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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Tema do Trabalho:
A Importância de Práticas Pedagógicas II como instrumento facilitador de práticas
educativas no contexto da Sala de aulas nas Escolas Secundárias

Docente: Nome e Código do Estudante:


Ana Paula Paiva Belinha Alberto Oza
708214727

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Praticas Pedagógicas
Ano de Frequência: 2º Ano

Milange, Setembro de 2022


Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 1
1.1. Objectivos ..................................................................................................................... 2
1.1.1. Geral .......................................................................................................................... 2

1.1.2. Específicos ................................................................................................................. 2

1.2. Metodologia .................................................................................................................. 2


2. Praticas Pedagógicas II: um instrumento para o Processo Educativo na sala de aula ............. 3
2.1. Conceito de Práticas Pedagógicas II ............................................................................. 3
2.2. A Organização do Ambiente Escolar e sua Relação com o PEA.................................. 4
2.3. Importância das Práticas Pedagógicas II e as Formas de Avaliação ............................. 6
2.3.1. Importância das Praticas Pedagógicas II ................................................................... 6

2.3.2. Formas de Avaliação ................................................................................................. 6

2.4. Documentos Normativos da Escola .............................................................................. 8


2.4.1. Documentos do sector pedagógico ............................................................................ 8

2.4.2. Documentos normativos da Secretaria ...................................................................... 8

2.5. Supervisão Pedagógica.................................................................................................. 9


2.6. As Formas de Supervisão Pedagógicas ....................................................................... 10
3. Conclusão ............................................................................................................................... 11
4. Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 12
1. Introdução
As práticas pedagógicas são instrumentos que podem ajudar as escolas a concretizarem seus
objectivos de aprendizagem. Por exemplo, por meio delas, é possível manter alunos nativos
digitais engajados com a escola ou para estabelecer uma dinâmica de sala de aula mais
participativa e inclusiva. Portanto, sua importância é vital para que alunos, escolas e professores
atinjam seus objectivos. Naturalmente, para isso, é fundamental que as práticas sejam
intencionais e planificadas previamente, criando um alinhamento claro entre intenções e
resultados.

O trabalho tem como importância de Práticas Pedagógicas II como instrumento facilitador de


práticas educativas no contexto da Sala de aulas nas Escolas Secundárias. O presente trabalho
tem a intenção de discorrer sobre o que é a prática pedagógica e como ela é realizada dentro do
cenário educacional e como esta se desenvolve ao longo do tempo e das experiências como
profissional da educação.

É importante ressaltar a dicotomia existente entre teoria e prática de sala de aula. Há muitas
teorias a respeito das práticas pedagógicas, mas nem todas conseguem atingir as particularidades
do dia-a-dia. Essas teorias e práticas pedagógicas são essenciais e presentes em qualquer trabalho
que envolva algum processo de aprendizagem tanto na educação formal como na informal.

O trabalho obedecera a seguinte estrutura: capa; Folha de Feedback; Folha para recomendações
de melhoria: A ser preenchida pelo tutor; índice; introdução; objectivos; metodologia; análise e
discussão (desenvolvimento); considerações finais (conclusão); e referencias bibliográficas.

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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Falar da importância de Práticas Pedagógicas II como instrumento facilitador de práticas
educativas no contexto da Sala de aulas nas Escolas Secundárias.

1.1.2. Específicos
 Definir as práticas pedagógicas II de acordo com os diversos autores;
 Descrever a organização do ambiente escolar e relacionar com o processo de ensino
aprendizagem;
 Descrever a importância das práticas pedagógicas II e suas respectivas formas de
avaliação;
 Identificar os documentos normativos da escola;
 Descrever as actividades desenvolvidas por docente na sala de aula;
 Definir a supervisão pedagógicas de acordo com diversos autores;
 Descrever as formas de supervisão pedagógicas.

1.2.Metodologia
O presente trabalho realizou-se com base nas Regras de Produção e Publicação de Trabalhos
Científicos da Universidade Católica de Moçambique. Os conteúdos foram desenvolvidos
recorrendo-se a leitura de varias obras literárias, artigos, referências bibliográficas e manuais que
abordam assuntos relacionado com o tema em questão. Como não basta-se, recorreu-se também
ao uso da internet.

