogação na ficha


perinatal e no cartão da gestante. A medida da altura uterina não é a
melhor forma de calcular a idade gestacional;
− Quando a data e o período do mês não forem conhecidos, a IG e a
DPP serão inicialmente determinadas por aproximação, basicamente,
pela medida da altura do fundo do útero e do toque vaginal, além da
informação sobre a data de início dos movimentos fetais.

Pode-se utilizar a altura uterina mais o toque vaginal, considerando os


seguintes parâmetros:

 � até a 6ª semana não ocorre alteração do tamanho uterino;


 � na 8ª semana o útero corresponde ao dobro do tamanho normal;
 � na 10ª semana o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual;
 � na 12ª semana enche a pelve de modo que e palpável na sínfise
 púbica;
 � na 16ª semana o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a
cicatriz umbilical;
 � na 20ª semana o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz
umbilical;
 � a partir da 20ª semana existe uma relação aproximada entre as
semanas da gestação e a medida da altura uterina. Porém, esse
 parâmetro torna-se menos fie!, à medida que se aproxima o termo.

Método para Cálculo da Data Provável do Parto (DPP)

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 178


179

Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração a


duração média da gestação normal (280 dias ou 40 semanas a partir da DUM),
mediante a utilização de um calendário ou gestograma.

Uma outra forma de cálculo é somar sete dias ao primeiro dia da última
menstruação e adicionar nove meses ao mês em que ocorreu a última
menstruação.
Exemplos:
Data da última menstruação: 13/9/95
Data provável do parto: 20/6/96
Data da última menstruação: 27/6/95
Data provável do parto: 4/4/96

2. ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM A MULHER MASTECTOMIZADA E


HISTERECTOMIZADA

A histerectomia: é a remoção cirúrgica do útero, que também pode


incluir a retirada das trompas adjacentes e do ovário.

Pode ser utilizada no tratamento de problemas como mioma uterino, dor


pélvica, sangramento uterino anormal, endometriose e prolapso uterino, que é
quando o útero se move para baixo da vagina, por conta da fragilidade dos
músculos do assoalho pélvico, também pode ser usado como medida
preventiva ou como recurso para amenizar os avanços no câncer do colo
uterino.

Tipos de Histerectomia

 Histerectomia parcial: remoção da parte superior do útero e do colo do


útero;
 Histerectomia completa: remoção do útero, incluindo o colo do útero;
 Histerectomia radical: remoção do útero e dos ligamentos do órgão, do
colo do útero e de tecido da vagina em torno do colo do útero.

Complicações

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 179


180

A histerectomia é um procedimento cirúrgico e, como tal, apresenta


complicações como hemorragia e infecção, além de riscos relacionados a
medicamentos usados na anestesia. Outras possíveis complicações são lesões
no intestino, bexiga, ureter e infecção urinária. Febre, sangramento vaginal,
dificuldade em urinar, dor, vermelhidão, e inchaço na área de cirurgia podem
ser sinais de complicações. Em qualquer um desses casos, o médico deverá
ser consultado.

Histerectomia vaginal: quando o útero é removido através da vagina e


pode ser realizada quando o órgão não apresenta variação de tamanho. O
procedimento provoca menos desconforto e possibilita uma recuperação mais
rápida.

Histerectomia laparoscópica: este procedimento pode ser realizado


com a histerectomia vaginal e consiste na remoção do útero através da
inserção de instrumentos inseridos através de pequenos cortes no abdômen,
enquanto médico realiza o procedimento com a ajuda de uma câmera acoplada
a um telescópio.

Histerectomia abdominal: a remoção do útero é feita através de uma


incisão no abdômen. Este método é escolhido para a retirada de grandes
tumores e pode causar mais desconforto, além de exige mais tempo e
cuidados na recuperação da paciente.

Como é feita?

Antes:

 O profissional de enfermagem deve dar apoio psicológico ao paciente e


encaminha-lo para exames laboratoriais,
 Deve se verificar os sinais vitais se houver alguma alteração,avisar a
equipe medica,
 Vestir a roupa cirúrgica no paciente,
 Realizar a anti-sepsia do local e tricotomia,
 Verificar se o paciente esta em jejum.

Cuidados da Enfermagem Histerectomia

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 180


181

Depois:

 Verificar sinais vitais,


 Controlar a hidratação venosa,
 Fazer a higiene adequada ,
 Realizar mudança de decúbito,
 Fazer a troca de curativo de 12 em 12hs,
 Ficar atento aos sinais e sintomas
 como:febre,dor,náuseas,vômitos,soluços,
 sede excessiva,hemorragias,choques e alterações na urina.

2.1. MASTECTOMIA

A mastectomia: é a remoção da mama através de uma cirurgia indicada


para mulheres diagnosticadas com câncer de mama, mas a mastectomia
também pode ser preventiva, isto é, ser realizada para diminuir o risco da
mulher desenvolver o câncer de mama.

2.1.1. Tipos de Mastectomia

Mastectomia simples: Na mastectomia simples são retiradas somente


as glândulas mamárias e a aponeurose no músculo peitoral maior. Ela é mais
indicada em caso de carcinoma in situ (bem localizado) descoberto
precocemente.

Mastectomia preventiva: A mastectomia preventiva consiste na


retirada da mama como forma de prevenção do câncer de mama. Ela é
indicada quando a mulher já teve um câncer de mama numa das mamas, como
forma de prevenção da outra mama, ou para mulheres que apresentam
elevado risco de desenvolver o câncer de mama.

Mastectomia radical: Na mastectomia radical retira-se toda a glândula


mamária, o músculo peitoral e os linfonodos da região da axila. Na
mastectomia radical modificada são retiradas as glândulas mamárias e os
linfonodos axilares e o músculo peitoral maior é mantido, neste caso ela é
chamada de mastectomia radical modificada Patey e quando os músculos

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 181


182

peitoral maior e menor são preservados, ela deve ser chamada de mastectomia
radical modificada de Madden.

Quando realizar?

 A mulher apresenta elevado risco de desenvolver câncer de mama


(mastectomia preventiva);
 Como forma de prevenção para o câncer de mama na outra mama
quando a mulher já teve câncer numa das mamas;
 A mulher apresentar carcinoma in situ descoberto precocemente para
evitar a progressão da doença;
 Se a mulher apresentar histórico familiar de câncer de mama;
 Como forma complementar do tratamento radioterápico e quimioterápico
para o câncer de mama.

Antes:

 Verificar que informação a paciente tem sobre diagnóstico, intervenção


cirúrgicas esperada e terapias futuras.Observar a presença de negação
ou ansiedade extrema.-
 Explicar o propósito e a preparação para os testes diagnósticos.
 Proporcionar uma atmosfera de interesse, abertura e disponibilidade,
bem como privacidade para a paciente/ EQ. Sugerir que o EQ esteja
presente sempre que possível/desejado.
 Estimular questionamentos e dar tempo para que expresse medos. Dizer
á paciente que o estresse relacionado ao câncer de mama pode persistir
por muitos meses e buscar ajuda/ suporte.
 Avaliar o grau de suporte disponível para a paciente. Prestar informação
sobre os recursos da comunidade, estimular/proporcionar a visita de
uma mulher que tenha se recuperado de mastectomia.

Depois:

 Avaliar curativo-feridas para característica da drenagem. Monitorar


quantidade de edema, vermelhidão e dor na incisão.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 182


183

 Realizar avaliação de rotina do braço envolvido. Elevar a mão/braço com


o ombro posicionado em um ângulo apropriado (não mais que 65 graus
de flexão,45 a 65 graus de abdução,45 a 60 graus de rotação interna) e
repousar o antebraço em uma cunha ou travesseiro, como indicado.
 Monitorar temperatura.
 Colocar em posição de semi fowler,deitada em decúbito dorsal ou sobre
o lado não afetado,evitando que o braço afetado fique oscilante.
 Evitar medidas de pressão arterial (PA), injeção ou inserção de acesso
venoso no braço afetado.
 Inspecionar o sítio doador/enxertado (se houver) para
coloração,formação de bolhas; observar drenagem do sítio doador.

Assistência no período Pré-Parto

Assistência de Enfermagem

 Verificar dados vitais;

 Proceder registro: referente do motivo da internação: perda de líquido,


contrações, dor em baixo ventre, etc.

 Realizar exames de rotina: VDRL, HIV, etc.

 Encaminhar exames.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 183


184

Assistência no Período Pré-Parto – Parto e Puerpério – Hospitalar

 Promover um ambiente com privacidade, tranqüilo e seguro para a


parturiente e seu acompanhante;

 Estimular deambulação;

 Promover técnicas de relaxamento(banho, exercícios, etc);

 Realizar massagens ou orientar acompanhante a realizar;

 Buscar técnicas para alivio da dor;

 Manter diálogos durante os procedimentos.

Assistência no Período Pré-Parto – Parto e Puerpério – Hospitalar

Monitorar:

 Sinais Vitais – (PA, Pulso, Temperatura e FC)


 Perda de líquido via vaginal (urina, líquido amniótico ou
sangramento);
 Intensidade da queixa da dor;
 Administração de medicamento (conforme prescrição médica).

Período Expulsivo

 Acompanhar a gestante para sala de parto;

 Ficar ao lado da gestante – nunca deixá-la sozinha;

 Manter a sala aquecida à 23 a 26ºC

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 184


185

 Orientar a gestante quanto ao período expulsivo;

 Após o nascimento do RN realizar contato pele a pele;

 Incentivar aleitamento materno.

 Parabenizar a paciente;

 Anotar as observações e procedimentos realizados;

 Anotar horário de nascimento;

 Observar perda sanguínea;

 Controlar venóclise e adminstração de medicamento(ocitocina,


methergin, etc.);

 Manter aquecida a puérpera.

3. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO

 Acolher puérpera no Alojamento Conjunto (identificação mãe/bebe);


 Avaliar condições físicas e emocionais;
 Controle de sinais Vitais 6/6hs;
 Observar sangramento(vaginal e cicatriz cirúrgica);
 Monitor eliminações urinária e intestinal;
 Auxiliar no Aleitamento materno;
 Acompanhar higienização.
 Registrar procedimentos, queixas e medicamentos.
 Manter mãe e RN aquecido;
 Orientar mãe sobre cuidados do RN em casa;
 Ensinar á mãe medidas preventivas e os sinais de perigos para retorno
imediato ;
 Orientar o testes: pezinho, olhinho, orelhinha e coraçãozinho.
 Orientar mãe sobre cuidados do RN em casa;
 Ensinar á mãe medidas preventivas e os sinais de perigos para retorno
imediato ;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 185


186

 Orientar o testes: pezinho, olhinho, orelhinha e coraçãozinho.

CAPITULO VI

SAÚDE MENTAL

1.TRANSTORNOS DE CONDUTA

Desvio de conduta ou transtorno de conduta (português brasileiro) ou


perturbação de conduta (português europeu) é caracterizado por padrões
persistentes de conduta socialmente inadequada, agressiva ou desafiante, com
violação de normas sociais ou direitos individuais. Com cerca de 1 a 10% de
prevalência em crianças e adolescentes, é um dos transtornos psiquiátricos
mais frequentes em jovens e um dos maiores motivos de encaminhamento ao
psiquiatra infantil.

1.1.causas transtornos de conduta

 Crianças que sofrem violência acabam refletindo essa violência com


colegas e amigos.
 O ambiente familiar e social tem papel importante no desenvolvimento e
manutenção de transtorno de conduta. O comportamento de oposição e
desobediência está associado a pais e irmãos agressivos e negligentes,
divórcio dos pais, grandes famílias, mães jovens, baixa condição
socioeconômica, apenas um cuidador.
 Em adolescentes com transtorno de conduta pode-se identificar uma
baixa responsabilidade na área orbitofrontal área responsável pelo
processamento de estímulos de recompensa. Pode ser causa e

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 186


187

consequência de um histórico de aprendizagem em que prevaleceram


punições pelos maus comportamentos em vez de reforço pelos bons
comportamentos.
 De forma similar, a amígdala cerebelosa responde menos a estímulos
de intimidação e medo, podendo tanto ser o motivo por não evitar
estímulos aversivos que a maioria evitaria ou/e por ter se acostumado a
viver em um ambiente intimidador e ameaçador.
 É importante estar alerta ao comportamento dos pais, pois transtornos
de conduta podem indicar histórico de abuso sexual e violência,
alcoolismo e abuso de drogas na família.

1.2.Diagnóstico

Essas violações não atendem às expectativas sociais próprias à idade


da criança, indo muito além de travessuras infantis ou de rebeldia do
adolescente e continuam acontecendo regularmente por seis meses ou mais.

1.2.1.O diagnóstico se baseia na presença de:

 Manifestações excessivas de agressividade e de tirania;


 Crueldade em relação a outras pessoas ou a animais;
 Destruição dos bens de outrem;
 Condutas incendiárias;
 Roubos ou furtos;
 Abuso sexual;
 Porte de armas;
 Mentiras repetidas;
 Cabular aulas e fugir de casa;
 Desobediências anormalmente frequentes e graves.

1.2.2.Diagnósticos diferenciais

A presença de manifestações nítidas de um dos grupos de conduta


precedentes é suficiente para o diagnóstico mas atos dissociais isolados não o
são. Devendo-se diferenciar da esquizofrenia e transtornos globais do
desenvolvimento (o autismo e suas variantes) dos transtornos humor (afetivos)
e ainda diferenciado desses processos quando associados a condições ou

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 187


188

traumas emocionais e hiperatividade e transtorno do déficit de atenção com


hiperatividade.

Caso esses comportamentos persistam após os 18 anos, passa a ser


diagnosticado como transtorno de personalidade antissocial
(psicopatia/sociopatia).

1.3.Tratamento

É recomendado que a família dos pacientes seja inclusa e os pais


ensinados a ensinarem seus filhos adequadamente.

Assim como outras terapias com crianças e adolescentes o tratamento


mais eficiente é o que inclui a família e a escola no processo. Também é
recomendado que algumas sessões sejam individuais. Não é recomendado
terapia em grupo com outros adolescentes agressivos, pois eles estimulam o
mau comportamento uns nos outros. O tratamento também deve procurar
resolver conflitos familiares, tais como divórcios destrutivos ou depressão
materna.

Tratamentos isolados não demonstram eficiência, por isso é


recomendado uma abordagem multiprofissional.

Não é recomendado que internações durem mais de 6 meses, penas


alternativas como trabalho voluntário devem ser privilegiadas, e a família,
quando disposta a colaborar e não tenha histórico de criminalidade, deve fazer
parte de todas as fases do tratamento, sendo preparada e treinada para o
retorno do adolescente.

2.TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

Os Transtornos de Aprendizagem: compreendem uma inabilidade


específica, como leitura, escrita ou matemática, em indivíduos que apresentam
resultados significativamente abaixo do esperado para o seu nível de
desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 188


189

Em 1988, o National Joint Comittee on Learning Disabilities apresentou


uma conceituação muito bem aceita e aplicada sobre os problemas de
aprendizagem :

"Dificuldade de aprendizagem é um termo geral que se refere a um


grupo heterogêneo de transtornos manifestados por dificuldades significativas
na aquisição e uso da escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades
matemáticas. Estes transtornos são intrínsecos ao indivíduo, supondo-se que
são devido à disfunção do sistema nervoso central, e podem ocorrer ao longo
do ciclo vital. Podem existir junto com as dificuldades de aprendizagem,
problemas nas condutas de auto-regulação, percepção social e interação
social, mas não constituem por si próprias, uma dificuldade de aprendizado.
Ainda que as dificuldades de aprendizado possam ocorrer concomitantemente
com outras condições incapacitantes como, por exemplo, transtornos
emocionais graves ou com influências extrínsecas (tais como as diferenças
culturais, instrução inapropriada ou insuficiente), não são o resultado dessas
condições ou influências".

Atualmente, a descrição dos Transtornos de Aprendizagem é encontrada


em manuais internacionais de diagnóstico, tanto no CID-10, elaborado pela
Organização Mundial de Saúde (1992), como no DSM-V, organizado pela
Associação Psiquiátrica Americana (2013). Ambos os manuais reconhecem a
falta de exatidão do termo "transtorno", justificando seu emprego para evitar
problemas ainda maiores, inerentes ao uso das expressões "doença" ou
"enfermidade".

2.1.causas

De acordo com o DSM-V, o transtorno específico da aprendizagem é um


transtorno do neurodesenvolvimento com uma origem biológica que é a base
das anormalidades no nível cognitivo as quais são associadas com as
manifestações comportamentais. A origem biológica inclui uma interação de
fatores genéticos, epigenéticos e ambientais que influenciam a capacidade do
cérebro para perceber ou processar informações verbais ou não verbais com
eficiência e exatidão.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 189


190

A real etiologia dos Transtornos de Aprendizagem ainda não foi


esclarecida pelos cientistas, embora existam algumas hipóteses sobre suas
causas. Sabe-se que sua etiologia é multifatorial, 6 porém ainda são
necessárias pesquisas para melhor identificar e elucidar essa questão. 4

O CID-10 esclarece que a etiologia dos Transtornos de Aprendizagem não


é conhecida, mas que há "uma suposição de primazia de fatores biológicos, os
quais interagem com fatores não-biológicos". Ambos os manuais informam que
os transtornos não podem ser consequência de:

 Falta de oportunidade de aprender;


 Descontinuidades educacionais resultantes de mudanças de escola;
 Traumatismos ou doença cerebral adquirida;
 Comprometimento na inteligência global;
 Comprometimentos visuais ou auditivos não corrigidos;

Atualmente, acredita-se na origem dos Transtornos de Aprendizagem a


partir de distúrbios na interligação de informações em várias regiões do
cérebro, os quais podem ter surgido durante o período de gestação.

O desenvolvimento cerebral do feto é um fator importante que contribui para


o processo de aquisição, conexão e atribuição de significado às informações,
ou seja, da aprendizagem. Dessa foram, qualquer fator que possa alterar o
desenvolvimento cerebral do feto facilita o surgimento de um quadro de
Transtorno de Aprendizagem, 4 que possivelmente só será identificado quando
a criança necessitar expressar suas habilidades intelectuais na fase escolar.

Existem fatores sociais que também são determinantes na manutenção dos


problemas de aprendizagem, e entre eles o ambiente escolar e contexto
familiar são os principais componentes desses fatores. Quanto ao ambiente
escolar, é necessário verificar a motivação e a capacitação da equipe de
educadores, a qualidade da relação professor-aluno-família, a proposta
pedagógica, e o grau de exigência da escola, que, muitas vezes, está

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 190


191

preocupada com a competitividade e põe de lado a criatividade de seus alunos.


Em relação ao ambiente familiar, famílias com alto nível sociocultural podem
negar a existência de dificuldades escolares da criança. Há também casos em
que a família apresenta um nível de exigência muito alto, com a visão voltada
para os resultados obtidos, podendo desenvolver na criança um grau de
ansiedade que não permite um processo de aprendizagem adequado.

2.2.Os tipos de Transtornos de Aprendizagem

Tanto o CID-10, como o DSM-V apresentam basicamente três tipos de


transtornos específicos: o Transtorno com prejuízo na leitura, o Transtorno com
prejuízo na matemática, e o Transtorno com prejuízo na expressão escrita. A
caracterização geral destes transtornos não difere muito entre os dois manuais.

2.2.1. Transtorno da Leitura

O Transtorno da Leitura, alternativamente conhecido como dislexia, é


um transtorno caracterizado por problemas no reconhecimento preciso ou
fluente de palavras, problemas de decodificação e dificuldade de ortografia.
Dessa forma, pode-se afirmar que se trata de um transtorno específico das
habilidades de leitura, que sob nenhuma hipótese está relacionado à idade
mental, problemas de acuidade visual ou baixo nível de escolaridade.

