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GUIA DE AVALIAÇÃO

DE PREFERÊNCIAS
Sumário
Avaliação de Preferências..................................................3

de Preferência de Estímulo Múltiplo sem Substituição


(MSWO).............................................................................11

Avaliação de Preferência de Estímulo Múltiplo com Substi-


tuição (MSW)....................................................................19

Avaliação de Preferência de Estímulo Pareado...............25

Avaliação de Preferência de Estímulo Único....................32

Observação de Operante Livre.....................................38


Avaliações de
Preferência
O que são avaliações de preferência e por que devo realizá-las?

Para crianças mais velhas e típicas crianças em


desenvolvi- mento, geralmente é simples determinar potenciais
reforçadores (ou seja, itens que reforçam comportamentos
direcionados). Muitas vezes, você pode simplesmente
perguntar o que elas gostam ou com o que querem trabalhar!
Para crianças mais novas e crianças com deficiências, os
potenciais reforçadores são, por vezes, menos óbvios.
Reforços comumente assumidos - como tokens e elogios
sociais - podem não ser reforçadores para crianças com
deficiências e, na verdade, podem até punir com- portamentos
apropriados!

Avaliações de preferência são observações ou avaliações


baseadas em testes que permitem aos profissionais
determinar uma hierarquia de preferências. Uma hierarquia de
preferências indica quais itens são altamente preferidos,
moderadamente pre- feridos e de baixa preferência por uma
criança. Às vezes (mas nem sempre), os itens mais preferidos
pela criança podem ser usados para reforçar comportamentos
apropriados. As avalia- ções de preferência podem ser usadas
para determinar hierar- quias para brinquedos, itens
comestíveis, interações sociais, ati- vidades, cuidadores, locais
e muito mais.

3
No entanto, essa descrição se concentrará principalmente
em cinco tipos de avaliações de preferência normalmente
reali- zadas com brinquedos ou itens comestíveis:

Avaliações de Preferência de Estímulo Múltiplo sem Reposi-


ção (MSWO)
Avaliações de Preferência de Estímulo Múltiplo com
Substtui- ção (MSW)
Avaliações de Preferência de Estímulo
Pareado Avaliações de Preferência de
Estímulo Único Observações do Operante
Livre

Geralmente, as avaliações de preferência com itens comes-


tíveis (alimentos) são realizadas separadamente das
avaliações de preferência com itens tangíveis (brinquedos).
Professores normalmente reforçam um único comportamento
direcionado com itens comestíveis OU com itens tangíveis,
mas não com ambos.

Além disso, as avaliações de preferência são conduzidas


de forma ligeiramente diferente - com comestíveis, os itens
são consumidos e não precisam ser retirados; com
brinquedos, os itens são retirados após um período de tempo
predeterminado.

Nota: Ao realizar avaliações


de preferência comestíveis,
use sempre luvas e coloque
itens alimentares em uma
su- perfície higienizada (por
exemplo, toalha de papel ou
tábua grande).
SPuaptroicritae LIEobAoCd-esuApzoervteed@oie- apca.tnriecti.ab.rlo-bIoP@: 1h8o7tm.8a6i.l7.c7o.1m80- IP: 191.33.229.18 4
Qual é a diferença entre um item altamente
preferido e um reforçador?

Avaliações de preferência podem ser usadas para determinar


as hierarquias de preferência de um grupo limitado de itens.
As avaliações de preferência só podem determinar uma
classificação dos itens que você testa e os itens que você
seleciona não têm garantia de serem reforçadores. Por exemplo,
se um professor der uma escolha de seis verduras a uma criança
que não goste de ver- duras, ela ainda poderá fazer seleções
durante uma avaliação de preferência, mesmo que seja
improvável que desempenhe tarefas acadêmicas para obtê-las.
Para aumentar a probabilidade de que sua avaliação de
preferência determine reforçadores, inclua itens que você acha
que podem ser altamente preferidos pela criança. Se você não
tiver certeza de quais itens a criança prefere, realize primeiro
uma Observação de Operante Livre.

As avaliações de preferência são pro-


jetadas para determinar hierarquias sob
o conjunto específico de circunstâncias
em que são conduzidas. Por exemplo,
uma criança pode indicar alimentos
altamente preferidos antes do almoço,
mas se recusa a ir ao banheiro para
obter os alimentos imediatamente após o
almoço. Da mesma forma, as
preferências das crianças mudam com
frequência, pois elas se satis- fazem com
brinquedos com os quais brin- caram
com mais frequência e descobrem
brinquedos novos e interessantes.
Confor- me discutido na página “Reforço
Diferen- cial”, para evitar a saciedade
frequente com reforçadores, pode ser útil
fazer com que os itens mais preferidos
da criança de- pendam de
comportamentos direcionados (ou seja,
quando comportamentos direcio- nados
que são de importância considerá- vel
são intencionalmente reforçados).
5
Com que frequência devo realizar avaliações de preferência?

Você pode avaliar reforçadores frequentemente (por


exem- plo, durante todas as sessões de instrução) ou menos
frequente- mente (por exemplo, uma vez por mês). Você deve
realizar ava- liações com mais frequência para crianças cujas
preferências pa- recem mudar regularmente ou quando o
comportamento de uma criança mostra que um ex-reforçador
pode não ser mais preferi- do (por exemplo, não se envolver
com um item quando permiti- do, não consumir alimentos
comestíveis anteriormente preferi- dos).