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2. Praticas Pedagógicas II: um instrumento para o Processo Educativo na sala de aula
2.1. Conceito de Práticas Pedagógicas II
O significado que a prática pedagógica possa assumir vária
ser definido, apenas concebido, mudando conforme os princípios em que estiver baseada a nossa
ideia. A construção do conhecimento é vista como um processo realizado por ambos os atores:
professor e aluno. De acordo com Verdum (2013), refere-se que:

Esse tipo de relação pedagógica não é assimétrico, no sentido de que ambos os lados:
professor e aluno, ensinam e aprendem, construindo e reconstruído o conhecimento
juntos. O professor aprende com o aluno, ao pesquisar sua realidade, seu desenvolvimento
cognitivo e afectivo, enquanto o aluno aprende, por meio de um processo de reconstrução
e criação de conhecimentos daquilo que o professor sabe, tem para compartilhar (p. 37).

Verdum (2013) def Prá ó “ união de teoria e prática no exercício de


ensinar e apreender conhecimento, na acção pedagógica. Essas práticas envolvem tomar
consciência de todo processo educativo e as ferramentas utilizadas pelos professores para que ele
aconteça” ( . 40). Ainda segundo o autor acima citado, diz-se que as praticas pedagógicas,

Envolve a reflexão dos professores acerca de seus saberes e deveres para o


desenvolvimento de uma boa prática pedagógica. Isso nos leva também a permear a nossa
memória educativa. Quais recortes são feitos das nossas realidades, da nossa relação com
a escola, com o conhecimento e com a vida de uma maneira geral. A trajectória pessoal de
cada educador vai interferir na forma como ele entende e conduz essas práticas
pedagógicas na sala de aula (p 44).

Isto é relevante para este trabalho porque os avanços das práticas devem acompanhar os avanços
ocorridos na nossa sociedade como o uso da tecnologia, trazendo a aquisição do conhecimento
mais atraente e próxima da realidade dos alunos.

Para Charlot (2005), falar de práticas pedagógicas é falar orientação pedagógica sobre a educação
que partilhamos. De um modo geral, é considerada como um suporte de experimentação do
ensino. Cada área disciplinar comporta um tipo específico de práticas pedagógicas que é
explorada através de diversos recursos de domínio. Segundo Charlot (2005):

A Prática Pedagógica é definida como a componente real da supervisão pedagógica em


que decorre o ensino acompanhado com vista a elevar o grau da qualidade da
aprendizagem do educando. Na formação de professores é assumida como um
instrumento aprendido pelos futuros professores na prática, a ensinar e ajudados pelos
supervisores ou tutores (p. 98).

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Conforme os autores acima citados, podemos afirmar que Práticas Pedagógicas é um conjunto de
instrumentos de orientação pedagógica, que é usado pelos professores durante a sua formação
como um guião real e prático, trazendo para o professor capacidades, competências e habilidades
que poderão garantir qualidade no processo de ensino e aprendizagem.

2.2.A Organização do Ambiente Escolar e sua Relação com o PEA


A organização do espaço possui um papel determinante, isto porque, permite a estruturação de
todos os elementos que directamente influenciam a aprendizagem dos alunos. Pretende-se, assim,
que o espaço da sala de aula seja organizado de forma a regular a atitude educativa. O ambiente é
um educador à disposição tanto da criança, como do adulto. Mas só será isso se estiver
organizado de um certo modo. Só será isso se estiver equipado de uma determinada maneira.

Segundo Freitas (2008) é importante a questão da disposição das carteiras e das mesas no sentido
que são fundamentais para contribuir com a aprendizagem de forma significativa. Elas devem
mudar de posição de acordo com a aula que o professor planeie, atendendo aos seus objectivos e
tendo em atenção a questão da interacção com o outro e com os espaços.

