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1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 2
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
A Constituição de 1988 nos artigos 6º; 205, 206 e 208 coloca a educação
como um direito social e dever do Estado, sem, é claro, excluir a família desta
responsabilidade. Assim entendida, a educação assume a mesma
importância que o trabalho, a saúde, o lazer, a segurança e outros direitos de
natureza vital à vida em sociedade e à preservação da saúde mental. E
distribui as obrigações com a educação entre o Estado e a família, uma vez
que cabe a ambos desenvolverem a educação, podendo contar com a
parceria da sociedade (PACHECO; 2009, p.25 apud SILVA; 2016).
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O processo de redemocratização do país se concretiza com a Constituição de
1988, cujo texto final é o resultado de uma mescla de emendas populares e emendas
originadas de uma aliança de partidos de centro (Cunha, 1991, p.14), em especial na
educação. O governo Sarney permanece até 1990. Segue-se o Governo Collor,
primeiro presidente eleito por voto direto desde o início do regime militar (1964),
valendo-se do apoio de forças conservadoras. Elegeu-se com base no discurso de
moralização da política, de derrubada da inflação e de modernização econômica
conforme o modelo neoliberal, mas, paradoxalmente, acabou sendo afastado em 1992
pelo Congresso Nacional por corrupção. Seu vice, Itamar Franco, assume a
Presidência e governa até 1994. Nesse mesmo ano, é eleito Fernando Henrique
Cardoso, depois reeleito, que cumpre dois mandatos (1995-1998 e 1999-2002). Em
janeiro de 2003, assume Luís Inácio Lula da Silva, que após quatro anos de governo
disputa, em 2006, seu segundo mandato.
A nova Constituição consolida, na educação, um conjunto de aspirações de
vários agrupamentos políticos, alimentadas desde o início da década. Na educação,
a nova Constituição introduz em seu art. 206 vários princípios “democráticos” do
sistema de ensino, entre eles, o da gestão democrática da escola e dos sistemas.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I -
igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; (...) IV - gratuidade
do ensino público em estabelecimentos oficiais; (...) VI - gestão democrática do ensino
público, na forma da lei.
A Lei de Diretrizes e Bases de 1996 reproduz o princípio a gestão democrática
definido na Constituição, definindo-a em seu artigo 14:
Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do
ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme
os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração
do projeto pedagógico da escola; II - participação da comunidade escolar local em
conselhos escolares ou equivalentes.
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3 ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR OU ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA?
Fonte: www.sponte.com.br
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são complexos e demandam uma visão global e abrangente, assim como uma ação
articulada, dinâmica e participativa. A mobilização dinâmica promove o trabalho em
equipe do elemento humano coletivamente organizado, enfocando, em especial, sua
energia e competência como condições básicas e fundamentais da qualidade da
educação e das ações realizadas no sistema e unidades de ensino. A gestão escolar
emerge para superar, entro outros aspectos, a carência de:
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Democrática. Para Marangon, Gestão Educacional representa um processo de inter-
relação entre as diversas esferas governamentais, englobando o governo Federal,
Estadual e Municipal, perante o regime de cooperação. É basicamente o campo onde
são elaboradas e aplicadas as normatizações que regem a educação no Brasil. Luck
(1998), explica que gestão educacional:
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4 CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA
Fonte: www.criticalthinking.org
A Constituição de 1988 nos artigos 6º; 205, 206 e 208 coloca a educação
como um direito social e dever do Estado, sem, é claro, excluir a família desta
responsabilidade. Assim entendida, a educação assume a mesma
importância que o trabalho, a saúde, o lazer, a segurança e outros direitos de
natureza vital à vida em sociedade e à preservação da saúde mental. E
distribui as obrigações com a educação entre o Estado e a família, uma vez
que cabe a ambos desenvolverem a educação, podendo contar com a
parceria da sociedade (PACHECO; 2009, p.25 apud Silva 2016).
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Ferreira (2009) elucida que, para que as organizações funcionem e, assim,
realizem seus objetivos, requer-se a tomada de decisões e a direção e controle dessas
decisões. Esse processo denomina-se de gestão.
A gestão escolar constitui uma das áreas de atuação profissional na educação
destinada a realizar o planejamento, a organização, a liderança, a orientação, a
mediação, a coordenação, o monitoramento e a avaliação dos processos necessários
à efetividade das ações educacionais orientadas para a promoção da aprendizagem
e formação dos alunos (FERREIRA, 2009).
