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ANDRESSA

MACHADO ELSNER

PLANO DE ESTÁGIO – ESTÁGIO BÁSICO I

SANTA MARIA-RS
2022
ANDRESSA MACHADO ELSNER
1

PLANO DE ESTÁGIO – ESTÁGIO BÁSICO I

O presente trabalho trata-se de um


plano de estágio para disciplina de Estágio
Básico I (Equoterapia).
Orientadora: Pascale Chechi Fiorin

SANTA MARIA-RS
2022
SUMÁRIO
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1. INTRODUÇÃO......................................................................3
2. JUSTIFICATIVA.....................................................................4
3. OBJETIVOS...........................................................................4
3.1 OBJETIVO GERAL......................................................................4
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.............................................................4
4. REVISÃO DE LITERATURA................................................4
5. METODOLOGIA...................................................................9
6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADE...........10
7. ORÇAMENTO......................................................................................11
8. REFERÊNCIAS...................................................................................11.

1. INTRODUÇÃO
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O estágio básico I ( estágio de observação), é componente obrigatório


de formação da graduação em Psicologia, desempenhado pelo quinto
semestre da Faculdade SOBRESP, sob a disciplina de Estágio Básico I,
supervisionado pela professora mestre Pascale Chechi Fiorin.
Desfrutando de local de Estágio Básico I a HIPPOS- Equoterapia e
Equitação pertencente a Associação Riograndense Equoterapia E Equilíbrio
,situada junto a Estância do Minuano, Estrada São Francisco Viterbo Borges,
n° 705, Sala A, faixa de São Sepé, Santa Maria, RS, CEP 97070-370, atuante
desde 1998, que tem como objetivo, oferece atendimento interdisciplinar em
Equoterapia e aulas de Equitação, promovendo a saúde e uma melhor
qualidade de vida às pessoas de todas as idades.
Ferrari, faz referência a equoterapia como uma nova alternativa de
tratamento à portadores de deficiência, necessidades especiais, que vem
crescendo nos últimos anos e está diversificando as estruturas dos consultórios
por promover grandes resultados na recuperação dos praticantes.

“A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o


cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar nas
áreas de Saúde, Educação e Equitação, buscando o desenvolvimento
biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência física e/ou
mental ou que têm necessidades especiais.” (GREVE; CASALIS;
BARROS FILHO, 2001 p.2).

O presente plano de estágio de observação, realizado na HIPPOS-


Equoterapia e Equitação, consta com 72 horas totais de estágio, sendo
divididas: em atividades no campo de estágio, supervisão de estágio, relatório,
apresentação do plano e seminário. É nesse período de observação que as
práticas pedagógicas são fortalecidas ocorrendo uma compreensão dos
conteúdos teóricos.

2. JUSTIFICATIVA
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O Estágio Básico I de observação é o momento de adquirir e aprimorar


conhecimento, e habilidades da prática da Equoterapia; fazer uma anamnese
da seção refletindo os resultados adquiridos pelos praticantes.

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL


Observar e acompanhar as técnicas e abordagem utilizados pela equipe
durante o atendimento, em especial a conduta da psicóloga.

3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO


 Identificar os benefícios da equoterapia ao praticante.
 Compreender a conduta do psicólogo com cavalo (mediador).
 Conhecer os benefícios da equoterapia ao praticante.
 Observar os aspectos emocionais do praticante durante a seção.