Assim sendo, há que planificar e gerir os espaços, na medida em que o ambiente de sala de aula é
um poderoso factor que facilitará ou inibirá as aprendizagens e deverá estar organizado tendo em
vista a atividade que se desenvolverá. De facto, a organização do espaço da sala de aula reflecte a
acção pedagógica do professor, pelo que ele deve avaliar o seu próprio estilo de ensino: se gosta
de ver todos os alunos ao mesmo tempo, se vai usar actividades em pequenos grupos, se vai
leccionar com exposição a maior parte do tempo, ou outras formas.

Assim sendo, Arends (2008) define três tipos de ensino que condicionam a organização do
espaço em sala de aula, nomeadamente:

 O modelo de ensino expositivo privilegia a explicação dos conteúdos e informações aos


alunos, requer um ambiente muito estruturado, caracterizado por um professor bastante
orador (dirigido) e por alunos que sejam apenas ouvintes. Deste modo, é necessária uma
planificação e a gestão do espaço numa aula expositiva. Normalmente, os professores
optam por colocar as mesas e as cadeiras em filas e colunas.

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 O modelo de instrução directa, abordagem ao ensino de competências básicas e de
conteúdos sequenciados, na qual as aulas têm objectivos muito orientados, requerem
ambientes de aprendizagem firmemente estruturados pelo professor e orientados para a
tarefa. Aqui as mesas e cadeiras podem estar em filas colocadas em linhas horizontais.
 O modelo de ensino designado como aprendizagem cooperativa/colaborativa, além de
ajudar os alunos na aprendizagem de conteúdos e competências escolares, contempla
metas e objectivos sociais e de relações humanas, surgindo a necessidade de atribuir uma
atenção especial ao uso do espaço na sala de aula e ao mobiliário movível. O professor
utiliza duas disposições para organização do espaço durante a aprendizagem cooperativa
que são a das mesas e cadeiras em grupos.

O espaço da sala de aula deve ser um lugar aprazível e ter as condições necessárias às diferentes
aprendizagens. Para isso, é preponderante que estejam reunidas condições de ambientação, de
cuidado com a sala, da sua preparação e adequação às práticas pedagógicas. O espaço constitui,
ele mesmo, um elemento formador, como referencial de posturas e aprendizagens. De acordo
com Freitas (2008), refere-se que:

Neste enquadramento, a função do professor é criar condições e participar no


desenvolvimento do processo de comunicação que poderá contribuir para que os alunos
realizem aprendizagens e possam vivenciar o processo de desenvolvimento pessoal e
social subsequente. Assim sendo, pode referir-se que não há uma única maneira de
organizar o espaço da sala de aula, não há um que seja certo ou errado, mas de acordo
com o momento e aquilo que se pretende para aquela aula, poderá ser necessário o uso de
formas diversas de organização que deem resposta ao que o professor pretende em sala de
aula (p. 69).

Conforme o autor, o professor precisa saber exactamente qual é a intencionalidade da sua acção
para definir as melhores estratégias, tendo em atenção a questão da organização do espaço em
sala de aula como dos recursos que pretende usar, no sentido de diversificar as suas aulas
enriquecendo-as.

A organização do ambiente escolar deve favorecer a utilização dos métodos mais adequados para
o ensino. Para a utilização das técnicas tradicionais, desenvolvidas na base de saliva e giz, o que
se requer e que o professor possa ver todos os seus alunos e os alunos possam ver o professor e o
quadro-negro. Os alunos devem estar sentados, escutando, lendo, escrevendo, e, só quando lhes é
pergunta do, devem falar.
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2.3.Importância das Práticas Pedagógicas II e as Formas de Avaliação
2.3.1. Importância das Praticas Pedagógicas II
A Prática Pedagógica tem sua importância para a formação académica, que articula entre a teoria
e a prática na construção do currículo ampliado que segundo Barbosa (2001), é capaz de dar
conta de uma reflexão pedagógica ampliada tem como eixo a constatação, a interpretação, a
compreensão e a explicação da realidade social complexa e contraditória. O autor acima citado
expressa que,

