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Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba

PJe - Processo Judicial Eletrônico

13/09/2022

Número: 0601064-04.2022.6.15.0000
Classe: REGISTRO DE CANDIDATURA
Órgão julgador colegiado: Colegiado do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba
Órgão julgador: GABJ05 - Gabinete Vice Presidência
Última distribuição : 23/08/2022
Processo referência: 06005635020226150000
Assuntos: Cargo - Deputado Federal, Registro de Candidatura - DRAP Partido/Coligação
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
PARTIDO DA MULHER BRASILEIRA (REQUERENTE) RICARDO HORTA DE ALVARENGA (ADVOGADO)
LARYSSA GOMES DE LACERDA (ADVOGADO)
Procurador Regional Eleitoral PB (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
15829 13/09/2022 09:31 Acórdão Acórdão
543
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DA PARAÍBA

REGISTRO DE CANDIDATURA (11532) - 0601064-04.2022.6.15.0000 - João Pessoa - PARAÍBA

RELATORA: DESA.MARIA DE FATIMA MORAES BEZERRA CAVALCANTI MARANHÃO

REQUERENTE: PARTIDO DA MULHER BRASILEIRA

Advogados do(a) REQUERENTE: RICARDO HORTA DE ALVARENGA - DF57890, LARYSSA


GOMES DE LACERDA - PB29060-A

EMENTA

ELEIÇÕES 2022. REGISTRO DE CANDIDATURA. DEMONSTRATIVO DE


REGULARIDADE DE ATOS PARTIDÁRIOS. DRAP. PARTIDO DA MULHER
BRASILEIRA. CÂMARA FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO. PARECER
MINISTERIAL. ALEGAÇÃO DE IRREGULARIDADES. CONVENÇÃO PARTIDÁRIA.
AUSÊNCIA DE PROVAS ROBUSTAS. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS
LEGAIS, NOS TERMOS DA LEI Nº 9.504/97 C/C A RESOLUÇÃO TSE
23.609/2019. DEFERIMENTO DO DRAP.

- As deliberações tomadas no dia 05/08/2022, juntadas ao presente feito pela


comissão provisória regularmente instituída, por meio de ata encaminhada à Justiça
Eleitoral, no sistema de candidaturas, obedece a todos os requisitos legais, com a
devida a indicação de candidatos às eleições proporcionais, no ano de 2022.

- Defere-se o pedido de registro do Demonstrativo de Regularidade de Atos


Partidários, quando observados os dados elencados no artigo 23 da Resolução TSE
nº 23.609/2019, bem como o número de candidaturas dentro do percentual
permitido, conforme disposto no art. 17 do mencionado normativo.

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ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, em proferir a seguinte
DECISÃO: DEFERIDO O DEMONSTRATIVO DE REGULARIDADE DE ATOS PARTIDÁRIOS -
DRAP, NOS TERMOS DO VOTO DA RELATORA, EM DESARMONIA COM O PARECER
MINISTERIAL. UNÂNIME. AUSENTE JUSTIFICADAMENTE O DESEMBARGADOR LEANDRO
DOS SANTOS. PRESIDIU O JULGAMENTO O JUIZ ARTHUR MONTEIRO LINS FIALHO.
ACÓRDÃO PUBLICADO EM SESSÃO. FEZ USO DA PALAVRA DRA. ACÁCIA SOARES
PEIXOTO SUASSUNA, EM NOME DO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL.

João Pessoa, 12/09/2022

Exma. Desa. MARIA DE FATIMA MORAES BEZERRA CAVALCANTI MARANHÃO


Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de requerimento de registro do DEMONSTRATIVO DE


REGULARIDADE DE ATOS PARTIDÁRIOS, apresentado pelo PARTIDO DA MULHER
BRASILEIRA (PMB), pleiteando cargos à ASSEMBLEIA LEGISLATIVA nas Eleições
2022.

Publicado Edital do Pedido de Registro Coletivo (ID:15799352).

Juntada de atas da convenção do Partido da Mulher Brasileira


(ID:15799404/15799405/15799406) e certidão de composição da agremiação partidária
(ID:15799407).

Decisão de Sua Excelência o Juiz Bianor Arruda Bezerra Neto, declinando da


competência para julgar o presente feito e “...determinando a sua redistribuição ao
gabinete da Excelentíssima Desembargadora Maria de Fátima Bezerra Cavalcanti
Maranhão, relatora do Processo nº 0600563- 50.2022.6.15.0000, primeiro Registro de
Candidatura (DRAP) distribuído (10/08/2022 às 18h13) neste Tribunal, envolvendo a
dissidência do Partido da Mulher Brasileira – PMB).

Certidão informando que decorreu o prazo de publicação do edital, sem


qualquer impugnação (ID:15809519).

