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Número IV | 2019

www.psiquilibrios.pt EM REVISTA

PSICOLOGIA & PSICOTERAPIAS:


DOENÇA BIPOLAR - O QUE É?

EXPERIÊNCIAS:
DIVÓRCIO É COISA DE ADULTOS

DÚVIDAS NA ESCOLHA VOCACIONAL?


A CONSULTA PSICOLÓGICA VOCACIONAL
PODE AJUDAR.
EDITORIAL ÍNDICE

Entrevista com...
- João Amorim
4
O papel da Psicologia em Portugal está a conquistar um crescente FICHA TÉCNICA
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reconhecimento da sociedade e é com satisfação que sentimos Título
que o Psiquilibrios tem contribuído para isso, com o seu leque Psiquilíbrios em Revista
de serviços de excelência. Desde sempre, temos pautado a nos-
sa ação pela promoção de mais e melhor acesso a serviços de
Psicologia de qualidade, com psicólogos experientes e edições de
Número IV
Maio de 2019
Psicologia & Psicoterapias
- Doença bipolar - O que é?
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relevo nas áreas da Psicologia e da Educação.
ISSN 2184-2299
O Psiquilíbrios responde a uma necessidade, que é também uma
expectativa, de contribuir para a melhoria dos serviços de psico- Diretora executiva
terapia e psiquiatria, através das suas duas vertentes principais:
as consultas e as publicações do Psiquilíbrios Edições. Prova do
reconhecimento do nosso trabalho é o crescente número de pe-
Vera Ramalho Experiências
- Divórcio é coisa de adultos
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Edição

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didos de consulta, muitas vezes indicados pelos nossos antigos - Como ajudar as crianças no divórcio
Psiquilíbrios
clientes, e as diversas propostas de publicações de livros que o
Psiquilíbrios Edições recebe de investigadores e docentes integra- Sede
dos nas universidades de Portugal e de outros países. Av. Alfredo Barros, 20. Braga

Estamos mobilizados para sermos mais fortes e conseguirmos


levar a mais pessoas os benefícios do nosso trabalho. De modo
Projeto gráfico e design
digiUP - creative solutions
Sabia que... 10
a assegurarmos que prestamos um serviço de qualidade superior,
aumentamos a nossa equipa com elementos dotados de expe- Assinaturas

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riência e com formação especializada. Psiquilibrios@gmail.com
Escola & Família
Esta é a quarta edição da Psiquilibrios em Revista que mantém a in- - Pais, deixem que estudar seja verbo para os
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Conteúdos e proteção de propriedade
tencionalidade de apresentar temas de cariz informativo dedicado http://psiquilibrios.pt/revista/PoliticaPrivacidade_4.pdf vossos filhos conjugarem.
a psicólogos e outros técnicos de saúde mental, docentes, educa-
dores, professores e ao público em geral, numa lógica de dar a co- A Psiquilibrios em Revista é uma publicação que pretende distinguir-se

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nhecer temas e abordagens eficazes da Psicologia e da Educação,
promovendo uma vida profissional e familiar mais satisfatória.
pela elevada qualidade dos seus colaboradores e conteúdos.
Todas as opiniões serão bem-vindas e servirão para a nossa reflexão e
Livros e outras notas
crescimento. - Aliança Terapêutica: da teoria à prática clínica.
Neste número, destacamos a entrevista ao psicólogo clínico João As ideias apresentadas são meramente informativas e não pretendem - Sistema de avaliação Empiricamente Validado
Amorim que revela alguns desafios que encontra na sua prática impor comportamentos nem substituir a consulta de um profissional. (ASEBA)
clínica. A psiquiatra, Filipa Pereira, traz-nos um artigo que explica
a doença bipolar e as suas principais características, diagnóstico Conheça a revista online: http://psiquilibrios.pt/revista/Revista_4_site.pdf8
e formas de tratamento. Na rubrica Saber +, as psicólogas Ana

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Subscreva a revista em: http://bit.ly/revistapsiquilibrios

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Sofia Melo e Daniela Silva falam-nos sobre a consulta psicológica #psiquilbrios #revista #tematica #crianças #adolescentes #pais #adultos
vocacional e a consulta de desenvolvimento de carreira. #filhos #psicologia #livros Destaques
- Equipa aumentada
Por fim, ressaltamos algumas iniciativas do Psiquilibrios Edições
para os próximos lançamentos em livros, com especial atenção à
segunda edição da obra Aliança Terapêutica, totalmente revista e

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ampliada, de Eugénia Ribeiro, Professora Auxiliar e investigadora
da Escola de Psicologia da Universidade do Minho. Saber+:
- Dúvidas na escolha vocacional? A Consulta
Temos ainda para si algumas ofertas que pode aproveitar desde já! Psicológica Vocacional pode ajudar.
- A consulta de desenvolvimento de carreira
Um forte abraço, e aconselhamento
Vera Ramalho 16
2 Psiquilíbrios em revista Número IV, 2019 3
Entrevista com...
João Amorim