As práticas pedagógicas são de extrema importância para garantir o sucesso do ensino


aprendizado, mas requerem a modificação de algumas perspectivas já consolidadas no
ambiente escolar. Cada prática pedagógica possui objectivos específicos e podem ser
aplicadas para objectivos diferenciados, mas também é possível que o professor busque
sempre a que mais se adequa à actual situação da turma e necessidades do momento.
Quando implementada em âmbito escolar, qualquer prática pedagógica ganha
força e é apropriada pelos docentes e alunos de mais intensamente, já que passa a
fazer parte da proposta escolar (p. 45).
No entanto, a atividade docente ganha muito quando o professor conhece diferentes práticas e
sabe como aplicá-las de acordo com os resultados que pretende alcançar. A preparação do
académico no trabalho de campo busca situar o aluno na complexidade da realidade em nível de
observações da Prática Pedagógica que provém à reflexão da práxis educativa. Falar de Práticas
Pedagógicas é falar de uma orientação pedagógica assente numa visão de educação que
defendemos e/ou perfilhamos. Genericamente, as Práticas Pedagógicas afiguram-se como um
suporte de experimentação do ensino (Barbosa, 2001).

A Prática Pedagógica é assumida como um instrumento com o qual os futuros professores


apreendem, na prática, a ensinar e ajudados pelos supervisores e/ou tutores a experimentar a
função docente. Na verdade é um momento da formação destes e o supervisor desempenha um
papel crucial ao ajudá-los a desenvolver suas capacidades, competências e habilidades de ensino,
incutindo neles um espírito crítico e reflexivo nos contextos onde o ensino tem lugar (Barbosa,
2001).

2.3.2. Formas de Avaliação


De acordo com Barbosa (2001), a avaliação é educativa por si mesma, pelas circunstâncias do seu
relacionamento com a sociedade, por sua dinâmica, por sua forma de ensinar e de aprender e pela
organização do seu trabalho. A concepção de avaliação que perpassa pela instituição escolar é a
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de um processo que envolve a organização escolar de maneira global: as relações internas, o
trabalho docente e a organização do ensino com a sociedade.

Discutir sobre avaliação no processo educacional é repensar a sua função, o papel social do
professor, a razão da existência da escola. Conduz-nos invariavelmente à discussão sobre
inclusão e exclusão, privilégios e direitos, deveres e obrigações, instrução e formação. A
avaliação apresenta funções de diagnosticar, controlar e classificar, que em conjunto com as suas
diferentes modalidades visa a garantir a eficiência do processo avaliativo como também a
eficácia. Barbosa (2001) classifica a avaliação em três modalidades: diagnóstica, formativa e
somativa.

A avaliação exerce a função diagnóstica quando faz a verificação de como está o processo de
construção do conhecimento, se os métodos estão produzindo resultados efetivos. Essas
constatações servirão de base para que se prossiga ou não com o trabalho. Através delas, o
professor é capaz de verificar se os alunos estão capacitados para adquirir novos conhecimentos e
identificar as dificuldades de aprendizagem.

Ela é formativa ao informar professor e aluno quanto aos resultados da aprendizagem no


desenvolvimento das actividades. Pode ser aplicada durante todo o período lectivo, possibilitando
realimentar o processo para corrigir falhas e atingir os objectivos propostos.

É somativa por ter a função de classificar os educandos no final da unidade, de acordo com os
níveis de aproveitamento obtidos não só através dos objectivos individuais, mas pelo grupo.
Sendo esta modalidade de avaliação utilizada para distinguir os que sabem dos que não sabem,
aprovar ou reprovar, promovendo o aluno de uma série para outra.

Diante deste contexto o professor deverá desenvolver o papel de problematizador, fazendo com
que o aluno construa seu próprio conhecimento sobre o tema abordado, de acordo com o contexto
histórico, social e político no qual está inserido. Deve buscar a igualdade entre o educador e o
educando, pois ambos aprendem, trocam experiências e aprendizagens no processo educativo,
pois como afirma Barbosa (2001) não há educador tão sábio que nada possa aprender, nem
educando tão ignorante que nada possa ensinar.

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2.4.Documentos Normativos da Escola
Documento normativo é um documento que estabelece regras, directrizes ou características para
actividades ou seus resultados. É um termo genérico que engloba documentos como normas,
especificações técnicas, códigos de prática e regulamentos. Os termos para diferentes tipos de
documentos normativos são definidos considerando o documento e seu conteúdo como uma
entidade única (MINED, 2008).