Almeida e Silva (2017), enfatizam a Lei de Diretrizes de Bases da Educação,
onde na lei n º 9.394/96 (BRASIL, 1996), evidencia que à gestão escolar deve ser
democrática e autônoma modificando práticas antigas visando um novo olhar na forma
de gerir. Dessa forma, incube-se, aos sistemas de ensino, a função de organizar e
adaptar a gestão pública escolar, conforme o contexto em que ela se insere.
A escola é uma organização composta pela sociedade, que visa cultivar e
disseminar os valores sociais por meio da experiência de aprendizagem e do ambiente
educacional, e contribuir para a formação dos alunos. Libânio (2004) diz que os
princípios e métodos da organização escolar tem origem de experiência administrativa
em geral, porém “suas características são diferentes das empresas industriais,
comerciais e de serviços. Os seus objetivos dirigem-se para educação e formação de
pessoas e seu processo de trabalho tem natureza eminentemente interativa com forte
presença das relações interpessoais” (LIBÂNEO,2004, p.435).
Pinheiro e Santos (2015, p. 39) explicam que o ensino público no país, em
particular o ensino fundamental apresenta-se precário na atualidade e a participação
da população usuária na gestão da escola básica é essencial para a mudança nessa
realidade. Onde é a população usuária que mantém o Estado com seus impostos e é
precisamente a ela que a escola estatal deve servir, procurando agir de acordo com
seus interesses.
A gestão escolar é caracterizada pela importância da descentralização e
participação, consciente e esclarecida, das pessoas nas decisões sobre questões
substantivas inerentes ao campo de seu trabalho. Segundo Luck (1998 apud Pinheiro
e Santos, 2015), a gestão está associada ao fortalecimento da ideia de
democratização do processo pedagógico, entendida como participação de todos nas
decisões e na sua efetivação. A gestão democrática indicada na Lei de Diretrizes e
Bases (LDB) n° 9394/96 é interpretada como uma construção social. Trata-se de
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conceber a escola como uma organização social, inserida num contexto local, com
identidade e cultura próprias, materializadas em seu Projeto Político Pedagógico
construído pela sua coletividade.
Silva e Silva (2016) afirma também que, a Gestão democrática não significa
dizer que o gestor de uma escola deva ouvir todos e fazer tudo aquilo que pensam,
dessa maneira o ambiente escolar se tornaria confuso e desorganizado. A abertura
para a democracia não implica que a gestão deve ser permissiva demais, pelo
contrário deve estabelecer uma ordem que possa de fato organizar esse espaço com
a participação de todos os envolvidos com a educação.
Para Barbosa (1999), a gestão da escola participativa é muito importante, e
está ganhando cada vez mais espaço no ensino público, pois representa um grande
avanço nos dias de hoje e mostra mais comprometimento e preparação aos gestores.
De acordo com este autor:
[...] estar impregnada por uma certa atmosfera que se respira na escola, na
circulação das informações, na divisão do trabalho, no estabelecimento do
calendário escolar, na distribuição das aulas, no processo de elaboração ou
de criação de novos cursos ou de novas disciplinas, na formação de grupos
de trabalho, na capacitação dos recursos humanos, etc. A gestão
democrática é, portanto, atitude e método. A atitude democrática é
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necessária, mas não é suficiente. Precisamos de métodos democráticos de
efetivo exercício da democracia. Ela também é um aprendizado, demanda
tempo, atenção e trabalho (p.4).
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5 CARACTERÍSTICAS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Fonte: gestaoescolar.org.br
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asseguram como princípio e diretriz da educação a gestão democrática na escola
pública (FERNANDES, 2016).
Soares (2017) defende que, se por um lado, a inclusão do princípio da gestão
democrática na CF de 1988, inédito na história constitucional do Brasil, foi influenciada
pelo clima que emanava do movimento pela democratização do país ocorrido nesse
momento histórico; por outro lado, a partir da década de 80 do século passado, em
função da crise do capital, da reestruturação produtiva e da ideologia neoliberal,
iniciou-se uma série de reformas caracterizadas por reformas políticas e econômicas,
que no âmbito da educação tenderam à privatização, descentralização,
municipalização e redemocratização.
Trindade (2018) destaca que não é possível então impor uma gestão
democrática, visto que seria contraditório ao próprio princípio do que é democracia.
As leis e diretrizes servem, portanto, para fundamentar, fortalecer e subsidiar as
práticas.
