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INTRODUÇÃO

Durante toda sua vida o ser humano percorre uma caminhada em busca do
conhecimento e de relacionamento que os faça sentir-se mais integrado ao
mundo que os cerca; sentimos necessidade de nos integrarmos, no entanto
somos considerados seres de relações sociais. Nestas relações família, escola e
comunidade interagem no processo de valorização das intenções presentes na
vida dos educandos levando os a procurar ou evitar certas situações, emoções ou
sentimentos. Assim sendo, como a escola pode ajudar os alunos a deixarem de
ter comportamentos agressivos? Como os professores podem ajudar no
comprometimento da escola com a socialização humana? Como encontrar as
soluções mais adequadas? Como resolver os conflitos dos alunos de
comportamentos agressivos existentes?
As questões no sistema educacional são complexas e nelas interagem
professores, alunos, pais e comunidade com diferentes valores: alunos de
comportamento passivos e agressivos, culturas e valores diferenciados, poder
aquisitivo diversificados. Dessa maneira, fazem-se necessárias discussões entre
eles, para que sejam buscadas em conjunto, soluções para os conflitos dos quais
resultam problemas de socialização nas três esferas da federação: local, regional
e nacional.
Nesse sentido, as influências que a criança recebe no lar e no meio social
onde estão inseridas são consideráveis porque moldam os comportamentos do
indivíduo utilizando-se de sansões e privilégios sociais. Na infância esta influência
é ainda maior visto que a criança necessita estar junto com os outros obtendo
uma aprovação para se sentir verdadeiramente membro do grupo, assim sendo, a
criança aprende e repete aquilo que vive.
Um dos objetivos está em melhorar o relacionamento humano entre
professores e alunos das séries iniciais, conscientizando-os da importância
dessas relações para a vida prática na escola e na sociedade.
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Percorrendo as escolas de ensino fundamental nos deparamos com alunos


que apresentam dificuldades diversas os quais trazem problemas de
relacionamento familiar, onde estes afetam também no convívio entre colegas da
escola e até mesmo com os professores. Percebe-se a partir da experiência
profissional no magistério, de que as crianças estão cada vez mais agressivas,
deixando, muitas vezes, o professor sem saber como agir e que atitude tomar em
relação a esses alunos.
Partindo de um princípio em que o professor se depara com tais problemas
e vê-se em situação de ambigüidade: na incerteza de como agir e o não
relacionamento de cordialidade recíproca, provocando em alguns casos a evasão
escolar, a repetência e até mesmas agressões físicas, psicológicas e emocionais.
A socialização é à base de todo relacionamento humano e ela deve ser
trabalhada desde muito cedo para que a criança não venha a ter problemas de
relacionamento em sua vida. Então, percebeu-se que este é o momento de
desenvolver um trabalho voltado na identificação de alunos de comportamento
agressivos e passivos no sentido de poder ajudar os alunos, professores e pais a
superar esses conflitos de relacionamento humano.
Deve-se fazer aqui um esclarecimento sobre a legenda do pré-teste e do
pós-teste. Trabalhou-se com duas classes heterogêneas de alunos: os agressivos
e os passivos. Entende-se como agressivos aqueles que promovem a violência,
principalmente física aos membros com quem se relaciona, e ainda de acordo
com o questionário aplicado, aqueles que se utilizam à agressão verbal.
Já no grupo que engloba os alunos de comportamento passivos, fica claro
que são aqueles alunos que não reagem violentamente às situações conflituosas
que vivenciam. A passividade aqui não é entendida como uma situação do ser
alienado, inerte, não atuante, mas como um ser social.
Teoricamente, todos aqueles que se envolvem com o processo educativo
percebem que algumas coisas precisam ser ajustadas, haja vista que o processo
ensino aprendizagem engloba várias dimensões: humanas, sociais, econômicas,
psicológicas, as quais se inter–relacionam sempre, com vista ao alcance de um
único fim: o educando. Diante disto, constatou-se que a pesquisa é de
fundamental importância no cotidiano da escola, que foi escolhida para execução
da pesquisa, mas algo que fique e dê embasamento à aquela escola para tentar,
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se não resolver os problemas de relacionamento, integração e socialização entre


os membros que a compõem, pelo menos amenizá-los aleatoriamente.
Neste sentido a pesquisa justifica-se pela necessidade de elaboração de
um plano de trabalho com o propósito de facilitar o relacionamento de alunos
entre si; alunos e professores, alunos, professores, pais e comunidade,
enfatizando a necessidade do conhecimento de meios que possam auxiliar no
processo da socialização.
Desta forma criar condições efetivas para a realização de atividades
cooperativas grupais dinâmicas, haja vista que a nova filosofia para a área
educacional, profissional, empresarial e enfim, trabalhos relacionados com
integração, socialização têm seu lugar aberto na atual conjuntura em que
vivemos.
Com esta pesquisa objetivou-se buscar meios facilitadores que orientem
educadores e educandos tornando-os: mais participativos, criativos, críticos,
colaboradores e menos arrogantes, agressivos, impulsivos, impostores, passivos,
pois a socialização, integração, participação, criatividade, são os nossos
objetivos.
Portanto, socializar-se hoje é tão importante quanto qualquer outra
atividade de sobrevivência. Viver em um grupo social respeitando e sendo
respeitado deveria ser um progresso de fundamental importância para a vida
adulta com responsabilidade e felicidade. Diante do exposto e para tentar uma
resposta diante do problema buscou-se algumas teorias e argumentações de
autores na área do estudo em questão que, argumentam e, teoricamente, supõem
a diminuição de crianças de comportamentos agressivos na família, escola e
comunidade por meio de trabalhos pedagógicos realizados nas escolas voltados
para a socialização do ser humano.
As mesmas condições aplicam-se a escola que não pode estar
desvinculada da família porque quando chega a ela já traz consigo muitas
experiências e conhecimentos adquiridos desde a mais tenra infância no seio
familiar. Aproximar escola e família é indispensável para a realização dos
propósitos de educação e socialização, e assim pode tornar-se escola e família,
ambientes locais onde a criança possa conviver e aprender prazerosamente.
Assim, o estudo sobre socialização, objeto desta monografia, pretende
contribuir para o conhecimento dos alunos de comportamento agressivos e
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passivos na família, na escola e na comunidade, tendo em vista a socialização


nas escolas.
Tentando compreender o processo de educação para o ensino
fundamental entre os alunos, professores, pais e comunidade, esta pesquisa
busca responder como o processo de ensino aprendizagem está orientado para
melhorar o relacionamento humano entre professores e alunos das séries iniciais
que, efetivamente, superem os conflitos entre eles. Assim, propõe-se o seguinte
problema de pesquisa: “é possível diminuir o comportamento agressivo nas
crianças, por meio de atividades pedagógicas ministradas na sala de aula?”
O estudo tem como objetivo principal identificar e analisar o relacionamento
humano entre professores e alunos das séries iniciais em relação à família, escola
e a comunidade voltadas para a socialização.
A monografia divide-se em quatro capítulos. O primeiro trata da introdução,
no qual, discute-se a problemática e a intenção da pesquisa. O segundo capítulo,
situa o marco referencial teórico, que serviu de base para a compreensão do objeto
de estudo e trazem a base conceitual dos problemas familiares e a sala de aula,
comunicação com os outros – a base da socialização, comportamentos
problemáticos específicos, situações de tensão ou experiências traumáticas
específicas, insegurança: grudar-se às pessoas, agrados excessivos. O terceiro
capítulo dedica-se à apresentação da metodologia utilizada para o entendimento da
problemática das agressões existentes, procurando valorizar as respostas do pré e
pós-testes aplicados aos alunos da escola e confrontar com as informações
contidas no material bibliográfico levantado. ministradas, análise dos pós-teste, com
ênfase sobre a socialização ligada a família, escola e quarto capítulo trata do
detalhamento do pré e pós-teste e das análises feitas dos resultados obtidos
apresentando a análise comparativa dos alunos agressivos e passivos identificados
na aplicação do pré e pós-teste durante a pesquisa, com ênfase sobre os aspectos
ligados a socialização na família, escola e comunidade.
Por fim, considerações finais, no qual acena-se com uma reflexão sobre o
processo da pesquisa, desde o projeto até a coleta de dado.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 PROBLEMAS FAMILIARES E A SALA DE AULA

Para motivar as crianças a aprender se relacionar humanamente com os


colegas e professor precisam-se ter a competência de conhecer as suas
necessidades, propor desafios adequados levando-os a construir o conhecimento
e vivência a socialização experimentando o sucesso de construir uma auto-
imagem positiva a fim de que o prazer venha da própria aprendizagem e do
relacionamento humano que há na sala de aula. A ausência de limites e falta de
organização das famílias também trazem sérios distúrbios tanto na aprendizagem
quanto nas relações de socialização para as crianças.

[...] a ausência de normas e padrões de comportamentos impede o aluno


de organizar seu próprio espaço de trabalho. Considerando que a escola
e a própria aprendizagem orientam-se por normas, regras e limites, é
fácil concluir que a criança proveniente de um ambiente familiar
extremamente desorganizado certamente terá dificuldades para adaptar-
se e obter sucesso na aprendizagem”. Se a escola proporcionar ao aluno
atividades que o leve a organizar-se no tempo e no espaço ela poderá
aprender a se organizar e se relacionar melhor com os outros (SCOZ,
1996, p. 73).

Muitas vezes essas mudanças não ocorrem em curto prazo principalmente


as atitudes que os adultos oportunizaram como experiências negativas ao mundo
da criança. Cabe à escola organizar trabalho que auxiliem os alunos na
percepção dos limites que a circundam. A existência de um vínculo positivo entre
professor aluno, aluno-aluno, também, facilitarão a aprendizagem e a
socialização. Crianças vítimas de maus tratos ou que são obrigadas a conviver
com a instabilidade dos pais, como o alcoolismo, com a violência, terão quase
sempre dificuldades para desenvolver um sentimento de identidade estável e
satisfatório. Elas duvidam de si próprias e deixam de possuir o sentimento positivo
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da auto-estima. Por subestimarem suas capacidades deixam de resolver as


tarefas que lhes são propostas e reagem agressivamente.
Scoz (1996 p: 80) diz que:

A estimulação ou a motivação para aprender devem ser compreendidas


na relação entre os aspectos afetivos e cognitivos do indivíduo, ambos
dependentes do meio social. Assim, as crianças provenientes dos
contextos familiares que não conseguem valorizar a aprendizagem
escolar tendem, na maioria das vezes, a não investir energia suficiente
para aprender”.. Quando os pais são analfabetos e sobrevivem sem
saber ler e escrever não tem, na maioria das vezes, ambições maiores e
vão se acomodando. Essa herança pode passar para os filhos que
também passam a não se interessar pela escola, vão para lá porque é lei
e, então surgem os problemas de aprendizagem e de relacionamento
com o professor que quer que ele aprenda e com os demais colegas que
se sentem incomodados com a presença daquele indivíduo que não quer
saber de nada.

Assim, cabe ao professor lidar com as motivações junto ao aluno


oferecendo-lhe oportunidades de vivenciar experiências gerando o prazer pelo
sentimento da competência pessoal e segurança para vencer desafios intelectuais
e de socialização mudando as suas atitudes e melhorando também o convívio em
sala de aula.

2.2 COMUNICAÇÃO COM OUTROS – A BASE DA SOCIALIZAÇÃO

Segundo a linha de raciocínio de que a socialização depende basicamente


da convivência com o outro e da comunicação que há entre eles, acreditamos ser
útil neste momento refletir sobre o amor, a honestidade e o comportamento.
Stevens (1988, p. 90) enfatiza que:

[...] Muita coisa se tem escrito sobre amor e confiança, e que, se


pudesse ser conseguida uma relação sincera e baseada no amor, então
as pessoas poderão ser honestas umas com as outras. Acredito que
esta idéia esta totalmente invertida. É bom eu me sentir confiante e
amando alguém, mas se não sinto isto, o que posso fazer? Confiança e
amor são minhas reações de sentimentos em relação à outra pessoa, e
estas reações não podem ser fabricadas. Ou sinto amor ou não sinto.
Toda a ênfase na confiança e no resulta de muitas pessoas fingirem
sentir confiança e amor porque é saudável e traz aproximação,
honestidade, acrescentando uma nova área de falsidade e
desonestidade ao seu comportamento.
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Falar em honestidade é falar em comportamento, algo que se conhece ou


não. Ninguém pode se decidir por amar ou confiar, mas pode decidir
pessoalmente por ser honesto ou não. Quando se escolhe ser honesto e dizer o
que sente mostra-se como alguém confiável, mas para isto tem que ser sincero e
coerente consigo mesmo, entrar em contato com o seu experienciar, assumir as
responsabilidades e manifestar-se como sua própria experiência. Este é o único
tipo de comportamento que traz uma relação de confiança. Confiança é a
resposta de cada um a outra pessoa na qual sabe que pode acreditar podendo
confiar nela, e respeitando a vontade que tem de ser ela mesma. Quando confia
em si mesma e se respeita o suficiente para ser você mesmo, os outros reagem
com confiança e respeito.
A honestidade não provoca sempre uma reação de amor, mas é essencial
para que este tenha lugar.
Stevens (1998, p. 91) leciona que:

Quando sou eu mesmo, e você responde com calor e afeto, então o


amor existe. Se fizer cálculos, e apresento um comportamento falso para
lhe agradar, você pode estar amando o meu comportamento, mas não
pode amar a mim, porque ocultei a minha existência real atrás desse
comportamento artificial.

