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2018
Zoologia Sistemática é o ramo da zoologia que se ocupa na organização, caracterização e
denominação dos grupos de animais. A zoologia sistemática sub divide-se em (2) dois grupos:
Taxonomia é o capítulo da sistemática que tem por fim, entre outros, a organização, definição e
ordenação de grupos de animais.
Taxonomia é o ramo da ciência que trata da ordenação (classificação) e denominação
(nomenclatura) dos seres vivos, agrupando-os de acordo com o seu grau de semelhança. Tem
dois objectivos principais: considerar organismos estruturalmente relacionados e separá-los pelas
respectivas espécies, descrevendo as características que distinguem uma espécie da outra; e
ordenar as espécies, por categorias taxonómicas do género ao reino.
Primeiras sistematicas
Seres vivos úteis e nocivos:
Seres vivos venenosos e não venenosos;
Seres vivos comestíveis e não comestíveis.
Essas classificações são conhecidas como empíricas, porque estavam a favor das necessidades
dos seus usuários e não se baseavam nas características dos seres vivos.
Aristóteles
Até ao séc. XIX dizia-se que os seres vivos se dividiam em plantas e animais.
O sistema de classificação em dois reinos, de Aristóteles e Lineu, separava os seres em dois
reinos distintos: as plantas e os animais, tendo em conta:
O tipo de nutrição (autotrófica – plantas e heterotrófica – animais);
A morfologia (sem forma – plantas e com forma – animais); A locomoção (as plantas são fixas e
os animais
não); Os constituintes das células (as plantas têm parede celular celulósica e os animais têm
outros constituintes no interior das células).
A vantagem deste sistema de classificação é a sua simplicidade que tornava a classificação óbvia
e bem definida para os seres macroscópicos, embora tivesse uma limitação perante a
classificação dos fungos, que não se encaixavam no reino das plantas.
Haeckel
Ernst Heinrich Philipp August Haeckel (1834 – 1919), naturalista foi o primeiro a propor (1866)
uma divisão para os ―micróbios
Haeckel separou as formas de vida em três reinos - Plantae, Protista e Animalia - e representou-
os como uma árvore (Fig. 3). Basicamente afirmou que os seres vivos se dividiam em plantas,
animais e seres microscópicos a que deu o nome de protista.
Copeland
Herbert F. Copeland (1902–1968), em 1956, propõe 4 reinos: Monera, Protista, Plantae e
Animalia. Ele retira ao reino dos protistas designado por Haeckel as bactérias e as cianobactérias
(algas azuis) criando um reino novo para elas, o reino Monera.
Whittaker
A classificação feita por Whittaker em 1969, reconhece cinco reinos: Plantae, Animalia, Fungi,
Protista e Monera. Whittaker propõe inicialmente, dois critérios de classificação:
Organização celular: unicelulares ou multicelulares;
Classificação horizontal
É aquela cuja classificação dos seres vivos é feita em critérios não evolutivos.
Classificação Vertical ou Filogenética ou ainda Felética
Aquela classificação dos seres vivos que aceita os processos evolutivos.
Para além dessas classificações.
Fenética, são aquelas que não segue os princípios evolutivos, pois na altura ou no momento da
construção da arvore filogenética ou genética, não cumpre com algumas regras do processo
evolutivo.
John Roy – considerou espécie como um grupo de indivíduos comum com o mesmo ancestral
comum.
Espécie é uma população activa de organismos que tem em comum muitas características,
anatómicas, fisiológicas, bioquímicas, podendo normalmente, cruzar se entre si e originar
descendentes férteis.
O nome dos animais deve ser escrito em latim de origem ou, então, latinizados. Sendo
obrigatório dois nomes no mínimo. O primeiro é do gênero e o segundo á da espécie
(Binominal). Ex.: Felis catus.
Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binomial, sendo o primeiro
termo para designar o seu género e o segundo, a sua espécie.
O nome do gênero deve ser escrito sempre com a inicial maiúscula;
O nome relativo à espécie deve ser um adjectivo escrito com inicial minúscula, salvo
raríssimas excepções: nos casos de denominação específica em homenagem a pessoa
célebre. Por exemplo no Brasil, há quem escreva: Trypanosoma Cruzi, já que o termo
Cruzi é a transliteração latina do nome de Oswaldo Cruz, uma homenagem a esse grande
sanitarista brasileiro.
Quando existe subgênero, o seu nome deve ser colocado depois do nome do gênero, entre
parênteses e deve ser sempre escrito com inicial maiúscula. Ex.: Anopheles
(Nyssurhynchus) darling.
A designação para espécies é binomial, mas para subespécies é trinomial. Por exemplo:
Lei da prioridade. Adopta-se sempre o nome primeiramente usado para descrever a espécie,
desde que tenha sido publicado e acompanhado por uma indicação, definição e descrição, e o
autor tenha aplicado os princípios da nomenclatura binária;
Todo nome científico deve estar destacado no texto. Pode ser escrito em itálico, se for impresso,
ou sublinhado se for em trabalhos manuscritos.
Data: 17.07.2018
As subdivisões do Reino Animal
O Reino Animal foi definido segundo características comuns a todos os animais: organismos
eucariotos, multicelulares, heterotróficos e que obtém seus alimentos por ingestão de nutrientes
do meio.
No reino animal, encontra-se alguns sub-reinos, Protozoa, e Metazoa. No subreino Metazoa
encontramos subdivididos em dois reinos: Filo Parozoa e Filo Porífera ou Esponjas. O sub-reino
Eumetazoa é representado por todos animais com simetrias radiais e bilaterais (Radiatas e
Bilaterios). Nos radiatas encontramos os filos cnidários, poríferos e cnetophora; e nos bilatérios
encontramos todos os demais animais, especificamente agrupados em: acelomados,
pseudocelomados e celomados. Nos acelomados encontram-se os filos: Mesozoa, Platelmintos
ou platyhelminthes, Nemeltina e Quinathostomida.
Protozoários são seres unicelulares, na maioria heterotróficas, mas com formas autotróficas e
com mobilidade especializada que ocorrem como células isoladas ou em colónias de células.
Apresentam dimensões predominantemente microscópicas. Sua denominação deriva do grego
protos e zoon, que significam, respectivamente, "primeiro" e "animal". Esse termo, consagrado
até hoje, foi criado para agrupar organismos eucariotos unicelulares com características próprias
dos animais, tais como a capacidade de deslocamento e heterotrofia.
Núcleo distinto, único ou múltiplo, outras partes estruturais como organelas, sem órgãos
ou tecidos
Algumas espécies com envoltórios protectores ou tecas, muitas espécies produzem cistos
ou esporos resistentes para sobreviver a condições desfavoráveis e para dispersão.
Nutrição
Holofíticos ou autotróficos: são os que, a partir de grãos ou pigmentos citoplasmáticos
(cromatóforos), conseguem sintetizar energia a partir da luz solar (fotossíntese);
Mixotróficos: quando são capazes de se alimentar por mais de um dos métodos acima descritos.
Respiração
Podemos encontrar dois tipos fundamentais:
Aeróbicos: são os protozoários que vivem em meio rico em oxigênio;
Anaeróbicos: quando vivem em ambientes pobres em oxigênio.
Brotamento ou gemulação.
Esquizogonia é uma fissão múltipla; o núcleo se divide múltiplas vezes antes da célula se dividir.
Após a formação de vários núcleos, uma pequena porção do citoplasma se concentra ao redor de
cada núcleo e então, uma única célula se separa em células-filhas.
Sexuada
Existem dois tipos de reprodução sexuada:
Conjugação união temporária de dois indivíduos, com troca mútua de materiais nucleares;
Singamia ou fecundação união de microgameta e macrogameta formando o ovo ou zigoto, o qual
pode dividir-se para fornecer um certo número de esporozoítos. O processo de formação de
gametes recebe o nome de gametogonia e o processo de formação dos esporozoítos recebe o
nome de esporogonia.
Importância
Os protistas em geral ocupam um importante papel nas cadeias alimentares das comunidades
naturais, onde existe água livre. Os autótrofos (algas) são abundantes nas águas salgadas e doces,
assim como em associações simbióticas com animais, de vários níveis de organização, e
protozoários. Alguns grupos em particular formam uma parte importante na dieta de numerosos
animais. Há protozoários saprófiticas e também que ingerem bactérias, fazendo uso de
substâncias e organismos envolvidos na decomposição final das cadeias alimentares, e assim,
fazendo recircular a matéria orgânica, purificam o ambiente como decompositores (esgotos).
Naturalmente, existem alguns protozoários que podem provocar doenças no homem.
Os sarcodíneos são protozoários que se locomovem através de pseudópodes, são de vida livre e
se reproduzem por divisão binária, este grupo é dividido em: amebas, foraminíferos, radiolários e
heliozoários
Os ciliados são protozoários que possuem cílios, estruturas utilizadas na locomoção e captura de
alimento. Os cílios, que também ocorrem em algumas células eucariotas multicelulares, têm a
mesma estrutura interna dos flagelos, diferindo destes com relação ao comprimento (os cílios são
bem mais curtos, númerosos e ráoidos.
Esporozoários ou apicomplexa
Teoria das Plantas É uma teoria que leva em consideração as plantas ostentando que os
protozoários surgiram das plantas que mudaram a sua forma de nutrição (fotossíntese) para a
ingestão.