O DSM-V classifica como critérios diagnósticos para o Transtorno da


Leitura:

 Leitura de palavras de forma imprecisa ou lenta e com esforço (p.


ex., lê palavras isoladas em voz alta, de forma incorreta ou lenta e
hesitante, frequentemente adivinha palavras, tem dificuldade de
soletrá-las).
 Dificuldade para compreender o sentido do que é lido (p. ex., pode ler
o texto com precisão, mas não compreende a seqüência, as
relações, as inferências ou os sentidos mais profundos do que é lido).

2.2.2. Transtorno da Matemática

O Transtorno da Matemática, também conhecido como discalculia, não é


relacionado à ausência de habilidades matemáticas básicas, como contagem, e

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 191


192

sim, na forma com que a criança associa essas habilidades com o mundo que
a cerca.

A aquisição de conceitos matemáticos e outras atividades que exigem


raciocínio são afetadas neste transtorno, cuja baixa capacidade para manejar
números e conceitos matemáticos não é originada por uma lesão ou outra
causa orgânica. Em geral, o Transtorno da Matemática é encontrado em
combinação com o Transtorno da Leitura ou Transtorno da Expressão Escrita.

O Transtorno da Matemática, segundo o DSM-V, é caracterizado por:

 Dificuldades para dominar o senso numérico, fatos numéricos ou


cálculo (p. ex., entende números, sua magnitude e relações de forma
insatisfatória; conta com os dedos para adicionar números de um
dígito em vez de lembrar o fato aritmético, como fazem os colegas;
perde-se no meio de cálculos aritméticos e pode trocar as
operações).
 Dificuldades no raciocínio (p. ex., tem grave dificuldade em aplicar
conceitos, fatos ou operações matemáticas para solucionar
problemas quantitativos).

2.2.3. Transtorno da Expressão Escrita

Um transtorno apenas de ortografia ou caligrafia, na ausência de outras


dificuldades da expressão escrita, em geral, não se presta a um diagnóstico de
Transtorno da Expressão Escrita. Neste transtorno geralmente existe uma
combinação de dificuldades na capacidade de compor textos escritos,
evidenciada por erros de gramática e pontuação dentro das frases, má
organização dos parágrafos, múltiplos erros ortográficos ou fraca caligrafia, na
ausência de outros prejuízos na expressão escrita.

Em comparação com outros Transtornos de Aprendizagem, sabe-se


relativamente menos acerca do Transtorno da Expressão Escrita e sobre o seu
tratamento, particularmente quando ocorre na ausência de Transtorno de

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 192


193

Leitura. Existem algumas evidências de que déficits de linguagem e percepto-


motores podem acompanhar este transtorno.

O Transtorno da Expressão Escrita, de acordo com os critérios


diagnósticos do DSM-V, são:

 Dificuldades para ortografar (ou escrever ortograficamente) (p. ex., pode


adicionar, omitir ou substituir vogais e consoantes).
 Dificuldades com a expressão escrita (p. ex., comete múltiplos erros de
gramática ou pontuação nas frases; emprega organização inadequada
de parágrafos; expressão escrita das ideias sem clareza).
 O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos
transtornos neuropsiquiátricos mais conhecidos na infância que
ocasiona sérias dificuldades para o processo de aprendizagem. Isto se
deve à baixa concentração de dopamina e/ou noradrenalina em regiões
sinápticas do lobo frontal, leva o indivíduo a uma tríade sintomatológica
de falta de atenção, hiperatividade e impulsividade.

Atualmente, o DSM-V trouxe algumas mudanças em relação ao TDAH;


agora é possível estabelecer o diagnóstico deste transtorno
concomitantemente com o quadro de autismo, o que antes não era possível.
Anteriormente também, era necessário demonstrar que os sintomas
estivessem presentes antes dos 7 anos de idade, atualmente o limite de idade
foi modificado para 12 anos.

O novo DSM-5 traz a opção de TDAH com Remissão Parcial, que deve
ser empregado naqueles casos onde houve diagnóstico pleno de TDAH
anteriormente (isto é, de acordo com todos os critérios), porém com um menor
numero de sintomas atuais. Além disto, ma última novidade do DSM-V é a
possibilidade de se classificar o TDAH em Leve, Moderado e Grave, de acordo
com o grau de comprometimento que os sintomas causam na vida do
indivíduo.

2.3.Tratamento

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 193


194

A maioria das crianças necessita de intervenção psicopedagógica e/ou


fonoaudiológica e continua participando das aulas convencionais oferecidas
pela escola. Porém, existem casos em que o grau do transtorno exige que a
criança passe por programas educativos individuais e intensivos.
Independentemente do caso, é importante que a criança continue a assistir e a
participar das atividades escolares normais. Cabe ao profissional que
acompanha a criança ou adolescente realizar contatos com a escola a fim de
estabelecer uma maior qualidade do processo de aprendizagem, através da
inter-relação dos aspectos exigidos pela escola e do que a criança é capaz de
oferecer para suprir tais necessidades.

Além de um melhor enquadramento da proposta educacional, outras


variáveis que implicam nos Transtornos de Aprendizagem deverão passar por
um processo terapêutico. Assim, é necessário que ao se fazer uma avaliação
de um quadro de Transtorno de Aprendizagem, o profissional esteja atento
para identificar se existem fatores psicológicos que contribuem para a
manutenção do problema. Caso esta variável esteja presente, o psicólogo é o
profissional indicado para tratar dos problemas emocionais vinculados ao tipo
de Transtorno.

O tratamento farmacológico, associado ao atendimento psicopedagógico


deve ser dirigido por um psiquiatra ou neurologista, sendo indicado, por
exemplo, em casos nos quais as capacidades de atenção e concentração da
criança encontram-se debilitadas.

3.TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

Transtornos de personalidade :são padrões relativamente estáveis de


pensar, perceber, reagir e se relacionar que diferem das normas esperadas e
que começam cedo na vida. Esses padrões causam significativa angústia na
pessoa e/ou reduzem a habilidade da pessoa de se relacionar socialmente.
Existem muitos tipos de transtorno de personalidade e cada qual apresenta
problemas característicos de autoimagem e maneiras de reagir aos outros e a
eventos estressantes.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 194


195

Os sintomas são diferentes dependendo do tipo de transtorno de


personalidade, mas, em geral, as pessoas têm dificuldade em se relacionar
com os outros e em lidar com o estresse e/ou manter uma autoimagem
diferente daquela percebida pelos outros.

3.1. CRITÉRIOS GERAIS DE DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de um transtorno de personalidade deve satisfazer os


critérios abaixo, juntamente com os critérios específicos do transtorno em
consideração.

 A. Comportamento e experiências que se desviam consideravelmente


do que a cultura vigente espera. Esse padrão é manifestado em duas
(ou mais) áreas seguintes:

1) cognição (percepção de si mesmo, dos outros ou de eventos)afeto (o


alcance, a intensidade, a maleabilidade e a conveniência das respostas
emocionais)

2) funcionamento interpessoal

3) controle do impulso

Pessoas menores de idade que alcancem o critério de um transtorno


de personalidade não são, usualmente, diagnosticadas como tendo tal
transtorno, ainda, elas podem receber um diagnóstico correlacionado. Para se
diagnosticar um indivíduo menor de idade com um transtorno de personalidade,
os sintomas devem estar presentes por, pelo menos, um ano. O transtorno de
personalidade antissocial não pode, por definição, ser diagnosticado em
pessoas menores de 18 anos.

3.2.LISTA DE TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

GRUPO A (TRANSTORNOS EXCÊNTRICOS OU ESTRANHOS

Os indivíduos que estão neste grupo, costumam ser apelidados como


esquisitos, isolados socialmente, frios emocionalmente, inexpressivos,
distantes e muito desconfiados. Este grupo está mais propenso a desenvolver
sintomas psicóticos.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 195


196

Transtorno de personalidade esquizoide — Indivíduos isolados socialmente,


não expressam ou vivenciam emoções como alegria ou raiva, frios
emocionalmente, indiferentes e não fazem questão de manter laços afetivos
com outras pessoas, sendo assim, vistos como independentes
emocionalmente. São muito introspectivos, e muitas vezes não têm amizades.
Não anseiam por tais relacionamentos e geralmente preferem viver sozinhos e
isolados. (Não confundir com depressão nervosa grave.)

Transtorno de personalidade esquizotípica — Pessoas com as mesmas


características ao esquizoide, contudo, estão mais próximas à esquizofrenia.
Desconfiados, alguns podem acreditar que têm poderes especiais, outros
podem ser supersticiosos e cheios de "manias", sendo que geralmente
possuem crença excessiva ou fanatismo religioso. Frequentemente participam
de seitas excêntricas, ou acabam por se apegar excessivamente a alguma
forma de "ocultismo" ou religiosidade, muitas vezes tornam-se fanáticos
religiosos que passam a vida a "pregar" seus conceitos de forma exagerada,
acreditando serem escolhidos por alguma entidade divina ou, ocasionalmente,
acreditam sentir presença ocultas, ouvir vozes e chamados do além, entre
outros comportamentos próximos às psicoses. (Não confundir com
esquizofrenia.)

Transtorno de personalidade paranoide — São pessoas demasiadamente


desconfiadas e paranoicas. Não conseguem confiar em outros, sempre alegam
que vão ser passados para trás ou que estão tramando e conspirando algo
contra ele. Em momentos de estresse, essas características tendem a piorar e
são essencialmente rancorosos, com dificuldade em perdoar os erros e
fracassos das outras pessoas. Atribuem isso sempre às supostas tramoias,
conspirações, perseguições etc. São frios emocionalmente e podem se manter
distantes às outras pessoas porque acreditam estar sempre sendo enganados,
às vezes reagindo com hostilidade por motivos incompreensíveis aos olhos de
outros. (Não confundir com esquizofrenia ou delírio

GRUPO B (TRANSTORNOS DRAMÁTICOS, IMPREVISÍVEIS OU


IRREGULARES)

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 196


197

Pessoas que convivem intimamente costumam perceber um quê de


anormal no comportamento dos indivíduos que compõem este grupo,
frequentemente sendo apelidados como "problemáticos".

