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Data19.07.

2018
Zoologia Sistemática é o ramo da zoologia que se ocupa na organização, caracterização e
denominação dos grupos de animais. A zoologia sistemática sub divide-se em (2) dois grupos:

Taxonomia é o capítulo da sistemática que tem por fim, entre outros, a organização, definição e
ordenação de grupos de animais.
Taxonomia é o ramo da ciência que trata da ordenação (classificação) e denominação
(nomenclatura) dos seres vivos, agrupando-os de acordo com o seu grau de semelhança. Tem
dois objectivos principais: considerar organismos estruturalmente relacionados e separá-los pelas
respectivas espécies, descrevendo as características que distinguem uma espécie da outra; e
ordenar as espécies, por categorias taxonómicas do género ao reino.

A nomenclatura zoológica é a aplicação de nomes distintos a cada uma das classes


reconhecidos numa dada classificação zoological.
Assim, Nomenclatura é uma parte da zoologia sistemática que se ocupa nas regras da
nomenclatura dos diferentes animais segundo as regras taxonómicas.

Primeiras sistematicas
Seres vivos úteis e nocivos:
Seres vivos venenosos e não venenosos;
Seres vivos comestíveis e não comestíveis.
Essas classificações são conhecidas como empíricas, porque estavam a favor das necessidades
dos seus usuários e não se baseavam nas características dos seres vivos.

Diversidade em Sistema de Classificação


Podemos distinguir seis sistemas de classificação diferentes: classificação em dois reinos,
classificação em três reinos, classificação em quatro reinos, classificação em cinco reinos,
classificação em seis reinos e classificação em três domínios.

Aristóteles
Até ao séc. XIX dizia-se que os seres vivos se dividiam em plantas e animais.
O sistema de classificação em dois reinos, de Aristóteles e Lineu, separava os seres em dois
reinos distintos: as plantas e os animais, tendo em conta:
O tipo de nutrição (autotrófica – plantas e heterotrófica – animais);

A morfologia (sem forma – plantas e com forma – animais); A locomoção (as plantas são fixas e
os animais

não); Os constituintes das células (as plantas têm parede celular celulósica e os animais têm
outros constituintes no interior das células).

A vantagem deste sistema de classificação é a sua simplicidade que tornava a classificação óbvia
e bem definida para os seres macroscópicos, embora tivesse uma limitação perante a
classificação dos fungos, que não se encaixavam no reino das plantas.
Haeckel
Ernst Heinrich Philipp August Haeckel (1834 – 1919), naturalista foi o primeiro a propor (1866)
uma divisão para os ―micróbios
Haeckel separou as formas de vida em três reinos - Plantae, Protista e Animalia - e representou-
os como uma árvore (Fig. 3). Basicamente afirmou que os seres vivos se dividiam em plantas,
animais e seres microscópicos a que deu o nome de protista.
Copeland
Herbert F. Copeland (1902–1968), em 1956, propõe 4 reinos: Monera, Protista, Plantae e
Animalia. Ele retira ao reino dos protistas designado por Haeckel as bactérias e as cianobactérias
(algas azuis) criando um reino novo para elas, o reino Monera.
Whittaker
A classificação feita por Whittaker em 1969, reconhece cinco reinos: Plantae, Animalia, Fungi,
Protista e Monera. Whittaker propõe inicialmente, dois critérios de classificação:
 Organização celular: unicelulares ou multicelulares;

 Modo de nutrição: Autotróficos (fotossíntese); heterotróficos (ingestão e absorção).

Animalia - Seriam eucariontes, pluricelulares, nutrição por ingestão, ocasionalmente alguns


parasita, por absorção, heterótrofos (minhoca, sapo, homem).
Fungi - Seriam eucariotas, nutrição por absorção, (heterótrofos), unicelulares e pluricelulares,
(cogumelos, leveduras, bolores de pau). Protistas - Seriam eucariotas, pluricelulares e
unicelulares, nutrição por ingestão ou absorção, heterotróficos alguns fotossintéticos,
autotróficos, (algas e protozoários).
Monera - Unicelulares, procariotas, nutrição por absorção e ingestão, autotróficos e
heterotróficos (bactérias e cianobacterias);
Plantae - Seriam eucariontes, nutrição por absorção, fotossintetizantes, autotróficos,
pluricelulares (pinheiro, samambaia, entre outros).

Sistema de Classificação e sua Evolução


A Zoologia Sistemática começa com a origem do homem. Os primeiros homens classificavam os
seres vivos segundo as suas necessidades, esse tipo de classificação é conhecida como
classificação empírica ou prática, pois o homem ia lidar-se directamente com o objecto ou com
o animal (semelhanças morfológicas). O mais importante para os nossos antepassados era
organizar as plantas e os outros animais em comestíveis ou não, perigosos ou não, úteis ou sem
interesse, o tipo de critérios que em forma os chamados sistemas de classificação práticos.
Assim, por motivos óbvios, essas classificações, chamadas práticas, foram abandonadas. O
sistema natural actual de classificação emprega todos os dados disponíveis: estrutura,
embriologia, fisiologia, distribuição, entre outros. A primeira tentativa conhecida de classificação
foi feita pelo filósofo grego Aristóteles (384- 322 a.C.). Mais tarde, Teofrasto, um discípulo de
Aristóteles (372 à 287 a.C.), veio classificar as plantas bem como os animais em aéreos,
terrestres e aquáticos, este usou o meio como características de classificação. Descreveu todas as
plantas conhecidas no seu tempo: ao classificar as plantas, um dos critérios utilizados foi o
tamanho; ele as dividia em árvores, arbustos, subarbustos e ervas. Com a evolução do tempo
Aristóteles trabalhou principalmente com animais e classificou várias centenas de espécies. Ele
dividia os animais em dois grandes grupos: os com sangue e os sem sangue. De Aristóteles até o
começo do século XVIII houve pouco progresso. Foram elaborados alguns sistemas de
classificação mas com pouco sucesso. Os critérios eram arbitrários, alguns Biólogos
classificavam os animais de acordo com seu modo de locomoção, outros conforme o ambiente
em que ele vivia, e outros.
Classificação Artificial
As primeiras classificações eram consideradas artificiais, pois utilizavam critérios que não
reflectiam as possíveis relações de parentesco entre os seres vivos.
Classificação Natural
São aquelas que procuram em agrupar os seres vivos de acordo com o maior número possível de
semelhanças, tentando estabelecer relações de parentesco evolutivo entre os mesmos.
As classificações naturais assim como as artificiais são racionais, pois são sistemas de ordenação
e classificação dos seres vivos segundo as suas características.
Em XVIII Carl Von Linne, medico sueco usou a classificação de acordol a herarquia: reino, filo,
classe, ordem, famlia, género, espécie.
Mas linneu era fixista não admitia a evolucacao dos seres vivos.
Reino→ Filo→ Classe→ Ordem→ Família→ Género→ Espécie

Classificação horizontal
É aquela cuja classificação dos seres vivos é feita em critérios não evolutivos.
Classificação Vertical ou Filogenética ou ainda Felética
Aquela classificação dos seres vivos que aceita os processos evolutivos.
Para além dessas classificações.
Fenética, são aquelas que não segue os princípios evolutivos, pois na altura ou no momento da
construção da arvore filogenética ou genética, não cumpre com algumas regras do processo
evolutivo.

Actualmente as categorias reconhecidas no ICZN (Código Internacional da Nomenclatura


Zoológica), acrescentadas algumas categorias são: Reino→ Filo→ Superclasse → Classe→
Subclasse → Coorte→ Superordem → Ordem→Subordem→Superfamília→ Familia→
Subfamília→Tribo→Genero→ Subgenero→ Especie→ Subespecie.

John Roy – considerou espécie como um grupo de indivíduos comum com o mesmo ancestral
comum.
Espécie é uma população activa de organismos que tem em comum muitas características,
anatómicas, fisiológicas, bioquímicas, podendo normalmente, cruzar se entre si e originar
descendentes férteis.

Regras básicas de nomenclatura Zoológica


Em 1735, o sueco Carl von Linné, botânico e médico, criou a nomenclatura binomial, a qual é
ainda hoje utilizada. As regras para a denominação científica dos seres vivos foram firmadas
posteriormente, no I Congresso Internacional de Nomenclatura Científica, em 1898. A
denominação científica dos animais segue certas regras definidas, as quais são esboçadas no
Código Internacional de Nomenclatura

 O nome dos animais deve ser escrito em latim de origem ou, então, latinizados. Sendo
obrigatório dois nomes no mínimo. O primeiro é do gênero e o segundo á da espécie
(Binominal). Ex.: Felis catus.

 Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binomial, sendo o primeiro
termo para designar o seu género e o segundo, a sua espécie.
 O nome do gênero deve ser escrito sempre com a inicial maiúscula;
 O nome relativo à espécie deve ser um adjectivo escrito com inicial minúscula, salvo
raríssimas excepções: nos casos de denominação específica em homenagem a pessoa
célebre. Por exemplo no Brasil, há quem escreva: Trypanosoma Cruzi, já que o termo
Cruzi é a transliteração latina do nome de Oswaldo Cruz, uma homenagem a esse grande
sanitarista brasileiro.

 Quando existe subgênero, o seu nome deve ser colocado depois do nome do gênero, entre
parênteses e deve ser sempre escrito com inicial maiúscula. Ex.: Anopheles
(Nyssurhynchus) darling.

 A designação para espécies é binomial, mas para subespécies é trinomial. Por exemplo:

Mycobacterium tuberculosis hominis (tuberculose humana), Mycobacterium tuberculosis


bovis (tuberculose bovina), Mycobacterium tuberculosis avis (tuberculose aviária).
Terminações zoológicas

Em zoologia, a família é denominada pela adição do sufixo idae ao radical correspondente ao


nome do género-tipo (género mais característico da família). Para subfamília, o radical adotado é
inae. Exemplos: Gato - gênero: Felis; família: Felidae; subfamília: Felinae.

Lei da prioridade. Adopta-se sempre o nome primeiramente usado para descrever a espécie,
desde que tenha sido publicado e acompanhado por uma indicação, definição e descrição, e o
autor tenha aplicado os princípios da nomenclatura binária;

Todo nome científico deve estar destacado no texto. Pode ser escrito em itálico, se for impresso,
ou sublinhado se for em trabalhos manuscritos.
Data: 17.07.2018
As subdivisões do Reino Animal
O Reino Animal foi definido segundo características comuns a todos os animais: organismos
eucariotos, multicelulares, heterotróficos e que obtém seus alimentos por ingestão de nutrientes
do meio.
No reino animal, encontra-se alguns sub-reinos, Protozoa, e Metazoa. No subreino Metazoa
encontramos subdivididos em dois reinos: Filo Parozoa e Filo Porífera ou Esponjas. O sub-reino
Eumetazoa é representado por todos animais com simetrias radiais e bilaterais (Radiatas e
Bilaterios). Nos radiatas encontramos os filos cnidários, poríferos e cnetophora; e nos bilatérios
encontramos todos os demais animais, especificamente agrupados em: acelomados,
pseudocelomados e celomados. Nos acelomados encontram-se os filos: Mesozoa, Platelmintos
ou platyhelminthes, Nemeltina e Quinathostomida.

Nos pseudocelomados encontramos os filos: Gastrostricha, Rotífera, Kinorihincha,


Acantocephala, Nemátodos, Nematomorphas, e Entapoeta.

Nos Celomados temos dois grandes grupos:


 Protóstomios, que engloba os filos: Bryozoa, Phoronida, Brachiophoda, Molusca,
Anelida, artrópodes e Onicophora.
 Deuterostómios, encontramos os filos: Echinodermata, Hemichordata, Cordados, e
Caetagnata.
Nos protostômios, a primeira abertura do tubo digestivo, surgida durante o desenvolvimento
embrionário, diferencia-se em boca e, nos deuterostômios, em ânus. São protostômios os
nemátodas, anelídeos, moluscos e artrópodes; são deuterostômios os equinodermos e cordados.

Era de Surgimento de Animais


Era Arqueozóica a 500 milhoes de anos atraz surgiram as esponjas e protozoarios.
Período Pré-cambriana (4,6 bilhões a 570 milhões de anos atrás).
Era Paleozóica Intervalo de tempo que se estende de 570 a 245 milhões de anos atrás, quando
surgiram na Terra os primeiros peixes, planta, animais terrestres e anfíbios.
Período Câmbrico: (há cerca de 500 à 570 milhões de anos) e durou cerca de 70 milhões de
anos.
Período Ordovícico: (há cerca de 350-450 milhões de anos) A vida era essencialmente marinha:
nessa época surgiram os peixes, cnidários, moluscos, trapodermes. As únicas plantas conhecidas
do Ordovícico são as algas marinhas. Uma glaciação matou 55% das espécies há 450 milhões de
anos.
Período Devoniano: (há 250 à 300 milhões de anos). A evolução dos animais aquáticos , os
primeiros répteis, apareceram massivamente os peixes e alguns anfíbios.
Era Paleozóica caracteriza-se por: Início do surgimento dos primeiros animais vertebrados nos
mares, são peixes bem primitivos, primeiros anfíbio. Os trilobitas foram os animais típicos desta
era.
Período Permiano / Triásico: há cerca de 200 milhões de anos e, surgiram os répteis. No
período surgiram os primeiros dinossauros, de início pequenos e bípedes.
Período Jurássico: há cerca de 180 milhões de anos. Surgiram os répteis e dinossauros.
Período Cretáceo: há cerca de 150 milhões de anossurgiram dinossauros bizarros, tartarugas e
crocodilos, répteis voadores, mamíferos como os marsupiais e primatas.
Era Cenozóica
Era geológica que compreende os períodos Terciário e Quaternário. Iniciada há
aproximadamente 50 milhões de anos, surgiram o género Homo adaptado a caminhar nos
campos.
Época Pleistocenos foi o período em que exclusivamente surgiu o homem.
Protózoarios Data: 19/07/2018

Protozoários são seres unicelulares, na maioria heterotróficas, mas com formas autotróficas e
com mobilidade especializada que ocorrem como células isoladas ou em colónias de células.
Apresentam dimensões predominantemente microscópicas. Sua denominação deriva do grego
protos e zoon, que significam, respectivamente, "primeiro" e "animal". Esse termo, consagrado
até hoje, foi criado para agrupar organismos eucariotos unicelulares com características próprias
dos animais, tais como a capacidade de deslocamento e heterotrofia.

Características Gerais dos Protozoários


 Pequenos geralmente unicelulares, alguns em colónias de poucos a muitos indivíduos
semelhantes; simetria ausente, bilateral, radial ou esférica.
 Forma de célula geralmente constante, oval, alongada, esférica, ou outra, variada em
algumas espécies e mudando com o ambiente ou com a idade em muitos.

 Núcleo distinto, único ou múltiplo, outras partes estruturais como organelas, sem órgãos
ou tecidos

 Locomoção por flagelos, cílios, pseudópodes ou movimentos da própria célula.

 Algumas espécies com envoltórios protectores ou tecas, muitas espécies produzem cistos
ou esporos resistentes para sobreviver a condições desfavoráveis e para dispersão.

Nutrição
Holofíticos ou autotróficos: são os que, a partir de grãos ou pigmentos citoplasmáticos
(cromatóforos), conseguem sintetizar energia a partir da luz solar (fotossíntese);

Holozóicos ou heterotróficos: ingerem partículas organicas, digerem-nas (enzimas) e,


posteriormente, expulsam os metabólitos. Essa ingestão se dá por fagocitose (ingestão de
partículas sólidas) ou pinocitose (ingestão de partículas líquidas);
Saprozóicos: "absorvem", substancias inorganicas, já decompostas e dissolvidas em meio
líquido;

Mixotróficos: quando são capazes de se alimentar por mais de um dos métodos acima descritos.

Respiração
Podemos encontrar dois tipos fundamentais:
Aeróbicos: são os protozoários que vivem em meio rico em oxigênio;
Anaeróbicos: quando vivem em ambientes pobres em oxigênio.

Reprodução dos Protozoários


Os protozoários possuem reprodução assexuada e a reprodução sexual ou mini-sexual.
Assexuada
Divisão binária ou cissiparidade;

Brotamento ou gemulação.

Esquizogonia é uma fissão múltipla; o núcleo se divide múltiplas vezes antes da célula se dividir.
Após a formação de vários núcleos, uma pequena porção do citoplasma se concentra ao redor de
cada núcleo e então, uma única célula se separa em células-filhas.

Sexuada
Existem dois tipos de reprodução sexuada:
Conjugação união temporária de dois indivíduos, com troca mútua de materiais nucleares;
Singamia ou fecundação união de microgameta e macrogameta formando o ovo ou zigoto, o qual
pode dividir-se para fornecer um certo número de esporozoítos. O processo de formação de
gametes recebe o nome de gametogonia e o processo de formação dos esporozoítos recebe o
nome de esporogonia.

Importância
Os protistas em geral ocupam um importante papel nas cadeias alimentares das comunidades
naturais, onde existe água livre. Os autótrofos (algas) são abundantes nas águas salgadas e doces,
assim como em associações simbióticas com animais, de vários níveis de organização, e
protozoários. Alguns grupos em particular formam uma parte importante na dieta de numerosos
animais. Há protozoários saprófiticas e também que ingerem bactérias, fazendo uso de
substâncias e organismos envolvidos na decomposição final das cadeias alimentares, e assim,
fazendo recircular a matéria orgânica, purificam o ambiente como decompositores (esgotos).
Naturalmente, existem alguns protozoários que podem provocar doenças no homem.

Classificação dos Protozoários


Os protozoários encontram-se no reino Animal (organismos unicelulares eucariotos, coloniais ou
não).

Os Mastigophora são provavelmente os mais primitivos, os Ciliata os mais avançados


estruturalmente e os Sporozoa são provavelmente morfologicamente simplificados, mas também
muito especializados, como um resultado do seu modo de vida estritamente parasitário.

Os sarcodíneos são protozoários que se locomovem através de pseudópodes, são de vida livre e
se reproduzem por divisão binária, este grupo é dividido em: amebas, foraminíferos, radiolários e
heliozoários

Os radiolários e os heliozoários apresentam pseudópodes extremamente finos e projetados,


como raios, ao redor da célula. Eles possuem uma estrutura de sustentação interna, composta por
inúmeras placas e espículas de sílica. Os radiolários são exclusivamente marinhos; já os
heliozoários podem ser encontrados tanto na água doce como na salgada.