Um documento normativo tem por finalidade estabelecer regras, directrizes ou características


para execução de actividades e alcance de resultados, podendo existir diferentes tipos, definidos
pelo conteúdo e pela hierarquia de documentos estabelecida por cada organização. Por outro lado,
não basta apenas estabelecer tipos e conteúdos para cada documento, é preciso aplicar um modelo
de gestão eficaz que garanta a devida efectividade na garantia e controle da qualidade em cada
uma das etapas do ciclo de vida de um documento normativo, onde resumidamente podemos
definir como criação ou revisão, aprovação e publicação (MINED, 2008).

2.4.1. Documentos do sector pedagógico


 Instrução ministerial;
 Regulamento interno da Escola;
 Regulamento de Escola;
 Regulamento de Avaliações;
 Estatuto do professor;
 BR;
 O regulamento do MEC;

2.4.2. Documentos normativos da Secretaria


 Livro de ponto;
 Livro de registo de expediente;
 Uma lista de docentes e trabalhadores;
 Regulamento das Escolas do ensino básico;
 Processos individuais dos alunos;
 Minutas para diversos tipos de regulamentos;
 Modelos para o processamento de salários.
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2.5.Supervisão Pedagógica
Supervisão, é termo que provem do inglês supervision, que significa supervisar, dirigir, orientar.
Supervisão é a acção de velar sobre alguma coisa ou sobre alguém a fim de assegurar a
regularidade de seu funcionamento ou de seu comportamento. De acordo com Verdum (2013),
refere-se que:

Etimologicamente a palavra é formada pelos vocábulos super (sobre) e visão (acção de


ver). Indica a atitude de ver com mais clareza uma determinada acção. No sentido estrito,
significa olhar de cima, captar na totalidade dando uma ideia de visão global. Termo
originário da administração de empresas é sinónimo de gerência – to manage – gerenciar,
que significa controlar um processo em curso. O controlo é, de facto, o conceito
fundamental de todos os sistemas gerenciais, como é explicitado por todos os teóricos da
gerência (p. 150).

Sua origem está no antagonismo entre aqueles que executam o processo e os que se beneficiam
dele, entre os que administram e os que executam, a partir de relações sociais que estruturam o
processo produtivo. Verdum (2013) afirma ainda que:

Supervisão Pedagógica é responsável pela avaliação do desempenho do docente, sempre


voltando-se a uma óptica formadora, reflexiva e interactiva. A supervisão pedagógica
também responsabiliza-se pela: Análise e orientação de diversas actividades pedagógicas;
Adopção de estilos de liderança que sejam eficientes e eficazes, sempre preocupando-se
pelo equilíbrio entre pessoas/grupos e tarefas/objectivos; Identificação de necessidades de
desenvolvimentos, tanto pessoal quanto profissional, tendo em vista as condições
necessárias para que o aprendizado seja contínuo (p. 153)

Segundo o ponto de vista do autor anteriormente referenciado, podemos afirmar que o termo
Supervisão é composto pelos termos super e visão, indicando atitude de uma visão ampla. No
estudo em questão está relacionada à visão as acções promovidas no âmbito educacional. O
Supervisor Educacional é o educador atento os acontecimentos que se passam na escola.

MINED (2008), afirma que Supervisão Pedagógica é a visão sobre todo o processo educativo,
para que a escola possa alcançar os objectivos da educação e os objectivos específicos da própria
escola. Vale ressaltar que nessa visão são excluídos os indivíduos envolvidos no processo
educativo, professores, alunos e especialistas.

É imprescindível que a Supervisão leve em consideração a relação entre os sujeitos, Supervisor-


Professor e o Ensino-Aprendizagem. A supervisão vai muito além de um trabalho meramente
técnico-pedagógico, como é entendido com frequência, uma vez que implica uma acção

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planejada e organizada a partir de objectivos muito claros, assumidos por todo o pessoal escolar,
com vistas ao fortalecimento do grupo e ao seu posicionamento responsável frente ao trabalho
educativo. Para um entendimento amplo do desenvolvimento da função do supervisor da
educação será feito uma retomada histórica do seu surgimento.