A Secretaria Judiciária prestou informações (ID:15809388).

Parecer ministerial pelo indeferimento do DRAP, sustentando que “… o


Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) ora em análise é irregular,
porque foram publicados dois editais para convenção e existem elementos veementes

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indicando que ata de convenção não é autêntica”.

Eis o necessário a relatar.

VOTO

Inicialmente, registre-se que foi julgada procedente, na data de hoje, 12 de


setembro de 2022, a Ação de Impugnação de Registro de Candidatura nos autos do
RCand n.º 0600944-28, relativo ao Partido da Mulher Brasileira, presidido por
RICARDO HORTA ALVARENGA, envolvido na dissidência partidária com o presente
feito.

Já no presente DRAP, não houve qualquer impugnação.

Instado a se manifestar, o Ministério Público Eleitoral, na condição de fiscal


da ordem jurídica, (parecer ID:15827896) pugna pelo indeferimento do presente DRAP,
com fundamento nas informações colacionadas aos autos pela Direção Nacional do PMB,
quando contestou a impugnação apresentada no RCAND nº 0600944-58, alegando que o
Sr. Luann Alves de Araújo fez a publicação de dois editais de convocação para a
convenção partidária, um informando que o ato seria realizado em 30/06/2022, no diário
oficial do estado, e outro declarando que o ato ocorreria em 05/08/2022, no jornal "A
União”.

O órgão ministerial colaciona ao presente feito o registro das aludidas


publicações, apontando que “...Ao analisar o diário oficial e o jornal, verifica-se que o
dirigente partidário, de fato, realizou duas publicações de edital de convocação para a
convenção, sem indicar que o segundo era retificação do primeiro, circunstância que
prejudica a regularidade do ato, haja vista impedir que todos os interessados
compareçam à deliberação”. Destaca, ainda, que “...a convenção partidária deve ser
realizada com toda transparência possível, para que o ato seja confiável, não sendo
admissível adotar condutas que coloquem em risco a participação de filiados, ainda que
não haja dolo do dirigente, dado que o processo eleitoral não pode ter sua lisura atingida”.

Por fim, o órgão ministerial aponta que “...a direção nacional da agremiação
afirma que membros da comissão provisória dirigida por Luann Alves de Araújo
impediram que filiados participassem do ato e assinassem a lista de presença, além de
promoverem ameaças contra outros, comprometendo a regularidade do ato, com o
registro inclusive em vídeo”.

No tocante à ausência de publicação no Diário Oficial do Estado, exigência


contida no Estatuto do PMB, é certo que o órgão ministerial comprova a existência de
duas publicações acerca da convenção partidária presidida pelo sr. Luann Alves, sendo

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que a divulgação da segunda convenção somente ocorreu no Jornal “A União”,

No caso, devidamente comprovada a publicação em jornal de grande


circulação no Estado, não se pode falar em irregularidade capaz de anular a convenção
partidária que foi realizada no dia 05/08/2022, visto que foi o fim foi atingido, ou seja, a
convocação foi realizada por outros meios, qual seja, publicação em jornal de grande
circulação, cuja editora, inclusive, também é responsável pela publicação do Diário Oficial
do Estado, consoante se observa acessando o site https://auniao.pb.gov.br/servicos/doe

Desse modo, não se pode falar em prejuízo aos interessados, até porque não
houve nenhuma insurgência quanto à mencionada divulgação pelos filiados do partido
político ou mesmo pelo Ministério Público, após a publicação do edital do DRAP subscrito
pelo dirigente Luann Araújo.

Sobre o tema, cite-se julgado do colendo Tribunal Superior Eleitoral:

ELEIÇÕES 2020. RECURSO ESPECIAL. REGISTRO DE CANDIDATURA.


PREFEITO ELEITO. IMPUGNAÇÃO AO REGISTRO DE CANDIDATURA.
COLIGAÇÃO ADVERSÁRIA. NÃO CUMPRIMENTO DE PRAZO ESTATUTÁRIO
ENTRE O EDITAL DE CONVOCAÇÃO E A CONVENÇÃO PARTIDÁRIA. MATÉRIA
INTERNA CORPORIS. FRAUDE NÃO COMPROVADA.

(…)

ANÁLISE DO RECURSO ESPECIAL

3. O TRE, soberano no exame de fatos e provas, consignou que "houve publicidade


da convocação dos postulantes na sede partidária e em jornal de grande
circulação regional (Diário do Nordeste – 03/09/2020), e ainda no átrio da Câmara
Municipal de Sobral", concluindo não comprovada a fraude, na medida em que "a
publicidade levada por meios diversos da mídia eletrônica, como ocorreu no caso dos
autos mediante a publicação da convocação aos postulantes dos cargos municipais
na imprensa escrita, na sede da agremiação partidária e do legislativo municipal, não
condiz com a argumentação de uma publicidade escorregadia ou utilização de meios
escusos".