Para ser honesto quando o amor vem como resposta a um comportamento


falso, não poderá ser recebido porque a pessoa saberá que ele veio para o
comportamento e não para a pessoa. Nós precisamos estar constantemente
alerta para ter certeza de que mantém aquela imagem para que o amor não
desapareça. Assim o ser humano se fecha para o amor e tenta
desesperadamente manipular-se e manipular o outro para continuar recebendo
esse amor falso. Esta é a maior fraude no comportamento porque se baseia em
fantasias e em imagens, em intenção e manipulação. Quando se manipula a si
próprio a resposta que vem do outro não é para você, mas para aquilo que você
representa e você não sente a satisfação completa desse amor. Todo o esforço
para manter esse amor não se pode aproveitar por completo. Não é sempre
honesta, alegre e agradável, pode ter momentos tristes e bravos, mas sabemos.
Cada uma de nós: pais, professores, alunos, precisa estar consciente da
sua importância em relação ao outro e assim construir relações baseadas no
amor e na honestidade para que elas frutifiquem em relação a aprendizagem e a
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socialização de nossas crianças num ambiente de fraternidade verdade e assim


todos terão comportamentos adaptados ao grupo. Comunicação é algo muito
simples em termos de consciência. Cada um tem que estar consciente da sua
própria experiência, ser capaz e desejar tornar-se consciente dela. Precisa enviar
mensagens claras e a respeito de si, de suas ânsias e necessidades para poder
receber as respostas dela. Uma comunicação boa é necessária porque as outras
pessoas muitas vezes são importantes para nos ajudar a satisfazer nossas
necessidades e desejos. Os outros podem ser fontes de grandes alegrias e
experiências boas bastam que a comunicação seja completa e clara porque uns
podem ajudar aos outros desde que estejam conscientes das necessidades.
Quando somos honestos conosco mesmos e os outros reagem a nós tal e
qual somos naquele momento, podemos conhecer lhe e obter a satisfação do
relacionamento que é real, sólido e vivo. Cada um, portanto tem que ter a
consciência da sua própria experiência, ser capaz e desejar tornar-se você
mesmo, senhor de suas práticas, sentimentos e necessidades. Precisamos estar
consciente das mensagens que você manda e estar aberto a receber as
respostas.

2.3 NECESSIDADE DE INTER-RELACIONAMENTO

A Proposta Curricular de Santa Catarina de 1998 enfatiza que “[...]


significados é que garante às gerações mais novas a possibilidade da
socialização”. Não é a atividade em si que ensina, mas a possibilidade de
interagir, de trocar experiências e partilhar.”
Carvalho (1997, p. 48) afirma que:

O professor é “ único ser humano que aprendeu a usar-se afetiva e


efetivamente para a realização de seus propósitos e os da sociedade, na
educação dos outros. Portanto, o processo de ensino se dá na forma
com que o professor se relaciona com o aluno individualmente de forma
pessoal e única. Essa relação deve ser responsável, num clima amistoso
e que favoreça o crescimento de ambos a partir do tipo de
relacionamento que construírem na sala de aula. Assim, não haverá a
simples adaptação do aluno à sala de aula, mas ele será também um
sujeito ativo no seu próprio processo de aprendizagem e de socialização.
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Como profissional competente o professor precisa saber que só se cresce


e se desenvolve na medida em que se está disposto a modificar opiniões, crenças
e convicções e que os fenômenos psicológicos acontecem em nosso mundo
interno e são construídos durante toda a nossa vida. Portanto o trabalho de
socialização não deve ocorrer apenas uma vez na vida escolar do aluno. Este é
um assunto que deve estar constantemente em pauta porque o ser humano está
em contínua transformação em suas relações e as influências também são
contínuas e recíprocas.

2.4 INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DA ESCOLA SOBRE A CRIANÇA EM


DESENVOLVIMENTO

A criança em desenvolvimento sofre influências marcantes de duas


instituições principais: a família e a escola. Estas refletem os valores culturais da
sociedade e se relacionam com a cultura de maneira complexa. Isto porque,
embora seja a cultura que dita o padrão ou a forma que a família se relaciona,
terá diferentes sociedades. Cada família interpreta de maneira diversa esta
cultura geral. O mesmo ocorre com relação à escola que, embora reflita os
valores mais gerais da sociedade, apresenta variações entre si. Cada uma tem
seus próprios valores, crenças, modo de agir e interagir com as crianças e os
adolescentes.
Alencar (1997, p. 49) afirma que:

A família e a escola são forças modeladoras do indivíduo em


desenvolvimento e afirma que “cabe a ela a socialização e a transmissão
de valores, crenças e costumes da sociedade em que se acha inserida”.
A degradação da família que observamos na sociedade atual pode ser
traduzida na falta de socialização da criança que se manifesta na relação
com o professor e com os demais colegas.

Sabe-se que alguns pais tendem a ser autoritários, caracterizando-se como


primitivos e controladores, outros, tendem a ser permissivos apresentando-se
como afetuosos super-protetores e pouco disciplinadores, ao passo que, ainda
outros, exercem um controle firme, valorizando a auto-expressão, independência
e interesses individuais. As desordens de comportamento tendem a se associar
com discórdia e desarmonia do lar, sugerindo serem a s relações interpessoais
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perturbadas a variável chave para explicar muitos dos problemas


comportamentais do indivíduo.
A família e a escola são provavelmente as instituições sociais mais
importantes durante os anos de formação da criança. Cabe a elas transformar
uma criança dependente e imatura em um membro responsável, auto-suficiente e
em contribuir para o bem estar de sua comunidade. A escola contribui de maneira
marcante porque desde muito cedo, a criança passa uma parte significativa do
seu dia na escola. Aí ela adquire novos modelos para imitação e identificação que
lhe são oferecidas e ela continua na tarefa de adquirir um conceito do mundo e de
si mesma.
Antunes (1999, p. 127) afirma que:

A criança tem emoções e elas devem ser levadas em consideração pela


família e pela escola, pois, uma visão de natureza humana que ignora o
poder das emoções é lamentavelmente míope.Como todos sabemos por
experiência, quando se trata de modelar nossas decisões e ações, o
sentimento conta exatamente o mesmo que o pensamento. Para o
melhor ou para a pior, a inteligência sozinha não dá em nada, quando as
emoções dominam.

Hoje, os estudos provam que as emoções podem perfeitamente ser


educadas e dominadas. Abrir espaço para a alfabetização emocional deve ser
tarefa de todas as escolas e de todos os profissionais envolvidos com a
educação, caso contrário, a baixa – estima, a infelicidade de pessoas que foram
adestradas para aprisionar os seus gostos e instintos se tornando prisioneiro do
seu próprio eu, continuarão a existir em larga escala distanciando cada vez mais
a criança da construção de modelo autêntico de si mesma e usar esse modelo
como parte do processo de construção de uma auto-estima. Constatamos que a
família contemporânea não é igual à antiga e suas relações com as crianças e
com a escola vêm se modificando ao longo do tempo.
Ainda, segundo Antunes (1999, p. 134) afirma que:

Não se defende a utopia de que um dia a escola possa substituir o papel


de um lar; mas é imperioso reconhecer que a radical mudança da
estrutura familiar implica em inevitáveis mudanças nos conteúdos e nas
estratégias desenvolvidas em nossa escola. O professor não pode e não
pretende substituir os pais, mas precisa descobrir-se responsável por
novas funções, ajustando-se a uma nova realidade.
Essa nova família, muitas vezes desestruturada, assoberbada de afazeres,
despreparada para educar seus filhos, escancara suas portas para a escola
oferecendo a ela inúmeras oportunidades para mostrar a sua
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essenciabilidade. .Porém, a escola hoje falha na orientação dos alunos porque


deduz que a família ou outros professores já tenha conversados com a criança
sobre diversos assuntos. Acaba dando suas aulas de forma mecânica e irrefletida
sem se preocupar com pormenores que, muitas vezes, fazem a diferença entre
aprender e o não aprender, entre o bom e o mau relacionamento, entre a
socialização e o individualismo do aluno.
A escola será democrática na medida em que promover as transformações
das relações sociais que se dão no seu interior, estimulando a participação de
todos nas decisões inerentes à vida da escola e garantindo a articulação entre
escola e comunidade. Na medida com que a criança participa das decisões, ela
começa a perceber que é importante, que sua opinião é valiosa e que é
respeitada por suas idéias e não apenas porque grita ou faz-se perceber por
atitudes inadequadas que toma. Sentir-se valorizada, querida, respeitada é um
bom caminho para a socialização em qualquer ambiente.
Quando a criança fala com as pessoas, sorri, se mostra amiga e prestativa,
é cordial, interessa-se pelos outros, é generosa, entende e respeita os
sentimentos é considerada uma criança socializada e, então, não é vista como
problema ao passo que criança arredia, briguenta, mal humorada, egoísta,
desinteressada, é sinônimo de problema e é esta que mais precisa da ajuda da
escola para poder se socializar e viver melhor.

2.5 COMPORTAMENTOS PROBLEMÁTICOS ESPECÍFICOS

As crianças adotam medidas para sobreviver da melhor forma possível na


prisão da infância. Elas parecem estar fazendo tudo que podem para se agüentar
ate atingir o estado mágico da idade adulta, onde poderá assumir plena
responsabilidade por si mesmas, ser respeitadas e, esperam elas, tratadas
conforme merecem. A idade adulta freqüentemente é algo muito longínquo.
Não estou dizendo que a infância seja ruim para todas as crianças o tempo
todo. Mas a Infância, a Infância Feliz, Segura, Protegida, Inocente, não existe pra
muitas crianças. Para outras, por melhor que ela possa ser, estende-se demais, e
não há uma maneira gradual, sensível, indolor de crescer e deixá-la para trás.
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2.6 AGRESSÃO

Muitas vezes os adultos olham, como agressivas as crianças que adotam


um comportamento direto, espontâneo. Costuma-se dizer que elas estão pondo
para fora, deixando implícita uma atitude que visa a atingir o seu meio ambiente, o
mundo, em oposição ao que seria conter-se. Crianças passivas, retraídas,
subjugadas, talvez até mesmo as catatônicas, também estão pondo para fora
alguma coisa da sua própria maneira. De fato, todos nós nos encontramos no
processo de por alguma coisa para fora de uma maneira única e só nossa.
Moustakas apud Oaklander, (1980, p. 233) em seu livro Psychotherapy
with Children (Psicoterapia com Crianças), descreve a criança perturbada dizendo
que com freqüência ela é motivada por sentimentos indiferenciados e desfocados
de ira e medo. Seu comportamento pode revelar hostilidade em relação à quase
tudo e todos. Pais e professores partem do pressuposto que um distúrbio na
criança provem de uma fonte interna específica, que algo definido dentro dela faz
com que aja desta forma.
Ao contrário, é o meio ambiente que perturba a criança. Ela é provocada
pelo ambiente e não pelas suas dificuldades internas. O que lhe falta
internamente é a habilidade de lidar com um ambiente que a deixa com raiva e
com medo. A criança não sabe como lidar com esses sentimentos, que são
gerados dentro dela pelo seu ambiente hostil. E assim, quando agride o ambiente
de uma certa maneira, o faz porque não sabe que outra coisa fazer. De fato, o
ambiente amiúde provoca comportamentos anti-sociais por parte da criança. Esta,
em geral, não se torna agressiva de repente. Ela não é uma criança de boa índole
em nenhum momento, e no momento seguinte, abruptamente, repentinamente,
começa a provocar incêndios ou jogar tinta em carros estacionados.
Oaklander (1980 p, 233) afirma que:

[...] Seguramente a criança expressou suas necessidade anteriormente


de modos mais sutis, mas os adultos em geral não prestam atenção
enquanto ela não exagera seus comportamentos. Estes, que são
percebidos pelos adultos como sendo anti-sociais, muitas vezes
reapresentam na verdade uma tentativa desesperada de restabelecer
uma ligação social. A criança é incapaz de comunicar seus verdadeiros
sentimentos de forma diferente daquela que está utilizando. É como se
estivesse fazendo a única coisa que sabe, no sentido de prosseguir na
batalha de viver neste mundo.
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A agressividade emerge em suas brincadeira, estórias, pinturas. As


crianças que são agressivas e põe isto para fora são mais fáceis de trabalhar do
que aquelas inibidas e retraídas, pois mostram aquilo que as incomoda, o que
está se passando com ela. A melhor maneira de lidar com essas crianças seria
deixando-as falar livremente e só depois ir fazendo atividades dirigidas ao
controle da agressividade.