João Amorim, mestre em Psicologia clínica e da saúde pela Qual é o campo de atuação profissional de um psicólogo que
Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Ca- trabalha na área da Psicologia Clínica?
tólica Portuguesa (Porto), desenvolve desde 2013 ativida- As grandes áreas de intervenção do psicólogo clínico são a
de como psicólogo clínico no Psiquilíbrios. A sua atividade avaliação e a intervenção. Podemos conceptualizar a avalia-
tem-se focado na consulta e intervenção psicológica com ção psicológica enquanto um processo científico que visa a
crianças, adolescentes, adultos e casais. Membro efetivo da compreensão do indivíduo no seu todo. Outro foco importante
Ordem dos Psicólogos Portugueses. é identificar as diferentes áreas que devem ser objeto de explo-
ração: atividade psíquica, personalidade, relações intra e inter-
Como é que o Psiquilibrios surgiu na sua vida profissional? pessoais, recorrendo-se para tal a instrumentos que auxiliam
O Psiquilibrios surgiu na minha vida profissional em 2012, no no estudo do indivíduo, sempre com a aplicação do conceito de
âmbito do estágio curricular, inserido no mestrado que me en- evidência à prática clínica.
contrava a fazer. Terminado esse estágio foi-me dada a oportu-
nidade de fazer aqui o estágio profissional e, por sua vez, conti- No seu trabalho diário com pessoas que procuram o Psiquili-
nuar a trabalhar enquanto psicólogo até o momento. brios, quais são as problemáticas mais frequentes?
Aqueles pedidos mais frequentes de intervenção prendem-se
Como é trabalhar na equipa do Psiquilibrios e o que o torna com dificuldades relacionadas com ansiedade, depressão, bi-
numa clínica especializada? polaridade, problemas relacionais e do foro emocional, ou, nas
É verdadeiramente enriquecedor e um grande privilégio. Traba- crianças, problemas de comportamento e de ansiedade; asso-
lha-se para servir bem o cliente e somos muito respeitados no ciados a diferentes fases do desenvolvimento.
exercício da nossa atividade. Há algo que faz a diferença no tra-
balho aqui no Psiquilibrios: mensalmente temos uma reunião
de equipa onde os psicólogos têm a possibilidade de trocar Quais são as situações mais delicadas ou que levantou mais
experiências, expor duvidas, dificuldades e discutir temas rele- problemas éticos para si?
vantes para a nossa prática. Isso significa apoio, trabalho em São as situações que envolvem os tribunais porque é da com-
equipa. As decisões são tomadas em conjunto e o psicólogo petência do psicólogo, caso notificado, colaborar com esta ins-
não se sente sozinho. tituição.
A privacidade é algo central na Psicologia e não podemos pôr
Qual é a sua área de especialização dentro da Psicologia? em causa valores como o respeito pela autonomia do cliente e
A minha área de especialização é psicologia clínica e da saú- o possível prejuízo para a pessoa, em caso de quebra de con-
de e, neste momento, exerço maioritariamente a minha prática fiança, na relação com o psicólogo.
com adultos. De uma forma genérica, podemos dizer que aquilo Assim, e segundo a Ordem dos Psicólogos Portugueses, o psi-
que faço em psicologia engloba a avaliação e intervenção em cólogo deve prestar as informações solicitadas pelo tribunal
diversas problemáticas, como sejam, ansiedade, depressão, com o consentimento do cliente. Caso este não consinta, o psi-
dificuldades relacionais e emocionais que influenciam o fun- cólogo tem o dever de avaliar o interesse social da informação
cionamento da pessoa e causam mal-estar psicológico, impac- que dispõe e se envolve riscos para o próprio ou terceiros, para
tando a sua saúde mental. No âmbito da psicoterapia, posso depois decidir se revela ou pede escusa. É claro que se o tri-
dizer que este é um processo desenvolvido em conjunto com o bunal considerar que a informação é relevante poderá anular o
cliente, durante o qual se procura ajudar a pessoa a identificar direito de escusa do psicólogo, mas até a data isto não acon-
e perceber os fatores que contribuem para o surgimento ou ma- teceu comigo!
nutenção do mal estar e a identificar formas mais ajustadas de
lidar com as eventuais dificuldades. Ou seja, procuramos aju-
dar o cliente a encontrar um funcionamento mais ajustado a
si, sendo que a mudança ocorre quando as regras antigas são
desafiadas, facilitando a emergência de alternativas ou exce-
ções. Portanto, ao longo do processo de psicoterapia vamos
ter a evolução da pessoa para uma auto-narrativa alternativa
e desejada.

4 Psiquilíbrios em revista Número IV, 2019 5


Psicologia e
Psicoterapias
Doença bipolar – o que é?

Filipa Pereira é Médica Psiquiatra, licenciada na faculdade de A base do conceito moderno da Perturbação de Humor Bipolar
medicina da Universidade de Coimbra. Fez a especialidade remonta a meados do século XIX, quando o psiquiatra francês
de Psiquiatria no hospital de Braga. Jules Baillarger descreveu um novo tipo de insanidade «la folie á
double forme», cuja principal característica era os episódios de-
A perturbação de Humor Bipolar (PHB) é uma doença crónica pressivos e de elação do humor no mesmo paciente. A doença
e recorrente que se caracteriza por flutuações graves do foi descrita por vários psiquiatras sob várias denominações: «la
humor e da energia. Afeta cerca de 1% da população mundial folie circulaire» (Jean Pierre Falret) «demência precoce e insanida-
e representa uma das principais causas de incapacidade no de maníaco-depressiva» (Emil Kraepelin).
adulto jovem.
A prevalência da Perturbação Bipolar é consistente em diversas A PHB é uma doença complexa e multideterminada, causada
culturas, grupos étnicos e estatuto socioeconómico. O que pela interação de factores genéticos e ambientais. Estudos
difere entre países é o acesso dos pacientes aos sistemas de com gémeos indicam que as perturbações do espectro bipolar
saúde mental, dificultando o manejo desta doença nos países são hereditárias, com uma incidência superior a 80% em gé-
menos desenvolvidos. meos idênticos, caindo para 6% em familiares de 1º grau.