4. Consignado no acórdão regional que houve ampla publicidade da convocação


para a convenção partidária, inclusive por meio de jornal de grande circulação,
não é possível concluir pela presença do alegado conluio fraudulento entre os
partidos integrantes da coligação vencedora. Entendimento diverso demandaria o
escrutínio de fatos e provas não retratados no acórdão recorrido, o que esbarra no
óbice do verbete sumular 24 do TSE.

5. Não reconhecida a suposta fraude, a controvérsia a respeito do descumprimento de


prazo estatutário entre a publicação do edital de convocação e a realização da
convenção da coligação do recorrido encerra matéria interna corporis, que somente
pode ser articulada pelos partidos dela integrantes.

(Processo nº 0600041-68.2020.6.06.0024, REspEl - Recurso Especial Eleitoral nº


060004168 - SOBRAL – CE, Acórdão de 11/12/2020, Relator Min. Sergio Silveira
Banhos, Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Data 11/12/2020).

Em caso semelhante, já decidiu o egrégio Tribunal Regional Eleitoral de


Santa Catarina:

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Número do documento: 22091309310028000000015591897
RECURSO – ELEIÇÃO SUPLEMENTAR – REGISTRO DE CANDIDATURA – DRAP –
COLIGAÇÃO MAJORITÁRIA (…) ALEGADA INOBSERVÂNCIA DO ESTATUTO
PARTIDÁRIO NO QUE DIZ RESPEITO À CONVOCAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DA
CONVENÇÃO – SUPOSTO PREJUÍZO AOS FILIADOS - CONVOCAÇÃO FEITA
POR MEIOS SUPLEMENTARES PREVISTOS NA NORMATIVA INTERNA - FIM
ATINGIDO - AUSÊNCIA DE PREJUÍZO - PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE
E RAZOABILIDADE – DESPROVIMENTO.

(TRE-SC, RELATOR LUIZ HENRIQUE MARTINS PORTELINHA, data de julgamento


19.3.2013, Data de Publicação: DJE - Diário de JE, Tomo 52, Data: 22.3.2013, p. 8.).

Consoante se percebe, os atos procedimentais no presente DRAP foram


devidamente publicados, no prazo legal, garantindo-se a lisura dos atos que envolvem o
processo eleitoral.

Quanto à alegação do Ministério Público Eleitoral, baseado na contestação


apresentada no DRAP do sr. Ricardo Alvarenga e Direção Nacional do PMB, informando
que os membros da comissão provisória dirigida por Luann Alves de Araújo impediram
que filiados participassem do ato e assinassem a lista de presença, promovendo
ameaças, é certo que o próprio órgão ministerial aponta em seu parecer que o vídeo
colacionado aos autos pela Direção Nacional não está completo, o que, desde já, invalida
a prova. Por oportuno, cite-se o parecer ministerial:

“Apesar de não possível afirmar a existência de ameaças ou a omissão de


nomes para deliberação, porque o arquivo de vídeo não contempla todo o ato,
existem elementos veementes do impedimento à assinatura da lista de
presença, comprometendo a higidez da ata e todas as deliberações daquela
convenção.

Importante lembrar, nesse cenário, que a ata da convenção presidida por Luann
Alves de Araújo, anexada aos requerimento de registro, momento algum faz
referência a tal acontecimento, sequer indicando a presença de José Edson
Azevedo Alves, que compareceu ao ato, donde se revela a inautenticidade do
documento. ”.

(grifou-se).

Evidenciada, assim, a fragilidade do conjunto probatório, até porque não se


pode verificar se o vídeo foi produzido fora do contexto em que se apresenta,
considerando que está nitidamente incompleto. Ademais, a falta da assinatura na ata de
um filiado não possui aptidão para invalidar todas as deliberações do partido na
convenção.

Nessa linha, possíveis irregularidades deveriam ser apuradas por intermédio


de procedimento próprio que garanta o exercício do contraditório e da ampla defesa, e
não somente em indícios e vídeos incompletos.

No caso em comento não foi comprovada qualquer falsidade nas


deliberações da agremiação partidária, bem como demonstrado que a Comissão
Provisória está devidamente constituída no Estado da Paraíba.

Diante das mencionadas circunstâncias, é certo que as deliberações tomadas


no dia 05/08/2022, juntadas ao presente feito pela comissão provisória regularmente

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instituída, por meio de ata encaminhada à Justiça Eleitoral, no sistema de candidaturas,
obedece a todos os requisitos legais, e, ainda, com devida a indicação de candidatos às
eleições proporcionais em 2022.