Filo Porífera ( radiata) Data: 24/07/2018
Características Gerais
são diblástico, acelomados, consequentemente não apresentando órgãos, e aneuromiários, isto é,
sem sistemas nervoso e muscular; são assimétricos, embora alguns já tenham simetria radial.
Vivem isolados ou em colónias, sendo fixos na fase adulta; são desprovidos de gónadas, no
entanto, apresentam gâmetas; são fluorescentes, devido a simbiose com algumas algas obrigando
a viver em águas limpas para permitir a penetração dos raios solares usadas na fotossíntese das
algas.
Estrutura
A estrutura de uma esponja é simples: tem a forma de um tubo ou saco, muitas vezes ramificado,
com a extremidade fechada presa ao substrato. A extremidade aberta é chamada ósculo, (à
abertura principal do esponjocélio, na extremidade livre do corpo dos animais do filo Porífera -
as esponjas).
Como uma estrutura muito simples, as esponjas alimentam-se e respiram por filtração: a água
entra no esponjocélio através de orifícios na parede do corpo (os hóstia) e sai pelo ósculo.
As paredes são perfuradas por buracos microscópicos, chamados óstios, para permitir que a água
flua para dentro da espongiocele trazendo oxigénio e alimento. A parede das esponjas é formada
por duas camadas de células, com o interior formado pela matriz extracelular que, neste grupo, se
denomina mesênquima.
Assim, as esponjas apresentam inúmeros poros, óstios ou ostíolos, por onde a água penetra, por
tanto, o fluxo de água é portanto o seguinte: Meio externo → poro inalante → átrio → ósculo →
meio → externo; a espongiocela é um canal simples ou múltiplo que se presta à circulação da
água e o ósculo é a abertura superior através da qual saem a água e os produtos nitrogenados,
como a amónia. Junto ao ósculo, encontramos as espículas para a sustentação e, na extremidade
oposta, encontramos o disco pedal para a fixação.
A parede do corpo das esponjas é formada por diversos tipos de células, sustentadas por
elementos esqueléticos de vários tipos:
Pinacócitos – células achatadas de revestimento da parte externa, formando uma espécie de
epiderme designada pinacoderme
Amebócitos– células livres de vários tipos que se deslocam por movimentos amebóides,
presentes no mesênquima ou mesogleia
Coanócitos – localiza-se do lado do meso-hilo, revestindo o átrio, encontra-se a camada dos
coanócitos,
Porócitos – células dotadas de um poro central, designado poro inalante, que as atravessa de
lado a lado. Localizam-se a espaços regulares na parede do corpo da esponja, sendo através delas
que a água penetra no espongiocélio
Leuconáide ou lêucon: também chamado de rágon. ―É o tipo mais complexo. Entre os canais
inalante e exalante encontramos a câmara vibrátil que se comunica com outras câmaras e
desemboca no átrio. Esponjas leuconóides possuem câmaras vibráteis, formadas por coanócitos.
Estes são os únicos locais onde os coanócitos estão presentes, em lêucon. As câmaras vibráteis
são assim denominadas devido à vibração produzida pelo batimento dos flagelos das células com
colarinho. Os canais que ligam o exterior às câmaras vibráteis são denominados inalantes ou
aferentes. Já os canais que promovem a comunicação destas câmaras com a espongiocela são
chamados de exalantes ou eferentes.
Nutrição
A esponja nutre-se de partículas de matéria orgânica e de plâncton, ou seja, diminutos
organismos existentes na água. Os coanócitos capturam o alimento por fagocitose, formando
vacúolos digestivos, portanto a digestão é exclusivamente intracelular como nos protozoários.
Dos coanócitos, o alimento passa para os amebócitos, que o distribuem a outras células.
Excreção
As trocas gasosas ocorrem por simples difusão entre a água que entra e as células do animal. As
excretas nitrogenadas saem do organismo junto com a corrente de água. Também pode ocorrer
pela pele (excreção cutânea).
Circulação
Esta ocorre no interior do átrio, onde a água circula graças aos batimentos flagelares dos
coanócitos e as partículas alimentares se movimentam de célula para célula, principalmente
devido aos amebócitos.
Respiração
O oxigénio e o gás carbónico entram e saem por difusão das células (respiração cutânea) e são
levados pela corrente de água.
Reprodução
As esponjas apresentam reprodução sexuada e assexuada.
Fragmentação: pequenos fragmentos de uma esponja podem dar origem a novos indivíduos, pois
as esponjas possuem um grande poder de regeneração.
Sexuada
A maior parte das esponjas são hermafrodita. Os espermatozóides saem da esponja pelo ósculo e
penetram em outra esponja pelos poros, junto com a corrente de água.
Classificação
A classificação das esponjas actuais baseia-se, fundamentalmente, nos seus tecidos moles e,
também, no esqueleto que possui CaCO3. No estado fóssil apenas se conserva o esqueleto
mineralizado, daí que a sua classificação se baseie na composição do esqueleto, na forma das
espículas e no tipo de rede esquelética por elas gerado.
Classe Demospongea Esponjas com esqueleto de esponjina, silicioso ou misto. Espículas mono,
tetraxónicas (dêsmas) ou poliaxónicas, mas nunca triaxónicas, normalmente, de duas dimensões
(micro e macroscleras. Organismos marinhos, salobros e dulcícolas. ―Todas as Demospongiae
são leuconóides. As maiores esponjas conhecidas pertencem a essa classe.
Classe Sclerospongea Esponjas coloniais com esqueleto basal calcário laminar coberto por
tecido vivo que segrega microscleras siliciosas e fibras de espongina.
Filo dos Radiatas (Cnidaria e Ctenophora) Data: 07/08/2018
Os filos cnidaria e ctenophora, são muito relacionados e já foram considerados um único filo, o
dos coelenterata. Esses dois filos que compartilham de certos aspectos fundamentais comuns,
não encontrados em outros filos. Ambos os filos compreendem animais diploblásticos de
organização do grau de tecidos, sem órgãos ou sistemas de órgãos, com um padrão de simetria
radial ou biradial. Nenhum outro filo invertebrado apresenta esta combinação de aspectos. As
duas camadas de tecidos são separadas por uma mesogleia (camada não-viva) semelhante a uma
gelatina, com uma variação na sua espessura. Outro aspecto semelhante e a cavidade
gastrovascular central, o único aspecto interno. Estes dois filos destinguem-se das esponjas
porque, ambos têm camadas de tecidos verdadeiros consequentemente, estes são os primeiros
metazoa como também sua cavidade interna principal é uma cavidade digestiva. Apesar dos dois
filos serem superficialmente semelhantes, de compartilharem de algumas semelhanças
morfológicas fundamentais, de terem sido agrupados anteriormente em um único filo, existem
diferenças suficientes entre eles para coloca-los em filos separados.
Os ctenoforos tem fileiras de placas ciliadas, poros anais e um complexo de órgão dos sentidos,
os cnidários não apresentam.
Os cnidários são polimorficos com diversos estágios de polipo e medosa enquanto os ctenoforos
são exclusivamente monomorficos.
Os ctenóforos tem um desenvolvimento especiais do embrião que cujo estas não são encontrados
nos cnidários.
Filo Cnidários ou Coelenterata Data: 07/08/2018
O filo Cnidaria inclui as hidras, as medusas ou águas-vivas, os corais e anémonas-do-mar. O
nome de cnidários provém do grego Knide, que significa ―urtiga, sugere a existência de células
urticantes chamadas cnidoblastos, para defesa e captura de alimentos e também o surgimento de
uma cavidade gástrica ou entérica; em termos embriológicos eles são diblásticos, acelomados,
protostômios e neuromiários (com sistemas nervoso e muscular) e são exclusivamente aquáticos,
principalmente marinhos.
O filo era também chamado Coelenterata (do grego coela, o mesmo que cela = espaço vazio e
enteros = intestino), que, originalmente, incluía os pentes do mar, actualmente considerado um
filo separado, composto por animais também gelatinosos como as medusas, mas com algumas
características próprias.
Características gerais
Simetria radial ao redor de um eixo oral-aboral, sem cabeça ou segmentação.
Corpo com 2 camadas de células, uma epiderme externa e uma gastroderme interna, com
pouca ou muita mesogleia intercalada; nematocitos em uma das duas ou em ambas as
camadas (diblásticos).
Esqueleto calcário, córneo ou ausente; fibras musculares nos epitélios.
Boca circundada por tentáculos moles e ligada a uma cavidade digestiva (gastrovascular)
em forma de saco, que pode ser ramificada ou dividida por septos; sem ânus.
Uma rede difusa de células nervosas não polimerizadas na parede do corpo e sem sistema
nervoso central; alguns com manchas ocelares ou estatocistos.
Pólipo
Sistema digestivo
O tubo digestivo é incompleto, isto é, falta o ânus. A digestão é primeiro extracelular e depois
intracelular.
Sistema Respiratório
Não possuem órgãos especializados para a respiração. A respiração é aeróbia.
Sistema nervoso
Embora não haja sistema nervoso central (SNC), há uma rede de protoneurônios na mesogléia,
formando o sistema nervoso do tipo difuso.).
O sistema nervoso dos celenterados é do tipo difuso ou reticular, constituído por células nervosas
que estão interligadas umas as outras formando uma rede nervosa. Não possuem cérebro, as
células nervosas estão localizadas na mesogléia.