Além das avaliações de preferência formais descritas nas


páginas a seguir, você também pode realizar avaliações infor-
mais com ainda mais frequência. Antes de uma sessão acadêmi-
ca, por exemplo, você pode mostrar fotos laminadas de dois
ou três itens comestíveis altamente preferidos e perguntar à
criança com qual deles ela gostaria de trabalhar. Antes de fazer
uma soli- citação (por exemplo, ir ao banheiro), você pode
mostrar à criança uma caixa de seus brinquedos especiais e
deixá-la esco- lher qual ela terá após atender à demanda.
Esse tipo de avalia- ção informal garante que os reforçadores
oferecidos sejam con- sistentes com as mudanças nas
preferências da criança.

Além disso, para crianças com linguagem expressiva ade-


quada, você pode frequentemente verificar com a criança suas
preferências. Para crianças que não são comunicadoras
verbais fluentes, você pode frequentemente verificar com os
pais ou outros profissionais para determinar se notaram
alguma altera- ção nas preferências da criança.
6
Como sei que tipo de avaliação de preferência devo realizar com meu
filho?

As páginas a seguir fornecem uma visão geral de cinco avaliações de preferência: (1)
estímulo múltiplo sem substituição (MSWO), (2) estímulo múltiplo com substituição
(MSW), (3) estímulo pareado,
(4) estímulo único e (5) operante livre.

Você tem uma


compreensão dos tipos
de itens que a criança
gosta e não gosta?

SIM NÃO

A criança é capaz de
selecionar consistentemen-
Nenhuma Observação
te entre dois itens sem
de Operante Livre
escolher o mesmo lado?

SIM NÃO

A criança é capaz de
selecionar entre três ou Estímulo Único ou
mais itens sem escolher o Observação de
mesmo lado? Operante Livre

SIM NÃO

A criança se envolve em Avaliação de


comportamento desafiador Preferência de
quando brinquedos ou itens Estímulo Pareado
favoritos são retirados?

SIM NÃO

Estímulo Múltiplo com Substi-


Sem Estímulo
tuição (MSW) para brinquedos;
Múltiplo sem
Estímulo Múltiplo sem Substi-
Substituição
tuição (MSWO) para itens
(MSWO)
comestíveis

7
Avaliações de Preferência de Estímulo Múltiplo sem
Substi- tuição (MSWO) são apropriadas para crianças que
podem sele- cionar itens preferidos adequadamente entre
uma variedade considerável de itens. Avaliações com itens
tangíveis (ou seja, brinquedos) também são apropriadas para
crianças que não se envolvem em comportamentos desafiadores
quando brinquedos preferidos são retirados. Para crianças com
as habilidades de pré-requisito, essa é a maneira mais rápida e
precisa de determi- nar uma hierarquia para um grande número
de itens. No entanto, se uma criança se envolver em
comportamento problemático quando brinquedos preferidos
são retirados, um MSW deve ser usado. Se uma criança puder
selecionar itens altamente preferi- dos em relação a itens de
baixa preferência, mas não é capaz de analisar mais de dois
itens em uma superfície, uma Avaliação de Preferência de
Estímulo Pareado deverá ser usada. Se uma crian- ça não puder
escolher itens altamente preferidos em relação a itens de baixa
preferência ou demonstrar um viés lateral (ou seja, selecionar
itens apenas em um lado), uma Avaliação de Preferên- cia de
Estímulo Único ou Observação de Operante Livre deve ser
usada.

As Avaliações de Preferência de Estímulo Múltiplo com


Subs- tituição (MSW) também são apropriadas para crianças
que podem selecionar itens preferidos adequadamente entre
uma grande variedade de itens. Para itens tangíveis (ou seja,
brinque- dos), também é apropriado para crianças que se
envolvem em comportamentos desafiadores quando
brinquedos preferidos são retirados. Embora um MSW consuma
mais tempo do que um MSWO, a criança sempre tem a opção de
escolher o mesmo brin- quedo, o que pode evitar um
comportamento desafiador ou um rapport danificado com
novos praticantes. No entanto, se uma criança puder
selecionar itens altamente preferidos em vez de itens de baixa
preferência, mas não conseguir analisar mais de dois itens em
uma superfície, uma Avaliação de Preferência de Estímulo
Pareado deverá ser usada. Se uma criança não puder escolher
itens altamente preferidos em relação a itens de baixa
preferência ou demonstrar um viés lateral (ou seja, selecionar
itens apenas em um lado), devem ser usadas Avaliações de
Prefe- rência de Estímulo Único ou Observações de Operante
Livre.