A PHB alterna períodos de humor elevado e períodos de depres- CARACTERIZAÇÃO DA DOENÇA dade, Perturbação de Personalidade, Perturbação de Hiperativi- Na fase aguda da doença, os estabilizadores de humor e os
são, intercalados por períodos de remissão; estes períodos es- O humor elevado ou irritável pode ser classificado como mania dade e Défice de Atenção. antipsicóticos são o pilar da abordagem terapêutica. Os anti-
tão associados a sintomas cognitivos, físicos e comportamen- ou hipomania, dependendo da sua gravidade e da presença de depressivos nunca devem ser usados em monoterapia na PHB
tais específicos. sintomas psicóticos. Classifica-se como mania quando o hu- EVOLUÇÃO DA DOENÇA tipo I. A electroconvulsivoterapia é altamente eficaz no trata-
De acordo com DSM – 5 (Manual diagnóstico e estatístico de mor e/ou irritabilidade estão gravemente elevados, provocando A evolução da doença é variável. A idade média do primeiro epi- mento de sintomas afectivos agudos.
perturbações mentais), a PHB inclui dois tipos principais: alterações no comportamento e funcionalidade do individuo. sódio da PHB tipo I é aos 18 anos, enquanto a PHB tipo II tende Tratando-se de uma doença de natureza crónica e recidivante, a
A duração do estado de mania dever ser, no mínimo, uma sema- a surgir mais tarde, pelos 25 anos de idade. O aparecimento otimização do tratamento a longo prazo é fundamental. O lítio é
 ipo I – a elevação do humor é grave e persistente (mania)
T na, estando os sintomas referidos presentes na maior parte do de primeiros sintomas maníacos (desinibição social/sexual) no considerado um dos tratamentos mais eficazes, quer na preven-
com importante impacto social e ocupacional que, na maioria dia, quase todos os dias. Na hipomania, as elevações do humor final da idade adulta ou na terceira idade pode indicar a existên- ção dos episódios maníacos, quer dos episódios depressivos.
das vezes, origina necessidade de internamento. e as alterações do comportamento são menos graves e com cia de outra condição médica (quadro demencial, por exemplo) Pode ser necessária combinação de vários fármacos: estabiliza-
duração mais curta do que no estado de mania podendo até e devem ser investigados de outra forma. dor de humor com antipsicótico ou antidepressivo. É fundamen-
 ipo II – a elevação do humor é mais ténue (hipomania) e com
T não requerer atenção médica. Apesar da caracterização da doença ser baseada nos sintomas tal uma intervenção psico-social nos períodos de eutimia (humor
menor impacto social e ocupacional (por vezes há uma me- Existem outros sintomas que caracterizam os episódios de ma- de mania/hipomania, a depressão é geralmente o quadro mais neutro) de forma a garantir a adesão terapêutica e prevenir recaí-
lhoria do funcionamento ocupacional, ainda que transitória, à nia/hipomania, como o aumento de energia e/ou atividade, a comum e persistente, sendo também a principal causa de inca- das. A psicoterapia e psicoeducação são, também elas, impor-
custa de uma produtividade aumentada e elevação do humor). autoestima aumentada ou sentimentos de grandiosidade, a alte- pacidade. tantes armas na abordagem terapêutica da PHB.
ração do sono com diminuição da necessidade de dormir, a pres- Na PHB tipo II é comum haver múltiplos episódios depressivos
são para falar e a sensação subjetiva de pensamento acelerado. antes de ocorrer um episódio de hipomania. A mudança de um PROGNÓSTICO
No polo oposto, os quadros de depressão da PHB, têm habi- episódio depressivo para um episódio de mania ou hipomania A maior parte dos doentes recupera do primeiro episódio de
tualmente características de Episódio Depressivo Major e são pode ocorrer de forma espontânea ou durante o tratamento humor, porém a taxa de recaída é muito elevada. Os indivíduos
caracterizados por humor francamente depressivo, perda de com antidepressivos. mais jovens, casados e com mais escolaridade têm uma recu-
interesse/prazer por quase todas as atividades durante, pelo peração funcional mais favorável. Os doentes que têm um pa-
menos, duas semanas. Além disso, o individuo pode apresen- TRATAMENTO drão de ciclação rápida têm pior prognóstico.
tar outras alterações, como alterações no apetite e no peso, no O primeiro passo no tratamento da PHB passa por definir o hu- A eficácia do tratamento da PHB está relacionada, em muitos
padrão de sono, diminuição da energia, sentimentos de culpa mor, confirmar o estado de mania/hipomania ou depressão, dado casos, com o início próximo ao aparecimento dos sintomas. A
ou de menos valia. que a abordagem terapêutica difere, consideravelmente, nas si- adesão do doente ao tratamento é um factor de prognóstico
tuações referidas. muito importante, sendo a psicoeducação fundamental no tra-
DIAGNÓSTICO Diversos factores podem condicionar o tratamento escolhido: tamento da doença.
O diagnóstico da PHB é clínico e auxiliado por uma entrevista di- comorbilidades psiquiátricas e não psiquiátricas, resposta a tra-
rigida com o doente e com os seus familiares. Em média, desde tamentos psiquiátricos prévios, antecedentes familiares e até o
o início dos sintomas até ao diagnóstico da doença, passam-se envolvimento do doente com a sua doença. Existem guidelines Filipa Pereira
5 a 10 anos. Os diagnósticos diferenciais mais comuns são fei- publicadas para o tratamento da PHB que incluem os mais re-
tos com Perturbação Depressiva Major, Perturbação de Ansie- centes desenvolvimentos farmacológicos e psicoterapêuticos.

