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Projeto Individual de Leitura

In Nomine Dei, José Saramago

Disciplina: Literatura Portuguesa


Ano letivo 2016/2017

Índice

 Introdução 3

José Saramago

 Biografia 5
 Perfil literário 6
 Obras publicadas 7

In Nomine Dei

 Resumo 10
 O teatro do séc. XX 12
 Personagens 13
 Espaço 14
 Temas abordados 15
 Apreciação crítica 17
 Apreciação crítica do autor 18
 Bibliografia 19

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Introdução

Este trabalho foi realizado ao longo do segundo período, no âmbito da disciplina


de Literatura Portuguesa, a fim de ser objeto de avaliação, mas sobretudo com a
intenção de enriquecer a nossa cultura e de cultivar em nós o gosto pela leitura.
Neste trabalho, tentarei demonstrar o meu trabalho intensivo pela obra In Nomine
Dei,deJosé Saramago.

3
José
Saramago

4
Biografia

José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no


dia 16 de Novembro de 1922. Foi viver para Lisboa com os seus pais ainda não tinha
três anos. Concluiu o ensino secundário em 1939, em Lisboa, mas não pode continuar
os estudos devido às dificuldades económicas da família. Teve, então, que começar a
trabalhar. No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido
diversas profissões: desenhador, funcionário público nas áreas da Saúde e da
Previdência Social, director literário de uma editora, jornalista e tradutor.

Trabalhou durante doze anos numa editora, exerceu funções de direção literária e
de produção. Colaborou como crítico literário na revista “Seara Nova”. Em 1972 e 1973
fez parte da redação do jornal “Diário de Lisboa”, foi o comentador político, tendo
também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural deste jornal.
Pertenceu à primeira Direção da Associação Portuguesa de Escritores. Em 1975, foi
diretor adjunto do “Diário de Notícias”.

A partir de 1976, viveu exclusivamente do seu trabalho literário e participou em


inúmeros congressos e conferências em Portugal e noutros países da Europa.Casou com
Pilar del Río em 1988 e, em Fevereiro de 1993, decidiu repartir o seu tempo entre a sua
residência habitual em Lisboa e a ilha de Lanzarote, no arquipélago das Canárias
(Espanha). Em 1998 foi-lhe atribuído o Prémio Nobel de Literatura.José Saramago
faleceu a 18 de Junho de 2010.

5
Perfil Literário

José Saramago foi, sem dúvida, um dos mais importantes escritores portugueses.
Desde 1976 que Saramago se dedicava exclusivamente ao trabalho literário. A primeira
fase da sua carreira foi marcada, sobretudo, pela poesia e pela crónica, género que
começou por granjear-lhe notoriedade, através dos jornais onde colaborou. Saramago
dedicou-se, ainda, a partir de finais dos anos 70, ao teatro. No entanto, foi sobretudo
como romancista que o seu nome se tornou consagrado. Uma das tendências mais
marcantes da sua obra romanesca era a da reconstituição de períodos históricos, a partir
dos quais era construída uma narrativa fantástica, que estabelecia a ligação entre os
dados verosímeis e concretos e realidades de ordem interior. Para tal, servia-se o autor
de uma imaginação prodigiosa, aliada a uma grande força lírica e capacidade descritiva.
Saramago era conhecido por utilizar frases longas, usando a pontuação de uma maneira
não convencional. Os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos
que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros. Tomava, muitas
vezes, uma voz crítica no debate de assuntos religiosos. São todas estas características
que tornam o estilo de José Saramago único na literatura contemporânea. Na sua
brilhante carreira, recebeu inúmeros prémios em Portugal, em Itália e em Inglaterra.
Recebeu, ainda, o Prémio Camões, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores em
1995 e, em 1998, na Suécia, o Prémio Nobel da Literatura. Em suma, José Saramago foi
um verdadeiro mestre da literatura portuguesa.

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Obras publicadas

Romances:
- Terra do Pecado (1947)
- Manual de Pintura e Caligrafia (1977)
- Levantado do Chão (1980)
- Memorial do Convento (1982)
- O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984)
- A Jangada de Pedra (1986)
- História do Cerco de Lisboa (1989)
- O Evangelho segundo Jesus Cristo (1991)
- Ensaio sobre a Cegueira (1995)
- A Bagagem do Viajante (1996)
- Todos os Nomes (1997)
- A Caverna (2000)
- O Homem Duplicado (2002)
- Ensaio sobre a Lucidez (2004)
- AsIntermitências da Morte (2005)
- A Viagem do Elefante (2008)
- Caim (2009)
- Claraboia (2011)
- Alabardas, Alabardas, Espingardas, Espingardas (2014)