Os ciliados são protozoários que possuem cílios, estruturas utilizadas na locomoção e captura de
alimento. Os cílios, que também ocorrem em algumas células eucariotas multicelulares, têm a
mesma estrutura interna dos flagelos, diferindo destes com relação ao comprimento (os cílios são
bem mais curtos, númerosos e ráoidos.
Esporozoários ou apicomplexa

São protozoários parasitas caracterizados pela ausência de estruturas empregadas na locomoção


nas formas adultas. Obtém alimento por absorção direta dos nutrientes dos organismos que
parasitam. Muitas espécies têm ciclos vitais complicados, com algumas fases se desenvolvendo
num hospedeiro e outras em hospedeiros diferentes. Pode ocorrer uma fase reprodutiva sexuada
durante o ciclo vital.
Data: 24/07/2018
Metazoários
Reconhece-se que o ramo da Biologia que estuda os seres vivos pertence ao Reino Animalia ou
Metazoa e estes apresentam características comuns e divergentes, dentre estas características vale
ressaltar o modo de vida, a diversidade, nome vulgar, morfologia, fisiologia e ecologia.
Animais Deuterostómios - são aqueles em que o blastóporo ou seja a boca primitiva se
transforma em ânus e a boca abre-se num outro lugar. O sistema nervoso deles é em muitos
grupos ainda com características primitivas mas na forma mais evoluída já temos um sistema
nervoso
desenvolvido com localização dorsal.

Teoria que Sustenta a Origem e Evolução dos Metazoários

Teoria da Endosimbiose A Teoria da Endosimbiose, propõe que organelas ou organóides, que


compõem as células eucariontes tenham surgido como consequência de uma associação
simbiótica estável entre organismos. Mais especificamente, esta teoria diz que os cloroplastos e
as mitocôndrias (organelas celulares) dos organismos eucariontes (com um verdadeiro núcleo
celular) têm origem num procarionte autotrófico – provavelmente um antepassado das
cianobactéria actuais - que viveu em simbiose dentro de outro organismo, também unicelular,
mas provavelmente de maiores dimensões, obtendo assim protecção e fornecendo ao hospedeiro
a energia fornecida pela fotossíntese.

Teoria Sincial/ Teoria da celularizacao sugerem que animais multicelulares teriam se


originado a partir de um grupo de protistas ciliados, com simetria bilateral e com uma vida no
fundo de água, rastejando com a sua cavidade oral, voltada para o substrato e mais tarde teria
ocorrido uma formação de uma semi-menbrana interna dos núcleos recém formados na
superfície, isto é, esta nova camada epidérmica envolveria uma massa interna (endoderme)
resultando um organismo semelhante a um platelminto acelomado (sem celoma). Esta teoria
ostenta uma origem difilética para metazoários. Os poríferos teriam sua origem em um grupo de
protistas e todos os outros metazoários teriam se originado de platelmintos acelomados.
Teorias Coanoflagelados (coloniais) ou teoria de planuloide Esta teoria defende que os
animais evoluíram de colónias de protistas flagelados primitivos nos quais a condição de
metazoários, Surgiu pela indução de células em tecidos, começando com as células reprodutivas.
As evidências que sustentam esta teoria sugerem: Os espermatozóides flagelados ocorrem em
todos os metazoários; Células somáticas monociliadas / ou flageladas são comuns aos
metazoários busais, especialmente em esponjas e alguns cnidários.pequeno tamanho, semelhança
na localização, semelhança no hábito alimentar, bilateralidade, presença de muitos cilios em uma
mesma célula, entre outros

Teoria das Plantas É uma teoria que leva em consideração as plantas ostentando que os
protozoários surgiram das plantas que mudaram a sua forma de nutrição (fotossíntese) para a
ingestão.
Filo Porífera ( radiata) Data: 24/07/2018

As esponjas são os primeiros animais pluricelulares da escala zoológica, portanto, os metazoários


mais atrasados; seu nome nos revela que as paredes do corpo são perfuradas por inúmeros poros,
por onde penetra a água conduzindo nutrientes, gases e gâmetas.

Características Gerais
são diblástico, acelomados, consequentemente não apresentando órgãos, e aneuromiários, isto é,
sem sistemas nervoso e muscular; são assimétricos, embora alguns já tenham simetria radial.
Vivem isolados ou em colónias, sendo fixos na fase adulta; são desprovidos de gónadas, no
entanto, apresentam gâmetas; são fluorescentes, devido a simbiose com algumas algas obrigando
a viver em águas limpas para permitir a penetração dos raios solares usadas na fotossíntese das
algas.

Estrutura
A estrutura de uma esponja é simples: tem a forma de um tubo ou saco, muitas vezes ramificado,
com a extremidade fechada presa ao substrato. A extremidade aberta é chamada ósculo, (à
abertura principal do esponjocélio, na extremidade livre do corpo dos animais do filo Porífera -
as esponjas).
Como uma estrutura muito simples, as esponjas alimentam-se e respiram por filtração: a água
entra no esponjocélio através de orifícios na parede do corpo (os hóstia) e sai pelo ósculo.

As paredes são perfuradas por buracos microscópicos, chamados óstios, para permitir que a água
flua para dentro da espongiocele trazendo oxigénio e alimento. A parede das esponjas é formada
por duas camadas de células, com o interior formado pela matriz extracelular que, neste grupo, se
denomina mesênquima.
Assim, as esponjas apresentam inúmeros poros, óstios ou ostíolos, por onde a água penetra, por
tanto, o fluxo de água é portanto o seguinte: Meio externo → poro inalante → átrio → ósculo →
meio → externo; a espongiocela é um canal simples ou múltiplo que se presta à circulação da
água e o ósculo é a abertura superior através da qual saem a água e os produtos nitrogenados,
como a amónia. Junto ao ósculo, encontramos as espículas para a sustentação e, na extremidade
oposta, encontramos o disco pedal para a fixação.

A parede do corpo das esponjas é formada por diversos tipos de células, sustentadas por
elementos esqueléticos de vários tipos:
Pinacócitos – células achatadas de revestimento da parte externa, formando uma espécie de
epiderme designada pinacoderme
Amebócitos– células livres de vários tipos que se deslocam por movimentos amebóides,
presentes no mesênquima ou mesogleia
Coanócitos – localiza-se do lado do meso-hilo, revestindo o átrio, encontra-se a camada dos
coanócitos,
Porócitos – células dotadas de um poro central, designado poro inalante, que as atravessa de
lado a lado. Localizam-se a espaços regulares na parede do corpo da esponja, sendo através delas
que a água penetra no espongiocélio

Tipos de células amebóides estão presentes no meso-hilo:


Arqueócitos - são células grandes com núcleo também grandes, com capacidades fagocitárias
que participam na digestão. Também são capazes de se diferenciarem em outros tipos de células
(células totipotentes);
Colêncitos - células fixas, ficam ancoradas por fibras citoplasmáticas e que secretam as fibras de
colagéneo dispersas;

Lofócitos - são móveis e que também secretam tais fibras de colagéneo;

Esclerócitos - secretam as espículas;

Espongiócitos - secretam o esqueleto de espongina

Estruturas das esponjas


asconóide ou Áscon – A forma primitiva dos espongiários é a de um tubo ou vaso, fixado no
substrato. Na extremidade apical aparece uma grande abertura (o ósculo) que serve para a saída
da água que continuamente atravessa o corpo da esponja.
Asconóide ou Sícon: é o tipo intermediário, no qual distinguimos dois tipos de canais: inalantes
e exalantes. Apresentam os primeiros estágios de dobramento da parede do corpo, incluem o
conhecido gênero Sycon. Na estrutura siconóide, a parede do corpo torna-se dobrada
horizontalmente formando protuberâncias digitiformes. Este tipo de desenvolvimento produz
bolsas externas estendendo-se para dentro a partir do exterior e evaginações que se estendem
para fora a partir do átrio. Neste tipo os coanócitos ficam restritos as evaginações as quais são A
parede do corpo é provida de um grande número de poros (daí o nome de porífera), através dos
quais penetram água e partículas alimentares.

Leuconáide ou lêucon: também chamado de rágon. ―É o tipo mais complexo. Entre os canais
inalante e exalante encontramos a câmara vibrátil que se comunica com outras câmaras e
desemboca no átrio. Esponjas leuconóides possuem câmaras vibráteis, formadas por coanócitos.
Estes são os únicos locais onde os coanócitos estão presentes, em lêucon. As câmaras vibráteis
são assim denominadas devido à vibração produzida pelo batimento dos flagelos das células com
colarinho. Os canais que ligam o exterior às câmaras vibráteis são denominados inalantes ou
aferentes. Já os canais que promovem a comunicação destas câmaras com a espongiocela são
chamados de exalantes ou eferentes.

Morfologia dos poríferos


A estrutura morfológica dos poríferos é bem simples, bem caracterizada por sistemas de canais
para a circulação de água, numa forma que se relaciona com o caráter séssil (fixo) do grupo, isto
é, só há dois sistemas nas esponjas: o tegumentário e o Esquelético. ―Não há nos poríferos:
sistemas digestivo, circulatório, respiratório, excretor e reprodutivo, além do nervoso e muscular.
Sistema nervoso
Não existe sistema nervoso ou são difusos. Nas esponjas (Poríferos) não há células sensitivas ou
nervosas definidas mas as esponjas reagem ao toque, especialmente ao redor do ósculo, e os
estímulos são conduzidos lentamente de célula a célula.

Nutrição
A esponja nutre-se de partículas de matéria orgânica e de plâncton, ou seja, diminutos
organismos existentes na água. Os coanócitos capturam o alimento por fagocitose, formando
vacúolos digestivos, portanto a digestão é exclusivamente intracelular como nos protozoários.
Dos coanócitos, o alimento passa para os amebócitos, que o distribuem a outras células.

Excreção
As trocas gasosas ocorrem por simples difusão entre a água que entra e as células do animal. As
excretas nitrogenadas saem do organismo junto com a corrente de água. Também pode ocorrer
pela pele (excreção cutânea).

Circulação
Esta ocorre no interior do átrio, onde a água circula graças aos batimentos flagelares dos
coanócitos e as partículas alimentares se movimentam de célula para célula, principalmente
devido aos amebócitos.

Respiração
O oxigénio e o gás carbónico entram e saem por difusão das células (respiração cutânea) e são
levados pela corrente de água.

Reprodução
As esponjas apresentam reprodução sexuada e assexuada.

Assexuada Brotamento: surge um broto no corpo da esponja formados por amebócitos


(estatócitos), que pode se soltar e dar origem à um novo indivíduo.

Gemulação: Formam-se gêmulas, estruturas de resistência que se formam no interior do corpo da


esponja. Na época das chuvas, desenvolvem-se e originam novos indivíduos.

Fragmentação: pequenos fragmentos de uma esponja podem dar origem a novos indivíduos, pois
as esponjas possuem um grande poder de regeneração.
Sexuada
A maior parte das esponjas são hermafrodita. Os espermatozóides saem da esponja pelo ósculo e
penetram em outra esponja pelos poros, junto com a corrente de água.

Classificação
A classificação das esponjas actuais baseia-se, fundamentalmente, nos seus tecidos moles e,
também, no esqueleto que possui CaCO3. No estado fóssil apenas se conserva o esqueleto
mineralizado, daí que a sua classificação se baseie na composição do esqueleto, na forma das
espículas e no tipo de rede esquelética por elas gerado.

Classe Demospongea Esponjas com esqueleto de esponjina, silicioso ou misto. Espículas mono,
tetraxónicas (dêsmas) ou poliaxónicas, mas nunca triaxónicas, normalmente, de duas dimensões
(micro e macroscleras. Organismos marinhos, salobros e dulcícolas. ―Todas as Demospongiae
são leuconóides. As maiores esponjas conhecidas pertencem a essa classe.

Classe Hyalospongea (Hexatinellida)


Os representantes dessa classe são conhecidos como esponjas-de-vidro. O nome Hexactinellida
vem do fato que as espículas são do tipo com seis pontas ou hexáctinas.

Classe Calcispongea (Calcária)


Os membros dessa classe, conhecidos como esponjas calcáreas, distinguem-se por possuírem
espículas compostas de CaCO3.

Classe Sclerospongea Esponjas coloniais com esqueleto basal calcário laminar coberto por
tecido vivo que segrega microscleras siliciosas e fibras de espongina.
Filo dos Radiatas (Cnidaria e Ctenophora) Data: 07/08/2018

Os filos cnidaria e ctenophora, são muito relacionados e já foram considerados um único filo, o
dos coelenterata. Esses dois filos que compartilham de certos aspectos fundamentais comuns,
não encontrados em outros filos. Ambos os filos compreendem animais diploblásticos de
organização do grau de tecidos, sem órgãos ou sistemas de órgãos, com um padrão de simetria
radial ou biradial. Nenhum outro filo invertebrado apresenta esta combinação de aspectos. As
duas camadas de tecidos são separadas por uma mesogleia (camada não-viva) semelhante a uma
gelatina, com uma variação na sua espessura. Outro aspecto semelhante e a cavidade
gastrovascular central, o único aspecto interno. Estes dois filos destinguem-se das esponjas
porque, ambos têm camadas de tecidos verdadeiros consequentemente, estes são os primeiros
metazoa como também sua cavidade interna principal é uma cavidade digestiva. Apesar dos dois
filos serem superficialmente semelhantes, de compartilharem de algumas semelhanças
morfológicas fundamentais, de terem sido agrupados anteriormente em um único filo, existem
diferenças suficientes entre eles para coloca-los em filos separados.

Principais diferenças entre os cnidários e ctenóphora:


Os cnidários tem nematocitos enquanto que os ctenoforos não os apresentam (excepto uma
espécie);

Os ctenoforos tem fileiras de placas ciliadas, poros anais e um complexo de órgão dos sentidos,
os cnidários não apresentam.

Os cnidários são polimorficos com diversos estágios de polipo e medosa enquanto os ctenoforos
são exclusivamente monomorficos.

Os ctenóforos tem um desenvolvimento especiais do embrião que cujo estas não são encontrados
nos cnidários.
Filo Cnidários ou Coelenterata Data: 07/08/2018
O filo Cnidaria inclui as hidras, as medusas ou águas-vivas, os corais e anémonas-do-mar. O
nome de cnidários provém do grego Knide, que significa ―urtiga, sugere a existência de células
urticantes chamadas cnidoblastos, para defesa e captura de alimentos e também o surgimento de
uma cavidade gástrica ou entérica; em termos embriológicos eles são diblásticos, acelomados,
protostômios e neuromiários (com sistemas nervoso e muscular) e são exclusivamente aquáticos,
principalmente marinhos.
O filo era também chamado Coelenterata (do grego coela, o mesmo que cela = espaço vazio e
enteros = intestino), que, originalmente, incluía os pentes do mar, actualmente considerado um
filo separado, composto por animais também gelatinosos como as medusas, mas com algumas
características próprias.

Características gerais
 Simetria radial ao redor de um eixo oral-aboral, sem cabeça ou segmentação.

 Corpo com 2 camadas de células, uma epiderme externa e uma gastroderme interna, com
pouca ou muita mesogleia intercalada; nematocitos em uma das duas ou em ambas as
camadas (diblásticos).
 Esqueleto calcário, córneo ou ausente; fibras musculares nos epitélios.

 Boca circundada por tentáculos moles e ligada a uma cavidade digestiva (gastrovascular)
em forma de saco, que pode ser ramificada ou dividida por septos; sem ânus.

 Sem órgão circulatórios, respiratórios ou excretores.

 Uma rede difusa de células nervosas não polimerizadas na parede do corpo e sem sistema
nervoso central; alguns com manchas ocelares ou estatocistos.

 Reprodução especialmente com brotamento (assexuada) no estágio fixo (polipo) e com


reprodução sexuada por gâmetas no estágio de medusa; são minóicos ou dióicos; alguns
com gônadas simples, mas sem ductos genitais.
Estrutura

Pólipo

Na forma jovem, o animal ostenta um aspecto tubular ou de cilindro. Na porção inferior há um


disco basal para fixação, enquanto que na extremidade oposta localiza-se a boca, sustentada pelo
hipóstoma e rodeada por um conjunto de tentáculos, que podem ser ocos ou maciços. A cavidade
interna tem função digestiva e recebe várias designações: cavidade gástrica, entérica ou
gastrovascular, não tendo ramificações. Os pólipos são geralmente fixos, desprovidos de
esqueleto e com pouca mesogléia. Estes não possuem verso.

Sistema digestivo
O tubo digestivo é incompleto, isto é, falta o ânus. A digestão é primeiro extracelular e depois
intracelular.

Sistema Respiratório
Não possuem órgãos especializados para a respiração. A respiração é aeróbia.

Sistema nervoso
Embora não haja sistema nervoso central (SNC), há uma rede de protoneurônios na mesogléia,
formando o sistema nervoso do tipo difuso.).
O sistema nervoso dos celenterados é do tipo difuso ou reticular, constituído por células nervosas
que estão interligadas umas as outras formando uma rede nervosa. Não possuem cérebro, as
células nervosas estão localizadas na mesogléia.

Reprodução
Geralmente ocorre por metagênese (alternâncias de gerações) na qual a fase assexuada é
representada pelo pólipo e a fase sexuada é representada pela medusa
Medusa
Na fase adulta o animal ostenta forma de guarda-chuva ou cogumelo. Umbrela - É a parte mais
volumosa da medusa, que corresponde ao pano do guarda-chuva.
Manúbrio ou cabo - É a parte tubulosa da medusa, que corresponde ao cabo do guarda-chuva.
Na extremidade livre fica a boca, que serve como porta de entrada dos alimentos e também de
saída de catabólitos, funcionando, portanto, como se fosse o ânus.
Véu ou craspedon - É um órgão que favorece a locomoção. As medusas que o possuem são
ditas craspédotas, como as da classe Hydrozoa, e as que não o possuem são chamadas
acraspédotas, como as da classe Scyphozoa.
Tentáculos ou braços orais - São formações alongadas que se prendem na umbrela e que se
localizam geralmente ao redor da boca.