4. REVISÃO DE LITERATURA

Baseada em uma pesquisa bibliográfica apresentarei uma breve


descrição cronológica do desenvolvimento da Equoterapia com a finalidade
terapêutica; Hipócrates (458-370 a. C), já se utilizava da técnica para
prevenção a insônia, na recuperação de militares acidentados na guerra devido
ao fortalecimento do tônus muscular e outros males. Asclepíades (124-40 a.C),
médico, indicava a equitação para tratar a epilepsia e vários tipos de paralisia,
novas referências voltam a surgir logo após a Primeira Guerra Mundial na
Alemanha, França e Inglaterra. De acordo com Frazzão ( 2001, como citado
em Liporoni & Oliveira 2005 ).
Em 10 de maio de 1989, foi criada Associação Nacional de Equoterapia-
ANDE BRASIL, com sede em Brasília- Distrito Federal, com atuação em todo
território brasileiro, é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, de caráter
filantrópico, terapêutico, educativo, cultural, desportivo e assistencial;
instaurada obedecendo à legislação brasileira das áreas de Saúde, com
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excelentes benefícios a saúde. De acordo com Ande Brasil ( 1999, como citado
em Silva & Aguiar 2008 ).
Segundo Silva & da Silva, na equoterapia o cavalo é um instrumento
facilitador na recuperação de algumas patologias e essa aproximação beneficia
no desenvolvimento do praticante. Conforme reforça Silva & da Silva: “ É um
método totalmente terapêutico que busca acima de tudo o desenvolvimento
biopsicossocial de praticantes com necessidades especiais.” (2017, p. 10).
Silva e Aguiar relatam que: “A Equoterapia só pode ser feita após a
avaliação médica, psicológica e fisioterapêutica e é desenvolvida por equipe
multidisciplinar. O acompanhamento do paciente é individual, devendo ser
sempre registrado por cada profissional.”( 2008, p. 2).
Ressalta Lermontov (2004, citado em Silva & da Silva 2017), a
Equoterapia é uma terapia que está diretamente ligada ao desenvolvimento
corporal e mental do praticante, que usufrui do cavalo como instrumento de
trabalho para estimular o desenvolvimento motor, emocional e social de
pessoas especiais, essas singularidades são funções na busca da qualidade
de vida dos praticantes, sendo assim de grande importância a observação em
alterações constituintes das patologias tal como as consequências delas; por
isso da necessidade do planejamento de cada sessão para cada praticante
com seus objetivos a serem atingidos.

“A cavalgada associada a atividades de equitação exige a utilização


de todo o corpo, onde os movimentos e essas atividades contribuem
no desenvolvimento da mente e do corpo, como: musculatura,
relaxamento, conscientização do corpo, conscientização espacial,
aperfeiçoamento da coordenação motora, postura e equilíbrio.
Partindo deste pressuposto, a equitação fornece benefícios às
pessoas com necessidades especiais constituindo-se um tratamento
favorável a diversas patologias, além de ser um grande aliado ao
psiquismo; a prática beneficia o corpo humano e a regeneração da
saúde.” ( SILVA & DA SILVA, 2017, p.10).

De acordo com Frazzão (2001, citado em Liporoni & Oliveira 2005), a


equoterapia oferece de uma forma lúdica e desportivas uma soma de
ferramentas construtivas que influenciam na superação de danos motores,
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sensoriais, cognitivos e comportamentais importantes a reabilitação dos


praticantes.

“A Equoterapia torna o portador de necessidades especiais menos


dependente, traz benefícios para o corpo e para a mente, melhora o
equilíbrio estático e dinâmico e aprimora a coordenação motora. Os
efeitos psicológicos decorrentes desse método engrandecem a
terapia.” (ANDE, 2000 apud LIPORINI & OLIVEIRA 2005, p. 23).

“O cavalo pode movimentar-se de três modos: ao passo, ao trote e ao


galope. Nessas diferentes andaduras, o cavalo não move os
membros da mesma maneira, sendo que os movimentos do dorso
são diferentes e os do praticante serão adaptados a qualquer
movimento”. (WICKERT, 1999 apud LIPORINI & OLIVEIRA 2005, p.
23).

De acordo com Cirillo 1998, Wickert 1999 citado em Liporini & Oliveira
2005, o passo é a andadura mais lenta e, no entanto, a mais utilizada na
equoterapia devido seu ritmo simétrico de sempre existir um ou mais membro
em contato ao solo, devido suas ações serem lentas e fracas produzem pouca
tensão muscular as reações são mais duradoura e bastante intensa ao
praticante, portanto não é recomendado mais que 30 minutos a sessão.

CIRILLO 1998 apud LIPORINI & OLIVEIRA 2005 salientam que:” O trote
e o galope são andaduras saltadas” (p. 23); ou seja, ocorre um tempo sem
sustentação dos membros do cavalo ao solo, deixando os movimentos mais
rápidos, áspero e de maior esforço ao praticante, devido somente pode se
usado em equoterapia de estágio avançado. Cirillo (1998 conforme citado em
Liporini & Oliveira 2005).

Segundo Duran 1999, Marchizeli 2000, conforme citado em Liporini &


Oliveira 2005, O cavalo proporciona movimentos tridimensional do dorso
( movimentos para cima, para baixo, para esquerda, para direita, para frente,
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para trás), torções ( giros de troco par um lado e par outro), realizando
atividades complexas de postura e equilíbrio, esses movimentos são
interpretados como movimentos fisiológicos da marcha humana . Além da
mecânica do cavalo pode- se aproveitar uma integração sensorial superficial
( tato, pressão, temperatura), profunda (discriminativa e vibratória),
sensibilidade, identificação visual e olfativa. Todos os movimentos do cavalo e
o ambiente são utilizados ao longo da sessão.