Peças Teatrais:
- A Noite (1979)
- Que farei com este livro?(1980)
- A Segunda Vida de Francisco de Assis(1987)
- In Nomine Dei (1993)
- Don Giovanni ou o O Dissoluto Absolvido (2005)

Contos:
- Objecto Quase (1978)
- Poética dos Cinco Sentidos - O ouvido (1979)
- O Conto da Ilha Desconhecida (1997)

Poemas:
- Os Poemas Possíveis(1966)

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- Provavelmente Alegria(1970)
- O Ano de 1993(1975)

Crónicas:
- Deste Mundo e do Outro (1971)
-A Bagagem do Viajante (1973)
-As Opiniões que o DL Teve (1974)
-Os Apontamentos (1977)

Viagens:
- Viagem a Portugal (1983)

Diário e Memórias:
-Cadernos de Lanzarote (1994)
-As Pequenas Memórias (2006)

Infantil:
-A Maior Flor do Mundo (2001)
-O Silêncio da Água (2011)

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In Nomine
Dei

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Resumo

Primeiro ato:

Knipperdollinck e Rothmann conversam, dizendo que chegou a hora de se


cumprirem as profecias de Deus. Entretanto, chegam os eclesiásticos, que logo
começam a discutir com eles pois têm opiniões diferentes. Knipperdollinck e Rothmann
defendem que se deve proceder a algumas alterações na Igreja Católica, enquanto que
os eclesiásticos são muito mais conservadores. Trava-se, deste modo, uma luta entre
católicos e protestantes. Então, o Síndico anuncia as ordens do bispo Waldeck. Os
protestantes ficam completamente irados e opõem-se. O Conselho Municipal da cidade
de Mϋnster passou, então, a ter maioria de protestantes. Pouco depois, os cidadãos
entram em conflito. Saindo do meio da multidão, uma mulher aparece com um filho ao
colo, dizendo que o vem baptizar. No entanto, Rothmann recusa-se a baptizá-lo pois ele
ainda não tem entendimento nem fé. Já os católicos e os protestantes, esses oferecem-se
para o baptizar. Porém, a mulher acaba por já não querer baptizar a criança. Mais tarde,
Matthys, Jan Van Leiden e Rothmann baptizam algumas pessoas.

Segundo ato:

Começa o cerco da cidade. Matthys, um profeta, anuncia a vontade de Deus.


Anuncia, então, que Ele quer que sejam mortos, em Mϋnster, todos aqueles que se
negarem a abraçar a aliança do baptismo. Jan Van Leiden também é da opinião de que
chegou o tempo de matar. Porém, Gertrud Von Utrecht, sua esposa, não concorda com
ele. Matthys parte para o combate acompanhado de alguns soldados, e acaba por morrer
lá. Então, Jan Van Leiden é proclamado sucessor de Jan Matthys que, por sua vez,
escolheu doze homens aos quais deu o título de Juízes das tribos de Israel. Entretanto,
Hille Feiken conversa com Gertrud Von Utrecht, contando-lhe o seu plano
maqueavélico para matar o bispo Waldeck.

Terceiro ato:

Jan Van Leiden ordena a Rothmann que pregue a poligamia às mulheres e aos
homens de Mϋnster. Como é pecado um homem aproximar-se duma mulher
carnalmente se não for para gerar, devia-se desde logo excluir da partilha as estéris e as
grávidas, pois estas só podem dar simplesmente o prazer. Jan Van Leiden ordena, ainda,
a Rothmann que pregue esta ideia ao povo, mas como se tivesse sido uma ideia sua.
Convocado o povo, Rothmann ordena que se restabeleça a poligamia. Os homens
reagem com alegria, mas as mulheres, porém, ficam extremamente indignadas. Jan Van
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Leiden é o primeiro a escolher as suas mulheres. Entretanto, entram em cena quatro
soldados que transportam um corpo coberto por um pano, que mais não era que Hille
Feiken morta, vestida com a camisa que estava envenenada, destinada a Waldeck. Jan
Dusentschuer unge e coroa Jan Van Leiden. Este passa a reunir em si todo o poder de
Mϋnster, e a sua primeira mulher, Gertrud, seria a rainha desta cidade. Em substituição
dos Juízes das Tribos de Israel, Jan Van Leiden nomeou quatro conselheiros reais:
Knipperdollinck, Rothmann, Jan Dusentschuer e Heinrich Krechting. Mais tarde, Jan
Van Leiden ordena que se organize um banquete. Terminado o banquete, segue-se uma
comunhão solene e todo o povo dança. Jan Van Leiden ordena, então, que saiam da
cidade todas as mulheres, velhos e crianças. Estes ficam aterrorizados. Como Else
Wandscherer se insurge contra Jan Van Leiden, este acaba por apunhalá-la. Chegam os
soldados do exército de Waldeck. Com toda aquela confusão, Rothmann é morto.
Waldeck ordena aos seus soldados que matem as mulheres de Jan Van Leiden. Os
soldados levam numa gaiola Berndt Krechting. Knipperdollinck vai para dentro da
segunda gaiola. Para sobreviver, Jan Van Leiden rende-se a Waldeck, mas acaba por ser
atirado para dentro da terceira gaiola. Gertrud Von Utrecht não se rende e também é
morta.

