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Aula 4

Limites. Uma introdução intuitiva

4.1 Conceituando limites através de exemplos

Nos capítulos anteriores, fizemos uso de um limite especial para calcular derivadas, a
f(x + ∆x) − f(x)
saber o limite f ′ (x) = lim .
∆x→0 ∆x
Neste capítulo veremos os limites como ferramentas de estudo do comportamento
de funções reais, provendo informações importantes sobre seus gráficos.
A definição formal de limite é matematicamente sofisticada, requerendo muitas
horas de estudo para ser entendida. O leitor interessado poderá encontrá-la em bons
livros-textos de Cálculo1 . Ocorre porém que, em um primeiro curso de Cálculo, a de-
finição de limite tem pouca ou nenhuma serventia quando queremos calcular limites.
Faremos uma exploração intuitiva do conceito de limite e de suas propriedades, através
de exemplos e interpretações gráficas.

Exemplo 4.1. Considere a função f(x) = 2x + 3. Quando x assume uma sequência de


valores aproximando-se mais e mais de 0, o número f(x) = 2x + 3 assume uma sequência
de valores aproximando-se de 2 ⋅ 0 + 3 = 3. Por exemplo, suponhamos que x assume
sucessivamente os valores da sequência

0, 1; 0, 01; 0, 001; 0, 0001; 0, 00001; ...

aproximando-se mais e mais do número 0. Então a função f(x) assumirá sucessivamente


os valores da sequência

3, 2; 3, 02; 3, 002; 3, 0002; 3, 00002; ...

aproximando-se mais e mais do número 3.


1
Para o leitor interessado, uma referência recomendada é Hamilton Luiz Guidorizzi. Um curso de
cálculo: volume 1. 6a ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

33
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Dizemos então que o limite de f(x), quando x tende a 0, é igual a 3, e escrevemos

lim f(x) = 3
x→0

Suponhamos que f(x) é uma função real definida em uma reunião de intervalos, e
que x0 é um ponto no interior ou no extremo de um desses intervalos. Os matemáticos
dizem que lim f(x) = L (L ∈ R) quando podemos fazer f(x) arbitrariamente próximo
x→x0
de L, tomando x suficientemente próximo de x0 , mantendo x ≠ x0 . No exemplo em que
f(x) = 2x + 3, podemos fazer f(x) próximo de 3 o quanto quisermos, bastando tomar x
bem próximo de 0.

Exemplo 4.2. Aqui temos uma lista de exemplos intuitivos, em que fazemos uso de
propriedades intuitivas do cálculo de limites.

1. lim x = a (a ∈ R)
x→a

2. lim xn = an (n ∈ N, a ∈ R)
x→a

3. Sendo p(x) = an xn + an−1 xn−1 + ⋯ + a1 x + a0 , (n ∈ N, an , . . . , a0 todos


reais),
lim p(x) = an xn0 + an−1 xn−1
0 + ⋯ + a1 x0 + a0 = p(x0 )
x→x0

x3 − 3 lim (x3 − 3) 8 − 3
x→2
4. lim 2 = = =1
x→2 x + 1 lim(x2 + 1) 4 + 1
x→2

Definição 4.1 (Continuidade de f(x) em x0 ). Nos exemplos anteriores, de limites


com x tendendo a x0 , tivemos sempre x0 no domínio de f e lim f(x) = f(x0 ).
x→x0
Quando isto ocorre, dizemos que f é contínua no ponto x0 .

No próximo exemplo, é proposto o cálculo de um limite em que x → x0 , mas x0


não está no domínio de f.
x3 − 8
Exemplo 4.3. Calcular lim .
x→2 x−2

x3 − 8
Solução. Note que, sendo f(x) = , temos que 2 ∈/ D(f). Quando x se aproxima
x−2
de 2, x3 se aproxima de 8. Um cálculo direto nos dá então