Nele, estão presentes os indivíduos que são vistos aos olhos de outros
como manipuladores, rebeldes, com tendência a quebrar regras e
rotinas,irritantes, "maus", inconstantes, impulsivos, dramáticos, sedutores,
imprevisíveis, egoístas e muito intolerante às decepções. Neste grupo, os
sintomas inflexíveis dos distúrbios afetam muito mais as pessoas em sua volta,
do que o próprio indivíduo.

Transtorno de personalidade antissocial — São sociopatas, indivíduos


egocêntricos desde a adolescência e que mesmo na idade adulta mantêm
comportamentos persistentes de desrespeito as normas, regras ou leis sociais.
Causam prejuízos e transtornos significativos as pessoas próximas em seu
círculo social. Frequentemente surgem ocorrências de transtorno de conduta e
histórico de problemas em relação conjugal devido sua propensão para
adultério e infidelidade. Não desenvolvem empatia e tendem a ser insensíveis,
cínicos e a desprezar os sentimentos, direitos e sofrimentos alheios. Impera o
egoismo. Enganam, seduzem e manipulam as pessoas a fim de obter
vantagens pessoais ou prazer. São capazes de fingir um comportamento
exemplar e se fazer passar por vitima com maestria. Distorcem fatos e
acontecimentos verídicos a fim de convencer quem lhes dá atenção. (O
diagnóstico de antissocial não está relacionado a evitar socializações, algo
mais provável no transtorno de personalidade esquiva.)

Transtorno de personalidade histriônica — São pessoas muito emotivas,


hipersensíveis, exageradas, superficiais, emocionalmente instáveis,
dramáticas, muito preocupadas com a aparência física (vaidosos e
provocativos) e com notável tendência a exigir excessiva atenção para si a todo
momento. Caso contrário, sentem-se profundamente incomodados, podendo
expressar suas emoções de forma exagerada, como rompantes de choro ou
raiva por coisa mínima. Geralmente vestem-se de maneira chamativa,
sobretudo sexualmente provocante e costumam estar sempre à caça de
elogios a respeito de sua aparência física. Tendem a infidelidade contumaz,

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 197


198

são muito manipuladores, sedutores, controlando pessoas e circunstâncias


para conseguir atenção.

 Transtorno de personalidade borderline — Distúrbio comparável a


uma "doença do amor", uma vez que seus sintomas tornam-se muito
exacerbados quando apaixonam-se. São indivíduos muito inconstantes,
exagerados, constantemente insatisfeitos, intolerante às decepções e
frustrações, com pensamento extremista 8-80 (totalmente bom ou
totalmente mau: não conseguem ver lado bom e ruim numa mesma
pessoa ou situação), não conseguindo relacionar-se de maneira
saudável com seus familiares e pessoas íntimas, tratando-as
frequentemente de maneira estúpida, agressiva ou rebelde.

 Transtorno de personalidade narcisista — Pessoas arrogantes,


orgulhosas e que se acham superiores e mais especiais que os outros.
De primeira, esses indivíduos passam uma grande impressão de que
são metidos, egoístas ou antipáticos, demonstram pouca empatia para
com os outros, não se importam com sentimentos alheios e podem ser
frios emocionalmente. Quase sempre se acham "os melhores", "os mais
lindos", "os mais ricos" etc. e exigem ser atendidos pelos melhores
médicos, pelos melhores professores e outros "melhores" profissionais
por causa de seu sentimento de superioridade

GRUPO C TRANSTORNOS ANSIOSOS OU RECEOSOS

Os indivíduos que compõem este grupo são vistos como medrosos, ansiosos,
frágeis, dependentes, fóbicos e com tendência a serem submissos,
organizados, obedientes e, ao contrário do grupo B, evitam quebrar regras ou
rotinas. Neste grupo, frequentemente os traços inflexíveis dos transtornos
prejudicam muito mais o próprio indivíduo, do que as pessoas à sua volta. Este
grupo está mais propenso aos transtornos de ansiedade.

 Transtorno de personalidade dependente — Pessoas muito


dependentes emocionalmente e fisicamente, sempre dependendo de
outras pessoas para fazer qualquer coisa. Notavelmente carentes, elas
não conseguem viver só e estão sempre à procura de um

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 198


199

relacionamento íntimo para se manter dependente. Com frequência, são


submissos às pessoas por quais mantêm um laço afetivo, podendo
demonstrar muita empatia ou altruísmo por outras pessoas e pouca
preocupação consigo mesmo.

 Transtorno de personalidade esquiva — Indivíduos que são


excessivamente tímidos, com grande ansiedade na vida social, sendo
que frequentemente carregam um sentimento de inferioridade em
relação às outras pessoas. Via de regra, têm uma baixa auto-estima e
temem serem ridicularizados ou criticados em público. Na realidade,
anseiam contato íntimo entre as pessoas, mas com medo de serem
ridicularizados, envergonham-se e se isolam socialmente. Eles podem
evitar festas, lugares cheios de pessoas e outras ocasiões sociais que
poderão ser o centro das atenções, sendo que muitas vezes não têm
amigos

 Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva — São pessoas


teimosas e inflexíveis, excessivamente organizadas, temendo
descuidos, desorganizações, sujeira ou qualquer outra forma de
"bagunça". Elas priorizam o correto e organizado, podendo gastar muito
tempo trabalhando, estudando ou limpando, deixando de lado
relacionamentos, diversão e lazer. Além disso, elas tendem a fazer seus
deveres a sós porque temem que outras pessoas não irão fazer
corretamente

CONSEQUÊNCIAS DOS TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

1. Pessoas com transtorno de personalidade têm maior risco de Comportar-se


de maneira a provocar doenças físicas (como abuso de substâncias,
comportamento sexual irresponsável e sono inadequado), autodestrutivas
ou que vão contra os valores da sociedade.
2. Usar abordagens inconsistentes, deslocadas, excessivamente emocionais,
abusivas ou irresponsáveis na criação dos filhos, aumentando, assim, o
risco de problemas físicos e mentais em seus filhos.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 199


200

3. Reagir ao estresse de maneira inadequada ou disfuncional.


4. Desenvolver outros transtornos de saúde mental, como um transtorno de
ansiedade, depressão ou hipocondria (medo de ter uma doença grave).
5. Não tomar os medicamentos receitados como prescrito.
6. Ter um relacionamento difícil com os profissionais de saúde (especialmente
profissionais que não têm conhecimento do transtorno de personalidade) –
por exemplo, pelo fato de as pessoas com transtorno de personalidade
negarem a responsabilidade pelo seu comportamento e serem
excessivamente desconfiadas, exigentes ou necessitadas

DIAGNÓSTICO

Pessoas com um transtorno de personalidade em geral não veem problemas


no seu próprio comportamento. Quando elas procuram ajuda, o motivo é, em
geral, relacionado a sintomas como ansiedade, depressão ou abuso de
substâncias, bem como para problemas criados pelo seu transtorno de
personalidade, como divórcio, desemprego ou solidão — o transtorno em si
não motiva a procura por ajuda.

Para ajudar a confirmar o diagnóstico, os médicos normalmente tentam falar


com amigos e membros da família da pessoa. Sem esse auxílio, tanto o
médico quanto a pessoa podem ficar sem conhecimento do papel da pessoa
na criação dos problemas.

TRATAMENTO

 O tratamento consiste de terapia psicossocial, que inclui psicoterapia


individual, terapia de grupo e terapia familiar. Medicamentos não alteram
traços de personalidade, mas podem ajudar a aliviar os sintomas de
angústia.

 Os transtornos de personalidade podem ser particularmente difíceis de


tratar, por isso, é importante escolher um terapeuta com experiência,
entusiasmo e que seja capaz de entender a autoimagem da pessoa, as
áreas de sensibilidade e as maneiras de enfrentar o problema. No
entanto, apesar da importância da delicadeza e do fornecimento

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 200


201

conselhos adequados no atendimento, tais ações não alteram


transtornos de personalidade em si.

Princípios gerais

Ainda que os tratamentos variem de acordo com o tipo de transtorno de


personalidade, os tratamentos geralmente buscam:

1. Reduzir a angústia;
2. Ajudar a pessoa a entender que os seus problemas são internos (e não
causados por outras pessoas ou situações);
3. Diminuir o comportamento mal adaptativo e socialmente indesejável;
4. Modificar os traços de personalidade que estão causando dificuldades;
5. O primeiro objetivo do tratamento é reduzir o estresse imediato, como a
ansiedade e a depressão. Reduzir o estresse facilita o tratamento dos
transtornos de personalidade.

CAUSAS DO TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

Algumas das causas possíveis dos transtornos de personalidade


incluem:

 As drogas ou o abuso de álcool


 Experiências desagradáveis da infância

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

O sofrimento psicológico acarreta prejuízos cognitivos e funcionais; na


tentativa de resolver algumas dessas questões a enfermagem mostra sua
capacidade no manejo empático com o paciente, através de técnicas onde o
paciente cria confiabilidade e adere com nova postura, elevando seu
desempenho social.

 Prescrições de Enfermagem

 Demonstrar confiança e apoio.

 Observar e anotar compreensão e comportamento do discurso.

 Desestimular manias e automuliação.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 201


202

 Manter os limites de forma clara e objetiva.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM QUANTO A ADMINISTRAÇÃO DE


MEDICAMENTOS A PACIENTES PSIQUIÁTRICOS

A administração de medicamentos a doentes mentais pode requerer "cuidados"


especiais. Alguns problemas são muito comuns em unidades psiquiátricas, por
ex: pacientes que com freqüência recusam a medicação, outros que fingem
aceitar e depois jogam fora, os que acumulam comprimidos para tomarem de
uma só vez, os que solicitam e insistem por doses mais altas, etc.

Medicamentos que foram administrados no paciente do estudo:

 Risperidona V.O, para tratar seus sintomas psicóticos.

