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_Conforto;
_Segurança;
_Eficiência.
Tipos de Ergonomia
Esta ciência é bastante ampla e complexa, por isso tem caráter multi e interdisciplinar, isto é,
conta com diferentes especialidades, como psicologia, antropologia, engenharia, medicina,
sistemas de informação, administração, arquitetura, que compreendem as ações efetuadas
com o uso de equipamentos, bem como as diversas situações que transcorrem na relação
entre o ser humano e a produção.
A ergonomia cognitiva assim como os outros tipos de ergonomia também visa a preservação
da saúde e da segurança no trabalho, porém este tipo tem como objeto de estudo os
processos mentais, que incluem:
• Atenção;
• Emoções;
• Inteligência;
• Concentração;
• Memória;
• Raciocínio;
• Perceção;
• Pensamentos;
• Tomada de decisão.
O contributo da ergonomia cognitiva é que ao ser aplicada, o trabalhador passa a ter seus
processos mentais em melhor funcionamento, mais preservados, ou seja, com mais atenção e
melhor tomada de decisão é possível evitar acidentes, com maior bem-estar cognitivo é
possível reduzir os índices de estresse e assim por diante.
Ergonomia Organizacional; (Objeto de estudo/ Contributo)
• Clima organizacional;
• Cultura organizacional;
• Comportamento humano nas instituições;
• Modo de trabalho;
• Condições ambientais do trabalho;
• Recrutamento e seleção;
• Retenção de talentos;
• Qualidade de vida no trabalho;
• Fiscalização da segurança no trabalho.
A ergonomia física também é muito falada, pois aparentemente é mais prático e tangível,
percetível aos olhos, pois trata-se de uma ergonomia que adapta o ambiente físico para maior
conforto do trabalhador. É muito focada na anatomia e biomecânica, por isso se aplica no
posto de trabalho e nas instalações da empresa. Veja abaixo algumas intervenções da
ergonomia física:
Correção: quando há necessidade, deve haver modificação dos aspetos inerentes a todos os
tipos de ergonomia, ou seja, na ergonomia física – por exemplo – deve-se corrigir a iluminação,
os postos de trabalho, a temperatura, etc.
Conceção: relacionado ao conhecimento científico que contribui com o projeto físico (ex:
projeto de máquinas, arquitetura do posto de trabalho), bem como do projeto organizacional
(ex: plano de carreiras, planejamento de liderança, treinamentos) e ainda, de planejamentos
de melhoria psicológica (ex: palestras, métodos de aprimoramento cognitivo, etc).
Consciencialização: visa a ensinar e promover reflexões nos trabalhadores para que estes
tenham maior adesão aos métodos de segurança no trabalho, ou seja, utilizem os
equipamentos corretamente, saibam a postura correta para executar as atividades laborais,
etc.
Participativa: promover trabalho em equipe, a fim de que cada funcionário cuide da sua
segurança e do seu colega, além disso, também diz respeito à participação no Comitê Interno
de Ergonomia, que permite aprimorar cada vez mais as condições de trabalho.
A ergonomia preocupa-se em garantir que o projeto (do produto, equipamento, sistemas, etc.)
complemente as forças e habilidades do homem, minimizando os efeitos das suas limitações,
em vez de ser o homem a ter que se adaptar.
História da ergonomia
→ Supõe-se que na pré-história, portanto, o homem tenha adaptado a pedra às suas
necessidades, respeitando a anatomia da mão para tornar seu manuseio mais seguro e
eficaz. Essa suposição se baseia no formato dos utensílios daquela época, como as
ferramentas utilizadas para caça e defesa pessoal. De acordo com os elementos que
deveriam ser trabalhados e com as características dos trabalhadores, era estabelecido
um padrão (formato e dimensões).
→ A época renascentista (entre o século XIV e início do século XVII) marcou o início dos
estudos na área, com destaque para Leonardo da Vinci (1452-1519), autor da figura
do homem Vitrúviano.
Frederick W. Taylor foi pioneiro neste processo, desenvolvendo as bases para estudos que
levaram à melhoria da eficácia humana pela economia de gestos. (Taylorismo). Embora esta
perspetiva tenha mostrado bons resultados, falhou porque considerava apenas o critério de
eliminação de movimentos não necessários, tratando o Homem como mais uma peça da
máquina, esquecendo as suas necessidades, motivações e limitações físicas.