Modos de vida
As medusas são móveis, planctônicas e sempre solidárias.
Os pólipos são siseis ou fixos

Classificação científica
O filo Cnidária está dividido em quatro classes de organismos:
Cubozoa - as medusas em forma de cubo;

Hydrozoa - as hidras, algumas medusas, a garrafa-azul e os corais-de-fogo;

Scyphozoa- as verdadeiras água-vivas;

Anthozoa - as anêmonas-do-mar e corais verdadeiros

Classe Hydrozoa
Nesta classe encontram-se um grande número de cnidários. Entretanto eles são animais isolados
ou coloniais, muito pequenos e pouco conhecidos que apresentam duas formas: Hidopolipos e
hidromeduzas.Os hidrozoários podem apresentar tanto a forma polipóide como medusóide, ou
então as duas durante o ciclo de vida. Dentre os membros mais estudados, são destacados a
Hydra, que é de água doce, na qual desapareceu o estágio medusóides.
Classe Scyphozoa
Nesta classe compreende animais isolados, que apresentam duas formas: cifopolipos e
cifomedusas sendo a forma predominante a meduza. O representante mais conhecido é a Aurélia
aurita (medusa), esta encontra-se numa forma côncava, possui tentáculos e encontram-se
separados por oito tentáculos, no manubrio encontram-se estruturas de sustentação do animal,
que podem ser chamados de braços. Na boca encontramos a faringe que se liga com a cavidade
gastrovasular.

Classe Cubozoa
A maioria dos animais desta classe, são tóxicos. Abundam em mares tropicais e subtropicais. Os
cubopólipos das espécies com ciclos habitam em estuários e mangais; a cubomedusa mais
perigosa aos seres humanos é encontrada na Austrália. As sinapomorfias da classe são: forma
cubóide da medusa, presença de velário (dobra da subumbrela, semelhante ao véu da
hidromesas, mas posicionado mais internamente e apresenta canais gastrovasculares).

Classe Anthozoa
Nestes organismos o estágio medusóide está completamente ausente. São as anêmonas-do-mar,
os corais escleratínios (produtores de esqueletos externos de CaCO3) e octocorais característicos
com oito tentáculos.
É a maior classe dos cnidários. Apresentam cavidade gastrovascular mais especializada que as
outras classes, com várias divisões de um mesentério longitudinal, fixados na parede do corpo, o
que aparentemente auxilia na circulação de água e na digestão de presas maiores.
Filo platyhelminthes Data: 09/08/2018

Platelmintos (do grego platys = chato; helminthes = verme) ―são animais do filo
Platyhelminthes, pertencente ao reino Animalia. São considerados vermes, tais como o são
considerados os dos filos Nematelmintes e Anelidea.

Características Evolutivos
 Presença do sistema bilateral;

 Sistema nervoso formado por gânglios;

 Presença da mesoderme que produz a musculatura;

 Presença de gônadas que possuem condutos, que são as ramificações onde passa o sémen.

Características que leva os platelmintos serem inferiores aos bilatérios


 Ausência de celoma;

 Tubo digestivo ramificado para diferentes partes do corpo, apresentando assim, uma
digestão intra-celular.

 Ausência de ânus

 O facto de serem hermafloditas.

Características Gerais
 São vermes achatados dorso-ventralmente, segmentado ou não, com a forma de uma
folha, devido à ausência de sistema digestivo/circulatório.

 São triblásticos e acelomados;

 São neuromiários do tipo hiponeuros, ou seja, o sistema nervoso localiza-se abaixo do


tubo digestivo e são protostômios, isto é, a boca é derivada do blastóporo da gástrula;

 Ausência de ânus;
 Apresentam simetria bilateral, sendo hermafroditas em geral, com vida livre ou parasitas;

 A presença de protonefrídeos (um conjunto de células-flamas) com função de excreção.

 Têm como habitat ambientes muito húmidos, em águas doce e no mar, como também
parasitam alguns animais.

Sistema respiratório e circulatório


São privados de sistema respiratório e circulatório. Nas espécies de vida livre a respiração é
aeróbia, sendo que as trocas são feitas por difusão através do epitélio permeável. Já nos parasitas
a respiração é anaeróbia. Pela ausência do sistema circulatório, as ramificações do sistema
digestivo auxiliam a distribuição do alimento.

Sistema digestivo
Não apresenta abertura na ingestão, portanto é incompleto. Se constitui de boca, faringe e
intestino ramificado que termina em fundo cego. Os cestóides não possuem sistema digestivo. A
digestão é extra e intracelular.

Sistema nervoso
São os primeiros animais com um sistema nervoso central que é formado por um anel nervoso,
ligados a cordões longitudinais ou por um par de gânglios cerebróides e encontram-se na parte
anterior dos platelmintos.

Sistema excretor
A excreção é feita por células-flama (ou solenócitos ou protonefrídios). Estruturas típicas dos
platelmintos, as células-flamas eliminam os excretos para a superfície corpórea.

Reprodução - Geralmente são hermafroditas outros são monóicos, sendo que alguns se
reproduzem por partenogênese.
Classificação
Este filo encontra-se distribuído em quatro classes, a saber:
 Turbellaria (Turbelários) - Platelmintos de vida livre, com epitélio ciliado (Ex: a
planária (Digesia tigrina e Geoplana sp.).

 Trematoda (Trematódios) - Vermes parasitas com epiderme não-ciliada e uma ou mais


ventosas (Ex: Schistosoma mansoni).

 Cestoda (Cestódios) - Formas parasitas com corpo dividido em anéis ou proglotes (Ex:
Taenia solium.).

 Monogénea

Classe turbellaria
Os turbelários apresentam a forma de uma folha, são aquáticos (dulcícolas), de vida livre,
locomovendo-se graças aos cílios epidérmicos, contracções musculares e mucosidade produzida
por células especiais. São de água doce e salgada, poucas vezes dependem do sol, vivem nas
pedras, por baixo das folhas, as vezes enterrados ao solo, são de vida livre, movem-se por meio
de cílios, o representante mais comum é a planaria, é inactiva durante o dia devido a luz solar e
activa durante a noite.

Morfologia
As planárias possuem uma cabeça triangular devido às expansões laterais, ditas aurículas, para
tacto e quimiorrecepção.
Boca: É uma abertura que funciona também como ânus.

Faringe Protáctil: É uma estrutura tubular e alongada, que serve para capturar alimentos.

Ocelos (olhos): São estruturas fotorreceptoras (promovem a percepção da luz), porém não
formam imagens, apenas captam luminosidade.

Aurículas: São duas projecções laterais quimiorreceptoras (percebem a presença de substâncias


químicas na água).
Cílios: São filamentos localizados na epiderme da região ventral, que contribuem juntamente
com o muco secretado por glândulas, na locomoção por deslizamento.

Poro Genital: É o orifício por onde ocorre a troca de espermatozóides durante a fecundação
cruzada.

Historia Natural das Planarias


As planárias são predominantemente carnívoras. O intestino é em fundo cego, com a boca
servindo tanto para a ingestão quanto para a egestão. As ramificações presentes no intestino
(divertículos laterais) aumentam a superfície para a digestão e distribuição dos alimentos. Isto
compensa a ausência de um sistema interno de circulação. Assim, estes alimentam-se de peixes,
crustáceos, moluscos vivos ou mortos, capturados pela boca, a captura de alimentos em algumas
espécies como mesostoma pelo processo de apunhalamento do seu próprio pénis, que se encontra
em forma de estilete (músculos). A digestão é portanto inicialmente extracelular e
posteriormente intracelular e os alimentos não digeridos são lançados pela boca por ausência de
ânus.
A Planária apresenta a região dorsal bastante pigmentada e a região ventral mais clara.

Sistema Respiratório
Ausente, com respiração por difusão cutânea directa (através da epiderme) nos de vida livre e
anaeróbia nos parasitas.
Sistema Circulatório
Ausente, sendo a distribuição dos alimentos feita por difusão pelo intestino ramificado. Sistema
Excretor
Presente, sendo feita pelas células-flama ou solenócitos ou protonefrídios. São animais Am
oniotélicos (excretam amônia).

Sistema Nervoso
Presente do tipo ganglionar, sendo constituído por um par de gânglios cerebrais, com dois
cordões nervosos longitudinais comunicados por comissuras transversais.
Reprodução
São hermafroditas e outras são dióicas, porém realizam fecundação recíproca; são ovíparas e o
desenvolvimento é directo, portanto, não há larvas.
O sistema de órgão do macho é formado por vários testículos, possuem um pénis musculoso (em
forma de estilete), apresentam uma vesícula seminal (bolsa de espermatozóides).
O sistema da fêmea é composto por dois ovários onde se produzem gâmetas femininas, dois
ovidutos que vão transportar óvulos, duas glândulas vitelinas, uma vagina que se abre após o
poro genital e uma bolsa de cópula ou receptáculo seminal.
Filo Molusca Data: 14/08/2018
Do latim molis = mole (animais de corpo mole), não são segmentados, formados por uma cabeça
anterior, possuem um manto, também conhecido por massa visceral dorsal (protege as vísceras),
possui um pé ventral, em algumas espécies na camada externa encontramos uma camada calcária
ou concha calcária, em alguns animais essa concha encontra-se internamente.

Características gerais
São invertebrados triblásticos de corpo mole, isto é, apresenta três folhetos germinativos
(endoderme, mesoderme e ectoderme), celomados do tipo esquizocélicos, neuromiários do tipo
hiponeuros e protostômios;

 São de simetria bilateral, em algumas classes corpo enrolado, uns com conchas outros
sem conchas;

 Possuem uma vida livre e, raramente, parasitária (larva gloquídia);

 São em geral móveis (ostras e mariscos são fixos) e apresentam rádula, que é uma língua
provida de dentículos para a trituração, exclusiva dos moluscos, excepto os pelecípodos.

 Não possuem a segmentação, a concha pode ser interna, externa ou ausente;

 A região cefálica é desenvolvida, excepto nos bivalves e escapophora;

 Muitos possuem os órgãos de tacto e olfacto, possuem olhos que desempenham uma
função complexa que se assemelha com uma máquina fotográfica;

 Possui estatocistos com função de equilíbrio;

 Alguns são hermafroditas e pouco são protambricos

As características básicas
corpo mole, não segmentado, com simetria bilateral, triblásticos, celomados, trato digestivo
completo, sistema circulatório aberto, com presença de sistema respiratório, excretor e nervoso.
Classificação
Este filo apresenta sete classes que têm a morfologia, hábitos e costumes diferentes que varia de
classe para classe. Essa classificação tem a ver com o número de placas que compõem a própria
concha e posição do pé ventral, que são órgãos de locomoção, fixação ou escavação.

Aplacophora - são animais com corpo vermiforme achatados, não possuem conchas nem pé
ventral.

Polyplacophora - são achatados dorsoventralmente, principalmente na parte da cabeça, possuem


oito placas.

Monoplacophora são achatados, possuem uma única concha.

Gastopodes são moluscos que apresentam os primeiros manifestos de desenvolvimento da


cefalização, o seu corpo encontra-se retorcido, a massa visceral encontra-se enrolada, num
sentido anti-orario, possuem um pé na posição da cabeça, o seu pé é rastejante e largo (Ex:
lesmas).
Bivalva são todos moluscos que possuem duas conchas, com a capacidade de fechar e abrir,
como uma dobradiça, o seu corpo é um pouco mole e um dos representantes é a amêijoa.

Scaphopoda são moluscos com o hábito de escavarem a terra, o seu corpo encontra-se em forma
de tubos, possuem fendas que ajudam na escavação, o género mais conhecido é o dentallium.

Cephalopoda são moluscos com um sistema cefalizado, o seu pé encontra-se dividido em


braços, a sua concha é muito reduzida, e em alguns casos não existe (lula, polvo).

Digestão
O tubo digestivo é completo e a maioria apresenta na boca uma estrutura característica do grupo,
que é a rádula. Com essa língua munida de dentículos quitinosos, o animal raspa algas e outros
alimentos. A rádula não aparece nos bivalvos filtradores como a ostra e o mexilhão. A digestão
é, via de regra, extracelular.
O sistema circulatório
Na maioria dos moluscos, a circulação é aberta (também chamada lacunar) ou hemocélica, como
nos artrópodos.

A excreção
É graças aos nefrídeos ou rins que se encontram em número de um, dois ou três pares ou órgãos
de Bojanus, situados na câmara pericárdica. Pelo conduto do nefrídio as excreções são
eliminadas do corpo do animal.

A respiração
É graças a várias brânquias (ctenídeos), possui um pulmão que se encontra na cavidade do
manto ou palial Em alguns moluscos terrestres (lesma) e nos transmissores da esquistossomose e
fasciolose (Biomphalaria e Lymnea) a respiração é pulmonar.. Os moluscos primitivos não têm
sistema respiratório; portanto, a respiração é cutânea ou tegumentar.

O sistema nervoso
É do tipo ganglionar ventral descentralizado, muito desenvolvido, mostrando vários pares de
gânglios unidos por cordões nervosos, possui três pares de gânglios, um cerebral, um pedal (na
parte do pé) e outro ao nível do manto

A reprodução
Os moluscos em geral são dióicos (sexos separados), embora os caracóis terrestres sejam
monóicos. A fecundação é recíproca, cruzam interna ou externamente, sendo, portanto, ovíparos
ou ovulíparos.
Classe Gastropodes Data: 09/08/2018
A classe Gastropoda é a maior classe de moluscos, sendo representada pelos caracóis, e lesmas.
Compreende formas marinhas, de água doce e terrestres. A cabeça é bem desenvolvida, com dois
pares de tentáculos sensoriais, um deles provido de olhos nas extremidades. O pé é grande,
musculoso e serve para locomoção, enquanto que a massa visceral fica encerrada dentro da
concha. Nas formas terrestres, junto à abertura da concha há um orifício que comunica o meio
externo com a cavidade do manto denominado poro respiratório ou pneumostoma. Nestas
espécies, o manto é vascularizado e funciona como um verdadeiro ―pulmão‖. Podemos observar
ainda o ânus e o poro excretor.

A evolução dos gastrópodes envolveu principalmente quatro fases:


 Fase da cefalização, aqui eles começaram a reunir os primeiros órgãos dos sentidos;

 De alongamento do corpo, num sentido dorsoventralmente;

 Espiralização da concha; e

 Torção do corpo, esta é muito importante pois, junta-se a fase de espiralização para dar
forma do corpo.

A classe Gastropoda subdivide-se em três subclasses com hábitos diferentes:


Prosobranquias, são de todos caracóis que tem a forma de respiração por brânquias;
Opistobranquias, são de todos caracóis que mostram a distorção do corpo, sendo este um facto
importante na resistência do animal, a concha é ausente e em outros é reduzida;

Pulmonata, são de todos caracóis que a sua respiração é levada a cabo graças aos pulmões, (caso
de lesmas).
Morfologia do Caracol do Jardim
Possui uma cabeça carnosa, com dois tentáculos onde encontramos um par de olhos, a sua
cabeça une-se directamente ao pé (ventral), todos estes elementos (cabeça, pé e tentáculos)
podem entrar no interior da concha através do músculo columilar. Existe um epitélio mucoso que
permite a segregação do muco que garante o movimento do corpo, segrega também uma
substância que permite uma cobertura ao animal evitando a dissecação, possui um poro genital
próximo da cabeça do lado direito. O sistema digestivo é completo (uma boca e um ânus),
apresenta uma faringe muscular que participa no processo digestivo, possui uma rádula, um
intestino dobrado, um estoma, duas glândulas salivares, um pulmão que participa no processo
respiratório que se encontra circundado por vários vasos que desempenham várias funções,
como, purificação do sangue, levam o sangue do coração as diferentes partes do corpo, das
diferentes partes do corpo ao coração, passando pelos pulmões. O caracol apresenta uma aurícula
e um ventrículo, apresenta ainda um grupo de gânglios, a destacar: Cerebral (encontramos no
cérebro); Oral (encontramos na boca); Visceral (nas vísceras) e Pedal (no pé).

Historia Natural
Os caracóis terrestres, são mais activos durante a noite, e no tempo húmido. Estes deslocam
lentamente graças a um músculo que se encontra no pé (columear) que cujo esta é caracterizado
como distorção lenta. Vivem por baixo das folhas, troncos, pedras entre outros objectos.
Alimentam-se de pequenos insectos à sua volta (vivos ou mortos), sendo esses, emulcionados
antes de ingeridos, em alguns momentos eles fecham a sua concha (por epifragma) ficando nos
buracos para evitar a perda de água no interior do animal, esta fechadura é chamada epifragma
(separa o meio ambiente do interno evitando a dissecação do animal).

Reprodução
Nos hermafroditas é rara a auto-fecundação, sendo mais comum a fecundação recíproca. Em
algumas espécies, o indivíduo produz, inicialmente, só gâmetas masculinos, funcionando como
macho; a seguir, produz gâmetas femininos.
Importância
São largamente utilizados na culinária, conhecidos como frutos-do-mar (ostras, mexilhões, polvo
e lulas) ao lado dos crustáceos (camarões e siris).
Classe cephalopoda
Os cefalópodes formam um grupo muito especializado dentro dos moluscos. A classe é
representada pelos polvos, lulas, argonautas, náutilos, entre outros, todos são marinhos. A
maioria apresenta adaptações para um modo de vida mais activo, são predadores e nadam com
relativa rapidez.
Todos os animais desta classe, apresentam um cérebro desenvolvido devido o seu tipo de
locomoção. O tamanho destes varia de 6-70cm de comprimento e até alguns atingem o
comprimento de 16-20m. A concha é muito reduzida ou ausente, nas lulas e sépias ela é interna
e transparente, denominada pena. Nos náutilos é externa, espiralada e dividida em câmaras por
septos. A primeira câmara contém o animal e as outras apresentam um gás cuja quantidade
regula a flutuabilidade e, consequentemente, a profundidade do animal.
A locomoção rápida neste grupo é feita por jato-propulsão, isto é, o animal expele a água
presente na cavidade do manto por contracções musculares através de um sifão exalante, que
junto com os tentáculos representam uma modificação do pé, impulsionando o corpo do animal.

