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LATIM E ROMANCE, PROPOSTA

DE ROGER WRIGHT
A leitura de Thomas (Ton) Finbow
NORMAS BINÁRIAS

• Reconhecemos uma dicotomia categórica


entre duas entidades que consideramos duas
“línguas” separadas, “latim” e “romance” (no
sentido do conjunto indiferenciado das
línguas neolatinas), sendo que o segundo
tipicamente é descrito como havendo
“emergido” do primeiro por algum processo
evolutivo.
• «O fator comum é que os estudiosos
consideram, em termos gerais, que durante
esses anos existe uma distinção significativa
que se pode fazer entre a fala dos cultos, que
falavam alguma variedade do latim, e a fala
dos analfabetos, que falavam seu vernáculo
local». Roger Wright
• Uma «Popular», «  vulgar  » (proto-romance) X outra
culta (latim).
•  Essa diferenciação e distanciamento teria
alcançado a plenitude nos séculos VIII e IX na
França e na Ibéria, na Itália só no século XII e XIII.
SÓCIOFILOLOGIA DE ROGER
WRIGHT
• A uniformização promovida pelo culto cristão
carolíngio na sociedade romanófona está correta,
mas as pesquisas não incorporaram a abordagem
sociofilológica.
• «na vida real, todas as mudanças linguísticias
particulares envolvem um período em que tanto o
fenômeno antigo quanto o novo são utilizados, e os
dois são entendidos. Durante esse período, a
identidade da língua que é falada é
consequentemente menos evidente ».
FALA E ESCRITA
•  Diante disso, não seriam necessários malabalismos teóricos
para explicar a diferença (abismo) entre
PROTORROMANCE/LATIM VULGAR e LATIM.
•  «  porque as diferenças brutais entre os dois tipos de latim
tardio não residem nas estruturas linguísticas, mas sim na
maneira como são interpretadas as relações entre a escrita
e a fala, ou seja, as convenções de representação
ortográficas.
LEITURA QUALITATIVA DE BERSCHIN
E BERSCHIN (1984)
•  Trata-se de um problema de cânone e de
predileções da cultura escrita latina.
• O que seria de fato latim e varidades regionais do
latim que se diferenciaram?
• Qual elemento decisivo para se definir uma língua?
«uma língua é um dialeto que possui um exército,
uma marinha e uma força aérea» (Louis-Hubert
Lyautey, 1854-1934).
JOSHUA FICHMAN
•  Uma teoria que tende a minimizar a distinção entre as
línguas e as variantes é desejável por vários motivos. Isso
implica que o consenso social (em lugar de critérios
inerentemente linguísticos) diferencia as duas e que as
variedades separadas podem tornar-se (e de fato se
tornaram) línguas separadas se receberem um certo
estímulo social para que isso ocorra, tal como línguas
supostamente separadas se fundiram em uma única língua
com base no argumento de que elas eram apenas
variedades diferentes da mesma língua.
•  Os lugares onde tendemos a estabelecer fronteiras
linguísticas correspondem, em grande medida, aos
domínios de uso de determinada ortografia e gramática
normativa, ou seja, às língua padrão [...] na maioria dos
casos às fronteirass políticas dos Estados, cujas elites
tipicamente impõem tanto os modelos padrão como os
nomes que esses recebem.
•  E x . : l í n g u a s e s c a n d i n a v a s ( s u e c o , n o r u e g u ê s e
dinamarquês) e nas línguas chinesas e árabes…
A NOÇÃO DE LÍNGUA ROMÂNICA É DE NATUREZA
POLÍTICA (CADA UM SABE A NATUREZA QUE TEM!!)
•  Assim, Wright propõe (1976, 1982) que, enquanto só havia
uma norma escrita em uso entre os romanos, é muito
provável que a consciência metalingüística romana
contivesse apenas uma categoria conceitual de língua.
Uma vez que surge uma norma neolatina que contrasta
com o latim tardio tradicional, é lícito pensar que poderia
existir uma consciência de mais de uma língua, ainda que
fosse provavelmente melhor esperar até a generalização
das escritas neolatinas no mundo romanófono no século XII
(Wright, 1982: ix).
HELMUT LÜDTKE (1964)
•  Não existe nenhuma diferença real entre o latim
espontâneo e o românico, a não ser uma [distinção]
terminológica, enquanto se trata, de fato, da língua falada.
É apenas a partir do romance escrito que se desenvolve
uma distinção significativa em relação ao latim escrito
[grifo de Finbow]
PODERES DA NORMA ESCRITA…
•  A língua escrita poderia por vezes soar arcaica do ponto
de vista léxico e sintático aos ouvintes, mas isso não
provocaria uma sensação de se estar ouvindo outra língua
porque, para os contemporâneos, isso era apenas a
maneira de escrever bem e corretamente conforme os
padrões da cultura.
•  Acordo ortográfico:
•  1901: reforma ortográfica da língua alemã (185 milhões)
•  1917: reforma ortográfica da língua russa (278 milhões)
•  1928: profunda reforma ortográfica da língua turca (73
milhões), substituindo-se o alfabeto árabe pelo latino.
•  1935: reforma ortográfica da língua francesa (115 milhões)
CONTESTAÇÃO DA RELAÇÃO
UNÍVOCA ENTRE GRAFEMA E FONEMA