8
As Avaliações de Preferência de Estímulo
Pareado são apropriadas para crianças que
podem selecionar adequadamente itens
preferi- dos entre duas opções. Com o intuito
de deter- minar se uma avaliação de
preferência por estí- mulo pareado seria
apropriada, apresente à criança itens
altamente preferidos conhecidos e itens de
baixa preferência conhecidos, um ao lado do
outro, e avalie se a criança escolhe con-
sistentemente o item altamente preferido ao
item de baixa preferência. Geralmente, as avalia-
ções de preferência de estímulo pareado
deter- minam com mais precisão as
preferências de uma criança do que as
avaliações de preferência de estímulo único.
No entanto, se uma criança não puder
escolher itens altamente preferidos a itens de
baixa preferência ou demonstrar um viés
lateral (ou seja, selecionar itens apenas em
um lado), Avaliações de Preferência de
Estímulo Único ou Observações de Operante
livre devem ser usadas.
9
As Avaliações de Preferências de Estímulo Único,
também conhecidas como avaliações de “escolha sucessiva”,
são apro- priadas para crianças que são incapazes de
selecionar entre itens altamente preferidos e itens de baixa
preferência. Estas também são apropriados para crianças que
se envolvem em comportamentos desafiadores quando
brinquedos preferidos são retirados, porque as crianças
podem continuar engajadas com brinquedos até que decidam
parar ou desistir deles. Ava- liações de preferência de
estímulo único podem não ser apro- priadas se você tiver
tempo limitado para realizá-las.
Observações de Operantes Livres são apropriadas para
todas as crianças e são observações simples para se fazer regu-
larmente em uma sala de aula caso uma observação puder
ser agendada durante um período em que a criança tiver a
oportu- nidade de escolher entre muitos itens ou atividades
diferentes (por exemplo, brincadeiras livres). Essas são
avaliações apro- priadas para crianças que se envolvem em
comportamentos desafiadores quando brinquedos preferidos
são retirados, porque os itens nunca são retirados após a
seleção ou engaja- mento. Também pode ser apropriado
serem conduzidas pelo novo praticante de uma criança, pois
ele pode ser incapaz de identificar uma série de reforços
prováveis sem a observação prévia da criança.

Para citar esta página (APA 6ª


edição):

Chazin, K.T. & Ledford, J.R. (2016).


Preferen- ce assessments. In Evidence-
based instruc- tional practices for young
children with autism and other disabilities.
Obtido em ht-
tp://vkc.mc.vanderbilt.edu/ebip/preference-
-assessments
SPua
Avaliação de Preferência de Estímulo
Múltiplo sem Substituição (MSWO)

Uma Avaliação de Preferência de MSWO permite que um


professor crie uma hierarquia das preferências da criança em um
período de tempo muito curto. Essa é uma avaliação
apropriada para crianças que são capazes de selecionar itens
preferidos entre uma grande variedade de itens.

No entanto, se uma criança se envolver em


comportamento problemático quando um brinquedo preferido
é retirado, uma Avaliação de Preferência de MSW deve ser
usada para itens tan- gíveis (ou seja, brinquedos). Se uma
criança for capaz de esco- lher itens altamente preferidos em
vez de itens de baixa prefe- rência, mas não conseguir
analisar mais do que dois itens em uma superfície, uma
Avaliação de Preferência de Estímulo Parea- do deverá ser usada.
Se uma criança não puder escolher itens al- tamente preferidos
em vez de itens de baixa preferência ou de- monstrar um viés
lateral (ou seja, selecionar itens apenas de um lado), uma
Avaliação de Preferência de Estímulo Único ou Obser- vação de
Operante Livre deve ser usada.

Uma Avaliação de Preferência de MSWO permite que um


professor crie uma hierarquia das preferências da criança em um
período de tempo muito curto. Essa é uma avaliação
apropriada para crianças que são capazes de selecionar itens
preferidos entre uma grande variedade de itens.

1
No entanto, se uma criança se envolver
em comportamento problemático
quando um brinquedo preferido é
reti- rado, uma Avaliação de
Preferência de MSW deve ser usada
para itens tangí- veis (ou seja,
brinquedos). Se uma criança for
capaz de escolher itens al- tamente
preferidos em vez de itens de baixa
preferência, mas não conseguir
analisar mais do que dois itens em uma
superfície, uma Avaliação de
Preferên- cia de Estímulo Pareado
deverá ser usada. Se uma criança não
puder esco- lher itens altamente
preferidos em vez de itens de baixa
preferência ou de- monstrar um viés
lateral (ou seja, sele- cionar itens
apenas de um lado), uma Avaliação
de Preferência de Estímulo Único ou
Observação de Operante Livre deve
ser usada.

Antes de começar, você deve


coletar os seguintes materiais:

Ficha de coleta de dados.

Um conjunto de 5-7 itens co-


mestíveis que podem ser con-
sumidos em uma mordida ou
5-7 brinquedos.
12
Agora você e a criança estão prontos para começar.

1. Sente-se em frente à criança em uma mesa ou no chão.

2. Coloque todos os itens em linha reta ao alcance da criança


por ordem da letra atribuída. Se a criança não conseguir
esperar até o direcionamento da tarefa para fazer uma
seleção, bloqueie a visão dos itens com um livro ou uma
prancheta grande.

3. Levante o livro ou a prancheta (se você estiver bloqueando a


visão da criança) e dê o direcionamento da tarefa, “Escolha
um”, ou, “Qual você quer?”.

4. Se a criança tentar pegar mais de um item, bloqueie o


acesso a ambos os itens e repita o direcionamento da tarefa,
“Escolha um”, ou, “Escolha um por agora. Em seguida, iremos
escolher outro”.

5. Permita que a criança consuma o item comestível ou brinque


com o brinquedo. Bloqueie o acesso aos estímulos restantes
du- rante este período.

6. Enquanto a criança estiver consumindo o item comestível ou


brincando com o brinquedo, mova o item mais à esquerda para
a posição mais à direita. Isso permitirá que você detecte se a
crian- ça está escolhendo apenas de um lado.