 Cuidados de Enfermagem: Avaliar alterações do batimento cardíaco e


diminuição da PA, atentar para queixas álgicas(cefaléia).

 Stelazine V.O, para tratar seus sintomas psicóticos.

 Cuidados de Enfermagem: Atentar para agitação motora e distonias.


Havendo qualquer

 alteração desse porte, informar o médico que diminuirá a dosagem do


fármaco.

4. DEPRESSÃO

Depressão é um estado depressivo de humor, caracterizado por aversão


à atividade, que pode afetar os pensamentos, comportamentos, sentimentos e
o bem-estar de uma pessoa. As pessoas deprimidas podem sentir-se
tristes, ansiosas, vazias, desesperadas, preocupadas, impotentes, inúteis,
culpadas, irritadas, magoadas ou inquietas. Podem perder o interesse em
atividades que antes eram prazerosas, podem perder o apetite ou comer
demais, apresentar problemas de concentração, dificuldade para lembrar
detalhes ou tomar decisões e podem contemplar ou tentar o suicídio.
Problemas de insônia, sono excessivo, fadiga, perda de energia, mudança na

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 202


203

alimentação, sofrimento, dores ou problemas digestivos resistentes a


tratamento também podem estar presentes.

A depressão é um distúrbio que afecta o corpo, o humor e o


pensamento. Altera o apetite e o sono, a forma como a pessoa se sente
e como pensa.

Sua característica essencial é o humor deprimido ou triste na maior


parte do tempo, por um período mínimo de duas semanas.

O humor deprimido não é necessariamente um transtorno psiquiátrico. Pode


ser uma reação passageira a determinados acontecimentos ou consequência
de uma dada condição médica ou, ainda, efeito colateral de medicamentos ou
tratamentos médicos. O humor deprimido é também a característica principal
ou associada a certas síndromes psiquiátricas tais como depressão clínica.

MANIFESTAÇÕES DA DEPRESSÃO

 Somáticas

 alterações do sono;

 alterações do apetite;

 redução da libido;

 retardo psicomotor;

 fadiga;

 dores.

 Cognitivas

 redução da atenção;

 redução da capacidade de concentração;

 redução da memória de fixação;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 203


204

 percepção negativa de si próprio e do mundo

 Pensamento

 culpa;

 baixa autoestima;

 morte/suicídio;

 idéias delirantes.

• Sensoriais

 alucinações auditivas.

 Outras

 redução da capacidade de sentir prazer;

 ansiedade;

 irritabilidade.

CAUSAS DA DEPRESSÃO

 Teoria genética;

 Teoria psicodinâmica;

 Teoria social;

 Teorias biológicas.

Teoria Genética

 Transmissão genética da depressão.

 História familiar de mania, depressão ou alcoolismo

O fator genético é mais evidente para a depressão bipolar do que para a


unipolar.

Teoria Psicodinâmica

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 204


205

 Pessoas com baixa auto-estima, pessimistas ou muito sensíveis ao


stress são mais propensas à depressão.

Teoria social

 Pelo facto da depressão ser mais comum em áreas urbanas do que


rurais e duas vezes mais frequente em mulheres do que em homens, faz
supor haver um factor social relevante para o desenvolvimento da
depressão.

Teorias biológicas

 Quando não há depressão, os neurotransmissores monoaminérgicos


(serotonina e noradrenalina) são libertados na sinapse em ritmo normal.

 Todos os elementos reguladores do neurônio estão normais:

 a enzima monoaminoxidase (MAO)

 a bomba de recaptação de monoaminas,

 os receptores pós-sinápticas

Hipótese Monoaminérgica da Depressão

 Postulava que a depressão se deve à deficiência de neurotransmissores


em sinapses monoaminérgicas.

 Não explica a demora para a melhora da depressão com o uso de


antidepressivos

CLASSIFICAÇÃO DA DEPRESSÃO

 Causa :

 primária (sem uma causa detectável) ;

 secundária à doenças físicas ou medicamentos.

 Sintomas :

 unipolar :sem episódios de mania

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 205


206

 bipolar : sintomas intercalados ou concomitantes de mania

 Gravidade :

 leve, moderada ou grave

 Componente Genético :

 de acordo com os casos existentes na família

TIPOS DE DEPRESSÃO

 Depressão unipolar

 Distimia

 Depressão Bipolar

Depressão unipolar :

 ocorrência de um ou mais episódios depressivos de grau leve,


moderado ou grave

 sem episódios de mania.

Distimia:

 chamada de ―doença do mau-humor‖.

 é uma forma menos grave de depressão, porém crônica

a pessoa apresenta oscilações depressivas de humor, desâmino, irritabilidade,


ansiedade

Depressão Bipolar:

 caracterizada por oscilações cíclicas do humor entre ―altos‖ (mania) e


―baixos‖ (depressão);

 geralmente estas oscilações são graduais.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 206


207

SUB-TIPOS DE DEPRESSÃO

Depressão melancólica ou endógena:

 forma grave;

 sintomas piores pela manhã;

 retardo ou agitação psicomotora;

 anedonia;

 despertar matinal precoce;

Depressão atípica:

 a pessoa consegue se alegrar com estímulos agradáveis;

 hipersonia

 aumento de apetite;

 ansiedade acentuada;

 queixas fóbicas.

Depressão sazonal :

 depressão relacionada à luminosidade diurna;

 episódios que se repetem no outono/inverno;

 mais freqüente em países com inverno rigoroso;

 melhora com fototerapia.

Depressão com sintomas psicóticos :

 paciente apresenta delírios e alucinações;

 forma rara, porém grave.

Depressão pós-parto:

 modificações hormonais e de vida causadas pelo parto;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 207


208

 ocorre entre a 2a semana e 12o mês após o parto.

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE UM EPISÓDIO DEPRESSIVO

 Humor deprimido na maior parte do tempo, quase todos os dias;

 Perda de interesse ou prazer (anedonia) em todas ou quase todas as


actividades (incluindo actividade sexual) na maior parte do tempo, quase
todos os dias;

 Alteração do apetite e/ou perda ou ganho de peso, sem estar em dieta


(+/- 5% do peso corporal em um mês);

 Insônia ou hipersonia quase todos os dias;

 Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias;

 Fadiga ou perda de energia quase todos os dias;

 Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada;

 Capacidade  de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos


os dias;

 Pensamentos recorrentes de morte (não apenas medo de morrer),

idéias ou tentativa de suicídio.

Para o diagnóstico da depressão, é necessária a presença de 5 dos sintomas


acima, sendo obrigatoriamente um destes, humor deprimido ou anedonia, por
período de pelo menos duas semanas

TRATAMENTO DA DEPRESSÃO

Principais objetivos do tratamento da depressão

• Eliminar os sintomas;

• Restaurar a actividade psicossocial e

ocupacional

• Reduzir o potencial de suicídio;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 208


209

• Reduzir a probabilidade de recaída e recorrência

• tratamento farmacológico, com medicamentos antidepressivos;

• psicoterapia;

• combinação de medicamentos e psicoterapia;

• eletroconvulsoterapia (ECT).

Tratamento Farmacológico da Depressão

Vantagens

• Redução do tempo para remissão

• Facilidade de administração

• Efeito mais rápido, custo menor e menor dispêndio de tempo do que a


psicoterapia

• Eficácia em até 70% dos casos, em todas as formas de depressão

Fases do Tratamento da Depressão

 Fase Aguda

Com o tratamento da fase aguda pretende-se obter a remissão;

 Fase de Continuação

O tratamento de continuação visa impedir a recaída (volta dos sintomas até


6 meses após a remissão)

 Tratamento de Manutenção

O tratamento de manutenção tem por objetivo impedir a recorrência


(ocorre até 2 anos após o término do tratamento de continuação).

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 209


210

5.ESQUIZOFRENIA

Esquizofrenia: é uma perturbação mental caracterizada por


comportamento social fora do normal e incapacidade de distinguir o que é ou
não real. Entre os sintomas mais comuns estão delírios, pensamento confuso
ou pouco claro, alucinações auditivas, diminuição da interação social e da
expressão de emoções e falta de motivação. As pessoas com esquizofrenia
apresentam muitas vezes outros problemas de saúde mental, como
perturbações de ansiedade, depressão ou perturbação por abuso de
substâncias. Os sintomas geralmente manifestam-se de forma gradual, desde
o início da idade adulta, e permanecem durante um longo período de tempo.

As causas da esquizofrenia incluem fatores ambientais e genéticos.


Entre os possíveis fatores ambientais estão o crescimento em ambientes
urbanos, o consumo de drogas, determinadas infeções, a idade dos pais e má
nutrição durante a gravidez. Entre os fatores genéticos estão uma série de
variações genéticas. O diagnóstico tem por base a observação do
comportamento da pessoa, a descrição que faz das experiências pessoais e o
seu contexto cultural.

O tratamento geralmente consiste na administração de medicamentos


antipsicóticos e aconselhamento psiquiátrico, formação profissional e
reabilitação social. Não é ainda claro se são mais eficazes antipsicóticos típicos
ou atípicos. Em pessoas que não mostram sinais de melhoria com outros
antipsicóticos pode ser administrada clozapina.Nos casos mais graves, em que
existe risco para a própria pessoa ou para os outros, pode ser necessário
recorrer a internamento hospitalar involuntário, embora atualmente os
internamentos sejam mais curtos e menos frequentes do que no passado.

A esquizofrenia afeta entre 0,3 e 0,7% da população mundial em


algum momento da vida.

Sinais E Sintomas

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 210


211

A esquizofrenia caracteriza-se essencialmente por uma fragmentação


da estrutura básica dos processos de pensamento, acompanhada pela
dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas.
Embora primariamente uma doença orgânica neuropsiquiátrica que afeta os
processos cognitivos, seus efeitos repercutem também no comportamento e
nas emoções.

Os sintomas da esquizofrenia podem variar de pessoa para pessoa,


podendo aparecer de forma insidiosa e gradual ou, pelo contrário, manifestar-
se de forma explosiva e instantânea. Podem ser divididos em duas grandes
categorias: sintomas positivos e negativos.