Reprodução
Geralmente ocorre por metagênese (alternâncias de gerações) na qual a fase assexuada é
representada pelo pólipo e a fase sexuada é representada pela medusa
Medusa
Na fase adulta o animal ostenta forma de guarda-chuva ou cogumelo. Umbrela - É a parte mais
volumosa da medusa, que corresponde ao pano do guarda-chuva.
Manúbrio ou cabo - É a parte tubulosa da medusa, que corresponde ao cabo do guarda-chuva.
Na extremidade livre fica a boca, que serve como porta de entrada dos alimentos e também de
saída de catabólitos, funcionando, portanto, como se fosse o ânus.
Véu ou craspedon - É um órgão que favorece a locomoção. As medusas que o possuem são
ditas craspédotas, como as da classe Hydrozoa, e as que não o possuem são chamadas
acraspédotas, como as da classe Scyphozoa.
Tentáculos ou braços orais - São formações alongadas que se prendem na umbrela e que se
localizam geralmente ao redor da boca.
Modos de vida
As medusas são móveis, planctônicas e sempre solidárias.
Os pólipos são siseis ou fixos
Classificação científica
O filo Cnidária está dividido em quatro classes de organismos:
Cubozoa - as medusas em forma de cubo;
Classe Hydrozoa
Nesta classe encontram-se um grande número de cnidários. Entretanto eles são animais isolados
ou coloniais, muito pequenos e pouco conhecidos que apresentam duas formas: Hidopolipos e
hidromeduzas.Os hidrozoários podem apresentar tanto a forma polipóide como medusóide, ou
então as duas durante o ciclo de vida. Dentre os membros mais estudados, são destacados a
Hydra, que é de água doce, na qual desapareceu o estágio medusóides.
Classe Scyphozoa
Nesta classe compreende animais isolados, que apresentam duas formas: cifopolipos e
cifomedusas sendo a forma predominante a meduza. O representante mais conhecido é a Aurélia
aurita (medusa), esta encontra-se numa forma côncava, possui tentáculos e encontram-se
separados por oito tentáculos, no manubrio encontram-se estruturas de sustentação do animal,
que podem ser chamados de braços. Na boca encontramos a faringe que se liga com a cavidade
gastrovasular.
Classe Cubozoa
A maioria dos animais desta classe, são tóxicos. Abundam em mares tropicais e subtropicais. Os
cubopólipos das espécies com ciclos habitam em estuários e mangais; a cubomedusa mais
perigosa aos seres humanos é encontrada na Austrália. As sinapomorfias da classe são: forma
cubóide da medusa, presença de velário (dobra da subumbrela, semelhante ao véu da
hidromesas, mas posicionado mais internamente e apresenta canais gastrovasculares).
Classe Anthozoa
Nestes organismos o estágio medusóide está completamente ausente. São as anêmonas-do-mar,
os corais escleratínios (produtores de esqueletos externos de CaCO3) e octocorais característicos
com oito tentáculos.
É a maior classe dos cnidários. Apresentam cavidade gastrovascular mais especializada que as
outras classes, com várias divisões de um mesentério longitudinal, fixados na parede do corpo, o
que aparentemente auxilia na circulação de água e na digestão de presas maiores.
Filo platyhelminthes Data: 09/08/2018
Platelmintos (do grego platys = chato; helminthes = verme) ―são animais do filo
Platyhelminthes, pertencente ao reino Animalia. São considerados vermes, tais como o são
considerados os dos filos Nematelmintes e Anelidea.
Características Evolutivos
Presença do sistema bilateral;
Presença de gônadas que possuem condutos, que são as ramificações onde passa o sémen.
Tubo digestivo ramificado para diferentes partes do corpo, apresentando assim, uma
digestão intra-celular.
Ausência de ânus
Características Gerais
São vermes achatados dorso-ventralmente, segmentado ou não, com a forma de uma
folha, devido à ausência de sistema digestivo/circulatório.
Ausência de ânus;
Apresentam simetria bilateral, sendo hermafroditas em geral, com vida livre ou parasitas;
Têm como habitat ambientes muito húmidos, em águas doce e no mar, como também
parasitam alguns animais.
Sistema digestivo
Não apresenta abertura na ingestão, portanto é incompleto. Se constitui de boca, faringe e
intestino ramificado que termina em fundo cego. Os cestóides não possuem sistema digestivo. A
digestão é extra e intracelular.
Sistema nervoso
São os primeiros animais com um sistema nervoso central que é formado por um anel nervoso,
ligados a cordões longitudinais ou por um par de gânglios cerebróides e encontram-se na parte
anterior dos platelmintos.
Sistema excretor
A excreção é feita por células-flama (ou solenócitos ou protonefrídios). Estruturas típicas dos
platelmintos, as células-flamas eliminam os excretos para a superfície corpórea.
Reprodução - Geralmente são hermafroditas outros são monóicos, sendo que alguns se
reproduzem por partenogênese.
Classificação
Este filo encontra-se distribuído em quatro classes, a saber:
Turbellaria (Turbelários) - Platelmintos de vida livre, com epitélio ciliado (Ex: a
planária (Digesia tigrina e Geoplana sp.).
Cestoda (Cestódios) - Formas parasitas com corpo dividido em anéis ou proglotes (Ex:
Taenia solium.).
Monogénea
Classe turbellaria
Os turbelários apresentam a forma de uma folha, são aquáticos (dulcícolas), de vida livre,
locomovendo-se graças aos cílios epidérmicos, contracções musculares e mucosidade produzida
por células especiais. São de água doce e salgada, poucas vezes dependem do sol, vivem nas
pedras, por baixo das folhas, as vezes enterrados ao solo, são de vida livre, movem-se por meio
de cílios, o representante mais comum é a planaria, é inactiva durante o dia devido a luz solar e
activa durante a noite.
Morfologia
As planárias possuem uma cabeça triangular devido às expansões laterais, ditas aurículas, para
tacto e quimiorrecepção.
Boca: É uma abertura que funciona também como ânus.
Faringe Protáctil: É uma estrutura tubular e alongada, que serve para capturar alimentos.
Ocelos (olhos): São estruturas fotorreceptoras (promovem a percepção da luz), porém não
formam imagens, apenas captam luminosidade.
Poro Genital: É o orifício por onde ocorre a troca de espermatozóides durante a fecundação
cruzada.
Sistema Respiratório
Ausente, com respiração por difusão cutânea directa (através da epiderme) nos de vida livre e
anaeróbia nos parasitas.
Sistema Circulatório
Ausente, sendo a distribuição dos alimentos feita por difusão pelo intestino ramificado. Sistema
Excretor
Presente, sendo feita pelas células-flama ou solenócitos ou protonefrídios. São animais Am
oniotélicos (excretam amônia).
Sistema Nervoso
Presente do tipo ganglionar, sendo constituído por um par de gânglios cerebrais, com dois
cordões nervosos longitudinais comunicados por comissuras transversais.
Reprodução
São hermafroditas e outras são dióicas, porém realizam fecundação recíproca; são ovíparas e o
desenvolvimento é directo, portanto, não há larvas.
O sistema de órgão do macho é formado por vários testículos, possuem um pénis musculoso (em
forma de estilete), apresentam uma vesícula seminal (bolsa de espermatozóides).
O sistema da fêmea é composto por dois ovários onde se produzem gâmetas femininas, dois
ovidutos que vão transportar óvulos, duas glândulas vitelinas, uma vagina que se abre após o
poro genital e uma bolsa de cópula ou receptáculo seminal.
Filo Molusca Data: 14/08/2018
Do latim molis = mole (animais de corpo mole), não são segmentados, formados por uma cabeça
anterior, possuem um manto, também conhecido por massa visceral dorsal (protege as vísceras),
possui um pé ventral, em algumas espécies na camada externa encontramos uma camada calcária
ou concha calcária, em alguns animais essa concha encontra-se internamente.
Características gerais
São invertebrados triblásticos de corpo mole, isto é, apresenta três folhetos germinativos
(endoderme, mesoderme e ectoderme), celomados do tipo esquizocélicos, neuromiários do tipo
hiponeuros e protostômios;
São de simetria bilateral, em algumas classes corpo enrolado, uns com conchas outros
sem conchas;
São em geral móveis (ostras e mariscos são fixos) e apresentam rádula, que é uma língua
provida de dentículos para a trituração, exclusiva dos moluscos, excepto os pelecípodos.
Muitos possuem os órgãos de tacto e olfacto, possuem olhos que desempenham uma
função complexa que se assemelha com uma máquina fotográfica;
As características básicas
corpo mole, não segmentado, com simetria bilateral, triblásticos, celomados, trato digestivo
completo, sistema circulatório aberto, com presença de sistema respiratório, excretor e nervoso.
Classificação
Este filo apresenta sete classes que têm a morfologia, hábitos e costumes diferentes que varia de
classe para classe. Essa classificação tem a ver com o número de placas que compõem a própria
concha e posição do pé ventral, que são órgãos de locomoção, fixação ou escavação.
Aplacophora - são animais com corpo vermiforme achatados, não possuem conchas nem pé
ventral.
Scaphopoda são moluscos com o hábito de escavarem a terra, o seu corpo encontra-se em forma
de tubos, possuem fendas que ajudam na escavação, o género mais conhecido é o dentallium.
Digestão
O tubo digestivo é completo e a maioria apresenta na boca uma estrutura característica do grupo,
que é a rádula. Com essa língua munida de dentículos quitinosos, o animal raspa algas e outros
alimentos. A rádula não aparece nos bivalvos filtradores como a ostra e o mexilhão. A digestão
é, via de regra, extracelular.