Conforme Fernandes (2016) a demanda pela democratização da escola pública
exigiria a aplicação de recursos e uma reforma administrativa, garantindo a
descentralização e a desburocratização da máquina estatal. A gestão democrática
deve garantir o direito de participação, tendo transparência nas decisões e processos
participativos de discussão, pressupondo os direitos de cidadania e que essa gestão
pode contribuir para a melhoria da educação, mas não isoladamente. O fato de não
ser isolada é que a gestão democrática é compreendida
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ainda, que, uma gestão democrática não deve se limitar a participação apenas no
interior da escola, mas envolver a comunidade em geral para atuarem junto ao Estado,
cobrando, acompanhando, dando opiniões no que se refere a construção de políticas
educacionais que prezem tanto pela quantidade como pela qualidade, pois uma não
deve existir sem a outra.
Trindade (2018) explica que a gestão democrática pressupõe, também, a
participação. Mas entende-se que há algumas dificuldades para que todos os
envolvidos possam participar de todos os processos. Independentemente do número
de integrantes, seja de uma escola grande, seja de uma escola pequena, é difícil,
reunir todos para deliberar sobre todos os problemas. Mas cabe à escola gerenciar
esta participação, onde todos possam se posicionar e contribuir, sem que alguns
monopolizem as falas e/ou ações, pois “[...] a organização escolar democrática implica
não só a participação na gestão, mas a gestão da participação. ” (LIBÂNEO,
OLIVEIRA & TOSCHI, 2005, p. 335 apud TRINDADE, 2018).
A gestão democrática é sinônimo de gestão participativa e pode ser definida
como “[...] conjunto de ações que levam as pessoas, em uma organização, a sentirem-
se responsáveis pelo resultado final da empresa [...]” (PRAZERES, 1996, p. 195 apud
TRINDADE, 2018).), ou, como uma “[...] gestão descentralizada, em que muitas
decisões são tomadas por grupos de pessoas [...]”, onde o objetivo é levar as pessoas
a se responsabilizarem pelos resultados obtidos pela organização. (LACOMBE, 2004,
p. 161 apud TRINDADE, 2018).
O autor ainda explica que gestão democrática e participação são termos que
se complementam. A participação na escola deve favorecer o processo de ensino e
aprendizagem, e não o prejudicar. Esta participação não pode ficar/estar restrita a
números e presença física, mas deve atentar-se para o nível de participação
(PATEMAN,1992 apud TRINDADE, 2018). A participação da comunidade escolar e
local na gestão da escola pode acontecer a partir de algumas estratégias e
mecanismos, entre elas: Grêmio Estudantil, Associação de Pais e Mestres (APM),
reunião de pais, conselho escolar e eleições para diretores. Paro (2006) ressalta que,
participar não se limita à execução de tarefas, mas tem relação com tomada de
decisões (TRINDADE, 2018)
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5.1 Gestão participativa
Fonte: cidamontijo.com.br
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Em uma gestão participativa, o nível de participação de cada envolvido afeta
positivamente a performance e a satisfação individual. Entre seus benefícios estão a
confiança dentro do grupo, diminuição da hostilidade despertada por ordens impostas,
aumento da produtividade dos empregados, sentimento de pertencimento e a
ampliação do conhecimento através do processo de tomada de decisão (SHAGHOLI
et al, 2010 apud SILVA, 2016).
Carvalho (2019) explica que a gestão participativa tem um papel importante
para combater as diferentes situações relacionadas às questões educativas existentes
no nosso meio, uma vez que o desenvolvimento participativo desse processo contribui
para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidirem e atuarem na realidade
social em que vivem, proporcionando um convívio coletivo e colaborativo.
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Guimarães (2010), compreende que a gestão participativa é a forma de
exercício democrático da gestão e um direito de cidadania, mas implica, também,
deveres e responsabilidades, portanto, é uma gestão de participação e eficaz, pois,
se de um lado a gestão democrática é uma atividade coletiva implicando a participação
e objetivos comuns, por outro depende também de capacidades e responsabilidades
individuais e de uma ação coordenada e controlada (LIBÂNEO, 2008 apud
GUIMARÃES, 2010).
O autor ainda destaca que é propósito da gestão participativa, substituir o
paradigma autoritário pelo democrático, dar oportunidade ao indivíduo de liberar seu
potencial, mostrar seus talentos e sua criatividade, na solução de problemas
cotidianos, nesse tipo de gestão, a participação de cada pessoa é fundamental, pois
todos são responsáveis por esta construção.
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6 A FUNÇÃO DO GESTOR NO CONTEXTO ESCOLAR
Fonte: direcionalescolas.com.br
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pares e uma clara percepção do contexto social e das inovações exigidas à escola,
por estes novos contextos que se formam na gestão dos processos pedagógicos.