2.7 RAIVA

A raiva é um sentimento honesto. Todo mundo tem raiva. Eu fico com


raiva. Você fica com raiva. O que causa toda a confusão é o que fazemos com
estes sentimentos, se somos capazes de aceitá-los, como os expressamos.
Segundo Oaklander, (1980, p. 235),

[...] uma das influências mais importantes sobre a nossa maneira de lidar
com a raiva é a nossa atitude cultural em relação à mesma: não é bonito
ficar com raiva. Aqui as crianças recebem mensagens duplas.
Experienciam a ira dos adultos seja de modo muito direto, seja de modo
indireto na forma de uma desaprovação gelada; mas habitualmente não
se aceita que as crianças manifestem a sua própria raiva.

Já numa idade bastante precoce as crianças aprendem a suprimir


sentimentos, experienciando como resultado do desagrado da mãe os
sentimentos de raiva e ressentimentos que as oprimem. As crianças assistem a
raiva na forma de violência na TV e no cinema, e na forma de autoritarismo
militar. Ouvem falar de crimes e guerras violentos. Como resultado, ficam muitos
assustados e em geral fascinadas quando elas próprias sentem raiva. Não é de
admirar que a raiva seja como um monstro terrível à espreita, tendo sempre que
ser suprimida e evitada.
Segundo Oaklander, (1980, p. 235), a raiva, nas crianças pode ser
trabalhada e obter resultados positivos, o autor cita quatro fases para ser
trabalhada com as crianças. Quais sejam:
 “dar a criança métodos práticos para expressar seus sentimentos de
raiva”;
 ajudar a criança a dirigir-se para o seu verdadeiro sentimento de
raiva, sentimento este que ela poderá estar contendo, e também
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encoraja-la a dar expressão emocional a esta raiva em local


adequado;
 proporcionar à criança a experiência de ser verbalmente direta com
seus sentimentos de raiva: dizendo o que necessita dizer para as
pessoas a quem necessita dizer;
 conversar com a criança acerca da raiva; o que é, o que a deixa
com raiva, como ela demonstra sua raiva, o que faz quando esta
com raiva”.
As crianças têm muita dificuldade em expressar a raiva. Os
comportamentos anti-sociais não são expressões diretas de sentimentos de
agressividade, e sim uma forma de evitar esses verdadeiros sentimentos.Uma vez
que, magoados, soterrados sob uma camada de sentimentos de raiva, é muito
ameaçador e difícil para as crianças, e no que se refere a isto também para os
adultos, varar a superfície raivosa para permitir a total expressão dos sentimentos
autênticos que se encontram sob a superfície. É mais fácil dissipar a energia
adotando atitudes rebeldes, sendo indireto e sarcástico de todas as maneiras
possíveis. Todos os nossos sentimentos envolvem o uso da energia física
expressa através das funções musculares e corporais. Se não manifestamos a
raiva de algum modo direto, ela se manifestará de alguma outra maneira que é
prejudicial a nós mesmos.

2.8 A CRIANÇA RETRAÍDA

A criança retraída talvez tenha tido a necessidade de retirar-se, afastar-se,


de um mundo que seja doloroso demais para Oaklander, (1980, p. 258) enfatiza
que:

O problema só se torna aparente quando a criança começa a exagerar


seu comportamento tímido. Poderá falar o mínimo possível, ou talvez
não falar. Pode ser que sua voz nunca seja mais do que um sussurro.
Pode ser que ela fique na periferia de tudo, receosa de participar ou
experimentar coisas novas. Muitas vezes é um solitário, sem amigos ou
com poucos.

Apesar das tentativas de eliminar os estereótipos dos papéis sexuais,


muitas meninas são aceitas enquanto tímidas, reservadas, quietas e retraídas. Os
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meninos são muitos mais encorajados a entrar em contato com a sua natureza
agressiva. É considerado mimoso que as meninas sejam quietas e tímidas.
Acredite-se que as garotas com atendimento em terapia por serem consideradas
muito retraídas, sejam sempre mais velhas; mas os meninos tímidos são trazidos
logo. Poucos pais querem ver seu filho quieto e tímido. As meninas fazem uso
desse comportamento uma vez que receberam a aprovação para ele, e quando
uma menina chega a causar preocupação, já se passou muito tempo.
As crianças retraídas são crianças que se reprimem., em algum ponto do
caminho elas aprenderam a manter a boca calada, alguém falou demais e elas
captaram a mensagem. Essas crianças realmente se fecham, segurando
rigidamente sentimentos e experiências dentro da sua concha. E preciso abordar
a criança retraída delicadamente. Ela, tão poderosa no estado retraído, não esta
disposta a desistir facilmente de tais poderes. Não falar é a única arma que a
criança dispõe contra as exigências.
Esta criança não esta usando sua arma intencionalmente. Ela aprendeu
em algum em algum ponto da sua vida que era algo que tinha que fazer, e mesmo
que as circunstancias tenham se modificado, ainda o faz. Ou então usa a arma
porque sente que é perigoso demais se abrir e falar. Mantendo-se tão rigidamente
fechada, ela deixa de fora muitas partes de si mesma e de sua vida. Não se
permite experimentar, explorar, desenvolver e crescer livremente nas muitas
áreas em que precisa.
Oaklander, (1980, p. 262), disserta que:

[...] A criança retraída muitas vezes acha-se em estado de isolamento


porque é incapaz de participar de uma comunicação interpessoal livre e
segura. Tem dificuldade em exprimir seus sentimentos de afeto bem
como de raiva. Ela tipicamente se mantém num local seguro, evitando o
risco de rejeição ou magoa. A espontaneidade não lhe é familiar e a
deixa assustada, embora possa admira-la em outros e desejar ser mais
solta, aberta, fluente. Às vezes as pessoas a enxergam como receosa,
tímida, inibida, dócil. Algumas vezes é vista como esnobe, querendo ficar
sozinha, vendo-se à parte dos outros. Devido ao fato de ser não-
comunicativa, parece ser inarticulada, talvez boba e sem inteligência,
embora possa tirar notas boas na escola. Tal criança pode mesmo ser
rotulada de esquizóide.

Quanto mais velha a pessoa mais difícil é varar os anos e anos de sua
parede protetora. Mas o adulto consciente pode contra-atacar isso por meio da
sua vontade, da sua determinação em ser diferente. A criança pequena, porém,
16

acha-se imersa na sua necessidade de se proteger e não está cônscia do seu


estado de retraimento, embora possa saber que alguma coisa não está em
ordem. É comum adolescente procurarem terapia porque querem muitos romper a
concha rija que os tem impedido de gozar o prazer e a alegria que vêem entre
seus colegas. Os adolescentes percebem que precisam de ajuda para descobrir
uma forma que não seja desconfortável demais para quebrá-la e experienciam
sentimentos bons.

2.9 INSEGURANÇA: GRUDAR-SE ÀS PESSOAS, AGRADOS EXCESSIVOS.

O termo inseguro é largamente empregado para descrever crianças que se


comportem de muitas maneiras distintas. De acordo com Oaklander, (1980, p.
288), coloca que:

Crianças que se grudam às pessoas fazendo assim com que estas se


afastem. Quando isto ocorre, tentam grudar-se ainda mais. Estas
crianças agarram fisicamente as pessoas como para mitigar seus
sentimentos de insegurança e fazer com que se sintam mais protegidas.

A criança ou adulto que sente a necessidade de apegar-se fisicamente aos


outros possui um senso tão vago de si própria que se sente bem apenas quando
pode fundir-se com outra pessoa. Ela existe apenas em estado de confluência
com outra pessoa. Para ela estar separada é um conceito estranho e assustador.
Não sabe onde começa e onde acaba. Confunde-se com os outros na sua intensa
necessidade de identidade.
Trabalhar com estas crianças exige experiência progressiva e o
fortalecimento do seu senso de si próprias. Precisamos trazer essa criança de
volta a si, apresentá-la a si própria dando-lhe identidade para que possa se
reconhecer. Crianças que percorrem longos caminhos para agradar os adultos, e
que aparentemente são obedientes demais, possuem sentimentos de
insegurança. Elas buscam aprovação de uma forma que, com freqüência, é
altamente reforçada pelos adultos em suas vidas.

2.10 SOLIDÃO
17

Quem entre nós pode olhar para trás e não reconhecer este sentimento na
infância? Crianças consideradas mal-ajustadas ao seu meio ambiente são
especialmente sozinhas. O processo terapêutico parece bloqueado enquanto este
sentimento não é expresso abertamente de alguma forma, seja verbalmente ou
por intermédio de técnicas expressivas.
As crianças tateando em busca da sua identidade, por certo não sabem
como lidar com sua solidão existencial. Acreditamos que se sintam
especialmente sós porque bem no fundo se sentem diferentes e não se sentem à
vontade com sua própria individualidade, não conseguimos aceitá-la nem apreciá-
la. As crianças têm seu próprio modo de encobrir seus terríveis sentimentos de
solidão. O método que escolhem soa muitas vezes altamente contraditórios para
o conceito que a nossa sociedade tem de comportamento bom, seu
comportamento anti-social geralmente serve para aliená-las e isolá-las e ainda
mais, levando-as a aumentar sua cobertura defensiva, protetora. Isto por sua vez
promove um isolamento ainda maior e deste modo o ciclo se perpetua.
Gordon (1976, p.48) apud Oaklander (1980, p. 297) sintetiza da seguinte
maneira seu estudo da solidão de crianças e adolescentes:

[...] para estas crianças a solidão vem como uma oprimente consciência
de que não existe apoio em lugar nenhum, que as pessoas de quem elas
dependem para a sobrevivência, calor, afeto e interesse, podem prover
apenas uma atenção escassa para as suas necessidades. Nesta
situação as crianças também se sentem desamparadas. Elas não têm
para onde ir, não há ninguém a quem elas possam se voltar, e ninguém,
nem mesmo elas mesmas, pode atender suas necessidade. A resposta
da criança a este oprimente sentimento de solidão é a ansiedade. No
caso de crianças pequenas, a ansiedade e o medo as levam a apegar-se
à figura da mãe.

As crianças freqüentemente se sentem desamparadas e ansiosas porque


têm dificuldade em exprimir a alguém seus sentimentos de vazio e solidão. A
solidão é muitas vezes um aliado da busca inútil da felicidade. Todos os contos de
fada terminam com e viveram felizes por muitos e muitos anos. Muitos de nós
passamos a vida inteira procurando um estado vago chamado felicidade, como se
ao encontrar isso tivéssemos atravessado alguma fronteira entrando num novo
estado de vida onde nunca mais sentiremos tristeza, dor ou magoa. Dizemos a
nós mesmos que se sentir infeliz é doentio. Falamos de crianças perturbadas
como infelizes equacionando isto com doença, algo que precisa ser curado.
18

Se a felicidade experienciada em buscar as coisas no futuro torna-se a


forma dominante de felicidade na vida de uma pessoa, esta armou uma armadilha
cruel para si mesma. Quanto mais nova a criança mais possui capacidade de
viver o momento. Assim crianças que exprimem sentimentos de solidão precisam
recuperar a habilidade de experienciarem plenamente a si mesma em vez de se
prenderem a sentimentos de desamparo. Pois é através da auto-aceitação e
autofortalecimento que as crianças podem aprender a mobilizar suas energias,
suas forças vitais, para atender algumas de suas próprias necessidades.
Reter os sentimentos dentro de si resulta em solidão. Quanto menos uma
pessoa é capaz de expressar o que passa no seu interior mais isolado e alienado
ela se sente. Toda vez que sentimentos passam sem serem manifestados, a
parede protetora torna-se mais espessa e o sentimento de solidão avoluma-se por
trás da barreira.
Oaklander, (1980, p. 298-299) leciona que:
As crianças cujos sentimentos não são ouvidos e reconhecidos sentem-
se sozinhas. Seus sentimentos são a sua própria essência, seu próprio
ser, e se tais sentimentos são rejeitados, a criança sente-se rejeitada.
Assim, quando a criança diz: Eu me sinto sozinha quando fico brava,
ficar brava me faz sentir muito sozinha, é porque se defronta com um
mundo de pessoas que não permanecem em contato com ela enquanto
expressa seus sentimentos de raiva. Ela é admoestada, afastada,
castigada, evitada, e tudo isto a conduz ao isolamento.