• Aprender a escrever implicava as técnicas de


reproduzir em pergaminho a mor fologia
inflexional antiquada (tais como –m, -bus, -abit) e
um sistema ortográfico pouco adequado ao
romance evoluído. Formas como [‘viɛɾ.ʤə]
['viɾ.ʤə], por exemplo, podiam ser grafadas
<virgen>, <virginem>, <virgine>, da mesma
maneira que no francês moderno [ʃã:t] pode ser
escrito chante, chantes, chantent.
• Wright (1982: x-xi)
MONOLINGUISMO COMPLEXO
•  Uma comunidade de fala do romance ocidental continua
a existir até mais ou menos o fim do século VIII, de
complexidade crescente, mas sem que surgisse nenhuma
ideia explicitamente expressa de que as diferença
geográficas e estilísticas sejam de tal grau a impedir a
comunicação nor mal possível em qualquer área
complexa, porém monolíngue [...] chamamos essa
perspectiva de monolinguismo complexo.
REVISÃO DOS SISTEMAS DE ESCRITA
•  A h i p ó t e s e d a r e a l i z a ç ã o d a s e p a r a ç ã o p o r
Distanciamento não serve mais. Seria necessário algo que
afetaria a maneira em que os romanófonos alto-medievais
concebiam tanto do relacionamento entre grafemas e
fonemas como as relações entre os elementos inovadores e
os aspetos arcaicos da sua linguagem escrita.
IMPÉRIO
CAROLÍNGIO
•  C o m a m o r t e d e
Pepino, o Moço, em
768, o reino foi divido
entre seus filhos
Carlomano e Carlos
Magno. Em 771,
Carlomano faleceu e
Carlos Magno assumiu
o poder de um reino
franco unificado.
Nessa época, a Gália
desapareceu e nasceu
a Francia.
REFORMA CAROLÍNGIA