x3 − 8 8 − 8 0
lim = =
x→2 x−2 2−2 0
Limites. Uma introdução intuitiva 35

Este resultado, 0/0, é muito comum no cálculo de limites, e não tem significado como
valor de um limite. A expressão 0/0 é um exemplo de um símbolo de indeterminação
ocorrendo em uma tentativa de cálculo de um limite. A ocorrência desta expressão
significa que o limite ainda não foi calculado.
Para evitar o símbolo de indeterminação 0/0, neste exemplo fazemos
x3 − 8 (x − 2)(x2 + 2x + 4)
lim = lim
x→2 x − 2 x→2 x−2
 2
(x−2)(x + 2x + 4)
= lim

x→2 x−2
  
2
= lim(x + 2x + 4) (pois x ≠ 2)
x→2
2
= 2 + 2 ⋅ 2 + 4 = 12

Exemplo 4.4 (Cálculo de um limite com mudança de variável).



3
x+1−1
lim = ?
x→0 x

Um cálculo direto nos dá 0/0, uma indeterminação.


√3
Podemos fazer a mudança de variável. y = x + 1.
Temos então y3 = x + 1, e portanto x = y3 − 1.
Quando x tende a 0, y tende a 1 (em símbolos: se x → 0, então y → 1). E aí
temos
√3
x+1−1 y−1
lim = lim 3
x→0 x y→1 y − 1
y−1
= lim
y→1 (y − 1)(y2 + y + 1)

1 ⋅
(y−1)

= lim  2
(y−1)(y
y→1  + y + 1)
1 1
= lim 2 =
y→1 y + y + 1 3

4.2 Limites infinitos. Limites no infinito


1
Consideremos agora a função f(x) = . Temos que o domínio de f é o conjunto dos
x2
números reais diferentes de 0, simbolicamente D(f) = R − {0}. Observe a tabela 4.1.
Ali fizemos uso do fato de que f é uma função par : f(−x) = f(x) para todo x ∈ D(f).
Na primeira coluna da tabela 4.1, temos valores de x (positivos e negativos) cada
vez mais próximos de 0. Na última coluna, vemos que os valores correspondentes de f(x)
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tornam-se cada vez maiores. Neste exemplo, podemos fazer f(x) maior que qualquer
número real positivo, tomando x suficientemente próximo de 0. Dizemos que o limite
de f(x), quando x tende a 0 é “+ infinito”, e escrevemos

lim f(x) = +∞
x→0

ou seja, 
1
lim = +∞
x→0 x2 

Tabela 4.1.

1
x x2 f(x) = x2

±1 1 1
±0, 5 0, 25 4
±0, 2 0, 04 25
±0, 1 0, 01 100
±0, 01 0, 0001 10000
±0, 001 0, 000001 1000000

A interpretação geométrica de lim(1/x2 ) = +∞ pode ser visualizada na figura 4.1,


x→0
em que temos um esboço do gráfico da curva y = 1/x2 .
Agora observe a tabela 4.2. Notamos agora que, à medida que x cresce indefi-
1
nidamente, assumindo valores positivos cada vez maiores, f(x) = 2 torna-se cada vez
x
mais próximo de 0. Isto também é sugerido pela figura 4.1. Neste caso, dizemos que o
limite de f(x), quando x tende a “+ infinito”, é igual a 0, e escrevemos

1
lim =0

x→+∞ x2 

Nas tabelas 4.1 e 4.2 também ilustramos:



lim x2 = 0 lim x2 = +∞
x→0 x→+∞
 
Também podemos facilmente inferir

1
lim x2 = +∞ lim =0
x→−∞

x→−∞ x2 
Limites. Uma introdução intuitiva 37

Figura 4.1. lim 1/x2 = +∞, ou seja, à medida que x se aproxima de 0, y = f(x) torna-se
x→0
cada vez maior. Também lim 1/x2 = 0, ou seja, à medida que x cresce, tomando
x→+∞
valores cada vez maiores, f(x) aproxima-se de 0. E ainda lim 1/x2 = 0.
x→−∞
y
16

-2 -1 0 1 2 x

Tabela 4.2.