Sintomas positivos

 Os sintomas positivos estão presentes com maior visibilidade na fase


aguda da doença e são as perturbações mentais "muito fora" do normal,
como que "acrescentadas" às funções psíquico-orgânicas da pessoa.
Entende-se como sintomas positivos delírios (ideias delirantes,
pensamentos irreais, "ideias individuais do paciente que não são
partilhadas por um grande grupo",[19] como, por exemplo, um indivíduo
que acha que está a ser perseguido pela polícia secreta e acha que é o
responsável pelas guerras do mundo);
 Alucinações, percepções irreais de audição, visão, paladar, olfato ou
tacto, sendo mais frequentes as alucinações auditivas e visuais;
 pensamento e discurso desorganizado (confusão mental), elaboração de
frases sem qualquer sentido ou invenção de palavras;
 Alterações visíveis do comportamento, ansiedade excessiva, impulsos
ou agressividade constante na fase de crise.

Sintomas negativos

Os sintomas negativos são o resultado da perda ou diminuição das


capacidades mentais, "acompanham a evolução da doença e refletem um
estado deficitário ao nível da motivação, das emoções, do discurso, do
pensamento e das relações interpessoais (não confundir com esquizoidia",[19])

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 211


212

como a falta de vontade ou de iniciativa; isolamento social (não confundir com


a esquizoidia); apatia; indiferença emocional total e não transitória; pobreza do
pensamento".

Estes sinais não se manifestam todos da mesma forma, na pessoa


esquizofrênica. Algumas pessoas vêem-se mais afetadas do que outras, ao
ponto de muitas vezes impossibilitar-lhes uma vida normal. No entanto, alguns
sintomas podem oscilar, aparecer e desaparecer em ciclos de recidivas e
remissões.

CAUSAS

Em pessoas com esquizofrenia, o córtex frontal, responsável pela


atenção e raciocínio, era menos ativado, enquanto o corpo estriado,
responsável por sensações, com grande número de receptores dopaminéricos,
estava superativado.

Não existe uma causa única para o desencadear deste transtorno.


Assim como o prognóstico é incerto para muitos quadros, a etiologia das
psicoses, principalmente da esquizofrenia, é incerta, ou melhor, de causação
multifatorial. Admite-se hoje que várias causas concorrem entre si para o
aparecimento, como: quadro psicológico; o ambiente; histórico familiar da
doença e de outros transtornos mentais; e mais recentemente, tem-se admitido
a possibilidade de uso de substâncias psicoativas poderem ser responsáveis
pelo desencadeamento de surtos e afloração de quadros psicóticos, embora
não possamos afirmar que as substâncias psicoativas causem esquizofrenia.

Teoria genética

A teoria genética admite que genes podem estar envolvidos,


contribuindo juntamente com os fatores ambientais para o desencadear do
transtorno. Sabe-se que a probabilidade de um indivíduo vir a sofrer de

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 212


213

esquizofrenia aumenta, se houver um caso desta doença na família. "No caso


de um dos pais sofrer de esquizofrenia, a prevalência da doença nos
descendentes diretos é de 12%.

Teoria neurobiológica

As teorias neurobiológicas defendem que a esquizofrenia é


essencialmente causada por alterações bioquímicas e estruturais do cérebro,
em especial com uma disfunção dopaminérgica, embora alterações em outros
neurotransmissores estejam também envolvidas. A maioria dos neurolépticos
(antipsicóticos) atua precisamente nos receptores da dopamina no cérebro,
reduzindo a produção endógena deste neurotransmissor. Exatamente por isso,
alguns sintomas característicos da esquizofrenia podem ser desencadeados
por fármacos que aumentam a atividade dopaminérgica (ex: anfetaminas).

Esta teoria é parcialmente comprovada pelo fato de a maioria dos


fármacos utilizados no tratamento da esquizofrenia (neurolépticos) atuarem
através do bloqueio dos receptores (D2) da dopamina.

Teorias psicanalíticas

As teorias psicanalíticas (ou de relação precoce) têm como base a teoria


freudiana da psicanálise, e remetem para a fase oral do desenvolvimento
psicológico, na qual "a ausência de gratificação verbal ou da relação inicial
entre mãe e bebê conduz igualmente a personalidades "frias" ou
desinteressadas (ou indiferentes) no estabelecimento das relações.

Para além da abordagem freudiana também encontramos textos de


inspiração winnicottiana nas teorias explicativas a respeito da esquizofrenia.

Teorias familiares

Assim como a abordagem psicanalítica, outras abordagens


responsabilizam a família, mas apesar de terem bastante impacto histórico,
tiveram pouco embasamento empírico. Surgiram na década de 1950, umas
baseadas no tipo de comunicação entre os vários elementos da família, e

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 213


214

outras aparecendo mais ligadas à estrutura familiar. Dos estudos


desenvolvidos surge o conceito de mãe esquizofrenogénica — a mãe
possessiva e dominadora dos seus filhos como geradora de personalidades
esquizofrênicas. Estudos posteriores vieram contudo a negar esta hipótese,
relacionando esse comportamento mais com etiologias neuróticas e não com a
psicose.

Atualmente as abordagens familiares procuram apoiar a família, em vez


de culpá-la, reconhecendo as dificuldades em lidar com um membro da família
em grave sofrimento psíquico.

Teoria dos neurotransmissores

Têm-se um excesso de dopamina na via mesolímbica e falta dopamina na via


mesocortical.

Apesar de existirem todas estas hipóteses para a explicação da origem da


esquizofrenia, nenhuma delas individualmente consegue dar uma resposta
satisfatória às muitas dúvidas que existem em torno das causas da doença,
reforçando assim a ideia de uma provável etiologia multifatorial.

Classificação

A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas


Relacionados com a Saúde (CID), na CID-10, publicada pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), conclui que "num certo número de casos, que varia
segundo as culturas e as populações, a evolução dirige-se para uma cura
completa ou quase completa".

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da esquizofrenia, como sucede com a grande maioria dos


transtornos mentais e demais psicopatologias, não se pode efetuar através da
análise de parâmetros fisiológicos ou bioquímicos e resulta apenas da
observação clínica cuidadosa das manifestações do transtorno ao longo do
tempo. Quando do diagnóstico, é importante que o médico exclua outras

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 214


215

doenças ou condições que possam produzir sintomas psicóticos semelhantes


(uso de drogas, epilepsia, tumor cerebral, alterações metabólicas). O
diagnóstico da esquizofrenia é por vezes difícil.

Para além do diagnóstico, é importante que o profissional identifique qual


é o subtipo de esquizofrenia em que o paciente se encontra. Atualmente,
segundo o DSM IV, existem cinco tipos:

 Paranoide — é a forma que mais facilmente é identificada com a doença


e na qual predominam os sintomas positivos. O quadro clínico é
dominado por um delírio paranoide relativamente bem organizado. Os
doentes de esquizofrenia paranoide são desconfiados, reservados,
podendo ter comportamentos agressivos.
 Desorganizado — em que os sintomas afetivos e as alterações do
pensamento são predominantes. As ideias delirantes, embora presentes,
não são organizadas. Em alguns doentes pode ocorrer uma irritabilidade
associada a comportamentos agressivos. Existe um contacto muito
pobre com a realidade.[
 Catatônico — caracterizado pelo predomínio de sintomas motores e por
alterações da atividade, que podem variar desde um estado de cansaço
e acinesia até à excitação.
 Indiferenciado — que apresenta habitualmente um desenvolvimento
insidioso com um isolamento social marcado e uma diminuição no
desempenho laboral e intelectual. Observa-se nestes doentes uma certa
apatia e indiferença relativamente ao mundo exterior.
 Residual — em que existe um predomínio de sintomas negativos: os
doentes apresentam um isolamento social marcado por um
embotamento afetivo e uma pobreza ao nível do conteúdo do
pensamento.

Existe também a denominada esquizofrenia hebefrênica, que incide


desde a adolescência, com o pior dos prognósticos em relação às demais
variações da doença e com grandes probabilidades de prejuízos cognitivos e
sócio-comportamentais.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 215


216

Atualmente todos os tipos de esquizofrenia foram fundidos em um


diagnóstico denominado de espectro esquizofrênico (de acordo com o DSM-5 e
organização mundial da saúde).

Tratamento

Tratamento farmacológico

Uma referência importante para os psiquiatras é o Manual de Psiquiatria


Clínica, de Harold Kaplan e Benjamin Sadock, que sistematiza os vários fatores
que compõem a esquizofrenia, lembrando que "devido à heterogeneidade das
apresentações sintomáticas e prognósticas da esquizofrenia, nenhum fator
etiológico isolado é considerado como causador." Segundo o modelo estresse-
diátese, usado com maior freqüência, a pessoa que desenvolve esquizofrenia
tem uma vulnerabilidade biológica específica, ou diátese, que, ativada pelo
estresse, leva a sintomas esquizofrênicos.

Os fatores etiológicos são classificados pelos autores em genéticos,


biológicos, psicossociais e ambientais. Os fatores biológicos se subdividem e
são apresentados como hipóteses:

 hipótese dopamínica
 hipótese da noradrenalina
 hipótese do ácido aminobutírico
 hipótese da serotonina

De fato, considera-se que os antipsicóticos são eficazes no alívio dos


sintomas da esquizofrenia em 70% dos casos.[carece de fontes] Alguns desses
fármacos, conhecidos como antipsicóticos típicos, inibem fortemente os
receptores D2 da dopamina das vias dopaminérgicas, ligadas ao sistema
límbico do cérebro, e o seu sucesso constitui uma forte evidência da
importância das alterações bioquímicas na patogenia da doença, segundo a
chamada hipótese dopamínica.