O sistema circulatório
Na maioria dos moluscos, a circulação é aberta (também chamada lacunar) ou hemocélica, como
nos artrópodos.
A excreção
É graças aos nefrídeos ou rins que se encontram em número de um, dois ou três pares ou órgãos
de Bojanus, situados na câmara pericárdica. Pelo conduto do nefrídio as excreções são
eliminadas do corpo do animal.
A respiração
É graças a várias brânquias (ctenídeos), possui um pulmão que se encontra na cavidade do
manto ou palial Em alguns moluscos terrestres (lesma) e nos transmissores da esquistossomose e
fasciolose (Biomphalaria e Lymnea) a respiração é pulmonar.. Os moluscos primitivos não têm
sistema respiratório; portanto, a respiração é cutânea ou tegumentar.
O sistema nervoso
É do tipo ganglionar ventral descentralizado, muito desenvolvido, mostrando vários pares de
gânglios unidos por cordões nervosos, possui três pares de gânglios, um cerebral, um pedal (na
parte do pé) e outro ao nível do manto
A reprodução
Os moluscos em geral são dióicos (sexos separados), embora os caracóis terrestres sejam
monóicos. A fecundação é recíproca, cruzam interna ou externamente, sendo, portanto, ovíparos
ou ovulíparos.
Classe Gastropodes Data: 09/08/2018
A classe Gastropoda é a maior classe de moluscos, sendo representada pelos caracóis, e lesmas.
Compreende formas marinhas, de água doce e terrestres. A cabeça é bem desenvolvida, com dois
pares de tentáculos sensoriais, um deles provido de olhos nas extremidades. O pé é grande,
musculoso e serve para locomoção, enquanto que a massa visceral fica encerrada dentro da
concha. Nas formas terrestres, junto à abertura da concha há um orifício que comunica o meio
externo com a cavidade do manto denominado poro respiratório ou pneumostoma. Nestas
espécies, o manto é vascularizado e funciona como um verdadeiro ―pulmão‖. Podemos observar
ainda o ânus e o poro excretor.
Espiralização da concha; e
Torção do corpo, esta é muito importante pois, junta-se a fase de espiralização para dar
forma do corpo.
Pulmonata, são de todos caracóis que a sua respiração é levada a cabo graças aos pulmões, (caso
de lesmas).
Morfologia do Caracol do Jardim
Possui uma cabeça carnosa, com dois tentáculos onde encontramos um par de olhos, a sua
cabeça une-se directamente ao pé (ventral), todos estes elementos (cabeça, pé e tentáculos)
podem entrar no interior da concha através do músculo columilar. Existe um epitélio mucoso que
permite a segregação do muco que garante o movimento do corpo, segrega também uma
substância que permite uma cobertura ao animal evitando a dissecação, possui um poro genital
próximo da cabeça do lado direito. O sistema digestivo é completo (uma boca e um ânus),
apresenta uma faringe muscular que participa no processo digestivo, possui uma rádula, um
intestino dobrado, um estoma, duas glândulas salivares, um pulmão que participa no processo
respiratório que se encontra circundado por vários vasos que desempenham várias funções,
como, purificação do sangue, levam o sangue do coração as diferentes partes do corpo, das
diferentes partes do corpo ao coração, passando pelos pulmões. O caracol apresenta uma aurícula
e um ventrículo, apresenta ainda um grupo de gânglios, a destacar: Cerebral (encontramos no
cérebro); Oral (encontramos na boca); Visceral (nas vísceras) e Pedal (no pé).
Historia Natural
Os caracóis terrestres, são mais activos durante a noite, e no tempo húmido. Estes deslocam
lentamente graças a um músculo que se encontra no pé (columear) que cujo esta é caracterizado
como distorção lenta. Vivem por baixo das folhas, troncos, pedras entre outros objectos.
Alimentam-se de pequenos insectos à sua volta (vivos ou mortos), sendo esses, emulcionados
antes de ingeridos, em alguns momentos eles fecham a sua concha (por epifragma) ficando nos
buracos para evitar a perda de água no interior do animal, esta fechadura é chamada epifragma
(separa o meio ambiente do interno evitando a dissecação do animal).
Reprodução
Nos hermafroditas é rara a auto-fecundação, sendo mais comum a fecundação recíproca. Em
algumas espécies, o indivíduo produz, inicialmente, só gâmetas masculinos, funcionando como
macho; a seguir, produz gâmetas femininos.
Importância
São largamente utilizados na culinária, conhecidos como frutos-do-mar (ostras, mexilhões, polvo
e lulas) ao lado dos crustáceos (camarões e siris).
Classe cephalopoda
Os cefalópodes formam um grupo muito especializado dentro dos moluscos. A classe é
representada pelos polvos, lulas, argonautas, náutilos, entre outros, todos são marinhos. A
maioria apresenta adaptações para um modo de vida mais activo, são predadores e nadam com
relativa rapidez.
Todos os animais desta classe, apresentam um cérebro desenvolvido devido o seu tipo de
locomoção. O tamanho destes varia de 6-70cm de comprimento e até alguns atingem o
comprimento de 16-20m. A concha é muito reduzida ou ausente, nas lulas e sépias ela é interna
e transparente, denominada pena. Nos náutilos é externa, espiralada e dividida em câmaras por
septos. A primeira câmara contém o animal e as outras apresentam um gás cuja quantidade
regula a flutuabilidade e, consequentemente, a profundidade do animal.
A locomoção rápida neste grupo é feita por jato-propulsão, isto é, o animal expele a água
presente na cavidade do manto por contracções musculares através de um sifão exalante, que
junto com os tentáculos representam uma modificação do pé, impulsionando o corpo do animal.
O tubo digestivo
É presente, do tipo completo, com digestão extracelular. Apresentam papo, moela, tiflosole e
dois cecos gástricos. Esta é especializado, devido à variedade das dietas, uma vez que muitas
espécies são predadoras, outras alimentam-se por filtração, outras ainda ingerem sedimentos, dos
quais o intestino tem de separar a parte nutritiva; finalmente, as sanguessugas alimentam-se de
sangue de outros animais, por sucção. A excreção é levada a cabo graças aos metanefrídeos e
protonefrideos.
Sistema Excretor
É presente, sendo feita por nefrídios (um par em cada segmento do corpo; retiram as excretas do
celoma e as lançam na superfície do corpo do animal). São animais Amoniotélicos (excretam
amônia).
O sistema nervoso
É presente, do tipo ganglionar ventral. Apresenta os gânglios cerebróides, sub-faringeanos e uma
cadeia nervosa ganglionar ventral. É formado por um cordão ventral, a partir do qual saem
nervos laterais em cada segmento.
Sistema Reprodutor
Presente, com reprodução sexuada por fecundação externa ou interna. São monóicos ou dióicos.
O desenvolvimento pode ser directo ou indirecto, havendo a formação da larva trocófora. Para
os poliquetas realizam a esquizogênese, que é um tipo de reprodução assexuada
Classificação
O Filo Annelida apresenta 3 grandes classes: Polychaeta (gr. Polys = muito + chaíte = cerdas),
Oligochaeta (gr. Oligo = poucos + chaíte = cerda) e Hirudinea (Lt. Hirudo = sanguessuga) ou
Achaeta (sem cerdas) e dois grupos menores. Os Oligochaeta e os Hirudinea pertencem à actual
Classe Clitellata, mas muitos autores consideram-nos classes distintas.
Classe Polychaeta
São anelídeos que apresentam muitas cerdas e parapódios, órgãos dos sentidos bem
desenvolvidos, e cerdas numerosas (geralmente no parapódio), porém, não possuem clitelo.
Apresentam respiração branquial, sendo que as brânquias localizam-se nos parapódios. São
animais marinhos, dióicos, em que as gônadas aparecem como um inchaço durante a estação de
reprodução. Os gâmetas são descarregados no celoma e postos fora do corpo com o nefrídeo ou
em consequência da parede do corpo que se rompe. São de fecundação externa, desenvolvimento
indirecto, apresentando a larva trocófora. A maioria é marinha.
Classe Oligochaeta
São anelídeos que apresentam poucas cerdas. Apresentam clitelo, entretanto, não apresentam
parapódios nem cabeça diferenciada do restante do corpo. São animais aquáticos, alguns são
terrestres de solo húmido, monóicos, de fecundação externa e cruzada e desenvolvimento
directo. O principal representante desse grupo é a minhoca. Ela tem a pele coberta por uma fina
película e produz uma substância viscosa; esse muco diminui o atrito com o solo, protege a pele
do contacto com possíveis substâncias tóxicas e mantém a humidade, que é fundamental para a
respiração cutânea. A minhoca desempenha um papel importante na fertilidade do solo. Ela cava
"túneis", actua como arado, aumentando a aeração e a circulação da água. Além disso, as suas
fezes contêm, substâncias nutritivas que se misturam com a terra e agem como adubo,
fertilizando o solo
Filo Artrópoda
O Phylum Arthropoda (grego arthros = articulação + podes= pés) contém parte dos animais
conhecidos, mais de 1.500.000 espécies, e muitos deles com inúmeros indivíduos. Fazem parte
deste filo, os caranguejos, o camarão, os insectos, as aranhas, os escorpiões, pulgas,
centopeias, mil pés e outras formas menos familiares e fosseis. As diferentes espécies estão
adaptadas a viver no ar, na terra, no solo, na água doce, salubre ou salgada. Outros são parasitas
de plantas ou de animais. É o único filo de invertebrados com numerosos membros adaptados a
vida terrestre; e os insectos são os únicos invertebrados voadores.
