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Por volta do final do terceiro ano de vida, o papel sexual principal começa a ser
assumido pelos órgão genitais e, em regra, é por eles mantido até a vida
adulta. A criança apresenta um forte comportamento narcisista, de
representação de si, onde cria uma grandiosa imagem de si mesma.
Inicialmente a criança imagina que tanto os meninos quanto as meninas
possuem um pênis. Ao serem defrontadas com as diferenças anatômicas entre
os sexos, as crianças criam as chamadas "teorias sexuais infantis", imaginando
que as meninas não tem pênis porque este órgão lhe foi arrancado (complexo
de castração). As meninas vêem-se incompletas (por causa da ausência e
conseqüente inveja do pênis). Durante esse período, a criança deseja ver os
genitais das outras crianças, algumas pedem para ver, bem como mostrar
os seus. Sua curiosidade e exibicionismo, naturalmente incluem outras partes
do corpo. Neste período surge o complexo de Édipo, no qual o menino passa a
apresentar uma atração pela mãe e a se rivalizar com o pai, e na menina
ocorre o inverso. É nesse período que a criança se interessa também pelo
papel que o pai desempenha na procriação, pelas atividades sexuais dos pais,
pela origem dos bebês – temas freqüentes de suas fantasias.
Nesse sentido, as repreensões e punições sobre os interesses e atividades
sexuais teriam efeito negativo na posterior identificação sexual. De acordo com
a concepção freudiana, impotência sexual, frigidez, exibicionismo e
homossexualidade são considerados deficiências do ego derivadas do período
fálico.
Neste período, que tem início com a adolescência, há uma retomada dos
impulsos sexuais, o adolescente passa a buscar, em pessoas fora de seu
grupo familiar, um objeto de amor. A adolescência é um período de mudanças
no qual o jovem tem que elaborar a perda da identidade infantil e dos pais, da
infância, para que pouco a pouco possa assumir uma identidade adulta.
Ele procura se diferenciar do outro, ao mesmo tempo em que procura se inserir
num grupo com estilos e gostos próprios.
O período da latência culminará, em seu fecho na fase da organização
sexual completa, selada pela puberdade, por volta dos 11 a 12 anos de idade.
Aqui o sujeito busca objeto sexual fora de si, ou seja, almeja satisfazer
suas pulsões sexuais com alguém do sexo oposto, a menos que ocorra o que
Freud denomina inversão. Ordinariamente todo objeto sexual busca um alvo
sexual, que, para não ser caracterizado com perversão deverá resultar no
coito, daí a importância desta fase de genitalização respeitando as diferenças
anatômicas.
REFERÊNCIAS