6 Psiquilíbrios em revista Número IV, 2019 7


Experiências
Divórcio é coisa de adultos Como ajudar as crianças
no divórcio

Na nossa prática clínica recebemos com frequência pais e Para facilitar o ajustamento dos filhos a uma separação ou di- NÃO DEVEM
crianças fruto de relações terminadas em divórcio, por vezes, vórcio, os pais: √ Expor a criança a conflitos, discussões e situações de tensão.
nem sempre da melhor forma. Percebemos que estão a atra- Nota:
vessar um período difícil, com muitas incertezas, inseguranças √ Usar a criança como mensageiro ou "arma" no decorrer e após
e medos e pedem ajuda para serenar o turbilhão emocional em Nesta secção abrimos portas para quem interessar par- DEVEM o divórcio. A tentação para fazer da criança "mensageira" ou
que se encontram. A investigação revela maior satisfação com tilhar uma experiência enriquecedora que possa ajudar √ Ser sinceros com a criança quanto ao que se está a passar, aliada de um dos pais é situação muito penosa para ela e que
um processo terapêutico que consegue envolver pais e filhos quem a lê. Nesta edição, optamos por reunir algumas opi- contudo, sem entrar em detalhes que apenas dizem respeito causa problemas sérios no deu desenvolvimento.
com o menor conflito possível, sempre a favor da criança. niões que apresentam um tema em comum: o divórcio. aos adultos.
Envie-nos a sua história ou opinião sobre algum produto √ Usar a criança como forma de apoio pessoal.
Do ponto de vista daqueles pais que querem realmente dar o ou serviço do Psiquilibrios (um livro, a sua experiência de √ Adaptar a linguagem utilizada às caraterísticas e idade da
melhor aos seus filhos, surgem dúvidas sobre como gerir a cul- psicoterapia no Psiquilibrios, uma formação, etc.). criança. √ Dizer mal do outro progenitor ou da sua família à criança nem
pa que sentem por não poderem proporcionar mais tranquili- Não deve ultrapassar meia página A4. permitir que a restante rede familiar o faça.
dade aos filhos e por nem sempre conseguirem estar no seu As opiniões mais construtivas serão divulgadas nos pró- √ Mostrar interesse pelo que a criança possa estar a sentir e
melhor para dar aquilo que as crianças merecem e precisam ximos números da Psiquilibrios em Revista. Para proteger mostrar-se disponível para responder a perguntas e esclarecer √ Perguntar à criança se prefere estar com o pai ou com a mãe.
nestas situações: um sentimento de segurança. Apresentamos a identidade de quem nos envia uma opinião, os nomes dúvidas relacionadas com receios acerca do divórcio.
um resumo de alguns gestos, atitudes e comportamentos a divulgados serão fictícios.
exibir e a evitar que são empiricamente demonstradas como √ Passar tempo de qualidade com a criança, sem utilizar este Respeitar os direitos dos seus filhos numa situação de
funcionais e que efetivamente podem contribuir para reduzir o Contacte-nos para psiquilibrios@gmail.com tempo para saber o que esta faz em casa do outro progenitor. divórcio poderá ser o primeiro passo para proteger a sua
conflito e promover o bem-estar da criança e dos pais. relação com eles e minimizar o sofrimento da criança.
√ Proteger a criança dos conflitos entre os pais, não devendo
ser envolvida nos assuntos que dizem respeito ao casal. Isto é
essencial para o ajustamento emocional da criança.

√ Manterem-se cooperativos e consistentes no que se refere à


educação da criança. O papel dos pais daqui em diante deverá
centrar-­se na criança e não na sua relação como casal.

√ Manter ao máximo hábitos e rotinas diárias.

√ Estar atentos a eventuais alterações comportamentais e emo-


cionais da criança e recorrerem a ajuda profissional quando tal
acontecer. São exemplos: regredir para comportamentos mais
infantis, como as birras; manifestar ansiedade ao separaremse
dos pais; tristeza, isolamento, dificuldades de sono, etc.

√ Respeitar o direito da criança de gostar do pai, da mãe e dos


restantes membros da família, sem sentir culpa ou pressão.