Uma das razoes que fazem com que as crianças se procurem tanto e
precisem tanto de companhia mútua é que sentem que talvez outras crianças
tenham alguma compreensão do que estão atravessando e como se sentem.
Geralmente não nos damos conta do alcance e profundidade do que as crianças
pensam e sentem porque elas são muito cuidadosas em censurar o que dizem na
frente dos adultos de seu mundo.
19

3 METODOLOGIA

3.1 PESQUISA

Esta pesquisa sobre socialização, integração entre professor e aluno, aluno


e aluno, pais e professores por meio de atividades diversificadas. Hoje em dia, os
pais estão assumindo muitos compromissos não tendo mais tempo para
conversar, aconselhar, dar carinho e a atenção que as crianças precisam, então,
a escola precisa assumir mais este papel paternalista.

A presente pesquisa consiste em quatro partes a saber:


a- Primeira parte: teve como objetivo elaborar um pré e pós-teste para
observar a tendência a agressividade.
b- Segunda parte: teve como finalidade aplicar o pré-teste (ver anexo
1) ao alunos de primeira á quarta série, para verificar as atividades a
serem ministradas durante a pesquisa.
c- A terceira parte: teve como objetivo, ministrar em um curto espaço
de tempo, atividades específicas para melhorar a socialização.
d- Quarta parte: consiste na aplicação do pós-teste que teve como
objetivo observar, se a partir das aulas ministradas os alunos
apresentaram uma mudança positiva de comportamento.

3.2 PARTICIPANTES DA PESQUISA

A pesquisa de campo foi realizada no período de 03 a 07 de junho de 2005


na Escola de Educação Básica Professora Dilma Grimes Evaristo, localizada no
Bairro Guilherme Rauen, no município de Santa Cecília. A escolha pela citada
escola é devido aos problemas encontrados com relação à socialização,
integração e participação entre alunos, pais e professores. A pesquisa teve a
20

abrangência de 120 (cento e vinte) alunos que estão matriculados de 1ª a 4ª


séries do ensino fundamental com idade de 7 a 14 anos.
Foram realizadas atividades na 1ª série 2, 2ª séries, 1, 3ª séries, 1 e 4ª
séries 2, e com os pais dos alunos onde foram aplicadas técnicas de relaxamento,
motivação, jogos, trabalhos em grupo, técnicas de desinibição, atividades onde
um membro do grupo precise do outro para realizar suas tarefas, o grupo serviu
de parâmetro de avaliação dos resultados da pesquisa realizada durante a
pesquisa.
As turmas são mistas e formadas por alunos carentes onde as grandes
maiorias ficam sozinhas em casa enquanto seus pais saem para trabalhar. Este
grupo é composto por alunos de aprendizagem com nível diversificado, assim
como, alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem.
Nesse sentido, sugeriu-se aos alunos respondessem um pré-questionário
(Anexo I) e um pós-questionário (Anexo II) com o objetivo de conhecer a realidade
que cerca esses alunos. Entende-se que estas informações são primordiais para
a análise da situação atual do aluno, porque sem um conhecimento da situação
deles é quase impossível fazer um estudo da realidade local.
A socialização é um conceito de ética e é tarefa árdua, mas fundamental
no processo de ensino aprendizagem. Os alunos precisam fortalecer o conceito
de socialização para poderem dar uma resposta adequada à sociedade e, por
conseqüência, termos crianças e adolescentes com bases emocionais
estruturadas. A formação desse aluno hoje tem como conseqüência o jovem e o
adulto de amanhã.
Um trabalho sobre socialização, integração entre professor e aluno, aluno e
aluno, pais e professores por meio de atividades diversificadas. Hoje em dia, os
pais estão assumindo muitos compromissos não tendo mais tempo para
conversar, aconselhar, dar carinho e a atenção que as crianças precisam, então,
a escola precisa assumir mais este papel paternalista.
21

3.3 ETAPAS DA PESQUISA

3.3.1 Etapa – Pré-teste


O primeiro passo para a realização de nossa pesquisa aplicamos o
questionário pré-teste (Anexo I), para os 120 alunos que tiveram 2(duas) horas
para responder todas as questões que lhes foram apresentadas.
Em seguida, dividiu-se o questionário em três conjuntos, conjunto1 -
Família, conjunto 2 - Escola, conjunto 3 – Comunidade 3. Cada um dos conjuntos,
é composto de 3(três) questões com 4(quatro) alternativas subjetivas. O
questionário total soma 9(nove) questões objetivas com quatro alternativas em
cada uma das questões. A seguir, uma explicação sucinta de cada conjunto:
Conjunto 1 - Encontram-se as questões relacionadas com a vida familiar do
aluno e as reações que ele apresenta diante dos acontecimentos do dia-a-dia.
Conjunto 2 - Encontram-se questões que dizem respeito ao cotidiano
escolar do aluno com questionamentos sobre as suas reações diante de
problemas que surgem principalmente na sala de aula;
Conjunto 3 - Encontram-se perguntas relacionadas à comunidade da qual o
aluno faz parte: seus amigos, colegas e vizinhos.
Com a aplicação desse questionário aos alunos analisamos o nível de
agressividade e passividade de cada um deles. O Resultado do pré-teste aponta
os alunos com certas tendências de agressividade Diante do exposto,
percebemos melhor a realidade dos alunos da citada escola e, elaborarmos as
atividades que foram realizadas durante a pesquisa, no intuito de vir ao encontro
de suas necessidades no processo de socialização, sob o ponto de vista de
atenuar as tendências de comportamentos agressivos na família, na escola e na
comunidade.

3.3.2 Aulas Ministradas

Após a análise do questionário pré-teste foram ministradas 5 (cinco) aulas


com duração de 2 horas, perfazendo um total de 10(dez) horas/aulas, tendo por
objetivo melhorar o relacionamento humano entre os alunos, professores e
comunidade.
22

As atividades desenvolvidas para melhorar as relações intra-pessoais.


Visando aos educandos do grupo o auto-conhecimento desenvolvemos as
seguintes atividades.
1. técnica de relaxamento: Girassol;
2. Descobrir o monstro de cada um;
Carvalho nos explica melhor estas necessidades de auto conhecimento.
Gincana com os pais e filhos
Procurando integrar pais e filhos num ambiente de descontração e
amizade. em atividades diversas visando o aprimoramento das relações
interpessoais e valorizando a cooperação entre ambos.
As atividades foram desenvolvidas em duplas, entre pais e filhos.
n° 1 - corrida do pé amarrado; Atividade n° 2 - corrida do ovo; Atividade n°
3 - passa anel com a caneta na boca; Atividade n° 4 - futebol de cego; Atividade
n° 5 - cabo de guerra; Atividade n° 6 - dança da cadeira; Atividade n° 7 – a corrida
do saco
Observação: vale ressaltar que com os pais dos alunos da 3ª1 não foi
realizada a gincana por que os mesmo não compareceram a escola no horário
combinado.
Pais e filhos no mesmo saco, fazendo um percurso de 10 metros, com
objetivo de integração e vencer a competição entre pais e filhos.

Importância das relações inter-pessoais


Visando melhorar a socialização e problemas em relação à insegurança
estas foram as atividades:
Atividades desenvolvidas para aprimorar as relações inter-pessoais:
a) reflexão do texto: em busca de um amigo
b) dança do balão;
c) técnica de relaxamento: dinâmico;
d) carta enigmática;
e) técnica de relaxamento: nem o meu, nem o seu, o nosso;
f) teatro: o que é o amor;
g) interpretação do texto: a loja de deus;
h) a técnica de relaxamento: a viagem;
i) confecção de slogan
23

j) paródias sobre socialização. estas atividades estão mais bem


descritas no.
k) músicas.
Estas foram algumas atividades desenvolvidas dando ênfase a crianças
retraídas, agressivas, com dificuldade de socializar-se e insegura, e outros
problemas de relacionamentos. Verificar em revisão literária ANTUNES,
OAKLANDER e STEVENS.

3.3.3 Etapa Pós-teste

Posterior a realização das atividades ministradas aplicou-se o questionário


pós-teste (Anexo II) com o mesmo estilo e grau de dificuldade do questionário
pré-teste aplicado inicialmente. O objetivo de aplicar o questionário pós-teste foi a
de verificar se houve mudanças de comportamentos agressivos entre os alunos e,
se a mensagem passada por nós, nas aulas foram bem assimiladas e se os
objetivos foram atingidos.
Analisou-se o questionário pós-teste, no conjunto 1, 2 e 3. O resultado
apontou a diminuição de alunos de comportamentos agressivos e mostrou o
aumento de alunos de comportamento passivos, antes e depois do trabalho
desenvolvido. A aplicação destes questionários, foi de fundamental importância,
pois serviu para demonstrar a realidade da escola em estudo, e assim, realizou-se
as atividades voltadas para os problemas que no momento a escola enfrenta.
Para a realização das e tabelas e gráficos foi utilizado o Programa Excell
de planilhas eletrônicas que com esse instrumento analisou-se com maior
segurança os resultados obtidos.

3.3.4 Etapa Pós-teste


Posterior a realização das atividades ministradas aplicou-se o questionário
pós-teste (Anexo II) com o mesmo estilo e grau de dificuldade do questionário
pré-teste aplicado inicialmente. O objetivo de aplicar o questionário pós-teste foi a
de verificar se houve mudanças de comportamentos agressivos entre os alunos e,
se a mensagem passada por nós, nas aulas foram bem assimiladas e se os
objetivos foram atingidos.
24

Analisou-se o questionário pós-teste, no conjunto 1, 2 e 3. O resultado


apontou a diminuição de alunos de comportamentos agressivos e mostrou o
aumento de alunos de comportamento passivos, antes e depois do trabalho
desenvolvido. A aplicação destes questionários, foi de fundamental importância,
pois serviu para demonstrar a realidade da escola em estudo, e assim, realizou-se
as atividades voltadas para os problemas que no momento a escola enfrenta.

3.3.5 Procedimentos Para Correção


Os questionários de pré e pós-testes foram elaborados com o mesmo grau
de dificuldade, sendo os mesmos aprovados juntamente com o projeto.
Para uma melhor análise e correção do pré e pós- teste, procurou-se um
psicólogo que orientou quanto ao estudo e análise dos questionários onde as
respostas foram classificadas em agressivas e passivas
Para a realização das e tabelas e gráficos foi utilizado o Programa Excell
de planilhas eletrônicas que com esse instrumento foi possível analisar com maior
segurança os resultados obtidos.
25

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

A presente pesquisa foi desenvolvida no período de 3 a 7 de junho de


2005, na Escola de Educação Básica professora Dilma Grimes Evaristo situada
no Bairro Guilherme Rauen na cidade de Santa Cecília-SC. A escola é de
responsabilidade da Prefeitura Municipal e conta com um total de 416 alunos do
ensino fundamental de pré a 7ª série. A escola é composta por 16 professores, 01
diretora geral, 01 secretária, 01 cozinheira e 03 serventes, dando um total de 22
funcionários que atuam para o desenvolvimento da instituição de ensino. A escola
recebe auxílio da comunidade no sentido de promoções de festas, bingos, rifas e
a participação dos pais no sentido de ajudar angariar fundos para a escola. Vale
dizer que o transporte dos alunos vindos do interior é de responsabilidade da
prefeitura municipal. O espaço físico da escola no momento é precário. Porém,
cabe ressaltar, que a escola está sendo ampliada com a construção de um novo
prédio. Assim sendo, os alunos, serão mais bem acomodados para assistirem às
aulas ministradas e supõe que os mesmos terão melhores condições de
aprendizagem.
Optou-se pela coleta de dados na referida escola, porque é uma
comunidade carente econômica social e culturalmente onde a maiorias dos
alunos ficam em casa enquanto os pais saem o dia todo para trabalhar. O grupo
estudado é composto por alunos que apresentam bom rendimento escolar, outros
com um rendimento razoável, além de alunos que apresentam enormes
dificuldades de aprendizagem.
Os alunos apresentam dificuldades de relacionamento onde ocorrem
desentendimentos, competições e agressões verbais e físicas. Realizou-se a
pesquisa em séries iniciais em 5 aulas de 2 (duas) horas de duração em cada
26

turma, totalizando 10 dez horas de trabalho em cada série. Dessa forma, foram
realizadas as seguintes atividades, visando à coleta de dados:

4.2 EVIDENCIAÇÃO DOS RESULTADOS

4.2.1 Análise do Conjunto 1 – Pré-Teste - Família X Socialização

1 – Na sua família, seu pai briga com a sua mãe. A sua atitude é:

Tabela 1 - Conjunto 1 - Pré-Teste Família X Socialização

Itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Mantém-se calado porque se falar alguma 04 03 03 08 18
coisa sobra para você
 Conversa com o pai e a mãe sobre o 04 11 05 19 39
acontecido
 Finge que não viu a briga 01 03 10 07 29
 Sai para a rua para conversar com os 17 08 08 01 34
amigos e se distrai
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 1 comprovou que 63 alunos demonstraram agressividade quando


responderam o questionário aplicado; 57 alunos demonstram passividade diante
das questões respondidas. Para melhor compreender a análise 53% dos alunos
(cinqüenta e três) são agressivos e 47% (quarenta e sete) de alunos são
passivos. Nessa primeira questão os alunos têm comportamentos com tendência
agressiva na família.
27

4.2.2 Análise do Conjunto 1 – Pós-Teste Família X Socialização

1 – Você chega da escola com fome e sua mãe diz que não preparou seu lanche
porque está doente. O que você faz?