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O Teatro do século XX

O teatro do século XX era um teatro inovador, diferente daquilo a que estávamos


habituados no “drama aristotélico”. Neste sentido, Brecht elaborou a teoria do “teatro
épico”, afirmando que este teatro do século XX é um teatro feito para pensar. É, pois,
um teatro que tem sempre uma base histórica, pretendendo, assim, levar o espectador a
comparar aquilo que está a ver com o seu presente. É um teatro verdadeiramente
revolucionário, de carácter histórico. Este teatro tem como objectivo principal levar o
espectador a reflectir sobre as lições que comportam estes acontecimentos antigos a que
assiste.

Ora, é precisamente neste contexto que nos situamos com a peça In Nomine Dei.
Também ela é uma obra de carácter histórico e, sobretudo, reflexivo. Esta peça é
baseada num caso verídico passado em Mϋnster, onde, no século XVI, um conflito entre
católicos e protestantes deu origem a um grande sofrimento e a um elevado número de
mortes. Deste modo, através desta peça de teatro do século XX, José Saramago
pretende, como já seria de esperar, levar-nos a reflectir, essencialmente, sobre a
intolerância humana. É, sem dúvida, uma espécie de alerta contra os fanatismos que
arrastam os seres humanos a matar e a deixar-se matar.

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Personagens

Nesta obra, as personagens são extremamente simbólicas pois todas elas


assumem um papel de grande relevo. Antes de mais, merecem uma profunda atenção as
personagens de Berndt Knipperdollinck e Berndt Rothmann, pois são eles quem, de
certa forma, começam a causar a instabilidade e a discórdia no povo de Mϋnster. Ora,
como não podia deixar de ser, também o bispo católico Franz Von Waldeck assume
uma elevada relevância pois apresenta-se como um forte obstáculo às ideias de
Knipperdollinck e Rothmann. No ceio de todas estas personagens, há uma que revela,
mais que as outras, uma grande crueldade: Jan Van Leiden. Este era um homem
extremamente egoísta, cruel, frio, que fazia de tudo para atingir o poder. Não tendo
quaisquer escrúpulos, revelava sempre grande arrogância e autoritarismo para com os
outros. No entanto, no final da obra, revelou-se um cobarde, dominado pelo medo de
perder a vida. No entanto, Gertrud Von Utrecht, esposa de Jan Van Leiden, era uma
mulher extremamente racional, humana, que tentava sempre dissuadir o seu marido das
suas ideias maléficas.

Num outro plano, temos, ainda, o povo, que representa extremamente bem a
vertente social da época. É um povo que vive oprimido, submisso às ordens superiores,
nomeadamente às de Jan Van Leiden. É, sobretudo, a ignorância que condena este povo
à miséria, ao sofrimento e, até, à morte.

Em suma, todas estas personagens têm um grande impacto nesta história pois
são elas que estão sempre no auge dos acontecimentos.

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Espaço

A acção decorre em Mϋnster, uma cidade no norte da Alemanha. Este espaço é


extremamente importante, pois é nele que se desenrola toda a peça. É um espaço de
lutas, de discórdia, de rivalidades e de conflitos. É, com efeito, um espaço em
destruição, destruição essa que se pode aliar à destruição do próprio ser humano (“…em
Mϋnster, no século XVI, como em tantos outros tempos e lugares, católicos e
protestantes andaram a trucidar-se uns aos outros em nome do mesmo Deus…”).

No que diz respeito ao espaço psicológico, podemos ver que algumas das
personagens vivem um drama, nomeadamente o povo. Todos os elementos do povo,
quer os católicos, quer os protestantes, são personagens dotadas de uma grande
densidade psicológica (“Gritos de horror e protesto. As vítimas designadas, como se se
tivessem procurado umas às outras, reúnem-se num lamentoso rebanho.”). Vivem em
função das profecias que são anunciadas, sendo, muitas vezes, vítimas da crueldade dos
homens (sobretudo daqueles que têm um maior poder em Mϋnster).

No que concerne ao espaço social, podemos ver que o povo vive na miséria, sem
quaisquer condições (“A falta de alimentos já começou a causar os seus terríveis
efeitos.”). Contudo, os “profetas” viviam bem, sem dificuldades, pois tinham um grande
poder.