Morfologia e História natural


As manchas que encontramos por cima da lula são chamadas de manto, cujos cromóforos são
responsáveis pela coloração dos mesmos. Na estrutura da lula encontramos o colar que divide a
cabeça e o manto, é desse colar que a água penetra no interior do animal transportando o O2 para
a respiração e essa água é responsável pela locomoção do animal. O sifão representa o pé ventral
desses animais. Os tentáculos encontram-se na parte da cabeça, representados por dois tentáculos
e oito braços com ventosas em cada uma. Os tentáculos tem como função, a captura dos
alimentos, e os braços ajudam na locomoção e alimentação. Na boca, encontramos a rádula que
ajuda na trituração e digestão dos alimentos. Mas no interior, o animal, apresenta uma bolsa de
tinta que tem a função de protecção contra inimigos, ainda na parte interna, encontramos uma
estrutura de cor esbranquiçada, denominado tecido adiposo que está em forma de um saco com
água, este tem a função de dar equilíbrio ao animal. Na pele das lulas existem estruturas
denominadas cromatóforos que têm como função permitir ao animal mudar de cor e,
confundindo-se com o ambiente tornando-se pouco visíveis aos seus predadores e as suas presas.
No polvo esta característica é ausente o que lhe dá maior flexibilidade. Como mecanismo de
defesa, os polvos bem como as lulas possuem uma bolsa de tinta. Quando em perigo, eles
secretam na água um líquido de cor preto, formando uma cortina que encobre a visão do atacante
o que lhe possibilita a fuga. Na parte interna, apresenta uma concha interna que tem a função de
dar forma e proteger os órgãos internos do animal. As lulas podem ser luminescentes graças a
algumas células chamadas fotóforos, que encontramos distribuídos no manto. Os cefalópodos
locomovem-se por jato-propulsão, isto é, a saída de água dá-se através de um sifão. Eles
defendem-se por camuflagem e, ainda, por eliminação de tinta, facilitando a sua fuga, pois essa
secreção confunde o inimigo.
Filo annelida Data: 16/08/2018
O filo Annelida (do Latim, annellus, pequeno anel) é composto por organismos verme formes
cilíndricos que, como se afirmou, possuem metâmeros em todo o comprimento do corpo. O
corpo divide-se em três regiões: prostômio (anterior), tronco e pigídio (posterior).
Os metâmeros dos Anelídeos caracterizam-se por serem homónomos ou iguais, nas classes
inferiores, e heterónomos ou diferentes, nas classes superiores.
Os anelídeos são animais de corpo alongado, segmentado, triploblásticos, protostômios e
celomados, ou seja, com a cavidade do corpo cheia de um fluido onde o intestino e os outros
órgãos se encontram suspensos.

Características morfológicas, ecológicas e modo de vida e reprodução dos Anelídeos


Características gerais
Os anelídeos apresentam o corpo cilíndrico e Metamerizado.
 São animais triblásticos (possuem ectoderme, mesoderme e endoderme),
 celomados (a cavidade do corpo é totalmente revestida pelo celoma), esquizocelomados
e protostômios (blastoporo evolui originando a boca).
 Possuem um intestino muscular com boca e ânus (completo). Possuem também simetria
bilateral, sendo monóicos. Em geral e a musculatura é dupla; uma longitudinal e outra
Circular. O celoma funciona como se fosse um esqueleto Hidrostático. Os anelídeos são
de vida livre, comensais, Ectoparasitas ou endoparasitas. Ocorrem na água doce ou
Salgada e em solos húmidos. O tamanho varia de milímetros (tubifex sp.) Até 3 metros de
comprimento.
Apresentam um prostômio (lobo carnoso recobrindo a boca) pré-segmentar, contendo um
gânglio nervoso, e um pigídio (região posterior não segmentada). A parede do corpo muscular,
frequentemente com camada muscular completa e quatro blocos de músculos longitudinais.
Esses animais têm um sistema circulatório fechado composto por um vaso sanguíneo

O tubo digestivo
É presente, do tipo completo, com digestão extracelular. Apresentam papo, moela, tiflosole e
dois cecos gástricos. Esta é especializado, devido à variedade das dietas, uma vez que muitas
espécies são predadoras, outras alimentam-se por filtração, outras ainda ingerem sedimentos, dos
quais o intestino tem de separar a parte nutritiva; finalmente, as sanguessugas alimentam-se de
sangue de outros animais, por sucção. A excreção é levada a cabo graças aos metanefrídeos e
protonefrideos.

Sistema Excretor
É presente, sendo feita por nefrídios (um par em cada segmento do corpo; retiram as excretas do
celoma e as lançam na superfície do corpo do animal). São animais Amoniotélicos (excretam
amônia).

O sistema nervoso
É presente, do tipo ganglionar ventral. Apresenta os gânglios cerebróides, sub-faringeanos e uma
cadeia nervosa ganglionar ventral. É formado por um cordão ventral, a partir do qual saem
nervos laterais em cada segmento.

Sistema Reprodutor
Presente, com reprodução sexuada por fecundação externa ou interna. São monóicos ou dióicos.
O desenvolvimento pode ser directo ou indirecto, havendo a formação da larva trocófora. Para
os poliquetas realizam a esquizogênese, que é um tipo de reprodução assexuada

Classificação
O Filo Annelida apresenta 3 grandes classes: Polychaeta (gr. Polys = muito + chaíte = cerdas),
Oligochaeta (gr. Oligo = poucos + chaíte = cerda) e Hirudinea (Lt. Hirudo = sanguessuga) ou
Achaeta (sem cerdas) e dois grupos menores. Os Oligochaeta e os Hirudinea pertencem à actual
Classe Clitellata, mas muitos autores consideram-nos classes distintas.
Classe Polychaeta
São anelídeos que apresentam muitas cerdas e parapódios, órgãos dos sentidos bem
desenvolvidos, e cerdas numerosas (geralmente no parapódio), porém, não possuem clitelo.
Apresentam respiração branquial, sendo que as brânquias localizam-se nos parapódios. São
animais marinhos, dióicos, em que as gônadas aparecem como um inchaço durante a estação de
reprodução. Os gâmetas são descarregados no celoma e postos fora do corpo com o nefrídeo ou
em consequência da parede do corpo que se rompe. São de fecundação externa, desenvolvimento
indirecto, apresentando a larva trocófora. A maioria é marinha.

Classe Oligochaeta
São anelídeos que apresentam poucas cerdas. Apresentam clitelo, entretanto, não apresentam
parapódios nem cabeça diferenciada do restante do corpo. São animais aquáticos, alguns são
terrestres de solo húmido, monóicos, de fecundação externa e cruzada e desenvolvimento
directo. O principal representante desse grupo é a minhoca. Ela tem a pele coberta por uma fina
película e produz uma substância viscosa; esse muco diminui o atrito com o solo, protege a pele
do contacto com possíveis substâncias tóxicas e mantém a humidade, que é fundamental para a
respiração cutânea. A minhoca desempenha um papel importante na fertilidade do solo. Ela cava
"túneis", actua como arado, aumentando a aeração e a circulação da água. Além disso, as suas
fezes contêm, substâncias nutritivas que se misturam com a terra e agem como adubo,
fertilizando o solo

Classe Achaeta ou Hirudinea


São anelídeos que caracterizam-se por não apresentarem cerdas nem parapódios, porém,
possuem clitelo. São animais hermafroditos, monóicos, de fecundação interna e cruzada e
desenvolvimento directo (sem larva). (Ex.: Sanguessuga). Têm um número fixo dos segmentos
(geralmente 34), um corpo dorso-ventralmente aplainado, uma ventosa anterior e posterior
(geralmente), nenhum parapódio, e geralmente nenhuma cerda. O celoma não é subdividido por
septos na maioria das espécies e é preenchido com o músculo e tecido conjuntivo. A maioria das
sanguessugas é encontrada em habitats de água doce, mas algumas são marinhas e algumas são
terrestres (mas elas requerem ambientes mornos, húmidos). As sanguessugas podem ser
predadoras ou parasitas. As espécies parasitas fixam-se no hospedeiro através de ventosas.
Então, por meio de pequenos dentes, a pele da vítima, provocando hemorragia e sugando o
sangue libertado.
Data: 08/09/2018

Filo Artrópoda
O Phylum Arthropoda (grego arthros = articulação + podes= pés) contém parte dos animais
conhecidos, mais de 1.500.000 espécies, e muitos deles com inúmeros indivíduos. Fazem parte
deste filo, os caranguejos, o camarão, os insectos, as aranhas, os escorpiões, pulgas,
centopeias, mil pés e outras formas menos familiares e fosseis. As diferentes espécies estão
adaptadas a viver no ar, na terra, no solo, na água doce, salubre ou salgada. Outros são parasitas
de plantas ou de animais. É o único filo de invertebrados com numerosos membros adaptados a
vida terrestre; e os insectos são os únicos invertebrados voadores.

Origem e Evolução
Os artrópodes são protostómios (blastóporo contribui para a formação da boca) e relacionam-se
claramente com os anelídeos, mas não se sabe se os artrópodes surgiram dos anelídeos ou se
ambos surgiram de um ancestral comum e acredita-se que essa ultima hipótese seja mais aceite.
Entretanto, pode ser evidenciado pela presença de metameria, pela mesma organização do
sistema nervoso e, primitivamente, pela presença de um par de apêndices por segmento, também
observado nos poliquetos.

Características Gerais dos Artrópodes.


 Membros locomotores articulados.

 São triblásicos, celomados, e com simetria bilateral.

 Têm o corpo segmentado e dividido em três partes: cabeça, tórax e abdome. Pode ocorrer
fusão da cabeça com o tórax; nesse caso o corpo apresenta-se dividido em duas partes:
cefalotórax e abdómen.

 Sistema digestivo completo; a excreção ocorre através de estruturas especiais: túbulos de


Malpighi, nos insectos, nos quilópodes e nos diplópodes; glândulas coxais, nas aranhas;
glândulas verdes, nos crustáceos.
 Sistema respiratório completo, a respiração acontece através de brânquias, traquéias ou
pulmotraquéias.

 Sistema nervoso ganglionar, bem desenvolvido. Com gânglios pares, cordões nervosos
ventrais com gânglios concentrados em cada segmento, os órgãos de sentido constituído
por antenas e pêlos sensitivos. O sistema nervoso, os olhos e outros órgãos de sentidos
por serem relativamente grandes e bem desenvolvidos, respondem rapidamente aos
estímulos.
 A circulação é aberta, isto é, o sangue circula primeiramente por vasos e, a seguir, é
projectado para lacunas no meio dos tecidos, de onde volta depois para os vasos. O
sangue tem características mistas de sangue e linfa, daí preferivelmente ser chamado de
hemolinfa.

 São organismos geralmente dióicos (com sexos separados). A fecundação é interna; o


desenvolvimento pode ser directo ou indirecto, com metamorfose ou não.

 Apresentam órgãos dos sentidos bem aperfeiçoados e situados na cabeça.

 A excreção se faz por meio dos tubos de Malpighi (na maioria deles), estruturas mais
evoluídas que as nefrídias de uma minhoca.

 Órgão dos sentidos muito especializado situados na cabeça (órgãos auditivos, olhos e
antenas).

 Alguns sofrem metamorfose durante o seu desenvolvimento.

 São dotados de um exoesqueleto, que contém quitina (polissacarídeo). O exoesqueleto é


produzido pela epiderme e limita o crescimento do animal; por isso ocorrem mudas ou
ecdises. Nos crustáceos é comum o exoesqueleto apresentar-se impregnado de sais de
cálcio, que lhe conferem maior resistência. A maioria dos artrópodes passa por 4 a 7
mudas até atingir o estágio adulto.
Classificação dos Artrópodes
Os artrópodos, conforme a divisão do corpo, número de patas, antenas e aparelho bucal, podem
ser divididos em cinco classes principais: os insetos, os crustáceos, os aracnídeos, os
quilópodos e diplópodos.
Estrutura e funcionamento dos olhos facetados ou composto Data: 06/09/2012
Possui uma superfície externa redonda, coberta por uma cutícula transparente, a córnea, a qual
está dividida numas 2500 facetas microscópicas. A faceta é o extremo externo de uma unidade
visual de forma cónica, o omatídeo. Cada um destes consiste em: 1) faceta de córnea ou lente; 2)
duas células corneogenas que segregam a lente; 3) córnea cristalina formada por quatro células
córneas; 4) células pigmentarias distais a volta do cone 5) uma reticula cónica grande formada
por 8 células que formam um rabdoma; 6) células pigmentárias basais a volta da retina; e 7) uma
célula de tapete.
Este olho forma imagem em mosaico ou por oposição, devido a luz das diferentes partes do
objecto é registada em omatídeos diferentes.
Subfilo Chelicerata /Quelicerada (aranhas e formas afins) Data: 06/09/2012

Os Cheliceratas (gr. Chele=pinça+keros=corno) compõem um grupo variado de aranhas,


caraças, escorpiões, etc. Os membros deste grupo diferem na forma do corpo e a natureza dos
seus apêndices. São animais terrestres de vida livre e de pequeno tamanho. ―Nenhum
quelicerado possui antenas, sendo o único subfilo dos artrópodes no qual elas se encontram
ausentes. O primeiro par de apêndices são estruturas alimentares, chamadas quelíceras. O
segundo par são os pedipalpos e encontram-se modificados para realizar diferentes funções nas
diversas classes. Os pedipalpos são geralmente seguidos de 4 pares de patas.
Existem 3 classes de quelicerados, sendo duas delas pequenas (Merostomata e Pycnogonida)
com espécies marinhas, mas a maioria dos quelicerados é terrestre e pertence à classe Arachnida.

Características Gerais
 Corpo geralmente formado por cefalotórax e um abdómen diferentes (excepto em
Acarina), tipicamente com seis pares de apêndices articulados. Quelíceros, pedipalpos e
quatro pares de patas todas no cefalotórax, sem antenas ou mandíbulas.

 Peças orais e tubo digestivo especialmente adaptados para chupar e em alguns casos com
glândulas venenosas.

 Respiração por sacos pulmonares, traqueias e sacos brânquias.

 Respiração através de tubos de malpighi que são pares por glândulas coxais ou por
ambos.

 Sistema nervoso com gânglios dorsais (cérebro) e cordão nervoso ventral formado por
gânglios pares ou bem concentrado parte anterior, olhos normalmente simples e pares;
pelos tácteis no corpo.

 Geralmente os sexos são separados; uma única abertura sexual na parte anterior do
abdómen. Fecundação interna; na maior parte ovíparos com desenvolvimento directo ou
com fases larvais.

 Geralmente terrestres e solitários de vida livre de predadores ou parasitas


Classe Merostomata
São quelicerados aquáticos, caracterizados por cinco ou seis pares de apêndices abdominais
modificados como brânquias e por um télson em forma de esporão na extremidade do corpo.
Este grupo caracteriza-se por ter uma carapaça que protege o cefalotórax do animal, um segundo
par de pedipalpos e télson, um apêndice espinhoso que se projecta na zona posterior e lembra
uma cauda. Os merostomados são artrópodes exclusivamente aquáticos. O grupo é dividido em
duas classes: Eurypterida (extintos) e Xiphosura, sendo a última representada pelos límulos.

Classe Pycnogonida (aranhas-do-mar)


Já foram descritas mais de 1000 espécies, todas incluídas numa única ordem. A classe constitui-
se de pequenos artrópodes bentônicos marinhos (menores que 6cm de comprimento), sendo
considerados por muitos zoólogos como não relacionados com os demais quelicerados e, até
mesmo, com outros artrópodes. O primeiro apêndice (o quelíforo) é quelado de modo semelhante
à quelícera ou pinça, o segundo (o palpo) pode ser homólogo ao pedipalpo. A maioria das
espécies possui 4 pares de patas locomotoras. Entretanto, há aquelas com 5 ou 6 pares. As pernas
são bem desenvolvidas e podem ser longas. O cefalotórax não tem carapaça e apresenta dois
olhos simples. O abdómen não é segmentado e é desprovido de apêndices. Não há órgãos
excretores ou para trocas gasosas. Os adultos alimentam-se principalmente de esponjas, cnidários
e briozoários.

Classe Arachnida /aracnideos Fazem parte desta classe as aranhas, os escorpiões, ácaros,
caraças e outros. São terrestres geralmente com dois pares de peças bucais (queliceros e
pedipalpos) e quatro pares de patas.
Abundam mais em zonas quentes e secas. Muitas possuem glândulas e unhas venenosas, através
das quais matam insectos e outros pequenos animais, cujos líquidos e tecidos servem de
alimento.

Ordem Aranae: onde estão incluídas as aranhas. Esta ordem é constituída por mais de 20,000
sp. Habitam em varios lugares, desde o nível do mar as montanhas mais altas, desertos, florestas,
entre rochas, junto as cascas, etc.
Morfologia externa da aranha.
Corpo formado por cefalotórax e abdómen, redondeados e não segmentados e unidos através de
uma cintura delgada ou pedúnculo. Oito olhos simples situados anteriormente e com seis pares
de apêndices na parte ventral do cefalotórax.
Cada uma das quelíceras possui um segmento basal e uma unha terminal, com um conduto, perto
do extremo, que se comunica com uma glândula venenosa situada dentro do cefalotórax. O
pedipalpo é usado para mastigar o alimento. E nos machos o extremo de pedipalpo converte-se
recipiente para transferir esperma. Há quatro pares de patas locomotoras formadas cada uma por
sete peças e que terminam em duas ou três unhas dentadas. Todas as partes externas estão
cobertas por uma cutícula com numerosos pêlos, alguns de natureza sensorial.
As aberturas externas são: boca situada entre os maxilares e ventralmente no cefalotórax;
abertura genital antero-ventral do abdómen; abertura por uma placa; 4 entradas aos sacos
pulmonares e cada lado da abertura genital um espiráculo diante do ânus que se comunica com a
traqueia; 2-3 pares de fileiras as vezes unidas cada uma com tubos numerosos donde sai a seda
segregada por glândulas localizadas no abdómen; o ânus que é terminal.

Organização interna
Sistema digestivo: boca, esófago, estômago chupador, estômago principal com pares de bolsa,
sendo uma dorsal e uma cada pata; o intestino recto, dentro do abdómen; glândula digestiva
multiramificada (fígado) recto, bolsa estercoral e ânus. É do tipo completo e a digestão é extra-
celular e extra-intestinal, nas aranhas, onde seus sucos digestivos são injetados no corpo das
presas (local onde é feita a digestão do animal). Ela não devora a presa, apenas pode absorver
líquidos. Injeta-lhe saliva e depois aspira o líquido resultante da digestão dos órgãos da presa.

Sistema circulatório: parecido ao dos insectos; o coração é um tubo comprido e estreito,


muscular e contráctil, situado dorsalmente dentro do abdómen, com três pares de aberturas ou
ostíolos, rodeado por um pericárdio tubular.
Do coração sai uma aorta caudal, para trás e uma aorta anterior envia artérias pares ao esófago,
patas, olhos e glândulas do veneno. O sangue que é incolor, contém corpúsculos incolores e
hemocianina dissolvida com pigmento respiratório. O coração bombeia o sangue através da aorta
e aos seios que existem entre os tecidos. Daqui passa aos pulmonares para a aereação ou
oxigenação e volta pelas veias pulmonares à cavidade pericárdica, entrando de novo no coração
através dos ostíolos.

A respiração se verifica através de sacos pulmonares peculiares dos aracnídeos. Constituem 15 a


20 lâminas horizontais foliáceas que contém finos vasos sanguíneos. O ar que entra pela abertura
externa do abdómen, circula entre as lâminas, onde ocorre o intercâmbio entre o oxigénio e o
dióxido de carbono. As traqueias são parecidas as dos insectos, mas só se encontram no
abdómen.