Origem e Evolução
Os artrópodes são protostómios (blastóporo contribui para a formação da boca) e relacionam-se
claramente com os anelídeos, mas não se sabe se os artrópodes surgiram dos anelídeos ou se
ambos surgiram de um ancestral comum e acredita-se que essa ultima hipótese seja mais aceite.
Entretanto, pode ser evidenciado pela presença de metameria, pela mesma organização do
sistema nervoso e, primitivamente, pela presença de um par de apêndices por segmento, também
observado nos poliquetos.
Têm o corpo segmentado e dividido em três partes: cabeça, tórax e abdome. Pode ocorrer
fusão da cabeça com o tórax; nesse caso o corpo apresenta-se dividido em duas partes:
cefalotórax e abdómen.
Sistema nervoso ganglionar, bem desenvolvido. Com gânglios pares, cordões nervosos
ventrais com gânglios concentrados em cada segmento, os órgãos de sentido constituído
por antenas e pêlos sensitivos. O sistema nervoso, os olhos e outros órgãos de sentidos
por serem relativamente grandes e bem desenvolvidos, respondem rapidamente aos
estímulos.
A circulação é aberta, isto é, o sangue circula primeiramente por vasos e, a seguir, é
projectado para lacunas no meio dos tecidos, de onde volta depois para os vasos. O
sangue tem características mistas de sangue e linfa, daí preferivelmente ser chamado de
hemolinfa.
A excreção se faz por meio dos tubos de Malpighi (na maioria deles), estruturas mais
evoluídas que as nefrídias de uma minhoca.
Órgão dos sentidos muito especializado situados na cabeça (órgãos auditivos, olhos e
antenas).
Características Gerais
Corpo geralmente formado por cefalotórax e um abdómen diferentes (excepto em
Acarina), tipicamente com seis pares de apêndices articulados. Quelíceros, pedipalpos e
quatro pares de patas todas no cefalotórax, sem antenas ou mandíbulas.
Peças orais e tubo digestivo especialmente adaptados para chupar e em alguns casos com
glândulas venenosas.
Respiração através de tubos de malpighi que são pares por glândulas coxais ou por
ambos.
Sistema nervoso com gânglios dorsais (cérebro) e cordão nervoso ventral formado por
gânglios pares ou bem concentrado parte anterior, olhos normalmente simples e pares;
pelos tácteis no corpo.
Geralmente os sexos são separados; uma única abertura sexual na parte anterior do
abdómen. Fecundação interna; na maior parte ovíparos com desenvolvimento directo ou
com fases larvais.
Classe Arachnida /aracnideos Fazem parte desta classe as aranhas, os escorpiões, ácaros,
caraças e outros. São terrestres geralmente com dois pares de peças bucais (queliceros e
pedipalpos) e quatro pares de patas.
Abundam mais em zonas quentes e secas. Muitas possuem glândulas e unhas venenosas, através
das quais matam insectos e outros pequenos animais, cujos líquidos e tecidos servem de
alimento.
Ordem Aranae: onde estão incluídas as aranhas. Esta ordem é constituída por mais de 20,000
sp. Habitam em varios lugares, desde o nível do mar as montanhas mais altas, desertos, florestas,
entre rochas, junto as cascas, etc.
Morfologia externa da aranha.
Corpo formado por cefalotórax e abdómen, redondeados e não segmentados e unidos através de
uma cintura delgada ou pedúnculo. Oito olhos simples situados anteriormente e com seis pares
de apêndices na parte ventral do cefalotórax.
Cada uma das quelíceras possui um segmento basal e uma unha terminal, com um conduto, perto
do extremo, que se comunica com uma glândula venenosa situada dentro do cefalotórax. O
pedipalpo é usado para mastigar o alimento. E nos machos o extremo de pedipalpo converte-se
recipiente para transferir esperma. Há quatro pares de patas locomotoras formadas cada uma por
sete peças e que terminam em duas ou três unhas dentadas. Todas as partes externas estão
cobertas por uma cutícula com numerosos pêlos, alguns de natureza sensorial.
As aberturas externas são: boca situada entre os maxilares e ventralmente no cefalotórax;
abertura genital antero-ventral do abdómen; abertura por uma placa; 4 entradas aos sacos
pulmonares e cada lado da abertura genital um espiráculo diante do ânus que se comunica com a
traqueia; 2-3 pares de fileiras as vezes unidas cada uma com tubos numerosos donde sai a seda
segregada por glândulas localizadas no abdómen; o ânus que é terminal.
Organização interna
Sistema digestivo: boca, esófago, estômago chupador, estômago principal com pares de bolsa,
sendo uma dorsal e uma cada pata; o intestino recto, dentro do abdómen; glândula digestiva
multiramificada (fígado) recto, bolsa estercoral e ânus. É do tipo completo e a digestão é extra-
celular e extra-intestinal, nas aranhas, onde seus sucos digestivos são injetados no corpo das
presas (local onde é feita a digestão do animal). Ela não devora a presa, apenas pode absorver
líquidos. Injeta-lhe saliva e depois aspira o líquido resultante da digestão dos órgãos da presa.
O sistema nervoso é concentrado e está formado por um gânglio bilobulado sobre o esófago,
que se comunica com uma grande massa nervosa central, de onde irradiam nervos a todos os
órgãos. Os olhos são simples, com uma lente quitinosa, uma capa epitelial, bastões ópticos e
células retinais. Os pedipalpos são sensitivos (para o facto). Bom sentido para o olfacto.
Reprodução da aranha
O palpo no macho consiste de um reservatório bulboso do qual se estende um ducto ejaculatório.
Os machos quando alcançam a maturidade sexual, tecem uma pequena teia na qual depositam
uma gotícula de esperma que logo recolhem na cavidade dos seus pedipalpos. Com os palpos
cheios, o macho procura uma fêmea para acasalar, mas a corte não depende só disso. Podem
realizar uma dança nupcial antes de transferir o esperma, introduzindo os seus pedipalpos na
abertura vaginal da fêmea. Ela pode ou não matar e comer o macho depois do acasalamento.,
Mais tarde esta constrói um saco almofadado onde guarda os ovos. Outras espécies transportam a
prole dentro do abdómen. Dos ovos nascem indivíduos aos 10 a 14 dias. Estes indivíduos
permanecem no saco durante 2 a 6 semanas, ainda após a primeira muda. Os machos passam por
até 5 mudas antes da maturidade, e as fêmeas 7 a 8. Nas sucessivas mudas, as aranhas mudam de
forma, tamanho e cor.
Outros aracnideos.
Os escorpiões são compridos, com pedipalpos grandes, terminados em pinça e um abdómen
comprido terminado numa unha venenosa, e formado por 12 segmentos.
Habitam em regiões quentes e secas, escondem-se debaixo de pedras ou em orifícios pouco
profundos durante o dia e durante a noite correm livremente para capturar insectos, aranhas e
outros escorpiões que empregam como alimento. Pegam o alimento com os pedipalpos; aos
animais maiores os paralisam picando-lhes. O acasalamento é procedido por uma dança nupcial e
a fêmea produz descendência viva. Os ácaros e carrapatos (Ordem Acarina), ―são animais
dióicos com fecundação cruzada e interna, como todos os aracnídeos, porém com
desenvolvimento indireto, portanto sujeitos a metamorfoses. A larva é hexápode.
O corpo é indivisível, isto é, com a cabeça, o tórax e o abdómen completamente fusionados e
sem segmentação. O tegumento é membranoso ou coriáceo, algumas vezes com placas duras.
Uma região anterior comprida e estreita, as vezes articuladas com o corpo, contém as peças orais.
As oito patas estão colocadas lateralmente ao corpo e geralmente tem cerdas.
Os ácaros são aracnídeos de importância médica, pois alguns são causadores de doenças como a
sarna, asma, alergias e outros, como os carrapatos, são transmissores de algumas doenças como a
sarna e outras doenças da pele no homem.
Classe Crustáceos
São marinhos, raramente terrestres, de respiração branquial, que excretam através das glândulas
verdes. Em geral, o corpo divide-se em cefalotórax e abdómen, sendo tetráceros, isto é,
portadores de quatro antenas, olhos compostos, ocelos, estatocisto, ostocisto e um número
variável de patas; embora os mais conhecidos branquiados sejam decápodos, ou seja, possuam
dez patas. Quanto ao sexo, são dióicos, com fecundação cruzada e externa, muito raramente
interna (craca) e o desenvolvimento directo ou, na maioria dos casos, indirecto). Os crustáceos
(do latim crusta, ‗crosta‘) são artrópodes caracterizados principalmente pelo corpo protegido por
uma crosta formada pelo espesso exoesqueleto quitinoso (casca de camarão), a qual ainda é
frequentemente impregnada de sais calcários (casca de siri). Durante a muda para o crescimento,
os crustáceos largam a sua crosta e, durante um certo período, apresentam-se desprotegidos. Os
crustáceos com exoesqueleto em forma de concha dura incluem as pulgas de água, caranguejos,
camarão, etc. A maioria, são marinhos (costeiros), poucos são terrestres de lugares húmidos.
Alguns carecem de exoesqueleto no abdómen (Pagums sp) e servem-se de conchas abandonadas
de caracóis. Estes artrópodes apresentam grande diversidade de formas e tamanhos.