Para Nóvoa (2002 apud REIS, RAYMUNDO e PACHECO, 2012), este gestor
profissional competente, domina conteúdos, técnicas, capazes de traduzir seu
compromisso ético e político, capaz de atuar como agente de transformação da
realidade em que se insere, assumindo, assim, seu compromisso histórico. O gestor
ao realizar as suas tarefas deve pautar-se nos objetivos coletivos, nas funções de
socialização e promoção da cidadania, de instrução, de estimulação, de integração,
de formação e de desenvolvimento humano, mesmo confrontando-se ainda com os
dilemas que advêm de mandatos sociais, políticos, pedagógicos que apontam na
contramão dos objetivos
Na interpretação de José Carlos Libâneo (2005):
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Ainda conforme Costa, Lima e Leite (2015):
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tornando assim a decisão final uma ação democrática e que beneficiará a todos e/ou
a grande maioria.
Fonte: www.ibccoaching.com.br
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[...] os gestores precisam ser capazes e estar dispostos a intervir em
interações entre grupos opositores – não para suavizar as diferenças, mas
para canalizar as energias na direção positiva. Gerentes multilíngues – que
são capazes de operar em mais de um domínio de especialização em que
utilizam mais de um estilo cognitivo – administram estas intervenções
encorajando os participantes a focar em ambos: no processo e no conteúdo
da discussão.
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Ainda conforme Fagundes (2007), as competências de liderança aportam
fatores fortemente relacionados com a atitude, e pouco se alteram, independente do
segmento organizacional em questão, isto é, seja em uma organização hospitalar,
metalúrgica ou educacional, a necessidade, por exemplo, de ter empatia, iniciativa e
capacidade para gerenciar conflitos, são competências inquestionavelmente
desejáveis para um gestor. Já as competências gerenciais são identificadas ou
“desdobradas” a partir da definição das competências organizacionais (BITENCOURT
et al, 2005 apud FAGUNDES, 2007), isto é, estão atreladas a conhecimentos e
habilidades demandados pela estrutura organizacional, seus processos, diretrizes e
metas a serem atingidas através da ação gerencial, nos distintos lugares de poder
outorgado, definidos na organização.
Cabral e Alves (2018) explicam que nas organizações escolares, a liderança
assume uma dimensão ainda mais relevante, dadas as características específicas do
trabalho escolar e do contexto em que este se desenvolve. De entre estas
características destacam-se “o carácter eminentemente moral da atividade (dada a
compulsão da frequência escolar, a imaturidade das crianças e adolescentes e a
inerente dependência face aos professores, a obrigação de assegurar a todos boas
condições de aprendizagem) ”, a “natureza individual da docência” e as “exigências
contraditórias, imprevisíveis e ambíguas dos contextos” (Alves, 1999, p. 25 apud
CABRAL e ALVES, 2018). Neste cenário, a liderança, entendida enquanto
“capacidade de fazer com que os outros alterem voluntariamente os seus modos de
trabalhar tendo em vista a construção e o desenvolvimento de projetos comuns” (id.
ibid., p. 25), é uma variável central para a implementação bem-sucedida de processos
de inovação pedagógica nas organizações escolares.
Parece, então, haver uma série de características dos líderes que são capazes
de criar empatia nos liderados e, por conseguinte, tornar possível a adesão voluntária
a uma causa comum, cujo objetivo último terá sempre que passar pela melhoria das
aprendizagens dos alunos (Cabral e Alves, 2018).
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7 A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NO AMBIENTE ESCOLAR
Fonte: www.somospar.com.br
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Costa (2018) abrange sobre Educomunicação explicando que, a prática
educomunicativa passa por um caminho definido por processos democráticos, a
gestão compartilhada da comunicação. Por isso é que o entendimento da categoria
gestão midiática no universo escolar, na perspectiva da educomunicação, preocupa-
se com a cidadania e a manutenção de sua integridade. A autora ainda ressalta que
a ideia de “letramento midiático” é imprescindível para a escolarização do século XXI,
considerando quatro aspectos: a representação, a língua, a produção e a audiência.