•  Wright localiza precisamente o tipo de catalisador


necessário para desencadear a revisão do sistema de
escrita e pôr em questão a metalinguagem tradicional da
sociedade romana nas reformas eclesiásticas promulgado
pelos monarcas francos da dinastia carolíngia a partir da
secunda metade do século VIII d.C.
•  Léxico e ortografia podiam ser assimilado dos livros, mas a
pronúncia não dava! f. 103.
•  Papel de Alcuíno de York na sociedade franca é de suma
importância para criação da univocidade entre fonema e
grafema.
NOVA PRONÚNCIA DOS CLÉRIGOS EXACERBA A
DIFERENÇA ENTRE LÍNGUA FALADA E ESCRITA
•  A combinação da nova atitude de classicismo arcaizante
ao respeito da “correção” gramatical, ortográfica e
lingüística dos textos eclesiásticos em conjunção com a
nova pronúncia ortográfica (litterae), cuja função era de
padronizar a nova liturgia romana e de uniformizar a
atuação dos clérigos na hora de recitar o rito romano,
exacerbou o distanciamento que já existia entre o
vernáculo e a linguagem do registro escrito.
ROMPIMENTO DA
COMUNICAÇÃO VERTICAL
•  Este tema é mencionado no famoso cânone XVII do
conselho eclesiástico de Tours em 813 d.C., no qual se fez
pela primeira vez (e ainda de forma implícita) uma
distinção metalingüística entre a variedade litúrgica e a
variedade chamada a rustica romana lingua.
•  Transferre in rusticam romanam linguam aut thostiscam
•  O semão « bilíngue »sobre Jonas (937-952 d.C.)
•  Ao abandonarem a ‘camuflagem’ ou ‘verniz’ ortográfico
de latim que nos escondeu durante tanto tempo a
natureza essencialmente neolatina do vernáculo romano,
os letrados carolíngios produziram os primeiros textos
“românicos”, tais como os Juramentos de Estrasburgo (de
842, mas o texto sobrevivente data do fim do séc. X), a
Cantilena ou Seqüência de Santa Eulália (cerca de 882) e o
Sermão sobre Jonas (937 x 952).
A EMERGÊNCIA DOS VERNACULARES
ROMANCES É UMA EMERGÊNCIA EM ESCRITO!

• A emergência dos vernaculares romances em


escritos teria sido incialmente pensada como
apenas isso: um novo modo de escrever. [...] só
algum tempo depois de a escolha entre dois
sistemas de escrita ter sido estabelecida é que as
pessoas começam a conceber a escrita latina e a
escrita romance como duas línguas diferentes, em
vez de dois métodos de inscrever a mesma língua
no papel.
ESCRITA
CAROLÍNGIA E
GÓTICA
•  A partir de 819, a Carolina
foi introduzida com
sucesso na maioria das
chancelarias, scriptoria e
escolas de escrita do reino
franco. Com poucas
excepções, como a
Irlanda, a Carolina
expandiu-se rapidamente
em toda a Europa Central.
Depois da romana, foi a
nova «escrita universal».
EMERGÊNCIA DOS
PRIMEIROS DOCUMENTOS
EM LÍNGUA ROMÂNICA
•  Abordagens:
•  Escritos para reproduzir
as palavras textuais de
alguém;
•  Escritos para glosar um
texto latino.
JURAMENTO DE
ESTRASBURGO, 842D.C.
Por amor de Deus e pelo
povo cristão e nossa comum
salvação, deste dia em
diante, enquanto Deus me
der saber e poder, assim
salvarei eu este meu irmão
Carlos(aqui presente) em sua
ajuda e em todas as coisas
assim como por direito a seu
irmão ajudar deve e no que
ele me faça outro tanto e
com Lotário nunca em pleito
algum entrarei que segundo
a minha vontade, seja em
prejuízo deste meu irmão
Carlos”.
CANTILENA DE SANTA
EULÁLIA, SÉC. IX

•  Primeiro documento de
caráter literário em língua
francesa;
GLOSAS

• O hábito de fazer anotações nos manuscritos latinos


foi incentivado pelas disposições do Concílio de
Tours e pela prática de redigir homilias em “rútica
romana língua”;
• Há, depois do século VIII, um aumento na margem
ou nas entrelinhas dos livros latinos utilizados para
estudos de natureza diversa.
GLOSAS DE REICHENAU