Teve início durante a 2ª Guerra Mundial e concentrava-se no estudo das características físicas
do ser humano (capacidades e limites), primeiramente na área militar e, em seguida, na área
civil, com ênfase nas questões fisiológicas e biomecânicas do ambiente de trabalho e na
interação dos sistemas homem-máquina.
Trata das questões ambientais naturais e artificiais (ruído, vibrações, temperatura, iluminação,
aerodispersoides) que interferem no trabalho. Fortaleceu-se em função do interesse em
compreender melhor a relação do ser humano com o meio ambiente, atualmente muito em
voga em função do conceito de sustentabilidade.
Visão mais ampla da ergonomia, que não mais se restringe ao operador e sua interação com a
máquina, atividade e ambiente, mas também engloba o contexto organizacional, psicossocial e
político de um sistema. Diferencia-se das anteriores por priorizar o processo participativo
envolvendo administração de recursos, trabalho em equipe, jornada e projeto de trabalho,
cooperação e rompimento de paradigmas, o que garante intervenções ergonômicas com
melhores resultados, reduzindo o índice de erros e gerando maior aceitação e colaboração por
parte dos envolvidos.
Num contexto micro, a ergonomia preocupa-se com os meios peculiares a cada circunstância
de trabalho, ou seja, o posto de trabalho em si, uma situação específica, como os níveis de
ruído de determinado equipamento, de iluminação de um laboratório ou de ventilação de um
setor. Em um contexto macro, a ergonomia está relacionada aos sistemas de produção como
um todo, à integração entre o ser humano e a máquina, atuando de forma conjunta e
apontando para um objetivo comum. A ligação ocorre por meio de um sistema de
comunicação.
Âmbito da intervenção
Ergonomia de Produção
Ergonomia do Produto.
A Ergonomia do Produto é uma disciplina que disponibiliza metodologias que permitem guiar
as escolhas estratégicas do desenvolvimento de um produto, numa perspetiva de Design Total.
Área de estudos abrange o conceito do produto, o projeto, o processo de produção, a
comercialização, a utilização, acabando na reciclagem do produto.
Normalmente está associada à conceção e deve surgir logo nas fases iniciais do
desenvolvimento de um produto.
• o Homem
• o envolvimento físico
• o envolvimento ambiental
• o envolvimento organizacional
• o envolvimento emocional
• os modos operatórios
A antropometria estabelece padrões de medidas do ser humano que podem ser utilizadas em
diversas aplicações.
• Gênero
• Variações ao longo da vida
• Etnia
• Clima
• Genética e Biótipos
• Variações Seculares
Gênero
É percetível que homens e mulheres são biologicamente diferentes. Na fase da
infância essas diferenças corporais são mínimas, mas a partir dos 11 anos, mais ou
menos, o corpo começa a tomar forma.
Clima
Genética e Biótipos
Mesmo pessoas que fazem parte de uma mesma região e etnia/descendência tem
características corporais individuais. Essas diferenças são chamadas de biótipos.
Ectomorfo:
• Estrutura óssea pequena • Peitoral reto • Ombros pequenos • Metabolismo rápido •
Dificuldade para ganhar massa muscular • Membros longos e finos
Mesomorfo:
• Atlético• Mais massa muscular • Pouca gordura • Ombros largos • Peitoral largo
•Formas angulosas • Cabeça cúbica • Abdômen pequeno
Endomorfo:
• Dificuldade para conseguir definição • Maior acúmulo de gordura • Metabolismo
lento • Dificuldade para controlar a ingestão de calorias • Formas mais arredondadas •
Abdômen grande • Membros curtos e flácidos • Ossos pequenos • Ombros e cabeça
arredondada
Variações Seculares
Esta variação difere das variações antropométricas que ocorrem ao longo da vida, pois
não é uma mudança individual e sim populacional que ocorre ao longo prazo, afetando
gerações. Um exemplo é o aumento de altura da geração atual em relação às
anteriores. Isso ocorre devido a mudança de hábitos e modo de vida, como melhor
alimentação, higiene, saneamento, prática esportiva, entre outras.
TIPOS DE ANTROPOMETRIA
Antropometria estática
Antropometria dinâmica
Antropometria funcional
Métodos de medição
Métodos diretos – instrumentos que entram em contato físico com o corpo (réguas, trenas,
paquímetros, balança, dinamômetro...)