“Em relação ao cavalo e ao ambiente, é importante que o terapeuta


os conheça e aos estímulos que eles oferecem, os movimentos do
cavalo e seus tipos de andaduras, quando se está montado em sela
ou em mantas ou estando em decúbitos ventral ou dorsal. Devem-se
considerar todas estas variantes ao se percorrer os diversos tipos de
terreno que podem ser utilizados pela equoterapia, dependendo do
que pode ser visto como estímulos úteis ao praticante.” (CIRILLO,
1998 apud LIPORINI & OLIVEIRA 2005, p 22).

De acordo com Bezerra, 2011 citado em Silva & da Silva 2017, A


Equoterapia é regida por uma equipe interdisciplinar que atua em conjunto nas
sessões, conforme cada praticante ter suas características e necessidades
especiais, sendo no aspecto físico e/ou psicológico é necessário um
planejamento específico de acordo com seu grau, fase e processo de evolução
necessitando um enfoque de determinada área profissional). A construção
desse planejamento reproduz de forma imediata nos hábitos de
independência, afetividade, social e cognitivo do praticante. Reforçando: “
Considerando que estes profissionais estão engajados em um mesmo fim,
temos a grande possibilidade de acertos nas tomadas de decisões em função
do planejamento e execução da terapia.” (BEZERRA, 2011, p. 29 apud SILVA
& DA SILVA 2017, p.05).

Segundo Barros 2003, citado em Silva & da Silva 2017, a Equoterapia


além de contribuir com a postura e musculatura do praticante exerce
estimulação nos órgãos do sentido, visual, auditivo e tátil, desenvolvimento
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emocional , apropriado pela interação com cavalo, favorecendo a recuperação


da segurança.

“ Alguns benefícios psicológicos importantes, no entanto, pouco


abordado; são eles: desenvolvimento no processo de
individualização, desenvolvimento afetivo, noção de limite,
autoconfiança, orientação espacial, respeito, entrosamento e ainda
capacidade de perseverança e autonomia.” ( FERRARI 2017, apud
SILVA & DA SILVA 2017).

Seguindo as diretrizes da Ande-Brasil 2000, a Equoterapia se identifica como


um processo terapêutico, a terapia proporciona ao praticante inúmeros
privilégios a saúde, dentre eles destacamos:

1. melhora do equilíbrio e da postura;

2. desenvolvimento da coordenação de movimentos entre tronco, membros e


visão;

3. estímulo dos sentidos por meio do ambiente e pelos trabalhos com o cavalo;
4. promoção da organização e consciência do corpo;

5. desenvolvimento e estímulo da força muscular;

6. oferecimento de sensações de ritmo;

7. aumento da autoestima, facilitando a integração social;

8. desenvolvimento da coordenação motora fina; estímulo do bom


funcionamento dos órgãos internos;

9.reforço da capacidade sensitiva, motora e criativa;

10. informação sobre a rotina e o ambiente do cavalo.( CIRILLO, 2005 apud


SILVA DA SILVA 2017).
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“O profissional deve ter bom preparo técnico e psicológico para lidar


com este tipo de paciente e com seus familiares, sabendo transmitir
informações sobre o desenvolvimento de seu filho, mantendo uma
postura profissional com perspectivas humanistas. Portanto, a figura
do psicólogo é indispensável para auxiliar e acolher a equipe com a
qual trabalha.” (KOVÁCS, 1997 apud SILVA & DA SILVA, 2017).

“A equoterapia como modalidade terapêutica, permite ao psicólogo


vivenciar inúmeras experiências em um único campo de trabalho.
Para além da questão psicoterápica, de modo geral, a atuação dos
profissionais engloba acompanhar, analisar e avaliar: praticantes,
cuidadores e/ou familiares, isto dentro de um contexto interdisciplinar
de trabalho, já que a composição da equipe abrange profissionais de
outras áreas de conhecimento e não só a psicologia. É válido
salientar que o grande diferencial neste método terapêutico é o
contato com o cavalo e o ambiente de trabalho diferenciado da clínica
comum.” ( SILVA & DA SILVA, 2017, p.02).

