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Tributária
Material Teórico
Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Revisão Técnica:
Prof.a Me..Graziela de Faria Santos Soares
Revisão Textual:
Prof.a Me. Rosemary Toffoli
Tributos Diretos – Lucro Presumido e
Lucro Arbitrado
··O objetivo principal é compreender como funciona a lei, quem pode optar,
como são feitos os cálculos e a apuração, a utilização dos percentuais de
presunção e os limites a serem respeitados, bem como o adicional do Imposto
do Imposto de Renda.
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Contextualização
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Definição de Imposto de Renda
Diálogo com o Autor Incidem sobre o patrimônio e a renda. Exemplo: IPTU, IRPJ e IRPF
e CSLL (FABRETI (2013, PAG 208)”
O Lucro presumido, como o próprio nome diz, é uma tributação que utiliza a presunção
para cálculo do lucro da empresa. É uma modalidade de tributação onde as empresas podem
optar, para apurar seus lucros, e, consequentemente, pagar o seu Imposto de Renda Pessoa
Jurídica, observando determinadas condições.
Esta modalidade dispensa a escrituração para fins de apuração de tributos, exceto o
Livro Registro de Inventário e o Livro Caixa.
Lucro Presumido é a forma de tributação simplificada do Imposto de Renda (IR) e Contribuição
Social sobre o Lucro (CSLL).
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
A pessoa jurídica que pagou o imposto com base no lucro presumido e que, no mesmo ano
calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de apuração pelo lucro real por ter auferido
Atenção
lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, deverá apurar o IRPJ e CSLL sob o
regime de apuração do lucro real trimestral, a partir inclusive, do trimestre da ocorrência do fato.
Limite de Receita
O limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) refere-se à receita total do
ano-calendário anterior e integram a receita total, conforme orientação da Receita Federal:
A receita bruta auferida na atividade objeto da pessoa jurídica tais como venda
de mercadorias ou produtos, receita de serviços prestados; receitas de quaisquer
outras fontes não relacionadas diretamente com os objetivos sociais da pessoa
jurídica; os ganhos de capital; ganhos líquidos obtidos em operações de renda
variável; rendimentos auferidos em aplicações de renda fixa e os rendimentos
decorrentes de participações societárias.
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Empresas Vedadas da Opção do Lucro Presumido
Não podem optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido as seguintes
pessoas jurídicas:
1. as pessoas jurídicas que tenha auferido receita total, no ano-calendário anterior, superior
ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou proporcional a
quantidade de meses do período, quando for inferior a 12 (doze) meses;
2. cujas atividades sejam as de bancos comerciais, de investimento, de desenvolvimento,
caixas econômicas, sociedades de crédito imobiliário, financiamento e investimento,
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de
seguro privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
3. que tenham recebido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
4. que usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto, quando
autorizadas pela legislação tributária;
5. que tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, no decorrer do ano-
calendário, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, de 1996;
6. que desenvolvam as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de
assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração
de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
brandsoftheworld.com
O Art. 4º. da Lei 9.964/00 estabelece que as pessoas jurídicas que tratam os Incisos
I, III, IV e V do Art. 14 da Lei nº. 9.7l8/98, durante o período em que submetidas aos
REFIS, poderão optar pelo regime de tributação com base no Lucro presumido. Portanto,
enquanto estiver pagando o parcelamento de tributos com o programa do REFIS, a pessoa
jurídica poderá optar pela forma de tributação do lucro presumido, mesmo que: a receita
total do ano-calendário anterior tenha sido superior a R$ 78.000.000,00; que tenha lucros,
rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; que usufrua de benefício fiscal de
isenção ou redução de imposto sobre o lucro e inclusive que no decorrer do ano-calendário,
tenha efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa.
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Período de Apuração
No Lucro Presumido, o período de apuração é determinado por períodos trimestrais,
encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-
calendário (Lei nº 9.430, de 1996, Arts. 1º e 25º. RIR/1999, art. 516, § 5º).
Portanto de 01 de janeiro a 31 de março corresponderá ao primeiro trimestre, de 01 de
abril a 30 de junho, segundo trimestre; de 01 de julho a 30 de setembro, terceiro trimestre e
de 01 de outubro a 31 de dezembro quarto trimestre.
Momento da Opção
A opção pela tributação com base no Lucro Presumido, será definitiva em relação a todo o
ano calendário, sendo vedada a mudança de sistema durante o ano calendário.