√ Ter em consideração o estádio de desenvolvimento da crian-


ça, não exigindo mais nem menos do que aquilo que a criança
está efetivamente apta a realizar.

√ Ser flexíveis e abertos a novas alternativas e soluções no que


se refere às atividades e responsabilidades inerentes ao acordo
relativo à guarda das crianças, visando o bem-estar destas.

8 Psiquilíbrios em revista Número IV, 2019 9


Sabia que... Escola & Família
Pais, deixem que estudar
seja verbo para os vossos
filhos conjugarem.
Os psicólogos da educação devem apostar na Preven- A investigação científica em psicoterapia tem apresenta- Sílvia Fernandes é professora de línguas no ensino básico neste contexto, a palavra em questão está ao nível de (apenas
ção, Promoção e Intervenção Precoce, não obstante a do evidência consistente de uma relação positiva e signi- e secundário, presentemente a lecionar no Agrupamento de e já é muito!!!) acompanhem. Acompanhem para estar a par
coexistência e necessidade de intervenções com caráter ficativa entre a qualidade da aliança terapêutica e os re- Escolas D. Manuel de Faria e Sousa, e é colaboradora do das situações escolares dos respetivos educandos, para que
mais remediativo. sultados da terapia, independentemente da modalidade Psiquilibrios enquanto revisora. comportamento e performances académicas correspondam
terapêutica e do diagnóstico dos clientes (e.g. Horvath, ao esperado. O primeiro porque a escola é uma micro-socie-
• • • • • 2011). Em termos gerais, a aliança terapêutica refere-se dade e o espaço físico e emocional dos outros deve ser abso-
à força e qualidade da relação colaborativa que se esta- Não me dediquei ainda o suficiente a esta questão, mas pro- lutamente respeitado (seja colega, professor ou funcionário),
Pretende-se que o aconselhamento favoreça a constru- belece entre o terapeuta e o cliente, e se desenvolve ao meto fazê-lo, para poder criar um ponto de ordem neste assun- o segundo porque a escola é, efetivamente, um espaço de
to. Ainda não consegui entender muito bem se os pais subs- aprendizagem que deve ser feita. O que não é fácil entender é
ção de respostas pessoais de adaptabilidade de carreira longo do processo terapêutico.
tituem os seus filhos nas tarefas escolares porque entendem que os pais teimem em fazer os resumos das matérias (ensi-
que se poderão traduzir na capacidade dos indivíduos de-
que assim deva ser (também ao ver outros pais fazerem-no) nem, antes, a fazer resumos…) ou de fazerem os trabalhos de
senvolverem um elevado sentido de valor pessoal, iden- • • • • • e que seriam menos bons pais se não o fizessem, ou se os índole mais criativa (façam sugestões, não peguem na cola e
tidade, confiança e agência, expressos numa nova sigla resultados académicos dos seus filhos refletem as qualidades nos marcadores). Resta-me a pergunta final (fatal seria mui-
VUCA de Values, Uniqueness, Confidence and Agility. No que concerne ao luto, a investigação psicológica recen- dos pais, também em termos académicos. to forte?): quando têm os pais tempo para terem tempo de
te sugere alterações na forma como este é vivido, sugerin- qualidade com os filhos, se quando estariam a fazer as suas
• • • • • do que a natureza da ligação é de facto dinâmica e perene. Aqui, também não descartaria alguma culpa dos professores, tarefas… estão a fazer as dos filhos?
o propósito do luto poderá ser a elaboração de um novo mais em particular dos Diretores de Turma que vão sempre
A psicoterapia é uma forma de tratamento psicológico vínculo que possa ser integrado na vida dos sobreviventes. pedindo aos Encarregados de Educação que se envolvam no
cujo objetivo é melhorar o ajustamento das pessoas face processo de ensino aprendizagem. Consciente ou inconscien-
Sílvia Fernandes
a problemas psicológicos e psiquiátricos. Idealmente a • • • • • temente, os Diretores de Turma esquecem-se de dizer que,
psicoterapia contribui para o desaparecimento dos sin-
tomas (ou diminuição significativa) e para a melhoria da
qualidade de vida dos pacientes.

• • • • •

10 Psiquilíbrios em revista Número IV, 2019 11


Livros e outras notas Sistema de avaliação Empiricamente
Aliança Terapêutica: Validado (ASEBA):
da teoria à prática clínica. CBCL1-5, C-TRF, CBCL 6-18, TRF e YSR.
2ª edição, de Eugénia Ribeiro de Thomas Achenbach