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Temas abordados

Em meu entender, esta é uma obra de um grande valor literário. José Saramago
mostra-nos que a religião é, de facto, o verdadeiro “cancro” do Homem pois
interpretamo-la mal. Critica, pois, a manipulação ideológica da religião, que considera
ser criadora de divisões e geradora de violência. Caímos, deste modo, no
fundamentalismo religioso. Segundo Benjamim Franklin, “Se os homens são assim tão
maus apesar da ajuda da religião, como seriam eles sem ela?”. Esta reflexão de
Benjamim Franklin é, sem dúvida alguma, extremamente pertinente, pois põe em
evidência a intolerância dos Homens. Deus, é claro, há só um, demos-lhe os nomes que
lhe dermos, e todas as religiões têm os mesmos valores pois, segundo Robert Burton,
“Uma religião é tão verdadeira quanto a outra”. Há muitas religiões, mas o espírito é
único. Assim, cada um de nós tem de acreditar no seu espírito e, deste modo, todos
estamos unidos.

Para terminar, aqui apresento um brilhante poema que está em íntima ligação
com esta obra, denominado Falem-me do Homem, de António Viana:

“Não me falem de Deus


Se Dele ninguém sabe.
Não O usemos como véus
Do nosso acordar tarde.

Não O usem conforme o querer,


Não O façam como o desejam,
Não O formem como um ser,
À imagem que não almejam.

Deus que criamos à nossa imagem,


À imagem Dele nos recriamos,
Por sermos alguém de passagem,
Existindo Ele, nos desculpamos.

Criamos Deus de mil formas,


Que nós de mil formatos somos,
Então porque ser Ele as armas
Dos muitos medos que temos?

15
No todo-poderoso que O revestimos
Do nosso nada queremos fugir,
Encontramos com isso meios
Para as nossas falhas encobrir.

Se pequenos somos e nada sabemos,


Porque havemos de O inventar
Transformando-O no pai de todos,
Na ignorância da origem a nos dar.

Somos parte que sempre existiu,


E integrados nele continuaremos,
Somos pequenos, estamos no rio
Do Universo onde nascemos.

Num acto de fé, feito de querer,


Dessa subtil forma O justificamos.
Porque não aplicar então esse viver
No Homem com que sonhamos?”

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Apreciação crítica

A meu ver, esta é uma obra extraordinariamente bela. É, de facto, uma obra
muito bem estruturada e com um grande sentido lógico, o que requer um trabalho
extremamente exaustivo, tal como o próprio José Saramago nos diz em A jangada de
pedra: “ Dificílimo acto é o de escrever, responsabilidade das maiores. (…) Basta
pensar no extenuante trabalho que será dispor por ordem temporal os acontecimentos,
primeiro este, depois aquele, ou, se tal mais convém às necessidades do efeito, o sucesso
de hoje posto antes do episódio de ontem, e outras não menos arriscadas acrobacias
(…).” A preciosa lição de vida que dela podemos retirar e a ilustre escrita e desempenho
do autor são, inquestionavelmente, elementos que contribuíram para o meu enorme
fascínio por esta obra. A meu ver, esta obra é bastante pedagógica e criativa. O tema
que José Saramago escolheu como tema principal é, com efeito, uma escolha louvável,
pois ensina-nos que devemos ser mais tolerantes e respeitar as religiões e convicções
dos outros. Saramago pegou neste tema rebatido e brincou de ateu nesta peça, criticando
assim, com uma enorme angústia e precisão, a crueldade do fanatismo religioso. Em
suma, é uma obra que, claramente, me cativou e surpreendeu.

17
Apreciação crítica do autor

A vastíssima obra de José Saramago assegura-lhe lugar entre os nomes maiores


da literatura portuguesa. Na verdade, desconhecia a obra de José Saramago, mas o
pouco que tive oportunidade de estudar sobre ele causou-me excelente impressão. Aliás,
percebo agora o porquê do enorme prestígio deste maravilhoso escritor! De facto, José
Saramago surpreendeu-me com a sua astúcia e brilhante escrita. José Saramago erauma
pessoa abundante em cultura e dono de uma inteligência invejável. É, sem dúvida, um
escritor intensamente brilhante. Tudo o que ele diz tem profundo significado. Através
das suas grandes e sofisticadas reflexões revela uma enorme astúcia e elegância. Pelos
mais diversos e variados motivos, José Saramago é, sem dúvida, um grande escritor.

18
Bibliografia

Saramago, José. (1993). In Nomine Dei. (3ª ed). Alfragide: Caminho.

http://www.josesaramago.org/biografia-jose-saramago/

http://www.josesaramago.org/nomine-dei-1993/

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