A excreção se realiza através de tubos de malpighi, que se comunica posteriormente com


intestino e um a dois pares de glândulas coxais situadas na base do cefalotórax, que descarregam
o seu produto entre as patas.

O sistema nervoso é concentrado e está formado por um gânglio bilobulado sobre o esófago,
que se comunica com uma grande massa nervosa central, de onde irradiam nervos a todos os
órgãos. Os olhos são simples, com uma lente quitinosa, uma capa epitelial, bastões ópticos e
células retinais. Os pedipalpos são sensitivos (para o facto). Bom sentido para o olfacto.

Reprodução: os sexos são separados e frequentemente desiguais em tamanho, sendo as fêmeas


maiores. Os machos têm dois grandes testículos ventrais de cada lado do abdómen, debaixo do
intestino, reunidos pelos vasos eferentes enrolados a uma vesícula seminal única que conduz a
abertura genital. Na fêmea os dois ovários são grandes e ocos, cada um com um oviduto sai á
vagina, única. Dois receptáculos seminais estão em comunicação com a vagina.

Reprodução da aranha
O palpo no macho consiste de um reservatório bulboso do qual se estende um ducto ejaculatório.
Os machos quando alcançam a maturidade sexual, tecem uma pequena teia na qual depositam
uma gotícula de esperma que logo recolhem na cavidade dos seus pedipalpos. Com os palpos
cheios, o macho procura uma fêmea para acasalar, mas a corte não depende só disso. Podem
realizar uma dança nupcial antes de transferir o esperma, introduzindo os seus pedipalpos na
abertura vaginal da fêmea. Ela pode ou não matar e comer o macho depois do acasalamento.,
Mais tarde esta constrói um saco almofadado onde guarda os ovos. Outras espécies transportam a
prole dentro do abdómen. Dos ovos nascem indivíduos aos 10 a 14 dias. Estes indivíduos
permanecem no saco durante 2 a 6 semanas, ainda após a primeira muda. Os machos passam por
até 5 mudas antes da maturidade, e as fêmeas 7 a 8. Nas sucessivas mudas, as aranhas mudam de
forma, tamanho e cor.

Outros aracnideos.
Os escorpiões são compridos, com pedipalpos grandes, terminados em pinça e um abdómen
comprido terminado numa unha venenosa, e formado por 12 segmentos.
Habitam em regiões quentes e secas, escondem-se debaixo de pedras ou em orifícios pouco
profundos durante o dia e durante a noite correm livremente para capturar insectos, aranhas e
outros escorpiões que empregam como alimento. Pegam o alimento com os pedipalpos; aos
animais maiores os paralisam picando-lhes. O acasalamento é procedido por uma dança nupcial e
a fêmea produz descendência viva. Os ácaros e carrapatos (Ordem Acarina), ―são animais
dióicos com fecundação cruzada e interna, como todos os aracnídeos, porém com
desenvolvimento indireto, portanto sujeitos a metamorfoses. A larva é hexápode.
O corpo é indivisível, isto é, com a cabeça, o tórax e o abdómen completamente fusionados e
sem segmentação. O tegumento é membranoso ou coriáceo, algumas vezes com placas duras.
Uma região anterior comprida e estreita, as vezes articuladas com o corpo, contém as peças orais.
As oito patas estão colocadas lateralmente ao corpo e geralmente tem cerdas.

Algumas relações dos aracnídeos com o homem:


A viúva negra (provoca doenças ao homem quando picado, pois, é venenosa).

Os ácaros são aracnídeos de importância médica, pois alguns são causadores de doenças como a
sarna, asma, alergias e outros, como os carrapatos, são transmissores de algumas doenças como a
sarna e outras doenças da pele no homem.

Ácaros provocam doenças em plantas.


Estudo geral dos crustáceos e insecta Data: 06/09/2012

Classe Crustáceos
São marinhos, raramente terrestres, de respiração branquial, que excretam através das glândulas
verdes. Em geral, o corpo divide-se em cefalotórax e abdómen, sendo tetráceros, isto é,
portadores de quatro antenas, olhos compostos, ocelos, estatocisto, ostocisto e um número
variável de patas; embora os mais conhecidos branquiados sejam decápodos, ou seja, possuam
dez patas. Quanto ao sexo, são dióicos, com fecundação cruzada e externa, muito raramente
interna (craca) e o desenvolvimento directo ou, na maioria dos casos, indirecto). Os crustáceos
(do latim crusta, ‗crosta‘) são artrópodes caracterizados principalmente pelo corpo protegido por
uma crosta formada pelo espesso exoesqueleto quitinoso (casca de camarão), a qual ainda é
frequentemente impregnada de sais calcários (casca de siri). Durante a muda para o crescimento,
os crustáceos largam a sua crosta e, durante um certo período, apresentam-se desprotegidos. Os
crustáceos com exoesqueleto em forma de concha dura incluem as pulgas de água, caranguejos,
camarão, etc. A maioria, são marinhos (costeiros), poucos são terrestres de lugares húmidos.
Alguns carecem de exoesqueleto no abdómen (Pagums sp) e servem-se de conchas abandonadas
de caracóis. Estes artrópodes apresentam grande diversidade de formas e tamanhos.

Características principais
 Corpo revestido por uma crosta quitinosa frequentemente impregnada de sais calcários.

 Divisão do corpo em dois segmentos: o cefalotórax (cabeça e tórax) e o abdómen.

 Presença de dois pares de antenas (são tetráceros), sendo um par de antenas e um par de
antênulas, ambos com funções sensoriais de tacto e olfacto.

 Olhos pedunculados ou sésseis.

 Número de patas variável de acordo com as espécies, notando-se, contudo, a distinção


entre patas ambulacrárias ou andadoras (grandes e situadas no cefalotórax) e patas
natatórias (pequenas e situadas nos anéis do abdómen).
 Respiração branquial realizada por brânquias situadas na base das patas ambulacrárias.

 Excreção feita por glândulas verdes ou antenais, localizadas na parte anterior do corpo
(região da cabeção), abrindo-se para o exterior na base de uma saliência rígida e
pontiaguda chamada rostro.

 Circulação aberta (lacunosa) e sangue com hemocianina (pigmento respiratório de cor


azul contendo cobre) dissolvida no plasma.

 Reprodução sexuada e evolução por etapas com mudas periódicas.

 Subdivisão em duas subclasses: Entomostraca (microcrustáceos ou espécies minúsculas)


e Malacostraca (crustáceos mais desenvolvidos).

Morfologia externa
Para estudar a morfologia externa dos crustáceos vamo-nos servir do camarão como exemplo,
cujo este pertence na ordem decápoda. Em geral o corpo do camarão está dividido em duas
partes: O cefalotórax (cabeça), que é coberto pela carapaça e que tem muita importância na
classificação do camarão e o abdómen (cauda). A Cabeça é formada pela fusão de 5 segmentos,
cada um deles com 1 par de apêndices bifurcados. Há 2 pares de antenas (tetráceros), 1 par de
mandíbulas e 2 pares de maxilas

O Tórax apresenta segmentos com número variável, podendo estar fundidos ou não. Seus
apêndices são divididos em dois grupos, Maxilípedes e pereópodes. Os Maxilípedes servem
para a apresentação de alimento e ainda funcionam como elementos tácteis, quimioreceptores e
respiratórios. Os pereópodes, ou patas locomotoras, formam nos primeiros segmentos, a pinça
ou quela, usada para ataque ou defesa. No Abdômen, os segmentos não são fundidos e seus
apêndices são: Pleiópodes e Urópodes. Os Pleiópodes são natatórios e, nos machos, o primeiro
par é transformado em órgão copulador; os Urópodes são chamados também natatórios,
formados por lâminas alargadas, que nas fêmeas, protegem os ovos. O último segmento é o
Telson.
Importância dos crustáceos
Dois aspectos de importância básica, fonte de alimento e equilíbrio biológico em ecossistemas
aquáticos.

Classe dos insectos


Os insectos (do lat. Insecto, `o que tormenta, persegue, incomoda´) ―são os mais numerosos
animais da escala zoológica; somam mais de 850.000 spp. já catalogadas. Apresentam o corpo
dividido em cabeça, tórax e abdómen; são de habitat principalmente terrestre, respiram por
traqueias e excretam por túbulos de Malpighi.fazem parte desta classe os gafanhotos, moscas,
piolhos, borboletas, abelhas, mosquitos etc. São terrestres, não habitam no mar, são os mais
abundantes e estão amplamente distribuídos, são os únicos invertebrados com a capacidade de
voo. Fazem parte desta classe os gafanhotos, moscas, piolhos, borboletas, abelhas, mosquitos etc.
São terrestres, não habitam no mar, são os mais abundantes e estão amplamente distribuídos, são
os únicos invertebrados com a capacidade de voo.

Características gerais.
 corpo é dividida em cabeça, tórax e abdómen. A cabeça possui um par de antenas e peças
orais mastigadoras, chupadoras ou lambedoras; o tórax possui 3 pares de patas
articuladas.
 os insectos são hexápodos (possuem seis patas) e normalmente dois, um ou nenhum par
de asas. O abdómen é constituído por 11 segmentos com as patas terminais modificadas
em órgãos genitais.
 As patas são estruturas especializadas com determinadas funções, como correr
(formigas), agarrar e imobilizar vítimas (louva-a-deus), saltar (pulgas), nadar (besouros-
de-água).

 Corpo revestido por um envoltório proteico contendo quitina que constitui o


exoesqueleto desses animais.

 A cabeça tem sempre um par de antenas (animais díceros). Com função táctil e olfactiva.
 Olhos prestando-se para a orientação do voo (abelhas), para a localização de presas
(libélulas).

 Embora existam espécies ápteras (sem asas, como as formigas, o piolho, a pulga, a
traça) e dípteras (como as moscas e mosquitos, que apresentam apenas um par de asas),
a grande maioria, entretanto, possui dois pares de asas (tetrápteros). As asas nesses
animais, contribui para aumentar sua adaptação à vida terrestre.

 Respiração através de traqueias ramificadas que levam o oxigénio dos espiráculos pares
(furos) situados ao lado do tórax e do abdómen, directamente aos tecidos; alguns com
brânquias, traqueias ou sanguíneas.

 O tubo digestivo e formado por um intestino anterior, médio e posterior, boca e


glândulas salivares.
Data: 11/09/2012
Filo Echinodermata

Os equiodermes (gr. Echinos, ouriço/espinho + derma, pele), compreende exclusivamente


marinhos, não existindo as espécies dulcícolas nem terrestres fazem parte deste filo, as estrelas-
do-mar (classe asteroideos), os ofiuros (ofiuroideos), ouriços e dólares do mar (echinoideos),
lírios do mar (crinoideos) e pepinos do mar (holoturoidea) além de várias classes extintas. Todos
são celomados, com simetria bilateral na fase embrionária e pentaradial na fase adulta, e a maior
parte possuem um endoesqueleto duro com espinhas externas. Na sua maioria são de vida livre e
de movimentos lentos, uns poucos são pelágicos, mas nenhum é parasitário ou colonial.
São destacáveis entre os animais por não apresentarem cabeça; terem um esqueleto interno; suas
larvas apresentarem simetria bilateral e sofrerem metamorfose para gerar animais adultos de
simetria radial e, finalmente, por terem uma subdivisão interna do celoma que é usada na
locomoção e na captura de alimento. São animais de sexos separados (dióicos), sem dimorfismo
sexual.
Alguns equinodermes são empregues como alimento e seus ovos foram empregues em varies
experimentos. As estrelas-do-mar podem prejudicar os criadores de amêijoas e ostras. Os
ouriços, dependendo da sua abundância, são usados como indicadores ecológicos, ou seja
permitem ver a saúde em que se encontra um ecossistema. A inexistência de cabeça ou plano
bilateral de simetria nesses animais, torna os termos dorsal e ventral, anterior e posterior, lado
direito e esquerdo completamente impróprios. Assim, designa-se em face oral (onde situa-se a
boca) e aboral (face oposta à boca) .Os espinhos são móveis e podem auxiliar o movi-mento,
além de lhes proporcionar protecção. Possuem um sistema ambulacral, exclusivo desse filo. No
corpo dos equinodermas mais comuns, há algumas projecções externas, tais como:
Espinhos: projecções do endoesqueleto; longos ou curtos, móveis (como os ouriços) ou não
(como nas estrelas-do-mar);
Pés ambulacrais (do latim, ambulare - caminhar): projecção de um sistema interno de canais no
qual circula a água do mar filtrada por uma placa porosa.

O madrepórito. Esses pés atravessam pequenos orifícios do endoesqueleto para poderem se


projectar externamente, e ajudam o animal a se locomover com flexibilidade;
Pedicelários - projecções da pele que terminam em pinças. Servem para protecção e defesa;
podem ser venenosas (ouriços) ou não (estrelas); mantém o corpo do animal.

Papilas - elevações muito pequenas da pele fina; realizam trocas gasosas.

Características gerais
Uma das características mais marcantes é a presença de um complexo sistema de lâminas, canais
e válvulas, denominado sistema aquífero. Este sistema relaciona-se com a locomoção, secreção,
respiração, circulação e até mesmo com a percepção do animal.
 São animais de vida livre,

 Simetria bilateral enquanto larva e formato pentarradial nos adultos.

 São triblásticos e celomados.

 Corpo sem cabeça nem segmentação.

 Possuem endoesqueleto calcário.

 Dotados de sistema aquífero.

 Animais dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento indirecto; produzem larvas


ciliadas.

 Não possuem sistema excretor especializado.

 Têm sistema digestivo completo.

O sistema circulatório é ausente ou reduzido ao fluido celômico; celoma recoberto por um


peritoneo ciliado, geralmente grande, com amebócitos livres no seu líquido; parte do celoma
larvário se converte num sistema vascular hídrico que costuma a ter vários pés tubulares para a
locomoção, a captura do alimento e para a respiração.

O tubo digestivo é completo, excepto nos ofiúros, onde falta o ânus. Cumpre ressaltar que, nos
equinóides, a boca é provida de um forte aparelho mastigador, a lanterna-de-aristóteles (devido
à sua semelhança com uma antiga lanterna grega), formada por cinco longos dentes acoplados
numa estrutura calcária fortes e afiados.

Origem e evolução
Os equinodermes e os celenterados tenham sido anteriormente colocados no grupo radiados na
classificação, é lógico que teria sido classificado dessa maneira, estes são superiores e que
constituem um grupo isolado, pois são de organização mais complexa entre os animais de
simetria radial. Razões exclusivas, como o sistema vascular hídrico, o endoesqueleto calcário e
os pedicelários (pinças na superfície corporal para captura de alimento e limpeza do corpo),
provavelmente provam a sua antiga origem, por estes já terem se diferenciado no cambriano,
levando a estes a serem os mais primitivos e superiores em relação aos celenterados. Alguns
biólogos consideram que os equinodermes são uma forma regressiva, originada de um tipo que
teria sido mais avançado e activo devido ao facto de as larvas terem simetria bilateral e são de
vida livre, enquanto que os adultos são de simetria radial e a ausência de cabeça, estas são
adaptações que permitem aos animais sedentários achar o alimento em todos os lados.

Os equinodermes têm muitas Características dos cordados:


A boca forma-se de uma evaginação ectodérmica;
O mesoderme forma-se a partir de evaginações do intestino primitivo (e não a partir de células
neoplásticas especiais como nos anelídeos e moluscos).

Classe Asteroidea (estrelas-do-mar)

Morfologia da estrela - do - mar, reprodução…


As estrelas-do-mar abundam na maioria das costas, especialmente nas rochosas e nos canais. As
diferentes espécies vivem entre a linha das marés ate profundidades consideráveis, sobre a areia
e o lado. Elas apresentam movimentos discretos dos braços ou deslocando-se mesmo sem mexê-
los, apenas com expansões e retracções dos pés ambulacrários, que formam fileiras, aos pares, na
face inferior de cada braço. Possuem manchas ocelares (órgãos visuais) nas extremidades dos
braços e abaixo desses, encontramos o sulco ambulacrário de onde saem os pés ambulacrários.
As estrelas são carnívoras, ingerem ostras, corais, lesmas, e, às vezes, peixes. Elas são capazes de
usar a pressão de sucção por longo tempo, obrigando a ostra a relaxar o músculo, abrindo as duas
valvas. Aí elas injectam o estômago no interior das conchas, realizando uma digestão exógena.

Morfologia da estrela-do-mar
O corpo está formado por um disco central e cinco braços triangulares. Os eixos dos braços são
denominados raios e os espaços entre os braços, inter-raios. Na superfície superior possui várias
espinhas calcárias que formam parte do esqueleto.
O corpo é coberto por espinhos fixos, que se prestam à defesa, à locomoção e à escavação. Entre
os espinhos, encontramos as pápulas, que são as brânquias moles para respiração, e as pedícelas,
que são estruturas de defesa e captura de alimentos.
O ânus é um pequeno orifício localizado próximo ao centro da superfície superior e perto dele
está o madrepórito, redondo. A boca está no centro da superfície oral ou
inferior, rodeada por uma membrana peristomática branda. A superfície oral de cada braço está
recorrida por um sulco ambulacrário médio rodeado de grandes espinhas; dele sobressaem vários
pés tubulares ou ambulacrários dispostos em 4 (ou duas) series.
No extremo de cada braço há um pequeno tentáculo mole (táctil) e uma mancha ocelar sensível a
luz. Todo corpo está coberto por uma epiderme ciliada. Debaixo está a mesoderme, que forma e
contém o endoesqueleto, uma armadura de vários ossiculos calcários de várias formas definidas e
dispostos segundo uma estrutura regular. Estes ossiculos estão unidos entre si por um tecido
conjuntivo e fibras musculares. Dentro de esqueleto encontra-se o grande celoma delimitado por
um epitélio ciliado que contém os órgãos internos. Está cheio de liquido, semelhante a linfa que
cujo esta contém amebócitos livres e contribui na circulação, respiração e excreção.