2.6.As Formas de Supervisão Pedagógicas


Segundo MINED (2008) existem quatro formas de supervisão pedagógica, nomeadamente:

Supervisão Correctiva: é do tipo inspecção fiscalizadora dado que a sua essência está na
identificação de faltas, lacunas e defeitos do professor sem antes investigar as suas causas. Este
tipo de supervisão não considera as diferenças individuais dos professores supõe que todos os
professores devem ser iguais e por conseguinte devem ser tratados e cobrados da mesma maneira.

Supervisão preventiva: visa prevenir ao invés de corrigir os erros ou falhas do professor.


Antecipar-se ao eventual erro do professor e fazer o prognóstico dos problemas constituem a
essência da supervisão preventiva. Neste tipo de supervisão o supervisor deposita confiança no
professor e na sua actividade porque são estes os pontos-chave da sua actuação.

Supervisão construtiva: baseia na ajuda e na apreciação construtiva do trabalho dos professores


visando melhorar o seu desenvolvimento profissional e facilitar as suas actividades no processo
de ensino - aprendizagem. A essência deste tipo de supervisão não é a busca de erros ou falhas do
professor mas é a construção de um ambiente profissional que possa possibilitar que o professor
desenvolve a sua personalidade, sua profissão e encontre processos novos de acção docente que o
retirem da rotina.

Supervisão criadora: baseia-se na ideia segundo a qual todas as escolas são um potencial no
trabalho criativo e harmonioso devendo o supervisor despertar nos principais intervenientes do
ensino a capacidade de desenvolver este potencial. Este tipo de supervisão estimula o professor a
usar procedimentos que se adequam às situações reais da escola respeitando as diferenças de
personalidade de cada professor deixando-o em liberdade para que crie e produza com as próprias
possibilidades e circunstâncias.

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3. Conclusão
Conclui-se que, falar de práticas pedagógicas é falar orientação pedagógica sobre a educação que
partilhamos. De um modo geral, é considerada como um suporte de experimentação do ensino.
Cada área disciplinar comporta um tipo específico de práticas pedagógicas que é explorada
através de diversos recursos de domínio.

A Prática Pedagógica é definida como a componente real da supervisão pedagógica em que


decorre o ensino acompanhado com vista a elevar o grau da qualidade da aprendizagem do
educando. Na formação de professores é assumida como um instrumento aprendido pelos futuros
professores na prática, a ensinar e ajudados pelos supervisores ou tutores

A Prática Pedagógica tem sua importância para a formação académica, que articula entre a teoria
e a prática na construção do currículo ampliado, é capaz de dar conta de uma reflexão pedagógica
ampliada tem como eixo a constatação, a interpretação, a compreensão e a explicação da
realidade social complexa e contraditória.

As práticas pedagógicas são de extrema importância para garantir o sucesso do ensino


aprendizado, mas requerem a modificação de algumas perspectivas já consolidadas no ambiente
escolar. Cada prática pedagógica possui objectivos específicos e podem ser aplicadas para
objectivos diferenciados, mas também é possível que o professor busque sempre a que mais se
adequa à actual situação da turma e necessidades do momento.

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4. Referências Bibliográficas
Arends, R. (2008). Aprender a ensinar. L b : M Gr w‐H .

Barbosa, M. & Horn, J. (2001). Organização do espaço e do tempo na escola infantil. Porto
Alegre: ArtMed.

Charlot, B. (2005). Relação com o saber, formação dos professores e globalização: questões
para a educação hoje. Porto Alegre: ArtMed.

Freitas, J. (2008). A organização do espaço escolar favorece a qual aprendizado?. Disponível


em http://www.humus.com.br/revistas/2008-8.pdf, consultado em 8/08/2014.

MINED. (2008). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico. Editora Escolar. Maputo.

Verdum, Priscila. (2013). . Revista da Pontifícia


Universidade Católica (PUC). Rio Grande do Sul: Porto Alegre. v. 4, n. 1.

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