•  As Glosas de Reicheneau, isto é,


Glossarium biblicum codicis
auqiensis LVIII explicam palavras
da Vulgata por meio de palavras
mais correntes no latim da época
e da região. Trata-se, por isso, de
um latim em que se anunciam
muitas das escolhas lexicais que
serão próprias do francês.
•  DARE: donare > fr. donner
•  OVES: berbices > fr. brebis
•  REGERE: gubernare > fr.
gouverner
GLOSAS EMILIANENSES
•  As glosas Emilianenses são anotações feitas
em um manuscrito latino do século,
pertencentes ao mosteiro de San Millán de la
Cogolla, que fica na província espanhola de
Rioja, em Castela, a Velha.
•  Tradução de palavras:
•  REPENTE: lueco
•  INVENIEBIT: afflaret
•  EXTERIORES: de fueras
•  DONEC: ata quando
DESLATINIZAÇÃO E LATINIZAÇÃO
•  As análises de Wright (1982, 1988, 1992, 1993a, b, c, d,
1994a, 1998, 1999, 200a&b, 2005), entre outros, revelam
como a antiga norma escrita latino-românica que havia
apoiado o monolingüismo complexo tardo-latino na
sociedade cristã ibérica durante séculos foi sujeita a duas
correntes simultâneas e opostas de deslatinização e
latinização para criar a modalidade “latina” e “românica”
medievais, iguais às que já existiam no resto da Europa
ocidental além dos Pirineus.
• A explosão no uso oficial (na administração) e não-
oficial (p. ex. na literatura) do romance escrito na
segunda metade do século XIII, especialmente a
partir do reinado de Alfonso X ‘o Sábio’ de Castela
e Leão, contribuiu para difundir ainda mais as
categorias metalingüísticas novas de “linguagem”
ou “romance” frente ao “latim” eclesiástico.
DOCUMENTOS
MAIS ANTIGOS EM
PORTUGUÊS
•  De princípios do século
XIII eram já conhecidos
dois textos originais
escritos em português:
•  Notícia de Torto;
•  Testamento de Afonso II;
•  1175 - a Notícia de
Fiadores.
AS GRAMÁTICAS
DO SÉCULO XVI
•  F e r n ã o d e O l i v e i r a .
Grammatica da lingoagem
p o r t u g u e s a ,  F e r n ã o d e
Oliveira, Lisboa, edição de
1536. 
•  Fernão de Oliveira  nasceu
em Aveiro, em 1507. ... Em
1536, regressou a Lisboa,
dedicando-se ao ensino e
publicando a primeira
g r a m á t i c a  d a l í n g u a
portuguesa, intitulada
Grammatica da Lingoagem
Portuguesa.
JOÃO DE BARROS
•  BARROS, João de, 1496-1570
Grammatica da lingua portuguesa / [João de
Barros]. - Olyssipone : apud Lodouicum
Rotorigiu[m], Typographum, 1540. - 60 f. ; 4º ( 20
cm)
NEBRIJA, 1492
•  La Gramática castellana1 2 (en su título
original en latín: Grammatica Antonii
Nebrissensis [...]) es una gramática del español
escrita por Antonio de Nebrija y publicada en
1492. Constituyó la primera obra que se
dedicaba al estudio de la lengua castellana y
sus reglas
•  Le tretté de la grammére françoéze
([Reprod.]) / Louis Meigret ;
DOMÍNIOS DIALETAIS NA
ROMÂNIA
Prof. Dr. Ari Sacramento
ONZE ÁREAS DIALETAIS (OU
ONZE SISTEMAS DE DIALETOS)
Onze áreas dialetais (ou onze sistemas de dialetos):

Ø  Na Península Ibérica: dialetos portugueses, espanhóis e catalães;


Ø  Na Gália antiga: dialetos franceses, provençais e franco-provençais;
Ø  Na Itália e Suíça Meridional: dialetos réticos, galo-itálicos, italianos e sardos;
Ø  Na Península Balcânica: dialetos romenos.
Sistemas
dialetais na
România
OS DIALETOS DA PENÍNSULA
IBÉRICA
Reflexo de dois processo de conquista: a conquista da Ibéria pelos romanos e a
“Reconquista”.

a) A penetração romana se deu segundo duas direções:


§  Pelo Golfo de Valência, houve a dominação de regiões da Terraconense e Galícia,
constituindo a província Hispania Citerior;
§  Pelo Golfo de Cádiz, foram dominadas as regiões da Bética e Lusitânia, com a
constituição da província Hispania Ulterior.