Eugénia Ribeiro é Professora Auxiliar da Escola de Psicologia Se quiser conhecer melhor a investigação da Prof.ª Eugénia Os técnicos de saúde mental sentem, cada vez mais, a neces- Período Escolar (6 aos 18 anos)
da Universidade do Minho. É membro da Society for Ribeiro sobre como a aliança terapêutica contribui para a sidade de instrumentos de avaliação psicológica que sejam • Questionário de Comportamentos da Criança
Psychotherapy desde 1997 e do comité editorial das revistas mudança em psicoterapia, consulte: eficazes na avaliação de problemas emocionais e de comporta- – CBCL 6 – 18
internacionais: International Journal of Clinical and Health https://www.psi.uminho.pt/pt/investigacao/Relacao_Terapeutica/ mento (Achenbach & Ruffle, 2000). O modelo ASEBA (Achenba- Relato de problemas e competências através da informa-
Psychology e da Psychotherapy Research. Foi diretora ch System of Empirically Based Assessment; Achenbach, 1991; ção dos pais (ou substitutos).
associada da revista Psicologia (da APP). Achenbach & Rescorla, 2000), surge como uma proposta de Descrições de atividades e competências.
avaliação sistemática e empiricamente validada que colmata 112 descrições de comportamentos (problemas).
A investigação científica em psicoterapia tem apresentado esta necessidade. Esta bateria permite obter informação útil
evidência consistente de uma relação positiva e significativa para a complexa tarefa de avaliação e intervenção psicológica • Questionário de Comportamentos da Criança
entre a qualidade da aliança terapêutica e os resultados da com crianças e adolescentes. Inclui os questionários e os per- – TRF 6 – 18
terapia, independentemente da modalidade terapêutica e fis de cotação manual por escalas de síndromes e validadas Relato de problemas e competências através da informa-
do diagnóstico dos clientes (e.g. Horvath, 2011). Em termos estatisticamente. ção de professores ou outros profissionais educativos.
gerais, a aliança terapêutica refere-se à força e qualidade da Descrições de desempenho académico e de outras ca-
relação colaborativa que se estabelece entre o terapeuta e Entre 2010 e 2013, foi conduzido um estudo de aferição das racterísticas da criança.
o cliente, e se desenvolve ao longo do processo terapêutico. versões portuguesas da bateria ASEBA, na Universidade Católi- 112 descrições de comportamentos (problemas).
Considerada numa perspectiva transteórica (Bordin, 1979), ca Portuguesa. Este estudo, coordenado pelo Prof. Pedro Dias,
a aliança terapêutica concretiza-se na manifestação de três contou com a colaboração de uma equipa de investigação • Questionário de auto-avaliação para jovens
dimensões: o acordo entre terapeuta e cliente em relação aos constituída por: Prof. Vânia Sousa Lima, Prof. Bárbara César – YSR 11-18
objetivos da terapia, o acordo em relação à tarefas terapêuticas Machado, Prof. Lurdes Veríssimo, Prof. Maria Raul Lobo Xavier Relato de problemas e competências através da informa-
consideradas como necessárias ou relevantes para o atingir (Universidade Católica Portuguesa) e Prof. Miguel Gonçalves ção do adolescente
dos objetivos e o estabelecimento de um vínculo afetivo entre (Universidade do Minho). Este estudo culminou no estabeleci- Descrições de atividade social
ambos os elementos da díade. Sendo a aliança terapêutica um mento das normas para a população portuguesa, a partir dos 112 descrições de comportamentos (problemas e atitu-
fenómeno diádico e dinâmico, importa conhecer quer os fatores dados recolhidos junto da amostra normativa e do grupo clí- des positivas)
do terapeuta e do cliente que contribuem para a formação de nico.
uma aliança terapêutica de qualidade, quer os processos que
influenciam o seu desenvolvimento ao longo da terapia. No âmbito deste estudo, foi, ainda, elaborado em 2014 e em O Sistema de avaliação Empiricamente Validado
Este livro reúne a contribuição da equipa coordenada pela português, o Manual do Sistema de Avaliação Empiricamente (ASEBA) é uma publicação exclusiva do Psiquilibrios.
Prof.ª Doutora Eugénia Ribeiro, que nos últimos anos tem Validado (ASEBA) para o Período Pré-Escolar e Escolar. Saiba mais através de psiquilibrios@gmail.com
investigado e aprofundado o conhecimento na área da aliança
terapêutica. Partindo do aprofundamento teórico e da revisão da
investigação, as autoras refletem sobre as implicações clínicas Período Pré-escolar (1 ano e meio até 5 anos)
para a formação e desenvolvimento da aliança terapêutica, • Questionário de Comportamentos da Criança
tendo subjacente a sua ligação à mudança em psicoterapia. – CBCL 1 1/2 – 5
Em cada capítulo desta segunda edição procurou-se ir para Relato de problemas e competências através da informa-
além da revisão da teoria e da investigação respetiva ao tema, ção dos pais (ou substitutos).
estendendo a reflexão às implicações para a prática clínica, Descrições de atividades e competências.
formação e supervisão de psicoterapeutas e psicólogos Inclui o Questionário de Desenvolvimento da Linguagem
clínicos. Assim, com a publicação deste livro esperamos – LDS (18-35 meses).
contribuir para sustentar a formação, inicial ou avançada, de 99 descrições de comportamentos (problemas).
psicólogos clínicos e de psicoterapeutas, bem como ajudar a
fundamentar práticas de reflexão e supervisão clínicas, focadas • Questionário de Comportamentos da Criança para
em processos relacionais. Educadores – CTRF 1 1/2 – 5
Relato de problemas e competências através da informação
de educadores de infância ou outros profissionais educativos

12 Psiquilíbrios em revista Número IV, 2019 13


Destaques
Equipa aumentada
O Psiquilibrios continua a crescer e também a nossa equipa.
Temos novos psicólogos especializados, confira:

Dr. João Tiago Oliveira Dra. Daniela Silva Dra. Dulce Pinto Dra. Rita Rodrigues

Doutorado em Psicologia Aplicada – Psicologia Clínica Doutorada em Psicologia, domínio de conhecimento de Doutorada em Psicologia Aplicada – Psicologia Clínica Médica interna de formação específica em psiquiatra da
(Universidade do Minho), é atualmente Professor Auxi- Psicologia Vocacional, Instituto de Educação e Psicolo- pela Universidade do Minho desde 2017, é atualmente infância e da adolescência (Pedopsiquiatra). Mestre em
liar Convidado da Escola de Psicologia da Universidade gia, Universidade do Minho. Psicóloga especialista em Professora Auxiliar Convidada da Escola de Psicologia Medicina pela Nova Medical School – Faculdade de Ciên-
do Minho. Investigador do Centro de Investigação em Psicologia Clínica e da Saúde e em Psicologia Educa- da Universidade do Minho. Enquanto Investigadora do cias Médicas da Universidade Nova de Lisboa. Formação
Psicologia da mesma Universidade, tem desenvolvido cional com Especialidade avançada em Psicologia Vo- Centro de Investigação em Psicologia da mesma Univer- em Psicoterapia Cognitivo-comportamental. Formação
trabalhos no domínio dos processos de mudança em cacional e do Desenvolvimento da Carreira, reconhecido sidade desde 2009, tem desenvolvido trabalhos no do- em intervenção e avaliação de Perturbações do Espectro
psicoterapia. Tem participado em diversos projetos de in- pela Ordem dos Psicólogos Portugueses. Formadora e mínio da relação terapêutica, participando em diversos do Autismo. Experiência como líder de grupos de treino
vestigação nacionais e internacionais e é autor de várias investigadora, tendo publicado livros, capítulos de livros projetos de investigação e sendo autora e coautora de parental do programa “Anos Incríveis”, básico (2-8 anos
publicações científicas em jornais e livros da especiali- e artigos em revistas científicas nacionais e internacio- várias publicações científicas em jornais e livros da espe- de idade) e grupos de pais de doentes com diagnóstico
dade. A sua prática clínica tem-se centrado, maioritaria- nais. Intervenção psicológica educacional e clínica com cialidade. Participa frequentemente em formações e en- de PHDA. Especialização em Ciências Médico-Legais
mente, na consulta individual de adultos, com foco nas crianças e adolescentes (ansiedade, necessidades edu- contros científicos da área, nas quais tem vindo a realizar pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, em
Perturbações Depressivas e de Ansiedade. É membro cativas especiais, Dificuldades de aprendizagem). Mem- diversas comunicações orais e em poster no âmbito dos 2016/2017.
efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses. bro fundador da APDC – Associação Portuguesa para o seus trabalhos. A sua prática clínica tem-se centrado na
Desenvolvimento da Carreira. consulta de crianças e adultos, com foco nas Perturba- • • • • •
• • • • • ções Depressivas e de Ansiedade. É membro efetivo da
• • • • • Ordem dos Psicólogos Portugueses.

• • • • •

14 Psiquilíbrios em revista Número IV, 2019 15


Saber+ Saber+
Dúvidas na escolha vocacional? A consulta de desenvolvimento
A Consulta Psicológica de carreira e aconselhamento
Vocacional pode ajudar.
Parece que foi ontem que o seu filho entrou pela primeira vez na No Psiquilibrios, os pais também são chamados a participar Em dezembro de 2018, o Psiquilibrios começou a oferecer um Como é um processo pessoal, é centrado na pessoa e envolve
escola e não se sabe bem quem estaria mais nervoso, os pais neste processo, não para decidir pelo jovem, mas para se insti- serviço muito procurado por quem pretende explorar, desenvol- a procura de informação, a experimentação, e o ensaio em ima-
ou ele. Passados alguns anos, já está no 9º ou no 12º ano e terá tuírem como figuras de suporte no processo de tomada de deci- ver e implementar projetos de vida/carreira pessoais, concretos ginação e a avaliação de si em diferentes ocupações e papéis
de fazer escolhas vocacionais. Muitas questões se colocam e são, uma vez que os resultados da investigação neste domínio e realistas, desde a adolescência à vida adulta. de vida. Este processo mobiliza uma co-construção em parce-
podem ser geradoras de ansiedade, insegurança e dificuldades (e.g. Vautero, 2018) sinalizam uma associação positiva entre ria com o/a profissional de psicologia, promovendo a reflexão,
na tomada de decisão: “E agora, que área devo seguir? O que o apoio parental e a auto-eficácia na tomada de decisões de A carreira é atualmente concebida como um processo pessoal um papel ativo do indivíduo e a sua autoconfiança para agir no
vou escolher? Será esta opção indicada para as minhas carac- carreira. e social, construído a partir dos significados conferidos às es- mundo contemporâneo. São abordados, entre outros aspetos, a
terísticas? O que se faz neste curso ou profissão? …” colhas e às experiências pessoais, académicas e profissionais tomada de decisão, a adaptabilidade e o questionamento ético
Ana Sofia Melo vivenciadas ao longo da vida. É compreendida como uma cons- na carreira, permitindo o desenho e construção da vida aten-
É certo que o processo de construção de carreira, de maturida- trução subjetiva, que incorpora memórias passadas, experiên- dendo a significados pessoais e demandas sociais.
de e de tomada de decisão vocacional constrói-se ao longo de cias atuais e aspirações futuras.
todo o ciclo vital, desde os primeiros pensamentos sobre o que
fazer no futuro, passando pelas decisões escolares e profissio- A consulta de desenvolvimento de carreira e aconselhamento Daniela Silva
nais, até aos objetivos e escolhas no final da vida. No entanto, pretende promover processos de exploração pessoal e do meio
nos momentos de transição escolar, por imperativo das exigên- que apoiem o planeamento, tomada de decisão e implemen-
cias curriculares, os jovens são confrontados com a eminên- tação de escolhas dos indivíduos em diferentes momentos e
cia de uma escolha. Desta forma, há aspetos importantes que fases de vida.
poderão ajudar nesta tomada de decisão e promover a capa-
citação dos jovens para outras escolhas pela vida fora. Neste
processo é importante o conhecimento de si próprio e das suas
caraterísticas identitárias; o seu perfil de valores, competências
e interesses; a exploração da realidade e oportunidades a nível
escolar e profissional; assim como a ponderação de alternati-
vas de concretização do seu projeto vocacional e de carreira.
Este processo de ajuda guiada ao nível da Consulta Psicológica
Vocacional cria segurança e previsibilidade, orienta e clarifica a
tomada de decisão, o que se revela fundamental para reduzir o
stress e promover o bem-estar emocional do jovem e da família.