O sistema vascular hídrico


É parte do celoma especializado constituído por 1) madreporito (pequena lâmina circular com
numerosos orifícios), de aspecto de coador pelo qual pode entrar água do mar, localizada na face
aboral junto ao orifício retal; 2) o conduto pétreo (por onde circula a água do mar que entra pela
placa madrepórica) que se comunica com 3) o conduto anelar ou anel periesofagiano (conduto
circular que dá prosseguimento ao canal pétreo) situado a volta da boca, do qual 4) saem cinco
condutos radiais que cada canal radial emite numerosas ampolas, das quais partem os pés
embulacrários na qual se dirigem um a cada braço. Deste último conduto saem 5) numerosos
condutos laterais, um a cada 6) pé ambulacrário. Existem os corpos de Tiedemann, que
produzem os amebócitos livres existentes no líquido que enche o sistema. Este líquido e
músculos nas paredes do corpo permitem a flexibilidade do corpo.
O sistema digestivo é composto pela boca; estômago em forma de saco formado por duas partes;
um intestino delgado curto que conduz ao ânus (a excreção é assegurada pelo intestino delgado
e a boca).

O sistema circulatório sanguíneo está reduzido e é difícil de vê-lo. Compreende vasos que
rodeiam a boca e 5 vasos radiais, um em cada braço, situados debaixo do conduto radial do
sistema vascular hídrico. O sistema nervoso compreende um nervo circum-oral com cordões
nervosos radiais nos braços. E varies nervos que enervam a epiderme, peritónio órgãos internos e
pés ambulacrário.

Alimentação
As estrelas-do-mar alimentam-se de moluscos, crustáceos, e outros invertebrados. Os peixes
podem ser capturados, assim sendo, são carnívoros.

Reprodução
As estrelas-do-mar são dióicas. No celoma de cada braço há um par de gônadas, cada uma das
quais possui um pequeno conduto que se abre na parte superior do disco central. A princípios do
verão os óvulos e os espermatozóides são expulsos no mar onde ocorre a fecundação.
As estrelas-do-mar são capazes de autotomia. Os seus braços regeneram-se rapidamente.

Autotomia é a capacidade que alguns animais possuem de liberar partes do corpo, ou uma auto-
mutilação usada como meio de defesa, podendo essas partes regenerar-se ou não após um
período de tempo.
Sinopse classificação do filo cordato Data:11/09/2012
Origem e evolução dos Vertebrata.
Os primeiros vertebrados eram semelhantes a peixes. Os peixes são aquáticos e por isso
respiram por brânquias. Tem barbatanas e a pele encontra-se coberta por escamas. A forma larval
da lampraia mais recente, que se parece a uma lança, pode se assemelhar aos primeiros
vertebrados: ela tem as três características dos Cordados (como a larva dos tunicados), também
tem um coração de duas câmaras, um cérebro com três lobos, e outros órgãos internos
semelhantes a aqueles dos vertebrados.

Classificação
Dividimos os vertebrados em dois grandes grupos: o grupo dos peixes e o grupo dos tetrápodes.
Os peixes podem ser divididos em dois grupo (superclasses): Superclasse Agnata e Superclasse
Gnatostomata Esta divisão dos peixes em dois grupos vai nos conduzir a outra subdivisao,
Agnata que significa sem maxila esta é um grupo primitivo e muito activo, subdivide-se em duas
classes: Classe Ostracodermi e Classe Cyclostomata
O grupo do Gnatostomata que significa com maxila podemos encontrar para além dos peixes,
os mamíferos, Aves e Repteis.

Classe Lampraias (Cyclostomata) (gr. Cyclos = circular; stoma = boca) São peixes com corpo
alongado, semelhante a enguias, sem mandíbulas, predadores de outros peixes, que nadam
livremente. As Lampraias desovam na água doce e muitos vivem inteiramente na água doce.
Algumas Lampraias migram para o mar, mas devem regressar a água doce dos rios para
reproduzir. As Lampraias têm uma boca redonda chupadora que não possui mandíbulas.

Classe Myxini (feiticeira)


Os membros da classe Myxini, tem um crâneo parcial mas não possuem vértebras. O seu
esqueleto é cartilaginoso. Não possuem mandíbulas, e por essa razão eram classificados junto
com as Lampraias nos Agnatha (sem mandíbulas) ou Cyclostomata (boca redonda).
Caracteristicas principais
Pele com glândulas de muco, Sem nadadeira dorsal, Boca mordedora com duas fileiras de
dentículos eversíveis, Sem cerebelo, Órgãos sensoriais: paladar, olfato , audição, Olhos
degenerados, Dióicos apresentam as duas gônadas no mesmo indivíduo, Sem fase larval

Classe Chondrichthyes

O nome Chondrychthyes (do grego chondros, cartilagem, e ichthyos, peixe) reflete a


característica distintiva mais marcante desses animais: o esqueleto formado por tecido
cartilaginoso, e não por tecido ósseo. O esqueleto cartilaginoso desses animais é composto por
uma cápsula craniana portadora de mandíbulas, arco branquial, coluna vertebral com grandes
restos da corda e as cinturas dos pares de barbatanas. Os representantes dessa classe são os
tubarões, as quimeras e as raias.
Estudo do Filo Chordata e subfilo Uchordata Data: 02/10/2012

Os cordados são os mais evoluídos de todos os animais da escala zoológica. O nome é


proveniente de um delgado bastonete de células, fibroso e flexível, situado na região dorsal, a
notocorda, presença obrigatória no período embrionário ao lado da faringotremia e do tubo
nervoso dorsal. Embriologicamente estes são triblásticos, celomados enterocélicos, neuromiários
epineuros e deuterostômios.
Os animais pertencentes a este filo, apresentam simetria bilateral, são dióicos, vivem nos mais
diferentes hábitats e são providos de corpo segmentado.
O filo chordata (gr. Chorda = cordão) é o maior filo e ecologicamente mais significante da linha
de evolução dos deuterostomia. Compreende alguns grupos invertebrados, bem como todos os
animais vertebrados. Ocorre em todos os habitats, marinho, de água doce e terrestre. Todos os
cordados são vertebrados e compreendem os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. A
presença de uma corda dorsal é a principal característica do filo.

Características gerais dos Chordata


As principais características dos cordados são:
 Presença de notocordio ou notocorda (cordão dorsal) durante o desenvolvimento
embrionário. Algumas espécies o conservam por toda a vida.

 Cordão nervoso único e também dorsal (lembre-se de que os invertebrados tem uma
dupla cadeia ganglionar nervosa ventral).

 Fendas branquiais na faringe durante o desenvolvimento embrionário. Alguns as


conservam por toda a vida.

Além dessas particularidades, que definem os cordados, eles também apresentam


algumas características comuns com outros seres, tais como:
 Simetria do corpo bilateral (animais filactérios ou artiozoários);
 Todos triploblasticos com celoma bem desenvolvido;
 Circulação fechada e sangue com hemoglobina em quase todas as espécies;
 Tubo digestivo completo, com glândulas anexas ;
 Presença de fendas na faringe;
 Coração ventral com presença de vasos sanguíneos;
 Celoma desenvolvido;
 Esqueleto interno ósseo ou cartilaginoso.

Em determinados momentos do ciclo vital, os cordados apresentam:


 Uma notocorda dorsal, ou uma estrutura dela derivada, a coluna vertebral..
 Um tubo nervoso dorsal oco.
 Fendas faríngeas durante algum estágio do ciclo vital.
 O esqueleto, quando presente, é um endoesqueleto formado no mesoderma.

Sistema circulatório fechado com um coração ventral (excepto em Urochordata).Sexos


geralmente separados (alguns hermafroditos ou protândricos); ovíparos, vivíparos ou
ovovivíparos.Cauda pós-anal, primariamente importante para a propulsão no meio aquático.
Cauda projectando-se atrás do ânus, persistente ou não no adulto. Dela resta apenas um vestígio -
o cóccix, formado de um conjunto de vértebras pequenas no fim da coluna vertebral - restou nos
seres humanos.

As quatro características formam-se no embrião jovem de todos os cordados. Elas persistem,


podem ser alterados ou podem desaparecer no adulto.
Subfilo Urochordata Data:
02/10/2012

Muito tempo foi necessário para classificar correctamente estes animais estranhos. Embora
conhecidos desde o tempo de Aristóteles, apenas em 1866, e após um estudo cuidadoso do seu
desenvolvimento larvar, foi estabelecida a sua posição correcta dentro dos cordados. Mas foi
Aristóteles quem os descreveu primeiro como animais.

Os urocordados (gr. oura = cauda + chorda = cordão), O subfilo dos Urocordados ou


Tunicados é constituído pelas classes Ascídia, Appendicularia e Thaliacea. Comporta
aproximadamente 1250 espécies de indivíduos solitários ou coloniais, caracterizados pela
presença de uma túnica (Tunicata, tunicados).
São todos marinhos, uns de vida livre e outros, após um curto período larvar de vida livre, vivem
fixos. Podem ser solitários, coloniais ou formar extensos grupos debaixo da mesma túnica.
Variam desde formas microscópicas a outras com 30 cm de diâmetro. A túnica é composta por
uma substância denominada tunicina.

Características morfológicas e fisiológicas


Os tunicados obtém o alimento pela acção dos cílios que se encontram em fileiras nas suas
faringes. Os cílios batem formando uma corrente de água que entra na faringe e as partículas
microscópicas são capturadas em uma secreção mucosa. As larvas de tunicados apresentam com
todas as características básicas dos cordados.
A cauda contém uma notocorda de sustentação, um tubo nervoso dorsal e pares seriados de
músculos segmentados laterais. A extremidade anterior apresenta três glândulas mucosas ou
adesivas.

Tegumento: o corpo é coberto por um manto cuticular celulósico segregado pelo epitélio.

Sistema vascular e sanguíneo: Há um aparelho circulatório com vasos sanguíneos.


O trato digestivo é completo, com boca, seguida das fendas faríngeas (ou fendas branquiais)
perfuradas abrindo-se num átrio, endóstilo, intestino e ânus, isto é, a água entra pelo sifão
Inalante e cai nas fendas branquiais, onde ocorre a retenção de partículas alimentares, saindo
pelo sifão exalante e das fendas branquiais as partículas alimentares passam para a faringe e
desta para o estômago, onde ocorre digestão química, daqui, as partículas passam para o
intestino, onde ocorre absorção de nutrientes, e, por fim, as fezes são eliminadas pelo ânus.

Sifão inalante → fendas faríngeas (digestão física) → estômago (digestão química) → intestino
(maior absorção para as células) → abrema → cifão exalante (exclusão do material
desnecessário).

Sistema nervoso e sensitivo


Os tunicados constituem um subfilo dos cordados, cujo sistema nervoso, no estágio larval, é
composto por fibras nervosas dorsais e um cordão nervoso, que na maioria dos casos fica na
cauda do animal. Uma vez fixada a um suporte, uma rocha, por exemplo, a larva perde a
notocorda e o tubo nervoso dorsal, o que se perpetua na fase adulta. Nos tunicados existe um
cérebro, gânglios, um olho mediano e vários otólitos.Os gânglios controla as contracções
musculares e o movimento dos cílios da faringe, mas não controlam os batimentos cardíacos.

Reprodução
Os indivíduos são hermafroditas e reproduzem-se sexuadamente, também podem reproduzir-se
assexuadamente por gemiparidade. A fecundação acontece na água. A sua fecundação é externa
e a possibilidade de ser cruzada é grande em colónias. Após o nascimento, o desenvolvimento é
indirecto, passando por metamorfoses. A larva primária fixa-se ao substrato e, depois, ocorre o
desenvolvimento metamorfósico.

Ecologia
Todos urocordados são marinhos. Depois de umas horas ou dias de vida livre a larva prende-se
verticalmente por suas glândulas adesivas a uma rocha ou superfície dura, onde permanece a
vida inteira. Tunicados são habitantes de águas razas, mas algumas formas encontram-se em
águas profundas. Em alguns adultos desenvolveu-se a vida colonial. São filtradores.
Cephalochordados Data:02/10/2012
Os cefalocordados são cordados que possuem corda dorsal que se estende de um extremo para o
outro e que persiste no estado adulto. São livres e apresentam formações para a locomoção, tem
o corpo achatado lateralmente, apresentando na região dorsal e ventral uma expansão em forma
de barbatana.
O subfilo dos Cefalocordados (Cephalochordata ou Acrania) é constituído basicamente pelo
género Branchiostoma. Este grupo já foi chamado de Anfioxos, nome já em desuso. Estes
animais possuem todas as características de base dos cordados. O corpo é muito parecido ao de
um peixe e vive na areia, mantendo somente a parte anterior do corpo para fora. A pouca
actividade natatória que apresentam é dividida à contração de blocos musculares denominados
miótomos.
As fendas branquiais são desenvolvidas e abrem-se na cavidade denominada átrio, a qual se abre
ao meio externo por um orifício - o atrióporo. A água com partículas alimentares penetra pela
boca. Nas fendas, o alimento segue para o tubo digestivo, sendo os restos alimentares eliminados
pelo ânus. A água, ao passar pelas fendas, cai no átrio e sai pelo atrióporo. O anfioxo apresenta
sexos separados e desenvolvimento externo. Estima-se em cerca de 20 à 30 o número de espécies
que o compõem este filo de dimensões não superiores a 10cm, cujo corpo é delgado, longo,
comprimido lateralmente, afilado nas duas extremidades e não tem cabeça distinta. Possui uma
nadadeira dorsal mediana ao longo de quase todo o corpo e a nadadeira pré-anal do atrióporo
ao ânus, sendo constituídas por câmaras contendo curtos raios de tecido conjuntivo. A cauda tem
uma nadadeira membranosa. A boca é ventral, na extremidade anterior, o ânus fica perto da base
da nadadeira caudal e o atrióporo é uma abertura adicional na frente do ânus.

Possuem uma nadadeira dorsal e uma nadadeira pré-anal do atrióporo ao ânus, sendo
constituídas por câmaras contendo curtos raios de tecido conjuntivo. Na região caudal nota-se
uma nadadeira membranosa, O tegumento é uma epiderme mole.
Sistema vascular e sanguíneo
Aproxima-se ao dos cordados superiores, mas falta-lhe o coração. Além dos vasos sanguíneos
definitivos, há espaços abertos de onde o sangue incolor escapa para os tecidos.

O trato digestivo
É simples, começa com o capuz oral (vestíbulo) que apresenta cirros bucais. A boca, que se
encontra na parte posterior do vestíbulo. Atrás da boca fica a grande faringe comprimida, com
muitas fendas faríngeas diagonais nos lados. Segue-se o intestino reto que termina no ânus. A
respiração é graças a passagem de água, contendo oxigénio, da faringe, através das fendas
faríngeas em cada lado, para dentro do átrio; as fendas situam-se entre as traves branquiais que
contêm vasos sanguíneos.

O aparelho excretor
Compreende aproximadamente 100 pares de pequenos nefrídios ciliados nos vestígios dorsais
do celoma acima da faringe.

O sistema nervoso
Situa-se acima da notocorda que consiste de um tubo nervoso simples com um pequeno canal
central. A parte anterior, ligeiramente maior, forma uma vesícula cerebral mediana, com uma
fosseta olfactiva, uma pequena mancha ocelar não-sensitiva de pigmento preto. Encontramos
ainda dois pares de nervos centrais.

Reprodução
Possuem sexos separados, sendo a fecundação externa. Ao contrário dos urocordados, os
cefalocordados conservam no adulto as características típicas dos cordados, com notocorda
dorsal estendendo-se até a ponta da cauda. O cordão nervoso acompanha dorsalmente a
notocorda e a faringe é ampla e com inúmeras fendas branquiais diagonais.
Ecologia e modo de vida
Demonstram uma vida semi-séssil, enterram-se na areia a pouca profundidade da superfície das
águas nas costas marinhas sobretudo tropicais. Locomovem-se por movimentos típicos de virar
várias vezes o corpo auxiliado pelas nadadeiras.

Subphylum Vertebrata (Animais com coluna vertebral)


Os vertebrados cordados são que desenvolvem coluna vertebral, cujo este não se forma a partir
do notocórdio, pelo que as células embrionárias do notocórdio degeneram e são
progressivamente substituídas por células de tecido ósseo provenientes do mesoderma, dando
lugar/então, a fonação das vértebras. A principal característica, portanto, de todos os vertebrados
é a presença de coluna vertebral no indivíduo adultoEste subfilo encontra-se subdividido em sete
classes (três classes são de peixes e as outras são anfíbios, répteis, aves e mamíferos). Os
vertebrados têm um endoesqueleto de cartilagem ou de osso, com vértebras rodeando o cordão
nervoso dorsal.

Algumas características comuns dos vertebrados


 A presença de tecido ósseo;

 Animais com crânio ossificado e outro com crânio cartilagíneo.

 A presença de brânquias e as repetitivas fendas branquiais;

 Coluna vertebral;

 Um coração com posição ventral;

 Tem sangue com um aristrócito que esta associado a hemoglobina.

 A presença de um fígado como um acessório do aparelho digestivo. E o fígado


caracteriza-se por ser complexo.

 Sistema hormonal complexo;


 Tem um tegumento (pele) com várias camadas.
 Tem um cérebro grande dividido em várias regiões;
 A reprodução é sexual, todavia existem alguns peixes hermafroditas.
 Os vertebrados mostram todas as 3 características dos Cordados em algum momento das
suas vidas. O notocorda do embrião é substituído pela coluna vertebral no adulto. A
coluna vertebral é constituída por segmentos rígidos individuais (vértebras) que
circundam um cordão nervoso dorsal oco.
 O cordão nervoso é a única característica exclusiva dos Cordados que persiste ao
longo de toda vida de todos Cordados. Coluna vertebral, que é parte de um
endoesqueleto flexível mas forte, é evidência de que os vertebrados são segmentados. O
esqueleto dos vertebrados é tecido vivo (cartilagem ou osso) e cresce junto com o animal
coração de duas câmaras, um cérebro com três lobos, e outros órgãos internos semelhantes a
aqueles dos vertebrados.
Estudo do Subfilo Gnatosthomata Data: 09/10/2012

Esta linha evolutiva engloba os cordados mais conhecidos popularmente: anfíbios, peixes,
répteis, aves e mamíferos. A característica principal que partilham entre si é a presença de
mandíbulas na boca. Desenvolveram um arco maxilar no esqueleto visceral. Talvez a maior de
todas as inovações surgidas durante a história evolutiva dos vertebrados tenha sido o
desenvolvimento da mandíbula que, manipulada por músculos e associada a dentes, permitiu aos
peixes primitivos arrancar grandes pedaços de algas e animais maiores, explorando novas fontes
de alimentos. Sem as mandíbulas, os cordados estavam restritos à filtração, à sucção do alimento
ou a captura de pequenos invertebrados. A maior vantagem competitiva sobre os agnatas levou
esses últimos quase à extinção. A região das fendas branquiais tem como elementos esqueléticos
de sustentação os arcos branquiais. A mandíbula originou-se de uma modificação no primeiro
arco branquial, sendo que a parte superior do arco deu origem à maxila, que fica em contacto
como crânio, e a parte inferior originou a mandíbula. O segundo arco branquial, denominado
arco hióide, passou a sustentar a mandíbula e mantê-la unida ao crânio. Os arcos branquiais
restantes continuaram com sua função original de sustentação das brânquias. O hábito predador,
derivado do surgimento das mandíbulas, veio associado a muitas modificações no corpo desses
animais, tornando-os activos e ágeis nadadores. O surgimento das nadadeiras pares As
nadadeiras pares foram a segunda importante inovação, porque proporcionaram aos vertebrados
a uma natação direccionada, precisa e controlada, já que actuam como estabilizadores, aplicando
forças sobre a coluna. Entre as principais características dessa superclasse Ganthostomata,
destacam-se:
 Um desenvolvido endoesqueleto axial e apendicular, constituído por dezenas ou centenas
de vértebras fusionadas à coluna vertebral;

 Uma peculiar morfologia craniana;



 Um sistema muscular composto por três tipos de tecidos (estriado esquelético, estriado
cardíaco e liso);

 Sistema tegumentar corpóreo formado por duas camadas coesas (a epiderme externa e a
derme interna);
 Um sistema nervoso central (encéfalo e a medula espinhal) e um sistema nervoso
periférico (nervos e gânglios nervosos);

 Um sistema circulatório fechado, onde o sangue circula necessariamente no interior de


vasos sanguíneos, podendo o coração ser formado por duas, três ou quatro cavidades,
dependendo da classe taxonômica;

 Sistema respiratório diversificado, sendo as trocas gasosas mediadas por estruturas
cutâneas, branquiais ou pulmonares.