1
x x2 f(x) = x2

1 1 1
1
2 4 4 = 0, 25
1
5 25 25 = 0, 04
10 100 0, 01
100 10000 0, 0001
103 106 10−6

Com estes exemplos simples iniciamos uma álgebra de limites com o símbolo ∞:

(+∞) + (+∞) = +∞ (−∞) + (−∞) = −∞


(±∞)2 = +∞ (+∞)(−∞) = −∞
(+∞)3 = +∞ (−∞)3 = −∞
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(−∞)(inteiro positivo par) = +∞ (−∞)(inteiro positivo ímpar) = −∞


1 1 c
(±∞)−n = n
= = 0 (n > 0, n ∈ Z) = 0 (c constante)
(±∞) ±∞ ±∞
+∞ + c = +∞ (c constante) −∞ + c = −∞ (c constante)

⎧ ⎧

⎪ +∞ se c > 0 ⎪ +∞ se c < 0

c ⋅ (+∞) = ⎨ c ⋅ (−∞) = ⎨


⎩ −∞ se c < 0 ⎩ −∞ se c > 0


⎧ ⎧
+∞ ⎪ ⎪ +∞ se c > 0 −∞ ⎪ ⎪ +∞ se c < 0
=⎨ =⎨
c −∞ se c < 0 c
⎩ −∞ se c > 0

⎪ ⎪

Mas atenção! Cautela com essa nova “aritmética”! Os “resultados”


±∞
(+∞) − (+∞) (−∞) + (+∞) 0 ⋅ (±∞)
±∞
são novos símbolos de indeterminação. Nada significam como valores de limi-
tes. Se chegarmos a algum deles no cálculo de um limite, temos que repensar o
procedimento de cálculo.

3x2 − 2x − 1
Exemplo 4.5. Calcular lim
x→+∞ x3 + 4

Solução. Uma substituição direta nos dá


3x2 − 2x − 1 +∞ − (+∞) − 1
lim =
x→+∞ x3 + 4 +∞ + 4
Para evitarmos símbolos de indeterminação, fazemos

3x2 − 2x − 1 x2 (3 − x2 − x12 )
lim = lim
x→+∞ x3 + 4 x→+∞ x3 (1 + x43 )
3 − x2 − x12 2
3 − +∞ − +∞1
= lim =
x→+∞ x(1 + x43 ) +∞(1 + +∞4
)
3−0 3
= = =0
+∞ ⋅ (1 + 0) +∞
Exemplo 4.6. Calcular lim (x5 − x3 )
x→−∞

Temos
lim (x5 − x3 ) = (−∞)5 − (−∞)3 = (−∞) − (−∞) = (−∞) + (+∞), portanto
x→−∞
chegamos a um símbolo de indeterminação.
Limites. Uma introdução intuitiva 39

Podemos no entanto fazer


1
lim (x5 − x3 ) = lim x5 (1 − x12 ) = (−∞)5 ⋅ (1 − +∞ ) = (−∞) ⋅ (1 − 0) = −∞.
x→−∞ x→−∞

p(x)
Nos limites da forma lim , em que p(x) e q(x) são polinômios em x,
x→±∞ q(x)
prevalecem os termos de maior grau de ambos os polinômios, ou seja, se

p(x) = an xn + an−1 xn−1 + ⋯ + a1 x + a0 ,

q(x) = bm xm + bm−1 xm−1 + ⋯ + b1 x + b0


p(x) an x n
então lim = lim .
x→±∞ q(x) x→±∞ bm xm

Deixamos a dedução disto para o leitor, como um exercício.


Por exemplo, no exemplo 4.5 estudado anteriormente, poderíamos ter feito

3x2 − 2x − 1 3x2 3 3
lim 3
= lim 3
= lim = =0
x→+∞ x +4 x→+∞ x x→+∞ x +∞

Mas atenção. Isto só vale para limites de quocientes de polinômios, em que


x → ±∞.