Tabela 2 – Conjunto 1 – Pós-Teste - Família X Socialização

itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Vai para a cozinha procurar o que comer 12 0 0 08 20
sem reclamar
 Fica bravo e sai chutando tudo 0 06 01 0 07
 Procura um remédio para sua mãe 13 25 23 27 88
 Mesmo estando com fome diz que não quer 01 0 04 0 05
comer nada
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 2 refere se a primeira questão do conjunto 1 que trata da família e


a pesquisa nos mostrou 108 alunos passivos e 12 alunos agressivos em relação à
família. Dando uma porcentagem 10%(dez) de alunos agressivos e 90%(noventa)
de alunos passivos. Esta porcentagem está voltada para análise de quando o
aluno chega em casa e não encontra o lanche preparado.
2. Como você reage quando seus pais reclamam com você por ter feito
alguma coisa errada em casa ou na rua?
Tabela 3 - Conjunto 1 - Pré-Teste Família X Socialização

itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Ouve quieto as reclamações e depois tenta 13 12 04 09 38
explicar
 Discute com eles tentando impor suas idéias 0 13 01 11 15
 Não liga para o que eles falam 0 06 10 05 21
 Nega afirmando que não fez nada daquilo 13 10 13 10 46
Total de alunos 26 31 28 35 120
28

A tabela 3 refere a segunda questão e aponta que 82 alunos


demonstraram agressividade quando responderam o questionário aplicado; 38
alunos demonstram passividade diante das questões respondidas. Para melhor
entender o resultado, a pesquisa demonstrou que 68% dos alunos (sessenta e
oito) são agressivos e 32% de alunos (trinta e dois) são passivos diante da
questão respondida.

2 – Seu pai chega bêbado em casa e vai quebrando os objetos que


encontra pela frente. O que você faz?

Tabela 4 – Conjunto 1 – Pós-Teste - Família X Socialização

itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Corre para o quarto e fica lá sem dizer nada 15 01 05 02 23
 Espera o pileque passar e pede para que 09 15 12 24 60
não faça mais isso
 Gosta porque assim ele não te manda fazer 02 07 02 0 11
nada
 Fica com medo e sai de casa 0 08 09 09 26
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 4 refere-se a segunda questão do conjunto 1 que trata da família e


a pesquisa nos mostrou 83 alunos passivos e 37 alunos agressivos em relação a
família. Dando uma porcentagem 30% (trinta) de alunos agressivos e 70%
(setenta) de alunos passivos. Esta porcentagem está voltada para análise de
quando o pai chega bêbado em casa e maltrata os membros da família.

3. Quando você e seus irmãos brigam por qualquer motivo, você:


29

Tabela 5 - Conjunto 1 - Pré-Teste Família X Socialização

Itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Bate neles 03 10 11 08 38
 Grita cada vez mais 10 01 05 04 15
 Conta para a mãe o que realmente 09 11 08 12 21
aconteceu
 Sai para a rua para brincar 14 09 04 11 46
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 5 refere a terceira questão e aponta que 53 alunos demonstraram


agressividade quando responderam o questionário aplicado; 67 alunos
demonstram passividade diante das questões respondidas. Para melhor entender
o resultado, a pesquisa demonstrou que 44% (quarenta e quatro) dos alunos são
agressivos e 56% (cinqüenta e seis) de alunos são passivos diante da questão
respondida.

3 - Seu irmãozinho menor mexeu no seu material de aula e estragou alguma


coisa da qual você gostava muito. O que você faz?

Tabela 6 – Conjunto 1 – Pós-Teste - Família X Socialização

itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral

 Corre contar para a sua mãe para que ela 01 0 03 04 08


bata nele.
 Conta para ele com carinho, que no seu 15 19 13 18 65
material não pode mexer.
 Bate nele. 0 04 0 01 05
 Dá outra coisa para ele brincar e não mexer 10 08 12 12 42
mais nas suas coisas.
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 6 refere-se a terceira questão do conjunto 1 que trata da


família. A pesquisa nos mostrou 107 alunos passivos e 13 alunos agressivos em
30

relação a família. Dando uma porcentagem 10% (dez) de alunos agressivos e


90% (noventa) de alunos passivos. Esta porcentagem está voltada para análise
com os irmãos menores e que os mesmos mexem em seus pertences.

4.2.3 Análise do Conjunto 1 – Pré e Pós-Tese -Família X Socialização

Gráfico 1 – Resultados Alcançados na Aplicação do Pré e Pós-Testes


nas Turmas de 1ª a 4ª Séries, do Ensino Fundamental para Identificar Alunos
com Comportamentos Agressivos Passivos

O Gráfico 1 mostra a comparação do conjunto 1 – Família, do pré-teste e


pós-teste dos alunos agressivos e passivos. É cabível dizer que o gráfico está
denominado da seguinte maneira: Alunos de comportamento agressivos estão
representados pela cor azul e os alunos de comportamento passivo de cor
vermelho. O resultado aqui representado se refere a família x socialização.
Analisando os dados da pesquisa realizada no pré-teste aponta 56% de alunos
agressivos e 44% de alunos passivos. No pós-teste a pesquisa aponta 16% de
alunos de comportamento agressivos e 84% de alunos passivos.
A pesquisa demonstrou que após o término das atividades pedagógicas
desenvolvidas com os alunos houve uma diminuição de alunos com tendências
de comportamento agressivos na família em relação aos resultados do pré-teste.
Diante dos resultados alcançados supõe que as atividades pedagógicas
31

desenvolvidas durante a pesquisa tiveram papel importante no resultado do pós-


teste. Diante do resultado que foi alcançado em tão pouco tempo, confirmou que,
se trabalharmos com dedicação e comprometimento, nós, os educadores
devemos e podemos fazer com que haja mudanças no sentido de aprimoramento
das atitudes e valores de nossas crianças.
Vale enfatizar que na linguagem do livro Parâmetros Curriculares
Nacionais, (1997, p. 45 – v. 8):

As atitudes, valores e normas leva imediatamente à questão do


comportamento. As atitudes, alvo de atenção educativa, são
disposições pessoais que tendem a se expressar por meio de
comportamentos. Entretanto, há que se considerar que inúmeros fatores
interferem nessa expressão e um comportamento, em si, não reflete
necessariamente a atitude de alguém, tem-se por vezes, no cotidiano,
comportamentos incoerentes, contraditórios, distanciados das atitudes e
valores que se acredita corretos. Isso significa que a coerência absoluta
não existe, e na formação de atitudes vive-se um processo não-linear.

Portanto, o ensino de valores e desenvolvimento de atitudes agressivas ou


passivas no trabalho escolar apresenta um significado especial. Dessa forma,
tomar como alvo, como instrumentos e como medida da ação pedagógica o
controle de comportamento dos alunos, mas sim intervir de forma permanente e
sistemática no desenvolvimento das atitudes. Apesar de ser um trabalho
complexo é necessário acompanhar de forma cuidadosa o processo dos alunos
para compreender seus comportamentos no contexto amplo do desenvolvimento
moral e social.

4.2.4 Análise do Conjunto 2 – Pré-Teste Escola X Socialização

2 – Na sala de aula você apronta alguma bagunça e o professor chama a sua


atenção na frente dos colegas. O que você faz?
32

Tabela 7 - Conjunto 2 - Pré-Teste Escola X Socialização

Itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Fica quieto morrendo de raiva 15 16 10 06 38
 Entende que foi para o seu bem 05 08 04 13 15
 Reponde o professor com palavras ásperas 0 03 10 12 21
 Argumenta com o professor o por quê de ter 06 04 04 04 46
agido assim
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 7 refere a quarta questão e aponta que 67 alunos demonstraram


agressividade quando responderam o questionário aplicado; 53 alunos
demonstram passividade diante das questões respondidas. Para melhor entender
o resultado, a pesquisa demonstrou que 56% dos alunos (cinqüenta e seis) são
agressivos e 44% de alunos (quarenta e quatro) são passivos diante da questão
respondida.

4.2.5 Análise do Conjunto 2 – Escola X Socialização

4 - Você chega na sua sala de aula e seus colegas estão na maior briga. O que
você faz?

Tabela 8 – Conjunto 2 - Pós-Teste – Escola X Socialização

Itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Fica gritando e torcendo para que um deles 0 0 01 09 10
apanhe bastante
 Tenta acalmá-los 05 10 15 0 30
 Não faz nada, a final você não tem nada com 02 01 07 01 11
isso.
 Chama um adulto para controlar a situação 19 20 05 25 69
Total de alunos 26 31 28 35 120
33

A tabela 8 refere-se a quarta questão do conjunto 2 que trata da


socialização na escola. A pesquisa nos apontou 99 alunos passivos e 21 alunos
agressivos em relação à escola. Dando uma porcentagem 17 de alunos %
(dezessete) agressivos e 83% alunos (oitenta e três) passivos. Esta porcentagem
está voltada para análise com os colegas que são briguentos na escola.

5 – O professor entra na sala de aula. Você e seus colegas estão fazendo a maior
bagunça. Ele reclama e os deixa de castigo. Como você reage?

Tabela 9 - Conjunto 2 - Pré-Teste Escola X Socialização

itens 1ª 2 2ª 2 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Não concorda e sai da sala 01 05 03 06 15
 Briga com o professor e ameaça até o diretor 22 03 05 01 09
 Fica quieto e depois tenta explicar o que 0 21 11 27 81
realmente aconteceu
 Pede desculpas ao professor 03 02 09 01 15
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 9 refere a quinta questão e aponta que 24 alunos demonstraram


agressividade quando responderam o questionário aplicado; 96 alunos
demonstram passividade diante das questões respondidas. Para melhor entender
o resultado, a pesquisa demonstrou que 20% dos alunos (vinte) são agressivos e
80% de alunos (oitenta) são passivos diante da questão respondida.

5 - Na hora do recreio um colega, sem querer te derruba e você sente dor. O que
você faz?
34

Tabela 10 – Conjunto 2 – Pós-Teste - Escola X Socialização

itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Desculpa-o afinal ele não teve a intenção de 11 14 01 16 42
machucar você
 Derruba ele também para se vingar 0 0 08 02 10
 Pede que ele se cuide para que isso não 13 15 19 15 62
aconteça mais
 Fica de mal com ele 02 02 0 02 06
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 10 refere se a quinta questão do conjunto 2 que trata da


socialização na escola. A pesquisa nos apontou 104 alunos passivos e 16 alunos
agressivos em relação à escola. Dando uma porcentagem 13% de alunos (treze)
agressivos e 87% alunos (oitenta e sete) passivos. Esta porcentagem está voltada
para análise de que os colegas na escola, hora do intervalo, derrubam e o
machucam, fazendo sentir dores.

6 – Vocês voltam da Educação Física e no caminho seu colega o empurra. O que


você faz?