7.Se você estiver usando brinquedos, remova o brinquedo


esco- lhido após 15-30 segundos e coloque-o fora de vista. Se
você es- tiver usando itens comestíveis, espere até que a
criança termine o item comestível e não o substitua. Assim, para
cada teste, você terá um item a menos disponível do que no
teste anterior.

8. Repita as etapas de 4 a 7 até que não haja mais itens ou até


que a criança se recuse a fazer outras seleções.

1
Agora que terminei de realizar várias avaliações de preferência
de MSWO, como determino a hierarquia das preferências da
criança?

Para cada item no conjunto, some os números dos testes nos quais
o item foi selecionado durante cada sessão. Por exemplo, se uma
criança escolhe fatias de maçã primeiro em três sessões, você soma
os núme- ros dos testes (1 + 1 + 1) para um total de 3. Se uma
criança escolher ce- nouras como o quinto, o sexto e o sétimo item
em três sessões, some os números dos testes (5 + 6 + 7) para um
total de 18. Os itens com os totais mais baixos são os itens com
preferência mais alta da criança e os itens com os totais mais altos
são os itens com preferência mais baixa da criança. Desta forma,
neste exemplo, as fatias de maçã são mais preferidas do que as
cenouras. Quaisquer itens que não sejam es- colhidos pela criança em
uma sessão devem ser atribuídos o maior número disponível (por
exemplo, o número total de itens). Portanto, se houver seis itens e
dois não forem escolhidos, o número 6 deverá ser atribuído a
ambos.

14
Aqui está um exemplo dos resultados de três
sessões de avaliação de preferência:

Neste exemplo, o ioiô (yo-yo) era o item com preferência mais


alta da criança, porque a soma dos números dos testes (1 + 1 +
1) é 3, que é o total mais baixo. O telefone de brinquedo era o
item com preferência mais baixa da criança, porque a soma
dos nú- meros (6 + 5 + 6) é 17, que é o total mais alto. Observe
que o tele- fone de brinquedo não foi escolhido durante duas
sessões - em ambas as sessões, o telefone de brinquedo foi
atribuído 6, o maior número possível.

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SPuaptroicritae LIEobAoCd-esuApzoervteed@oie- apca.tnriecti.ab.rlo- 1
bIoP@: 1h8o7tm.8a6i.l7.c7o.1m80- IP: 191.33.229.18
SPuaptroicritae LIEobAoCd-esuApzoervteed@oie- apca.tnriecti.ab.rlo- 1
bIoP@: 1h8o7tm.8a6i.l7.c7o.1m80- IP: 191.33.229.18
Para citar esta página (APA 6ª edição):

Chazin, K.T. & Ledford, J.R. (2016).


Multiple stimulus without replacement
(MSWO) pre- ference assessment. In
Evidence-based ins- tructional practices for
young children with autism and other
disabilities. Obtido em ht-
tp://vkc.mc.vanderbilt.edu/ebip/multiple-sti-
mulus-without-replacement
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Avaliação de Preferência de Estímulo
Múltiplo com Substituição (MSW)

Uma avaliação de preferência de MSW permite que um


pro- fessor crie uma hierarquia das preferências da criança.
Como uma Avaliação de Preferência de MSWO, essa é uma
avaliação apropriada para crianças que são capazes de
selecionar itens preferidos entre uma variedade considerável
de itens. Ao contrá- rio de um MSWO, essa é uma avaliação
apropriada para crianças que se envolvem em
comportamentos desafiadores quando brinquedos preferidos
são retirados. Embora um MSW consuma mais tempo do que
um MSWO, a criança sempre tem a opção de escolher o
mesmo brinquedo, o que pode impedir um comporta- mento
desafiador ou um rapport danificado com novos pratican- tes.
Normalmente, um MSWO é uma opção mais eficiente para
itens comestíveis, mesmo para crianças com comportamento de-
safiador, porque nenhum item precisa ser retirado após o item
ser consumido. A desvantagem do MSW é que uma criança
pode sempre escolher um único item, o que fornece
informação sobre o status daquele item (a criança o prefere),
mas nenhuma infor- mação sobre a preferência relativa dos
outros itens.

Se uma criança for capaz de escolher itens com


preferência mais alta em relação a itens com preferência mais
baixa, mas não for capaz de analisar mais do que dois itens em
uma superfície, uma Avaliação de Preferência de Estímulo
Pareado deverá ser usada. Se uma criança não puder escolher
itens altamente prefe- ridos em detrimento de itens de baixa
preferência ou demonstrar um viés lateral (isto é, selecionar
itens apenas de um lado), uma Avaliação de Preferência de
Estímulo Único ou Observação de Operante Livre deve ser
1
9
conduzida.
Em uma Avaliação de Preferência de MSW, o professor
coloca um conjunto de itens (geralmente brinquedos ou
comestíveis) na frente da criança e permite que ela selecione
um. Depois que a criança brinca ou consome o item, o
professor substitui o mesmo item no conjunto e troca os itens
não selecionados por novos. Cada vez que o professor
apresenta um conjunto, isso é conheci- do como um teste. O
professor repete os testes até que o número definido de testes
seja atingido (por exemplo, após cada item ter sido
apresentado pelo menos duas vezes) ou até que a criança se
recuse a fazer quaisquer outras seleções. Normalmente, os
itens que a criança seleciona com o maior número de testes
são os itens com preferência mais alta da criança no conjunto e
os itens que a criança seleciona com o menor número de testes
são os itens com preferência mais baixa da criança. Os itens
com prefe- rência mais alta são mais propensos a servir como
reforços ou itens que irão reforçar comportamentos específicos.
No entanto, tenha em mente que nem todos os itens com
preferência mais alta funcionam como reforçadores. É
importante (a) executar os MSWs regularmente porque as
preferências podem mudar, (b) avaliar um possível viés lateral
ao mudar de lugar os itens escolhi- dos, (c) usar uma combinação
de itens mais preferidos e não pre- feridos para confirmar que a
criança está fazendo escolhas com base na preferência e (d)
avaliar regularmente se você é capaz de retirar os brinquedos
preferidos da criança sem um comporta- mento problemático,
já que os MSWOs são mais eficientes do que os MSWs.