 Sistema excretor diferenciando, organismo uricotélicos (eliminam ácido úrico),


ureotélicos (eliminam ureia) e os amonioltélicos (eliminam amônia), dependendo das
condições do meio onde vivem.

 Reprodução sexuada por oviparidade, ovoviviparidade ou viviparidade, podendo o


desenvolvimento ser direto ou indireto (formas larvais), conforme o grupo.

Grupo dos Peixes (Pisces)


Classe Placoderme Tipos de peixes extintos (fósseis) do Silúrico e Devónico. O seu corpo era
também coberto por uma placa córnea endurecida. O passo mais importante na sua evolução,
quando comparados com os Ostracodermi, foi o desenvolvimento de mandíbulas. A maioria
vivia primariamente na água doce e, talvez mais tarde nos mares.

Classe Chondrichthyes
Acredita-se que os dois grupos atuais mais importantes, Chondrichthyes e Osteichthyes,
surgiram no final do Devoniano e final do Siluriano respectivamente. Sendo assim, os tubarões e
formas similares apareceram no planeta Terra na Era Paleozóica, Período Devoniano, cerca de
408 milhões de anos atrás.
O nome Chondrychthyes (do grego chondros, cartilagem, e ichthyos, peixe) reflete a
característica distintiva mais marcante desses animais: o esqueleto formado por tecido
cartilaginoso, e não por tecido ósseo. O esqueleto cartilaginoso desses animais é composto por
uma cápsula craniana portadora de mandíbulas, arco branquial, coluna vertebral com grandes
restos da corda e as cinturas dos pares de barbatanas. Os representantes dessa classe são os
tubarões, as quimeras e as raias. restos da corda e as cinturas dos pares de barbatanas. Os
representantes dessa classe são os tubarões, as quimeras e as raias.
A maioria dos representantes é marinha, embora haja alguns de água doce. Como aquisição em
relação aos ciclóstomos, possuem mandíbula, nadadeiras pares e mais desenvolvidas e um
esqueleto melhor estruturado. O corpo é recoberto por escamas. Em relação aos seus ancestrais,
os peixes cartilagíneos mantêm restos da placa externa da cobertura do corpo, mas apenas sob
forma de escamas placóides, existentes.
Os peixes cartilagíneos não dispõem de uma cobertura (opercular) das brânquias, o que torna as
5 fendas branquiais visíveis por fora.
Principais características dos Peixes cartilagíneos
 Grandes (entre 90cm a 12 metros) existindo diferenças notáveis entre cações (Squalus,
até 90cm), tubarões (entre 2,5 e 18 metros);

 Para natação possuem diferentes tipos de nadadeiras, sustentadas por raios. A nadadeira
caudal é heterocerca (lobo superior é maior que o inferior);

 Corpo fusiforme ou deprimido dorsoventralmente;

 Nadadeira caudal heterocerca (dificerça em quimeras);

 Nadadeiras peitorais e pélvicas em pares;

 Duas Nadadeiras dorsais medianas;

 Nadadeiras pélvicas transformadas em Clásperes;

 Boca ventral, 2 bolsas olfatórias, com dentes de esmalte;

 A pele (tegumento) é rija com escamas placóides ou nuas em elasmobrânquios e nua em


quimeras;

 Endoesqueleto cartilaginoso (notocorda persistente mas reduzida)

 Crânios sem suturas;


Fisiologia
Notocorda persistente; muitas vértebras, completas e separadas, cinturas peitoral e pélvica
presentes.

 Coração apresenta 2 câmaras (1 aurícula e 1 ventrículo), com seio venoso e cone arterial,
contém apenas sangue venoso;

 Glóbulos vermelhos são nucleados e ovais;

 Respiração por brânquias presas às paredes opostas de cinco a sete pares de bolsas
branquiais, tendo cada bolsa uma abertura independente em forma de fenda; sem bexiga
natatória;

 Exibem dez pares de nervos cranianos;

 Excreção dá-se por meio de um tipo de rins mesonéfricos e o principal produto de


excreção (nitrogenada) das larvas é a amônia, da maioria dos adultos é a uréia;

 Temperatura do corpo é variável;

 Sexos são separados e a fecundação é interna, podendo ser quanto ao nascimento


ovíparos ou ovovivíparos, sem metamorfoses.

Ecologia e hábitos alimentares


Os dentes dos elasmobrânquios refletem seus hábitos alimentares. Os dos tubarões são
triangulares e com bordas serrilhadas usadas para cortar, rasgar ou talhar; A maioria das raias
habitam o fundo e seus dentes geralmente são pequenos, obtusos e em forma de um ladrilho; são
usados para quebrar e triturar. Alimentam-se de algas marinhas, invertebrados e peixes. As
grandes nadadeiras peitorais são usadas para a natação. As raias vivem no fundo do mar junto ao
chão; as suas barbatanas peitorais estão expandidas assemelhando-se a asas; eles nadam
lentamente. Algumas raias posuem espinhos venenosos. As raias eléctricas alimetam-se de
peixes que já foram estonteados pelo choque eléctrico de mais de 300v. Os tubarões-serra tem
uma serra comprida na parte anterior que é usada para abrir caminho entre cardumes de outros
peixes.
Classe Osteichthyes
Os gregos antigos conheciam os peixes como ichthyes, sendo ictioologia o estudo científico dos
peixes; o nome comum peixe deriva do latim, pisces. Os peixes mais típicos ou peixes ósseos
têm esqueleto ósseo, são cobertos com escamas dérmicas, geralmente têm corpo fusiforme,
nadam por meio das nadadeiras e respiram por brânquias. Várias espécies habitam todos os tipos
de água, doce, salobra, salgada, quente ou fria. Os peixes têm sido um armazém de alimento
protéico para a humanidade desde a antiguidade e muitas espécies fornecem recreação agradável
para pescadores amadores. Trata-se, aqui, dos peixes ósseos que congregam a maior parte das
espécies de peixes. O esqueleto ósseo não constitui nova conquista do grupo; pois, eles herdaram
dos ancestrais Placodermes e Ostracodermes.
O seu corpo, constituído por cabeça, tronco e cauda, está coberto de escamas ósseas dérmicas.
Principais características dos Peixes ósseos Tamanho do corpo:
Nos peixes ósseos assiste-se praticamente a ocorrência de todos os tamanhos imaginários. O
corpo dos peixes ósseos é geralmente fusiforme. Os esturjões preservaram a cartilagem. Para
além das escamas, encontramos na superfície as nadadeiras, órgãos de natação. As nadadeiras,
quanto ao tipo (ósseo ou cartilagíneo) e forma, podem variar. Estas possibilitam ocupar e
explorar a água na sua total dimensão vertical e horizontal. A cauda é geralmente hocerca (lobos
simétricos). A pele dos peixes ósseos possui muitas glândulas mucosas.
A boca é terminal e a localização varia de espécie por espécie acompanhando os hábitos
alimentares. Os dentes e as mandíbulas estão presentes e também variam no seu
desenvolvimento de acordo com a alimentação. Os olhos são grandes e desprovidos de
pálpebras. Os restos da notocorda persistem em muitos casos

Fisiologia dos peixes ósseos


Sistema sanguineo e vascular: possuem um coração com 2 câmaras (ventrículo e aurícula) com
seio venoso e cone arterial, contendo só o sangue venoso; 4 pares de arcos aórticos; glóbulos
vermelhos nucleados.
Respiração: na maioria das espécies é branquial (pares de brânquias implantadas em arcos
branquiais ósseos), dentro de uma câmara que disposta em cada lado da cabeça, coberta por uma
estrutura óssea chamada opérculo; geralmente está presente uma bexiga natatória. Em outras
formas ocorreram modificação para se formar uma espécie de pulmão (nos Dipnoi);
Sistema nervoso e sensorial: com lobos ópticos e um cerebelo muito desenvolvido; os órgãos
sensoriais equiparáveis aos cartilagíneos; com linha lateral, estatolitos para orientação e
equilíbrio, etc.
Excreção: rins mesonéfricos para excreção de amônia e ureia.
Reprodução: dióicos, geralmente ovíparos (ou ovovivíparos), de fecundação externa, algumas
vezes com incorporação de larvas bem distintas dos adultos.
Digestão: Possuem mandíbulas e maxilares com muitos dentes, pequenos e cônicos. Não há
glândulas salivares. O alimento que é mastigado vai para a faringe, esôfago, estômago e
intestino. O que não foi absorvido é eliminado pelo ânus.

Superfamilia Tetrapopda (Tetrapodes)


Esta superclasse Reúne vertebrados terrestres, com quatro patas e respiração pulmonar na fase
adulta. Este grupo dos vertebrados compreende animais com 4 extremidades (patas)
locomotoras, independentemente das transformações que estas tenham sofrido em adaptação ao
tipo de locomoção nos diferentes meios. Os Anfíbios que são os únicos Tetrápodes anamniotas
ou anamniados (Anamniota), isto é o embrião não apresentam âmnio; todos outros Tetrápodes
são amniados. Classe Amphibia Herpetologia é o ramo da biologia que estuda répteis e
anfíbios. Anfíbios (do grego amphi - ambos, dos dois modos e bios - vida) ―são animais
poiquilotérmicos. São os Tetrápodes mais antigos aparecidos na Terra; foram descritas mais de
4000 espécies.Eles dominam a vida nos ambientes de terra seca e aquática.

Principais características dos Anfíbios


A maioria é dotada de quatro membros tetradáctilos para a locomoção em terra. (Os
Gimnofionos, como a Cecília ou Cobra-cega, são Ápodes).
Pele húmida e glandular, sem escamas externa. Nos anfíbios, a pele é lisa, fina, coberta de muco,
ricamente vascularizada, sem escamas, placas ou qualquer outro anexo, apta para a respiração
cutânea, eu nesses animais chega a ser mais importante que a respiração pulmonar.
Esqueleto: os anfíbios têm o crânio largo e achatado, se comparado a maioria dos peixes. Como
não existe palato secundário, as coanas se abrem na região anterior do tecto da boca. Em alguns
pode não haver nenhum dente, enquanto em outros podem estar ausentes apenas na mandíbula. O
número de vértebras é bastante variável (10 à 200).
Fisiologia dos anfíbios Respiração
para a vida anfíbia desenvolveram brânquias e respiração cutânea. Há diferenças entre as três
ordens.
Sistema sanguineo e vascular: Coração com três cavidades: duas aurículas e um ventrículo. O
sangue arterial, que entra na aurícula ou átrio esquerdo, e o sangue venoso, que chega à aurícula
ou átrio direito, vão se juntar no nível do ventrículo único. Por isso, diz-se que a circulação
desses animais é fechada, dupla, porém incompleta (há mistura de sangue arterial com sangue
venoso);
Sistema nervoso e sensorial: A maioria dos Anfíbios desenvolveu um ouvido médio e
membrana timpânica.
Actividades estacionais: Anfíbios precisam evitar temperaturas extremas e a seca porque não
têm regulação da temperatura do corpo. Durante o inverno rãs e salamandras aquáticas hibernam
no fundo de lagos e rios que não congelam; sapos e salamandras terrestres enterram-se ou vão até
abaixo da linha de congelamento. Durante a hibernação todos os processos vitais são reduzidos.
Reprodução: é a variedade de modos de reprodução e de cuidado parental exibida. A maioria
das espécies de anfíbios deposita ovos: na água, na terra ou podem eclodir em larvas aquáticas
ou em miniaturas dos adultos terrestres. Desenvolvimento por metamorfoses: larva chama-se
girino, com brânquias (inicialmente externas e depois internas) e com nadadeira caudal. Adultos
com pernas e pulmões. A fecundação é externa, na água, onde se dá a fertilização. Não há cópula
verdadeira. Possuem capacidade de regeneração.

Sistemática dos Amphibia


Derivam de um ancestral semelhante a um peixe. Estão descritas três ordens:
Ordem Urodela ou Caudata: são as salamandras; com cauda bem desenvolvida; mebros
sempre presentes, mas podem estar reduzidos; corpo é alongado; quase todas elas são aquáticas;
cerca de 350 espécies, praticamente do Hemisfério Norte. As salamandas são conhecidas por
manterem as características larvares no adulto (pedomorfose): linha lateral funcional, ausência
de pálpebras e presença de brânquias externas.
Ordem Anura: os Anuros compreendem os sapos, as rãs e as pererecas. Uma característica
principal é a locomoção por salto. A outra é o desaparecimento da cauda larval no adulto, daí o
nome anura, sem causa. Anuros são cosmopolitas (estão praticamente em todo globo terrestre),
com cerca de 3500 espécie. Muitas espécies de anuros são comestíveis e entram na gastronomia
internacional (Rana esculenta).
Ordem Gymnophiona ou Apoda: parecidos com as cobras, sem patas locomotoras (apoda
significa desprovido de pernas, patas). Fazem parte as cobras-cegas ou cecílias.
Classe Reptilia (Sauropsida) Data: 11/10/2012
Os Répteis têm sua origem nos Anfíbios labiritodontes e vêm desde o Carbónico. Com os
Répteis começa a evolução dos Amniota totalmente relacionados com a vida na terra seca. O seu
nome relaciona-se com o modo de locomoção, rastejante, embora não se possa generalizar. Além
do âmnio, eles possuem o corion (protege o amnio) e o alantóide (trocas gasosas e excreção de
excretas embrionárias). O desenvolvimento ocorre sem estágios larvares.

Principais características
O Tegumento: Os répteis são vertebrados que apresentam a pele seca e recoberta por escamas,
uma vez que os pulmões são mais eficientes, dispensando, portanto, a respiração cutânea. Ela
protege contra a perda de água e facilita a vida na terra firme.
Esqueleto: bem desenvolvido, com extremidades igualmente bem desenvolvidas exceptuando
alguns taxa. Geralmente têm 5 dígitos (lagartos, crocodilos, quelónios) ou são ápodos
(serpentes). Exceptuando os quelónios com boca parecida com o das aves, a cabeça e a boca dos
restantes membros estão bem desenvolvidas. Completamente ossificado; crânio com um côndilo.
Os rins metanefros eliminam ácido úrico (uricotélicos), substância praticamente insolúvel em
água, que confere às fezes uma tonalidade esbranquiçada.
Sistema sangíneo e vascular: A circulação é fechada, dupla e incompleta, fazendo transição de
três para quatro câmaras: duas aurículas e um ventrículo parcialmente dividido; com glóbulos
vermelhos nucleados. A maioria possui dois átrios e um ventrículo (com o septo de Sebatier
quase separando-o em dois); os crocodilianos já possuem quatro cavidades, mas, mesmo assim, o
sangue venoso e arterial se mistura através de um orifício - Forâmen de Panizza.
Locomoção: possuem dois pares de extremidades providas de 5 dedos com garras córneas.
Podem correr, rastejar, trepar e nadar.
Respiração: pulmonares, mas tartarugas, crocodilos, algumas serpentes podem permanecer
algumas horas de baixo da água, prendendo a respiração, um fenómeno chamado bradicardia.
A temperatura corporal: é variável (poiquilotérmico, ou pecilotérmico), de acordo com o
ambiente;
Reprodução: geralmente com órgãos copuladores bem desenvolvidos e praticam a cópula, isto
é, são dióicos, com fecundação cruzada e interna, desenvolvimento direto e principalmente
ovíparos (os ovos apresentam casca calcária), mas podendo ser ovovivíparos (cobras venenosas)
e até vivíparos (sucuri). Quanto à sua ecologia, os répteis encontram-se em todos ecossistema e
desenvolveram vários hábitos alimentares.
Sistemática dos Répteis
A sistemática actual não inclui formas extintas. Durante o Mesozóico foram os vertebrados mais
dominantes e ocuparam a maioria dos habitats. Existem em registos fósseis os Dinossauros e os
Pterodáctilos. Não há uma explicação plausível acerca da sua extinção. Outros répteis do pré-
histórico são Pterosauria, Plesiosauria e Elchthyosauria. Presentemente temos:

1. Ordem Chelonia ou Testudines: Na classificação zoológica, tártarugas, cágados e jabutis


estão reunidos na ordem Chelonia, com as seguintes características:
Corpo grande, encaixado em uma "concha" firme de carapaça dorsal (arredondada) e outra
ventral (plana, chamada plastrão), unidas pelos lados e cobertas por placas poligonais ou pele
coriácia; ausência de dentes, possuem no entanto maxilar e mandibula com bainhas córneas; são
vértebras torácicas e costelas usualmente fundidas com a carapaça; Apresentam quatro patas,
terminadas em dedos, garras ou nadadeiras, pois ou são terrestres, como o jabuti, ou aquáticos na
maior parte da tempo, como as tartarugas e os cágados; São ovíparos (ovos postos pela fêmea em
buracos que elas escavam e depois cobrem) que durante a embriogénese, o sexo em algumas
espécies é determinado pela temperatura a que este é exposto no ninho; vivem em água doce,
salgada ou na terra.