Tabela 11 - Conjunto 2 - Pré-Teste Escola X Socialização

itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Empurra-o também 06 05 03 05 19
 Briga com ele por ter te empurrado 04 10 15 06 35
 Finge que percebeu e fica quieto 05 08 03 14 30
 Sai chorando e vai contar para o professor 11 08 07 10 36
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 11 refere a sexta questão e aponta que 54 alunos demonstraram


agressividade quando responderam o questionário aplicado; 66 alunos
demonstram passividade diante das questões respondidas. Para melhor entender
o resultado, a pesquisa demonstrou que 45% dos alunos (quarenta e cinco) são
35

agressivos e 55% de alunos (cinqüenta e cinco) são passivos diante da questão


respondida.

6 - Você esqueceu seu livro em casa e o professor reclama forte com você. Qual
a sua reação?

Tabela 12 – Conjunto 2 – Pós-Teste - Escola X Socialização

itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Fica rindo dele 01 0 01 0 02
 Pede desculpas e procura nunca mais 11 20 15 25 71
esquecer
 Grita com o professor para se explicar 01 06 04 04 15
 Pede que ele empreste outro livro só desta 13 05 08 06 32
vez
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 12 refere se a sexta questão do conjunto 2 que trata da


socialização na escola. A pesquisa nos apontou 73 alunos passivos e 47 alunos
agressivos em relação à escola. Dando uma porcentagem 39% de alunos (trinta e
nove) agressivos e 61% alunos (sessenta e um) passivos. Esta porcentagem está
voltada para análise de que se o aluno esqueceu o livro em casa e o professor
reclamou, qual seria a reação do aluno.
36

4.2.6 Análise do Conjunto 2 – Pré e Pós Teste Escola X Socialização

Gráfico 2 – Resultados Alcançados na Aplicação do Pré e Pós-testes


nas Turmas de 1ª a 4ª Séries, do Ensino Fundamental para Identificar Alunos
com Comportamentos Agressivos e Passivos.

O Gráfico 2 mostra a comparação do conjunto 2 – Escola do pré-teste e


pós-teste dos alunos agressivos e passivos. É cabível dizer que o gráfico está
denominado da seguinte maneira: alunos de comportamento agressivos estão
representados pela cor azul e os alunos de comportamento passivo de cor
vermelho. O resultado aqui representado se refere à escola x socialização.
Analisando os dados da pesquisa realizada no pré-teste aponta 40% de alunos
agressivos e 60% de alunos passivos. No pós-teste a pesquisa aponta 15% de
alunos de comportamento agressivos e 85% de alunos passivos.
A pesquisa mostra também que após o término das atividades
pedagógicas desenvolvidas com os alunos houve uma diminuição de alunos com
tendências de comportamento agressivos na escola em relação aos resultados do
pré-teste. Diante dos resultados alcançados supõe que as atividades pedagógicas
desenvolvidas durante a pesquisa, tiveram papel importante no resultado do pós-
teste. Diante do resultado que foi alcançado em tão pouco tempo, mais uma vez,
nos deixou entusiasmadas e teoricamente se trabalharmos com competência e
comprometimento, podemos fazer com que haja mudanças no sentido de
aprimoramento das atitudes e valores de nossas crianças.
Para fundamentar o exposto acima destacamos um trecho do livro
Parâmetros Curriculares – Introdução, Volume 1, (1997, p. 45), coloca que:

A prática escolar distingue-se de outras práticas educativas, como as


que acontecem na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nas demais
37

formas de convívio social, por constituir-se uma ação intencional,


sistemática, planejada e continuada para crianças e jovens Durante um
período contínuo e extenso de tempo. A escola, ao tomar para si o
objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com competência e
dignidade na sociedade, teoricamente buscará eleger, como objeto de
ensino, conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais
que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação
são as consideradas essenciais para que os alunos possam exercer
seus direitos e deveres.

Para tanto, supõe que é necessário que a instituição escolar garanta um


conjunto de prática planejada com o propósito de contribuir para que os alunos se
apropriem dos conteúdos de maneira crítica e construtiva. A escola por ser uma
instituição social com propósito explicitamente educativo deveria ter o
compromisso de intervir efetivamente para promover o desenvolvimento e a
socialização de seus alunos.

4.2.7 Análise do Conjunto 3 – Pré-Teste Comunidade X Socialização


7 – Durante um jogo de futebol com seus vizinhos alguém lhe xinga. O que você
faz?

Tabela 13 - Conjunto 3 - Pré-Teste Comunidade X Socialização

Itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Dá um soco nele 02 13 10 06 31
 Finge que não ouviu 08 08 07 23 46
 Discute verbalmente xingando a mãe dele 04 04 04 03 15
também
 Chama os companheiros e no fim do jogo 12 06 07 03 28
batem nele
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 13 refere a sétima questão e aponta que 74 alunos demonstraram


agressividade quando responderam o questionário aplicado; 46 alunos
demonstram passividade diante das questões respondidas. Para melhor entender
o resultado, a pesquisa demonstrou que 62 dos alunos % (sessenta e dois) são
agressivos e 38% de alunos (trinta e oito) são passivos diante da questão
respondida.
38

4.2.8 Análise do Conjunto 3 – Pós-Teste Comunidade X Socialização


7 - Você ficou sabendo que o seu vizinho foi assassinado barbaramente. O que
você pensa?

Tabela 14 – Conjunto 3 – Pós-Teste - Comunidade X Socialização

itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Azar o dele, quem mandou não se cuidar. 01 0 01 01 03
 Precisamos dar um jeito de acabar com a 01 19 0 17 37
violência
 Como seria bom se isso nunca ocorresse 19 0 19 12 50
com ninguém
 Bem feito que ele morreu 05 12 09 04 30
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 14 refere-se a sétima questão do conjunto 3 que trata da


socialização na comunidade. A pesquisa nos apontou 87 alunos passivos e 33
alunos agressivos em relação à socialização na comunidade em que vive. O
resultado somou uma porcentagem 27% de alunos (vinte e sete) agressivos e
73% alunos (setenta e três) passivos. Esta porcentagem está voltada para análise
de que o seu vizinho foi assassinado barbaramente, qual seria a reação do aluno.

8 – Você está passando na rua e ouve brigas e gritos dos seus vizinhos. Como
você reage?

Tabela 15 - Conjunto 3 - Pré-Teste Comunidade X Socialização

itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Entra na casa e tenta acalmá-los 0 08 05 13 26
 Torce para que a briga continue para se 0 03 03 05 11
divertir assistindo
 Fica ouvindo calado 07 04 05 09 25
 Chama a polícia 18 17 15 08 58
Total de alunos 26 31 28 35 120
39

A tabela 15 refere-se a oitava questão e aponta que 36 alunos


demonstraram agressividade quando responderam o questionário aplicado; 84
alunos demonstram passividade diante das questões respondidas. Para melhor
entender o resultado, a pesquisa demonstrou que 30% dos alunos (trinta) são
agressivos e 70% de alunos (setenta) são passivos diante da questão respondida.

8 - Na sua rua está acontecendo uma briga entre vizinhos. O que você faz?

Tabela 16 – Conjunto 3 – Pós-Teste - Comunidade X Socialização

itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Fica olhando de longe 01 0 02 01 04
 Gostaria que eles parassem de brigar e 24 24 22 30 100
ficassem amigos
 Chama a polícia para que ela acabe com a 01 07 03 01 12
briga e prenda os dois
 Chama os colegas para assistirem juntos a 0 0 01 03 04
briga e fazer torcida
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 16 refere-se a oitava questão do conjunto 3 que trata da


socialização na comunidade. A pesquisa nos apontou 112 alunos passivos e 08
alunos agressivos em relação à socialização na comunidade em que vive. O
resultado somou uma porcentagem 6%(seis) de alunos agressivos e 94%
(noventa e quatro) alunos passivos. Esta porcentagem está voltada para análise
de brigas entre vizinhos e perguntou-se qual seria a reação do aluno.

9 – Você está tranqüilamente brincando na rua quando, de repente você vê o seu


melhor amigo sendo agredido. O que você faz?

Tabela 17 - Conjunto 3 - Pré-Teste Comunidade X Socialização

itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Vai separar a briga 09 14 08 29 57
 Deixe que seu amigo apanhe sem nada fazer 04 01 02 02 09
 Torce que seu amigo bata nos outros 04 05 13 04 26
meninos
 Chega até a briga e envolve-se nela batendo 09 11 05 03 28
40

em todo mundo
Total de alunos 26 31 28 35 120
A tabela 17 refere a nona questão e aponta que 63 alunos demonstraram
agressividade quando responderam o questionário aplicado; 57 alunos
demonstram passividade diante das questões respondidas. Para melhor entender
o resultado, a pesquisa demonstrou que 53% dos alunos (cinqüenta e três) são
agressivos e 47% de alunos (quarenta e sete) são passivos diante da questão
respondida.

- Aconteceu um assalto na mercearia do seu bairro e o dono foi ferido


pelos assaltantes. O que você pensa sobre isso?

Tabela 18 – Conjunto 3 – Pós-Teste - Comunidade X Socialização

itens 1ª 2 2ª 1 3ª 4ª Total
1 2 geral
 Coitado do dono da mercearia! Trabalhou 05 05 09 06 35
tanto para não ficar com nada!
 Bem feito, ele não precisava mais de 01 03 05 04 13
dinheiro e, além disso, vendia muito caro.
 Os bandidos não deveriam ter feito isso, a 04 23 10 25 62
final ele tinha a mercearia porque trabalhou
muito para consegui-la.
 Se eu fosse grande eu já teria assaltado 06 0 04 0 10
antes
Total de alunos 26 31 28 35 120

A tabela 18 refere-se a nona questão do conjunto 3 que trata da


socialização na comunidade. A pesquisa apontou 97 alunos passivos e 23 alunos
agressivos em relação à socialização na comunidade em que vive. O resultado
somou uma porcentagem 19%(dezenove) de alunos agressivos e 81%(oitenta e
um) alunos passivos. Esta porcentagem está voltada para análise sobre um
assalto em uma casa comercial com vítima fatal em bairro, perguntou-se o que o
aluno pensa sobre o acontecimento.
41

4.2.9 Análise do Conjunto 3 – Pré e Pós-teste Comunidade X Socialização

Gráfico 3 – Resultados Alcançados na Aplicação do Pré e Pós-Testes nas


Turmas de 1ª a 4ª Séries, do Ensino Fundamental para Identificar Alunos
com Comportamentos Agressivos e Passivos.

O Gráfico 3 mostra a comparação do conjunto 3 – Comunidade, do pré-


teste e pós-teste dos alunos agressivos e passivos. É cabível dizer que o gráfico
está denominado da seguinte maneira: Alunos de comportamento agressivos
estão representados pela cor azul e os alunos de comportamento passivo de cor
vermelho. O resultado aqui representado se refere se a comunidade x
socialização. Analisando os dados da pesquisa realizada no pré-teste aponta 47%
de alunos agressivos e 53% de alunos passivos. No pós-teste a pesquisa aponta
17% de alunos de comportamento agressivos e 83% de alunos passivos.
A pesquisa mostra a diminuição de alunos com tendências de
comportamento agressivos na escola em relação aos resultados do pré-teste.
Teoricamente esse resultado deve estar atrelado as atividades pedagógicas
desenvolvidas com os alunos durante a pesquisa. Diante dos resultados
alcançados supõe-se que as atividades pedagógicas tiveram papel importante no
resultado do pós-teste. Face ao resultado percebemos que o compromisso a
competência e o comprometimento, sob o nosso ponto de vista é de fundamental
importância para o bom andamento das instituições escolares. Constatou-se que
o educador pode fazer com que haja mudanças no sentido de aprimoramento das
atitudes e valores de nossas crianças para suas vidas futuras na sociedade.
42

Para melhor fundamentar a pesquisa destacamos um trecho do livro


Parâmetros Curriculares Nacionais – Introdução, Volume 1, (1997, p. 47), que diz
o seguinte:

A escola, na perspectiva de construção de cidadania, deve assumir a


valorização da cultura de sua própria comunidade e, ao mesmo tempo,
tentar buscar ultrapassar seus limites, propiciando as crianças
pertencentes aos diferentes grupos sociais o acesso ao saber, tanto no
que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da cultura
local assim como no âmbito nacional e regional como no que faz parte
do patrimônio universal da humanidade.