Antes de começar, você deve coletar os seguintes materiais:

Ficha de coleta de dados.

Um conjunto de 6-8 itens co- mestíveis que podem ser con- sumidos em uma mordida
ou 6-8 brinquedos.

20
Agora você e a criança estão prontos para começar.

1. Sente-se em frente à criança em uma mesa ou no chão.

2. Coloque de 3 a 4 itens em linha reta ao alcance da criança por ordem da letra


atribuída. Se a criança não conseguir esperar até o direcionamento da tarefa para
fazer uma seleção, bloqueie a visão dos itens com um livro ou uma prancheta
grande.

3. Levante o livro ou a prancheta (se você estiver bloqueando a


visão da criança) e dê o direcionamento da tarefa, “Escolha
um”, ou, “Qual você quer?”.

4. Se a criança tentar pegar mais de um item, bloqueie o


acesso a ambos os itens e repita o direcionamento da tarefa,
“Escolha um”, ou, “Escolha um por agora. Em seguida, iremos
escolher outro”. Se a criança continuar cometendo esse erro em
vários testes, você deve considerar a realização de uma
Avaliação de Preferência de Estímulo Único ou Observação de
Operante Livre.

5. Permita que a criança consuma o item comestível ou brinque


com o brinquedo. Bloqueie o acesso aos estímulos restantes
du- rante este período.

6. Enquanto a criança estiver consumindo o item comestível ou


brincando com o brinquedo, substitua os itens não selecionados
por novos itens e escolha um novo local para o item escolhido
no conjunto. Isso permitirá que você detecte se a criança está
esco- lhendo apenas de um lado.

7. Se você estiver usando brinquedos, coloque o brinquedo esco- lhido de volta no


conjunto após 15 a 30 segundos. Se você estiver usando itens comestíveis, substitua o
item comestível escolhido por um item comestível idêntico no conjunto. Assim, para
cada teste, você terá o mesmo número de itens da avaliação anterior e o conjunto
sempre incluirá o item selecionado mais recentemente.

8. Repita as etapas de 4 a 7 até que o número definido de testes seja concluído (por
exemplo, após cada item ter sido apresentado pelo menos duas vezes) ou até que a
criança se recuse a fazer outras seleções.
SPuaptroicritae LIEobAoCd-esuApzoervteed@oie- apca.tnriecti.ab.rlo-bIoP@: 1h8o7tm.8a6i.l7.c7o.1m80- IP: 191.33.229.18 21
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Para citar esta página (APA 6ª edição):

Chazin, K.T. & Ledford, J.R. (2016).


Multiple stimulus without replacement
(MSWO) pre- ference assessment. In
Evidence-based ins- tructional practices for
young children with autism and other
disabilities. Obtido em ht-
tp://vkc.mc.vanderbilt.edu/ebip/multiple-sti-
mulus-with-replacement
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Avaliação de Preferência de Estímulo
Pareado

Uma Avaliação de Preferência de Estímulo Pareado


permite que um professor crie uma hierarquia das preferências
da crian- ça. Em uma Avaliação de Preferência de Estímulo
Pareado, o pro- fessor apresenta dois itens em cada teste e
pede que a criança faça uma escolha. As Avaliações de
Preferência de Estímulo Pa- reado são tão completas quanto as
de MSWOs e MSWs, mas levam mais tempo para serem
conduzidas, pois exigem mais testes. Desta forma, estas
avaliações são apropriadas para crian- ças que podem escolher
itens com preferência alta em detrimen- to de itens com
preferência baixa, mas não conseguem analisar mais de dois
itens em uma superfície.