5. METODOLOGIA

O local de atuação a ser realizado o Estágio Básico I na HIPPOS-


Equoterapia e Equitação pertencente a Associação Riograndense Equoterapia
E Equilíbrio ,situada junto a Estância do Minuano, Estrada São Francisco
Viterbo Borges, n° 705, faixa de São Sepé, Santa Maria, RS, CEP 97070-370.

No local contamos com uma estrutura coberta adaptada para dias á


típicos, de chuva ou mesmo iniciação de alguns atendimentos, chamado de
picadeiro, além de uma ampla área verde, 2 baias para os cavalos e uma sede
para acolhimento dos funcionários e depósito dos materiais para a prática da
equitação, como: sela, manta, capacete, cabresto, buçal e materiais didáticos
como: jogos, livros, cones entre outros.

No primeiro contato ao local de atuação, para conhecermos a sede,


fomos recebidas pela psicóloga Dienifer e a psicóloga Fabrini as responsáveis
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pelos estagiários, no presente momento, conversamos, tiramos dúvidas, fomos


apresentados a sede, combinados os dias e horários para a prática do estágio
de observação de segunda feira a sábado de manhã a partir das 08:30 até as
12h e no turno das tardes iniciando as 13:30h até as 17:30h. No primeiro dia de
estágio de observação ocorre a troca da psicóloga Dienifer pela psicóloga
Renata, a mesma esta que será acompanhada, e comunicado da iniciação de
um projeto de equitação com alunos de uma escola do bairro local nas terças
feiras das 17:30h até as 18:30h.
A equipe da HIPPOS- Equoterapia e Equitação no momento conta com
profissionais da área da saúde como: psicólogas, fisioterapeuta e educadora
especial. A sessão de equoterapia conta, no momento, com 2 profissionais que
interagem juntos e mais o estagiário, um profissional fica guiando o cavalo no
cabresto, que da atenção total para ele, outro profissional na lateral do cavalo,
cuidando o praticante, posicionando quando preciso, realizando atividades
lúdicas, com objetivo de estimular equilíbrio, coordenação e atenção.
As sessões de equoterapia acontecem ao ar livre, na maioria dos
atendimentos, com duração média 50 minutos, minha atuação será de
observação do praticante, do cavalo, do guia e do auxiliar, participando com
todos os profissionais, auxiliando quando solicitada nas atividades lúdicas a
serem desenvolvidas no momento da sessão, como exemplo jogos que tem a
finalidade de explorar o raciocínio do praticante no momento da sessão.

6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES:

AÇÕES MARÇO ABRIL MAIO JUNHO


Planejamento e definição do local X
Análise, orientação, elaboração e X
entrega do plano de estágio a
coordenação
Realização das atividades em X X X X
campo de estágio
Acompanhamento, alinhamento, X X X X
execução e orientação entre aluno e
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instituição de ensino
Elaboração do relatório final de X
estágio
Apresentação do seminário e X X
resultados obtidos

7. ORÇAMENTO

Gastos projetados para execução do estágio:


Item Valor unitário Quantidade Valor total
Caneta 1,00 1 1,00
Caderneta 2,00 1 1,00
Combustível 10,00 10 100,00
Alimentação 15,00 10 150,00
Total 252,00

8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA\

Associação Nacional de Desenvolvimento da Equoterapia. (ANDEBRASIL).


Apostila, Brasília, DF, 2000.
Ferrari, J. P. (2003). A prática do psicólogo na equoterapia. Trabalho de
conclusão de Curso apresentado ao Programa de Iniciação Científica,
Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, SP, Brasil.
Greve, J. M. D; Casalis, M. E. P; Filho, T. E. P.B, Diagnóstico e tratamento da
lesão da medula espinal. Roca, São Paulo, 2001 .
Liporini, G. F, & Oliveira, A. P.R. (2005). Equoterapia como tratamento
alternativo para pacientes com sequelas neurológicas. Revista Científica da
Universidade de Franca, Franca, SP, v. 5, n.1/6, Jan/dez, p.21-29.
Silva, A.F, & da Silva, R.B. (2017). O papel da psicologia na equoterapia: Uma
clínica extramuros. Revista Fluminense de Extensão Universitária, Vassouras,
SP, Jul/dez;07(2), p. 08-16.
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Silva, J. P, & Aguiar, O. X. Equoterapia em Crianças com Necessidades


Especiais. Revista científica eletrônica de Psicologia, ISS: 1806-0625, Garça,
SP, ano VI, n.11, Nov., 2008.

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