Ainda, segundo o autor acima citado, teoricamente, o:

Desenvolvimento de capacidades, como as de relação interpessoal, as


cognitivas, as afetivas, as motoras, as éticas, as estéticas de inserção
social, torna-se possível mediante o processo de construção e
reconstrução de conhecimentos. [...] Os conhecimentos que se
transmitem e se recriam na escola ganham sentido quando são produtos
de uma construção dinâmica que se opera na interação constante entre
o saber escolar e os demais saberes, entre o que o aluno aprende na
escola e o que ele traz para a escola, num processo continuo e
permanente de aquisição, no qual interferem fatores políticos, sociais,
culturais e psicológicos.

A discussão sobre a função da escola não pode ignorar as reais condições


em que esta se encontra. A situação de precariedade vivida pelos educadores
expressa nos baixos salários, na falta de condições de trabalho, de metas a
serem alcançadas, de prestígio social, na inércia de grande parte dos órgãos
responsáveis por alterar esse quadro, provocam na maioria das pessoas, um
descrédito na transformação da situação. Essa desvalorização do magistério
acaba por ser interiorizada bloqueando as motivações dos professores; outro fator
de desmotivação dos profissionais da rede pública é a mudança de rumo da
educação diante da orientação política de cada governante. Esse movimento de
vai e volta gera para a maioria dos professores uns desanimam para se engajar
nos projetos de integração entre comunidade e instituição escolar, mesmo que
lhes pareçam interessantes, pois eles dificilmente terão continuidade.
Portanto as escolas locais devem exercer a função social e precisam
possibilitar o cultivo dos bens culturais e sociais, considerando as expectativas e
as necessidades dos alunos, dos pais, dos membros da comunidade, dos
professores, enfim dos envolvidos diretamente no processo educativo. Pois
entendemos que é nesse universo que o aluno vivencia situações diversificadas
43

que favorecem o aprendizado para dialogar de maneira competente com a


comunidade aprendendo a respeitar e a ser respeitado, a ouvir e a ser ouvido, a
reivindicar direitos e a cumprir obrigações, a participar ativamente da vida da
escola e da comunidade, cultural, social, política local e do Brasil.

A seguir, são apresentados os resultados por meio de gráficos explicativos


para que possa ser mais bem visualizado as informações obtidas durante a
realização desta pesquisa.

4.2.10 Gráfico Geral – Resultados Alcançados na Aplicação do Pré e Pós-


Testes nas

Turmas de 1ª a 4ª Séries, do Ensino Fundamental para Identificar Alunos


com Comportamentos Agressivos e Passivos.
44

O gráfico acima, mostra a análise geral dos gráficos obtidos da aplicação


do pré-teste situou-se a agressão como sendo basicamente um a situação de
enfrentamento. Isso nos reporta a observar as perguntas realizadas no pré-teste
quando então percebeu-se que sempre há uma relação de autoridade
subentendida nas questões. Seja a autoridade dos pais para com os filhos, dos
professores para com os alunos ou dos próprios alunos em relação a outros.
A partir desta ótica fica posto o embate dos seres, o que deflagra em
agressão. O resultado do pré-teste é uma denúncia qualificada das relações de
autoridade e imposição que tanto fere os direitos de integridade quanto inibem a
personificação de membros saudáveis no composto social. A agressão em si
nunca vem isolada sendo parte de um sistema social, familiar ou escolar que se
desloca ao outro como mecanismo de proteção psicológica dos membros que a
praticam. Mas não podemos entendê-la como um fim benéfico e sim como meio
de denúncia subjetiva do que se passa com o ser.
Entre os aspectos que chama a atenção no resultado das análises, verifica-
se que no item Escola X Socialização – pós-teste (Conjunto 2, pergunta n° 5), o
nível de agressividade é baixíssimo já no pré-teste, o que de um modo geral é um
contra senso. Então recorreu-se até a pergunta para verificar tal resultado e
compreendemos que ela é posta num nível de identificação entre os alunos. A
pergunta diz: “Na hora do recreio um colega, sem querer te derruba e você sente
dor. O que você faz?” Surpreendentemente 80% das respostas são de conotação
passiva, o que se tratando de uma pesquisa sobre agressão, não é muito comum.
Poderia-se pensar que por ser “sem querer”, sem o conteúdo de culpa é
que se chegou a tal resultado. Todavia encontra-se no início da frase a palavra
“colega”, e esta, traz consigo a identificação, uma condição de igualdade,
proximidade que antecipa o julgamento. A identificação estabelece os níveis de
relacionamento que sustentam a interação entre os homens e nesta situação o
ser que interage compreende e assimila um conhecer, um novo caminho, uma
outra forma e possibilidade de estabelecer contato.
O pós-teste é a prática da aplicação da identificação no meio escolar como
forma de amenizar e reduzir os comportamentos de agressividade. Este trabalho
pedagógico fundamentado em dinâmicas de relacionamento humano que iguala e
aproxima o aprendente do ensinante versa a linguagem do corpo, do ser, do si
45

mesmo. Muitas vezes, a agressão é resultado natural de um completo estado de


ignorância do ser sobre si mesmo. O desconhecimento interno, corporal,
emocional que produz um estado de medo. Essa situação desorganiza a
criança/adolescente e cria um mundo sem suporte, sem base.
Os resultados obtidos no pós-teste são animadores, mas dão forma ao
complexo estado de abandono que vive o magistério nestes tempos de
sucateamento da pedagogia. É necessário percorrer a história e verificar o
descaso em que se encontra a Política Educacional atual. A agressão é, como
tema desta pesquisa tem denunciado que existe também uma violenta crise nas
instituições de ensino. Não há como negar que é de acordo com a estrutura da
instituição que se fortalece a rede das relações. As normas e os valores
institucionais são adotados inconscientemente pelos membros do corpo docente e
retransmitidas como conteúdo de ensino.
Há que se perceber o estado de tensão que sucumbe o mestre no tocante
às condições salariais e políticas trabalhistas. O significado deste conteúdo é
percebido por qualquer um como agressão às condições sociais e necessidades
do ser. Esta situação retransmitida pelo professor é adotada pelo aluno. Se a
função da escola é a transformação social no que diz respeito a aplicação da
aprendizagem na vida prática e nos relacionamentos, não nos surpreende que o
pesquisado pré-teste e pós-teste mostre também agressividade na relação
familiar e comunitária.
Isto exclui a centralização da culpa na escola como fonte única de
expressão de agressão. A demanda escolar não é passível de seleções, mas o
fato em si da agressão é segregador, tendo em vista que a sociedade organizada
não escolhe seus membros, mas tenta qualificá-los.
No pré-teste o maior índice de agressão estava centralizada no conjunto 1
que identifica o relacionamento entre Família e Socialização.
O menor índice de agressão estava no conjunto 2 que é o estudo entre
Escola e Socialização.
Após a realização da pesquisa, o pós-teste configurou o seguinte
panorama:
- Conjunto 2 (escola X Socialização) – maior redução dos índices de
agressão;
- Conjunto 1(Família X Socialização) – maior índice de passividade.
46

Então valeu-se deste importante instrumento que o pedagogo tem na mão


para produzir a transformação social que é a possibilidade de falar em linguagem
clara e definida sobre a angustiante realidade.
47

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A socialização é algo muito importante para o desenvolvimento do ser


humano como um todo e implica num bom relacionamento em casa, na escola e
com os membros da comunidade em geral. A coleta de dados da pesquisa de
campo foi realizada na Escola de Educação Básica Profª Dilma Grimes Evaristo,
localizada no Bairro Guilherme Rauen, em Santa Cecília-SC. A escola é
extremamente carente. Vale dizer que a comunidade escolar é formada por
famílias de baixo poder aquisitivo e cultural e isto implica no baixo rendimento
escolar dos alunos. Isto mostrou a realidade da educação no Brasil, assim como a
falta de políticas pública voltada para a Educação. Observou-se, a falta de
comprometimento dos governantes em relação ao ensino fundamental, pois em
nosso entendimento é a fase de maior importância na vida de uma criança.
Os alunos, alvo desta monografia, são carentes, revoltados, inseguros, um
pouco agressivos e, portanto com a socialização bastante prejudicada. É comum
nessa comunidade o pai chegar em casa à noite, depois de oito horas de trabalho
pesado na roça ou firmas, catadores de papéis, bóias frias, desempregadas ou
fazendo trabalhos como diaristas. Os pais ficam sem saber onde as crianças
estão ou o que fez durante o dia. Ao chegarem em casa não encontram os filhos
e vão procurá-los nas ruas, nas casas vizinhas e nos bares. Quando os pais
localizam os filhos, gritam, agridem, deixam de castigo e, no outro dia começa
tudo novamente.
Esta pesquisa visou orientar pais, professores e alunos sobre alguns
comportamentos adequados nas relações humanas e no convívio entre si. Foi um
trabalho importante para os alunos, professores e pais, visto que, os mesmos
trabalharam no sentido da conscientização do inter-relacionamento saudável
entre eles. Logo no primeiro dia os alunos não entendiam o porquê da pesquisa
estar sendo realizada com eles, abordando entre outros temas, a importância da
socialização. Os alunos achavam normal o que faziam. Com o passar dos dias
perceberam que havia muitas coisas erradas com os seus comportamentos e que
48

poderiam mudar. Muitos deles manifestaram a necessidade de fazer mais


trabalhos nesses moldes, já que mudar não é fácil e é um processo em longo
prazo.
São de suma relevância, as colocações dos alunos porque constatou-se a
diferença no comportamento deles durante o trabalho. Crianças agressivas,
rudes, briguentas foram aos poucos se tornando mais leves, dóceis, tratáveis,
comunicativas e soltas. O trabalho foi difícil, mas interessante. É de suma
importância dar continuidade, já que os alunos só podem contar com a escola
para aprender certos valores e comportamentos que não vêem em casa. Por
outro lado, sabe-se que em 10(dez) horas/aulas não foi suficiente para
aprenderem tudo, o que resultou num trabalho avaliado como bom em relação
aos alunos. Esta pesquisa mostrou a necessidade de trabalhar em sala de aula
no ensino fundamental com maior seriedade e comprometimento dos professores,
alunos, e pais principalmente com o apoio da direção da escola. É preciso que a
escola retome o trabalho de integração/ socialização não deixando morrer essa
semente que plantamos e que quem sabe, consiga mudar a história dessa
comunidade começando pelas crianças de 1ª a 4ª série que é a esperança do
Brasil.
Constatou-se alguns pontos positivos e outros falhos no processo da
socialização da escola durante o período da coleta de dados:
Pontos Positivos:
 o interesse e o empenho dos alunos ao realizarem as atividades que
foi proposta;
 a importância dada pelos alunos aos exercícios de relaxamento;
 a felicidade demonstrada pelos pais e pelos alunos ao brincarem
juntos no último dia da pesquisa. Isto foi recompensador, porque
demonstrou que o trabalho realizado no decorrer da pesquisa trouxe
mais união e respeito entre pais, filhos e professores e que
passaram a compreender e interessar-se mais pelos sentimentos
entre si, sobre o ponto de vista da socialização;
 os professores regentes participaram de forma ativa se interessando
pelas atividades propostas durante a pesquisa ação-participante;
49

 por meio do pré e pós-teste aplicado e analisado mostrou que


diminuiu o número de alunos de comportamento agressivos na
família, escola e comunidade;

Pontos Negativos:
 as atividades elaboradas para a 1ª série. A técnica do monstrinho os
alunos não demonstram interesse pela atividade, somente alguns
deles participaram ativamente. Isto demonstrou que os alunos não
apresentaram maturidade e compreensão da mesma e deveríamos
ter aplicado uma técnica mais adequada àquela série. Isto deixou-
nos frustradas, porém essa dificuldade foi resolvida no caminho,
com explicações mais detalhadas e atividades orais mais precisas
para atingir os nossos objetivos. Diante disso, sugeriu-se técnicas
pedagógicas mais adequadas: tais como: Jogo das mãos p. 126 do
livro Manual de Técnicas, de Celso Antunes, 21. ed. Editora Vozes,
2001; outra técnica: Elenco Sensacional, p. 91, também do livro de
Celso Antunes. A Técnica do Conhecimento Pessoal p. 17 do livro
Exercícios práticos de Dinâmica de Grupo, de Silvino José Fritzen,
30. , Editora. Vozes, 2. Volume, 2000; como também As Técnicas
Primeiras Impressões, ( p. 75) do mesmo autor;
 as famílias desestruturadas e despreparadas para a educação
moderna;
 a escola não tem estrutura e não está preparada para receber essa
clientela que vem com muita carência de ideologia afetivas,
emocionais e psicológicas, onde a tendência aflora para o
comportamento da agressividade;
 seria necessária uma maior conscientização da importância do bom
relacionamento do dos pais com a comunidade escolar.
 a pesquisa permitiu uma reflexão o papel de educador.
Portanto, concluímos que o resultado da pesquisa apontou que tanto no
conjunto 1 – família, conjunto 2 – escola e conjunto 3 – comunidade, o número de
alunos de comportamento agressivo baixou relativamente. Ficou claro que
quando se trabalha com comprometimento e competência, utilizando-se técnicas
50

pedagógicas adequadas consegue-se comprovar e alcançar bons resultados.