Essas alterações bioquímicas talvez sejam uma resposta secundária aos


eventos causadores da doença, assim como o são as alterações
comportamentais. Os exemplos mais usuais de antipsicóticos típicos são o

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 216


217

haloperidol e a clorpromazina. No entanto, esses dois antipsicóticos são os


chamados de primeira geração e apresentam sérios efeitos colaterais
indesejáveis. Segundo a literatura da psiquiatria, o haloperidol e a
clorpromazina foram muito usados nas décadas de 1940 e 1950, nos primeiros
experimentos com esquizofrênicos. O haloperidol pode causar rigidez muscular
no paciente, locomoção motora desordenada, expelição de substâncias do
organismo do paciente, movimentos involuntários e morte súbita, estando
quase que completamente em desuso pelos seus efeitos deletérios.

Quando há predominância dos sintomas depressivos, a escolha pode


recair nos novos neurolépticos: risperidona, olanzapina, quetiapina,
ziprasidona, amisulprida etc. Esses e a tioridazida são indicados para os
pacientes que não responderam aos antipsicóticos convencionais ou
apresentaram efeitos colaterais indesejáveis. Para os casos refratários, existem
evidências de que a clozapina é eficaz.

Tratamento não farmacológico

Existem várias abordagens terapêuticas do paciente esquizofrênico, o


qual, na maioria dos casos, tem indicação de um tratamento interdisciplinar,
envolvendo o acompanhamento médico (incluindo o uso de fármacos), a
psicoterapia, a terapia ocupacional (individual ou em grupos), a intervenção
familiar, a musicoterapia e a psicopedagogia.

O tratamento pode ajudar muito a tratar os sintomas, permitindo que os


doentes possam viver com melhor qualidade de vida e mais produtivamente. A
experiência clínica indica que o melhor momento para iniciar o tratamento da
esquizofrenia é logo após o aparecimento dos primeiros sintomas. Se a
sintomatologia psicótica permanecer sem tratamento por longos períodos, o
prognóstico do tratamento é menos favorável. Assim, é vital o reconhecimento
precoce dos sinais da esquizofrenia para que se possa procurar uma ajuda
rápida.

6. *ÉTICA NO TRABALHO*

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 217


218

A ética profissional é um conjunto de atitudes e valores positivos


aplicados no ambiente de trabalho. A ética no ambiente de trabalho é de
fundamental importância para o bom funcionamento das atividades da empresa
e das relações de trabalho entre os funcionários.

Vantagens da ética aplicada ao ambiente de trabalho:

 - Maior nível de produção na empresa;


 - Favorecimento para a criação de um ambiente de trabalho harmonioso,
respeitoso e agradável;
 - Aumento no índice de confiança entre os funcionários.
 Exemplos de atitudes éticas num ambiente de trabalho:
 - Educação e respeito entre os funcionários;
 - Cooperação e atitudes que visam à ajuda aos colegas de trabalho;
 - Divulgação de conhecimentos que possam melhorar o desempenho
das atividades realizadas na empresa;
 - Respeito à hierarquia dentro da empresa;
 - Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de
trabalho;
 - Ações e comportamentos que visam criar um clima agradável e
positivo dentro da empresa como, por exemplo, manter o bom humor;
 - Realização, em ambiente de trabalho, apenas de tarefas relacionadas
ao trabalho;
 - Conversas de trabalho, com colegas de trabalho e chefes, baseadas
em verdades e informações reais;
 - Respeito às regras e normas da empresa

7. CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

8. ENFERMAGEM COMO CIÊNCIA (Ética e bioética em enfermagem)

Ética, moral e bioética

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 218


219

 ethos = caráter, modo de pensar


 mos, mores = costumes/ conduta de vida/
regras de
comportamento

biomédico, sua repercussão na sociedade e seu sistema de valores.

Ética

É a Ciência que estuda o comportamento moral do homem em


sociedade. Avalia os atos sendo bons ou maus. Reflexão que interpreta,
discute e problematiza os valores, princípios e regras morais, a procura do
―bom‖ para a vida com sociedade.

Moral

Significa costumes, relacionados ao conceito do que a pessoa deve ou


não deve fazer. Designa uma instituição social, composta por um conjunto de
regras que geralmente são admitidas por seus membros – código moral –
princípios ou obrigações de cada um. A moral tende a ser particular, pela
realização de suas ações; a ética tende a ser universal, pela abstração de seus
princípios. As morais são relativas às sociedades e à época em que ocorrem,
são múltiplas.

CONSCIÊNCIA MORAL E VALORES MORAIS

 Consciência moral

Para Chaui (2001), a consciência moral refere-se a valores (justiça,


honradez, espírito de sacrifício, integridade, generosidade), a sentimentos
provocados pelos valores (admiração, vergonha, culpa, remorso,

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 219


220

contentamento, cólera, amor, dúvida, medo) e a decisões que conduzam a


ações com conseqüências para nós e para os outros.

 Valores morais

Intuição direta, produto da intuição sensível. É a verdadeira qualidade


valiosa de sentimentos, que só pode experimentar-se e viver-se imediatamente
e só pode conhecer-se intuitivamente. Serve de fundamento para as regras
com as quais a pessoa governa suas próprias ações.

Características:

 er valente (no sentido de fazer o que é possível);


 er objetividade;
 er polaridade (ter um contrário ou valor negativo);
 er qualidade;
 er hierarquia (de valores);
 er dependência (no sentido de se referir ao ser)
Comportamento ético

O comportamento ético surge a partir da construção de uma consciência ao


mesmo tempo individual e coletiva, criando a necessidade de um compromisso
social e profissional. A assimilação, o amadurecimento e a utilização de normas
são fundamentais para o aparecimento do ―pensamento ético‖, resultado da
evolução profissional e de uma profunda humanização.

BIOÉTICA

 -se a abordagem dos problemas éticos ocasionada pelo avanço


extraordinário das ciências biológicas, bioquímicas e médicas.

e defender a dignidade humana e qualidade de vida, indo para além do
âmbito humano, e abarcando até a realidade cósmico-ecológica.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 220


221

Princípios da ética e da bioética:

1 – Autonomia
2 – Beneficência
3 – Não maleficência
4 – Justiça ou eqüidade
5 – Responsabilidade

CAMPOS DA BIOÉTICA






 eutanásia

Deontologia

Provém do grego déon, déontos (dever) e logos (tratado). Estuda os


deveres de um determinado grupo profissional. Possui o ser humano como
centro dos estudos. Interrelaciona-se com outras ciências (história, sociologia,
psicologia). Na enfermagem, é regida pelo código de ética.

Código de ética de enfermagem

Conjunto de normas a serem cumpridas pelo profissional de


enfermagem. Carrega em seu bojo a preocupação primordial da assistência de
enfermagem. Teve referência e influência de: Declaração Universal dos
Direitos do Homem. Código de Ética do Conselho Internacional de Enfermeiros.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 221


222

Código de Ética da Associação Brasileira de Enfermagem. Código de


Deontologia de Enfermagem. Declaração de Helsinque.

Centra-se nos aspectos comportamentais e nas implicações legais de


uma prática de risco. Nele estão reunidas normas, princípios, direitos e deveres
pertinentes à conduta ética que deverá ser absorvida e aplicada por todos
profissionais de enfermagem. Qualquer desobediência às determinações do
código de ética é passível de processo. O profissional de enfermagem deve
atentar para as complicações e infrações que posteriormente poderão
comprometer seu registro profissional.

Direitos:

 -se a executar atividades que não sejam de sua competência


legal;

clientes
que estejam sobre sua assistência;

Lei do
 Exercício Profissional;

assistência, de trabalho e remuneração;

instituição
pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições mínimas
pra o
 exercício profissional, ressalvadas as situações de urgência e
emergência,
devendo comunicar imediatamente sua decisão ao CRE.
 -se, exercer cargo e participar das atividades de entidades de
classe;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 222


223

Responsabilidades:


decorrentes
de imperícia, negligência ou imprudência;

do
 pessoal sob sua orientação e supervisão;
 -se por falta cometida em suas atividades profissionais
independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe.

Deveres:



 honestidade;

qualquer
 natureza;
 Garantir a continuidade da assistência de enfermagem

pessoa, seu
 tratamento e seu bem-estar;

razão de sua
 atividade profissional, exceto nos casos previstos em lei.
 -morte

casos de
 emergência, epidemia e catástrofe, sem pleitear vantagens pessoais
 municar ao Conselho Regional de Enfermagem fatos que infrinjam
preceitos

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 223


224

 do presente Código e da Lei do Exercício Profissional;



demissão de cargo, função ou emprego, motivado pela necessidade do
profissional em preservar os postulados éticos e legais da profissão.


interpretação e equacionamento de questões que a cada dia se tornam
mais complexas. Seja educativa, opinativa, consultiva, fiscalizadora, de
assessoramento, etc., as questões éticas no exercício profissional
alcançam outras áreas além da assistência.


éticos precisam ser vistos com maior dedicação.

Lei do exercício profissional

Lei 7.498, de 25/06/86 – dispõe sobre a regulamentação do exercício da


enfermagem Cria as diretrizes gerais.

Decreto 94406, de 08/06/87 – regulamenta a Lei 7.498, de 25/06/86. Faz


executar a Lei, tornando-as obrigatórias. A Lei descreve as categorias que
estão aptas a exercer assistência de enfermagem, de acordo com a formação
específica de cada uma.

São descritas as seguintes categorias:



 Enfermagem

CÓDIGO DE ÉTICA DE ENFERMAGEM

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 224


225

Também atribui ao Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)


competência para autorizar e fiscalizar o exercício da profissão em todo o
território nacional e ainda determinar as atividades a ser realizadas por cada
categoria.

A lei possui 17 artigos, dos quais citaremos:

Art 1:

da Lei nº 7948 de 25 de junho de 1986, e respeitados os graus de habilitação é


privativo do Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e
Parteiro e só será permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de
Enfermagem da respectiva região."
Art 2

enfermagem no seu planejamento e programação.―

Art 8 - Trata das funções do Enfermeiro e divide em dois itens.