Distinções quanto à cronologia da romanização e ao tipo de latinização resultante.


b) A distribuição dos dialetos portugueses, espanhóis e catalães em
três faixas na direção norte-sul corresponde às três frentes em que se deu
ao longo dos séculos X a XV a reconquista cristã do centro-sul da península.

•  Os três movimentos, que partiram dos Montes Cantábricos, foram


liderados pelas monarquias de:
-  Leão e Castela (no centro) → Andaluzia
-  Portugal (a oeste) → Algarve
-  Aragão (a leste) → região valenciana

•  Principal consequência: o moçárabe foi completamente suplantado pelos


dialetos dos conquistadores.

•  O dialeto castelhano e a progressiva assimilação de dialetos menores.

•  Semelhança entre os dialetos ibéricos.


DIALETOS PORTUGUESES
•  Falados nos limites do Estado português.

•  Traços linguísticos: fonéticos, morfológicos e sintáticos.

•  Classificação por Leite de Vasconcellos (1901)


I. Português propriamente dito:
Dialetos continentais
Dialetos insulares
Dialetos ultramarinos
Dialetos judeu-portugueses
II. Codialetos: Galego, Riodoronês, Mirandês e Guadramilês.

•  Outras classificações mais recentes.


DIALETOS ESPANHÓIS
•  Dialetos falados no centro da Península.

•  Características marcantes.

•  Alguns dialetos espanhóis:


-  castelhano;
-  galego (falado na Galiza);
-  leonês (falado a noroeste do Reino da Espanha, numa região que
corresponde imperfeitamente à província de León);
-  aragonês (falado a nordeste, numa área que tem por centro a cidade
de Huesca);
-  estremenho;
-  andaluz.
DIALETOS CATALÃES
•  Falados na região oriental do território espanhol, compreendendo a
Catalunha, Valência e uma parte da província de Aragão;

•  Também falam-se dialetos catalães nas Ilhas Baleares e na República


de Andorra, além dos Pireneus, em território francês, e no
departamento de Roussillon.

•  Distinguem-se no catalão duas variedades: uma oriental e outra


ocidental, separadas pelo rio Llobregat, que são por sua vez distintas
do valenciano.

•  Características linguísticas.

•  Constitui um sistema de dialetos à parte.


OS DIALETOS DA GÁLIA
O território da Gália Transalpina compreende três sistemas dialetais:

§  Dos dialetos franceses (langue d’oil);


§  Dos dialetos provençais (langue d’oc);
§  Dos dialetos franco-provençais (um grupo à parte x dialetos do sudeste da França).
LANGUE D’OIL
(DIALETOS FRANCESES)
§  Os dialetos ocupam o norte da França e a Bélgica;

§  A absorção dos dialetos pelo francês;

§  As características dos dialetos d’oil e o francês literário;

§  A diferença que separa o francês das demais línguas românicas – caráter inovador
e rapidez com que alguns fenômenos se consumaram ali;

§  Traços característicos do francês.


LANGUE D’OC
§  Dialetos falados no sul da França e(DIALETOS
em partes da Itália ePROVENÇAIS)
da Espanha;

§  Uma faixa separa os dialetos d’oc e os dialetos d’oil (no interior dessa
faixa se cruzam várias isoglossas);

§  O norte foi habitado pelos francos e o sul pelos visigodos;

§  O sul teria cultivado mais a fundo o latim literário, que funcionou como
um fator de conservadorismo linguístico;

§  Os dialetos occitanos são muito mais conservadores que os do norte.