Alton Grizzle (2016, p. 18 apud COSTA, 2018) explica que “a Unesco usa o
termo ‘informação e alfabetização midiática’, que é muito similar ao que estamos
chamando de educomunicação no Brasil”. E ainda esclarece:
[...] a tecnologia precisa estar presente na sala de aula e alerta que o currículo
escolar não pode continuar dissociado das novas possibilidades
tecnológicas. Pois em um mundo cada vez mais globalizado, utiliza as novas
tecnologias de forma integrada ao projeto pedagógico é uma maneira de se
aproximar da geração que está na escola. Também é necessário que a
tecnologia seja integrada no currículo. Pois o currículo da sala de aula não é
apenas o prescrito. Ele se desenvolve do que emerge das experiências de
alunos e professores, do diálogo, entre eles. Nesse sentido, o uso das
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), pode auxiliar muito,
quando desenvolve-se um currículo mediatizado, é feito o registro dos
processos e com essa base é possível identificar qual foi o avanço do aluno.
(ALMEIDA, 2010,p. 48-51)
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Rodrigues (2018) esclarece que, para que a Educomunicação se efetive como
projeto educacional é preciso haver interesse pela formação das novas gerações de
professores. Devem ser preparados para a utilização de TICs e aplicação de práticas
comunicacionais na sala de aula. São necessárias, também, mudanças estruturais na
política educacional do país, investimento nesta área, valorização dos professores,
incentivo às universidades e aprimoramento quanto ao ensino, pesquisa e extensão
relativos à Educação, Comunicação e Educomunicação.
O autor ainda explica que na prática, a Educomunicação envolve ações
educativas e comunicativas no ambiente escolar, contudo não se limita a isto, envolve
a comunidade como um processo mais amplo e fomentador da cidadania.
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8 A EDUCAÇÃO FACE ÀS MUDANÇAS, AOS NOVOS MODELOS DE GESTÃO
E À ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA
Fonte: horario.com.br
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apenas conotações técnicas, mas também políticas, e que a maior parte das tentativas
de mudança e de inovação estão associadas a determinados valores” (p. 144). O
termo school improvement, considerado para o autor como sucessor de inovação,
implicaria uma planificação deliberada que não está tão presente na mudança.
Glatter (1992 apud OLIVEIRA e COURELA, 2013) alerta que a mudança,
quando ocorre, não é necessariamente para melhor, dependendo da apreciação que
cada um faz. Analisa o conceito atribuindo-lhe diferentes graus, onde inclui a inovação
enquanto “mudança planificada” e envolvendo um processo que visa melhorar a
escola. O processo envolve três fases: i) iniciação, que corresponde à introdução de
novas ideias e práticas e à procura do aval institucional; ii) implementação, ou seja, a
operacionalização dessas alterações e iii) institucionalização ou estabilização, em que
as alterações são constituídas em normas e rotinas, de modo a tornarem-se parte
integrante do trabalho escolar.
De acordo com Canário (1996 apud OLIVEIRA e COURELA, 2013), a mudança
surge associada à designada “crise da escola” (p.59, entre aspas no original) nos finais
dos anos 60 e início dos anos 70, na literatura da OCDE e da UNESCO. Esta situação
estaria relacionada com o notável crescimento quantitativo do sistema escolar, sem
que fosse acompanhado de correspondentes mudanças qualitativas. Face a essa
crise, as propostas de mudança basearam-se, predominantemente, em reformas
educativas que consistiam em impor às escolas um conjunto uniforme de soluções. A
inadequação das sucessivas vagas de reformas, nos anos 80 e 90, entendidas como
uma solução para a crise dos sistemas escolares (como estratégia mudança). As
reformas educativas afetam a estrutura do sistema educativo no seu todo e ocorrem
por razões de ordem política, económica e social (Sebarroja, 2001 apud OLIVEIRA e
COURELA, 2013).
Ainda conforme os autores Oliveira e Courela (2013) neste sentido, a reforma
não é sinônimo de mudança, inovação e melhoria; a inovação surge associada à
renovação pedagógica e a mudança e melhoria; a mudança pode não implicar
melhoria, mas esta implica mudança. Tendo em conta os condicionamentos dos
contextos socioculturais, das conjunturas económicas e políticas e o grau de
envolvimento dos vários agentes educativos, o autor define inovação como sendo:
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materiais curriculares, estratégias de ensino e aprendizagem, modelos
didáticos e uma outra forma de organizar e gerir o currículo, a escola e a
dinâmica da aula.” (p. 16 apud OLIVEIRA e COURELA, 2013).
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educativos contracorrentes, observando não apenas a diversidade cultural, mas
também atendendo às determinações provenientes das novas legislações que surgem
em resposta às demandas da própria pluriculturalidade.
f) A mudança na rentabilidade social da educação, em que professores,
alunos e pais devem entender que a escola pode proporcionar a formação e o
desenvolvimento do cidadão na sociedade contemporânea, mas não constitui o status
social que oferecia no passado.
g) O juízo social do professor e a crítica generalizada ao sistema de
ensino. No passado, os pais e a sociedade, em geral, apoiavam os professores em
relação às dificuldades do processo educativo, atualmente defendem os alunos/filhos.