Como os brinquedos devem ser retirados após cada


tentati- va e não são necessariamente substituídos no conjunto,
essa não é uma avaliação apropriada para crianças que se
envolvem em comportamentos problemáticos quando itens
preferidos são re- tirados. Se uma criança não puder escolher
itens com preferência alta em detrimento de itens com
preferência baixa ou demons- trar um viés lateral (ou seja,
selecionar itens apenas de um lado), uma Avaliação de
Preferência de Estímulo Único ou Observação de Operante
Livre deve ser conduzida. Em uma Avaliação de Preferência de
Estímulo Pareado, o professor coloca dois itens (geralmente
brinquedos ou comestíveis) na frente da criança e permite que
ela selecione um. Depois que a criança brinca ou consome o
item, o professor apresenta outro teste com dois itens. Cada
vez que o professor apresenta dois itens, isso é co- nhecido
como um teste.
O professor repete os testes até que cada item tenha sido
pareado com todos os outros itens, no estilo “Round Robin”.
Normalmente, os itens que a criança seleciona durante o
maior número de testes são os itens com preferência mais alta da
crian- ça no conjunto e os itens que a criança seleciona com o
menor número de testes são os itens com preferência mais
baixa da criança. Os itens com preferência mais alta são mais
propensos a servir como reforços ou itens que reforçam
comportamentos es- pecíficos. No entanto, tenha em mente
que nem todos os itens preferidos funcionam como
reforçadores. É importante (a) reali- zar Avaliações de
Preferência de estímulo único regularmente, porque as
preferências podem mudar, (b) avaliar um possível viés lateral
alternando os lugares dos itens, (c) usar uma combi- nação de
prováveis itens preferidos e não preferidos para confir- mar
que a criança faz escolhas com base na preferência e (d)
avaliar regularmente se a criança é capaz de analisar três ou mais
itens em uma superfície, já que as avaliações de MSWOs e MSWs
são mais eficientes do que as Avaliações de Preferência de
Estí- mulo Pareado.

Antes de começar, você deve


coletar os seguintes materiais:

Ficha de coleta de dados.

4-6 itenscomestíveisque
podem ser consumidos em uma
mordida ou 4-6 brinque- dos.
26
Agora você e a criança estão prontos para começar.

1. Sente-se em frente à criança em uma mesa ou no chão.

2. Coloque os dois itens (ou seja, itens A e B) na mesa. Se a criança não conseguir
esperar até o direcionamento da tarefa para fazer uma seleção, bloqueie a visão dos
itens com um livro ou uma prancheta grande.

3. Levante o livro ou a prancheta (se você estiver bloqueando a


visão da criança) e dê o direcionamento da tarefa, “Escolha
um”, ou, “Qual você quer?”.

4. Se a criança tentar pegar mais de um item, bloqueie o


acesso a ambos os itens e repita o direcionamento da tarefa,
“Escolha um”, ou, “Escolha um por agora. Em seguida, iremos
escolher outro”. Se a criança continuar cometendo esse erro
em vários testes, você deve considerar a realização de uma
Avaliação de Preferên- cia de Estímulo Único ou Observação de
Operante Livre.

5. Permita que a criança consuma o item comestível ou brinque


com o brinquedo. Bloqueie o acesso ao item restante durante
este intervalo.

6. Enquanto a criança estiver consumindo o comestível ou brin-


cando com o brinquedo, configure o próximo conjunto de itens
de acordo com sua planilha de dados (ou seja, itens A e C).

27
7. Se você estiver usando brinquedos, permita que a criança brinque com o brinquedo
por 15 a 30 segundos e remova o brin- quedo para apresentar o próximo conjunto. Se
o próximo con- junto incluir o item selecionado mais recentemente, alterne o lado do
item para detectar o viés lateral. Para cada teste, você apresentará dois itens de
acordo com a sua ficha de dados e isso pode ou não incluir o brinquedo que a criança
selecionou mais recentemente.

8. Se a criança se recusar a fazer uma seleção, passe para o pró-


ximo teste. Repita as etapas de 4 a 7 até que o número
definido de testes seja concluído. Se a criança não conseguir
concluir todos os testes (por exemplo, parar de fazer escolhas,
envolver-
-se em comportamento problemático), a avaliação pode preci-
sar ser concluída como várias sessões com menos testes.
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bIoP@: 1h8o7tm.8a6i.l7.c7o.1m80- IP: 191.33.229.18
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Para citar esta página (APA 6ª edição):

Chazin, K.T. & Ledford, J.R. (2016). Paired


sti- mulus preference assessment. In
Evidence-
-based instructional practices for young
chil- dren with autism and other
disabilities. Obtido de
http://vkc.mc.vanderbilt.edu/ebi- p/paired-
stimulus
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Avaliação de Preferência de Estímulo
Único

As Avaliações de Preferência de Estímulo Único, também


co- nhecidas como avaliações de "escolha sucessiva", são
realizadas fornecendo um único item a uma criança e registrando
sua respos- ta comportamental a cada item, bem como a
duração de seu en- volvimento com cada item. Embora as
Avaliações de Preferência de Estímulo Único possam não ser
tão precisas na determinação de preferências como as
Avaliações de Preferência de MSWOs, MSWs e de Estímulo
Pareado, elas são apropriadas para crianças que não conseguem
escolher entre itens de preferência alta e de preferência baixa.
Por exemplo, se você realizar uma Avaliação de Preferência de
Estímulo Pareado e notar que a criança sempre se- leciona itens
de um mesmo lado (ou seja, viés lateral) ou sempre tenta pegar
ambos os itens apresentados, uma Avaliação de Pre- ferência de
Estímulo Único deve ser usada.