Conforme o artigo 26 da Lei do Ajuste Tributário nº 9.430, de 27/12/96, a opção
pela tributação com base no lucro presumido será aplicada em relação a todo o período de
atividade da empresa em cada ano-calendário, sendo que a opção de que trata este artigo será
manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente
ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário.
Quando a pessoa jurídica houver iniciado suas atividades a partir do segundo trimestre, a
opção de que trata o artigo, se manifestará com o pagamento da primeira ou única quota do
imposto devido, relativamente ao período de apuração do início das suas atividades.
Também é estabelecido no § 3º da mesma lei que a pessoa jurídica que tiver pago o imposto
com base no lucro presumido e que, referente ao mesmo ano-calendário, for obrigada alterar a
tributação pelo Lucro Real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos
do exterior, deverá ter o IRPJ e a CSLL apurado sob o regime de apuração do lucro real
trimestral a partir, inclusive do trimestre da ocorrência do fato.
A alteração de tributação poderá também ocorrer na hipótese de exclusão do Refis de empresa
incluída neste programa como sendo do lucro presumido, embora obrigada ao lucro real.
Mesmo sendo o momento da opção a data do pagamento da primeira ou única quota do
imposto de renda, as empresas devem recolher o PIS e a COFINS no mês de fevereiro sobre
os fatos gerados de janeiro com os códigos do regime de tributação do imposto de renda a ser
escolhido. Portanto, após a instituição do regime não-cumulativo do PIS e COFINS é necessário
muito mais agilidade para determinação dessa opção, pois os códigos de recolhimentos dessas
contribuições são diferentes para o Lucro Presumido e para o Lucro Real.
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REDARF - Mudança de Forma de Tributação
Não existe a possibilidade de mudar a forma de tributação do Lucro Presumido, para o
Lucro Real, ou vice e versa.
A opção efetuada com o primeiro pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica ou da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido renda ou da CSLL em cada período de apuração é
definitiva, não sendo possível a mudança de forma de tributação.
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
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• O valor correspondente ao lucro inflacionário realizado no período em conformidade com
o disposto no art. 36 da IN SRF nº 93, de 1997 (sobre realização do lucro inflacionário, v.
perguntas 508 e 512; v. ainda perguntas 504 e seguintes);
• Multas e outras vantagens por rescisão contratual;
• Os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no
recebimento de créditos, salvo se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em período
anterior no qual tenha se submetido à tributação com base no lucro real, ou que tais valores
se refiram a período a que tenha se submetido ao lucro presumido ou arbitrado (RIR/1999,
art. 521, § 3º);
• A diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição
isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e
direitos que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio.
Atividades Imobiliárias
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
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Alíquotas de Presunção – Lucro Presumido
Atividades Percentuais (%)
Atividades em geral (RIR/1999, art. 518)* 8,0
Revenda de combustíveis 1,6
Serviços de transporte (exceto o de carga) 16,0
Serviços de transporte de cargas 8,0
Serviços em geral (exceto serviços hospitalares) 32,0
Serviços hospitalares 8,0
Intermediação de negócios 32,0
Administração, locação ou cessão de bens e
32,0
direitos de qualquer natureza (inclusive imóveis)
* Art. 518. A base de cálculo do imposto e do adicional (541 e 542), em cada trimestre, será determinada mediante a aplicação do percentual
de oito por cento sobre a receita bruta auferida no período de apuração, observado o que dispõe o § 7º do art. 240 e demais disposições deste
Subtítulo (Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, e Lei nº 9.430, de 1996, arts. 1º e 25, e inciso I).
Cálculo do Lucro:
Receitas Revenda de mercadorias R$ 5.000.000,00 x 8% ......................R$ 400.000,00
Receitas de serviços R$ 400.000,00 x 32% ..........................................R$ 128.000,00
Outras receitas .....................................................................................R$ 38.000,00
Lucro no trimestre................................................................................R$ 566.000,00
Escrituração contábil
A pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido deverá manter a manter escrituração
contábil nos termos da legislação comercial, sendo dispensável, para efeitos fiscais, a
escrituração quando a pessoa jurídica mantiver Livro Caixa onde deverá ser comtemplado
toda a movimentação financeira, inclusive bancária, devendo também manter inclusive o Livro
Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término
do ano-calendário abrangido pela tributação simplificada; todos os livros de escrituração
obrigatórios determinados pela legislação fiscal específica, bem assim os documentos e demais
papéis que servirem de base para escrituração comercial e fiscal (Decreto-lei nº 486, de 1969,
art. 4º), enquanto o prazo decadencial não estiverem decorridos e prescritas eventuais ações
que lhes sejam pertinentes.