1
Exemplo 4.7. Calcular lim .
x→0 x

Solução. Aqui podemos ser induzidos a dizer, tal como no exemplo do limite lim x12 ,
x→0
que lim x1 é infinito. Ok, mas qual “infinito”? +∞ ou −∞ ? A resposta é, neste caso,
x→0
nenhum dos dois!
Se x se aproxima de 0 por valores positivos, então 1/x tende a +∞. Porém se x se
aproxima de 0 assumindo somente valores negativos, então 1/x tende a −∞ (∣1/x∣ fica
cada vez maior, porém 1/x mantém-se sempre < 0).
1
Neste caso, dizemos que não existe o limite lim .
x→0 x

1
O comportamento da função f(x) = , nas proximidades de x = 0, será melhor
x
estudado na próxima aula, quando introduziremos o conceito de limites laterais.
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4.3 Ilustrações geométricas da ocorrência de al-


guns limites

Na figura 4.2 temos um exemplo de esboço de um gráfico de uma função definida no


conjunto R − {x0 }, para a qual lim f(x) = a e lim f(x) = b = f(x1 ).
x→x0 x→x1

Figura 4.2. x0 não está no domínio de f, lim f(x) = a, e lim f(x) = b = f(x1 ).
x→x0 x→x1

y
y = f(x)
a

0 x0 x1 x

Na figura 4.3 temos um exemplo de esboço de um gráfico de uma função definida


em todo o conjunto R, para a qual lim f(x) = a e lim f(x) = b.
x→+∞ x→−∞

Figura 4.3. lim f(x) = a, e lim f(x) = b.


x→+∞ x→−∞

y
y = f(x)

b
x
0

Na figura 4.4, página 42, temos um exemplo de esboço de um gráfico de uma


função definida em R − {a}, para a qual lim f(x) = +∞.
x→a
Limites. Uma introdução intuitiva 41

Na figura 4.5, página 42, temos um exemplo de esboço de um gráfico de uma


função definida em R − {a}, para a qual lim f(x) = −∞.
x→a

Na figura 4.6, página 42, ilustramos um exemplo de esboço de um gráfico de uma


função definida em R−{a}, para a qual lim f(x) = −∞, lim f(x) = b e lim f(x) = −∞.
x→a x→−∞ x→+∞

4.4 Problemas
1. Calcule os limites.

x2 − 4 (i) lim
√ 15
(a) lim x→ 2
x→2 x − 2

x2 − x 2x2 + 5x − 3
(b) lim 2 (j) lim
x→1 2x + 5x − 7 x→1/2 6x2 − 7x + 2

k2 − 16 x3 + 8
(c) lim √ (k) lim 4
k→4 x→−2 x − 16
k−2
6s − 1
(x + h)3 − x3 (l) lim
(d) lim s→4 2s − 9
h→0 h
3
x2 1
h +8 (m) lim ( − )
(e) lim x→1 x − 1 x−1
h→−2 h + 2 √
1 4 − 16 + h
(f) lim (n) lim
z→10 z − 10 h→0 h
1 (4t2 + 5t − 3)3
(g) lim (o) lim
x→1 (x − 1)4 t→−1 (6t + 5)4
(h) lim 2 (2 + h)−2 − 2−2
√ (x + 3)(x − 4) (p) lim
x→ 2 h→0 h

2. Demonstre que se

p(x) = an xn + an−1 xn−1 + ⋯ + a1 x + a0 , e


q(x) = bm xm + bm−1 xm−1 + ⋯ + b1 x + b0 ,

sendo a0 , . . . , an , b0 , . . . , bn números reais com an ≠ 0 e bm ≠ 0, então

(a) lim p(x) = lim an xn


x→±∞ x→±∞

p(x) an x n
(b) lim = lim
x→±∞ q(x) x→±∞ bm xm
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Figura 4.4. lim f(x) = +∞.


x→a

y = f(x)

0 a x

Figura 4.5. lim f(x) = −∞.


x→a
y

a
0 x

y = f(x)

Figura 4.6. lim f(x) = −∞, lim f(x) = b, e lim f(x) = −∞.
x→a x→−∞ x→+∞

a
0 x

y = f(x)
b
Limites. Uma introdução intuitiva 43

3. Calcule os limites.

2x + 3 (2x + 3)3 (2 − 3x)2


(a) lim √ (e) lim
x→+∞ x + 3 x x→+∞ x5 + 5
√ √

3
(f) lim ( x + a − x)
x→+∞
x2 + 1 √
(b) lim
x→+∞ x + 1 (g) lim ( x2 + ax − x)
x→+∞