2. Ordem Crocodilia – que contém jacarés, crocodilos, caimões e gaviais; apenas 21 espécies
sobreviveram até à actualidade.

Possuem narinas na extremidade do focinho e desenvolveram um palato secundário que


desloca as passagens de ar para a porção posterior da boca. Uma aba de tecido, que se origina da
base da língua, pode formar um selo à prova da água entre a boca e a garganta. Desse modo, um
Crocodilo pode respirar somente com as narinas expostas, sem inalar água. Eles são animais
semi-aquáticos. Além disso eles desenvolveram as maxilas fortes, nos quais se acham
ancorados poderosos dentes e apresentam igualmente patas bem desenvolvidas. Crocodilos
possuem tipicamente uma armadura corporal dérmica e a cauda, pesada e lateralmente
achatada, impulsiona seu corpo na água, enquanto as patas são mantidas contra suas laterais. A
força muscular da cauda, aliada a da massa da água, tornaram num mecanismo eficaz de captura
de presa. Animais excelentemente predadores, os Crocodilos são animais terrestres adaptados
à viver na água, ocupando sobretudo águas doces. A maioria é encontrada em regiões tropicais
e subtropicais, embora existam três espécies que penetram na zona temperada.
Tal como as tartarugas, os Crocodilos depositam os ovos na zona da praia (rios e costas
marinhas); são ovíparos, mas também existem os ovovivíparos (raramente vivíparos). O seu
desenvolvimento é directo.
Quanto à sua estrutura externa e hábitos, os Crocodilidae diferem pouco entre si.A maior
variação entre os Crocodilia actuais reside no formato da cabeça; Jacarés e os caimães são
formas de focinho largo; Os crocodilos incluem uma variedade de larguras de focinho; Há ainda
crocodilos que possuem focinhos muito estreitos: crocodilo cubano, jacaré chinês, crocodilo
americano e o gavial. Sistemática actual dos Crocodilia
A ordem Crocodilia compreende as seguintes famílias:
Alligatoridae: Aligator (Alligator mississippiensis), jacaré e caimão (Caiman crocodilus); são
formas de água doce; ocorrem na América Central, no Mexico, América do Sul, China;

O Aligator é o maior em comprimento de todos os Crocodilia e dentro dos Reptilia é superado


pelo Pitão e Anaconda.
Crocodylidae: crocodilo de água salgada (dos estuários, pântanos de mangais, baixas de rios),
atingem mais de 7 metros; Crocodilus niloticus. É um predador excelente. Esbeira-se nos rios a
espera de suas presas, constituidas por todo tipo de mamíferos; também come aves e peixes.
Gavialidae: com o gavial dos rios do Norte da Índia.

Ordem Lepidosauria - tuatara, lagartos, serpentes, cobras-de-duas-cabeças, iguanas. Varanos,


camaleões e gecos. Trata-se de um grupo bem distinguível das outras duas ordens já estudadas.
O seu esqueleto está muito modificado; a sua anatomia de partes moles é igualmente diferente. O
órgão de Jacobson tem seu ápice de desenvolvimento em serpentes e lagartos e é ligado ao tecto
da boca e não ao canal nasal.
Características gerais
O ouvido do grupo sofre consideráveis alterações. Nas serpentes desaparecem o tímpano, o
ouvido médio e a trompa de Eustáquio. As vibrações recebidas são transmitidas por meio do
quadrado à columela e então ao ouvido interno. Nos lagartos desenvolveu-se bastante um ouvido
médio. O Tecto do crânio é arqueado e não mais achatado como nos anfíbios. 2 pares de
membros locomotores situam-se no mesmo plano do corpo (ventral), o que justifica a locomoção
por rastejamento do ventre no solo. Não só, as cobras dispensaram por completo os membros e
rastejam com ajuda da contracção muscular. Os membros estão providos de 5 dedos terminando
em garras córneas e adaptadas para correr, rastejar ou trepar. Em alguns casos as pernas
assemelham-se a remos (tartarugas marinhas), ficaram reduzidos (alguns lagartos), ou como se
disse estão ausentes (alguns lagartos e todas as serpentes). A pele é tipicamente seca e
frequentemente encoberta ou por escamas (cobras e lagartos), placas dérmicas e carapaças
(tartarugas). O crescimento é feito através de mudas periódicas sob a indução hormonal. Todo o
grupo realiza espiração pulmonar, mas respiração cloacal em tartarugas marinhas; O seu sistema
digestivo é completo, com glândulas bem desenvolvidas, como fígado e pâncreas, terminando
em cloaca; exibem pálpebras mais moveis que as dos anfíbios, excepto os organismos cavadores.

Sistemática dos Lepidosaurira


Naclassificação actual, o taxon Lepidosauria pode ser considerado como superordem, ao qual se
subordinam as ordens:
Sphenodontia (com a tuatara, único vivente, que ocorre em ilhas da Nova Zelândia) e
Squamata (lagartos, serpentes, cobra-de-duas-cabeças, iguanas, varanos, camaleões e gecos).
Aqui, interessam-nos os Squamata. Ordem Squamata Mostram numerosos caracteres
derivados no crânio, esqueleto pós-craniano e tecidos moles. O mais evidente destes é a perda da
barra temporal inferior e do osso quadrado-jugal , que formava parte dessa barra. Essa
modificação faz parte de uma série de mudanças estruturais do crânio, que contribuem para o
desenvolvimento de uma complexidade de movimentos. Nas serpentes, a flexibilidade do crânio
foi aumentada ainda mais, através da perda da segunda barra temporal. O órgão de Jacobson tem
seu ápice de desenvolvimento nas serpentes e nos lagartos e é ligado ao tecto da boca e não ao
canal nasal. Para sua defesa e predação muitas espécies desenvolveram venenos que variam na
sua constituição química e, em consequência, na forma de acção. A Naja mossambica é sem
dúvida uma das serpentes mais venenosas em Moçambique. Venenos desta e de outras serpentes
matam a presa de 40 kg de massa em apenas 10 minutos. Mas, os venenos são também muito
úteis na indústria farmacêutica.

Sistemática da ordem Squamata


Tradicionalmente reconhecem-se as seguintes subordens: Subordem Lacertilia (Sauria): lagartos
como a cobra-de-vidro, a cobra-de-duas-cabeças, o camaleão, a lagartixa, a iguana. Apresentam
o corpo revestido por escamas que são trocadas de tempos em tempos. Perdem a cauda com
facilidade, porém regeneram-se com maior facilidade ainda. Vivem no meio terrestre e
alimentam-se de insetos, portanto são insectívoros. Subordem Ophidia: cobras ou serpentes.
Esses animais em alguns tempos podem trocar de escamas; A lingua é bifurcada; Grande
capacidade para abrir a boca; Costelas flutuantes - sem o osso externo (podem engolir grandes
presas); Com órgão de Jacobson - olfacto, e fossetas loreais - sensíveis às radiações
infravermelhas, ou seja, ao calor irradiado pelo corpo da vítima.
Diferenças com as serpentes: Salvo excepções, exibem quatro patas, pálpebras nos olhos, e
ouvidos externos. Com mais de 5000 espécies conhecidas actualmente, os lagartos ocorrem em
todos os continentes, excepto na Antártida e existem em diversos tamanhos, desde alguns
centímetros, como alguns geckos, até 3 metros, como o dragão-de-komodo. São geralmente
carnívoros, alimentando-se de insetos ou pequenos mamíferos, mas também há lagartos
omnívoros ou herbívoros, como as iguanas. Algumas formas são venenosas.
Sistemática da subordem Lacertilia:
 Família Corytophanidae - basiliscos

 Família Iguanidae - iguanas

 Família Agamidae - agâmidas

 Família Chamaeleonidae - camaleões

 Família Gekkonidae - geckos ou lagartixas

 Família Varanidae - lagartos varanos e monitores

 Família Helodermatidae - Monstro-de-gila


Classe das Aves Data: 16/10/2012
Aves são vertebrados amniotas, alantoidianos e homeotérmicos, caracterizados principalmente
pelo corpo coberto de penas, por terem os maxilares transformados em bico e desprovidos de
dentes e pela presença de ossos pneumáticos, isto é, ossos longos parcialmente ocos em contacto
com os sacos aéreos dos pulmões.
Existem outros animais com a capacidade de voo (ex. insectos, morcegos). Mas o grande
distintivo deste grupo é a capacidade primária de voo, graças à existência de penas, formações
epidérmicas queratinosas que desempenham várias funções: voo, isolamento, protecção do
corpo, regulação térmica, entre outras. Nenhuma outra classe animal possui penas. A
capacidade de voar possibilita às aves a ocupação de muitos habitats jamais ocupados por outros
animais. As Aves ocupam todos os continentes, a terra e as águas salgadas e doces. Elas
ocuparam, por assim dizer, também o ar.

Características gerais das aves


 Corpo coberto de penas: só crescem em certas áreas da pele chamadas ptérilas, entre as
quais há espaços vazios, aptérios.

Tipo de penas
Penas de contorno: revestimento externo e contorno do corpo da ave;
Plumas: penas macias de isolamento;
Filoplumas: minúsculas penas filiformes com poucas barbas e bárbulas;
Cerdas: penas modificadas em forma de pêlo, perto das narinas e em torno da boca;
Plumas pulverulentas: que impermeabilizam as penas (em garças, gaviões, papagaios).
 Presença de dois pares de extremidades, o primeiro transformado em asas e o segundo
em patas para locomoção terrestre, ou mesmo para preensão de objectos. Os pés
possuem geralmente 4 dedos;

 Esqueleto especializado para o voo: forte e totalmente ossificado; muitos ossos fundidos,
dando rigidez; ossos porosos ou pneumáticos (facilitam a aerodinâmica);
 A boca é um bico prognato (que se projeta) rodeado de uma bainha córnea e desprovida
de dentes (pelo menos nas aves viventes). Os bicos estão adaptados a diferentes hábitos
de alimentação, não só, eles desempenham várias outras tarefas.
 O coração das aves possui 4 câmaras (2 aurículas, 2 ventrículos separados); o arco
aórtico (sistémico) direito persistente; glóbulos vermelhos nucleados, ovais e
biconvexos.

 A respiração é por pulmões compactos, muito eficientes, presos às costelas e ligados a


sacos aéreos de paredes finas. Com a sua respiração evoluiu uma caixa vocal na base da
traquéia.

 Excreção por meio de rins metanéfricos e o ácido úrico é o principal produto;

 Temperatura do corpo essencialmente constante (homeotermia);

 Fecundação interna; ovos com muito vitelo, envolvidos por uma casca calcária dura e
depositados externamente para a incubação; desenvolvimento directo com cuidados-
com-a-prôle por um ou por ambos os progenitores. Os filhotes de galinhas, codornizes,
patos, aves litorâneas e outras são nidífugos, i.e. aptos para abandorarem o ninho logo
após a eclosão. É o contrário das aves que precisam de ser alimentadas e receberem
cuidados no ninho (nidícolas).

 O habitat primário das aves foi a terra, mas conquistaram mais tarde a água (ex.
Pinguins). Elas encontram-se espalhadas por todos os continentes. Muitas aves realizam
migrações até intercontinentais, graças ao seu sistema de orientação bastante
desenvolvido, que os ajuda a encontrarem os locais onde passam os períodos adversos e
regressarem à origem sem erros.

Evolução e sistemática das Aves


As aves originaram-se de répteis, com os quais formam o grupo Sauropsida. Estes animais
provavelmente corriam rapidamente com suas pernas posteriores. No sistema actual das aves
reconhecem-se duas subclasses: 1. Archaeornithes: fósseis com características de répteis,
Archaeopteryx; 2. Neornihes: todas aves actuais agrupadas nas seguintes superordens: a.
Odontognathae: aves dentadas com o género Herperornis b. Impennes: Pinguins, na ordem
Sphenisciformes c. Neognathae: aves típicas agrupadas em perto de 30 ordens.

Algumas ordens de aves de Moçambique


• Struitiformes: Avestruzes,

• Procellariiformes: Albatrozes

• Sphenisciformes: Pinguins

• Pelecaniformes: Pelicanos

• Ciconiiformes: Cegonhas

Anseriformes: Patos

• Falconiformes: Falcões e outras aves de rapina

• Galliformes: Galinhas, faisões, etc.

• Columbiformes: Pombos e rolas

• Psittaciformes: Papagaios

• Strigiformes: Mochos, corujas

• Passeriformes: Pássaros (maior grupo de aves actuais)


Classe mammalia Data: 25/10/20123
Os mamíferos (do latim mamma - mama e feros - portador), com cerca de 4.500 - 5000 espécies
actuais, abundam por quase todo o globo terrestre, explorando amplamente os recursos da Terra,
os mares e mesmo no ar. Mamíferos são de todos os animais vertebrados que o seu corpo é
revestido por pêlos e, a presença, nas fêmeas, de glândulas mamárias como características
básicas do seu corpo, para além dessas existe outra particularidade desses animais, sendo este, o
desenvolvimento do útero nas fêmeas, que torna possível abrigar a sua cria durante toda a
formação embrionária. Neste contexto, existem 3 características principais em todos os
mamíferos:
 A presença de 3 ossos/ossículos no ouvido médio, o estribo, bigorna e martelo, que tem
a função de melhorar a audição.

 Presença de pêlos, os quais contribuem para a manutenção da temperatura corpórea e


sensorial. Os pêlos podem ser reduzidos ou completamente ausente em alguns
mamíferos adultos.

 A presença de glândulas mamárias em número par, que deu origem ao nome da classe,
tendo como função, a produção de leite para amamentação dos seus filhotes, nos
primeiros dias das suas vidas.

Características gerais
De um modo geral, as principais características dos mamíferos são:
 Presença de mamas em número par, com localização variável;

 Presença de pêlos em algum estágio da vida, os quais podem ser reduzidos ou


completamente ausentes em alguns mamíferos adultos.

 São endotérmicos;

 Presença de glândulas cutâneas (sebáceas e sudoríparas) em certas regiões do corpo;

 Além da formação do âmnio e do alantóide, durante o desenvolvimento embrionário,


também ocorre a formação da placenta, um anexo que permite as trocas respiratórias e
nutritivas entre o feto e a mãe, contribuindo para que aquele passe todo o seu período de
desenvolvimento no interior do útero materno, garantindo que seja livre dos perigos do
meio exterior;

 Respiração pulmonar, presença de diafragma separando a cavidade torácica da cavidade


abdominal;

 Encéfalo altamente desenvolvido;

 Crânio com dois côndilos occipitais, o que não permite uma rotação tão ampla da cabeça
sobre o pescoço;

 Circulação dupla e completa. Coração com quatro cavidades distintas.;

 Boca com dentes nas mandíbulas e maxilas, língua usualmente móvel, olhos com
pálpebras móveis, ouvidos com pavilhões externos carnosos;

 Uma bexiga urinária, que excreta um líquido fluído (urina).

Funções dos pêlos


 Isolamento térmico do corpo;

 Função sensorial (tacto);

 Camuflagem para a defesa ou atracção de outros animais;

 Defesa contra estranhos (os pêlos que se encontram em forma de espinhos).

Evolução
Os mamíferos surgiram na Terra no mesmo período que evoluíram os répteis Synapsida no
período de triassico. Depois da estinção dos répteis maiores, foi quando esses desenvolveram,
pois, já não existia o grupo de seres que os dominava (os dinossauros), assim, os mamíferos
abundaram na terra.

Evolução provável dos mamíferos


Aves
 Peixes →Anfíbios →Répteis→ Mamíferos
Caracteristicas que demonstram a evolução dos mamíferos
 Possuíam dentes cobertos por esmalte;

 Maior capacidade de locomoção rápida;

 Cuidado pariental;

 O cérebro que se encontra mais desenvolvido e grande (a qual deriva o alto grau de
coordenação em todas as atividades, pela aprendizagem e pela memória retentiva (sua
inteligência));
 Maior capacidade de regulação da temperatura do corpo, devido aos pêlos e pelo facto de
possuir maior metabolismo e a divisão do coração em quatro cavidades (a separação
completa dos sangues venoso e arterial no coração tornando possível a temperatura
regulada do corpo);
 A presença de glândulas mamárias;
 Os lábios dos mamíferos possuem capacidade de um fecho hermeneultico.

Fisiologia
O aparelho digestivo dos mamíferos é formado por: boca, faringe, esófago, estômago,
intestinos, órgãos anexos (fígado e pâncreas), mas, nos ruminantes, o estômago tem quatro
cavidades: pança, barrete, olhoso e coagulador;
O aparelho respiratório é formado por pulmões e vias respiratórias;
O sistema circulatório é formado de vasos sanguíneos (veias e artérias) e coração com quatro
cavidades (duas aurículas e dois ventrículos). A circulação do sangue transporta o oxigénio e o
alimento para as células e carrega o gás carbónico e os resíduos que serão eliminados. Para estes
animais o sangue venoso não se mistura com o arterial.
A excressão (eliminação de resíduos) é graças a transpiração, fezes e urina. O aparelho urinário
é formado pelos rins e vias urinárias. Nos vertebrados, uma série de glândulas endócrinas
(tireóide, hipófise, etc.) produz secreções internas ou hormônios transportados pelo sangue, que
regulam processos do corpo, crescimento e reprodução. Os sexos são separados e cada um tem
um par de gônadas que descarregam as células sexuais através de ductos que se abrem perto do
ânus ou cloaca.
Classificação
Existem três subclasses dos mamíferos:
Prototheria género Monotremata representada por aqueles que apresentam algumas
caracteristias remotas aos répteis como, fecundacao é interna, depois a fêmea retira os ovos e os
filhotes podem receber leite da mãe assim como dos machos pois os machos também possuem
mamas desenvolvidas. (Ornitorrinco e équidnas).

Metatheria muito conhecida, mas está em extinção com o género Marsupialia, so encontram-se
na Australia pois não existem animais desnvolvidos, a característica principal é a presença de
uma bolsa na parte ventral com funcao de completar completar o desenvolvimento do indivíduo,
com 272 especies (gambá, coalas, cangurus, cuícas).

Eutheria com cerca de 4000 especies, a principal característica é a presença da placenta que
garante o cuidado parental o filhote desenvolve-se no interor e a placenta é responsável pelas
trocas gasosas e de substaâncias entre mãe e meio ambiente e a sua permanência variando de
espécie para espécie.
Conclusão
Depois de um longo estudo sobre a zoologia sistemática foi uma experiência única, pois, pude
perceber sobre a enorme diversidade dos seres vivos, desde a sua origem e evolução, a partir dos
poríferos até aos mamíferos.
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