Nas palavras de Esteve (2009, p. 25), “si todo va bien, los padres piensan que sus
hijos son buenos estudiantes, pero si van mal, piensan que los profesores son malos
docentes”.
h) A consideração social do professor em sua sociedade materialista
como uma questão ideológica. No mesmo ritmo em que ocorre uma
desconsideração salarial do professor, há também a desvalorização profissional
docente. A posição ocupada pelo professor na sociedade atual termina por absorver
as representações que são estabelecidas sobre este ramo profissional tanto por
outros sujeitos sociais como pelo próprio professor. O resultado disso, entre outras
coisas, pode reverberar na construção de uma identidade profissional docente.
i) A necessidade de revisar os conteúdos curriculares em face do avanço
das ciências e da variação das demandas sociais, de modo a garantir que, ao mesmo
tempo em que a escola priorize em seus conteúdos o crescimento econômico do país,
tenha lugar também o desenvolvimento social dos cidadãos. Ao se entender que o
conteúdo é um dos elementos centrais na composição de uma aula, espera-se que o
professor esteja atualizado, teórica e metodologicamente, sobre as inovações
científicas por que passa o conteúdo em sua própria área e nas interfaces com as
diferentes áreas do conhecimento científico.
j) Autoridade e disciplina na relação educativa. Se no passado o professor
era considerado o detentor de todo o poder dentro da sala de aula em detrimento dos
estudantes, atualmente essa situação se inverteu, chegando a causar, em alguns
contextos escolares, muitos conflitos entre professor e alunos, com agressões verbais
e físicas (ESTEVE, 2009).
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8.1 Gestão escolar em tempos inovadores
De acordo com Teixeira (1999 apud COELHO, 2011), até o século XVIII, a
escola destinava-se a “manter e a desenvolver a cultura intelectual e artística [...], para
tanto preparando um pequeno grupo de especialistas do saber e das profissões de
base científica e técnica” (TEIXEIRA, 1999, p. 311). Aquela escola não objetivava a
formação do cidadão do trabalhador, nem muito menos a formação do seu caráter,
mas sim a formação intelectual e profissional (profissões sacerdotais, liberais e o
magistério superior), enfim, buscava distinguir a cultura geral da cultura intelectual,
especializada.
A educação tem o seu papel compreendido via uma perspectiva macro da
formação do ser humano; é por meio dela que forma-se o senso crítico, o desafio de
pensar e fomentar direitos. Toda essa atividade deve estar ligada a motivação do
homem em sua busca de auto realização, renovando nele, a possibilidade de ser cada
vez mais pleno e realizado. (CHIAVENATO, 2010 apud COELHO, 2011).
Santos (2008 apud COELHO, 2011), destaca a necessidade da inovação no
novo século:
[...] o século que se inicia vai exigir uma nova escola, organizada e gerida em
bases totalmente diferentes, com mais dinamismo e criatividade para ser
capaz de interpretar as solicitações de cada momento e criar condições mais
propícias para um trabalho escolar mais eficaz. (SANTOS, 2008, p. 35)
Dessa forma, é preciso que a escola entenda que está participando de um novo
ambiente, global, interdependente, tecnológico e veloz e para tanto, precisa se
preparar, tornar-se competente para implementar o que o novo contexto exige. Cabe
ao educador/gestor cumprir o desafio de introduzir estas inovações na vida da escola,
com o devido cuidado em preservar sua missão, seus valores, seu caráter. Uma
escola atual não precisa abrir mão de sua identidade, de sua vocação institucional
(COELHO, 2011).
Percebe-se então que, no atual contexto brasileiro, a inovação tem boas
condições de plena atuação, no entanto, o egoísmo e o apego ao que é habitual,
familiar e seguro, são paradigmas que forçam a estagnação, conforme Garcia (2001
apud COELHO, 2011). Por isso, os agentes inovadores estão sob constante
renovação, a fim de promover estrategicamente os benefícios da inovação social e
educacional.
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Amorim (2015), defende que toda inovação educacional deve promover nos
alunos marcas legítimas e significativas que gerem a formação de atitudes
positivas e que contribuam para a formação de um ambiente pedagógico
duradouro, consolidando a criação de uma cultura escolar aberta, movida
pelo interesse científico, pela experimentação curricular, que contribua para o
surgimento de projetos variados e eficazes para serem institucionalizados no espaço
educativo e social.