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Quando a empresa tiver lucros diferidos de períodos anteriores (saldo de lucro inflacionário
a tributar na situação específica de ser optante pelo lucro presumido no ano-calendário 1996,
conforme IN SRF nº 93, de 1997, art. 36, inciso V, §§ 7º e 8º) e/ou prejuízos a compensar,
deverão também, manter o LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real.
A empresa tributa pelo Lucro Presumido deverá apresentar a Escrituração Contábil Fiscal
(ECF) que é uma obrigação acessória imposta às pessoas jurídicas estabelecidas no Brasil, com
vigência a partir de 2015.
Assim, deverá informar, na ECF, todas as operações que influenciem a composição da
base de cálculo e o valor devido do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e escrituração do livro caixa.
A ECF deverá ser entregue anualmente até o último dia do mês de julho do próximo ano
calendário. Ex. ECF do ano de 2018 deve ser apresentada até 31/07/2019.
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Compensações
De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 1.717/2017 , arts. 2º e 23, em relação ao valor
do imposto devido em cada trimestre poderão ser compensados os valores referente a pagamentos
indevidos ou a maior que o devido a título de Imposto de Renda, devendo essas compensações ser
informadas na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF).
Lucro Arbitrado
É uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda, que pode ser utilizada
pela autoridade tributária, ou pelo próprio contribuinte.
A autoridade tributária aplica esta forma de tributação quando a pessoa jurídica deixa de
cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido.
Quando conhecida a receita e desde que ocorrida qualquer uma das hipóteses de arbitramento
previstas na lei, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda com base nas
regras do lucro arbitrado.
A forma de tributação do Lucro Arbitrado, tem bastante familiaridade com o Lucro
Presumido, com exceção aos percentuais de presunção aplicado.
Conforme artigo 530 do RIR/99, o arbitramento do lucro ocorrerá quando o contribuinte
que estiver obrigado à tributação com base no lucro real, deixar de manter a escrituração
na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras
exigidas por lei; quando a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar indícios
evidentes de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para
a identificação da efetiva movimentação financeira, inclusive bancária ou que impossibilite a
determinação do lucro real.
Também poderá ocorrer o arbitramento quando o contribuinte deixar de apresentar às
autoridades os livros e documentos de escrituração comercial e fiscal, ou o livro caixa, ou no caso
do contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido, entre outros.
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Período de apuração
Assim como no Lucro Presumido, o período de apuração no Lucro Arbitrado, é determinado
por períodos trimestrais, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de
dezembro de cada ano-calendário (RIR/99, art. 220).
Momento da Opção
A manifestação da tributação com base no lucro Arbitrado se dará mediante o pagamento
da primeira quota ou quota única do imposto, relativamente a apuração do trimestre em que
o contribuinte, por razões determinadas pela legislação, estiver em condições de proceder o
arbitramento de seu lucro.
Porém, o contribuinte que em qualquer trimestre do ano-calendário, tiver seu lucro arbitrado,
poderá optar pela tributação com base no lucro presumido, nos demais trimestres restantes,
desde que não sejam obrigados à apuração pelo lucro real, conforme determinado no artigo
531, inciso I do RIR/99.
Percentuais de Arbitramento
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta, quando conhecida, são os mesmos
aplicáveis para o cálculo da estimativa mensal e do lucro presumido, acrescidos de 20%,
(RIR/99, art. 532), conforme tabela abaixo.
ATIVIDADES PERCENTUAL
Revenda de combustíveis 1,92%
Fabricação própria 9,6%
Revenda de mercadorias 9,6%
Industrialização p/ encomenda 9,6%
Transporte de cargas 9,6%
Serviços hospitalares 9,6%
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
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Soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das
0,4
compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem
Soma dos valores devidos no mês a empregados 0,8
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Material Complementar
Para que você enriqueça seus conhecimentos a respeito do assunto tratado nesta disciplina,
sugiro a consulta ao seguintes materiais, ok!?
Livros:
AVILA, H. Sistema constitucional tributário. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
(e-book).
Sites:
Acesso à legislação do LUCRO PRESUMIDO, no site da Receita Federal.
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/rir/default.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/contribpj.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2000/Orientacoes/LucroPresumido.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2003/pergresp2003/pr628a668.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2005/PergResp2005/pr517a555.htm
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Referências
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Anotações
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