Além de serem apropriadas para crianças incapazes de anali-


sar uma área com dois itens, as Avaliações de Preferência de Estí-
mulo Único também são apropriadas para crianças que se
envol- vem em comportamentos desafiadores quando seus
brinquedos preferidos são retirados, pois as crianças podem
continuar a brin- car com os brinquedos até decidirem parar ou
desistirem. Estas avaliações podem não ser apropriadas se você
tiver tempo limita- do para realizá-las, porque cada item é
apresentado sequencial- mente e a criança tem permissão para
se engajar com o item pelo tempo que desejar. Desta forma,
essas avaliações podem consumir bastante tempo.
Alternativamente, você pode definir um tempo re- lativamente
longo para cada teste. Por exemplo, você pode inter- romper
uma avaliação de acordo com sua duração máxima (por
P
32
exemplo, 5 minutos) e registrar “máximo” para esse item.
Em uma Avaliação de Preferência de Estímulo Único, o
pro- fessor coloca um único item na frente da criança e
permite que ela aborde e se envolva com ele. Depois que a
criança termina de consumir o item comestível ou para de
brincar com o brinquedo, o professor remove o brinquedo (se
for o caso) e apresenta outro item. Cada vez que o professor
apresenta um item, isso é conhecido como um teste. O
professor repete os testes até que todos os itens do conjunto
sejam oferecidos à criança ou até que a criança rejeite
consistentemente ou não aborde cada item. Tipi- camente, os
itens que a criança aborda consistentemente e usa por mais
tempo são considerados os itens com preferência mais alta da
criança e os itens que a criança não aborda ou responde com
comportamentos evasivos/problemáticos são considerados os
itens menos preferidos da criança. É importante (a) realizar
Avaliações de Preferência de Estímulo Único regularmente,
porque as preferências podem mudar, (b) usar uma
combinação de itens preferidos e não preferidos para
confirmar que a criança está abordando itens com base na
preferência e (c) avaliar regu- larmente se a criança é capaz
de analisar dois ou mais itens em uma superfície, como
Avaliações de Preferência de MSWOs, MSWs e de Estímulo
Pareado que podem ser mais eficientes e precisas do que as
Avaliações de Preferência de Estímulo Único.

Antes de começar, você deve


coletar os seguintes materiais:

Ficha de coleta de dados

3-10 itens comestíveis que


podem ser consumidos em
uma mordida ou 3-10 brinque-
dos.

Cronômetro ou relógio.
33
Agora você e a criança estão prontos para começar.

1. Sente-se em frente à criança em uma mesa ou no chão.

2.Coloque um único item de seu conjunto ao alcance da criança e


dê o direcionamento da tarefa, “Você quer isso?”. Você pode
manipular
o brinquedo para mostrar como funciona.

3. Se a criança abordar o item (isto é, estender a mão ou pegá-lo


de você) e começar a brincar, deixe a criança continuar engajada
com o item até que ela o rejeite (ou seja, coloque-o de volta na
mesa ou afaste-se do item).

4. Se a criança iniciar um comportamento problemático, tiver uma


resposta evasiva (consulte as definições abaixo) ou caso a
criança não aborde o item por 10 segundos, remova o item.

5. Registre o seguinte em sua ficha de dados durante cada teste:

Se a criança abordar o item (ou seja, estende a mão e o


pega). Se a criança tiver habilidades motoras limitadas,
abordar o item pode significar colocar o item à frente da
criança, nas mãos ou no colo dela, e a criança não resiste ou
rejeita o item. Se o brin- quedo é uma novidade para ela,
considere apertar alguns botões no brinquedo para
demonstrar seu funcionamento. Se a criança não se
aproximar do item dentro de 10 segundos, remova o item.

Se a criança se envolver com o item. Se envolver com


brinque- dos pode incluir apertar botões, girar ou manipular o
brinque- do. O engajamento não precisa necessariamente ser
manipular o brinquedo como planejado, mas não deve incluir
um compor- tamento problemático (por exemplo, jogar ou
quebrar o brin- quedo). A criança se envolve com o item
comestível se ela o consumir.

34
Se a criança tiver uma resposta evasiva ao item ou se
envolver em um comportamento problemático. Isso pode
incluir desviar a cabeça do brinquedo, choramingar, gritar,
agredir, despeda- çar o item ou jogar o item (a menos que
jogar seja uma ação apropriada para o item, por exemplo,
uma bola). Respostas evasivas e comportamento
problemático só devem ser registra- dos durante a
apresentação inicial dos itens e não após a crian- ça ter se
envolvido com o item.

A duração pela qual a criança brinca com o brinquedo (ou


seja, a quantidade de tempo entre a aproximação da criança e
a re- jeição do brinquedo). Não é necessário registrar a
duração para itens comestíveis.

6. Repita os passos 1 a 5 até ter completado o número predetermi-


nado de testes ou até que a criança rejeite consistentemente ou
não faça abordagens.
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-based instructional practices for young
chil- dren with autism and other
disabilities. Obtido em
http://vkc.mc.vanderbilt.edu/ebi- p/single-
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Observação de Operante Livre

Observações de Operante Livre são apropriadas para


todas as crianças e são simples de fazer regularmente em uma
sala de aula se uma observação puder ser agendada durante
um período em que a criança terá a oportunidade de escolher
entre muitos itens ou atividades diferentes, possivelmente
reforçadores (por exemplo, brincadeira livre). Essas são
avaliações apropriadas para crianças que se envolvem em
comportamentos desafiado- res quando brinquedos preferidos
são retirados, porque os itens nunca são retirados após a
seleção ou engajamento. Ao realizar uma Observação de
Operante Livre, o observador pode desco- brir ações ou
atividades altamente preferidas que normalmente não são
pensadas quando se é feito um brainstorm sobre refor-
çadores, como dançar com música, estereótipos de engajamento
ou fugir da atenção de adultos. Normalmente, as Observações
de Operante Livre não são realizadas com itens comestíveis.