Amorim ainda destaca que da mesma forma, esse espaço inovador deve
favorecer a construção e a consolidação de novas teorias, de métodos e técnicas
de ensino que deem um sentido contemporâneo às instituições educacionais, ao
processo formativo, para estimular a investigação dentro e fora da sala de aula,
tornando o ambiente de aprendizagem cada vez mais dinâmico e comprometido
com um modelo de educação, que tenha equidade e promova o espaço democrático
da escola, de maneira igualitário e possibilite a criação de novos saberes
educacionais, sociais e culturais(ARROYO, 2010 apud AMORIM 2015).
A inovação pode ser trabalhada no sentido de responder a um questionamento,
ao estudo de uma problemática, para buscar a solução de uma ou de várias questões
oriundas do cotidiano escolar, do sistema educacional ou da formulação de uma
política pública, que tenha alcance geral no conjunto da educação. Da mesma forma,
a inovação educacional quando ocorre, ela é caracterizada por diferentes elementos
da vida educacional e forma um conjunto sistematizado, capaz de ser acompanhado
e avaliado para verificar o alcance social, educacional e cultural das realizações
efetivadas (AMORIM 2015).
Inovar é modificar de maneira definitiva todo o processo de evolução do sistema
educacional e da escola; significa ainda a concretização da ruptura do sistema ou da
escola com o velho, com as práticas escolares isoladas, fragmentadas e que não
despertam alunos e professores para o verdadeiro sentido pedagógico e filosófico da
educação. Na escola atual, o processo de inovação do seu ambiente e de suas
práticas educativas deve caminhar no sentido de fazer com que o aluno aprenda ser,
aprenda a sentir, aprenda a atuar, aprenda a viver, aprenda a conviver, aprenda a
saber, aprenda a saber fazer, aprenda a pensar, aprenda a aprender, aprenda a
empreender, sendo papel da gestão escolar atuar para garantir as condições
institucionais que irão efetivar este processo inovador.
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8.2 Gestão da inovação e inovação educativa
Coelho (2011), faz citação em seu artigo de Carbonell (2002, p.23 apud
COELHO, 2011) onde este último retrata três movimentos na concepção educativa: o
primeiro suponha “fazer o mesmo, porém mais”; o segundo, “fazer o mesmo, porém
melhor”, e o terceiro, “reestruturar e redesenhar o sistema educativo”. Estamos
lentamente (e tardiamente) saindo de um paradigma quantitativo relativo às
mudanças, para um modelo mais significativo e que realmente altere as bases
necessárias para a promoção da inovação.
Um rápido estudo da educação no século XX e não será difícil encontrar
movimentos inovadores com o objetivo de superar as dificuldades da educação
existente. De maneira especial, os países latino-americanos, assim como os que
emergiram em meados do século XX, a fim de concluir o processo de descolonização,
investiram no campo da educação, conscientes de que esse era o caminho para
diminuir a desvantagem em relação às demais nações (COELHO, 2011).
De qualquer forma, Carbonell (2002 apud COELHO, 2011) incita que não é
olhando para trás mesmo que seja em direção à escola, que se encontrará uma
provisão do futuro ou mesmo os apontamentos necessários para a superação da
crise; o passado é importante para apresentar as origens e percebê-las em operação,
no entanto, não deve direcionar o atual pensamento, pois o que está em jogo é a
mudança.
Coelho (2011) ressalta que é evidente que algo mudou na escola, no entanto,
pouco se for falar de conteúdos e de práticas escolares; Carbonell (2002, p. 16) ao
analisar escolas de diferentes países, justifica essa afirmativa explicando que as
“mudanças, em geral, foram mais epidérmicas que reais”, detectando-se claramente
sintomas de modernidade; no entanto, isso não indica que foram desencadeadas
mudanças. O uso da tecnologia, na sua função de transmissão ou exposição do
conhecimento é um exemplo – nesse caso, a única coisa que muda é a metodologia.
A tecnologia se trata apenas de um habilitador.
Pensin e Nikolai (2013), elucidam que no campo da educação, o conceito de
inovação foi historicamente associado às orientações tecnicistas de ensino e
aprendizagem, cujos pressupostos estão alicerçados às mudanças “[...] que objetivam
o aperfeiçoamento de uma estrutura tal qual ela é.” (LUCARELLI, 2007 apud PENSIN
e NIKOLAI, 2013). Estas mudanças perspectivam a inclusão de novos procedimentos,
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com aspecto modernizante, mas que não representam, necessariamente, superação
de processos pedagógicos tradicionais. Foi assim que sedimentamos, ao longo dos
tempos, a concepção de inovação que traz em suas bases a concepção tecnicista de
educação. É assim que seguimos, reproduzindo e fortalecendo uma concepção de
inovação que consegue, quando muito, atender a demandas de mercado e reproduzir,
nos processos de formação acadêmica, uma lógica utilitarista e excessivamente
pragmática, uma concepção que encontra suas raízes na sociedade moderna que
nasceu com a Revolução Industrial.