Por fim, cite-se esclarecedor julgado do egrégio Tribunal Regional Eleitoral de


Pernambuco:

RECURSO ELEITORAL. ELEIÇÕES 2020. DEMONSTRATIVO DE REGULARIDADE


DE ATOS PARTIDÁRIOS. DRAP. COLIGAÇÃO. PREFEITO. VICE-PREFEITO.
IMPUGNAÇÃO. ATAS DE CONVENÇÃO. FRAUDE. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO POR PARTE DOS
CONVENCIONAIS E PARTIDOS COLIGADOS. BOA-FÉ. IMPOSSIBILIDADE DE
CONFIGURAÇÃO DE FRAUDE POR PRESUNÇÃO. RECURSO NÃO PROVIDO.

1. Partidos, coligações e candidatos não têm legitimidade para impugnar aliança


adversária, haja vista falta de interesse próprio, salvo quando se tratar de fraude com
impacto na lisura do pleito, matéria alegada pela impugnante.

2. Os partidos políticos gozam de independência quanto ao trato de seus


interesses e exercício de suas atribuições estatutárias, não devendo o poder
judiciário se imiscuir quanto à conveniência e oportunidade de suas
deliberações, tampouco presumi-las de forma fraudulenta, tão somente pelo fato
de supor uniformização de procedimentos internos consignados em atas.
Mesmo porque a boa-fé se presume, ao contrário da má-fé, cuja configuração
deve ser inexoravelmente comprovada, o que não se verifica das provas
carreadas aos autos.

3. É entendimento do TSE que "supostas irregularidades decorrentes da escolha de


candidatos pela comissão provisória do partido, em ofensa ao estatuto partidário,
constituem matéria interna corporis, e, não, fraude apta a macular o processo eleitoral
(AgR-REspe n° 35292, Rei. Mm. João Otávio de Noronha, PSESS de 25.9.2014).

4. É possível o deferimento do demonstrativo de regularidade de atos partidários se


não for evidenciado nenhum indício de grave irregularidade ou fraude no caso
concreto, o que foi corroborado pela ausência de impugnação pelas legendas ou
candidatos que integram a coligação ou mesmo por convencionais não escolhidos
para a disputa. Precedentes.

5. A legitimidade do processo eleitoral está em resguardar a autonomia dos


partidos e na vontade do eleitor, dando assim, máxima autenticidade ao
processo de escolha. Isso não pode ser maculado por presunções invertidas e
dissociadas de provas que levem a crer na mácula à higidez do processo
eleitoral.

6. Recurso não provido.

7. Deferimento do Demonstrativo de Atos Partidários da Coligação CAMARAGIBE UM


NOVO TEMPO (AVANTE/PROS/PP/PDT/PSL/PSC/PL/PMN/PV/REDE) para
concorrer às Eleições Municipais 2020, no município de Camaragibe/PE, aos cargos
de Prefeito e Vice-Prefeito.

(Recurso Eleitoral n 060025280, ACÓRDÃO nº 060025280 de 22/10/2020, Relator


CARLOS GIL RODRIGUES FILHO, Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Data
22/10/2020 )

Consoante se percebe, não foi efetivamente comprovada nenhuma grave

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irregularidade ou fraude que justificasse o indeferimento do DRAP, até porque as
alegações postas no presente feito são presumidas.

Registre-se, ainda, que o pedido de registro foi subscrito pelo efetivo


representante da agremiação partidária, Luann Alves de Araújo, conforme preconiza o art.
21, I, “a” e “b” da Res. TSE n. 23.609/2019, in verbis:

Art. 21. O pedido de registro será subscrito:

I - no caso de partido isolado, alternativamente: a) pela(o) presidente do órgão de


direção nacional, estadual ou municipal; b) por delegada ou delegado registrada(o) no
Sistema de Gerenciamento de Informações Partidárias (SGIP);

(...)

Os dados elencados no artigo 23 da Resolução TSE 23.609/2019 foram


devidamente observados, bem como o número de candidaturas foi registrado dentro do
percentual permitido, conforme disposto no artigo 10 da Lei das Eleições e art. 17 da
Resolução TSE nº 23.609/2019.

Igualmente foi observada a reserva mínima de 30% (trinta por cento) e


máxima de 70% (setenta por cento) para candidatura de cada gênero, considerando-se
que foram requeridas 6 (seis) candidaturas, sendo 4 (quatro) candidatos do gênero
masculino (66,67%) e 2 (duas) do gênero feminino (33,33%). (Informação: ID 15811502).

Isto posto, VOTO pelo deferimento do DRAP do PARTIDO DA MULHER


BRASILEIRA/PMB/PB, subscrito pelo Presidente Luann Alves de Araújo, nas
Eleições de 2022 à Câmara Federal, em desarmonia com a Procuradoria Regional
Eleitoral.

Após o trânsito em julgado desta decisão, sejam os autos arquivados.

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