Características principais
Corpo revestido por uma crosta quitinosa frequentemente impregnada de sais calcários.
Presença de dois pares de antenas (são tetráceros), sendo um par de antenas e um par de
antênulas, ambos com funções sensoriais de tacto e olfacto.
Excreção feita por glândulas verdes ou antenais, localizadas na parte anterior do corpo
(região da cabeção), abrindo-se para o exterior na base de uma saliência rígida e
pontiaguda chamada rostro.
Morfologia externa
Para estudar a morfologia externa dos crustáceos vamo-nos servir do camarão como exemplo,
cujo este pertence na ordem decápoda. Em geral o corpo do camarão está dividido em duas
partes: O cefalotórax (cabeça), que é coberto pela carapaça e que tem muita importância na
classificação do camarão e o abdómen (cauda). A Cabeça é formada pela fusão de 5 segmentos,
cada um deles com 1 par de apêndices bifurcados. Há 2 pares de antenas (tetráceros), 1 par de
mandíbulas e 2 pares de maxilas
O Tórax apresenta segmentos com número variável, podendo estar fundidos ou não. Seus
apêndices são divididos em dois grupos, Maxilípedes e pereópodes. Os Maxilípedes servem
para a apresentação de alimento e ainda funcionam como elementos tácteis, quimioreceptores e
respiratórios. Os pereópodes, ou patas locomotoras, formam nos primeiros segmentos, a pinça
ou quela, usada para ataque ou defesa. No Abdômen, os segmentos não são fundidos e seus
apêndices são: Pleiópodes e Urópodes. Os Pleiópodes são natatórios e, nos machos, o primeiro
par é transformado em órgão copulador; os Urópodes são chamados também natatórios,
formados por lâminas alargadas, que nas fêmeas, protegem os ovos. O último segmento é o
Telson.
Importância dos crustáceos
Dois aspectos de importância básica, fonte de alimento e equilíbrio biológico em ecossistemas
aquáticos.
Características gerais.
corpo é dividida em cabeça, tórax e abdómen. A cabeça possui um par de antenas e peças
orais mastigadoras, chupadoras ou lambedoras; o tórax possui 3 pares de patas
articuladas.
os insectos são hexápodos (possuem seis patas) e normalmente dois, um ou nenhum par
de asas. O abdómen é constituído por 11 segmentos com as patas terminais modificadas
em órgãos genitais.
As patas são estruturas especializadas com determinadas funções, como correr
(formigas), agarrar e imobilizar vítimas (louva-a-deus), saltar (pulgas), nadar (besouros-
de-água).
A cabeça tem sempre um par de antenas (animais díceros). Com função táctil e olfactiva.
Olhos prestando-se para a orientação do voo (abelhas), para a localização de presas
(libélulas).
Embora existam espécies ápteras (sem asas, como as formigas, o piolho, a pulga, a
traça) e dípteras (como as moscas e mosquitos, que apresentam apenas um par de asas),
a grande maioria, entretanto, possui dois pares de asas (tetrápteros). As asas nesses
animais, contribui para aumentar sua adaptação à vida terrestre.
Respiração através de traqueias ramificadas que levam o oxigénio dos espiráculos pares
(furos) situados ao lado do tórax e do abdómen, directamente aos tecidos; alguns com
brânquias, traqueias ou sanguíneas.
Características gerais
Uma das características mais marcantes é a presença de um complexo sistema de lâminas, canais
e válvulas, denominado sistema aquífero. Este sistema relaciona-se com a locomoção, secreção,
respiração, circulação e até mesmo com a percepção do animal.
São animais de vida livre,
O tubo digestivo é completo, excepto nos ofiúros, onde falta o ânus. Cumpre ressaltar que, nos
equinóides, a boca é provida de um forte aparelho mastigador, a lanterna-de-aristóteles (devido
à sua semelhança com uma antiga lanterna grega), formada por cinco longos dentes acoplados
numa estrutura calcária fortes e afiados.
Origem e evolução
Os equinodermes e os celenterados tenham sido anteriormente colocados no grupo radiados na
classificação, é lógico que teria sido classificado dessa maneira, estes são superiores e que
constituem um grupo isolado, pois são de organização mais complexa entre os animais de
simetria radial. Razões exclusivas, como o sistema vascular hídrico, o endoesqueleto calcário e
os pedicelários (pinças na superfície corporal para captura de alimento e limpeza do corpo),
provavelmente provam a sua antiga origem, por estes já terem se diferenciado no cambriano,
levando a estes a serem os mais primitivos e superiores em relação aos celenterados. Alguns
biólogos consideram que os equinodermes são uma forma regressiva, originada de um tipo que
teria sido mais avançado e activo devido ao facto de as larvas terem simetria bilateral e são de
vida livre, enquanto que os adultos são de simetria radial e a ausência de cabeça, estas são
adaptações que permitem aos animais sedentários achar o alimento em todos os lados.
Morfologia da estrela-do-mar
O corpo está formado por um disco central e cinco braços triangulares. Os eixos dos braços são
denominados raios e os espaços entre os braços, inter-raios. Na superfície superior possui várias
espinhas calcárias que formam parte do esqueleto.
O corpo é coberto por espinhos fixos, que se prestam à defesa, à locomoção e à escavação. Entre
os espinhos, encontramos as pápulas, que são as brânquias moles para respiração, e as pedícelas,
que são estruturas de defesa e captura de alimentos.
O ânus é um pequeno orifício localizado próximo ao centro da superfície superior e perto dele
está o madrepórito, redondo. A boca está no centro da superfície oral ou
inferior, rodeada por uma membrana peristomática branda. A superfície oral de cada braço está
recorrida por um sulco ambulacrário médio rodeado de grandes espinhas; dele sobressaem vários
pés tubulares ou ambulacrários dispostos em 4 (ou duas) series.
No extremo de cada braço há um pequeno tentáculo mole (táctil) e uma mancha ocelar sensível a
luz. Todo corpo está coberto por uma epiderme ciliada. Debaixo está a mesoderme, que forma e
contém o endoesqueleto, uma armadura de vários ossiculos calcários de várias formas definidas e
dispostos segundo uma estrutura regular. Estes ossiculos estão unidos entre si por um tecido
conjuntivo e fibras musculares. Dentro de esqueleto encontra-se o grande celoma delimitado por
um epitélio ciliado que contém os órgãos internos. Está cheio de liquido, semelhante a linfa que
cujo esta contém amebócitos livres e contribui na circulação, respiração e excreção.
O sistema circulatório sanguíneo está reduzido e é difícil de vê-lo. Compreende vasos que
rodeiam a boca e 5 vasos radiais, um em cada braço, situados debaixo do conduto radial do
sistema vascular hídrico. O sistema nervoso compreende um nervo circum-oral com cordões
nervosos radiais nos braços. E varies nervos que enervam a epiderme, peritónio órgãos internos e
pés ambulacrário.
Alimentação
As estrelas-do-mar alimentam-se de moluscos, crustáceos, e outros invertebrados. Os peixes
podem ser capturados, assim sendo, são carnívoros.
Reprodução
As estrelas-do-mar são dióicas. No celoma de cada braço há um par de gônadas, cada uma das
quais possui um pequeno conduto que se abre na parte superior do disco central. A princípios do
verão os óvulos e os espermatozóides são expulsos no mar onde ocorre a fecundação.
As estrelas-do-mar são capazes de autotomia. Os seus braços regeneram-se rapidamente.
Autotomia é a capacidade que alguns animais possuem de liberar partes do corpo, ou uma auto-
mutilação usada como meio de defesa, podendo essas partes regenerar-se ou não após um
período de tempo.
Sinopse classificação do filo cordato Data:11/09/2012
Origem e evolução dos Vertebrata.
Os primeiros vertebrados eram semelhantes a peixes. Os peixes são aquáticos e por isso
respiram por brânquias. Tem barbatanas e a pele encontra-se coberta por escamas. A forma larval
da lampraia mais recente, que se parece a uma lança, pode se assemelhar aos primeiros
vertebrados: ela tem as três características dos Cordados (como a larva dos tunicados), também
tem um coração de duas câmaras, um cérebro com três lobos, e outros órgãos internos
semelhantes a aqueles dos vertebrados.
Classificação
Dividimos os vertebrados em dois grandes grupos: o grupo dos peixes e o grupo dos tetrápodes.
Os peixes podem ser divididos em dois grupo (superclasses): Superclasse Agnata e Superclasse
Gnatostomata Esta divisão dos peixes em dois grupos vai nos conduzir a outra subdivisao,
Agnata que significa sem maxila esta é um grupo primitivo e muito activo, subdivide-se em duas
classes: Classe Ostracodermi e Classe Cyclostomata
O grupo do Gnatostomata que significa com maxila podemos encontrar para além dos peixes,
os mamíferos, Aves e Repteis.
Classe Lampraias (Cyclostomata) (gr. Cyclos = circular; stoma = boca) São peixes com corpo
alongado, semelhante a enguias, sem mandíbulas, predadores de outros peixes, que nadam
livremente. As Lampraias desovam na água doce e muitos vivem inteiramente na água doce.
Algumas Lampraias migram para o mar, mas devem regressar a água doce dos rios para
reproduzir. As Lampraias têm uma boca redonda chupadora que não possui mandíbulas.
Classe Chondrichthyes
Cordão nervoso único e também dorsal (lembre-se de que os invertebrados tem uma
dupla cadeia ganglionar nervosa ventral).