Ainda conforme Pensin e Nikolai (2013) a inovação das práticas pedagógicas
que nos serve de orientação está fundada em uma perspectiva crítica e caracterizada,
em consonância às indicações de Lucarelli (2007 apud PENSIN e NIKOLAI, 2013),
pela ruptura com o estilo didático habitual e pelo protagonismo na gestão e
desenvolvimento da prática pedagógica por parte, principalmente, dos professores.
Nas palavras de Zanchet e Cunha (2007 apud PENSIN e NIKOLAI, 2013), toma-se o
conceito de inovação “da perspectiva da ruptura paradigmática”. Vê-se, portanto, que
não se está falando da inovação na perspectiva da lógica produtiva, do mercado,
tampouco se assume a inovação na perspectiva do ajuste, do aperfeiçoamento de
uma estrutura que se mantenha em essencial tal e qual já é. Fala-se de ruptura
paradigmática, ou seja, do rompimento com um paradigma existente que sustenta as
ações (nesse caso, formativas, pedagógicas, de docência).
Em relação ao protagonismo do professor frente à inovação nas práticas
pedagógicas, Cunha (2005 apud PENSIN e NIKOLAI, 2013) reconhece o complexo e
intrincado conjunto de relações entre os múltiplos fatores que tornam possíveis, ou
não, as inovações nas universidades. Não obstante, indica o professor “[...] como
elemento fundamental que pode favorecer a mudança, pela sua condição de dar
direção à prática pedagógica que desenvolve, mesmo reconhecendo nesta os
condicionantes históricos, sociais e culturais. ” (CUNHA, 2005, p. 33 apud PENSIN e
NIKOLAI, 2013).
Pois bem, despertar a atenção sobre o professor traz, quase que
inevitavelmente, a necessidade de se apontar para práticas pedagógicas de
professores que, então, estejam envolvidos com perspectivas inovadoras de
docência. Não há, claro, consensos e unanimidades em relação às práticas dos bons
professores. Também é provável que o que se considere positivo em relação ao
professor, na ótica da sociedade, seja diferente daquilo que o professor considere a
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respeito de si próprio; a comparação entre estes últimos e o que os alunos apontam
como positivo e inovador em seus professores (PENSIN e NIKOLAI, 2013).
Silva (2018) explica que as ações realizadas para a ocorrência da inovação
devem ser geridas para que seja possível ampliar a gama dos bons resultados. Para
isto, existem ambientes propícios que auxiliam o desenvolvimento das inovações e
construção do conhecimento, como por exemplo os ambientes universitários, que são
ambientes de inovação. Andrade (2005 apud SILVA, 2018), considera que estes
ambientes são receptores integrais de apoio às mudanças culturais e
desenvolvimento de criatividade, pontos estes essenciais para o desenvolvimento do
processo de inovação.
Ainda conforme Silva (2018), quando inseridos no ambiente da educação
básica, os indivíduos pertencentes aos /s universitários podem influenciar
positivamente, instigando professores e alunos a desbravarem outros níveis do
conhecimento. De acordo com Coutinho, Folmer e Puntel (2014 apud SILVA, 2018),
a relação entre escola e universidade é importantíssima, pois embora ambas
instituições abordam a temática “educação”, possuem diferentes visões de mundo,
devido ao fato dos professores da educação básica necessitarem de capacitações
relacionadas ao contato com os aparatos tecnológicos, e através de atividades de
nivelamento promovidos pelo ambiente universitário conseguem levar tais recursos
para sala de aula.
Partindo da compreensão de que o ambiente universitário pode se unir à
educação básica para realizar melhorias e inovações, de maneira significativa, surgem
os laboratórios de experimentação remota, como importantes agentes de inovação,
que se caracterizam pela busca, contemplação e desenvolvimento de novos
conhecimentos (SILVA, 2018).
Silva (2017 apud SILVA, 2018), relata que a este tipo de inovação proporciona
possibilidades surpreendentes, trazendo benefícios para instituições acadêmicas,
indústrias, governo, além de significativos benefícios pessoais, profissionais e
econômicos.
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