Você está na página 1de 3

Quais as vantagens e os riscos de uma Holding?

A Holding é uma estrutura jurídica responsável pela gestão de um determinado tipo de


patrimônio, conjunto de bens de um indivíduo ou grupo/família, atuando como uma
sociedade controladora. Em vista dos benefícios fiscais e contábeis oferecidos, a constituição
de Holdings vem sendo cada vez mais utilizada pelos brasileiros para a proteção de bens ou
multiplicação do capital.

Origem do termo

O conceito de Holding tem origem no verbo em inglês “to hold”, que pode ser traduzido
como o “ato ou ação de segurar”. Ao longo do séc. XV o termo evoluiu, ganhando o
significado de “aquilo que é mantido” ou "propriedade protegida”.

Desde então, a Holding desenvolveu-se como uma estrutura jurídica sofisticada, atuando
como uma empresa de participações ou sociedade controladora, tornando-se referência no
mundo dos negócios e influenciando toda a cultura empresarial nacional e internacional.

Contexto das Holdings no Brasil

Após a Crise Econômica de 1971, o governo brasileiro buscou soluções para atrair novos
investimentos. Em meio a essa instabilidade no território nacional, foi criada, em dezembro
de 1976, a Lei n.º 6.404/76. Conhecida popularmente como a Lei das S/As (Lei das
Sociedades Anônimas), o texto foi baseado na Model Business Corporation Act (MBCA), a
legislação societária americana.

O conceito jurídico de Holding de participações foi oficializado no Artigo 2º: "Pode ser
objeto (social) da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem
pública e aos bons costumes…”. De acordo com o Parágrafo 3º, “A companhia pode ter por
objeto participar de outras sociedades; ainda que não prevista no estatuto, a participação é
facultada como meio de realizar o objeto social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais”.

Com garantia de maior estabilidade e segurança, grandes empresas brasileiras como


Embratel, Petrobras, Shell e Texaco se transformaram em Sociedades Anônimas,
centralizando a gestão de empreendimentos menores como filiais e subsidiárias, obtendo,
dessa forma, acesso a diversas vantagens jurídicas e fiscais.

Benefícios de uma Holding

As Holdings são consideradas umas das estruturas jurídicas mais sofisticadas para a
economia de recursos, diversos benefícios contábeis, blindagem patrimonial total e
transmissão de 100% dos bens aos herdeiros. Além de atuar na redução de impostos, também
são garantidas proteções fiscais e tributárias. Assim, os dados pessoais e financeiros ficam
protegidos, evitando bloqueios em processos judiciais sem mérito.

Além de impedir que informações vazadas prejudiquem a segurança familiar, as Holdings


também eliminam os impostos sobre o ganho de capital imobiliário, garantindo ainda a
imunidade de Inventário, ITCMD e ITBI. Dessa forma, a transferência de bens ocorre de
forma automática aos herdeiros.

A Holding permite ainda um planejamento sucessório tranquilo e harmonioso entre os entes


queridos, já que a transmissão dos bens ocorre de forma automática com regras estipuladas
previamente. Os herdeiros têm acesso ao patrimônio em até 30 dias, com a transferência dos
ativos sendo feita diretamente na Junta Comercial.

A estrutura controladora realiza o processo da sucessão familiar em três etapas: constituição


da empresa; integralização dos bens; e o acordo de acionistas. A integralização dos bens é
realizada logo após a criação da estrutura. Nesta etapa, é preciso ter atenção à natureza de
cada ativo, pois a ação segue procedimentos específicos para cada categoria (imóveis,
dinheiro, automóveis, etc).

Para realizar o processo de sucessão com todos os benefícios citados, as regras de sucessão
são criadas através do acordo de acionistas, documento responsável por oficializar todo o
processo. No papel, são especificadas todas as regras e/ou ordenamentos, evitando potenciais
conflitos entre os herdeiros.

Porém, para usufruir de todos os benefícios, é essencial realizar a operação a partir de uma
Sociedade Anônima (S/A). A Sociedade Limitada (LTDA), criada geralmente por
profissionais de contabilidade, se mostra insuficiente para garantir a blindagem patrimonial e
o acesso a todas essas vantagens, deixando os dados expostos e comprometendo a segurança
jurídica e financeira do proprietário.

Desvantagem e riscos envolvidos em uma Holding

Com exceção do custo para constituir e administrar uma Holding, não há nenhuma
desvantagem contábil ou legal em criar a estrutura jurídica. Na prática, utilizar desta
estratégia em vista do patrimônio ou capital é um investimento, considerando a economia
tributária e todos os benefícios proporcionados.

Em relação aos riscos envolvidos na estruturação ou gestão, muitos especialistas acreditam


que, na realidade, o perigo existe quando não se busca uma proteção mais sofisticada para os
bens. A criação de uma Holding funciona basicamente como um seguro para o patrimônio,
antecipando possíveis dores de cabeça e ameaças que, por descuido ou despreparo, não
estavam (ainda) à vista.
Com mais de 4400 clientes ao redor do mundo, a STLA é referência em Holdings. Entre em
contato e agende uma consulta gratuita com um de nossos especialistas.

Saiba mais sobre a estruturação de uma Holding

Você também pode gostar