16 Psiquilíbrios em revista Número IV, 2019 17


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2 FORMAS PARA MELHORAR A VIDA:
Escrever é uma ferramenta terapêutica importante. Permite
assumir novas perspectivas onde anteriormente só se via uma
e permite “digerir” de forma saudável os acontecimentos ne-
gativos que vão marcando presença na vida.

Presencialmente, em Maio, em Lisboa, há um workshop dedi-

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cado inteiramente a usar de uma forma narrativa esta técnica.
E, em online, para que possa ter um acesso fácil a qualquer
altura e de qualquer lugar, pode descarregar um programa de
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pode aceder a este programa online único e exclusivo, onde
irá aprender, a par e passo, a melhor forma de criar mudanças
significativas.

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10 ESTRATÉGIAS PRÁTICAS PARA GERIR A ANSIEDADE:


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A ansiedade anda a atrapalhar-lhe a vida? Neste programa on- Não perca a Psiquilibrios em Revista de julho! EM
line, encontra as 10+1 estratégias mais eficazes para gerir os A Psiquilibrios em Revista de julho vai ser especial porque será RE
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picos de ansiedade, bem como explicações importantes sobre uma edição comemorativa dos 22 anos do Psiquilibrios. Neste PS
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o ciclo ansioso e as formas de lidar com os diversos tipos de número irá encontrar a entrevista com Leandro Almeida, coor-
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ansiedade. denador científico do Psiquilibrios Edições e Professor Cate-


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drático de Psicologia da Educação no Instituto de Educação


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da Universidade do Minho; artigos sobre temas de relevo para


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7 ESTRATÉGIAS PARA A PREOCUPAÇÃO E RUMINAÇÃO: quem quer estar atualizado, como por exemplo a educação in- DO ENT
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Preocupação ou ruminação? Ambas partilham muitas carac- clusiva, a mudança em psicoterapia, os programas de treino
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terísticas comuns e podem ser reduzidas ou eliminadas com parental Anos Incríveis, etc.
estratégias semelhantes. E, como são um eixo central das
perturbações ansiosas e depressivas, ao aprender a lidar com
estes processos cognitivos, com os exercícios propostos nes- Fique a conhecer as últimas novidades do Psiquilibrios. Es-
te programa online irá dar um passo importante para voltar a tamos disponíveis para mais informações através de psiquili-
estar bem. brios@gmail.com.

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Sara Martins, Vera Ramalho e Ana Sofia,


Jantar de natal, 2012

Dê-nos a sua opinião sobre a nossa revista:


lho
Vera Rama s
Psiquilibrio
geral do
Diretora
do Psiquilíbrios,
Miguel Gonçalves, Sócio Fundador
Psiquilibrios Edições
autor e coordenador científico do

psiquilibrios@gmail.com
Ana Sofia Melo,
Reunião de equipa, Vera Ramalho, Palha,
T. Oliveira João
Sara Martins, João Amorim e João ra
s Psiquiat
Psiquilibrio
anos do
dos 21
moração
em come
Equipa

Siga-nos ves , Armanda Gonçalve


s e Vânia Fernande
Psicólogas
s, Eugénia Ribeiro,
autora do
Psiquilibrios Edições
Gonçal 8
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Eugéni rtins,J
alho, Sara Ma
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Vera Silva 17
Teresa III, 2018
Número

Dias,
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Psicólog
Marlene Matos, autora do
Psiquilibrios Edições

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Almeida rios Ediç
Leandro do Psiquilíb
tífico
dor cien
coordena em revista
s
ilíbrio
16 Psiqu

QUERO ASSINAR

18 Psiquilíbrios em revista Número IV, 2019 19


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