Muito tempo foi necessário para classificar correctamente estes animais estranhos. Embora
conhecidos desde o tempo de Aristóteles, apenas em 1866, e após um estudo cuidadoso do seu
desenvolvimento larvar, foi estabelecida a sua posição correcta dentro dos cordados. Mas foi
Aristóteles quem os descreveu primeiro como animais.
Tegumento: o corpo é coberto por um manto cuticular celulósico segregado pelo epitélio.
Sifão inalante → fendas faríngeas (digestão física) → estômago (digestão química) → intestino
(maior absorção para as células) → abrema → cifão exalante (exclusão do material
desnecessário).
Reprodução
Os indivíduos são hermafroditas e reproduzem-se sexuadamente, também podem reproduzir-se
assexuadamente por gemiparidade. A fecundação acontece na água. A sua fecundação é externa
e a possibilidade de ser cruzada é grande em colónias. Após o nascimento, o desenvolvimento é
indirecto, passando por metamorfoses. A larva primária fixa-se ao substrato e, depois, ocorre o
desenvolvimento metamorfósico.
Ecologia
Todos urocordados são marinhos. Depois de umas horas ou dias de vida livre a larva prende-se
verticalmente por suas glândulas adesivas a uma rocha ou superfície dura, onde permanece a
vida inteira. Tunicados são habitantes de águas razas, mas algumas formas encontram-se em
águas profundas. Em alguns adultos desenvolveu-se a vida colonial. São filtradores.
Cephalochordados Data:02/10/2012
Os cefalocordados são cordados que possuem corda dorsal que se estende de um extremo para o
outro e que persiste no estado adulto. São livres e apresentam formações para a locomoção, tem
o corpo achatado lateralmente, apresentando na região dorsal e ventral uma expansão em forma
de barbatana.
O subfilo dos Cefalocordados (Cephalochordata ou Acrania) é constituído basicamente pelo
género Branchiostoma. Este grupo já foi chamado de Anfioxos, nome já em desuso. Estes
animais possuem todas as características de base dos cordados. O corpo é muito parecido ao de
um peixe e vive na areia, mantendo somente a parte anterior do corpo para fora. A pouca
actividade natatória que apresentam é dividida à contração de blocos musculares denominados
miótomos.
As fendas branquiais são desenvolvidas e abrem-se na cavidade denominada átrio, a qual se abre
ao meio externo por um orifício - o atrióporo. A água com partículas alimentares penetra pela
boca. Nas fendas, o alimento segue para o tubo digestivo, sendo os restos alimentares eliminados
pelo ânus. A água, ao passar pelas fendas, cai no átrio e sai pelo atrióporo. O anfioxo apresenta
sexos separados e desenvolvimento externo. Estima-se em cerca de 20 à 30 o número de espécies
que o compõem este filo de dimensões não superiores a 10cm, cujo corpo é delgado, longo,
comprimido lateralmente, afilado nas duas extremidades e não tem cabeça distinta. Possui uma
nadadeira dorsal mediana ao longo de quase todo o corpo e a nadadeira pré-anal do atrióporo
ao ânus, sendo constituídas por câmaras contendo curtos raios de tecido conjuntivo. A cauda tem
uma nadadeira membranosa. A boca é ventral, na extremidade anterior, o ânus fica perto da base
da nadadeira caudal e o atrióporo é uma abertura adicional na frente do ânus.
Possuem uma nadadeira dorsal e uma nadadeira pré-anal do atrióporo ao ânus, sendo
constituídas por câmaras contendo curtos raios de tecido conjuntivo. Na região caudal nota-se
uma nadadeira membranosa, O tegumento é uma epiderme mole.
Sistema vascular e sanguíneo
Aproxima-se ao dos cordados superiores, mas falta-lhe o coração. Além dos vasos sanguíneos
definitivos, há espaços abertos de onde o sangue incolor escapa para os tecidos.
O trato digestivo
É simples, começa com o capuz oral (vestíbulo) que apresenta cirros bucais. A boca, que se
encontra na parte posterior do vestíbulo. Atrás da boca fica a grande faringe comprimida, com
muitas fendas faríngeas diagonais nos lados. Segue-se o intestino reto que termina no ânus. A
respiração é graças a passagem de água, contendo oxigénio, da faringe, através das fendas
faríngeas em cada lado, para dentro do átrio; as fendas situam-se entre as traves branquiais que
contêm vasos sanguíneos.
O aparelho excretor
Compreende aproximadamente 100 pares de pequenos nefrídios ciliados nos vestígios dorsais
do celoma acima da faringe.
O sistema nervoso
Situa-se acima da notocorda que consiste de um tubo nervoso simples com um pequeno canal
central. A parte anterior, ligeiramente maior, forma uma vesícula cerebral mediana, com uma
fosseta olfactiva, uma pequena mancha ocelar não-sensitiva de pigmento preto. Encontramos
ainda dois pares de nervos centrais.
Reprodução
Possuem sexos separados, sendo a fecundação externa. Ao contrário dos urocordados, os
cefalocordados conservam no adulto as características típicas dos cordados, com notocorda
dorsal estendendo-se até a ponta da cauda. O cordão nervoso acompanha dorsalmente a
notocorda e a faringe é ampla e com inúmeras fendas branquiais diagonais.
Ecologia e modo de vida
Demonstram uma vida semi-séssil, enterram-se na areia a pouca profundidade da superfície das
águas nas costas marinhas sobretudo tropicais. Locomovem-se por movimentos típicos de virar
várias vezes o corpo auxiliado pelas nadadeiras.
Coluna vertebral;
Esta linha evolutiva engloba os cordados mais conhecidos popularmente: anfíbios, peixes,
répteis, aves e mamíferos. A característica principal que partilham entre si é a presença de
mandíbulas na boca. Desenvolveram um arco maxilar no esqueleto visceral. Talvez a maior de
todas as inovações surgidas durante a história evolutiva dos vertebrados tenha sido o
desenvolvimento da mandíbula que, manipulada por músculos e associada a dentes, permitiu aos
peixes primitivos arrancar grandes pedaços de algas e animais maiores, explorando novas fontes
de alimentos. Sem as mandíbulas, os cordados estavam restritos à filtração, à sucção do alimento
ou a captura de pequenos invertebrados. A maior vantagem competitiva sobre os agnatas levou
esses últimos quase à extinção. A região das fendas branquiais tem como elementos esqueléticos
de sustentação os arcos branquiais. A mandíbula originou-se de uma modificação no primeiro
arco branquial, sendo que a parte superior do arco deu origem à maxila, que fica em contacto
como crânio, e a parte inferior originou a mandíbula. O segundo arco branquial, denominado
arco hióide, passou a sustentar a mandíbula e mantê-la unida ao crânio. Os arcos branquiais
restantes continuaram com sua função original de sustentação das brânquias. O hábito predador,
derivado do surgimento das mandíbulas, veio associado a muitas modificações no corpo desses
animais, tornando-os activos e ágeis nadadores. O surgimento das nadadeiras pares As
nadadeiras pares foram a segunda importante inovação, porque proporcionaram aos vertebrados
a uma natação direccionada, precisa e controlada, já que actuam como estabilizadores, aplicando
forças sobre a coluna. Entre as principais características dessa superclasse Ganthostomata,
destacam-se:
Um desenvolvido endoesqueleto axial e apendicular, constituído por dezenas ou centenas
de vértebras fusionadas à coluna vertebral;
Sistema tegumentar corpóreo formado por duas camadas coesas (a epiderme externa e a
derme interna);
Um sistema nervoso central (encéfalo e a medula espinhal) e um sistema nervoso
periférico (nervos e gânglios nervosos);
Classe Chondrichthyes
Acredita-se que os dois grupos atuais mais importantes, Chondrichthyes e Osteichthyes,
surgiram no final do Devoniano e final do Siluriano respectivamente. Sendo assim, os tubarões e
formas similares apareceram no planeta Terra na Era Paleozóica, Período Devoniano, cerca de
408 milhões de anos atrás.
O nome Chondrychthyes (do grego chondros, cartilagem, e ichthyos, peixe) reflete a
característica distintiva mais marcante desses animais: o esqueleto formado por tecido
cartilaginoso, e não por tecido ósseo. O esqueleto cartilaginoso desses animais é composto por
uma cápsula craniana portadora de mandíbulas, arco branquial, coluna vertebral com grandes
restos da corda e as cinturas dos pares de barbatanas. Os representantes dessa classe são os
tubarões, as quimeras e as raias. restos da corda e as cinturas dos pares de barbatanas. Os
representantes dessa classe são os tubarões, as quimeras e as raias.
A maioria dos representantes é marinha, embora haja alguns de água doce. Como aquisição em
relação aos ciclóstomos, possuem mandíbula, nadadeiras pares e mais desenvolvidas e um
esqueleto melhor estruturado. O corpo é recoberto por escamas. Em relação aos seus ancestrais,
os peixes cartilagíneos mantêm restos da placa externa da cobertura do corpo, mas apenas sob
forma de escamas placóides, existentes.
Os peixes cartilagíneos não dispõem de uma cobertura (opercular) das brânquias, o que torna as
5 fendas branquiais visíveis por fora.