§  Características linguísticas.

§  Principais dialetos: provençal, languedocien-guyennais, aquitano


(gascão e bearnês), auvergnat-limousin, alpin-dauphinois.
DIALETOS FRANCO-PROVENÇAIS

§  A área desses dialetos compreende parte da França, toda a “Suíça Francesa” e


parte da Itália;

§  Dialetos franco-provençais como um sistema à parte;

§  Os dialetos são falados em uma região em que as comunicações são


particularmente difíceis e são bastante semelhantes entre si dos dois lados dos
Alpes.
OS DIALETOS DA ITÁLIA E
No território atualmente
DA SUÍÇA MERIDIONAL
ocupado pela República Italiana, pela
Córsega (que pertence politicamente à França) e no sul da Suíça,
é costume reconhecer três grandes sistemas dialetais, a saber:

a)  o dos dialetos sardos;


b)  o dos dialetos réticos;
c)  o dos dialetos italianos.

•  Peculiaridade quanto aos outros dialetos da România


(vitalidade/autonomia e variedade de estrutura).
DIALETOS SARDOS
•  História política pouco ligada à Itália;

•  Fonética fortemente conservadora: características

•  As principais variedades do sardo são:


-  o galurês (norte) → assemelha-se aos dialetos da Córsega;
-  o sassarês;
-  o logudorês (entre o centro e o norte) é encarado como o sardo
típico;
-  o campidanês (sul) → compartilha traços com os dialetos da Itália
meridional.
DIALETOS RÉTICOS
•  Dialetos distribuídos por regiões descontínuas da Itália do norte e sul da Suíça;

•  A variedade mais oriental do rético é falada no cantão suíço dos grisões, e


compreende algumas subvariedades entre as quais o sobressilvano e o engadino;

•  Algumas variedades réticas, desde 1938, foram reconhecidas como a quarta língua
oficial da Confederação Helvética (ao lado do alemão, do francês e do italiano);

•  Características linguísticas.
DIALETOS GALO-ITÁLICOS E
VÊNETOS
•  Ocupam a Itália do Norte.

•  Classificados em piemonteses, lombardos, lígures, da Emília e Romagna.

•  Traços linguísticos comuns.

•  Em contraste com os dialetos galo-itálicos, que lembram o francês, os dialetos


vênetos assemelham-se mais ao italiano padrão.
DIALETOS DO CENTRO E DO SUL DA
ITÁLIA E OS DIALETOS TOSCANOS
•  Os dialetos centrais e meridionais são costumeiramente divididos em três grupos
correspondentes a:

a)  Marcas, Úmbria e Lácio;


b)  Abruzos, norte das Pulhas, Molise, Campânia e Lucânia;
c)  Salento, Calábria e Sicília.

§  Diferenças significativas entre essas variedades, mas há traços comuns.

§  Os dialetos toscanos e o florentino: algumas características.


O DALMÁTICO
•  Os dialetos dalmáticos e as investigações de Meyer-Lübke;

•  Dialetos falados outrora na costa adriática da Península Balcânica → constituíam o


elo natural entre os dialetos da Itália e o romeno;

•  Desapareceram pela superposição do serbo-croata no sul e de outros dialetos


neolatinos (veneziano e friulano sobretudo) ao norte.
OS DIALETOS DA PENÍNSULA
DIALETOS ROMENOS
BALCÂNICA
Dividem-se em quatro grupos:
a)  o daco-romeno;
b)  o macedo-romeno ou aromeno;
c)  o megleno-romeno ou meglenítico;
d)  o istro-romeno.

Diferenças entre esse dialetos e consequências na comunicação .

Traços estruturais comuns e o proto-romeno (questões linguísticas e


políticas).

Exemplos de traços linguísticos comuns aos quatro grupos dialetais.

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