Sendo assim, pensamos que teoricamente o tema socialização precisa ser mais
explorado no ambiente escolar e, ressalta-se que os alunos, professores e pais
precisam integrar-se conhecendo-se melhor, participando mais das atividades
propostas pela escola para que possam progredir e melhorar juntos na educação
das crianças. Desta forma, estaremos ajudando a formar uma sociedade mais
justa e humana, sem drogas, sem violência, para podermos alcançar um mundo
fraterno e feliz.
51

6 REFERÊNCIAS

ALENCAR, E.M.L.S. Psicologia. Introdução aos princípios básicos de


comportamento. Petrópolis: Vozes, 1997.

ANTUNES, Celso. Alfabetização emocional. Novas estratégias. Petrópolis:


Vozes. 1999.

_____.Manual de técnicas: dinâmicas de grupo de sensibilização de


ludopedagogia. 21 ed. Petrópolis: Vozes, 2001. .

BRASIL, Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares


nacionais. (Temas Transversais e Ética). Brasília : MEC/SEF, Vol.8 . 1997. 43-
53.p.

_____.Parâmetros curriculares nacionais – Introdução. Brasília: MEC/SEF, v.


1. 1997. 33-55p.

CARVALHO, Irene Mello. Psicologia das relações humanas. Porto Alegre :


Getúlio Vargas, 1977.

FRITZE. Silvino José. Exercícios práticos de dinâmica de grupo. 30 ed.


Petrópolis: Vozes, 2000.

GONÇALVES. Ana Maria et al. Dinâmica de grupos na formação de


lideranças. 7 ed. Rio de Janeiro : DP&A, 2002. 152 p.

GRISI, R. Didática mínima – São Paulo : Cia Editora Nacional, 1969.

JUNG, C. G. O desenvolvimento da personalidade. São Paulo: Vozes, 1981.

IDE. Sahda Marta. O jogo e o fracasso escolar. IN: KISHIMOTO. Tizuko


Morchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação..4 ed. São Paulo:
Cortez, 2000.

MORAIS. Regis de. (org.). Sala de Aula: que é espaço é esse?. 13 ed.
Campinas: Papirus, 1980.

SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta


curricular: educação infantil, ensino fundamental e médio. Florianópolis : IOESC,
1998. 1998.

OAKLANDER, Oilet. Descobrindo crianças. 8 ed. São Paulo: Summus, 1980.

SCOZ, B. Psicopedagogia e realidade escolar. Petrópolis: Vozes, 1996.


52

SILVA, Terezinha Maria Nelli.A Construção do currículo na sala de aula. São


Paulo: E.P.U. 1981

SNYDERS, G. Pedagogia progressista. Coimbra. : Livraria Almedina, 1974.

STEVENS. John O Tornar-se presente: experimentos de conhecimentos em


Gestalt – terapia. 8 ed. São Paulo: Summus, 1988.
53

7 ANEXOS
54

ANEXO 1 – Pré-teste aplicado duas semanas antes da pésquisa de campo


Aplicado para os alunos matriculados de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental,
na Escola de Educação Básica Profª Dilma Grimes Evaristo

CONJUNTO 1- FAMÍLIA X SOCIALIZAÇÃO


1 – Na sua família, seu pai briga com a mãe. A sua atitude é:
( ) manter-se calado porque se falar alguma coisa sobra para você
( ) conversa com o pai e a mãe sobre o acontecido
( ) finge que não viu a briga
( ) sai para a rua para conversar com os amigos e se distrai
2 – Quando você faz algo errado na casa ou na rua, seus pais ficam sabendo
disso e reclamam com você. Como você reage?
( ) ouve quieto as reclamações, e depois tenta explicar
( ) discute com eles tentando impor suas idéias
( ) não liga para o que eles falam
( ) nega a afirmando que não fez nada daquilo
3 – Você e seus irmãos brigam por qualquer motivo, você:
( ) bate neles
( ) grita cada vez mais
( ) conta para a mãe o que realmente aconteceu
( ) sai para a rua para brincar

CONJUNTO 2 ESCOLA X SOCIALIZAÇÃO


4 – Na sala de aula você apronta alguma bagunça e o professor chama a sua
atenção na frente dos colegas. O que você faz?
( ) fica quieto morrendo de raiva
( ) entende que foi para o seu bem
( ) reponde o professor com palavras ásperas
( ) argumenta com o professor o por quê de ter agido assim
55

5 – O professor entra em sala de aula e você e seus colegas estão fazendo a


maior bagunça, ele reclama e os deixa de castigo. Como você reage?
( ) não concorda e sai da sala
( ) briga com o professor e ameaça ate o diretor
( ) fica quieto e depois tenta explicar o que realmente aconteceu
( ) agride o professor com socos e pontapés
6 – Vocês voltam da educação física e no caminho, seu colega o empurra. O que
você faz?
( ) empurra ele também
( ) briga com ele por ter te empurrado
( ) finge que percebeu e fica quieto
( ) sai chorando e vai contar para o professor

CONJUNTO 3 - COMUNIDADE X SOCIALIZAÇÃO


7 – Durante um jogo de futebol com seus vizinhos alguém lhe xinga. O que você
faz?
( ) dá um soco nele
( ) finge que não ouviu
( ) discute verbalmente xingando a mãe dele também
( ) chama os companheiros e no fim do jogo batem nele
8 – Você está passando na rua e ouve brigas e gritos dos seus vizinhos. Como
você reage?
( ) entra na casa e tenta acalma-la
( ) torce para que a briga continue para se divertir assistindo
( ) fica ouvindo calado
( ) chama a polícia
9 – Você está tranqüilamente brincando na rua quando de repente você vê o seu
melhor amigo sendo agredido. O que você faz?
( ) vai separar a briga
( ) deixe que seu amigo apanhe sem nada fazer
( ) torce que seu amigo bata nos outros meninos
( ) chega ate a briga e se envolve nela batendo em todo mundo
56

ANEXO 2 – Pós-teste aplicado dois dias após o término da pesquisa

CONJUNTO 1
1 – você chega da escola com fome e sua mãe diz que não preparou seu lanche
porque está doente. O que você faz?
( ) vai para a cozinha procurar o que comer sem reclamar
( ) fica bravo e sai chutando tudo
( ) procura um remédio para sua mãe
( ) mesmo estando com fome diz que não quer comer nada
2 – Seu pai chega bêbado em casa e vai quebrando os objetos que encontra pela
frente. O que você faz?
( ) corre para o quarto e fica lá sem dizer nada
( ) espera o pileque passar e pede para que não faça mais isso
( ) gosta porque assim ele não te manda fazer nada
( ) fica com medo e sai de casa
3 - Seu irmãozinho menor mexeu no seu material de aula e estragou alguma
coisa da qual você gostava muito. O que você faz?
( ) corre contar para a sua mãe para que ela bata nele.
( ) conta para ele, com carinho, que no seu material não pode mexer.
( ) bate nele.
( ) dá outra coisa para ele brincar e não mexer mais nas suas coisas.

CONJUNTO 2

4 - Você chega na sua sala de aula e seus colegas estão na maior briga. O que
você faz?
( ) fica gritando e fazendo a maior torcida para que um deles apanhe bastante.
( ) tenta acalmá-los
( ) não faz nada, a final você não tem nada com isso.
( ) chama um adulto para controlar a situação.
5 - Na hora do recreio um colega, sem querer, te derruba e você sente dor. O que
você faz?
( ) desculpa-o afinal ele não teve a intenção de machucar você.
( ) derruba ele também para se vingar.
57

( ) pede que ele se cuide para que isso não aconteça mais.
( ) fica de mal com ele.
6 - Você esqueceu seu livro em casa e o professor reclama forte com você. Qual
a sua reação?
( ) fica rindo dele.
( ) pede desculpas e procura nunca mais esquecer.
( ) grita com o professor para se explicar.
( ) pede que ele empreste outro livro só desta vez.
CONJUNTO 3

7 - Você ficou sabendo que o seu vizinho foi assassinado barbaramente. O que
você pensa?
( ) azar o dele, quem mandou não se cuidar.
( ) precisamos dar um jeito de acabar com a violência.
( ) como seria bom se isso nunca ocorresse com ninguém
( ) bem feito que ele morreu.
8 - Na sua rua está acontecendo uma briga entre vizinhos. O que você faz?
( ) fica olhando de longe.
( ) gostaria que eles parassem de brigar e ficassem amigos.
( ) chama a polícia para que ela acabe com a briga e prenda os dois.
( ) chama os colegas para assistirem juntos a briga e fazer torcida.
9 - Aconteceu um assalto na mercearia do seu bairro e o dono foi ferido pelos
assaltantes. O que você pensa sobre isso?
( ) coitado do dono da mercearia! Trabalhou tanto para não ficar com nada!
( ) bem feito, ele não precisava mais de dinheiro e, além disso, vendia muito
caro.
( ) os bandidos não deveriam ter feito isso, a final ele tinha a mercearia porque
trabalhou muito para consegui-la.
( ) se eu fosse grande eu já teria assaltado antes.
58

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 1
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................................................... 5
2.1 PROBLEMAS FAMILIARES E A SALA DE AULA.......................................................................5
2.2 COMUNICAÇÃO COM OUTROS – A BASE DA SOCIALIZAÇÃO.............................................6
2.3 NECESSIDADE DE INTER-RELACIONAMENTO......................................................................8
2.4 INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DA ESCOLA SOBRE A CRIANÇA EM DESENVOLVIMENTO....9
2.5 COMPORTAMENTOS PROBLEMÁTICOS ESPECÍFICOS......................................................11
2.6 AGRESSÃO.............................................................................................................................. 11
2.7 RAIVA........................................................................................................................................ 13
2.8 A CRIANÇA RETRAÍDA............................................................................................................ 14
2.9 INSEGURANÇA: GRUDAR-SE ÀS PESSOAS, AGRADOS EXCESSIVOS............................16
2.10 SOLIDÃO................................................................................................................................ 16
3 METODOLOGIA......................................................................................................................... 19
3.1 PESQUISA.............................................................................................................................. 19
3.2 PARTICIPANTES DA PESQUISA............................................................................................. 19
3.3 ETAPAS DA PESQUISA........................................................................................................... 21
3.3.1 Etapa – Pré-teste.................................................................................................................... 21
3.3.2 Aulas Ministradas................................................................................................................... 21
3.3.3 Etapa Pós-teste...................................................................................................................... 23
3.3.4 Etapa Pós-teste...................................................................................................................... 23
3.3.5 Procedimentos Para Correção............................................................................................... 24
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS....................................................................................25
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR........................................................................25
4.2 EVIDENCIAÇÃO DOS RESULTADOS.....................................................................................26
4.2.1 Análise do Conjunto 1 – Pré-Teste - Família X Socialização.................................................26
4.2.2 Análise do Conjunto 1 – Pós-Teste Família X Socialização...................................................27
4.2.3 Análise do Conjunto 1 – Pré e Pós-Tese -Família X Socialização.........................................30
4.2.4 Análise do Conjunto 2 – Pré-Teste Escola X Socialização.....................................................31
4.2.5 Análise do Conjunto 2 – Escola X Socialização.....................................................................32
4.2.6 Análise do Conjunto 2 – Pré e Pós Teste Escola X Socialização...........................................36
4.2.7 Análise do Conjunto 3 – Pré-Teste Comunidade X Socialização...........................................37
4.2.8 Análise do Conjunto 3 – Pós-Teste Comunidade X Socialização...........................................37
4.2.9 Análise do Conjunto 3 – Pré e Pós-teste Comunidade X Socialização..................................41
4.2.10 Gráfico Geral – Resultados Alcançados na Aplicação do Pré e Pós-Testes nas.................43
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................... 47
6 REFERÊNCIAS............................................................................................................................ 51
7 ANEXOS...................................................................................................................................... 53
ANEXO 1 – Pré-teste aplicado duas semanas antes da pésquisa de campo.................................54
ANEXO 2 – Pós-teste aplicado dois dias após o término da pesquisa...........................................56

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