3
2x2 − x + 3 (h) lim (x + 1 − x3 )
(c) lim x→+∞
x→+∞ x3 − 8x − 5 √
3
(i) lim ( x + 8x3 − 2x)
x→+∞
2x2
− 3x − 4 √
(d) lim √ (j) lim x( x2 + 1 − x)
x→−∞ x2 + 1 x→+∞

4. Considerando as duas primeiras colunas da tabela 4.1, de valores para a função


g(x) = x2 , Joãozinho argumentou que, quanto mais próximo de 0 é o valor de x,
mais próximo de −1 fica g(x). Explique por que Joãozinho está certo. Isto quer
dizer que lim g(x) = −1 ? Explique.
x→0
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4.4.1 Respostas e sugestões



1. (a) 4 (b) 1/9 (c) 32 (d) 3x2 (e) 12 (f) não existe (g) +∞ (h) 5 2 − 20 (i) 15
(j) −7 (k) −3/8 (l) −23 (m) 2 (n) −1/8 (o) −64 (p) −1/4

2. (b)

p(x) an xn (1 + aan−1
nx
+ ⋯ + anax1n−1 + ana0xn )
lim = lim
x→±∞ q(x) x→±∞
bm xm (1 + bbm−1
mx
+ ⋯ + bmbx1m−1 + bmb0xm )
an xn 1 + aan−1
nx
+⋯+ a1
an xn−1
+ ana0xn
= lim ⋅ lim
x→±∞ bm xm x→±∞ 1 + bm−1 + ⋯ + b1
+ bmb0xm
bm x bm xm−1
an xn 1 + a±∞
n−1 a1
+ ⋯ + ±∞ a0
+ ±∞
= lim ⋅ lim
x→±∞ bm xm x→±∞ 1 + bm−1 + ⋯ + b1 + b0
±∞ ±∞ ±∞
an xn 1+0+⋯+0 an x n
= lim ⋅ = lim
x→±∞ bm xm 1 + 0 + ⋯ + 0 x→±∞ bm xm

3. (a) 2 (b) 0 (c) 0


(d) +∞.
2x2 − 3x − 4 x2 (2 − x3 − x42 ) x2 (2 − x3 − x42 )
Sugestão. lim √ = lim √ = lim √ .
x→−∞ x2 + 1 x→−∞ x→−∞
x2 (1 + 12 )x
∣x∣ 1 + 12 x
Agora, como x → −∞, temos x < 0, e então ∣x∣ = −x.
(e) 72
(f) 0.
√ √ √ √
√ √ ( x + a − x)( x + a + x)
Sugestão. x + a − x = √ √ .
x+a+ x
(g) a/2 (h) 0.
Sugestão. Para contornar
√ a indeterminação
√ +∞ −√∞, faça
3 3 3

3
3
(x + 1 − x )[x − x ⋅ 1 − x3 + ( 1 − x3 )2 ]
3 2
x+ 1−x = √
3

3
, e use a identidade
x2 − x ⋅ 1 − x3 + ( 1 − x3 )2
(a + b)(a2 − ab + b2 ) = a3 + b3 .
(i) 0.
Sugestão. Aproveite a idéia usada na solução do problema anterior, agora fazendo uso
da identidade (a − b)(a2 + ab + b2 ) = a3 − b3 .
(j) 1/2

4. Joãozinho está certo, pois x2 , sendo positivo, ao se tornar cada vez mais próximo de 0
fica também cada vez mais próximo de −1. Podemos notar que a sequência de quadrados
que aparece na tabela 4.1 é a sequência 1 0, 25 0, 04 0, 01 0, 0001 0, 000001 . . .
Cada termo a partir do segundo está mais próximo de −1 que seu antecessor! Mas isto
não quer dizer que o limite de x2 quando x tende a 0 seja −1. “Cada vez mais próximo”
não quer dizer “arbitrariamente próximo”, que é o termo correto no contexto de limites.

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