Embora as Observações do Operante Livre possam não ser


tão precisas na determinação de preferências como Avaliações
de Preferência de MSWOs, MSWs e de Estímulo Pareado (ou
seja, avaliações baseadas em testes), elas são apropriadas para
crian- ças que não podem selecionar itens com preferência alta
e com preferência baixa. Por exemplo, se você realizar uma
Avaliação de Preferência de Estímulo Pareado e notar que a
criança sempre seleciona itens de um mesmo lado (ou seja, viés
lateral), uma Ob- servação de Operante Livre ou Avaliação de
Preferência de Estí- mulo Único deve ser realizada no lugar.
Além disso, as avaliações de preferência baseadas em testes
exigem que o implementador tenha conhecimento prévio de
quais itens são mais preferidos ou menos preferidos pela
38
criança.
Quando um implementador não está familiarizado
com a criança, uma Observação de Operante Livre seria
uma avaliação de preferência preliminar apropriada,
porque uma grande variedade de itens está
simultanea- mente disponível e nenhum conhecimento
prévio das preferências da criança é necessário. Essas
avaliações podem não fornecer informações sobre uma
ampla varie- dade de potenciais reforçadores se a
criança sempre inte- ragir com apenas um item (por
exemplo, escolher brincar com um brinquedo por toda a
observação).

Observações de Operante Livre podem ser


orgânicas ou planejadas. Em uma Observação de
Operante Livre or- gânica, a criança pode se envolver
livremente em um am- biente típico e cotidiano. Por
exemplo, um professor pode separar 15 minutos para
observar discretamente um novo aluno na área de
brincadeira livre. Em uma Observação de Operante Livre
planejada, o professor intencionalmen- te configura um
número predeterminado de itens dentro da visão e do
alcance da criança. Por exemplo, para uma criança
típica, um professor pode colocar uma variedade de
itens dentro do alcance da criança antes do início da
sessão. Uma observação planejada pode também ser
útil se alguns itens potencialmente reforçadores (por
exem- plo, tablet, mesa de água de brinquedo) não
estiverem normalmente disponíveis.
39
Para ambos os tipos de observações,
o professor observa a criança por um
perío- do predeterminado de tempo sem
interfe- rência. Os itens que a criança
aborda de forma consistente e utiliza por
mais tempo são considerados os itens com
preferência mais alta da criança e os itens
que a criança não aborda são considerados
os itens com preferência mais baixa da
criança. É impor- tante (a) realizar
avaliações regularmente porque as
preferências podem mudar e (b) avaliar
regularmente se a criança é capaz de
analisar dois ou mais itens em uma su-
perfície, pois as Avaliações de
Preferência de MSWs, MSWs e de
Estímulo Pareado podem ser mais
precisas na determinação de preferências
do que as Observações de Operante
Livre.

Antes de começar, você deve


coletar os seguintes materiais:

Ficha de coleta de dados.

Ambiente natural (por exem-


plo, sala de brincadeira livre,
sala de brinquedos) ou varieda-
de de itens predeterminados.
40
Agora você e a criança estão prontos para começar.

1. Configure o ambiente planejado ou leve a criança ao ambiente or- gânico. Por


exemplo, você pode levar uma criança para uma sala de brinquedos e dizer a ela para
brincar livremente ou, para uma crian- ça típica, você pode configurar uma variedade
de itens predetermi- nados à vista e alcance dela.

2. Observe a criança discretamente e registre o seguinte na ficha de


dados durante cada teste:

Se a criança abordar o item (ou seja, alcançar e pegar).

Se a criança se envolve com o item. Se envolver com


brinquedos pode incluir apertar botões, girar ou manipular o
brinquedo. O en- gajamento não precisa necessariamente ser
de manipulação do brinquedo como foi planejado, mas não deve
incluir comportamen- to problemático (por exemplo, jogar ou
quebrar o brinquedo).

A duração pela qual a criança brinca com o brinquedo (ou seja,


a quantidade de tempo entre a abordagem da criança e a rejeição
do brinquedo). Você também pode registrar o engajamento da
criança em outras atividades. Por exemplo, você pode registrar a
duração do tempo em que uma criança tem estereótipos de
engajamento, dança com música ou se isola em espaços sem
outras crianças. Normalmente, não pensamos nestas
possibilidades quando esta- mos fazendo um brainstorm dos
reforçadores, mas se estas ativida- des forem muito preferidas
pela criança, podem servir para reforçar comportamentos
específicos. Por exemplo, uma criança pode in- terromper a
interação com o professor ou ter permissão para ter
estereótipos de engajamentos planejados como resposta.

S 4
3. Continue registrando as abordagens, o engajamento e a duração do engajamento
com cada item até que tenha completado o perío- do de tempo de observação
predeterminado.

4. Ao final da sessão, registre os itens que estavam dentro da visão e/ou alcance da
criança que ela não tenha abordado. Será útil para futuras Avaliações de Preferência
baseadas em testes para identifi- car itens que possam ser de baixa preferência pela
criança.

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Para citar esta página (APA 6ª edição):

Chazin, K.T. & Ledford, J.R. (2016). Free


ope- rant observation. In Evidence-based
instruc- tional practices for young children
with autism and other disabilities. Obtido
em ht- tp://vkc.mc.vanderbilt.edu/ebip/free-
ope- rant
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