I - São funções privativas do Enfermeiro:


a) Direção do órgão de enfermagem e chefia de serviço e de unidade de
enfermagem.
d) Consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem.
e) Consulta de enfermagem.
f) Prescrição da assistência de enfermagem.

II - Como integrante da equipe de saúde:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 225


226

a) Participação no planejamento, execução e avaliação da programação de


saúde.
c) Prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de
saúde
pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde.
e) Prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive como
membro das respectivas comissões.
f) Prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e
ao recémnascido.

g) Participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de


enfermagem, nos concursos para provimento de cargos ou contratação de
enfermeiros ou pessoal técnico e auxiliar de enfermagem.

Art 9 - Dá aos titulares de diploma ou certificado de Obstetra ou de Enfermeira


Obstétrica as seguintes incumbências:

I - Prestação de assistência à parturiente e a parto normal.


II - Identificação das distócias obstétricas e tomada de providência até a
chegada do médico.
III - Realização de episiotomia e episiorrafia, com aplicação de anestesia local,
quando necessário.Art 10 e 11 - Trata respectivamente das funções atribuídas
aos técnicos e auxiliares de enfermagem.

Art 13 - As atividades relacionadas nos artigos 10 e 11 somente poderão ser


exercidas sob supervisão, orientação e direção do enfermeiro.

Art 15 - Na administração pública em todas as esferas será exigida como


condição essencial para provimento de cargos e funções e contratação de
pessoal de enfermagem, de todos os graus, a prova de inscrição no Conselho
Regional de Enfermagem da respectiva região.

Importante:

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 226


227

A principal finalidade da Comissão de Ética é auxiliar na análise,


interpretação e equacionamento de questões que a cada dia se tornam mais
complexas. Seja educativa, opinativa, consultiva, fiscalizadora, de
assessoramento, etc., as questões éticas no exercício profissional alcançam
outras áreas além da assistência. Também no ensino, na pesquisa e na
administração, os dilemas éticos precisam ser vistos com maior dedicação.
(Barbosa,2004).

ESCALA DE MORSE

A Escala de Quedas de Morse (MFS) é uma escala de avaliação do


risco de queda, desenhada para adultos e amplamente utilizada no nosso país.
.

As escalas de avaliação do risco de queda são ferramentas que


atribuem um valor numérico a diversos fatores de risco. Estes são somados de
forma a predizerem se o doente tem ou não risco de queda.
Uma escala de avaliação do risco de queda, aliás como qualquer outro
instrumento de avaliação necessita de ser submetido a um processo de
adaptação,cultural,e,linguística.
.
As quedas estão na base do maior número de danos não fatais nos
hospitais de doentes agudos, sendo um evento adverso que é prevenível.
A escala foi desenvolvida em 1985 no Canadá, na Universidade de Alberta, por
Janice Morse, para identificar os indivíduos com risco de quedas.
.
A pontuação total da escala varia entre 0 e 125 e os indivíduos são
descriminados em função do risco apresentado como: sem risco (0-24), baixo
risco,(25-50),,e,alto,,risco,,(≥51).As escalas de avaliação do risco de queda não
devem ser utilizadas de forma acrítica e é necessário perceber as suas
limitações e se descriminam suficientemente entre as pessoas com e sem risco
de queda numa população específica.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 227


228

UROLOGIA

O médico urologista é o profissional responsável pelo diagnóstico e


tratamento de doenças do trato urinário de toda a população, e do sistema
genital dos homens, exclusivamente. Esse profissional conclui duas
especializações, uma na área de cirurgia geral e outra em urologia, nas quais
ele adquire toda a experiência necessária para atuar.

O médico urologista é o responsável por diagnosticar e tratar doenças


do sistema urinário, que inclui órgãos, como a bexiga e os rins, e canais, como
a uretra e os ureteres. Para problemas desse tipo, tanto homens quanto
mulheres devem procurar o profissional.

O urologista também é habilitado para cuidar do sistema reprodutor


masculino, que inclui a próstata, testículo, pênis, vesículas seminais, ductos
deferentes e epidídimos. Ademais, esse médico também é responsável por
realizar diagnósticos e tratar problemas relacionados às adrenais, também
chamadas de glândulas suprarrenais, que produzem hormônios importantes
como a adrenalina e o cortisol.

Assim, esse profissional pode atuar em todos os segmentos da urologia


ou se qualificar em uma das subdivisões da especialidade. Exemplos desses
ramos são:
1. Andrologia: em que o profissional cuida exclusivamente do sistema
reprodutor masculino, assim como a sua função sexual e hormônios
envolvidos;
2. Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs): como gonorreia, herpes e
sífilis;
3. Urologia feminina ou pediátrica: em que o profissional se especializa nos
problemas que acometem principalmente essas populações;
4. Uroneurologia: em que o médico atua especialmente em casos de doenças
urinárias consequentes de distúrbios neurológicos;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 228


229

5. Uro-oncologia: para diagnóstico e tratamento específico de tumores


urológicos;
6. Transplante renal.

Assim como acontece com outras especialidades, esse profissional


também atende em consultório médico. Além disso, ele ainda trabalha em
hospitais, para realizar cirurgias, exames diagnósticos e para acompanhar seus
pacientes que estão internados. Como destaque, o urologista tem um papel de
relevância para a saúde dos homens, pois realiza exames preventivos
essenciais, como o exame da próstata, indispensável no check up anual para
diagnosticar de maneira precoce um câncer na região.

Ao todo, as responsabilidades do urologista incluem diagnosticar e


estabelecer o tratamento mais adequado para cada pessoa em relação às
doenças urológicas e genitais. Dessa forma, ele garante a recuperação mais
rápida, com o restabelecimento da saúde e qualidade de vida do paciente.

QUAIS AS DOENÇAS TRATADAS POR ESTE ESPECIALISTA

A lista de doenças tratadas pelo urologista é gigantesca. Entre os


problemas que podem acometer tanto homens quanto mulheres em todas as
idades estão:


- Infecções urinárias, como a cistite e a pielonefrite;
- Inflamações;
- Tumores benignos ou malignos (câncer);
- Cálculos renais, as famosas pedras no rim;
- Incontinência ou obstrução do fluxo urinário.
Para os homens, o urologista identifica e trata problemas como:
- Infertilidade;
- Ejaculação precoce;

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 229


230

- Impotência sexual;
- DSTs;
- Fimose;
- Curvatura peniana;
- Câncer que acomete o sistema reprodutor masculino.

No processo de diagnosticar essas doenças, o médico solicita alguns


exames. Os mais comuns são os de sangue, para avaliar principalmente os
parâmetros bioquímicos relacionados com o trato urinário, como creatinina,
ureia e ácido úrico, além da contagem de leucócitos para verificar uma possível
infecção. Os exames de imagem também podem ser solicitados, os quais
incluem ultrassonografias e ressonância magnética.

Outros exames solicitados são o espermograma para verificar a


quantidade e qualidade dos espermatozoides do paciente; biópsia vesical,
realizadas quando há uma suspeita de câncer de bexiga; fluxometria, para
avaliar o fluxo urinário e uretrocistoscopia, em que a uretra e a bexiga são
visualizadas por meio de um endoscópio para procurar inflamações,
estreitamentos ou tumores.

Um exame que merece destaque é o de próstata, realizado por meio do


toque retal, para avaliar o desenvolvimento precoce de câncer e estabelecer o
tratamento adequado o mais rápido possível. Ademais, um marcador tumoral
chamado PSA, detectado por meio de exame de sangue, também é muito útil
no diagnóstico de tumores de próstata.

Como são diversas as doenças na área, o médico urologista pode


estabelecer os mais diversos tipos de tratamento, prescrevendo o mais
adequado conforme a condição de cada paciente. Entre as opções estão
medicamentos, cirurgias, quimioterapia, radioterapia e outros.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 230


231

QUE SINAIS INDICAM A NECESSIDADE DE PROCURAR UM


UROLOGISTA?

A maioria das pessoas não sabe como identificar situações em que a


procura pelo médico urologista é essencial. Por esse motivo, separamos alguns
sintomas que servem como um sinal de alerta para você visitar o consultório
médico, imediatamente:

1. Dor abdominal
Sentir dores abdominais não é algo normal e, dependendo da região
acometida, pode indicar infecções, cálculos renais, tumores e outros
problemas.
2. Dor lombar
A dor na região lombar é um sinal de problemas no rim, que pode ser um
cálculo, pielonefrite ou tumores.
3. Dor no pênis
Na grande maioria das vezes, sentir dor no pênis indica uma infecção urinária,
mais especificamente na uretra.
4. Dor nos testículos ou epidídimo
Essas dores ocorrem em casos de inflamações, cistos, tumores, varicocele e
outros problemas na bolsa escrotal.
5. Sintomas urinários

Esses sintomas incluem o aumento da frequência urinária, dor ao urinar,


gotejamento, incontinência e intermitência urinária, sangue na urina, diminuição
do fluxo urinário e aumento do número de vezes que é preciso ir ao banheiro à
noite. Eles são indicativos de infecção, inflamação, tumores e lesões renais.
Sintomas relacionados aos órgãos sexuais masculinos Esses incluem
ejaculação precoce, ausência de orgasmo, impotência, perda de libido, dores
durante as relações sexuais, corrimentos, sangue no esperma e verrugas
penianas, os quais indicam infecções e problemas no sistema reprodutor.
É indispensável procurar um urologista assim que você perceber qualquer um

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 231


232

dos sintomas citados acima, porque, assim, é possível evitar agravos e


complicações na sua saúde.

Para os homens com mais de 50 anos, no mínimo uma consulta por ano
com o médico urologista é indispensável para realizar uma bateria completa de
exames preventivos, especialmente quando se trata do câncer de próstata.
Com todos os cuidados e com foco sempre em prevenção, a sua saúde ficará
em dia!

Referência bibliográfica

Conselho Federal de Enfermagem


Implicações ético-legais no exercício da
enfermagem. Mondrian, 2004
SP: Editora Ática, 2001. p. 335.

JAIME ANIBAL 947596026 /993935927 Página 232

Você também pode gostar