Principais características dos Peixes cartilagíneos
Grandes (entre 90cm a 12 metros) existindo diferenças notáveis entre cações (Squalus,
até 90cm), tubarões (entre 2,5 e 18 metros);
Para natação possuem diferentes tipos de nadadeiras, sustentadas por raios. A nadadeira
caudal é heterocerca (lobo superior é maior que o inferior);
Coração apresenta 2 câmaras (1 aurícula e 1 ventrículo), com seio venoso e cone arterial,
contém apenas sangue venoso;
Respiração por brânquias presas às paredes opostas de cinco a sete pares de bolsas
branquiais, tendo cada bolsa uma abertura independente em forma de fenda; sem bexiga
natatória;
Principais características
O Tegumento: Os répteis são vertebrados que apresentam a pele seca e recoberta por escamas,
uma vez que os pulmões são mais eficientes, dispensando, portanto, a respiração cutânea. Ela
protege contra a perda de água e facilita a vida na terra firme.
Esqueleto: bem desenvolvido, com extremidades igualmente bem desenvolvidas exceptuando
alguns taxa. Geralmente têm 5 dígitos (lagartos, crocodilos, quelónios) ou são ápodos
(serpentes). Exceptuando os quelónios com boca parecida com o das aves, a cabeça e a boca dos
restantes membros estão bem desenvolvidas. Completamente ossificado; crânio com um côndilo.
Os rins metanefros eliminam ácido úrico (uricotélicos), substância praticamente insolúvel em
água, que confere às fezes uma tonalidade esbranquiçada.
Sistema sangíneo e vascular: A circulação é fechada, dupla e incompleta, fazendo transição de
três para quatro câmaras: duas aurículas e um ventrículo parcialmente dividido; com glóbulos
vermelhos nucleados. A maioria possui dois átrios e um ventrículo (com o septo de Sebatier
quase separando-o em dois); os crocodilianos já possuem quatro cavidades, mas, mesmo assim, o
sangue venoso e arterial se mistura através de um orifício - Forâmen de Panizza.
Locomoção: possuem dois pares de extremidades providas de 5 dedos com garras córneas.
Podem correr, rastejar, trepar e nadar.
Respiração: pulmonares, mas tartarugas, crocodilos, algumas serpentes podem permanecer
algumas horas de baixo da água, prendendo a respiração, um fenómeno chamado bradicardia.
A temperatura corporal: é variável (poiquilotérmico, ou pecilotérmico), de acordo com o
ambiente;
Reprodução: geralmente com órgãos copuladores bem desenvolvidos e praticam a cópula, isto
é, são dióicos, com fecundação cruzada e interna, desenvolvimento direto e principalmente
ovíparos (os ovos apresentam casca calcária), mas podendo ser ovovivíparos (cobras venenosas)
e até vivíparos (sucuri). Quanto à sua ecologia, os répteis encontram-se em todos ecossistema e
desenvolveram vários hábitos alimentares.
Sistemática dos Répteis
A sistemática actual não inclui formas extintas. Durante o Mesozóico foram os vertebrados mais
dominantes e ocuparam a maioria dos habitats. Existem em registos fósseis os Dinossauros e os
Pterodáctilos. Não há uma explicação plausível acerca da sua extinção. Outros répteis do pré-
histórico são Pterosauria, Plesiosauria e Elchthyosauria. Presentemente temos:
2. Ordem Crocodilia – que contém jacarés, crocodilos, caimões e gaviais; apenas 21 espécies
sobreviveram até à actualidade.
Tipo de penas
Penas de contorno: revestimento externo e contorno do corpo da ave;
Plumas: penas macias de isolamento;
Filoplumas: minúsculas penas filiformes com poucas barbas e bárbulas;
Cerdas: penas modificadas em forma de pêlo, perto das narinas e em torno da boca;
Plumas pulverulentas: que impermeabilizam as penas (em garças, gaviões, papagaios).
Presença de dois pares de extremidades, o primeiro transformado em asas e o segundo
em patas para locomoção terrestre, ou mesmo para preensão de objectos. Os pés
possuem geralmente 4 dedos;
Esqueleto especializado para o voo: forte e totalmente ossificado; muitos ossos fundidos,
dando rigidez; ossos porosos ou pneumáticos (facilitam a aerodinâmica);
A boca é um bico prognato (que se projeta) rodeado de uma bainha córnea e desprovida
de dentes (pelo menos nas aves viventes). Os bicos estão adaptados a diferentes hábitos
de alimentação, não só, eles desempenham várias outras tarefas.
O coração das aves possui 4 câmaras (2 aurículas, 2 ventrículos separados); o arco
aórtico (sistémico) direito persistente; glóbulos vermelhos nucleados, ovais e
biconvexos.
Fecundação interna; ovos com muito vitelo, envolvidos por uma casca calcária dura e
depositados externamente para a incubação; desenvolvimento directo com cuidados-
com-a-prôle por um ou por ambos os progenitores. Os filhotes de galinhas, codornizes,
patos, aves litorâneas e outras são nidífugos, i.e. aptos para abandorarem o ninho logo
após a eclosão. É o contrário das aves que precisam de ser alimentadas e receberem
cuidados no ninho (nidícolas).
O habitat primário das aves foi a terra, mas conquistaram mais tarde a água (ex.
Pinguins). Elas encontram-se espalhadas por todos os continentes. Muitas aves realizam
migrações até intercontinentais, graças ao seu sistema de orientação bastante
desenvolvido, que os ajuda a encontrarem os locais onde passam os períodos adversos e
regressarem à origem sem erros.
• Procellariiformes: Albatrozes
• Sphenisciformes: Pinguins
• Pelecaniformes: Pelicanos
• Ciconiiformes: Cegonhas
Anseriformes: Patos
• Psittaciformes: Papagaios
A presença de glândulas mamárias em número par, que deu origem ao nome da classe,
tendo como função, a produção de leite para amamentação dos seus filhotes, nos
primeiros dias das suas vidas.
Características gerais
De um modo geral, as principais características dos mamíferos são:
Presença de mamas em número par, com localização variável;
São endotérmicos;
Crânio com dois côndilos occipitais, o que não permite uma rotação tão ampla da cabeça
sobre o pescoço;
Boca com dentes nas mandíbulas e maxilas, língua usualmente móvel, olhos com
pálpebras móveis, ouvidos com pavilhões externos carnosos;
Evolução
Os mamíferos surgiram na Terra no mesmo período que evoluíram os répteis Synapsida no
período de triassico. Depois da estinção dos répteis maiores, foi quando esses desenvolveram,
pois, já não existia o grupo de seres que os dominava (os dinossauros), assim, os mamíferos
abundaram na terra.
Cuidado pariental;
O cérebro que se encontra mais desenvolvido e grande (a qual deriva o alto grau de
coordenação em todas as atividades, pela aprendizagem e pela memória retentiva (sua
inteligência));
Maior capacidade de regulação da temperatura do corpo, devido aos pêlos e pelo facto de
possuir maior metabolismo e a divisão do coração em quatro cavidades (a separação
completa dos sangues venoso e arterial no coração tornando possível a temperatura
regulada do corpo);
A presença de glândulas mamárias;
Os lábios dos mamíferos possuem capacidade de um fecho hermeneultico.
Fisiologia
O aparelho digestivo dos mamíferos é formado por: boca, faringe, esófago, estômago,
intestinos, órgãos anexos (fígado e pâncreas), mas, nos ruminantes, o estômago tem quatro
cavidades: pança, barrete, olhoso e coagulador;
O aparelho respiratório é formado por pulmões e vias respiratórias;
O sistema circulatório é formado de vasos sanguíneos (veias e artérias) e coração com quatro
cavidades (duas aurículas e dois ventrículos). A circulação do sangue transporta o oxigénio e o
alimento para as células e carrega o gás carbónico e os resíduos que serão eliminados. Para estes
animais o sangue venoso não se mistura com o arterial.
A excressão (eliminação de resíduos) é graças a transpiração, fezes e urina. O aparelho urinário
é formado pelos rins e vias urinárias. Nos vertebrados, uma série de glândulas endócrinas
(tireóide, hipófise, etc.) produz secreções internas ou hormônios transportados pelo sangue, que
regulam processos do corpo, crescimento e reprodução. Os sexos são separados e cada um tem
um par de gônadas que descarregam as células sexuais através de ductos que se abrem perto do
ânus ou cloaca.
Classificação
Existem três subclasses dos mamíferos:
Prototheria género Monotremata representada por aqueles que apresentam algumas
caracteristias remotas aos répteis como, fecundacao é interna, depois a fêmea retira os ovos e os
filhotes podem receber leite da mãe assim como dos machos pois os machos também possuem
mamas desenvolvidas. (Ornitorrinco e équidnas).
Metatheria muito conhecida, mas está em extinção com o género Marsupialia, so encontram-se
na Australia pois não existem animais desnvolvidos, a característica principal é a presença de
uma bolsa na parte ventral com funcao de completar completar o desenvolvimento do indivíduo,
com 272 especies (gambá, coalas, cangurus, cuícas).
Eutheria com cerca de 4000 especies, a principal característica é a presença da placenta que
garante o cuidado parental o filhote desenvolve-se no interor e a placenta é responsável pelas
trocas gasosas e de substaâncias entre mãe e meio ambiente e a sua permanência variando de
espécie para espécie.
Conclusão
Depois de um longo estudo sobre a zoologia sistemática foi uma experiência única, pois, pude
perceber sobre a enorme diversidade dos seres vivos, desde a sua origem e evolução, a partir dos
poríferos até aos mamíferos.
Bibliografia
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